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Universidade Federal do Paraná

Setor de Tecnologia / Departamento de Engenharia Mecânica


Harrison L. Corrêa
harrisoncorrea@ufpr.br

Cerâmicos
Cerâmicos
De um modo geral, todo material não-metálico e não-orgânico, é
denominado de cerâmico (argilas, cimento, vidro)
(Mechanical behaviour of engineering materials – metals, ceramics, polymer and
composites)

Fisicamente, a distinção entre materiais metálicos e cerâmicos


baseia-se no tipo de suas ligações. Cerâmicos não possuem ligação
metálica, mas podem apresentar ligações covalentes, iônicas e
interações moleculares do tipo van der Waals ou ligações hidrogênio

Cerâmicos podem ter estrutura elementar, constituída basicamente


por um único elemento (carbono, sob a forma de grafite ou
diamante), como podem ter estruturas mais complexas

Os silicatos (óxido de silício) assumem grande importância dentre os


cerâmicos, sendo aplicáveis em muitas situações
Cerâmicos
Como materiais de equipamentos de processos industriais, o material cerâmico mais
empregado talvez seja o refratário, por sua capacidade de resistir a elevadas temperaturas
e ser inerte quando exposto a condições agressivas. Comercialmente, eles são fornecidos
sob a forma de ladrilhos para construção de altos fornos
Cerâmicos
Para isolamento térmico são necessários os seguintes componentes: material isolante,
elementos de ancoragem e camada de cobertura ou proteção

Aplicação de isolamento em reator


Cerâmicos
Hidrossilicato de sódio

Material obtido pela reação hidrotérmica entre sílica e hidróxido de


cálcio
Disponível em peças pré-moldadas, planas e curvas (em várias medidas)
Disponível sob a forma de argamassa

 Peso considerável
Resistência mecânica
Resistência à umidade
Suporta temperaturas de trabalho de até 800°C

kcal/m.°C
Cerâmicos
Lã de vidro

Produzida a partir do vidro comum, sendo encontrado sob a forma de mantas ou paineis

Temperatura de trabalho: -200 a 550°C

kcal/m.°C

Lã de rocha

Produzida a partir da fusão da rocha balsática a uma temperatura de 1500°C. Suas


aplicações e formas de disponibilidade no mercado são similares às da lã de vidro

kcal/m.°C
Cerâmicos
Representam uma parcela considerável do PIB, sendo divididos por segmentos:

(BUSTAMANTE, 2000)
Cerâmicos

Matérias primas

Naturais ABeneficiadas Sintéticas


g
M
a
a
l
F C T g Al
m Es
Argilas il a a n u Óx Fri
a m
vermelh Argilitos it o lc e mi id ta
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as o li o si na os s
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t
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Cerâmicos
Cerâmicos
Cerâmicos

Número de coordenação

(relação entre cátions/ânions)


Cerâmicos
O cloreto de césio, por exemplo, tem número de coordenação 8
Cerâmicos
Diferentemente da ligação metálica, os
elétrons nas ligações covalentes presentes
nos cerâmicos encontram-se “restritos” à
ligação mantida entre dois átomos 
material mais quebradiço e de baixa
deformabilidade

(Mechanical behaviour of engineering materials – metals, ceramics, polymer and composites)


Cerâmicos
A estrutura cristalina dos cerâmicos

Frequentemente apresentam estrutura mais complexa do que a dos


metais. Mesmo a situação mais ordinária, como a do diamante, a
rede cristalina não pode ser representada sob a forma de uma
estrutura cúbica ou hexagonal típica dos metais. O arranjo espacial é
particular, devido às ligações covalentes do átomo de “C”

Cada átomo de “C” tem 4 vizinhos


Cerâmicos
A estrutura cristalina dos cerâmicos

• Estruturas do tipo AmXp

Cloreto de césio, fluoreto de


cálcio, óxido de tório (ThO2) etc

* Estruturas do tipo AmBnXp


Titanato de bário
(BaTiO3)
Cerâmicos
A estrutura cristalina dos cerâmicos

• Estruturas empacotadas
Cerâmicos
Cerâmicos amorfos

Muitas estruturas cerâmicas apresentam-se sob a forma amórfica.


Ou seja, uma estrutura em que o ordenamento tridimensional não é
mantido por toda sua extensão  estado vítreo
Cerâmicos
Cerâmicos formados por silicatos

Pf = 1710°C
Cerâmicos
Cerâmicos formados por silicatos
Cerâmicos
Cerâmicos formados por silicatos

• Sílica fundida
Cerâmicos
Imperfeições das cerâmicas
Cerâmicos
Impurezas nas cerâmicas
Cerâmicos
Propriedades mecânicas
Cerâmicos
A estrutura cristalina dos cerâmicos

• Exercícios:

Admita que CaO é adicionado como impureza ao Li2O. Se Ca2+


substitui Li+ na estrutura, que tipo de vacância pode ser formada?
Qual a quantidade dessas vacâncias geradas, para cada cátion Ca2+?

E se CaO for adicionado como impureza na estrutura CaCl2? Que


tipo de vacância é gerada e qual a relação com O2- adicionado?

R.: Ca2+ em LiO2 gera vacância de lítio. Para cada Ca2+ adicionado, uma carga extra é
adicionada e, para manter a neutralidade da estrutura, uma carga positiva deve ser
removida (no caso, Li+)
A substituição de O2- por Cl- gera vacância de Cl-. . Para cada O2- que substitui um Cl-, uma
carga negativa extra é adicionada e, para manter a neutralidade do sistema, uma vacância
de Cl- será gerada
Cerâmicos
A estrutura cristalina dos cerâmicos

• Exercícios:

Se óxido cúprico (CuO) for exposto a atmosfera reduzida e elevadas


temperaturas, Cu2+ parcialmente pode ser convertido a Cu+

Nessas condições, que tipo de defeito cristalino é de se esperar?


Quantos íons Cu+ são necessários para geração do defeito?

R.: Para cada Cu+ formado, haverá um déficit de uma carga positiva (ou uma
carga negativa a mais). Para manter a neutralidade, ou uma carga positiva
adicional é incorporada, ou uma negativa é removida. Pode haver Cu2+ intersticial
ou vacâncias de O2-
Haverá 2 íons Cu+ para cada um desses defeitos
Cerâmicos
Propriedades mecânicas – tensão x deformação

A tensão máxima, ou tensão de fratura observada no ensaio de


flexão, é denominado módulo de ruptura (ou resistência à flexão),
sendo um parâmetro importante para cerâmicas frágeis

Para uma secção retangular, o módulo de ruptura é...

Para a
secção
circular
Cerâmicos
Outras considerações mecânicas

• Porosidade

E° é o módulo de elasticidade do material não-poroso e P, a fração


de poros
Cerâmicos
Outras considerações mecânicas

• Porosidade

A equação anterior NÃO LEVA em conta o tamanho dos poros,


sendo indicada apenas em situações nas quais os poros são muito
diminutos

O que seriam poros muito pequenos?

Situações onde o tamanho dos defeitos cristalinos forem maiores do


que os poros
Cerâmicos
Outras considerações mecânicas

• Porosidade

A porosidade é desfavorável para a resistência à fratura por duas


razões:

- Os poros reduzem a área de secção através da qual a carga é


aplicada e;
- Os poros atuam como concentradores de tensão (no caso de um
poro esférico, a tensão é amplificada por um fator de 2)
Cerâmicos
Outras considerações mecânicas

• Porosidade

Experimentalmente, o módulo de ruptura varia com a porosidade


de acordo com a seguinte função:

Onde σ e n são e e n são n e n são são e n são


constantes e n são experimentais
Cerâmicos
Cerâmicos
Cerâmicos
Exercícios
Cerâmicos
Fratura frágil

A capacidade que um material cerâmico tem


de resistir à fratura quando uma fissura é
gerada, baseia-se na tenacidade da fratura:

Onde Y é um parâmetro adimensional, sendo


função da geometria do corpo de prova da
fissura, σ a tensão aplicada e, a a tensão aplicada e, tensão a tensão aplicada e, aplicada a tensão aplicada e, e, a tensão aplicada e, a a tensão aplicada e, o a tensão aplicada e, comprimento a tensão aplicada e, da a tensão aplicada e,
fissura
Cerâmicos
Fratura frágil

Caso se utilize o método de Indentação Vickers...


Cerâmicos
Fratura frágil

Em determinadas circunstâncias, a evolução da fratura ocorre de


forma lenta, especialmente sob tensões estáticas

A esse fenômeno dá-se o nome de fadiga estática (ou fratura


retardada)

OBS.: Vale ressaltar que o termo fadiga, nesse caso, não é o


correto (embora seja adotado), pois não há esforço cíclico

Vidros, cimento Porland, porcelana, cerâmicas com alto teor de


alumina são geralmente suceptíveis a esse tipo de fratura

Fatores como tamanho do artefato, processos de conformação,


temperatura influenciam na resistência à fratura
Cerâmicos
Fratura frágil
Cerâmicos
Probabilidade de fratura

Pode ser calculada por meio da distribuição de Weibull

Necessário conhecimento
prévio por parte do
projetista, antes de
submeter o material a um
dado esforço mecânico a
probabilidade deve ser
suficientemente baixa
Cerâmicos
Mecanismo de deformação plástica em cerâmicas cristalinas

À temperatura ambiente, a maioria dos cerâmicos fratura, antes do


início da deformação plástica

Para os cerâmicos, a deformação plástica é justificada por


movimentos de deslocamento

A dificuldade em promover esse deslizamento justifica, em parte, a


dureza e fragilidade dos cerâmicos

A restrição ao movimento também está associada às ligações


covalentes e à presença de íons na estrutura de rede
Cerâmicos
Mecanismo de deformação plástica em cerâmicas não-cristalinas

Nesse caso, a deformação plástica não decorre de deslocamento,


pois não há estrutura atômica regular

A deformação plástica de cerâmicas não-cristalinas é justificada por


modelos de fluido viscoso
Cerâmicos
Mecanismo de deformação plástica em cerâmicas não-cristalinas

Em alguns casos, é preciso conhecer o comportamento reológico de


cerâmicos (ou de suas suspensões), de modo que haja adequação à
uma determinada condição (de processo ou ambiental)...

A GERAÇÃO DE PARTICULADOS NO MEIO AMBIENTE FORÇOU A EMPRESA A


BUSCAR ALTERNATIVAS À PRODUÇÃO  PROCESSAMENTO VIA ÚMIDO
Cerâmicos
Dureza

Devido à dureza desses materiais, algumas cerâmicas podem ser


empregadas como abrasivos
Cerâmicos
Diagrama de fases
Cerâmicos
Diagrama de fases
Cerâmicos
Reforço de materiais cerâmicos

Cerâmicas podem ter suas propriedades de reforço melhoradas


através de transformações de fase

Ex.: Durante o processo de conformação e resfriamento de uma


cerâmica, pode ocorrer variação de volume, gerando microtrincas
das partículas individuais  tensões geradas por essas microfissuras
podem ser empregadas para o melhorar o desempenho mecânico

ZrO2 apresenta três formas cristalográficas bem definidas: a


monoclínica (até 1170°C), a tetragonal (até 2370°C) e a cúbica (até
2680°C); a conversão de tetragonal a monoclínica gera um aumento
de volume (3 a 5%)  geração de trincas
Cerâmicos
Reforço de materiais cerâmicos

• Por microtrincamento:

Microtrincas podem ser induzidas a partir da


incorporação de partículas ZrO2 em uma matriz
cerâmica

Durante o resfriamento  expansão volumétrica


 microtrincas radiais na matriz

As microtrincas podem desviar uma trinca crítica


que esteja se propagando  dissipação de
energia  aumento da tenacidade
Cerâmicos
Reforço de materiais cerâmicos

• Por microtrincamento:

A fração volumétrica de ZrO2 deve


ser maximizada até o ponto em que
as microtrincas geradas pela
transformação possam interagir
Cerâmicos
Reforço de materiais cerâmicos

O reforço de uma cerâmica pode ser alcançado, também, por meio


de incorporação de fibras e de fases dispersas, minimização do
tamanho dos grãos e controle de porosidade

A indução de tensões compressivas também pode ser obtida por:


tratamentos térmicos (resfriamento rápido), troca iônica
superficial, obtenção de estruturas tipo sanduíche (com materiais
com coeficientes de expansão distintos)
APLICAÇÃO E CONFORMAÇÃO
Vidros
Argilas
APLICAÇÃO E CONFORMAÇÃO
Vidros

Constituem-se como silicatos não-cristalinos que


contêm óxidos em suas estruturas (CaO, Na2O, K2O,
Al2O3)

O comportamento de solidificação não é similar ao


de metais fundidos. Os vidros, ao se resfriarem, têm
sua viscosidade reduzida continuamente, não
havendo uma temperatura definida a partir da qual
se converte em sólido  estrutura não-cristalina
APLICAÇÃO E CONFORMAÇÃO
Vidros
APLICAÇÃO E CONFORMAÇÃO
Vidros
APLICAÇÃO E CONFORMAÇÃO
Vidros
APLICAÇÃO E CONFORMAÇÃO
Vidros
APLICAÇÃO E
CONFORMAÇÃO
APLICAÇÃO E
CONFORMAÇÃO
APLICAÇÃO E CONFORMAÇÃO
Prensagem e sopro
APLICAÇÃO E CONFORMAÇÃO
Extrusão
TRATAMENTO TÉRMICO
Têmpera

Relembrando...

A ruptura de cerâmicas é
sempre gerada a partir de
uma fissura que se origina na
superfície, mediante a
aplicação de uma carga de
tração.
Para causar a ruptura de um
vidro temperado, a tensão
deve ser suficientemente
grande para iniciar a trinca
TRATAMENTO TÉRMICO
Recozimento
TRATAMENTO TÉRMICO
Exercício:

Com base na figura ao lado, por que o


vidro pode ser estirado em fibras, o que
não é possível com o óxido de
alumínio?
TRATAMENTO TÉRMICO
Exercício:

A viscosidade de um vidro pode ser descrita como segue:

Onde Q é a energia de ativação de escoamento, A é uma


constante independente da temperatura. Determine a energia de
ativação para o vidro comum, a temperaturas de 900 e 1600°C
TRATAMENTO TÉRMICO
TRATAMENTO TÉRMICO
Exercício

Por que se produz tensão residual térmica quando o vidro se


resfria? Tensões residuais térmicas podem ser geradas durante
aquecimento?

R.: Tensões residuais ocorrem porque regiões internas e


superficiais resfriam-se e aquecem-se a taxas diferenciadas. Uma
vez que o material se contrai ou se expande, essas tensões são
geradas
TRATAMENTO TÉRMICO
Exercício

Qual a diferença entre temperatura de


transição vítrea e temperatura de fusão?

R.: Tg é a temperatura, para cerâmicos


não-cristalinos, na qual há uma alteração
na inclinação da reta da curva volume
específico x temperatura. Para materiais
cristalinos, a temperatura de fusão é
aquela em que há decréscimo súbito e
descontínuo do volume específico x
temperatura
TRATAMENTO TÉRMICO
Exercício

Por que vidros de borossilicato e sílica


são resistentes a choques térmicos?

R.: Porque apresentam coeficientes de


expansão térmica relativamente baixos
ARGILAS
Constituem-se por aluminossilicatos, formados por alumina
(Al2O3) e sílica (SiO2), tendo moléculas de água ligadas
quimicamente. Suas impurezas comuns são óxidos de bário,
cálcio, sódio, potássio e ferro, como também algum material
orgânico

A argila tradicionalmente de maior interesse é a caolinita


ARGILAS
Quando água é adicionada à mistura, suas moléculas encaixam-
se entre as lamelas, formando uma película delgada ao redor das
partículas das argilas  as partículas ficam livres para se
movimentarem umas em relação às outras  plasticidade
ARGILAS nos Processos de Extração de Petróleo

Perfuração

Constitui-se na segunda fase de busca por óleo, ocorrendo em locais previamente


apontados por pesquisas geológicas e geofísicas. Contempla as atividades relacionadas ao
projeto e perfuração do poço, o qual faz a comunicação do reservatório com a superfície.

Fluidos de perfuração

Usados, entre outras coisas, para evitar o colapso do poço. Durante a perfuração, o material
triturado direciona-se à superfície, misturando-se ao próprio fluido.
Sua escolha depende de fatores tais como: controle de pressões diferenciais, manutenção
das propriedades reológicas para perfuração, menor dano causado ao poço.

Completação

Etapa posterior à perfuração, envolvendo técnicas de isolamento das zonas produtoras e


testes de vazão e pressão do poço.
ARGILAS nos Processos de Extração de Petróleo
Perfuração

Estando apto a produzir, ao poço é introduzida uma tubulação de aço (coluna de


revestimento), sendo colocada em torno dela cimento para impedir a entrada de fluidos
indesejáveis pelo poço.
A etapa posterior (canhoneio) consiste no uso de um canhão especial que, acionado da
superfície, é capaz de gerar perfurações no aço e no cimento, nas zonas portadoras de óleo.

Na boca do poço é conectado um conjunto de


válvulas para controle da produção (árvore de
natal)
ARGILAS nos Processos de Extração de Petróleo

1° dia de extração

A
B

A ±1 mL
B ±5 mL
ARGILAS nos Processos de Extração de Petróleo

21 dias após extração

C
A

A ±1 mL
±2 mL
ARGILAS nos Processos de Extração de Petróleo

21 dias após extração


Composição estimada da borra oleosa:

Sedimentos = 41,3%
Óleo = 37,5%
Água = 21,2%
ARGILAS nos Processos de Extração de Petróleo

Sedimento seco
Separação magnética
(2,06 g)

Moagem
ARGILAS nos Processos de Extração de Petróleo

Partículas ferrosas = 9,8%


Sedimento Partículas não-ferrosas = 31,5%
Óleo = 37,5%
Água = 21,2%
ARGILAS nos Processos de Extração de Petróleo

Análise reológica

Tempo de repouso crescente

Primeira análise, após agitação manual


vigorosa

Última análise, após 1 hora e meia de


ensaio
ARGILAS nos Processos de Extração de Petróleo

Análise reológica

Sedimentação
Cerâmicas e o craqueamento catalítico

Zeólitas: aluminossilicatos constituídos por estruturas tetraédricas de óxidos de alumínio


e silício unidos entre si por átomos de oxigênio

Difusão das moléculas de reagentes no estrutura porosa das zeólitas (Luna


et al, 2001)

 Áreas de contato elevadas para garantir a adsorção


 Propriedades de adsorção de natureza hidrofóbica e hidrofílica
 Possibilidade de criação de sítios ativos em sua estrutura
 Tamanho de cavidades compatíveis com a maioria dos reagentes empregados na
indústria química e petroquímica (micro, meso e macro poros)
Cerâmicas e o craqueamento catalítico
Curso Petrobras (1999)

Características do catalisador
Baixa alumina (11 a 13% de Al2O3)
Alta alumina (25% Al2O3)
Zeolítico

Catalisador * B.alumina A. alumina Zeólita


Rendimento de gasolina (%) 53 60 64
Rendimento de coque (%) 11 8 6

* Baseado em um nível de conversão de 75%


ARGILAS
Exercício

Por que as argilas, quando submetidas a elevadas temperaturas


perdem sua hidroplasticidade?

R.: Durante o aquecimento, as partículas individuais aproximam-


se pela perda da fina camada de água que antes as envolvia,
mantendo-as relativamente afastadas e deslizáveis
ARGILAS
Exercício

Determine a fração mássica de líquido a 1600°C do seguinte


material refratário

6% (em massa) de Al2O3


94% (em massa) de SiO2
ESTUDO DE CASO
Sinterização de grafenos

Problema: limitação de determinados materiais cerâmicos em


condições criogênicas

Solução: emprego de técnica capaz de gerar nanoestruturas à


base de grafeno-alumina que impeçam a propagação de
microtrincas
ESTUDO DE CASO
Sinterização de grafenos

Problema: limitação de determinados materiais cerâmicos em


condições criogênicas

Solução: emprego de técnica capaz de gerar nanoestruturas à


base de grafeno-alumina que impeçam a propagação de
microtrincas
ESTUDO DE CASO
Sinterização de grafenos

Problema: limitação de determinados materiais cerâmicos em


condições criogênicas

Solução: emprego de técnica capaz de gerar nanoestruturas à base


de grafeno-alumina que impeçam a propagação de microtrincas

Alumina é matriz (usada para máquinas de corte, implantes


dentários, isolantes elétricos etc)

Grafeno tem elevadas propriedades mecânicas (resistência à


tração de 130 GPa e M.Y de até 1 Tpa) e coeficiente de expansão
térmica negativa
ESTUDO DE CASO
ESTUDO DE CASO
ESTUDO DE CASO
ESTUDO DE CASO
CERÂMICA VERMELHA
PROCESSO DE PRODUÇÃO
Processo de produção
Caracterizam-se por envolver processos de natureza química e física capazes de alterar as
propriedades das matérias primas argilosas ou similares

Processos ainda muito artesanais, havendo pouco avanço nos quesitos de automação

 Avanços concentrados nas etapas de conformação, para produção de peças (tijolos,


blocos, telhas etc.)

 Independente da natureza do processo produtivo, três etapas são fundamentais:

O
Ã
Ç
A
R
A
P
E
R
P
O
Ã
Ç
A
M
R
O
F
N
O
C
A
M
I
E
U
Q
Processo de produção (Grigoletti, 2001)

Resíduos provenientes de outros segmentos


industriais também podem ser incorporados à carga

Resíduo petroquímico, resíduo cerâmico (chamote),


resíduo de construção civil etc.

GANHO ambiental

Impactos ambientais de alguns cerâmicos


Processo de produção (Grigoletti, 2001)

Principais impactos ambientais de produtos empregados em alvenaria


Processo de produção
O produto acabado fora de especificação, muitas vezes é encaminhado para aterro na própria
indústria. No entanto, as mesmas podem ser utilizadas como agregado para concreto de baixa
resistência, lastro para pavimentação etc.

Fora de especificação

Trincas

Falhas de superfícies

Requeima
Processo de produção (Grigoletti, 2001)

Diagrama de Blocos simplificado

Problemas apontados nos processos produtivos:

- Ineficiência no controle de qualidade da matéria prima processada (composição química,


propriedades físicas etc.);

- Etapas de moldagem e secagem ocorrem com pouco ou sem nenhuma automação

Que impactos tais problemas no processo podem causar?

- Degradação do ambiente / ineficiência no uso de energia / produto não-especificado


Processo de produção
Argila

Sendo material plástico à medida que ocorra hidratação e enrijecido, quando seca e
cozida, a argila tem como principal constituinte a caulinita (responsável pela resistência
mecânica dos produtos cerâmicos).

A caulinita não é usada pura, pois requer temperaturas elevadas para que a resistência
mecânica necessária seja obtida.

A ilita (cor avermelhada) é incorporada à mistura, para conferir plasticidade e


moldabilidade à argila.

Outras substâncias presentes nas argilas


SiO2 Sílica Reduz tom avermelhado e a retração durante a secagem e
queima (até 80%)
Al2O3 Alumina Permite que o material suporte elevadas temperaturas sem
se deformar (até 40%)
Fe2O3 Óxido de ferro Responsável pelo tom avermelhado durante o cozimento
(até 7%)
MgO Óxido de magnésio Agem como ‘clareador’ e fundente (< 1%)
CaO Óxido de cálcio Agem como ‘clareador’ e fundente (< 10%)
Processo de produção
Argila

A água pode ser:

- De constituição, quando presente na estrutura molecular da argila

- De plasticidade, quando absorvida pelo sistema, aderindo-se aos pequenos grãos

- De capilaridade, quando preenche os poros

EXTRAÇÂO

Quanto ao tipo de depósito, as argilas podem ser:

- De várzea (localizadas às margens de rios, com alto teor de matéria orgânica)

- De encostas de morros

- Folhelos argilosos (argilas sedimentares antigas e localizadas sob depósitos de argilas mais
recentes)
Processo de produção
Extração

O depósito natural, denominado barreira, é explorado pela remoção da primeira camada


(rica em matéria orgânica) , para posterior aproveitamento das camadas inferiores

Processo realizado à céu aberto, com uso de retroescavadeira

Em determinadas situações, favorece-se a sujeição das argilas às intempéries.

SAZONAMENTO – visa à fermentação e decomposição de matéria orgânica, bem como a


lavagem dos sais solúveis  evita-se a liberação de gases no estágio de cozimento, além do
inchamento das peças após a moldagem e secagem
Processo de produção
Extração (tratamento da matéria prima)

Compreende os processos de depuração, divisão, homogeneização e obtenção da umidade


adequada da matéria prima

DEPURAÇÃO – eliminação de impurezas, como grãos duros, sais solúveis, pedras de cal etc.

DIVISÃO – cominuição dos grãos

HOMOGENEIZAÇÃO – mistura entre a argila e desengordurante

UMIDIFICAÇÃO – adição de água para facilitar a homogeneização e moldagem


(faixa para processamento: 18 a 25% de água)
Processo de produção
Etapas pós-tratamento

MOLDAGEM – uso de pastas para pré-fabricação de uma dada peça.

 Pasta muito úmida, favorece o processamento

 No entanto, o uso de pasta úmida corresponde a alto consumo de energia durante a


secagem

SECAGEM – visa à redução do teor de umidade presente na peça, antes de a mesma seguir
para a etapa de queima

O ideal é que a peça contenha, antes da queima, um teor máximo de 1% de umidade

Mecanismo de secagem:

1. Evaporação da umidade superficial


2. Difusão da umidade das camadas internas para as camadas externas
Processo de produção
Etapas pós-tratamento

SECAGEM – pode ser natural ou artificial

Mais comumente empregada pela indústria de tijolos, blocos e telhas cerâmicas.


Exige-se, porém, grandes áreas protegidas do sol e com ventilação natural controlada

 Processo muito lento

Realizada em câmaras especiais, sendo as peças colocadas em prateleiras

 Maior controle das condições de secagem e processo mais rápido de secagem (24 a 30h)

A secagem artificial pode ser realizada por câmaras ou túneis


Processo de produção
Etapas pós-tratamento

SECAGEM – pode ser natural ou artificial

Em qualquer do tipo empregado (natural ou forçada), as peças passam por um processo de


aquecimento com ar quente e úmido  impedir perda de água de superfície da peça

Em seguida, o ar é substituído por quente e seco, paulatinamente, até que a umidade seja
removida

Temperatura típica de secagem: 80 a 110°C


Consumo de energia: 1000 a 1800 kcal / kg de água evaporada

!!!!!O aproveitamento de energia térmica do forno pode ser


alternativa para redução de custos na fabricação!!!!!
Processo de produção
Etapas pós-tratamento

Balanço de massa e energia para produção de 1000 blocos de 6 furos Balanço de massa e energia para produção de 1000 blocos de 6 furos
(sem aproveitamento energético) (GRIGOLETTI, 2001) (com aproveitamento energético) (GRIGOLETTI, 2001)

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