Vous êtes sur la page 1sur 6

Universidade Estadual de Campinas

Tópicos Especiais em Música Popular


Performance e Improvisação
2º Semestre de 2003

Prof. Dr. Rafael dos Santos

Adriano de Carvalho
RA 022185

Resumo e Conclusões dos Textos Selecionados

1. Performance; The Jazz Combo; Tuning-up the combo; What to listen for while
playing the melody/head; Some practice sugestions for the student; Dicas para
ensaios.

Basicamente, todos os textos mencionados acima, tratam dos cuidados que


um músico deve ter numa situação de performance ou no estágio que antecede a
apresentação propriamente dita – ensaios, estudo individual, etc. São apresentadas
algumas dicas que possibilitam um maior aproveitamento do tempo de estudo,
assim como alguns cuidados que devem ser levados em conta para que a
performance musical atinja o objetivo esperado.
Nos textos sobre comping e combos de jazz, são abordados os principais
problemas encontrados por um músico, quando este faz parte da seção rítmica de
um combo de jazz, aspectos de acompanhamento e sugestões de estudo.

Conclusão

Embora muito do que foi mencionado nos textos acima seja de


conhecimento da grande maioria dos músicos profissionais inseridos no mercado
musical, a forma como esses problemas e sugestões foram expostas, nos faz
perceber que muito daquilo que consideramos importante e necessário para um
maior rendimento na performance musical, não é colocado em prática no dia a dia.
Os textos são um alerta para que tais considerações recebam o devido destaque, e se
tornem práticas usuais, tanto para músicos profissionais como para estudantes de
música.

2. About Practicing; Practice, practice, practice.

Estes dois textos, assim como os do item 1, também abordam estratégias de


estudo, que muitas vezes é o que possibilita um melhor aproveitamento do tempo de
prática em um determinado instrumento. No final do texto “About Practicing”, o
autor aponta uma estratégia de estudo dividida em cinco fases, onde a primeira
consiste no estabelecimento de um objetivo, a segunda na compreensão de cada
tópico escolhido para a prática, a terceira no desenvolvimento de um plano de
estudo, como por exemplo, a elaboração de exercícios, tempo disponível para cada
lição, etc., a quarta fase é destinada à aplicação prática do plano de estudo, e a
quinta e última fase é dedica-se a critica dos resultados obtidos.

Conclusão

Tão importante quanto saber o que estudar é saber como estudar. Muitas
vezes o baixo rendimento no estudo de determinados assuntos é decorrente de uma
falta de organização do tempo e do material a ser estudado. Uma dica importante
colocada no segundo texto “Practice, practice, practice”, diz que é muito
importante colocar os tópicos estudados dentro de um contexto musical, ou seja,
sempre que possível recorrer ao repertório para que o estudo realmente seja
incorporado de uma forma mais efetiva. Essas e outras dicas apontadas pelos textos
ajudam a organizar e direcionar melhor a prática musical diária, resultando num
maior aproveitamento do tempo disponibilizado para o estudo.

3. The Nature e Content of Your Practice; Comping

O primeiro texto também segue a mesma linha dos anteriores, e se refere às


possibilidades de organização de um estudo musical. Neste texto o autor enfatiza os
tópicos necessários em uma prática diária de estudo, e explica como cada um desses
itens deve ser abordado, porém, com poucos exemplos práticos. Dentre os tópicos
mencionados estão: estudo de intervalos, arpejos, escalas ( maiores, menores,
pentatônica, blues, tons inteiros, aumentada, diminuta ), improvisação, padrões e
licks, linguagem, transcrição de solos, aprendizado de temas, cromatismo,
progressões de acordes, frases, etc.
O segundo texto demonstra algumas possibilidades de acompanhamento
baseadas na técnica de comping, exemplificando algumas aberturas de acordes e
padrões rítmicos mais comuns, assim como alguns cuidados no acompanhamento de
cantores ou temas desconhecidos.

Conclusão

O texto sobre tópicos de estudo mostra uma quantidade muito grande de


assuntos a serem abordados em uma prática diária de estudo. Isso talvez possa ser
um problema, uma vez que o texto não estabelece um grau de importância de cada
item. O texto também não traz muitos exemplos práticos de como os exercícios
podem ser realizados, dificultando um pouco o estabelecimento da ponte entre o que
foi dito com a realidade prática de cada tópico abordado pelo autor.
De qualquer forma, o texto nos ajuda a ter um panorama geral do que
normalmente é exigido de um músico para que este desenvolva uma boa
performance na área da música popular que trabalha com aspectos de improvisação.

4. Reading a Lead Sheet; Memorizing a Tune.

Reading a Lead Sheet, trabalha a melhor maneira de se interpretar uma lead


sheet – nome dado às partituras que trazem somente a melodia principal (tema) e
seus respectivos acordes em forma de cifras. Aborda assuntos como tonalidade,
ritmo, fraseado, cifragem de acordes e traz exemplos práticos de situações erradas e
suas respectivas correções na leitura de temas famosos do repertório de standards da
música norte americana.
O segundo texto trabalha estratégias para facilitar a memorização de
melodias e progressões harmônicas.

Conclusão

Uma das principais características na Música Popular, é a forma como é


escrita, e as inúmeras possibilidades de interpretação de um mesmo tema. Sendo
assim, é fundamental o conhecimento dos assuntos que nos fazem interpretar com
maior bom senso uma lead sheet, evitando conflitos harmônicos com a melodia ou
até mesmo erros de linguagem. Sendo assim, o texto de Mark Levine cumpre muito
bem esse papel, esclarecendo de maneira objetiva e de fácil entendimento os
procedimentos para que estes possíveis erros na leitura destas partituras ocorram.

5. Understanding How a Solo is Constructed

O texto explica um estudo feito sobre os solos do saxofonista Charlie Parker


sobre o tema Cherokee, com o objetivo de estabelecer alguns critérios na elaboração
de um solo improvisado.

Conclusão

Com base nos resultados obtidos neste estudo, pode-se comprovar que, parte
do material usado em uma situação improvisatória realmente provém da criatividade
espontânea do interprete, mas existe uma outra parte que vem da elaboração de um
conhecimento prévio, que é apresentado como uma espécie de recriação musical.

6. An Aproach to Improvise on tunes; Constructing a Jazz Chorus.

Este primeiro texto exemplifica algumas das possíveis abordagens na prática


da improvisação. Para isso divide o repertório de temas de jazz em três categorias.
Os que caracterizam-se por estruturas verticais, onde a elaboração harmônica é
preponderante, temas que possuem estruturas horizontais, com a presença de poucos
acordes, e os temas que combinam estas duas possibilidades. Depois disso,
apresenta diferentes abordagens para a improvisação nestas composições. Um solo
pode ser caracterizado por uma abordagem escalar, onde cada acorde ou grupo de
acordes é tratado com uma determinada escala, pode possuir um tratamento
articulado para cada acorde, que se faz por meio de padrões melódicos orientados
ou pode mesclar estas duas abordagens, a qual é a preferida pela maioria dos
músicos improvisadores.

Conclusão

David Baker, neste texto, chama a atenção às características composicionais


dos temas de jazz, e tenta vincular as abordagens de improvisação de acordo com
estas características. Isto é um ponto importante na discussão acerca da
improvisação, pois pode ser uma maneira de estabelecermos uma ligação mais
íntima entre a improvisação e a composição. É claro, que acima de tudo, encontra-se
a vontade de cada interprete, e os objetivos que este pretender atingir em seus solos.
Mas as conclusões do texto abrem novos caminhos a serem explorados no estudo da
improvisação.

7. Aspectos Multiculturais da Improvisação Musical.

O texto situa a improvisação musical dentro de três categorias: a música


erudita ocidental, o jazz e culturas etnográficas selecionadas. No campo da música
erudita, dá exemplos de como a improvisação era praticada em conjunto com a
escrita desde o canto gregoriano, chegando ao seu ápice no período barroco com o
baixo cifrado. No jazz, fala da importância do ritmo na improvisação, e de seu
aprendizado, que segundo o autor, se caracteriza geralmente por imitação, com uma
forte orientação auditiva e oral. Já sobre a improvisação em algumas outras culturas,
fala sobre a improvisação na música da Índia, Oriente Médio e África Ocidental.

Conclusão

Sempre que falamos sobre improvisação, imediatamente nos remetemos ao


jazz norte americano e aos gêneros musicais influenciados por essa música,
resumindo a aplicação da improvisação a estes gêneros musicais. Este texto vem
mostrar que a improvisação já estava presente na vida musical ocidental desde o
Canto Gregoriano, e que culturas extremamente diferentes da que estamos inseridos
possuem a prática da improvisação em suas manifestações musicais.
8. O Fator Atrasado na Música Brasileira: Evolução, Características e Interpretação.

Este estudo trata da investigação de ritmos africanos e haitianos no


desenvolvimento das Modinhas Brasileiras, do Lundu e do Tango/Choro Brasileiro .
Faz uma introdução histórica sobre a evolução do ritmo na música. Exemplifica os
gêneros musicais brasileiros onde a síncope surgiu inicialmente, assim como as suas
dificuldades de notação e as funções dos ritmos sincopados.

Conclusões

O entendimento de como o ritmo sincopado, característico dos principais


gêneros da música brasileira, se originou e desenvolveu-se, abre um leque de novas
possibilidades de interpretação de tais células rítmicas, que muitas vezes não
conseguem ser traduzidas simplesmente na partitura.

9. Bossa Nova

Texto que fala sobre a origem da bossa nova, as influências estrangeiras na


sua formação, seus precursores, principais compositores, características estéticas,
estruturação, características de interpretação, etc.

Conclusões

Apesar de o texto ser confuso em determinados momentos, e usar pouco da


linguagem musical apropriada, é uma fonte de dados importante sobre a evolução de
um dos principais gêneros da música brasileira.

10. Artista-Atleta: Reflexões sobre a utilização do corpo na performance dos


instrumentos de cordas.

O artigo mostra a influência do corpo na performance musical de


instrumentistas de cordas e fala da conseqüência do stress físico decorrente da
atividade musical. Faz um levantamento das possíveis causas do stress físico e a sua
presença nos instrumentistas de cordas no Brasil, assim como a opinião de
profissionais no assunto.

Conclusões

O cuidado com o corpo é tão importante quanto todo o processo de estudo de


um determinado instrumento. A qualidade de uma performance musical está
diretamente relacionada ao bem estar do corpo do instrumentista. O stress físico
proveniente da atividade musical é um fato real em praticamente todos os
instrumentistas. Sendo assim, este texto é um alerta a todos que ainda não dedicam
o devido cuidado aos possíveis problemas de uma vida musical intensa.

11. A base é uma só

Assim como “Bossa Nova”, este texto também enfoca algumas


características deste gênero musical, agora com um enfoque para a origem e as
principais características do seu ritmo e acompanhamento ao violão. Fala sobre o
ritmo denominado popularmente de “brasileirinho” (sincope), sua história e
variações. Faz uma relação entre o acompanhamento no samba-canção tradicional e
o samba-canção moderno.

Conclusões

O texto traz características importantes para um melhor entendimento da


forma de acompanhamento ao violão da bossa nova. Não é um texto muito técnico e
prático, talvez nem este seja o objetivo do presente estudo, mas as considerações
feitas acerca do tema, como a sua origem e possíveis variações, são fontes
importantes para qualquer músico que queira desenvolver uma linguagem de
acompanhamento mais próxima das características deste gênero musical.

12. Harmonia

Este texto faz uma seleção de alguns temas de bossa nova, que foram
selecionados a partir da quantidade de citações e observações que lhe foram dadas
pelos diversos autores, e são submetidos às suas respectivas análises harmônicas.
São então comparados e confrontados com análises harmônicas de um repertório
composto entre os anos de 1930 e 1939, aqui denominado de Velha Guarda. A partir
deste confronto são abordadas as principais diferenças e semelhanças entre estes
dois estilos musicais, a fim de traçar o processo evolutivo da harmonia na bossa
nova.

Conclusão

O texto é bastante descritivo e as partituras analisadas são bem objetivas. A


importância do desenvolvimento harmônico decorrente das novas possibilidades
harmônicas trazidas com o advento da bossa nova são inegáveis, porém um estudo
mais aprofundado sobre as considerações melódicas deste gênero musical e suas
possíveis implicações no discurso harmônico poderiam trazer novas perspectivas de
análise, assim como uma maior compreensão dos caminhos harmônicos existentes
nestas composições.

Vous aimerez peut-être aussi