OSTEOPOROSE

E ATIVIDADE
FÍSICA
Nando Rodrigues
@prof.nandorodrigues
 Fluxo da
apresentação

Resumo;
Definições, fatores de risco, dados associados;
Atividade Física e Osteoporose;
Testes e avaliações;
Prescrição de exercícios para redução do risco de quedas e fraturas
Considerações finais.

NANDO RODRIGUES 2018

@PROF.NANDORODRIGUES
 Resumo O que vem por aí?

Este trabalho tem por objetivo unir informações sobre a relação da

atividade física com a osteoporose. Tal relação diz respeito aos possíveis
benefícios e malefícios apresentados pela prática de atividades físicas
pelas diversas populações acometidas pela doença. Para tanto, foi feita
uma pesquisa em artigos científicos e livros relacionados com o tema..

NANDO RODRIGUES - 2018

@PROF.NANDORODRIGUES
Definição.

A Osteoporose é uma doença caracterizada pela perda da

massa óssea, resultando em enfraquecimento da estrutura
esquelética e aumento significativo do risco de fraturas. O
desenvolvimento da doença não provoca dores e não apresenta
sintomas de fácil percepção (não há sintomas visíveis). (Skinner,
1993; Castro Agulhon Segura, Carlos do Nascimento, Petroski,
Klein, & Fermino, 2007; Dalla Pria Bankoff, Passos Zylberberg, &
Marconi Schiavon, 1998).

SOCIO-ANTHROPOLOGY 102 | 2020

@PROF.NANDORODRIGUES
Números
Associados

Maior i n c i d ê n c i a de fraturas em Dos m a i s d e 9 0 % dos casos de

Os ev e n t o s r e l a cionados, em alg um nível,
anteb r a ç o , q u a d ril e coluna. Tai s f r a tur a s n o q u a dril, cerca de 50 %
com a o s t e o p o r o se superam 1,5 milhão
event o s r e d u z e m a qualidade de dos c a s o s d e f r aturas na coluna e
apena s n o s E s t a dos Unidos, ond e grande
vida d a s v í t i m a s uma vez que, po r t odos o s c a s o s de fraturas no
parte d a s v í t i m as (>70% dos caso s) são
apres e n t a r e m i d ade avançada, anteb r a ç o s ã o c ausadas por que da
pesso a s c o m m ais de 70 anos de idade
possu e m m e n o r poder de ou tr a u m a s ( a p l icação de forças
( Skin n e r , 1 9 9 3 ) .
r ecup e r a ç ã o ó s s ea. exter n a s ) ( S k i n ner, 1993).

NANDO RODRIGUES - 2018

@PROF.NANDORODRIGUES
Números
Associados

Fratu r a s n a r e g ião do quadril sã o

r espo n s á v e i s p o r uma diminuiçã o do As fr a t u r a s n a coluna e quadril,
t empo d e v i d a , em homens, em c erca aume n t a m a s c hances de
de 36 % e 2 1 % e m mulheres. Nos casos i ncap a c i d a d e f í sica permanente
de fr a t u r a n o c olo do fêmur, os casos ( Balt e i r o P e r e i r a de Campos, 2014).
de mo r t e o c o r r e m nos primeiro s seis
mese s a p ó s a f r atura (Navega et al
2006) .

NANDO RODRIGUES - 2018

@PROF.NANDORODRIGUES
Fatores de controle da
Osteoporose
A perda de massa óssea, embora seja um processo que ocorre naturalmente
ao longo da vida dos seres humanos, pode ser influenciada por fatores
controláveis. Tais fatores incluem (Skinner, 1993):
» Dieta equilibrada, com consumo adequado de Cálcio e Vitamina D;
» Atividade Física regular;
» Reposição hormonal (a menopausa causa redução na produção do
estrogênio, por exemplo. Baixos níveis de estrogênio no homem também
podem levar à perda de massa óssea);
» Utilização de medicamentos (Fosamax, Actonel, Miacalcin, Evistal, entre
outros).
Atividade Física como
tratamento não
medicamentoso
 A atividade física reduz a probabilidade de fraturas osteoporóticas por
promover um aumento na massa muscular, melhora no equilíbrio
(prevenindo quedas), redução da taxa de perda óssea proveniente do
envelhecimento e aumento do limite de desenvolvimento da massa óssea
durante o crescimento.

No que diz respeito às fraturas de coluna e quadril, a prática de

atividade física pode contribuir positivamente com a diminuição da
perda de Densidade Mineral Óssea (DMO) (Balteiro Pereira de
Campos, 2014; Castro Agulhon Segura, Carlos do Nascimento,
Petroski, Klein, & Fermino, 2007; Lusa Cadore, Arias Brentano, &
Martins Kruel, 2005).
Idosos
Em populações idosas, onde o risco de quedas é aumentado, a perda de massa muscular,
equilíbrio, força e potência (principalmente nos membros inferiores), assim como
desequilíbrios posturais são fatores de risco a serem considerados quando se trata de
propensão a fraturas. Tais perdas, embora sejam oriundas do processo natural de
envelhecimento, podem ser reduzidas com a prática de atividade física (Miliori Ouriques &
FORÇA E EQUILÍBRIO
Albuquerque Fenandes, 1997).
O fortalecimento da estrutura muscular contribui sobremaneira com a manutenção, melhora ou aquisição de mais estabilidade ao
passo que o aumento da potência muscular contribui para melhora da capacidade de reação a eventos de queda em potencial.
Tais eventos incluem (Skinner, 1993):
·         Presença de obstáculos no caminho durante deslocamentos à pé;
·         Solo irregular e/ou sob baixa iluminação;
·         Calçados inadequados;
·         Desidratação;
·         Efeitos psicológicos oriundos do consumo de álcool ou medicamentos;
·         Entre outros.
 A prática de exercícios físicos submete o praticante a situações de estresse
mecânico, onde as estruturas musculoesqueléticas são solicitadas de forma

Testes e mais acentuada, em comparação às atividades comuns do dia a dia. Tal

condição leva os pacientes já diagnosticados ou em situação de risco, ao

Avaliações
perigo de sofrer fraturas, em consequência de uma prática inadequada
e/ou sem orientação profissional. A fim de evitar tais eventos é necessário
que os praticantes (principalmente os já diagnosticados com Osteoporose,
assim como idosos em geral) sejam submetidos à prévia avaliação física,
onde as condições de estado muscular esquelético, de condicionamento
físico, estado clínico, presença de histórico familiar com possível fator de
hereditariedade para patologias limitantes, estado corporal, são avaliados e
utilizados como orientação para a prescrição de um programa de exercícios
adequado (Dalla Pria Bankoff, Passos Zylberberg, & Marconi Schiavon, 1998;
Lusa Cadore, Arias Brentano, & Martins Kruel, 2005).

NANDO RODRIGUES - 2018

@PROF.NANDORODRIGUES
Testes de força,
potência e equilíbrio
Teste de repetição máxima, utilizando o protocolo de 6 a 10 repetições e
estimando a carga de 1RM por meio de equação específica;
Medição da força de membros inferiores por meio de Dinamômetros;
Dinamômetros específicos para medição da potência de membros
inferiores, salto vertival e subida de escada (sempre observando as
normas de segurança e adaptações necessárias para cada avaliado);
Teste de Apoio Unipodal;
Timed up and go;
Escala de Equilíbrio de Berg;
Teste de Romberg;
Avaliação da Mobilidade Orientada pelo Desempenho.
 Prescrição de
exercícios na
redução do risco de
quedas e fraturas.
Por meio da prática de exercícios/atividades físicas o indivíduo adquire
força, resistência e potência muscular. Tais aquisições são fundamentais
para melhorar a saúde esquelética e prevenir fraturas provenientes de
quedas. Contudo, é importante que a prática seja realizada de forma
orientada e baseada num programa que leve em consideração os
princípios básicos do treinamento de força, como individualidade biológica,
progressão de cargas e variabilidade. Tais princípios, considerados e
utilizados como base para a escolha dos exercícios mais eficientes, são
fundamentais para o desenvolvimento seguro de um bom
condicionamento físico geral

NANDO RODRIGUES - 2018

@PROF.NANDORODRIGUES
 Há prescrição única?
Quais Embora haja estudos sérios evidenciado que a prática de exercícios físicos é

exercícios? eficaz para o tratamento da Osteoporose, assim como para a prevenção de

estados pré-osteoporóticos (como osteopenia), não há consenso sobre uma
prescrição única para casos já diagnosticados (Balteiro Pereira de Campos,
2014). Variações relativas à frequência, modo (aparelho versos pesos livres
versus elásticos), intensidade e duração são fatores não padronizados e,
portanto, limitam tal prescrição. Contudo, algumas recomendações gerais
devem ser observadas, a fim de prevenir a ocorrência de lesões em regiões
consideradas de risco, como coluna e quadril. Tais recomendações incluem:
·         Evitar exercícios de alto impacto, como saltos;
·         Flexões da coluna contra resistência;
·         Compressão da coluna vertebral (exercícios como agachamento com
carga sobre os ombros, por exemplo);
·         Rotações forçadas do tronco.

NANDO RODRIGUES - 2018

@PROF.NANDORODRIGUES
 Sugestão de exercícios
Redução do risco de quedas e fraturas.

C a m inhadas / c o r r i d a A e r óbios com D e v em-se evi t a r

a t i v a, escalad a ,
s u b ida de es c a d a
( s t e pping).
SOCIO-ANTHROPOLOGY 102 | 2020
@PROF.NANDORODRIGUES
u t i l ização de c a r g a s m o v imentos a r r i s c a d o s ,
m o d eradas (e v i t a r p i s o s instávei s e
c a r gas sobre a c o l u n a h i p erextensã o d a c o l u n a.
v e r tebral).
 Portanto... A prática de atividades
físicas tem se mostrado
especialmente eficaz na
prevenção e no
A Osteoporose é uma Populações com maior tratamento da
patologia caracterizada risco de desenvolvimento Osteoporose por se tratar
pela perda óssea. Tal da Osteoporose podem se de medida barata, prática
perda resulta em beneficiar de práticas e prazerosa. Contudo, tal
aumento da fragilidade controláveis que atuam prática deve ser precedida
esquelética, levando os na atenuação do processo de adequada avaliação da
indivíduos acometidos ao de perda óssea, como uso condição de saúde dos
risco de fraturas. Diversos de medicamentos, indivíduos osteoporóticos
fatores de risco estão consumo adequado de e/ou incluídos em grupos
associados ao Cálcio, intervenções de risco. Recomenda-se a
desenvolvimento da relacionadas á reposição realização de testes de
Osteoporose, tais como hormonal e prática de equilíbrio, marcha, força
idade avançada, ser do atividades físicas e potência muscular,
sexo feminino, tabagismo, (Rodrigues de Almeida além da existência de
alcoolismo, Júnior & Lombardi outras patologias
hereditariedade, baixa Rodrigues, 1997). limitantes à prática de
estatura e inatividade
atividades físicas.
física, para citar alguns.
 Bibliografia
Castro Agulhon Segura, D. de, Carlos do Nascimento, F., Petroski, E. L., Klein, D., & Fermino, D. (2007). RELAÇÃO ENTRE
ATIVIDADE FÍSICA E OSTEOPOROSE, 11(1), 50–51.
Chaves Aveiro, M., Tavella Navega, M., Neves Granito, R., Muniz Rennó, A. C., & Oishi, J. (2004). Efeitos de um programa de
atividade física no equilíbrio e na força muscular do quadríceps em mulheres osteoporóticas visando uma melhoria na
qualidade de vida. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 12(3), 33–38.
Dalla Pria Bankoff, A., Passos Zylberberg, T., & Marconi Schiavon, L. (1998). A OSTEOPOROSE NAS MULHERES PÓS-
MENOPAUSA E A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA: “UMA ANÁLISE DE LITERATURA”. Revista de Educação
Física/UEM, 9(1), 93–101.
Driusso, P., Oishi, J., Muniz Rennó, A. C., & Ferreira, V. (2000). Efeitos de um programa de atividade física na qualidade de
vida de mulheres com osteoporose. Revista de Fisioterapia da Universidade de São Paulo, 7(1/2), 1–9.
Lusa Cadore, E., Arias Brentano, M., & Martins Kruel, L. F. (2005). Efeitos da atividade física na densidade mineral óssea e na
remodelação do tecido ósseo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 11(6), 373–379.
Miliori Ouriques, E. P., & Albuquerque Fernandes, J. de. (1997). ATIVIDADE FISICA NA TERCEIRA IDADE: UMA FORMA DE
PREVENIR A OSTEOPOROSE? Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 2(1), 53–59.
Navega, M. T., Aveiro, M. C., & Oishi, J. (2006). A INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE
DE VIDA DE MULHERES COM OSTEOPOROSE. Fisioterapia e Movimento, Curitiba, 19(4), 25–32.
Rodrigues de Almeida Júnior, B., & Lombardi Rodrigues, R. (1997). INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA E DA INGESTÃO DE
CÁLCIO NA OSTEOPOROSE. Motriz, 3(1).
 Bibliografia
Tavella Navega, M., & Oishi, J. (2007). Comparação da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde entre Mulheres na Pós-
menopausa Praticantes de Atividade Física com e sem Osteoporose. Revista Brasileira de Reumatologia, 47(4), 258–264.
Toyoshima Lima, S. M., & Fontana, C. M. (2000). Atividade física como um dos aspectos preventivos da Osteoporose., 4(2),
129–134.
Vinholes Siqueira, F., Facchini, L. A., Renato Azevedo, M., Fossati Reichert, F., Peixoto Bastos, J., Cozzensa da Silva, M., …
Curi Hallal, P. (2009). Prática de Atividade Física na Adolescência e Prevalência de Osteoporose na Idade Adulta. Revista
Brasileira de Medicina do Esporte, 15(1).
Balteiro Pereira de Campos, D. (2014). Diretrizes do ACSM para testes de esforço e sua prescrição / American College of Sports
Medicine. (9º ed). Rio de Janeiro: Guanabara.
Powers, S. K., & Howley, E. T. (2014). Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho (8º ed).
Barueri: Manole.
Skinner, J. S. (1993). Exercise testing and exercise prescription for special cases: theoretical basis and clinical application (2º
ed). Philadelphia, NY: Lippincott Williams & Wilkins.
Oliveira Bezerra de Figueiredo, K. M., Costa Lima, K., & Oliveira Guerra, R. (2007). Instrumentos de avaliação de equilíbrio
corporal em idosos. Revista Brasileira de Cineantropometria de Desempenho Humano, 9(4), 408–412.
Aquaroni Ricci, N., Gazzola, J. M., & Bellini Coimbra, I. (2007). Sistemas sensoriais no equilíbrio corporal de idosos. Arquivo
Brasileiro de Ciência e Saúde, Santo André, 34(2), 94–100.
Marques Camara, F., Galve Gerez, A., Jesus Miranda, M. L. de, & Velardi, M. (2008). Capacidade funcional do idoso: formas de
avaliação e tendências., 15(4), 249–256.