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Estratigrafia
1
Domínio da deposição.
2
Equilíbrio entre acumulação e erosão, condição essencial para formação de solo.
3
Domínio da erosão que remove os sedimentos e os solos.
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4
Unidade composta por um conjunto de rochas distintas e limitada por suas características
litológicas, independente de sua história geológica ou de conceitos cronológicos.
5
Unidades imateriais usadas para dividir o tempo com base em elementos geocronológicos.
6
Unidades limitadas por discordâncias.
7
Unidade representada por um pacote de camadas com determinado conteúdo fossilífero
distinto das rochas adjacentes.
8
Unidades que consistem em corpos de rochas compostos por um ou mais horizontes
pedológicos ocorrentes em uma ou mais unidades litoestratigráficas, litodêmicas ou
aloestratigráficas definidas.
9
Unidades compostas por rochas que, diferentemente das litoestratigráficas, apresentam
aspectos litoestruturais diversos daquelas e, também, por não observarem o princípio da
superposição.
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Litoestratigrafia
Continuidades e descontinuidades
Figura 4.1. Perfil estratigráfico arqueológico realizado em Mato Grosso do Sul com o objetivo
de, entre outros, recolher amostras (conchas) para datação com 14C. Os resultados deixam
evidentes os problemas de amostragem e a contaminação dos níveis conchíferos, pois não são
continuamente decrescentes em idade para o topo do corte representado. Fonte: Schmitz et
al. (1998), modificado.
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UNIDADE CARACTERÍSTICAS
É formado pela reunião de grupos com características litoestratigráficas
Supergrupo
inter-relacionadas.
É constituído pela associação de duas ou mais formações com feições ou
Grupo características litoestratigráficas comuns. As formações que compõem o
grupo não necessariamente são as mesmas em toda a área de ocorrência.
Subgrupo É composto apenas a algumas formações de um grupo.
Unidade litoestratigráfica fundamental constituída por um corpo de
relativa uniformidade litológica, contínuo e mapeável em subsuperfície
FORMAÇÃO e/ou superfície. Ela se diferencia fisicamente das formações adjacentes,
superpostas e sotopostas, podendo apresentar espessura e extensão
variáveis e representar intervalo de tempo longo ou curto, mas devendo
ser mapeável ou traçável por longas distâncias.
Membro Faz parte de uma formação e apresenta características litológicas próprias
que o distinguem do restante da unidade a que está confinado.
Unidade litoestratigráfica formal de menor hierarquia, com dimensões
milimétricas a métricas. Corresponde a um litossoma em uma sucessão
estratificada, que se distingue das rochas adjacentes pela litologia. Ela não se
Camada
apresenta restrita a uma formação ou membro, podendo estender-se para
outras unidades formais mantendo sua denominação.
Complexo É formado pela reunião de rochas de diversos tipos (sedimentares, ígneas ou
metamórficas).
Suíte Associação de rochas intrusivas ou metamórficas de alto grau, de diversos
tipos.
Corpo Associação de rochas intrusivas ou metamórficas de alto grau, formadas
apenas por um tipo de rocha.
10
Intervalo na sedimentação.
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Figura 4.2. Contato abrupto entre camadas Figura 4.3. O retângulo salienta o
de arenitos da Formação Palermo, Permiano contato intercalado entre níveis de
da Bacia do Paraná. Na parte inferior do arenito muito grosso na base e arenito
testemunho, ocorre um nível muito muito fino siltoso no topo. Formação
bioturbado, que é abruptamente cortado, para Palermo, Permiano da Bacia do Paraná.
o topo (seta), por laminações cruzadas Testemunho da perfuração IB-177/RS
truncadas por ondas. Testemunho da realizada pela CPRM em Cachoeira do
perfuração IB-177/RS realizada pela CPRM em Sul. Foto: Carlos Henrique Nowatzki.
Cachoeira do Sul. Foto: Carlos Henrique
Nowatzki.
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Figura 4.5. Representação esquemática dos quatro tipos de discordâncias. Fonte: Popp
(1987), modificado.
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A B
C D
Pedoestratigrafia
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Remoção de fragmentos menores pelo vento e conseqüente acumulação dos detritos
maiores.
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Cronoestratigrafia
12
Superfícies de mesma idade.
13
Numa sucessão de rochas sedimentares ou ígneas extrusivas sem deformações pós-
formacionais, a camada mais nova situa-se no topo, e a mais velha, na base.
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14
Parte da lacuna correspondente ao tempo de duração para a remoção de rochas
previamente depositadas. Também chamada vacuidade erosiva.
71
Tabela 4.2. Escala Geológica do Tempo. Fonte: modificada de Pearl (1971) e Popp (1998).
15
Milhões de anos.
72
Tabela 4.3. Polaridade geomagnética dos últimos 5 milhões de anos. Fonte: Mendes (1984),
modificada.
ÉPOCAS EVENTOS
0
BRUNHES
normal
P
L
E
0,73
I
X Jaramilo 0,90 - 0,97 S
T
O
--- 1 Ma
MATUYAMA C
E
XX Olduval 1,67 - 1,85 N
O
inversa
X 2,01 - 2,04
--- 2 Ma
Reunião
X 2,12 - 2,14
2,48
P
GAUSS
L
--- 3 Ma X Koena 2,90 - 3,01
I
normal X Mamute 3,05 - 3,15
O
2,40 C
E
X Cochiti 3,80 - 3,90
GILBERT N
--- 4 Ma X Nunivak 4,05 - 4,20
X Sidufjall 4,32 - 4,47 O
inversa
--- 5 Ma
5,26
A B
Figura 4.7. Cortes transversais em lenho atual (A) e fóssil (B) expondo os anéis de
crescimento. Na porção inferior de A, observa-se uma gema lateral. O sílex xilóide (madeira
fossilizada) mostrado em B foi coletado no Arenito Mata, unidade informal (Faccini 1989) do
Triássico Superior do Estado do Rio Grande do Sul, Bacia do Paraná. Fotos: Carlos Henrique
Nowatzki.
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Tabela 4.4. Relação dos métodos usados na datação do Quaternário e os resultados esperados. IN:
métodos que determinam as idades quantitativas estimadas; IC: métodos que produzem uma idade pela
medição sistemática de mudanças individuais resultantes de processos não relacionados a grupos. As
taxas desses processos dependem de variáveis ambientais, como litologia e clima, e devem ser
calibradas por controle cronológico independente; IR: métodos que determinam uma seqüência de idade
fornecendo, a maioria deles, uma medida de idade das diferenças entre membros de uma seqüência.
ICo: método que indica idade somente pela equivalência entre depósitos ou eventos anteriormente
datados. As setas indicam os resultados esperados, os quais normalmente são produzidos pelos métodos
listados abaixo delas. Em algumas extremidades de setas, ocorrem linhas cheias, que mostram os
resultados menos esperados produzidos pelos métodos abaixo delas. Sideral: método que determina
datas do calendário ou conta eventos anuais. Isotópico: método que mede mudanças na composição
isotópica devido ao decaimento radioativo. Radiogênico: método que mede efeitos cumulativos não-
isotópicos do decaimento radioativo, como ruptura microscópica em cristais e trampas de energia
eletrônica. Químico e biológico: método que mede os resultados de processos químicos e biológicos
desencadeados ao longo do tempo (temporais). Geomórfico: método que mede os resultados de
processos geomórficos complexos e inter-relacionados temporalmente incluindo processos químicos e
biológicos. Correlação: método que estabelece idade equivalente usando propriedades não-temporais.
Traços de fissão: quantificação dos vestígios deixados num cristal pela fissão do U238, o que causa
ruptura microscópica no mineral. 14C, K-Ar, Rb-Sr, U-Pb e Traços de Fissão produzem idades numéricas.
Fonte: modificado de Waters (1992).
RESULTADOS
(ICo)______________________________=IDADE CORRELATA=
MÉTODO UTILIZADO
Sideral Isotópico Radiogênico Quím./Biol Geomórfico Correlação
.
14
Registro C Traços de fissão Linhagem Desenvolvi- Litoestratigra-
histórico de amino mento do perfil fia
ácido de solo
Dendrocro- K-Ar Termolumines- Hidratação Intemperismo Tefrocronolo-
nologia cência de dos minerais e gia
(não radioativo) obsidiana/ rochas
tefra
Varves Rb-Sr Liquenome- Modificação do Paleomagne-
tria entorno tismo
U-Pb Química do Taxa de Arqueomag-
solo deposição netismo
Química do Taxa de Fósseis e
verniz da deformação artefatos
rocha
Posição Isótopos
geomórfica estáveis
Variações
orbitais
Tectitos e
microtectitos
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Figura 4.8. Bloco diagrama de uma sucessão fluvial hipotética composta por unidades
litoestratigráficas (1 a 6), paleossolo (PS), discordância erosiva (sobre a unidade 4) e os
registros das datações realizadas com o método do 14C. A unidade 3 foi depositada entre
7.500 e 6.000 A.P. A estabilidade da paleossuperfície na porção superior de 3, que deu início
à formação do paleossolo, iniciou a 6.000 A.P. e se estendeu até 4.500 A.P., quando ocorreu a
retomada da deposição que formou a unidade 4. A unidade 5 soterrou uma superfície erosiva
(discordância erosiva), fato bem demarcado no ponto de ocorrência de um canal preenchido,
onde a degradação da paisagem atingiu todas as unidades anteriormente sedimentadas. A
lacuna (vacuidade degradacional + hiato) varia de um máximo em X [7.000 anos, que é
diferença entre a idade da unidade 1 (10.000) e a idade obtida na porção inferior do
preenchimento do canal (3.000), que é a porção inferior da unidade 5], a um mínimo de
1.500 anos no ponto Y, que é a diferença entre a idade da porção superior da unidade 4
(4.000) e a idade da unidade 5 (2.500). A duração do hiato é obtida por comparação das
idades do topo da unidade 4 (4.000), que é o último período de deposição, e a porção mais
inferior da unidade 5 (2.500), que foi depositada sobre a discordância erosiva. A erosão deve
ter ocorrido, portanto, entre 4.000 e 3.000 A.P., o que significa que sua duração foi de, no
máximo, 1.000 anos. Por conseqüência, a vacuidade degradacional em X é de 6.000 anos, e
em Y, de 500 anos. Fonte: Waters (1992), modificado.
Correlação
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Figura 4.9. Perfil do sítio MS-MA-50 e a localização dos cortes C1, C3, C4 e C5. Os quatro
cortes permitem correlacionar a camada mais superior (húmica bioturbada), pois ela ocorre
em todos os perfis. Já a camada sotoposta (húmica, pouco perturbada com material
arqueológico) apenas é correlacionada nos cortes C1, C3 e C5, onde foi encontrada. Por sua
ausência no corte C4, é interpretada como uma lente. A geometria lenticular também é
inferida para a camada arenosa com conchas e muito material arqueológico porque ocorre
apenas corte C1 e C3, sendo, portanto, aí correlacionada. A camada de concreção carbonática
foi tomada como limite inferior dos cortes C1,C3 e C5, por ser, provavelmente, material
carreado das regiões superiores. Ela também foi entendida como uma lente, pois não foi
detectada no corte C4. Já camada areno-argilosa de deposição aluvionar foi reconhecida
apenas nos cortes C5 e C4, o que a caracteriza como outra lente. Essa deposição, juntamente
com a mais superior (camada húmica bioturbada), são as únicas que afloram. A mais inferior
das camadas (argilosa de deposição aluvionar), apesar de ter sido detectada somente nos
cortes C5 e C4, estende-se, segundo os autores, por todo o sítio. Fonte: Schmitz et al.
(1998), modificado.
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16
Camada de valor para correlação ou para delimitação estratigráfica.
17
Relevo, posicionamento do lençol freático, cobertura vegetal, etc..
78
18
Variação no nível do mar por razões diversas. Aumento ou diminuição das calotas polares é
a mais significativa.
19
Direção horizontal de uma linha, medida no sentido horário, a partir do norte magnético de
um plano referencial, comumente o meridiano.
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Caixa metálica
Orifício na tampa e
Pínula longa
transparência no
vidro
Tampa metálica Nível Limbo semicircular
Figura 4.10. Bússola de geólogo tipo Brunton. O clinômetro está posicionado, na fotografia,
sob a ponta não imantada da agulha (branca), onde também se localiza o norte. O oeste (W)
é bem visível. Foto: Carlos Henrique Nowatzki.
20
Linha que liga o centro da suspensão ao zero da graduação.
80