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- CAPACITAÇÃO DE LEDORES –
Módulo 4

O desafio do Ledor

OBJETIVOS

• Reconhecer os materiais utilizados para a ação de leitura e transcrição.


• Compreender as técnicas e características gerais de uma transcrição adequada.
• Compreender as técnicas e características gerais de uma boa leitura.

Dando Início

LEITURA

Já falamos que o atendimento prestado pelo Ledor é pautado pela observação de elementos
em tinta e a transformação deles em palavras sonoras.
Esses elementos não são apenas palavras e podem ser categorizados em três grupos:
• Textos
• Símbolos
• Imagens

Vamos às explicações de cada um desses grupos.

1. Textos

Uma das observações relacionadas à leitura de texto é referente à fluência.


A fluência pode ser entendida como um conjunto de habilidades que permitem uma leitura
sem embaraço, sem dificuldades em relação ao texto.
É verdade dizer que, na leitura de um texto feita pelo Ledor, o resultado da compreensão
depende da qualidade das inferências geradas pelo conhecimento que o ouvinte (pessoa que
recebeu o atendimento) tem. Mas também é verdade que as inferências dependem da leitura
fluente do texto.
Ou seja, se a leitura não for fluente, o ouvinte
poderá inferir de modo equivocado as informações
explícitas ou implícitas no texto, pois a informação
fornecida é uma pista que ativa uma operação de
construção de sentido.
Portanto, “ao contrário do que o senso comum
acredita, a inferência não está no texto, mas na leitura,
e vai sendo construída à medida que o ouvinte vai
interagindo com ela”1.
Resumindo, para apresentar fluência na leitura é necessário ao Ledor:
                                                            
1
CURSINO-GUIMARÃES, S. e DELL´ISOLA, R. Repensando a inferência. Belo Horizonte: PUC-MG, 2014.

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• pronunciar de forma correta os termos;


• respeitar as pontuações existentes nas frases;
• ter velocidade de leitura adequadamente confortável para ele e para o ouvinte.

Lembre-se: a pronúncia de termos de forma errada pode causar prejuízos ao ouvinte.


Em relação ao texto e à sua composição, existem operações que podem ajudar na
construção de uma trilha de leitura mais suave para o leitor.
Alguns pesquisadores empregam o termo “legibilidade” para se referir à característica do
texto que o torna menos ou mais passível de uma leitura fluente, sem obstáculos de variada
natureza. Há textos que dificultam o caminho até de leitores experientes. E há textos que são
lisos, polidos e deslizantes. Isso tanto diz respeito à escolha das palavras, à construção das frases,
à padronização ortográfica ou ao tamanho dos períodos escritos, quanto à qualidade gráfica do
texto, ao tamanho da fonte empregada, à interferência de cores, fundos, fios, proximidade entre
blocos de texto, e às plataformas de leitura (como livro, tela de computador, telefone celular
ou tablet).

2. Símbolos

Podemos pontuar como símbolos os elementos gráficos que aparecem em meio ao texto.
Aqueles apresentados isoladamente serão tratados como ‘palavra’ no sentido de que apenas
os pronunciarei, não havendo a necessidade de explicá-los. Exemplo:

A variação da velocidade (V) é calculada pela velocidade final subtraída da


velocidade inicial.

Os símbolos que aparecem em conjunto serão lidos tomando-se como base a descrição de
uma imagem.

Fórmula eletrônica Fórmulas estruturais planas Fórmulas moleculares

3. Imagens

Cabe aqui relembrar a existência do profissional adaptador que terá a competência primeira
para realizar com primazia a descrição de uma imagem.
Mas, não havendo a atuação desse e caso a imagem apareça em nosso material de leitura,
temos inicialmente que analisar o ambiente onde estamos atuando, pois só assim poderemos
especificar o quanto poderemos descrever sem interferir indevidamente na escolha do estudante.
Afinal de contas, dependendo do objetivo da descrição podemos dar mais ou menos
detalhes de uma mesma imagem.

Agora que já iniciamos a converso sobre as Técnicas de Leitura, é hora de irmos à escrita.
Afinal de contas, diferentemente do que o senso comum imagina, o ledor não é somente aquele
que lê. Como você já sabe, nosso trabalho é muito mais complexo, certo? Isso porque exercemos
também a função de transcritores.

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TRANSCRIÇÃO

O ato de transcrever consiste em passar para o papel um determinado conteúdo. Tal


conteúdo pode ser expresso oralmente ou mesmo por escrito em um outro lugar.
Para refletir: ao redigir um texto em um contexto avaliativo, você se preocupa com quais
aspectos? Conteúdo? Legibilidade? Gramática? Estrutura? Paragrafação? Margens? Rasura?
Caligrafia?
Será que ao executar a transcrição do texto de outra pessoa você deverá se preocupar com
os mesmos aspectos mencionados? Ou o autor do texto deverá ter responsabilidade sobre todos
eles?
Pode ficar tranquilo: é isso que, também, vamos descobrir neste módulo!

Desenvolvendo

As técnicas de leitura que serão apresentadas agora têm como objetivo nortear a ação
inicial do profissional Ledor e devem ser seguidas sempre que não houver tempo suficiente para
análise do material a ser lido para geração de possíveis modificações.

AS TÉCNICAS PARA LEITURA - símbolos

Nesse primeiro momento, trataremos dos símbolos e a regra geral é:

CONHEÇA-OS!!!!!!

Atenção: sem conhecer verdadeiramente o nome do símbolo e seu significado no contexto


no qual ele estará inserido, a chance de erro na leitura é imensa.
Podemos categorizar os símbolos em dois grupos para determinar a técnica a ser usada
para pronunciá-los:
• Símbolos de texto: são aqueles colocados enquanto caracteres de um texto escrito. Em
sua quase totalidade serão pronunciados verbalmente a partir do seu nome e não seu
significado.
• Símbolos de imagem: esses comporão uma imagem propriamente dita (gráficos,
organogramas, tabelas, ...) ou estarão em expressões químicas ou matemáticas, cabendo
sua descrição prévia como se fosse uma imagem e depois a leitura do símbolo dentro do
contexto inserido.

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Alguns símbolos podem apresentar variação de nomenclatura a depender do contexto no


qual estiverem inseridos. Vejamos:

Esse símbolo é a quarta letra maiúscula do alfabeto grego. É nomeado como delta.
Pode ser encontrado em diversos contextos, nos quais terá significados diferentes:

• Variação: Exemplo: H = Hf - Hi
• Valor discriminante: Exemplo:  = b2 – 4ac

• Aquecimento ou calor: Exemplo:

Esse cuidado na pronúncia dos símbolos também deve ser percebido quando eles estiverem
relacionados às letras.
Vamos ver se fica melhor perceber na prática. Observe a questão a seguir para conversarmos
mais:

A temperatura T de um forno (em graus centígrados) é reduzida por um


sistema a partir do instante de seu desligamento (t = 0) e varia de acordo com
a expressão
T(t) = − t2 + 400
4

Durante a leitura dessa questão, são poucas as pessoas (não profissionais Ledores) que
distinguem as letras minúsculas das maiúsculas ao pronunciá-las quando se tratam de variáveis.
Nessa questão, temos as variáveis tempo e a temperatura, ambas sinalizadas pela letra t.
O que as distingue é que uma é maiúscula e outra minúscula, o que faz toda diferença. A pessoa
(não profissional Ledor) que estiver lendo para um terceiro só perceberá a importância disso
quando encontrar a segunda variável.
Não há problemas nessa percepção tardia desde que o Ledor estabeleça a diferença entre as
letras assim que tomar conhecimento da segunda kkkkk.
Por exemplo, o Ledor começou a leitura e chamou o primeiro T de “tê”. Ele deve permanecer
denominando o T de “tê” e, assim que anunciar pela primeira vez o t, deverá distingui-lo do T,
por exemplo chamando-o de “tê minúsculo”.
O problema reside no momento em que eu quero consertar o equívoco no meio da leitura e
começo chamando o T de “tê” apenas e depois continuo a chamar o T de “tê maiúsculo”, pois
agora decretei que há três variáveis.
Nesse caso, a técnica de leitura é: SEMPRE anuncie as variáveis destacando se são
maiúsculas ou minúsculas.
No entanto, há possibilidade de ser um exagero em determinadas leituras, exemplo:

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Um eletricista analisa o diagrama de uma instalação elétrica residencial para


planejar medições de tensão e corrente em uma cozinha. Nesse ambiente
existem uma geladeira (G), uma tomada (T) e uma lâmpada (L), conforme a
figura. O eletricista deseja medir a tensão elétrica aplicada à geladeira, a
corrente total e a corrente na lâmpada.

A leitura permanece satisfatória mesmo sem o emprego da técnica, podendo ser anunciado
como “uma geladeira g, uma tomada t e uma lâmpada l” sem nem mesmo abrir ou fechar os
parênteses.
Mas isso só faremos se pudermos analisar o texto (diante da leitura silenciosa) antes da
leitura em voz alta feita para o participante.

Já sobre a expressão, o mais comum é que as pessoas a


pronunciem dizendo T maiúsculo, abre parênteses, t minúsculo, fecha
parênteses, é igual a menos t minúsculo elevado ao quadrado sobre
quatro mais quatrocentos.
Qual o erro nisso?
Releia a pronúncia acima (área azul) e veja se não poderia confundir com a seguinte
expressão!

Essa dubiedade de entendimento pode levar o participante a responder de modo errado uma
questão.
O Ledor profissional tem a responsabilidade de retirar dubiedades de entendimento. Por isso
deve estar sempre atento ao que está lendo, além de ter conhecimento suficiente da matéria em
foco no atendimento de leitura.

T maiúsculo, abre parênteses, t minúsculo, fecha parênteses, é igual a


menos t minúsculo elevado ao quadrado sobre quatro TUDO ISSO
somado a quatrocentos.

T maiúsculo, abre parênteses, t minúsculo, fecha parênteses, é igual a


menos t minúsculo elevado ao quadrado TUDO ISSO sobre quatro
somado a quatrocentos.

Nas questões nas quais aparecem elementos sobrescritos ou subscritos, temos uma variação
em como anunciá-los, dependendo da matéria em questão. A leitura desejada, diante da técnica,
é:

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Vamos a exemplos práticos da leitura desejada, diante da técnica.

B maiúsculo com a minúsculo com índice superior 2 positivo, somado


a c maiúsculo com o maiúsculo com índice inferior 3 e superior 2
negativo igual a b maiúsculo, a minúsculo, c maiúsculo, o maiúsculo
com índice inferior 3

O problema dessa questão é ela não ter sido adaptada para provas de pessoas que utilizarão
o atendimento de Ledores, pois o número de informações para serem apreendidas por quem ouve
para a posterior execução do que o anunciado da questão traz é muito alto.
De qualquer modo, o que temos que pensar é que:
1. Eu só poderei alterar a técnica diante da LEITURA PRÉVIA da questão. Afinal, se ainda não li
a questão e suas alternativas, como poderei determinar se minha ação não está respondendo
algo para o participante?
2. Eu só abro mão da técnica se eu tiver CONHECIMENTO da matéria para não cometer erros do
tipo “achei que estivesse certo”.
3. Nossa função é EXPRESSAR o que está escrito em tinta para que o participante execute a
prova.

Infelizmente há momentos nos quais não perceberemos nuances que podem prejudicar uma
leitura de material, levando ao erro de interpretação pelo participante.
O ENEM apresentou variações adaptativas relacionadas à apresentação de símbolos, o que
auxiliou a prestação da leitura pelo profissional Ledor. Veja o exemplo:

Assim fica fácil entender a importância do fato de a adaptação preceder a ação do Ledor, não
é?!
Mas nem todas as vezes fica tão melhor assim. Observe esse outro exemplo de uma questão
da mesma prova do exemplo anterior:

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Mesmo que existam as variações de entendimento do que é suficiente ser adaptado, estamos
felizes em existir o precedente da adaptação.

AS TÉCNICAS PARA LEITURA - imagens

Para descrever uma imagem, é preciso ter entendimento total do contexto no qual ela está
inserida (por exemplo, a questão com enunciado e alternativas) para, então, determinar o quanto
é suficiente ou necessário que uma imagem seja descrita. Os problemas, normalmente, giram em
torno de:
• durante a descrição, dar a informação que o participante deveria conseguir retirar da imagem
para responder à questão, ou seja, “dar a resposta de graça”;
• descrever tantos detalhes que as informações importantes se perdem diante de tanta coisa;
• desconhecimento mínimo do Ledor para descrever algo (tabela, gráfico, etc.).

Novamente temos de ter o entendimento de que o erro PRIMÁRIO está no fato de o


participante não ter autonomia para realizar sua prova. O que quero dizer com isso é que provas
realizadas por pessoas com problemas visuais não deveriam ter como critério avaliativo a retirada
de informações meramente visuais, tais como gráficos.
Logo, a premissa da ação do Ledor é fazer o melhor sempre e isso depende diretamente do
conhecimento que temos. Logo, quanto maior for nosso grau de leitura e observação de materiais
diversos, menores serão nossos problemas enquanto Ledores.
Estamos a todo momento falando sobre o nível de conhecimento do Ledor sobre o assunto a
ser lido pelo motivo de existirem ambientes nos quais não teremos a oportunidade de observar o
material antes de iniciarmos o atendimento como Ledor. Isso significa não ter tempo para pensar
na adaptação, ou seja, ir na ação contrária ao estabelecido pela regra máxima de uma adaptação
profissional.
Nesses casos, quanto maior o conhecimento do Ledor sobre a imagem, menor será o prejuízo
causado relacionado a erro de informação.
A não existência de condições ideais de ação não elimina o direito ao atendimento e, por
isso, obrigará o Ledor a fazer a melhor escolha que a circunstância permite para descrição.

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Sabido isso, pensaremos agora em como proceder para descrever uma imagem, de modo
genérico, e depois veremos alguns exemplos com objetivo de aumentarmos nossa visão crítica.

1. Uma das ações primeiras deve ser nortear a escolha da direção a ser tomada para início e
fim da leitura da imagem (mas novamente essa escolha depende de um olhar crítico sobre
a imagem).
2. Esse segundo item para aprimorar o senso crítico, com relação à descrição de imagem, gira
em torno da qualificação da imagem. Quando e quanto de características eu posso
acrescentar em uma imagem a ponto de não interferir negativamente nas escolhas que
deveriam ser feitas pelo ouvinte? Por exemplo, posso dizer qual a fisionomia de uma
personagem ou quem deve inferir é o ouvinte? Em ambiente avaliativo devo considerar a
questão da qual a imagem foi retirada para determinar o que dizer.
Nas últimas versões do ENEM, houve uma preparação do material de leitura a ser utilizado
pelo Ledor durante a ação com pessoas do grupo Não Visual.
O que quero dizer com isso é que nesses últimos eventos houve a supressão da imagem
dessas provas em substituição por um texto descritivo.

Posto que alguns atendimentos serão feitos diante de participantes que enxergam (grupo
Visual), o suficiente seria solicitar que ele observasse a imagem para continuarmos a
leitura. Mas, acreditamos ser importante estarmos prontos para contingências.
3. A terceira observação demanda uma ação mais criteriosa do Ledor visando promover tempo
para usar seu senso crítico diante das imagens antes de realizar qualquer tipo de adaptação.
Essa ação diz respeito à técnica do reordenamento de informações. Vamos supor que as
questões tenham o seguinte padrão de apresentação:

A proposta desta técnica é antecipar a informação solicitada no enunciado para que o


participante então (se assim julgar necessário) ouça a descrição da imagem/texto
motivador com um olhar mais apurado para busca de dados que o auxilie para responder
à questão. Funcionaria do seguinte modo:
• Anuncie o número da questão.
• Diga “existe uma imagem/texto motivador, vou ler o restante da questão primeiro e,
se você julgar necessário, voltamos a ela”.
• Leia o enunciado.
• Pergunte se o participante quer voltar à imagem/texto motivador. Se ele julgar
necessário, volte a essa informação.

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• Leia, por último, as alternativas.


Ainda diante do reordenamento, quando aparecem imagens como tabelas e gráficos,
podemos nos deter a dar o mínimo de informação suficiente para o ouvinte determinar o que mais
gostaria de ouvir. Por exemplo:
TABELAS: Diga o título da tabela e depois os subtítulos dela, que
normalmente estão situados na primeira coluna e primeira linha.
Desse modo, o participante saberá de modo geral do que se
tratam as informações da tabela.
Se o participante pedir que retorne à tabela e fale sobre os detalhes dela, então teremos
que escolher a melhor forma de lê-la:

Quando a imagem se tratar de gráfico, os dados a serem informados preliminarmente são:

Deixe claro para o ouvinte que ele pode então pedir que você leia especificamente uma
informação escolhida por ele ou, se ele desejar, falará de todos os dados.
Mas, vale relembrar, do material utilizado no ENEM 2017, o Ledor recebeu o material de
leitura sem a imagem, apenas com a “descrição da imagem”.

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Ainda assim, devemos ficar atentos às imagens gráficas, pois os participantes do grupo
Visual podem demandar a leitura integral dessa imagens pelo Ledor, por possuírem, por exemplo,
dislexia ou baixa visão. Ou seja, novamente o Ledor se verá no cenário de escolher a melhor
técnica a ser usada.

AS TÉCNICAS PARA LEITURA - textos

Antes de iniciarmos verdadeiramente a discussão sobre as técnicas de leitura de texto,


precisamos falar de alguns aspectos importantes, como:
• empregar altura de voz agradável a você e ao ouvinte;
• manter um ritmo de leitura constante, nem rápido demais a ponto de não ser entendido,
nem devagar demais a ponto de se tornar cansativo;
• repetir a leitura quantas vezes for solicitado pelo ouvinte;
• sentar na posição correta para não forçar as costas e as cordas vocais, afinal, pode ser
que você passe bastante tempo realizando a leitura do material para alguém;
• atentar-se para a fluência de leitura, pois a falta dela pode acarretar a passagem de
informação errada.

A partir do entendimento de que a fluência de leitura é prerrogativa para o Ledor, podemos


traçar a regra geral para as técnicas de leitura de texto, que é:

TORNAR PERCEPTÍVEL TUDO AQUILO QUE ESTÁ IMPRESSO.

Precisamos prestar atenção à aparição destes elementos:

1. Pontuação: nesse caso, a Técnica de leitura é: não verbalizar as pontuações.


2. Sinais variados:
a. Aspas: As aspas podem ter a função de anunciar um recorte de um trecho ou ainda de
destacar um trecho do texto. Assim, é necessário anunciá-las para demonstrar onde esse
trecho se inicia e onde termina. Ao aparecerem as aspas que antecedem o trecho, nós
anunciamos ABRE ASPAS e, quando as aspas fecharem o trecho, diremos FECHA
ASPAS.
b. Parênteses, colchetes: A aparição de parênteses ou colchetes no texto a ser lido seguirá
o mesmo padrão de técnica relacionada às aspas: anunciar quando da sua abertura (ABRE
PARÊNTESES) e novamente no seu fechamento (FECHA PARÊNTESES). E toda variação
dessa técnica só deve ser feita diante da análise prévia do texto a ser lido.
c. Travessão: O travessão deve ser anunciado quando para demonstrar que iniciasse a leitura
de uma fala, podendo ser dito de modos diferentes:

Para toda regra há uma exceção: quando o travessão for empregado como pausa de leitura,
podendo ser substituído por vírgula, não será necessário anunciá-lo, apenas manter a
fluência da leitura.
Há momentos em que o abrir e fechar das aspas se tornará um problema para a leitura (pois
será, por exemplo, um elemento de repetição). A preferência será por eliminá-las para evitar
a perda de atenção do ouvinte para as demais informações. O mesmo diante das demais

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técnicas de sinais variados, mas essas variações da técnica só serão possíveis mediante
análise prévia pelo Ledor.

d. Grifos (sublinhado, negrito ou itálico): Não são poucas as vezes que nos deparamos com
trechos de textos colocados em evidência diante do uso de variação da fonte padrão do
texto. O que a técnica diz é que devo anunciar o início e o final do grifo, mantendo a
fluidez da leitura. Então seria assim:

e. Palavra Estrangeira em texto de Língua Portuguesa: Quando tratamos de palavras


estrangeiras em textos em Língua Portuguesa, o que fazemos é pronunciar a palavra como
acreditamos ser correto e então perguntamos se o ouvinte quer que a gente soletre a
palavra (assim, se pronunciarmos de modo incorreto a ponto de não ser entendível, ao
soletrarmos é capaz de ele reconhecer a palavra!).

AS TÉCNICAS TRANSCRIÇÃO

Você sabe quem pode ser auxiliado pelo transcritor? De forma geral, podemos apontar
três motivos que justificam esse apoio:
1. não visualização das folhas para transcrição de resposta: Pessoas com deficiência visual
que não têm potencialidade visual suficiente para enxergar com precisão a folha de resposta
a ponto de preenchê-la com autonomia.
2. ineficiência ou ausência de coordenação motora fina para execução da transcrição: Pessoas
com deficiência física ou motora que não conseguem empunhar canetas ou escrever com
qualidade suficiente para realizar o preenchimento das folhas. Nesse grupo estão pessoas
com deficiência física que possuem má formação ou amputação de membros superiores,
bem como paralisia total ou parcial.
3. desvios cognitivos para escrita ou raciocínio lógico-matemático de ordenamento: Pessoas
que usam o serviço com o intuito de evitar erros de preenchimento ou de escrita (pessoas
com déficit de atenção, dislexia, autismo, entre outros). Esse grupo solicita a transcrição
pela segurança em não cometer erros durante o preenchimento de formulários. Um
exemplo são as pessoas com déficit de atenção que, mesmo ao terem respondido de forma
correta a questão, podem perder sua atenção ao passá-la para a folha de respostas e acabar
assinalando a alternativa errada. Ou ainda os disléxicos, que costumam cometer muitos
erros de escrita, como supressão de palavras ou alteração silábica, mesmo que tenham
pensado e pronunciado em voz alta.

Ação do transcritor

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Os documentos diante dos quais o transcritor pode atuar variam de acordo com o contexto
em que ele está inserido. De forma geral, o transcritor pode agir diante de:
• Formulários: Existem variações entre as bancas organizadoras, mas normalmente os
formulários a serem preenchidos são estes: Folha de Presença, Formulários de Atendimento,
Folhas de respostas (objetivas e discursivas) e Folha de Redação.
• Respostas Objetivas: Ao preencher um Cartão de Respostas objetivas, primeiramente devemos
conhecer qual é a preferência do participante: (a) Aguardar o final da leitura da prova e passar
todas as respostas de uma vez só para o Cartão de Respostas. (b) Preencher cada questão
assim que ele disser a resposta (o problema nesse momento é que, uma vez marcada a resposta
dada pelo participante, não haverá mais possibilidade de alteração da resposta por ele).
• Respostas Discursivas/Redação: A regra básica da transcrição das respostas discursivas e da
Redação é iniciar a ação, SEMPRE, em uma folha de rascunho. Somente após a autorização do
participante, a folha definitiva deve ser utilizada. Esse cuidado possibilita que o participante
faça alterações em seu texto, além de que o transcritor verifique a relação entre o tamanho da
sua letra e o espaço disponível.

A Transcrição

Para realização da transcrição, devemos nos atentar para:


• ortografia: a boa escrita é sempre uma exigência.
• caligrafia: letra legível.
• margens: não ultrapassar margens direita e esquerda na área para escrita da redação.
• rasura: quando for necessário rasurar a folha original de escrita discursiva ou redação, proceda
passando um traço sobre a palavra a ser corrigida e escreva a correta na sequência.

Além disso, atenção também às seguintes questões: diferenciação das letras


maiúsculas/minúsculas; recuo de parágrafo; hifenização.
Para a transcrição, de fato, temos 4 passos a seguir:

Esses são os 4 passos ideais para um bom encaminhamento de transcrição da redação


ditada por um participante, porém nem sempre poderemos utilizar tempo suficiente para que
todos eles sejam executados.
Mesmo tendo existido um acordo entre o Ledor e o participante para que guardassem o
tempo mínimo de X para a realização da redação, pode acontecer de o tempo a ser destinado a
essa ação se tornar menor.
O Ledor deverá anunciar ao participante o tempo que sobrou para a ação de pensar e
escrever a redação na folha definitiva destinada a ela.
Logo, qualquer variação necessária a esses passos deverá ser escolhida pelo Ledor diante
do cenário que lhe for apresentado:
• não realizar um ou alguns dos passos ideais da transcrição;

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escrever diretamente na folha definitiva sem usar o rascunho, eliminando todos os passos

ideais.
Antes realizar variações do que não entregar a redação do participante. Mas vale lembrar
que mesmo que tenhamos toda responsabilidade profissional na ação, nem sempre teremos a
determinação das ocorrências ao nosso favor, infelizmente.

Finalizando

Pois bem, acredito que você percebeu que apesar de existirem técnicas que facilitem ou
diminuam as possibilidades de problemas de leitura e descrição, dependendo do cenário e do
participante, elas não suprirão todas as necessidades.
A riqueza da ação do Ledor é exatamente esta: a simplicidade da intervenção misturada com
a complexidade do atendimento.

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