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Índice
Lista de Símbolos, Siglas e Abreviatura.........................................................................................iii
Agradecimentos..............................................................................................................................iv
Dedicatória.......................................................................................................................................v
Declaração......................................................................................................................................vi
Resumo..........................................................................................................................................vii
Abstract........................................................................................................................................viii
1. Introdução....................................................................................................................................9
1.1. Objectivos.......................................................................................................................10
1.2. Metodologia....................................................................................................................10
2. Revisão da Literatura.................................................................................................................11
2.1.1. Família.........................................................................................................................11
2.1.2. Afecto..........................................................................................................................12
4. Descrição do Caso.....................................................................................................................20
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4.1.Dados recolhidos.................................................................................................................20
4.2. Genograma..........................................................................................................................20
4.4. Motivação...........................................................................................................................21
5. Análise geral..............................................................................................................................32
6. Considerações Finais.................................................................................................................33
7. Recomendações.........................................................................................................................34
8. Referências Bibliográficas.........................................................................................................35
Apêndice........................................................................................................................................36
Anexos...........................................................................................................................................37
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1. Introdução
O presente relatório de estágio, que será apresentado como pré-requisito para a aquisição do grau de
licenciatura em psicologia clínica, apresenta, em linhas gerais as actividades desenvolvidas durante
o estágio integral. O estágio visa fazer a operacionalização da teórica e da prática, como forma de
preparar o estudante para o seu campo de acção profissional..
O afecto é o elemento formador dos vínculos interpessoais, familiar e conjugais, que no campo da
psicologia desempenha um papel importante no processo de desenvolvimento psicológico e
emocional. O ambiente familiar tem sido o local onde inicia e se fortalece o afecto, a forma como
este é desenvolvido e estimulado, tem influências ao longo da vida do indivíduo e nas inúmeras
experiências que poderão ser agradáveis ou não, sendo os modelos adquiridos no convívio familiar,
de extrema importância para a formação do mesmo (Madaleno, 2006).
De acordo com as relações de afecto é possível estabelecer a responsabilização por danos morais e
materiais para reparação de um dano psíquico, pois a lesão produzida por um membro da família é
mais grave do que a de um terceiro. Sendo que o afecto e meio em que a criança se encontra é um
dos factores mais determinante na personalidade da criança surge a necessidade de analisar se o
afecto como instrumento de valor indispensável na caracterização da entidade familiar, avaliar seu
papel nas relações familiares, as consequências deste na formação da personalidade e quanto ao
desenvolvimento do indivíduo na sua totalidade e para a personalidade, primordial a pessoa humana
e as suas relações.
No relatório será analisado o caso de uma criança que chegou ao centro com dificuldades de
aprendizagem e queixas frequentes dos professores. A criança foi avaliada com recurso as técnicas
utilizadas no centro e a ficha de análise que foi preenchida no primeiro contacto. Ao longo das
sessões, percebeu-se que as dificuldades de aprendizagem surgiram devido a falta de afecto e
cuidados dos pais. A criança manifestava esses comportamentos para chamar a atenção dos pais.
O presente relatório foi reestruturado da seguinte forma: a primeira parte, em que concerne a
introdução, onde encontramos os objectivos gerais e específicos do estagio, e a metodologia
utilizada. A segunda parte temos a revisão da literatura, trata-se da contextualização de conceitos
que serão abordados segundo as literaturas. A terceira parte tem a discrição do local do estágio, na
quarta parte faz-se o estudo do caso clínico, não obstante apresenta-se o caso e o trabalho feito no
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centro durante estudo do caso no estágio. Em seguida se fará uma análise geral do estágio,
finalmente se dará as considerações finais e as recomendações.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Compreender o papel do afecto familiar no processo de reabilitação psicossocial de crianças com
dificuldades de aprendizagem dislexia.
1.1.2. Objectivos específicos
a) Identificar as causas da dificuldade de aprendizagem no caso em análise
b) Descrever o papel do afecto familiar no processo de reabilitação psicossocial de crianças
com dificuldades de aprendizagem
c) Identificar as principais áreas de intervenção no caso em análise
d) Traçar plano de intervenção em função das áreas identificadas
1.2. Metodologia
Para elaboração deste relatório do Estágio, utilizou-se as estratégias de reabilitação de dislexia, com
a excepção do plano de intervenção direccionado a criança analisada no caso.
No centro, normalmente as intervenções são colectivas, algumas vezes particularizadas quando se
chama para a sessão os familiares e faz-se o aconselhamento e a psicoeducação. Para o caso em
análise, foi necessário incluir visitas a escola e sessões com a professora.
2. Revisão da Literatura
2.1.1. Família
A família é uma instituição base da estrutura social. Nesse sentido, apesar dos diferentes
paradigmas familiares existentes ao longo do processo histórico nenhuma sociedade prescindiu
dessa importante instituição. Na realidade, mesmo diante da complexa tecnologia que aproxima os
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desenvolver sua auto-imagem e a relacionar-se com a sociedade mais ampla e imutável, da qual e
para a qual nascem".
2.1.2. Afecto
Afecto é a disposição de alguém por alguma coisa, seja positiva ou negativa. É a partir do afecto
construído que se demonstram emoções ou sentimentos. Pode se ter afecto por algo, uma pessoa,
um objecto, uma ideia, ou um lugar.
Afecto é também o objecto da afeição, como em "meus afectos são meu cachorro e minha família".
Tem sua origem na palavra latina affectus, que significa disposição, estar inclinado a. A raiz vem
de afficere, que corresponde a afectar e significa fazer algo a alguém, influir sobre.
Demonstração de afecto é a forma como se expressa um carinho. É explicitar o afecto sentido
através de um gesto, que pode ser um cafuné na cabeça, um beijinho na testa, um abraço, entre
tantos outros.
Não só humanos demonstram afecto. Já foi comprovado cientificamente que animais podem
expressar afeição com suas acções.
2.1.3. Reabilitação Psicossocial
É um processo que oferece aos indivíduos que estão debilitados, incapacitados ou deficientes,
devido a perturbação mental, a oportunidade de atingir o seu nível de potencial de funcionamento
independente na comunidade, o que envolve tanto o incremento das competências individuais como
a introdução de mudanças ambientais.
A reabilitação procura compensar as incapacidades através da recuperação e da aprendizagem de
competências individuais e sociais, e também através da criação de suportes sociais adequados aos
seus níveis de autonomia ou de dependência. O objecto da reabilitação não é o "doente", mas sim a
"Pessoa" que tem o direito de viver uma existência completa, amando, trabalhando e estando com
os outros.
A reabilitação psicossocial procura ajudar os doentes a lidar com os problemas da sua vida diária,
proporcionando-lhe oportunidades para um desempenho aceitável dos papéis sociais e das relações
interpessoais com os outros, amortecendo stressores e tornando possível um conjunto de opções em
relação ao trabalho e ao alojamento dos utentes". (LIBERMAN, 1992:74)
Deste modo, são estratégias de reabilitação psicossocial:
Técnicas de motivação, para ajudar as pessoas a lidarem com o meio em vez de sucumbirem
a este;
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relações entre os indivíduos, funcionando como um espaço no qual as experiências vividas são
elaboradas (Sarti, 2004).
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4. Descrição do Caso
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Nas últimas sessões, embora ainda continuava com alguma distracção, nota-se avanços
significativos. Por exemplo, a timidez foi baixando, a fluência dentro do centro melhorou embora
nunca tinha a iniciativa de começar a comunicação. Colaborava bastante na hora de realização dos
deveres escolares, passou a assistir mas as aulas e prestar um pouco mas de atenção, o que trouxe
igualmente alguns avanços no seu rendimento escolar.
TDAH
Disortografia
Dislalia
Discalculia
Disgrafia
Dislexia
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EA frequenta a 2ª Classe, na Escola Primária Completa de Singathela vive numa casa alugada pelo
Centro, com a mãe e suas irmãs.
O EA é um dos poucos, seguidos no centro que não tem nenhum diagnóstico de HIV/SIDA. Entrou
devido a vulnerabilidade da mãe e passou a ser seguido devidas as queixas frequentes do mau
aproveitamento escolar apresentado pelos professores.
EA tem falta de afecto familiar, a ausência quase total do seu pai no processo do seu
desenvolvimento afectou negativamente a sua socialização, dai que EA começa apresentar um
comportamento desadaptativo perante as outras pessoas e crianças. O EA faltava a escola e as suas
irmãs não lhe davam a devida atenção, afecto e acompanhamento (nunca procuravam saber como
vai a escola, se tem ou não deveres de casa por fazer, nunca foram visitar a sua escola e procurar
saber do seu rendimento, apenas o ignoravam como se ele não existisse). Esta espécie de abandono
da família, fez com que EA opta-se por viver de forma independente, sem regras nem controlo até
na escola, sentia-se sozinho e desamparado que passou a tentar chamar a atenção da mãe, do pai e
das irmãs através do abandono a escola e não investimento no processo de ensino e aprendizagem.
O seu pai vive no mesmo bairro com outra mulher com a qual constituiu uma nova família. Numa
das sessões de aconselhamento, o EA depois de um longo período de silêncio deitou algumas
lágrimas e disse o seguinte:
"Irmã, eu quero ir viver com meu pai, sinto muita falta do meu pai (…). Eu choro e as
vezes, peço a minha mãe para me devolver ao meu pai, vivemos no mesmo bairro, mas
papa vive com outra mulher."
Estes foi apenas um dos vários depoimentos que o EA foi manifestando ao longo das sessões para
demonstrar sua falta de atenção e afecto familiar, sua carência e necessidade de ter alguém que
cuidasse dele, uma família presente, um lar acolhedor.
Nas sessões com a mãe (que foram feitas de forma separada), fez-se a psicoeducacão e o
aconselhamento virado a mudança de atitude perante a criança de forma a não comprometer o seu
normal desenvolvimento.
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1ª Sessão
Objectivo: Estabelecer a relação, conquistar a confiança do EA e observar alguns aspectos ligados
a interacção, socialização e ao desenvolvimento cognitivo. Nesta sessão o EA estava sozinho
Actividade: Registo de dados pessoais e da família com base na técnica de entrevista não
direccionada.
Interacção na sala de brinquedos para montagem e desmontagem de quebra cabeça para avaliação
de aspectos cognitivos como por exemplo o processamento de informação (tempo de latência,
tempo de resposta), organização do pensamento, criatividade e coerência.
As actividades na sala de brinquedos também ajudaram a observar alguns aspectos ligados a
cooperação.
Observação do EAdurante 30 minutos na interacção com outras crianças no recreio
Ajudar o EA nas tarefas escolares
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Ao nível dos aspectos cognitivos, notou-se alguma falta de atenção e investimento nas tarefas
apesar do domínio dos jogos. O tempo de latência e de resposta apresentaram-se normais para uma
criança da sua idade.
Carência afectiva, ele precisa ter sempre alguém a lhe dar atenção e carinho para investir nas tarefas
e prestar atenção nas actividades.
Na resolução das tarefas escolares o EA apresentou-se muito distraído, não investiu em nenhuma
tarefa e não prestava atenção nas orientações dadas.
Ao nível da socialização, não teve problemas em interagir com as outras crianças
Recomendação para a próxima sessão: Deslocação a escolar para conversar com a professora no
sentido de colher informações sobre o seu comportamento na escolar e o seu desempenho.
Trabalhar a motivação, a tenção e concentração
Reforçar a atenção e o afecto tanto por parte dos cuidadores como na interacção com outras
crianças
2ª Sessão
Objectivo: Continuar a trabalhar a relação e conquista da confiança. Trabalhar na focalização e
refocalização da atenção e concentração,
Reforçar a atenção e afecto
Estimular a motivação e investimento nas tarefas
Apoiar na resolução dos trabalhos da escola
Obter informações sobre o seu comportamento e desempenho escolar
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Constatação: Na visita a escola constatou-se que CS não assistia as aulas, tinha um desempenho
era mau, não se relacionava com os colegas da escola, fugia para ir brincar no seu bairro. Das
poucas vezes que entrava na sala de aulas, não prestava atenção.
No centro notou-se um aumento, embora muito pouco, da motivação para as tarefas através da
aplicação na resolução dos trabalhos da escola, apresentação de algumas dúvidas e cooperação para
a procura de soluções de alguns exercícios.
Recomendação para a próxima sessão: Preparação o encontro com a mão para conferir a
informação que foi recolhida sobre o CS e colher mais informações.
Comparar a informação que a mãe tinha sobre o CS com a informação fornecida pelo menor na 1ª
consulta e pela professora na visita efectuada a escola.
Colher informações sobre o comportamento do CS em casa e do tempo que a mão tem para
interagir e cuidar do menor, de modo a orientado e fazer o acompanhamento
Continuar a trabalhar a motivação, reforçar o afecto e a atenção.
3ª Sessão
Objectivo: Perceber os motivos por de trás da ausência da mãe no acompanhamento, e
desenvolvimento do menor CS.
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Constatação: A entrevista com mãe permitiu constatar que o menor não tinha atenção e afecto de
nenhum familiar, apesar de ter irmãs, estas não cuidavam dele. A mãe não sabia nada sobre o seu
filho, não ficava em casa e nem fazia o acompanhamento na escola.
A sua adaptação e motivação continuava a aumentar e o CS aos poucos começou a se interessar
mais com as actividades, pois notava-se a sua satisfação cada vez que recebia um elogio, um abraço
ou um carinho e pouco mais de atenção.
Após ter sido explicado que tinham feito uma visita a sua escola, e ter igualmente sido chamado
atenção para a necessidade de ir a escola e assistir as aulas, CS retornou as aulas.
Recomendação para a próxima sessão: Coordenar uma visita a casa do CS para ir observação e
conferir as informações fornecidas pela mãe do CS. Esta visita foi feita por uma equipa composta
por um membro do gabinete de acção social do centro.
Uma vez por semana fazer uma visita a escola do CS para se informar sobre o seu comportamento e
desempenho.
Manter o reforço do afecto e atenção, a estimulação da motivação e manter os reforços
4ª Sessão
Objectivo: Orientar a irmã do CS, a lhe dar com a criança. Mostrar a importância de afecto familiar
no desenvolvimento psicossocial de uma criança.
Constatação:
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Após a entrevista com irmã constatou se que o menor não tinha atenção e afecto de nenhum
familiar, apesar de ter irmãs, estas não cuidavam dele. E as orientações dadas foram oportunas uma
vez que a irmã do CS queixava-se de falta de tempo e paciência para lhe dar com o menor, e após
ajuda no sentido de fazer lhe perceber a necessidade do afecto numa criança, mostrou-se atenta e
disposta a mudar, a sua forma de proceder perante o seu irmão mais novo.
A visita a residência deu uma nova possibilidade de o Constantino ter uma companhia para a
Hakumana, pois, outras 2 mães (M e A) vivem no mesmo bairro, cuja A tem um filho da idade do
Constantino que também frequenta a Hakumana. Nisso solicitou se esta mãe para que passasse a
chamar o Constantino sempre na hora que prepara o seu filho. Desde modo, esta possibilidade
encontrada, permitirá ao menor ter alguém e juntos vir a Hakumana, mesmo com a ausência de sua
mãe ou da irmã do CS.
Recomendação para a próxima sessão: Coordenar uma visita na escola para ir observação e
conferir as informações fornecidas pela professora do CS do estado de evolução do paciente no
melhoramento do comportamento.
Uma vez por semana fazer uma visita a escola do CS para se observar sobre o comportamento e
desempenho do CS, bem como a sua interacção com outras crianças.
Manter o reforço do afecto e atenção, a estimulação da motivação.
5ª Sessão
Objectivo: Analisar os resultados do paciente, e acompanhamento do seu aproveitamento e
comportamento na escola, e em casa.
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Constatação:
No encontro com a professora na escola do menor ela confirmou que o CS já não falta a escola,
como fazia anteriormente, e que a sua atenção para as aulas mudou bastante para o melhor, que o
CS tem lhe surpreendido positivamente a cada dia desde que o acompanhamento e a intervenção
psicossocial começou, e para enfatizar o CS trouxe as suas provas e teve boas notas, isto é, sem
negativa.
No centro agora CS tem mostrado muita empatia pelos seus amigos, e é muito amoroso e
compreensível, e também, ele melhorou bastante, já sabe ler alfabeto, fazer cópias e escrever
correctamente o seu nome.
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Para esta criança, segundo as teorias Piagetiana e Freudiana "O desenvolvimento infantil segue uma
estrutura de estágios e de crescimento " onde " O raciocínio infantil e a formação do sujeito muda
através dos processos de adaptação do meio". Dizer que o CS segundo sua faixa etária, pode
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melhorar "sim" com este acompanhamento Psicológico. Ele está bastante motivado com o novo
ambiente, o seu rosto nos últimos dias mostrava-se diferente, sempre com sorriso.
5. Análise geral
5.1. O Positivo Profissional do Estágio.
Ajudou na prática e desenvolvimento de habilidades de aplicação das teorias aprendidas ao
longo das aulas, para além de orientar melhor sobre o que deve ser feito e priorizado no
primeiro contacto com o paciente
Ajudou a aprender e desenvolver mais algumas habilidades de interacção com os utentes do
Centro, em particular aos jovens, adultos e idosos porque estes grupos expressaram (fala),
assuntos pertinentes, e isso, facilitou a compreensão para o apoio e acompanhamento
necessário;
Ao longo do estagio foi possível praticar actividades direccionadas ao apoio e orientação do
processo escolar das crianças com idade escolar, dos adolescentes e jovens, (visível a
superação de alguns);
O estágio proporcionou o conhecimento e compreensão das dificuldades de aprendizagem
que muitas crianças e adolescentes passam nas comunidades e que comprometem a vida
futura das mesmas;
Os encontros com as mães foram encarados como as terapias de grupo e relativamente aos
temas abordados, adquiriu-se experiências que, de certa forma serão aplicadas na vida
profissional.
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desnutrição;
Apoiar as crianças aprender a ler e escrever;
Dificuldades na interacção com as crianças com menos de 10 anos para compreender a
origem das suas dificuldades ou problemas porque não sabem dizer os assuntos complexos
das suas famílias.
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6. Considerações Finais
O presente relatório de estágio tinha como objectivo ”Compreender o papel do afecto familiar no
processo de reabilitação psicossocial de crianças com dificuldades de aprendizagem, assistidas no
centro de acolhimento de Hakumana”, ao longo das sessões foi possível perceber que este objectivo
foi alcançado. Contudo, precisa de dar continuidade nas sessões para o CS aprender a generalizar o
que foi trabalhado. Precisa-se igualmente de continuar a trabalhar com a escola e a mãe de modo a
garantir a continuação do acompanhamento e evitar recaídas.
O estágio ajudou a compreender melhor nosso universo profissional e nos forneceu um domínio de
elementos teóricos e práticos que estão presentes em nosso exercício profissional e que nunca nos
demos conte disso em nosso dia-a-dia.
Com o estágio pode beneficiar-se nos seguintes aspectos:
Interacção com os colegas da área social, e profissionais do centro;
Viver na prática a experiencia de trabalhar directamente com pessoas portadoras de várias
doenças, e problemas sócias.
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7. Recomendações
Para responder a demanda dos utentes, e as necessidades que ao Centro Hakumana deixa se as
seguintes recomendações:
Manter organização própria, segundo as normas legais vigentes, compatível com a maior ou
menor complexidade de cada Centro e estruturada de modo a atender às finalidades dos
utentes;
Estabelecer metas para o Centro em suas diversas áreas de actividade, planeando
periodicamente suas tarefas e avaliando seus resultados;
Facilitar a efectiva participação dos frequentadores nas actividades do Centro ;
Estimular o processo de trabalho em equipa;
Dotar o Centro de locais e ambientes adequados, de modo a atender, em primeiro lugar, às
actividades prioritárias;
Estabelecerem-se mais parcerias com outras instituições de âmbito humanitário para
permitir maior apoio que permita uma assistência cada vez melhor;
Utilizar os meios de comunicação, tais como jornais, revistas, boletins informativos e
volantes de mensagens, rádio e televisão para dar a conhecer e divulgar o centro.
Quando não há afecto na relação familiar, é possível que o indivíduo sinta-se solitário e
abandonado. E isso pode ser apenas uma breve sensação ou se estender a um problema mais grave,
como a depressão pois é através do afecto que revelamos os nossos sentimentos e criamos laços de
convivência.
Por isso recomenda-se a mãe do CS que, participe de forma activa e proactivo no desenvolvimento
do seu filho, e que demonstre mais afecto atenção ao CS.
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Ao CS que seja paciente e compreensível com sua mãe e irmã, seja obediente amoroso com aos
seus pais,
8. Referências Bibliográficas
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crianças de camadas populares. Psicologia em Estudo, 8(nº.esp.), 201-208. (2003).
BECK, J. S. Cognitive therapy: Basics and beyond (2nd ed.). New York: Guilford. (2011).
CARVALHO, M. do C. B. A família contemporânea em debate. São Paulo. EDUC/ Cortez, 2002.
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30
DRUMMOND, M. & DRUMMOND Filho, H. Drogas: a busca de respostas. São Paulo: Loyola.
(1998).
FREUD, S. O inconsciente, III Emoções inconscientes. ESB, v.14, Rio de Janeiro: Imago, 1974.
FREUD, S. Inibições, sintomas e ansiedades, ESB v. 20, Rio de Janeiro: Imago, 1976.
LAURENT, E. Os afectos em psicanálise. Trad. Philllipe Leclerc. Falo, v. 3, Salvador, 1988.
LIEBERMAN, R.P. Adiestramiento en Habilidades Sociales, Lieberman, R.P. (ed.), Rehabilitación
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com depressão. In B Rangé, Psicoterapias cognitivo - comportamentais: Um diálogo com a
psiquiatria (pp. 491-498). Porto Alegre: Artmed. (2001).
MADALENO, Rolf. A ética da convivência familiar e sua efetividade no quotidiano dos tribunais:
O preço do afecto. Rio de Janeiro: Forense.( 2006).
MALTA, M.; Petersen, M.; Clair, S.; Freitas, F. & Bastos, F. (2005).
MELMAN, J. (2001). Família e doença mental: repensando a relação entre profissionais de saúde
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NIETZSCHE, F. Aurora. São Paulo: Companhia da Letras, 2004.
OSÓRIO, L. C. Família hoje. Porto Alegre: Artes médicas. (1996).
ROMANELLI, G. Papéis familiares e paternidade em famílias de camadas médias. Trabalho
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SARTI, C. A. A família como ordem simbólica. Psicologia USP, 15(3), 11-28. (2004).
Apêndice
Dislexia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam, tipicamente, uma dificuldade de
leitura.
Disgrafia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam dificuldade na escrita. Isso inclui,
principalmente, erros de ortografia, como trocar, omitir, acrescentar ou inverter letras.
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Discalculia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio são afectados, principalmente, em sua relação
com a matemática. Portanto, os sinais envolvem dificuldade em organizar, classificar e realizar
operações com números.
Dislalia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio demonstram dificuldades na fala. Eles podem ter
alterações da formação normal dos órgãos fonadores, dificultando a produção de certos sons da
língua.
Disortografia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio geralmente também são afectados pela
dislexia. Embora também esteja relacionado à linguagem escrita, é mais amplo do que a disgrafia.
Pode envolver desde a falta de vontade de escrever até a dificuldade em concatenar orações.
TDAH: Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam baixa concentração, inquietude e
impulsividade. Foi constatado que uma das causas do TDAH é genética, e que há implicações
neurológicas. O TDAH já é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um
transtorno legítimo.
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Anexos
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