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C = 10 + 0,8(Y-T)
I = 10 G=10 T=10
X = 0,3Y* M=0,3Y
Y=C+I+G+X-M (1)
Y =
1
(1 − c1 +m )
(c 0 )
− c1T + I + G + x 1Y * =
1
(1 − c1 + m1 )
(A + x Y )
1
*
(3)
1
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SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Departamento de Economia
1 1
m= = =2 (aberta) (4)
1 − c1 + m1 1 − 0 ,8 + 0 ,3
(fechada)
1 1
m= = =5
1 − c1 + m1 1 − 0,8 + 0,0
(
Y A = 44 + 0 ,6Y B ) renda de equilíbrio do país A (10a)
(
Y B = 44 + 0 ,6Y A ) renda de equilíbrio do país B (10b);
(
Y A = 44 + 0 ,6 44 + 0 ,6Y A ) (11)
Y A = 70 ,4 + 0 ,36Y A (12)
1 1
Y A =Y B =Y = 70 ,4 = 70 ,4 = 1,5625 ×70 ,4 (13).
1 − 0 ,36 0 ,64
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Esta diferença deve-se ao fato de que abertura para trocas causa um duplo efeito na
economia. Um aumento interno de renda no país A gera mais importações. Estas
importações constituem-se nas exportações do país B. Com mais exportações o país B
aumenta sua renda e uma parte deste aumento retorna para a economia A, pois o país B
também importará mais. Assim, o efeito inicial do aumento de importações de A é atenuado
por um aumento em suas exportações para B.
A equação (3) pode ser escrita na forma abaixo, para ressaltar a variável G de cada país
( )
Y A = m A + G A + x1Y B = 1,5625 (12 + 10 + 0,3 × 110 ) = 110 (15)
YA
G = − ( A + x 1Y B ) (16)
A
(17)
125
GA = − (12 + 0,3 × 110) = 35,0
1,5625
O país A então com gastos maiores no valor de 35,0 terá uma renda 125 e o país B uma
renda 110. Com estes respectivos níveis de renda o saldo da balança comercial de cada país
será:
País A País B
TC A
= x 1Y B
− m1Y A
TC B = x 1Y A − m1Y B
TC A = 0 ,3 × 110 − 0 ,3 × 125 TC B = 0 ,3 × 125 − 0 ,3 × 110
TC A = −4 ,5 TC B = +4 ,5
e.) Aumento de gastos para gerar renda de 125 nos dois países:
Podemos usar a equação (15) para calcular os gastos do governo necessários para produzir
uma renda de 125 em cada país. Como os países são iguais, a mesma equação serve para
calcular G = GA = GB:
YA 125
G= − ( A + x1Y B ) = − (12 + 0,3 × 125)
m 1,5625
G = 30,5 Para verificar se o resultado está correto, substitua G = 30,5 na equação (15)
para encontrar uma renda Y = 125. (Experimente!)
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fiscal de aumento dos gastos, então ele se beneficiará do aumento de renda do país B
aumentando suas exportações para aquele país. Ao fazer isso, o país A terá sua renda
aumentada sem fazer qualquer esforço. Neste caso, em termos da equação (3), o país A se
beneficia do aumento do termo x1Y*. Como ele pode crescer, sem fazer esforço,
descumprindo o acordo de coordenação fiscal, cada país tem um grande incentivo a não
cumprir o acordo. Pelo menos se considerarmos um jogo com apenas um lance.
2ª Questão – IS-LM-BP
Considere um modelo macroeconômico com as seguintes equações:
C = 140 + 0,8(Y - T) - 200r (1)
T = 400 + 0,1Y (2)
I = 1000 - 700r (3)
BC = 50 - 0,07Y + 0,15Yw - 100r + 400rw (4)
L = 0,5Y - 1000i (5)
r = i - πe (6)
onde:
Y é o produto de pleno emprego, que representa o equilíbrio de longo prazo do produto
Yw é a renda do resto do mundo;
rw é a taxa real de juros internacional,
πe é expectativa de inflação
e as demais variáveis possuem seus significados tradicionais.
Obs.: a diferença entre curto prazo e longo refere-se ao fato de que no curto prazo, a demanda
agregada pode diferir do valor da oferta agregada ou do produto de pleno emprego (Y= Y ).
Resposta: Ver Abel & Bernanke (2008). Cap. 13, anexo 1, p. 368-369.
Abel, Adrew B.; Bernanke, Ben S. & Croushore, Dean; (2008). Macroeconomia,
6a ed., São Paulo: Pearson Prentice Hall.
3ª Questão
Considere três países com economias iguais dada pelas equações abaixo, e com as
respectivas elasticidades câmbio das importações:
Condições iniciais:
X = R$ 100, M = US$ 50, e = 2,00
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Suponha que os países possuem economias iguais, com renda constante, diferenciando-se
apenas nas elasticidades acima, e partem de uma mesma condição inicial como acima. O
governo então atua no mercado cambial provocando uma desvalorização de 10% na taxa
real de câmbio. Calcule:
a.) O saldo da balança comercial de cada país, considerando o tempo suficiente
para a curva J promover todos os ajustamentos necessários;
Como os três países são iguais e partem da mesma condição inicial, o saldo inicial da
balança comercial é:
BC R $ = X R $ − EM US $ (1)
BC = 100 − 2 × 50 = 0 (2)
(3)
dBC E
= η e , x − ηe, m − 1
dE X
ou em módulo:
= [η e , x + η e , m − 1 ] (4)
dBC E
dE X
Assim a variação no saldo da balança comercial pode ser obtida isolando dBC na equação
(2) e substituindo os valores constantes:
A equação 6 pode ser usada então para analisar os três países, apenas substituindo o valor
das elasticidades, observando que a condição inicial é BC = 0.
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BC
A
C
0 2,00 E
Explicação do Gráfico
Quando a taxa de câmbio era igual a 2,00 a balança comercial dos três países era igual a
zero. A medida que há uma elevação na taxa de câmbio, ocorre alterações na balança
comercial dos três países. No caso do país A há uma elevação no saldo da balança comercial.
Para o país B há uma redução e para o país C ela se mantêm igual a zero. Os motivos
desses comportamentos são expostos nas questões a seguir.
Neste exercício a soma dos módulos das elasticidades do país A é maior que 1 e o efeito de
uma desvalorização cambial é positivo. O país B possui elasticidades somadas menor 1,
portanto o efeito negativo do valor doméstico das importações se sobrepõem, é maior, que o
efeito positivo de um aumento das exportações e queda das importações. O saldo da balança
comercial, em moeda doméstica, diminui quando se desvaloriza o câmbio. Finalmente o país
C, cuja soma dos módulos das elasticidades é exatamente igual, as variações não afeta a
balança comercial, tal como representado por uma reta horizontal no gráfico acima.
4ª Questão
Considere um modelo macroeconômico de curto prazo com as seguintes equações:
a) Derive as curvas:
Y = C + I + G + BP
1
[c0 − c1T + d o + G ] − (d 2 − β ) r + x1 (x2 + m2 ) ε
(1 − c1 − d1 + m1 ) (1 − c1 − d1 + m1 ) (1 − c1 − d1 + m1 ) (1 − c1 − d1 + m1 )
Y= Y* +
d2 − β (x 2 + m 2 )
ε
1 x1
(1 − c1 − d1 + m1 ) (1 − c1 − d1 + m1 ) (1 − c1 − d1 + m1 ) (1 − c1 − d1 + m1 )
Y= A− r+ Y* +
Curva LM
Dada a rigidez de preços, a quantidade moeda em termos reais é a mesma que em termos
nominais, então M/P = M, e com isso podemos escrever a simplesmente LM como:
M = kY − hr
Curva BP
Dado que o saldo do balanço de pagamentos é influenciado pela taxa de juros, conforme o
parâmetro β, então podemos supor que o modelo reflete uma situação de mobilidade
imperfeita de capitais, ou mobilidade perfeita se β se aproximar do infinito ou assumir um valor
muito alto.
BP = TC + CK = 0 (12).
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x1Y * + x 2 ε − m1Y + m2 ε + βr = 0
x1 * ( x 2 + m 2 ) β
YBP = Y + ε+ r (13) - BP
m1 m1 m1
b.) Calcule a inclinação de cada uma das curvas acima, no plano Y,r;
d2 − β
para d2 > β (14a)
dY
(1 − c1 − d1 + m1 )
IS =− <0
dr
dY h
= >0 (14b)
dr k
LM
β
pois 0 < β < ∞ (14c).
dY
BP = >0
dr m1
Note ainda que com a introdução de mobilidade de capital, através do termo βr na equação
BP, a inclinação da curva IS pode ser positivamente inclinada, caso em que d 2 < β . No
caso dos modelos IS-LM e IS-LM-BP sem mobilidade de capital, tal situação não ocorria,
mas no caso de economia aberta com mobilidade de capitais, é possível obtermos uma curva
IS positivamente inclinada no plano Y,r. As consequencias disto para a análise estática de
equilíbrio, ou análise dinâmica, de ajustamento, estão além dos objetivos deste exercício.
Apenas destacamos o fato de que IS pode ser positiva, como uma demonstração de que a
análise tradicionalmente mostrada em manuais e livros textos, pode ser estendida para
casos mais genéricos e que a IS negativamente inclinação não é uma regra absoluta.
r
BP
LM
r0 A
IS
0 Y0
Y
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câmbio.
• Para manter o cambio fixo, a A.M. vende moeda estrangeira e retrai a oferta de moeda
doméstica, deslocando a LM para a esquerda, anulando parcialmente o efeito da expansão
monetária inicial. O nível de renda e juros de equilíbrio volta ao ponto A.
• O que diferencia o regime de mobilidade imperfeita em relação ao regime sem mobilidade
(curva BP vertical) é o fato de que agora a velocidade com que a LM se retorna ao ponto A
é maior.
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g.) Compare e explique as diferenças neste modelo, entre os dois regimes cambiais,
fixo e flutuante.
Como pode ser observado nos gráficos acima, a política monetária só tem efeito no caso do
regime de câmbio flutuante. O compromisso da autoridade monetária com a defesa da taxa
de câmbio, impede que ela possa fazer uso de políticas monetárias. No cambio fixo a
tentativa de fixar o câmbio obriga a autoridade monetária contrair ou expandir a base
monetária, por ocasião das intervenções de compra e venda de moeda estrangeira. A
variação da base monetária fica atrelada ao que acontece com o balanço de pagamentos.
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r BP0 LM0
r BP0
LM1
LM1
C LM0
r2
r0 A r1 B
r1 r0
B A
IS0
IS1
IS0
0 Y0 Y1 0 Y0 Y1
Y Y
A política monetária é ineficaz. A queda da taxa A política fiscal também é ineficaz. E ao final
de juros leva à aumento da renda interna e das ainda aumenta a taxa de juros. O deslocamento
importações. Mais importações significam da IS para direita causa déficit em transações
déficits em TC (ponto B, à direita da curva BP). correntes.
Os agentes passam a demandar câmbio para
pagar suas importações. Quando a autoridade
monetária vende a quantidade necessária de
câmbio para restabelecer a taxa de câmbio em
seu nível fixo, ela retira moeda de circulação
fazendo a curva LM voltar à posição original. Ao
fim nada acontece com o nível de renda, juros e
câmbio.
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Exportações
Importações
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