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SEMANA 2

Leia os textos.

TEXTO 1

As diferentes formas de trabalho tidas como inovadoras, mas que trazem


características pretéritas de exploração, travestidas em novas tecnologias foram o tema
da mesa de debates sobre Relações de Trabalho e Acumulação de Capital no Brasil (...)
Graça Druck alertou os participantes de que a questão da precarização do trabalho
vai além dos últimos fatos de exploração da mão de obra ocorridos no País, gerados pela
chamada reforma trabalhista. "Trata-se, na verdade, de um processo mundial
e multifacetado do capitalismo globalizado e que representa, antes de tudo, uma forma
política de dominação", afirmou. "Ou seja, quanto mais precarizado o trabalho, menos o
trabalhador terá condições de fazer frente ao domínio capitalista, gerando um grau de
desagregação, assim como acontece com a sociedade, quando enfrenta altos níveis de
desemprego", explicou.

[Universidade Federal da Bahia. “Precarização envolve também novas e tecnológicas


formas de trabalho”. 17 de março de 2018. Disponível em:
https://www.ufba.br/ufba_em_pauta/precariza%C3%A7%C3%A3o-envolve-
tamb%C3%A9m-novas-e-tecnol%C3%B3gicas-formas-de-trabalho]

TEXTO 2

É constitutivo do neoliberalismo os processos de precarização no mundo


trabalho e no caso brasileiro há que se ter em mente que ao menos 50% dos trabalhadores
e trabalhadoras sobrevivem na informalidade. (...)
O neoliberalismo, a partir de um discurso de gestão econômica e modernização,
considera os direitos do trabalho custos a ser suprimidos para que o capital não seja
obstruído e atue sem limites. (...)
“A uberização em realidade quer dizer a formação de uma multidão de
trabalhadores autônomos que deixam de ser empregados, que se autogerenciam, que
arcam com os custos e riscos de sua profissão. E que, ao mesmo tempo, se mantêm
subordinados, que têm seu trabalho utilizado na exata medida das necessidades do capital.
São nanoempreendedores de si, subordinados e gerenciados por meios e formas mais
difíceis de reconhecer e mapear, por empresas já difíceis de localizar - ainda que estas
atuem cada vez mais de forma monopolística”, amplia a pesquisadora [Ludmila Costhek
Abílio, doutora em Ciências Sociais pela UNICAMP.]. (...)
O que se assiste atualmente é uma intensificação das formas de exploração do
trabalho humano, extensão do tempo de trabalho e a transferência dos riscos e custos para
os trabalhadores, em um cenário de aceleradas mudanças e de difícil leitura. Na
conjuntura atual, em que tal processo de uberização é global, cabe aos que procuram
resistir à exploração capitalista do trabalho reler a trajetória de milhares de trabalhadores
e trabalhadoras no Brasil, com foco no que está em jogo no século atual. Aos que olharem
atentamente, perceberão que, infelizmente, o atual processo de uberização no mundo do
trabalho apenas amplia o que no Brasil já é realidade para uma multidão que, desde
sempre, aprendeu a viver na precarização e na insegurança, tendo que fazer malabarismos
para sobreviver.
[Jonas Jorge da Silva, para a Revista IHU Online. “O mundo do trabalho em um contexto
de uberização”. 10 de abril de 2018. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/160-
noticias/cepat/577779-o-mundo-do-trabalho-em-um-contexto-de-uberizacao]

TEXTO 3

Desde a década de 1980, a crise que assola o mundo do trabalho e a sociedade


salarial vem sendo documentada e pensada pelo trabalho acadêmico e amplamente
debatida nas arenas políticas dos mais diversos países. Essa crise implica o abalo do
modelo que prevaleceu em parte considerável do século XX, caracterizado pelo
predomínio do emprego formal, pela força da representação sindical e pelas
negociações setoriais, além da associação entre a identidade dos cidadãos e sua
ocupação profissional e um perfil de gênero majoritariamente masculino. Muitas
dessas transformações se consolidaram ou se radicalizaram com a popularização e a
conexão constante de dispositivos comunicacionais digitais e a internet, assunto que
vem sendo tratado de forma exaustiva pela sociologia. Como efeitos, temos ao mesmo
tempo o lento fim dos empregos e o esvaecimento das fronteiras entre o trabalho e o
não trabalho. Além disso, os dispositivos tecnológicos e a rede vêm propiciando o
surgimento de novos modelos de trabalho e de exploração de serviços, entre os quais
(...) o da sharing economy.

[Rodrigo Firmino e Bruno Cardoso, para o Le Monde Diplomatique Brasil. “A


uberização da Uber”. 2 de maio de 2018. Disponível em: https://diplomatique.org.br/a-
uberizacao-da-uber/]

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma
dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Precarização do trabalho no Brasil: as novas formas de exploração

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