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FIR Caney, \ i Gsn g J ° PHB _ EPSi Lig VGe shsinrme 193 AS VOLTAS DE um PARAFUSO Maria Stella Martins Bresciani (* ) Simpésio Historia ¢ Ideologia SBPC 1977 | (* )Professora do Depto. de Ciéncias Sociais do IFCH da Unicamp, Main eee —_ |. Historia e Ideologia Que ¢ a historia? A teoria sozinha é in- capaz de dar uma resposta mais satisfa: tbria do que a pratica isotada, P.Vilar (© tema deste Simpésio coloca de imediato a preocupaggo com_os rumos que tém tomado 0s estudos d{ideo!og) Preocupe nos traba- Thos atuais a tendéncia_ desvincular, de ma: neira percial ou total, de forma consciente ou inconsc ante, as anélises de “formas de pensa: 2 yy mento”, de “Vises de mundo” e de sistemas ipeoldgicosdas condigSes objetivas do_pro: cess0 produtive fossa posigao de critica parg, D ~~ te do pressuposto de que toda forma deymant pees festagdo_ideolégica) se organiza no interior da 5 | acio janha sentido, | Constitul, as A 96, ; pt (id0 sim, parte integrante e indissociével do todo, SSN alle, ainda que a separacdo represente um recurso Node, (bo analtico uilizado para romper 2 complexida igo TM Ge de qualquer realidade social. Afirmamos a impossibilidade de se penetrar uma forma de pensamento sem que se ultrapasse o alcance Pritado da andlise de sue légica interna, def fhindo seus elementos componentes basicos e a forma como se articulam entre Esta colocagdo pode surpreender e parecer Ynesmo uma apreciagao inexata. Afinal, int- Y mmeros estudos afirmam a necessidade de com- preenso do todo social, mesmo quando tra- tam de objetos de andlises parciais. Contudo, & possivel observar que esses estudos tém resol: Fido 0 problema do particular no todo de di- Versas maneiras que no chegam, em momen- to algum, a ultrapassar as intengSes expressas num ato de £6, Entre as posturas de andlise inais representati vas, quer pela preocupacio explicit com a questo do particular no todo ou da ideologia On ee na prética politica, quer pela importincia que ‘adquiriram no encaminhamente dos proble- mas fundamentais para a historia do mundo contemporaneo, varnios salientar trés. (Que primeira vertente tem como pressuposto que a Tdeologia reflete ou expressa, sempre /' com descompasso, as condig6es objetivas de Sua temporalidade es-"ts, pecifica, enquanto produgao ideolégica, dife-, uma formacdo 30% re tanto daquela do nivel econdmico, quanto daquela do nivel juridico-politico. Dessa ma- neira, 2 todo nfo constitui uma unidade coe: rente_e necessariamente articulada, mas um fonjunto de niveis defasados entre si)euja a Ticulagao subordina se 8 especificidade da coe! réncia interna a cada nivel, mesmo tendo em mente ser 0 nivel econdmico o determinante em Ultima instancia. Essa linhagem tem seus comecos na década de 1960 com Louis “Alshussec~ Com isso no queremos negar a extrema importancia do debate que esse autor ensejou ao denunciar os perigos das andlises que vinham se debrucando no estudo de textos para avaliar os graus de consciéncia de classe com base no conceito de consciéncia possivel e seus desdobramentos, a consciéncia real e a consciéncia limite, postura que no mi. nimo pressupde alguém capaz de estabelecer objetivamente o mdximo de consciéncia possi- vel para uma classe num determinado momen- to histérico, pressuposi¢ao que, no méximo. desvenda, para 0 presente, aqueles que melhor conheceram sua época no passado, Nao se nega também a oportunidade com que Althus- ser trouxe para 0 debate © conceito de modo ae produgéo relegadso a plano de fundo exnli cativo, ¢ ‘ando nfo esquecidy completamen 2, por ume extense bibliog: fia que se preten ie apropriar da realidade sor al. || Q)vne cute seri ts, quedo anaina gt pore diferencia por enten ter 2 ideologia como par- oer! he indissociavelmente Ineyran= da realidede, ppt PIT cesliza, para o caso do examc de paises de. d pendentes do sistema capitalista, para um gs. ' ema interpretative ond: o fe ida hada ou muito pouco tem a ver com i: weds do [ease Por raz6es estruturais peculisres, a er ho a onsiste nuin sistema de idéias e va- bo free, iP Tores que, tal como as ercadorias, € impor. pepo Giquhado dos patses hegemenicos. Consequente: [fee inenrequandaTarsponto pave qualaue’ tor «dee? ma de matitestaglo ideologion esse sistema od dey! efetiva-se como representagdo des‘ocada e al- rt tamente deformada de r-alidade. Néo tem ada a ver, nem com a: eparéncias da realida- de. Creio que Roberto { shwarz, se no foi seu postulador primeira, constitui, com certeza, 0 exemplo mais acabado de teorizador dessa postura. Partindo de uma hipétese de traba: Iho fecunda ~ em que procure demonstrar que 2 ideologia do século XIX brasileiro se ar witeta, no sobre o reconhecimento de uma Soci io iI movida pelo cravo, mas xultamento dessa tr d : realidade) por_um sistema de representacdes fundado na dependéncia especi ica do homem “ida idoolézica” brasileira _& condigfig de ‘ornate emi ade fidslavia” da elite de um pais de segun categoria no mundo eapit ‘s tae 's milltipius relagdes de cependéncia que man. :m com os paises europeus, o DECKOGIt= Imbutemunle mo tol wax sando agora para 0 lado daqueler que afir \ mam como pressuposto de andlise cue opstu: do da ideolo, ia $6 se escisrece ao se desvendar imultaneam te seu in ricamento no todo social, ven que o pi edimento que tem utili; ado s6 aparenteme’ supera o proble ma. Esse procedimento | sdobra-se numa se- qiiéncia que configura g..us de aproximagao a0 tema, na qual, em primeiro luo:r, se deve Mg construir 0 quadru estrutual, ono proble. 7A, ma_se insere, para numa segunda etapa, des-»g* ca, para, finalmente, se isa a alae al ideologia. Esta abor‘agem por aproximagoes sucessivas, embora tenha o mérito do esforco% x de uma andlise dindmica do todo social, @ecay. [8 de inicio, pela heterogeneidade do- materia % bibliografico disponivel para @ elaboracdc de % dro de réferdncia hist. ica, tanto est. tu ‘Teunidos trabalhos irreconcilidveis coma os Florestan Fernandes, Caio Prado Jr. e Celso Furtado para localizar © Brasil no expago da producso cap Sylvia de Carvalho Franco e Décio Saes eu dos na tentativa de definir a estruture .ocial . | livre sem posses a0 grande proprietério fundié brasileira, Isso pira no ir mais longe, in: \ tio, © sistema do favor e da cTientela — esse —_cluindo trabalhos que explicitamente se deslo- ) autor desliza para uma compreensdo da_ideo:~) cam entre diversas teorias numa demonstrago R ‘O- Iggia, po como_mecanismo_de raciocinio / declarada de ecletisme tebrico. O pecado ide Jpade ocultar € principio instituinte, mas pare / maior reside, entretanto, no método de andl ght 7, ideologia com otal descom see ig pas como fundamento-da social, a ideolot Z4 mento sacial através da superposigao de nivel ut via como crnamento, como apareto aie ogee anélise, superposicao essa encarregada de os ‘ ages bora ein do qundro esrueal, 3 ‘Assim, se a ideologia se move numa estrutura%é/y perficialidade da narrativa dos acontecimentos expecifica, com conteiido ¢ tempo proprias, da conjuntura e de suas articulagbes e a descri i ou ainda, s¢ ela efetiva-se con letamente ces. 640 Organizada do sistema ideoldgico. Para q vinculada da realidade a qual se refere, fica essa postura nao indicamos nomes, pois, com : viidente 0 segunc'o plano reservado &s condi —-Maior ou menor intensidade, muitos partici io Ges objetivas dé producio social e das suas Pam dela no empenho de superé-la. ; formas de reproducao, No primeiro caso, pro- clama-se a “autonomia relativa”, a possibil O tema deste Simpésio pode ser captado tam- dade, ou melhor, a necessidade deniwisdite- —_bém por uma outra faceta estimulante: a que renciados de andlise; no segundo, yincula-se@ —encaminha 0 problema das relagdes mantidas \ ol hs rivers de ome yse | 2- Vide I a ered 3 c ° -—- -5

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