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Comunicação na Alemanha
António Fidalgo
Universidade da Beira Interior
Junho de 1998
Primeira Parte
Ensino na área das ciências da
comunicação
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Publizistik ou as Ciências da Comunicação na Alemanha 3
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Segunda Parte
Investigação na área das ciências da
comunicação
1. Publicações2
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2. Campos de investigação
Os campos de maior investigação têm sido os de i) comunicação
de massas e mudança social, ii) funções e consequências da co-
municação política, iii) comunicação no contexto social, iv) uso e
consumo da comunicação, v) teoria sobre a acção dos média, vi)
métodos de análise de conteúdo. 3
A investigação empírica em comunicação na Alemanha é muito
superior, em percentagem relativamente ao todo da investigação, à
investigação feita em Portugal, onde os trabalhos empíricos ainda
são extremamente escassos. Se olharmos para o índice das pu-
blicações na única revista científica portuguesa na área de comu-
nicação, a Revista Comunicação e Linguagens, editada pelo De-
partamento de Ciências da Comunicação da Universidade Nova
de Lisboa, e compararmos esse índice com o índice de Publizis-
tik, por exemplo, verificaremos que a investigação portuguesa se
centra muitíssimo menos em temas empíricos. Os trabalhos por-
tugueses são sobretudo de cariz teórico-filosófico.
3
Max Kaase e Winfried Schulz (Org.s), Massenkommunikation. Theorien,
Methoden, Befunde; Opladen: Wetsdeutscher Verlag, 1989. Sonderheft 30 de
Kölner Zeitschrift für Soziologie und Sozialpsychologie.
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4
Elisabeth Noelle-Neumann, "Die öffentliche Meinung und die Wirkung
der Massenmedien"in Jürgen Wilke, Fortschritte der Publizistikwissenschaft,
Freiburg: Karl Alber Verlag, 1990, pp. 11-23.
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Terceira Parte
Cooperação luso-alemã na área das
ciências da comunicação
1. A nível institucional
Os departamentos universitários de comunicação serão certamente
as instituições mais vocacionadas e melhor posicionadas para es-
tabelecerem formas de colaboração. Se isso não se verifica ainda,
deve-se certamente, por um lado, ao facto de as ciências da comu-
nicação serem ainda recentes e, assim, não haver os laços usuais
noutras disciplinas, como sejam doutoramentos de portugueses
na Alemanha. Por outro lado, existem as dificuldades da língua,
onde a investigação a nível mundial é marcada pela língua inglesa,
ao contrário de outras disciplinas, por exemplo a filosofia, onde o
alemão é uma língua fundamentalíssima.
A solução para uma cooperação institucional, a nível de de-
partamento universitário, será começar pela ligação de departa-
mentos alemães e portugueses entre si. A estratégia para levar
por diante esta solução poderá passar pela organização ou parti-
cipação conjunta em programas comunitários, Erasmus, Sócrates,
INIDA.
Um outro tipo de colaboração poderá ser feita ao nível de as-
sociações científicas. A recém criada SOPCOM – Associação
Portuguesa de Ciências da Comunicação poderá estabelecer re-
lações de cooperação científica com a Sociedade Alemã de Publi-
zistik e de Ciências da Comunicação (Deutsche Gesellschaft für
Publizistik und Kommunikationswissenschaft).
2. A nível individual
Em conjunção com a cooperação institucional poderá ser imple-
mentada uma cooperação individual de académicos portugueses
e alemães nesta área científica. Aqui, vários são os caminhos
possíveis: i) intercâmbio científico, convidando professores de
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