Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Realização:
Realização:
Ministério da
Integração Nacional
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DESASTRES
CEPED UFSC
Florianópolis, maio de 2014
© 2014. Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil – SEDEC/Universidade Federal de Santa Catarina
– UFSC. Todos os direitos reservados. A responsabilidade pelo conteúdo e imagens desta obra é do(s)
respectivo(s) autor(es). A citação desta obra em trabalhos acadêmicos e/ou profissionais poderá ser
feita com indicação da fonte. A cópia desta obra sem autorização expressa ou com intuito de lucro
constitui crime contra a propriedade intelectual, com sanções previstas no Código Penal, artigo 184,
Parágrafos 1º ao 3º, sem prejuízo das sanções cíveis cabíveis à espécie.
Elaboração do Relatório
Janaina Rocha Furtado
Mari Angela Machado
Rafael Fabiano Cordeiro
Débora Ferreira
2
Apresentação
A primeira etapa deste processo de avaliação dos riscos está sendo realizada,
progressivamente, por uma equipe de geólogos do Instituto de Geologia do
municípios de interesse.
ambiente vulnerável. A análise das ameaças não constitui, por si só, condições
suficientes para compreender as complexidades que envolvem os riscos de
1
KOBIYAMA, Masato. et al. Prevenção de Desastres Naturais: conceitos básicos. Curitiba: Organic
Trading, 2006.
2
CASTRO, A.L.C. Manual de planejamento em defesa civil. Vol.1. Brasília: Secretaria Nacional de Defesa
Civil, Ministério da Integração Nacional, 1999.
6
problema frequente.
enchente e inundação.
3
Ministério das Cidades; Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT. Mapeamento de Riscos em Encostas
e Margem de Rios. In: CARVALHO, Celso S.; MACEDO, Eduardo S.; OGURA, Agostinho T. (Org.). Brasília:
Ministério das Cidades; Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, 2007.
7
longo de vias implantadas sobre antigos cursos d’água com alto gradiente
hidráulico e em terrenos com alta declividade natural.
Movimentos de Massa
4
TOMINAGA, Lídia Keiko; SANTORO, Jair; AMARAL, Rosangela do. Desastres naturais: conhecer para
prevenir. São Paulo: Instituto Geológico, 2009.
8
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em:<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11a.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em:<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11a.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em:<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11c.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em:<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11c.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Figura 7: Rolamento de blocos instáveis.
12
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11c.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em:<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11c.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
estacionária.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11b.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Figura 10: Corrida de detritos no Morro do Baú em Santa Catarina. Novembro, 2008.
14
Ainda Caputo (1987) salienta que a ação desses fatores combinada com
5
CAPUTO, H.P. Mecânica dos solos e suas aplicações: mecânica das rochas – fundações –
obras de terra. 6 ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos editora, 1987.
15
preenchimentos diversos;
Esfoliação esferoidal;
Heterogeneidades litológicas.
Em tálus:
solo residual.
Em solo residual:
casos frequentes:
- Solo coluvial (solo residual maduro – horizonte B) em passagem
Em solo + rocha:
Em blocos in situ:
Em depósitos de lixo:
6
FERNANDES, N. F.; AMARAL, C. P.,2003, Movimentos de Massa: Uma Abordagem
Geológico- geomorfológica, In: Guerra, A. J. T.; Cunha, S. B., Geomorfologia e meio ambiente,
Ed. Bertrand Brasil, 4ª edição, Rio de Janeiro, Brasil
18
são:
7
AUGUSTO FILHO, O., 1992, Caracterização Geológico-Geotécnica Voltada à Estabilização de
Encostas: Uma Proposta Metodológica, 1ª COBRAE, Vol. 2 p: 721-
733, Rio de Janeiro, Brasil.
21
Bastos (2000)8 é a tensão cisalhante máxima que o solo pode suportar sem
sofrer ruptura ou tensão cisalhante no plano de ruptura(planos onde a tensão
Sendo assim, quanto mais denso for o solo, maior a parcela de embricamento
e maior a resistência do solo.O ângulo de atrito pode ser definido como o
ângulo formado pela força normal à partícula (N) e a força horizontal que
tende a deslocá-la (T).
A resistência por atrito entre as partículas pode ser demonstrada por analogia
8
BASTOS, C.A.B.; MILITITSKY,J.; GEHLING, W.Y.Y. A avaliação da erodibilidade dos solos sob o
enfoque geotécnico-pesquisas e tendências. Teoria e Prática na Engenharia Civil, Rio
Grande/RS, v. 1, p. 17-26, 2000.
22
T=σ×tgφ (1)
normal atuando no plano e que constitui a coesão real, como se uma cola
tivesse sido aplicada entre os dois corpos.
9
PINTO, J.S. Estudo da condutividade hidráulica de solos para disposição de resíduos sólidos
na região de Santa Maria. 2005. 148p. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Engenharia
Civil) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2005.
23
pressão neutra.
Cisalhamento Direto;
Triaxial (CD, CU ou UU);
Compressão Simples;
RingShear;
Estabilidade de Taludes
Retaludamento
os processos erosivos.
São estruturas formadas como o próprio nome já diz pela alvenaria de pedras
O atrito da sua base contra o solo deve ser suficiente para assegurar a
argamassada.
Muro de Gabião
Figura 16: Caso real de obra de muro de gabião ao longo de uma rodovia.
do peso próprio do maciço, que se apoia sobre a base em “L”, para manter-se
equilibrado. São construídos em concreto armado onde para alturas
armado.
Disponível em:<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA70QAC/muros-arrimo>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Cortina Atirantada
aplicação das elevadas cargas de teste . No solo grampeado a face tem por
objetivos garantir a estabilidade local e evitar o desenvolvimento de
10
ERLICH, M. Solos grampeados: comportamento e procedimentos de análise. In: Workshop
Solo Grampeado: projeto, execução, instrumentação e comportamento, 2003. São Paulo:
Associação Brasileira de Mecânica de Solos e Engenharia Geotécnica, 2003, p127-138.
31
Disponível em:<http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/10979/10979_3.PDF>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Solo Grampeado
Segundo EHRLICH,
opções para fixação das cabeças dos grampos na face do paramento. Quando
as barras possuirem bitolas menores que 20mm a conexação faz-se através
Figura 19: Fixação da cabeça para barras menores que 20mm de diâmetro.
Figura 20: Fixação da cabeça para barras maiores que 20mm de diâmetro.
Faceamento
com o revestimento.
grampos deverão ser executados com cabeça, placa e porca afim de garantir
um contato solo-concreto projetado adequado. Nas faces com inclinações
α< 80º, os grampos devem ser instalados através de uma dobra a 90º de no
mínimo 20cm.
Armação
especial para evitar que a tela funcione como anteparo e ocorram vazios atrás
da mesma.
eventual se limita àquela fibra que está em contato com a atmosfera, não
prosseguindo para as outras, imersas no concreto.
indicadas no projeto.
Este tipo de estrutura nada mais é que uma outra versão do solo grampeado
onde o maciço reforçado, neste caso, é composto por rocha alterada,
fraturada ou solo com matacões em seu meio.Pode ter sua face revestida com
concreto projetado e tela metálica ou esta pode ser revestida somente com
25mm de diâmetro.
39
Dispositivos de Drenagem
Esta é uma solução definitiva que elimina praticamente todo o risco a vidas
humanas porém, não elimina os riscos geológicos de uma futura ruptura que
interesse;
onde
não é possível executar obras e onde a ocupação tem que ser removida).
11
Utilizou-se como base a metodologia disponibilizada pela SEDEC em edital aberto para
contratação de empresas, tendo como objeto a realização do mapeamento de
vulnerabilidade.
42
Fonte: UNDRO - Office of the United Nations Disaster Relief Co-ordinator (ONU,
1991).
Metodologia de campo
Para entrada em campo das equipes foi realizada uma etapa de sensibilização
por meio de reunião com a defesa Civil local para apresentação do projeto e
existentes.
do projeto. Esta reunião deverá ocorrer após a elaboração deste relatório com
a apresentação dos produtos.
Resultados
12
Departamento Nacional Da Produção MINERAL – DNPM. 1986. Mapa geológico do Estado
de Santa Catarina. E= 1:500.000. Florianópolis.
46
fenômenos de cizalhamento.
Suíte intrusiva pedras grandes: Caracteriza-se por rochas graníticas,
coloração rósea.
Formação Rio do Sul: Sequência glacio-marinha. Na porção inferior é
Setor 1: SC_AN_SR_01_CPRM
13
CARUSO Jr., F. Mapa Geológico e de recursos minerais do sudeste de Santa Catarina, escala
1:100.000 - Texto explicativo e mapa (Programa Cartas de síntese e estudos de integração
geológica, n°1). Brasília, DNPM, 1995.
48
Setor 2: SC_AN_SR_02_CPRM
Av. Ivo Silveira, estrada para Tubarão
Figura 30: Moradia edificada muito próxima à base do talude. É possível observar o
fraturamento do gnaisse.
Figura 31: Moradia edificada entre um curso d’água e uma encosta íngreme.
Figura 32: Talude rochoso com vegetação de grande porte no topo e evidência de
eminência de quedas de blocos.
sobre rocha e parte sobre o solo (figura 35a). A propriedade apresenta muita
surgência e os proprietários fazem a captação de água diretamente na
Figura 34: a) moradia de três andares estando uma parte edificada sobre rocha e
solo. b) açude na base da encosta aproveitando surgência de água na encosta. c)
terreno com elevada inclinação.
Setor 3: SC_AN_SR_03_CPRM
Perímetro Urbano, estrada para Tubarão
sustenta apenas parte da encosta. A situação torna-se mais crítica pelo fato
Figura 39: Muro de concreto utilizado para a contenção do aterro. Apresenta pontos
danificados.
Setor 4: SC_AN_SR_04_CPRM
Bairro Antônio David
683939/6911456.
(Figuras 42 e 41). Dentre elas a que está em pior situação é a terceira, que
apresenta trincas no piso, nos pilares e apresenta sinais de movimentação na
encosta abaixo.
60
Setor 5: SC_AN_SR_05_CEPED
Rua Quinze de Novembro
Setor 6: SC_AN_SR_06_CEPED
Rua Ângelo Carrara
Figura 47: Residência muito próxima da base do talude que apresenta sinais de
antigas e ativas movimentações.
Ponto 3: UTM684357/6912354.
residência.
da verticalização do talude.
Setor 7: SC_AN_SR_07_CPRM
Início da Rod. SC 407
Setor 8: SC_AN_SR_08_CPRM
Bairro Rio do Ouro
Figura 53: Moradia edificada muito próxima a um talude vertical, de altura elevada.
Figura 55: Talude vertical horizonte B e C de gnaisse. Casa muito próxima ao talude.
Ponto 5:Esta moradia foi construída sob o sistema corte de talude/aterro. Não
possui nenhum sistema de controle de drenagem e o muro construído para
contenção/suavização do talude.
Setor 9: SC_AN_SR_09_CPRM
Rio Braço do Norte, área central do município.
Figura 61: Terreno com sinais de movimentação devido a erosão da margem do rio.
Figura 63: Conforme vistoria e relato dos moradores, não foram encontradas
evidências de que ainda ocorra inundação na localidade.
Ponto 3: Este ponto corresponde a ponte sobre o rio Braço do Norte. Como
pode ser observado na figura 40, já foram realizadas obras de contenção nas
cabeceiras da ponte.
Figura 64: Conforme vistoria e relato dos moradores, não foram encontradas
evidências de que ainda ocorra inundação na localidade.
Neste setor o rio apresenta muitos pontos com obras já executadas pela
Figura 66: Calha do rio com grande volume de sedimentos e blocos do rocha.
erosão fluvial.
77
Figura 67: Calha do rio com grande volume de sedimentos e blocos do rocha.
de Anitápolis
características:
rocha de granito-gnaisse.;
Soluções Geotécnicas
soluções:
79
em concreto projetado.
Grampos compostos por barras de aço do tipo CA 50 com 25mm de
diâmetro.
O espaçamento médio adotado entre os grampos, tanto na vertical
margens;
Proprietários das edificações executaram muros de concreto armado
Figura 71: Croqui esquemático da solução adotada. Proteção das margens e dos
terrenos ampliados com a execução de muros de gabião.
características:
evitar erosão;
características:
medida:
o custo para remover uma única família será muito menor que
na rocha, para evitar queda de blocos. Porém, esta solução seria muito
mais onerosa que desapropriar a edificação.
88
Figura 73: Croqui esquemático da solução adotada. Limpeza dos blocos de rocha
instáveis no talude rochoso.
desta água;
Tubulação instalada serviu como dreno sub-horizontal a qual
das poro-pressões;
Execução de dispositivos de drenagem ao longo da encosta compostos
MEMÓRIA
ESTUDOS/
ID INTERVENÇÃO SERVIÇOS DE CUSTO (R$)
PROJETOS
CÁLCULO
92
características:
gnaisse;
incorreta;
Edificações de baixo padrão situadas muito próximas a crista do talude
local seguro;
93
parte por solo residual e parte por material de aterro, as margens do Rio
Braço do Norte, em um atual meandro, onde a água percola com velocidade,
características:
executadas corretamente;
Soluções Geotécnicas
soluções:
como contenção;
Reaterrar atrás deste muro de contenção para recompor o terreno da
edificação;
Orientar proprietário da edificação para refazer ou melhorar a
desapropriar ou não.
acima daquela edificação.Sendo assim, este setor foi dividido em dois pontos
sendo o ponto 01 a edificação situada no pé da encosta e o ponto 02 as duas
características:
soluções:
geotécnico da
contenção
características:
superior a 8m;
na última banqueta);
Declividade transversal das banquetas voltada para a face do talude;
seja, é um muro sem função estrutural pois, não é calculado para servir
soluções:
em todos os taludes;
encosta.
Edificação muito próxima a crista do talude
106
em todos os taludes.
gnaisse;
Corte verticalizado já executado nesta encosta;
características:
112
gnaisse;
soluções:
407)
gnaisse;
Corte verticalizado já executado nesta encosta;
características:
Soluções Geotécnicas
soluções:
medida:
o custo para remover uma única família será muito menor que
qualquer obra de contenção.
soluções:
soluções:
características:
erosão;
- Execução de muro
Estrututras de - Projeto
de contenção do
contenção de geotécnico da
tipo pedra
pequeno porte contenção
argamassada.
características:
características:
127
este ponto.
a ruptura;
Ruptura está muito próximo a casa.
Figura 97: Croqui esquemático da solução adotada. Proteção das margens com
enrocamento.
características:
medida:
o custo para remover uma única família será muito menor que
Soluções Geotécnicas
de terraplanagem;
Norte;
Sistema de monitoramento do nível do rio e alerta da população em
adotada.
Figura 1
características:
Nas cotas mais altas não há indícios de erosão das margens nem
inundações;
Nestas cotas verifica-se que as margens são compostas por rocha e/ou
inundação na região.
Isto pode ser verificado pois, caso nos pontos mais altos houvesse
Nas cotas mais baixas ou seja, onde o rio corta as edificações no centro da
cidade, foram identificadas as seguintes características:
Soluções Geotécnicas
terraplanagem;
Somente foram indicadas medidas preventivas;
Pedras;
Soluções Geotécnicas
de terraplanagem;
Norte;
desapropriar ou não.
entre outros;
Anexos: