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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA

TÓPICOS ESPECIAIS EM ANTROPOLOGIA:


PENSAMENTO SOCIAL EM SAÚDE MENTAL
2/2018
De 26 de novembro a 7 de dezembro, de 14 às 18 horas
Carga Horária: 45 horas/3 créditos

Profa. Dra. Érica Quinaglia Silva


equinaglia@hotmail.com

1) EMENTA:

Esta disciplina tem como objetivo apresentar as diversas possibilidades de interpretação do fenômeno da
saúde/doença mental a partir da perspectiva das Ciências Sociais, em especial da Antropologia, da
Sociologia e da História. Intenta-se destacar como determinados conceitos, como os de
normalidade/anormalidade, saúde/doença, sanidade/loucura, estão ligados a processos históricos e,
portanto, sociais e culturais. Buscar-se-á construir um diálogo entre essas disciplinas e alguns temas
trabalhados pela Psicanálise e, em certa medida, pela Psiquiatria. Analisar-se-á, ainda, a reforma
psiquiátrica no contexto da realidade brasileira. Por fim, serão apresentados desafios e perspectivas do
pensamento social em saúde mental para a realização de pesquisas e a (re)formulação de políticas
públicas.

2) OBJETIVOS:

Os conteúdos trabalhados na disciplina buscarão levar o/a discente a ser capaz de:
! Entender o fenômeno da saúde/doença mental a partir da perspectiva das Ciências Sociais, em especial
da Antropologia, da Sociologia e da História;
! Relacionar conceitos, como os de normalidade/anormalidade, saúde/doença, sanidade/loucura, a
processos históricos e, portanto, sociais e culturais;
! Conhecer como essa temática é trabalhada pela Psicanálise e pela Psiquiatria;
! Analisar políticas em saúde mental a partir da reforma psiquiátrica e da realidade brasileira.

3) METODOLOGIA/RECURSOS DIDÁTICOS:

As aulas serão expositivas em interlocução com os/as discentes, que deverão apresentar seminários.
Haverá leitura e discussão da bibliografia indicada. Ocorrerá, ainda, a apresentação e a discussão de
filmes relacionados à temática proposta.
4) AVALIAÇÃO:

A avaliação do desempenho do/da discente será realizada a partir de: a) participação nas aulas e
apresentação de seminários, a partir da leitura da bibliografia indicada, que terão peso de 20% na nota
final; e b) entrega de um trabalho final sobre a temática proposta, no formato de um artigo, que terá peso
de 80% na nota final.

5) CRONOGRAMA:

Nº do Data Conteúdo e atividade


encontro

PARTE I: As histórias da loucura: a história do conceito e a construção da loucura

1 26/11 Boas vindas aos/às discentes. Apresentação da disciplina, do programa, dos/das


discentes e da docente.

FRAYZE-PEREIRA, João Augusto. O que é loucura. São Paulo: Brasiliense,


1994.

Apresentação e discussão do filme Os mestres loucos, de Jean Rouch.

2 27/11 FOUCAULT, Michel. História da loucura. São Paulo: Perspectiva, 2008.


(seleção de capítulos)

ROSA, João Guimarães. “Sorôco, sua mãe, sua filha”. In: Primeiras estórias.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

ARBEX, Daniela. Holocausto brasileiro. São Paulo: Geração Editorial, 2013.

Apresentação e discussão do filme Em nome da razão, de Helvécio Ratton.

3 28/11 FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago Editora,


1997.

Apresentação e discussão do filme Bicho de sete cabeças, de Laís Bodanzky.

ASSIS, Machado de. O alienista. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

PELBART, Peter Pál. “Manicômio mental - a outra face da clausura”. In:


SaúdeLoucura 2. São Paulo: Ed. Hucitec, 1990.

PARTE II: A noção de periculosidade: quando os saberes e poderes médico e judiciário


constroem o discurso do medo

4 29/11 GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva,


1999. (seleção de capítulos)

Apresentação e discussão do filme Um estranho no ninho, de Milos Forman.


5 30/11 FOUCAULT, Michel. Os anormais. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes,
2010. (seleção de capítulos)

CARRARA, Sérgio. Crime e loucura: o aparecimento do manicômio judiciário


na passagem do século. Rio de Janeiro: EdUERJ; São Paulo: EdUSP, 1998.
(seleção de capítulos)

Apresentação e discussão do filme Titicut Follies, de Frederick Wiseman, e A


Casa dos Mortos, de Debora Diniz.

6 01/12 BRASIL. Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940). 1940;


(de 9h às 7 dez.
13h)
DINIZ, Debora. A custódia e o tratamento psiquiátrico no Brasil: censo 2011.
Brasília: LetrasLivres; Editora Universidade de Brasília, 2013. (seleção de
capítulos)

QUINAGLIA SILVA, Érica. A política pública de saúde mental e a construção


do indivíduo “perigoso” no âmbito da medida de segurança no Distrito Federal.
In: Rosana Castro; Cíntia Engel; Raysa Martins (Org.). Antropologias, saúde e
contextos de crise. Brasília: Sobrescrita, 2018, p. 74-85.

Apresentação e discussão do filme Absolvição Imprópria, de Érica Quinaglia


Silva.

Apresentação e discussão do filme Crônicas (des)medidas, de Alyne Alvarez.

7 03/12 Participação no evento “Saúde mental na contemporaneidade: (re)pensando as


(de 8h às políticas públicas na intersetorialidade”
19h30)

8 04/12 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) E PROCURADORIA FEDERAL


DOS DIREITOS DO CIDADÃO (PFDC). Parecer sobre medidas de segurança
e Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico sob a perspectiva da Lei nº
10.216/2001. Brasília, 2011.

PARTE III: A reforma psiquiátrica e a construção da política de saúde mental no Brasil

9 05/12 DECLARAÇÃO DE CARACAS, aprovada no dia 14 de novembro de 1990.

BRASIL. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os


direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo
assistencial em saúde mental. 2001; 6 abr.

BRASIL. Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003. Institui o auxílio-reabilitação


psicossocial para pacientes acometidos de transtornos mentais egressos de
internações. 2003; 31 jul.

BRASIL. Portaria nº 94, de 14 de janeiro de 2014. Institui o serviço de avaliação


e acompanhamento de medidas terapêuticas aplicáveis à pessoa com transtorno
mental em conflito com a Lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
2014; 14 jan.

BRASIL. Portaria nº 95, de 14 de janeiro de 2014. Dispõe sobre o financiamento


do serviço de avaliação e acompanhamento às medidas terapêuticas aplicáveis
ao paciente judiciário, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 2014; 14
jan.

BRASIL. Portaria nº 246, de 17 de fevereiro de 2005. Destina incentivo


financeiro para implantação de serviços residenciais terapêuticos e dá outras
providências. 2005; 17 fev.

BRASIL. Portaria/GM nº 1.220, de 7 de novembro de 2000. Dispõe sobre a


criação do serviço residencial terapêutico em saúde mental, da atividade
profissional de cuidador em saúde, do grupo de procedimentos de
acompanhamento de pacientes e do subgrupo de acompanhamento de pacientes
psiquiátricos, do procedimento de residência terapêutica em saúde mental,
dentre outros. 2000; 7 nov.

BRASIL. Portaria/GM nº 106, de 11 de fevereiro de 2000. Institui os serviços


residenciais terapêuticos. 2000; 11 fev.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Residências terapêuticas: o que são, para que


servem. Brasília, 2004.

10 06/12 CAETANO DA SILVA, Haroldo (coord.). Paili: Programa de Atenção Integral


ao Louco Infrator. Goiânia: MP/GO, 2013.

BARROS-BRISSET, Fernanda Otoni de. “Um dispositivo conector: relato da


experiência do PAI-PJ/TJMG, uma política de atenção integral ao louco infrator,
em Belo Horizonte. In: Rev. Bras. Crescimento Desenvolvimento Hum. 20(1):
116-128, 2010.

Apresentação e discussão do filme Epidemia de cores, de Mário Eugênio


Saretta.

PARTE IV: Possibilidades de pesquisa: a ampliação do saber e do fazer

11 07/12 Discussão dos trabalhos finais e encerramento do curso

6) BIBLIOGRAFIA:

ARBEX, Daniela. Holocausto brasileiro. São Paulo: Geração Editorial, 2013.

ASSIS, Machado de. O alienista. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.


BARROS-BRISSET, Fernanda Otoni de. “Um dispositivo conector: relato da experiência do PAI-
PJ/TJMG, uma política de atenção integral ao louco infrator, em Belo Horizonte. In: Rev. Bras.
Crescimento Desenvolvimento Hum. 20(1): 116-128, 2010.

BRASIL. Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940). 1940; 7 dez.

BRASIL. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. 2001; 6 abr.

BRASIL. Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003. Institui o auxílio-reabilitação psicossocial para pacientes
acometidos de transtornos mentais egressos de internações. 2003; 31 jul.

BRASIL. Portaria/GM nº 106, de 11 de fevereiro de 2000. Institui os serviços residenciais terapêuticos.


2000; 11 fev.

BRASIL. Portaria/GM nº 1.220, de 7 de novembro de 2000. Dispõe sobre a criação do serviço residencial
terapêutico em saúde mental, da atividade profissional de cuidador em saúde, do grupo de procedimentos
de acompanhamento de pacientes e do subgrupo de acompanhamento de pacientes psiquiátricos, do
procedimento de residência terapêutica em saúde mental, dentre outros. 2000; 7 nov.

BRASIL. Portaria nº 246, de 17 de fevereiro de 2005. Destina incentivo financeiro para implantação de
serviços residenciais terapêuticos e dá outras providências. 2005; 17 fev.

BRASIL. Portaria nº 94, de 14 de janeiro de 2014. Institui o serviço de avaliação e acompanhamento de


medidas terapêuticas aplicáveis à pessoa com transtorno mental em conflito com a Lei, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS). 2014; 14 jan.

BRASIL. Portaria nº 95, de 14 de janeiro de 2014. Dispõe sobre o financiamento do serviço de avaliação
e acompanhamento às medidas terapêuticas aplicáveis ao paciente judiciário, no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS). 2014; 14 jan.

CAETANO DA SILVA, Haroldo (coord.). Paili: Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator.
Goiânia: MP/GO, 2013.

CARRARA, Sérgio. Crime e loucura: o aparecimento do manicômio judiciário na passagem do século.


Rio de Janeiro: EdUERJ; São Paulo: EdUSP, 1998.

DECLARAÇÃO DE CARACAS, aprovada no dia 14 de novembro de 1990.

DINIZ, Debora. A custódia e o tratamento psiquiátrico no Brasil: censo 2011. Brasília: LetrasLivres;
Editora Universidade de Brasília, 2013.

FOUCAULT, Michel. História da loucura. São Paulo: Perspectiva, 2008.

FOUCAULT, Michel. Os anormais. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.

FRAYZE-PEREIRA, João Augusto. O que é loucura. São Paulo: Brasiliense, 1994.

FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1997.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva, 1999.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Residências terapêuticas: o que são, para que servem. Brasília, 2004.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) E PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO
CIDADÃO (PFDC). Parecer sobre medidas de segurança e Hospitais de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico sob a perspectiva da Lei nº 10.216/2001. Brasília, 2011.

PELBART, Peter Pál. “Manicômio mental - a outra face da clausura”. In: SaúdeLoucura 2. São Paulo:
Ed. Hucitec, 1990.

QUINAGLIA SILVA, Érica. A política pública de saúde mental e a construção do indivíduo “perigoso”
no âmbito da medida de segurança no Distrito Federal. In: Rosana Castro; Cíntia Engel; Raysa Martins
(Org.). Antropologias, saúde e contextos de crise. Brasília: Sobrescrita, 2018, p. 74-85.

ROSA, João Guimarães. “Sorôco, sua mãe, sua filha”. In: Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2005.

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