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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Bruna Ramos de Brito


Camila de Souza Saldanha
Daniela Úrsula Tonaco Rodrigues
Kênia Mariana Botelho Bittencourt
Mariana Martins Duarte

DA CONSTITUCIONALIDADE DA PROGRESSIVIDADE DOS IMPOSTOS


REAIS

Belo Horizonte
2018
Bruna Ramos de Brito
Camila de Souza Saldanha
Daniela Úrsula Tonaco Rodrigues
Kênia Mariana Botelho Bittencourt
Mariana Martins Duarte

DA CONSTITUCIONALIDADE DA PROGESSIVIDADE DOS IMPOSTOS


REAIS

Trabalho apresentado ao Programa de


Graduação em Direito da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais,
como requisito parcial para aprovação
na matéria de Direito Tributário.

Orientador: Adriano Dutra

Belo Horizonte
2018
EXCELENTÍSSIMOS,

EM MEMORIAL

Sobre a inconstitucionalidade da progressividade do ITBI

DOS FATOS

O caso, gira em torno de 3 (três) Recursos Extraordinários interpostos no


Supremo Tribunal Federal (STF), com a intenção discutir sobre a aplicação da
progressividade aos chamados impostos reais, tais como o IPTU, ITCD e o
ITBI.

Em 1996, foi julgado o RE 153.771, tendo o plenário do STF entendido que era
inconstitucional a fixação, pelo legislador municipal de alíquotas progressivas
do IPTU em razão do valor do imóvel. O argumento vencedor foi liderado pelo
voto do Ministro Moreira Alves, que se valeu da interpretação do art. 145, §1º
da Constituição Federal, porque esse imposto tem caráter real que é
incompatível com a progressividade decorrente da capacidade econômica do
contribuinte.

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão


caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do
contribuinte.
Depois de quatro anos do julgado do RE 153.771, que decidiu pela
inconstitucionalidade da progressividade fiscal do IPTU, o Congresso Nacional
promulgou a Emenda Constitucional 29/2000, que alterou a redação originário
do art. 156 da Carta Magna, permitindo a progressividade do IPTU em razão do
valor do imóvel. O plenário diante de tal situação iniciou o julgamento do RE
423.768, que mediante votação unânime decidiu no sentindo do
reconhecimento da constitucionalidade da alteração da redação originária do
art. 156 da CF.

Em junho de 2008, o plenário começou a julgar o RE 562.045 e o resultado


parcial do julgamento foi o de seis votos a um pela constitucionalidade da
progressividade de alíquotas do ITCMD, alegando que não se trata de um
imposto real, pois não há incidência isolada sobre bens ou direitos especifícos,
e sim uma incidência global sobre a totalidade do patrimônio que flui da pessoa
do de cujus para a dos seus sucessores.

Dado o exposto, a como parte interessada, vem se manifestar por meio deste
breve memorial para apresentar os fatos e direitos que entendem ser pertinente
em relação a inconstitucionalidade da progressividade.

DO DIREITO

I – DA CONSTITUCIONALIDADE

O ITBI Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis é um imposto real pois


grava a transmissão onerosa em que há a transmissão de propriedade em uma
operação sinalagmática na qual o adquirente assume o ônus da contrapartida.
Os impostos reais são aqueles em que se toma em consideração apenas coisa
sobre a qual recai o tributo, sem levar em conta as condições particulares do
contribuinte. Já os impostos pessoais levam em conta as qualidades individuais
dos contribuintes para a aplicação do tributo.
A progressividade não é vedada em impostos reais, uma vez que existe a
possibilidade destes com alíquota progressiva, visto que a própria CF dispõe a
possibilidade da progressividade de tais tributos em seus artigos 153 §4º inciso
I; artigo 156 §1º inciso I; artigo 182 §4º inciso II.

Esses impostos, mesmo não apresentando condições de serem estabelecidos


de acordo com as circunstâncias pessoais do contribuinte, baseiam-se em
fatos econômicos objetivos capazes de revelar uma dada capacidade
econômica. O aumento de alíquotas em função do aumento do valor da base
de cálculo não desnatura ou desvirtura o imposto real.

Um ponto importante que vale destacar é acerca do princípio da capacidade


contributiva, o qual tem função essencial da progressividade de modo a
promover a justiça social em matéria tributária servindo como importante
instrumento de desconcentração de riqueza.

Todos os impostos se sujeitam ao princípio da capacidade contributiva,


devendo estes respeitarem os princípios constitucionais, conclui-se, portanto,
que o artigo 145 §1º da CF exige expressamente a pessoalização do tributo,
para que quem tem mais, pague mais. A manifestação de riqueza esta
justamente na base tributada, qual seja, a base de cálculo. Neste sentido, para
que a alíquota seja pessoalizada, respeite a capacidade econômica, e seja
maior para quem tem mais, ela deve variar de acordo com a riqueza
manifestada pelo contribuinte por meio da base tributada.

Com isso, a jurisprudência do Supremo ao adotar a posição de que tributos


reais não podem ser progressivos está errada e viola o artigo 145 da CF, desta
forma o STF não deveria ter feito a diferenciação que fez entre impostos reais e
outros.

CONCLUSÃO
Em síntese, é de se convir que a partir da fundamentação neste presente
exposto, deve ser declarado constitucional a progressividade das alíquotas do
ITBI.

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