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Série metalmecânica - Eletromecânica

Sistemas
Pneumáticos
e Hidráulicos
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA (DIRET)

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

Júlio Sérgio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL (SENAI)

Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações

Sérgio Moreira
Diretor Adjunto
Série metalmecânica - eletromecânica

Sistemas
Pneumáticos
e Hidráulicos
© 2014. SENAI – Departamento Nacional

© 2014. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

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nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.

Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional de Santa Catarina


Núcleo de Educação – NED

FICHA CATALOGRÁFICA

S491
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial . Departamento Nacional.
Sistemas pneumáticos e hidráulicos / Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina.
Brasília : SENAI/DN, 2014.
62 p. : il. color. (Série metalmecânica. Eletromecânica)

1. Ar comprimido. 2. Compressores. 3. Máquinas hidráulicas.


4. Pneumática. I. Título. II. Série.

CDD 621.26
CDU 621.22:621.5

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Departamento Nacional 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de figuras
Figura 1 -  Compressor parafuso...................................................................................................................................12
Figura 2 -  Compressão do ar em um compressor parafuso...............................................................................12
Figura 3 -  Compressão do ar em um compressor pistão de simples efeito.................................................13
Figura 4 -  Compressão do ar em um compressor pistão de duplo efeito....................................................14
Figura 5 -  Rede de ar comprimido..............................................................................................................................15
Figura 6 -  Rede de distribuição do ar comprimido...............................................................................................17
Figura 7 -  Válvulas de fechamento da rede de distribuição...............................................................................18
Figura 8 -  Curvatura mínima da rede de distribuição..........................................................................................18
Figura 9 -  Rede de distribuição do ar comprimido...............................................................................................19
Figura 10 -  Cilindro de simples ação..........................................................................................................................24
Figura 11 -  Cilindro de dupla ação..............................................................................................................................24
Figura 12 -  Desenho em corte de um cilindro de dupla ação...........................................................................24
Figura 13 -  Hydro-check................................................................................................................................................ 25
Figura 14 -  Conjunto lubrefil.........................................................................................................................................26
Figura 15 -  Válvula direcional........................................................................................................................................27
Figura 16 -  Bloco manifold.............................................................................................................................................27
Figura 17 -  Válvula controladora de fluxo................................................................................................................28
Figura 18 -  Válvula escape rápido................................................................................................................................30
Figura 19 -  Válvula de retenção com mola...............................................................................................................31
Figura 20 -  Cilindro de dupla ação. ............................................................................................................................32
Figura 21 -  Atuador oscilante........................................................................................................................................33
Figura 22 -  Respirador dessecativo de ar..................................................................................................................34
Figura 23 -  Reservatório hidráulico.............................................................................................................................34
Figura 24 -  Sensor de controle.....................................................................................................................................35
Figura 25 -  Kit de sensores de controle.....................................................................................................................36
Figura 26 -  Transdutores de pressão..........................................................................................................................36
Figura 27 -  Transdutores de temperatura.................................................................................................................37
Figura 28 -  Válvula seletora de pressão.....................................................................................................................38
Figura 29 -  Válvula hidráulica pré-operada..............................................................................................................39
Figura 30 -  Válvula controladora com pressão compensada............................................................................40
Figura 31 -  Válvula com controle de fluxo através da temperatura................................................................40
Figura 32 -  Válvula reguladora de pressão com controle remoto....................................................................41
Figura 33 -  Acumulador de pressão...........................................................................................................................42
Figura 34 -  Elemento lógico..........................................................................................................................................42
Figura 35 -  Diagrama trajeto passo............................................................................................................................46
Figura 36 -  Circuito eletropneumático......................................................................................................................47
Figura 37 -  Lógica para desenvolvimento eletropneumático...........................................................................48
Figura 38 -  Esquema elétrico........................................................................................................................................48
Figura 39 -  Área de trabalho do software FluidSim...............................................................................................50
Figura 40 -  Área de trabalho do software Automation Studio..........................................................................51
Sumário
1 Introdução...........................................................................................................................................................................9

2 Compressores e Redes de Ar Comprimido............................................................................................................11


2.1 Compressores................................................................................................................................................11
2.1.1 Tipos de compressores.............................................................................................................11
2.2 Redes de ar comprimido............................................................................................................................15
2.2.1 Preparação de ar comprimido...............................................................................................15
2.2.2 Redes de distribuição...............................................................................................................17

3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos............................................................................................................23


3.1 Componentes pneumáticos.....................................................................................................................23
3.1.1 Atuadores pneumáticos..........................................................................................................23
3.1.2 Lubrefil...........................................................................................................................................26
3.1.3 Válvula direcional.......................................................................................................................26
3.1.4 Válvulas auxiliares......................................................................................................................28
3.2 Componentes hidráulicos ........................................................................................................................31
3.2.1 Atuadores hidráulicos..............................................................................................................31
3.2.2 Reservatório de óleo ................................................................................................................33
3.2.3 Instrumentos de monitoramento e controle ..................................................................35
3.2.4 Bombas..........................................................................................................................................37
3.2.5 Válvula seletora de pressão....................................................................................................37
3.2.6 Válvulas hidráulicas...................................................................................................................38
3.2.7 Válvula reguladora de pressão..............................................................................................40
3.2.8 Acumuladores de pressão......................................................................................................41
3.2.9 Elemento lógico.........................................................................................................................42

4 Diagramas, Circuitos e Softwares..............................................................................................................................45


4.1 Diagramas.......................................................................................................................................................45
4.1.1 Diagramas algébricos...............................................................................................................45
4.1.2 Diagramas trajeto passo..........................................................................................................46
4.2 Circuitos...........................................................................................................................................................46
4.3 Software de simulação de circuitos pneumáticos e hidráulicos .................................................48

5 Referências........................................................................................................................................................................55

6 Minicurrículo do Autor..................................................................................................................................................57

7 Índice...................................................................................................................................................................................59
Introdução

Seja bem-vindo à unidade curricular de Sistemas Pneumáticos e Hidráulicos.


Você já percebeu que os sistemas pneumáticos e hidráulicos estão cada vez mais presentes
em nosso cotidiano? Além de encontrá-los na indústria, também é possível observá-los no
dia a dia, como, por exemplo: nas portas do ônibus, nas portas automáticas das lojas, na sus-
pensão de um carro, nas máquinas retroescavadeiras, entre outros. Partindo deste contexto,
nesta unidade curricular, você irá estudar sobre os principais componentes pneumáticos e hi-
dráulicos. Aprenderá como projetar um sistema utilizando os componentes adequados para o
funcionamento pretendido e os componentes de monitoração que poderão ser utilizados em
manutenção preventiva ou preditiva, com o objetivo de prolongar a vida útil dos equipamen-
tos e garantira sua confiabilidade. Além disso, você será apresentado a uma técnica utilizada
durante o planejamento de um projeto de sistema eletropneumático, que pode ser adaptado
a qualquer sistema.
Ao finalizar os estudos, você estará apto a interpretar e aplicar normas técnicas, regulamen-
tadoras e de preservação ambiental, além de identificar os componentes e acessórios de siste-
mas eletropneumáticos e eletrohidráulicos. Outra aptidão adquirida durante seus estudos nes-
ta unidade curricular está relacionada a catálogos e tabelas técnicas. Além disso, você poderá
aprender a identificar e prospectar melhorias nas instalações de sistemas eletropneumáticos e
eletrohidráulicos; elaborar leiautes, diagramas e esquemas nesses mesmos sistemas. Por fim,
você aprenderá a utilizar softwares específicos que são muito importantes para o controle e a
automação de sistemas pneumáticos e hidráulicos. Bons estudos!
Compressores e Redes de Ar Comprimido

Nesse capitulo, você irá conhecer as características e funcionalidades dos diferentes tipos
de compressores, mais utilizados na indústria, bem como, a respeito das especificidades de
funcionamento destes equipamentos. Estudará também sobre redes de ar comprimido, desde
sua preparação até as redes de distribuição.
Sendo assim, ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) definir o tipo ideal de compressor que será utilizado no seu local de trabalho;
b) projetar as redes de ar comprimido, bem como os equipamentos que serão utilizados
para que você consiga um ar comprimido de qualidade na sua rede.
Para iniciar seus estudos sobre o tema, a seguir você será apresentado aos compressores.

2.1 Compressores

Os compressores são máquinas que comprimem o ar para que este seja utilizado em siste-
mas pneumáticos. Como essas máquinas captam o ar da atmosfera, é preciso ter um cuidado
especial quanto a sua localização e manutenção, principalmente se forem instaladas em luga-
res com muita umidade. Caso não sejam observados os cuidados quanto à umidade, por exem-
plo, o filtro que elimina as impurezas pode ter sua vida útil diminuída. Isto porque, na entrada
da válvula de admissão, que capta o ar para o interior do compressor, está localizado este filtro.

2.1.1 Tipos de compressores

Podem existir vários tipos de compressores a fim de suprirem as necessidades específicas


dos processos em que são utilizados. Dentre os compressores mais comuns na indústria, estão
os compressores de parafuso e os compressores de pistão. Confira na sequência mais detalhes
sobre cada um desses compressores.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
12

1 Biela: Compressor parafuso


É uma haste rígida que tem
a função de transmitir força O compressor parafuso comprime o ar por meio de duas roscas sem fim que
em uma máquina de uma giram a uma velocidade constante e, como possuem uma folga que vai diminuin-
parte rotante a outra, móvel,
mediante um movimento de do ao longo do seu comprimento, o ar que passa através da rosca não consegue
vaivém.
sair, tendo assim que se comprimir. A figura na sequência apresenta um compres-
sor parafuso; observe:

Figura 1 -  Compressor parafuso


Fonte: http://www.acservicos.ind.br/index.php?option=com_joomgallery&view=gallery&Itemid=54

Na figura a seguir, você poderá acompanhar então o funcionamento de um


compressor parafuso.

Figura 2 -  Compressão do ar em um compressor parafuso


Fonte: http://www.achecompressores.com.br/como-funciona-os-compressores.html
2 Compressores e Redes de Ar Comprimido
13

Perceba como o ar é coletado por meio da válvula de admissão, na ilustra-


ção, representado pela cor verde. O início da compressão é representado pela cor
amarela. Agora, na sequência, veja a saída do ar comprimido, representado pela
cor vermelha. Para a norma ANSI (American Nacional Standards Institute), a cor
vermelha significa pressão. Agora que você já conheceu o compressor parafuso,
aprenda sobre o compressor pistão.

Compressor de pistão

Os compressores de pistão funcionam por meio de um êmbolo ou pistão que


fica acoplado a uma biela1 que gira através de um motor e movimenta o embolo
dentro de um cabeçote. Quando este êmbolo está se movimentando, pode aspi-
rar ou comprimir o ar, dependendo do tipo de compressor que se está utilizando.
Existem dois tipos de compressores de pistão: de simples efeito ou os de duplo
efeito.
Os compressores de simples efeito possuem apenas uma câmara de com-
pressão. Através da válvula de admissão, esta câmara aspira o ar, quando o êm-
bolo esta descendo e comprimi no retorno, quando o embolo está subindo. Na
figura a seguir, você pode verificar o processo de compressão do ar para um com-
pressor de simples efeito.

Figura 3 -  Compressão do ar em um compressor pistão de simples efeito.


Fonte: Autor 2014.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
14

2 cruzeta: Você pôde verificar os três estágios: no primeiro estágio, representado na figu-
Bloco guiado que se ra pela cor verde, o pistão está descendo na câmara e o ar está entrando no com-
movimenta em linha reta pressor através da válvula de admissão. No segundo estágio, representado pela
e serve de conexão entre a
haste do êmbolo e a biela. cor amarela, o pistão está iniciando sua subida e com isso inicia se a compressão
do ar. No terceiro estágio, o ar já comprimido vence a força da mola de descarga
e vai para o sistema
Já os cilindros de duplo efeito possuem duas câmaras de compressão e com
isso os cilindros comprimem tanto na subida como na descida. Neste tipo de
compressor, além da biela, existe uma cruzeta2 que transmite movimento ao pis-
tão. Veja a ilustração a seguir:

Simbologia

Figura 4 -  Compressão do ar em um compressor pistão de duplo efeito.


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

Você pôde ver na figura acima que quando o pistão está descendo a parte
superior da câmara está admitindo o ar e a parte inferior está comprimindo e
mandando o mesmo para o sistema. Quando o pistão está subindo o processo se
inverte, com isso temos um fluxo melhor do ar evitando oscilações na rede de ar.

Para aprender mais sobre os compressores, leia os catálogos


dos fabricantes destes equipamentos, como Schulz, Atlas
Copco etc. Nestes catálogos, dê uma atenção especial aos
itens de manutenção.
SAIBA
MAIS Neste material foram apresentados apenas os dois tipos de
compressores que são os mais utilizados nas indústrias. No
entanto, existem outros tipos que possuem aplicações pró-
prias para serviços especiais, como exemplo em locais que
necessitamos de uma pressão maior.
2 Compressores e Redes de Ar Comprimido
15

Dando sequência aos seus estudos, você aprenderá como é feita a preparação
do ar comprimido. Além disso aprenderá ainda sobre o transporte do ar compri-
mido e uso correto deste nos equipamentos.

2.2 Redes de ar comprimido

Uma rede de ar comprimido é a rede compreendida entre a saída do compres-


sor até chegar ao seu destino final, ou seja, até chegar aos atuadores ou máquinas
como, por exemplo, cilindros, motores, parafusadeira etc.
Para iniciar seus estudos sobre a rede de ar comprimido, você aprenderá sobre
a preparação de ar comprimido.

2.2.1 Preparação de ar comprimido

A preparação do ar comprimido inicia na captação do ar, pela válvula e termi-


na com o pós-filtro, logo após o secador de ar, conforme você pode verificar na
figura a seguir:

Reservatório
FARGON
By-pass

FARGON

FILTRO
Compressor GRAU 10
Rotativo

Figura 5 -  Rede de ar comprimido.


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

Você já estudou sobre o compressor, então, neste capítulo as explicações par-


tirão do seu conhecimento prévio sobre este assunto e iniciarão com o resfriador
intermediário e o resfriador posterior. O resfriador intermediário e posterior
servem para resfriar o ar comprimido, que aquece na operação de compressão
e chega a temperaturas elevadas. Estes resfriadores geralmente são feitos com
serpentinas, um tipo de radiador no qual a água passa por dentro e o ar, ao entrar
em contato com as paredes do radiador, faz a troca de calor.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
16

3 Válvula de purga:
Você sabia que as serpentinas são muito utiliza-
São válvulas que têm por das nos sistemas de refrigeração? As serpentinas
finalidade expulsar a água CURIOSIDADE podem ser encontradas nos refrigeradores e nos
condensada nos sistemas condicionadores de ar tanto os domésticos quanto
de ar. veiculares.

O separador de condensado retira o excesso de água do ar que sai com tem-


peratura alta e, ao passar pelo resfriador, condensa. O separador, por sua vez, eli-
mina a água através de uma válvula de purga3 que pode ser manual ou automá-
tica.
O reservatório de ar comprimido, também conhecido como pulmão, tem vá-
rias funções, sendo a principal delas: armazenar o ar. O reservatório de ar com-
primido pode servir também para estabilizar os pontos de ar da empresa onde
o consumo de ar for maior. Para controlar o consumo de ar, são instalados reser-
vatórios, em tamanhos menores, dentro das linhas de produção, geralmente no
final destas linhas.
O secador de ar comprimido, como o próprio nome já diz, serve para secar
o ar. Este equipamento retira a quantidade de água que não condensou até o
ponto onde o secador está instalado. Seu funcionamento consiste em resfriar o
ar a uma temperatura de 0 a 3 graus, com isso o vapor de água, que está mistu-
rado com o ar, se condensa e cai devido à gravidade. Em uma rede de ar que não
possui o resfriador, quando o ar comprimido entra em contato com as paredes
da tubulação, o mesmo condensa porque a temperatura da tubulação é mais fria
que o ar, fazendo a troca de calor.

SAIBA Para aprender sobre os processos de secagem por absorção


e adsorção, pesquise a apostila M1001-2 BR da Parker, dispo-
MAIS nível em: <www.parker.com>. Acesso em: 09 set. 2014.

O pré-filtro e o pós-filtro servem para retirar as impurezas que acompanham


o ar comprimido desde a sua captação e também para retirar algumas partículas
de óleo que passaram pelo filtro separador de ar e óleo que fica dentro do com-
pressor.
2 Compressores e Redes de Ar Comprimido
17

2.2.2 Redes de distribuição

As redes de distribuição são as tubulações que levam o ar comprimido da pre-


paração até os pontos de utilização. Geralmente, nas grandes indústrias, estas
redes são feitas com tubos de 100 mm de diâmetro para que se tenha uma boa
vazão de ar. Suas derivações são feitas com tubos menores, conforme solicitado
pelo fabricante das máquinas.
Essas tubulações são feitas em forma de anel fechado, garantindo, assim, uma
estabilização na pressão da rede.
Na figura a seguir, você pode observar os reservatórios secundários, conforme
mencionado na preparação de ar comprimido.

Consumidores

Figura 6 -  Rede de distribuição do ar comprimido.


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

Quando não existe a possibilidade de fazer a rede em anel fechado deve ser
feito a rede em anel aberto. Um exemplo deste caso é quando existem pontos iso-
lados onde há apenas um equipamento ou quando este está distante dos demais.

Válvulas de fechamento

As válvulas de fechamento são colocadas nas redes de distribuição para isolar


um ramal da rede ou uma máquina. Estas válvulas são colocadas especialmente
para que se proceda a manutenção, sem o risco de acidentes para o mantenedor
e podendo manter as outras máquinas em funcionamento.
Observe a figura a seguir, que ilustra uma rede de distribuição com válvulas de
fechamento.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
18

AC

Figura 7 -  Válvulas de fechamento da rede de distribuição.


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

Curvatura

Para que não haja turbulência e trepidações na rede de ar, deve se evitar a
colocação de cotovelos a 90 graus. As curvaturas na rede de ar devem obedecer
a um padrão em que a curva interior da tubulação deve ter um raio mínimo de
duas vezes o diâmetro da tubulação. A figura a seguir ilustra esta determinação,
acompanhe:

o 2ø
nim

io
Ra

Figura 8 -  Curvatura mínima da rede de distribuição.


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.
2 Compressores e Redes de Ar Comprimido
19

Inclinação

A tubulação da rede de distribuição deve ser instalada, de forma que a incli-


nação tenha de 0,5 a 2% do comprimento total da rede, sendo a parte mais baixa
na direção do fluxo do ar, para que se houver algum condensado na linha, este vá
para o final e seja eliminado por meio do purgador, que é um dispositivo instala-
do para eliminar o condensado.

Tomadas de Ar

As tomadas de ar são as ligações das tubulações que derivam para as máqui-


nas. Estas ligações devem ser feitas pela parte de cima da tubulação, para evitar
que o condensado que tiver no fundo da tubulação desça para a máquina. Deve
ser colocada uma curva de 180 graus para a descida a fim de evitar turbulências
na saída.

Drenagem de umidade

Para eliminar o condensado, que é um dos maiores inimigos da pneumática,


são utilizados purgadores no final das linhas ou nos pontos mais baixos da tubu-
lação, podendo ser estes automáticos ou manuais. Os purgadores automáticos
são os ideais por não necessitarem da intervenção humana para funcionar.
Na figura a seguir, você poderá acompanhar o que foi dito sobre a inclinação,
as tomadas de ar e a drenagem de umidade; acompanhe:

Comprimento

Unidade de
condicionamento
(utilização)

Purgadores

Figura 9 -  Rede de distribuição do ar comprimido.


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
20

FIQUE Os purgadores devem ser distribuídos por toda a tubu-


lação, para melhorar a eliminação dos condensados da
ALERTA linha.

No próximo capítulo, você irá estudar os principais componentes de um es-


quema pneumático e o seu funcionamento. Mas, antes de iniciar seus estudos
sobre esta temática, leia o casos e relatos, a seguir.

CASOS E RELATOS

Quebra galho
Certa vez, uma empresa precisava montar o sistema pneumático. No en-
tanto, ao constatar o valor dos orçamentos recebidos, ficou decidido que o
serviço seria feito internamente. Severino seria o responsável pelo sistema,
pois este alegava ser um serviço simples tal como fazer o encanamento de
água. Severino comprou um compressor de parafuso dos mais modernos
e começou a instalação do sistema não obedecendo à norma do projeto,
aliás coisa que não existia.
Quando a empresa iniciou suas atividades tudo aconteceu conforme o
esperado, até a segunda semana de trabalho. Logo no início da semana,
começou a sair água dos componentes pneumáticos. O sistema se tornou
um encanamento de água, trancando os componentes das máquinas e pa-
rando a empresa por horas.
Foi chamado o pessoal especializado em manutenção que constatou vá-
rios erros de projeto, como, por exemplo, a falta de um secador de ar, filtro
entre outros componentes mínimos necessários para o bom funcionamen-
to do sistema. Foi constatado também que a inclinação da tubulação está
voltada para as máquinas, facilitando assim a entrada de água nos compo-
nentes.
Foi feito a manutenção de todo o sistema e das máquinas, o que gerou um
custo três vezes maior do que o projeto inicial, sem contar o tempo de pa-
rada da produção, que quase levou a empresa à falência.
Depois desta experiência, esta empresa só utiliza mão de obra especializa-
da. Ah! O Severino, continua na empresa, mas agora só faz o seu serviço.
2 Compressores e Redes de Ar Comprimido
21

Recapitulando

Neste capitulo, você estudou a geração do ar comprimido e a preparação


para que o mesmo chegue com qualidade nos equipamentos, evitando
que se tenha problemas futuros com manutenção.
Você aprendeu também sobre a importância de cada componente, des-
de a geração do ar até a sua entrega final nos componentes, que serão
movimentados por eles.
Componentes Pneumáticos e Hidráulicos

Você estudou sobre a preparação e transporte do ar comprimido até os equipamentos ou


máquinas. Neste capítulo, você conhecerá: os componentes pneumáticos como os atuadores,
o conjunto lubrefil e as diferentes válvulas. Você verá ainda as características e funcionalidade
dos atuadores hidráulicos, do reservatório de óleo, conhecerá os instrumentos de monitora-
mento e controle hidráulico, a importância das bombas, válvulas e acumuladores de pressão.
Sendo assim, ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) projetar e definir os melhores componentes para a utilização nos circuitos hidráulicos e
pneumáticos, garantindo assim a qualidade do equipamento.

3.1 Componentes pneumáticos

Os componentes pneumáticos são os atuadores, o conjunto lubrefil e as diferentes válvulas.


A seguir, você estudará sobre os atuadores pneumáticos.

3.1.1 Atuadores pneumáticos

Os atuadores são os componentes no final de um sistema pneumático e que servem para


executar as operações das máquinas.
Os atuadores podem ser classificados como lineares, rotativos ou oscilantes.

Atuadores lineares

Os atuadores lineares são também conhecidos como cilindros ou pistão e servem para mo-
vimentação de peças no sentido linear. Quanto a sua operação podem ser de simples ação ou
de dupla ação.
• Atuadores lineares de simples ação: são cilindros que necessitam de ar em apenas um
dos seus lados para realizar a operação. Podem ser com ou sem mola de retorno. São
sistemas pneumáticos e hidráulicos
24

exemplos de atuadores lineares de simples ação os cilindros que levantam


carros nos postos de gasolina. Estes cilindros necessitam de ar para subir o
carro, mas o pistão desce devido ao peso do carro.
A figura a seguir ilustra um atuador linear de simples ação, acompanhe:

Figura 10 -  Cilindro de simples ação.


Fonte: Autor 2014

• Atuadores lineares de dupla ação: são cilindros que necessitam de ar para


fazer tanto a operação de avanço como de recuo do pistão. São geralmente
os mais utilizados dentro das indústrias pois possuem uma melhor precisão
do que os de simples ação.
A figura a seguir ilustra um atuador linear de dupla ação, observe:

Figura 11 -  Cilindro de dupla ação.


Fonte: Autor 2014.

Na próxima figura, você poderá aprender sobre as principais características


construtivas de um atuador linear. Além disso, a figura também evidencia quais
peças devem ser substituídas em uma manutenção preventiva. Quando houver
as vedações do amortecimento, as gaxetas da haste e anel raspador (destaque
em verde), gaxeta do embolo (destaque em vermelho). Lembre-se que uma boa
lubrificação ajuda em muito a manter os atuadores lineares em perfeito estado
de conservação.

Figura 12 -  Desenho em corte de um Cilindro de dupla ação.


Fonte: http://dc318.4shared.com/doc/3pk_NNn0/preview.html
3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos
25

Dentre os vários tipos de cilindro de dupla ação, destaca-se o hydro-check.


Este atuador contém óleo e permite um controle da velocidade e da força do
cilindro.
A figura a seguir apresenta a simbologia de um cilindro do tipo hydro-check.

Simbologia
Figura 13 -  Hydro-check
Fonte: http://www.rarospneumatica.com.br/?page=produtos&products_id=20

Atuadores rotativos

Os atuadores rotativos são mais conhecidos como motores pneumáticos e


funcionam da seguinte forma: o ar entra em uma das extremidades e saí pela
outra. A passagem do ar pelo interior do motor faz com que o mesmo gire através
do conjunto giratório que pode ser de pistões ou palhetas.

Atuadores oscilantes

Os atuadores oscilantes são cilindros que transformam movimentos lineares


em movimentos rotativos com um ângulo determinado. São muito utilizados
quando é preciso abrir ou fechar válvulas rotativas em um sistema automático.
Geralmente, estes pistões atuam conforme uma válvula direcional de co-
mando. Esta válvula recebe um sinal elétrico e faz a abertura ou fechamento das
demais válvulas. Os silos sobre os misturadores de areia em uma fundição que
abrem por um determinado tempo, de modo a liberar uma quantidade específica
de areia, e que fecham automaticamente são exemplos de atuadores oscilantes.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
26

3.1.2 Lubrefil

Lubrefil significa lubrificador (Lub), regulador (re) de filtro (fil). Lubrefil é, por-
tanto o elemento que lubrifica os componentes pneumáticos da máquina, regula
a pressão de ar e filtra as impurezas existentes na tubulação. A figura a seguir
ilustra um conjunto lubrefil, acompanhe:

Figura 14 -  Conjunto lubrefil.


Fonte: http://www.gefspc.com/upload/image/20140318/20140318200017_4954.jpg

O lubrefil faz a parte da preparação do ar na entrada dos elementos pneumá-


ticos.

3.1.3 Válvula direcional

A válvula direcional tem por função principal, como o próprio nome diz, dire-
cionar o ar comprimido para os elementos. Estes elementos podem ser os finais,
como os atuadores ou outras válvulas direcionais; neste caso a válvula funciona
como uma válvula de comando.
Sua descrição é dada através:
• das posições, sendo representada, simbolicamente, pelo número de quadra-
dos;
• pelas posições representadas pela quantidade de orifícios que o corpo da
válvula contém, não sendo considerados os orifícios da extremidade, pois
estes fazem parte da pilotagem;
• do tipo de acionamento que pode ser muscular ou elétrico.
A figura a seguir ilustra uma válvula direcional, observe:
3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos
27

Figura 15 -  Válvula direcional.


Fonte: Autor 2014

Geralmente, quando existe uma grande quantidade de válvulas direcionais


iguais, no mesmo equipamento, para facilitar a instalação das mesmas, é utilizado
o bloco manifold, ou “sanduíche”, como é conhecido nas indústrias.

Figura 16 -  Bloco manifold.


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

Uma das desvantagens de se utilizar o bloco manifold é que não se pode fazer
manutenção em uma válvula isolada, é preciso desligar todo o sistema para rea-
lizar a manutenção.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
28

3.1.4 Válvulas auxiliares

As válvulas auxiliares são componentes utilizados nas instalações pneumáti-


cas que possibilitam a intervenção no sistema, por exemplo, alterar a velocidade
de um atuador.
As válvulas auxiliares apresentam características distintas entre si. A seguir,
você será apresentado a alguns dos diferentes tipos, acompanhe:

Válvula controladora de fluxo

A válvula controladora de fluxo serve para regular o fluxo de ar que passa pela
válvula até o atuador. Sua função é diminuir a velocidade do atuador; quando
está totalmente aberta, o atuador trabalha na sua velocidade normal, o atuador
vai diminuindo sua velocidade conforme a válvula controladora de fluxo é fecha-
da.
Estas válvulas podem ser unidirecionais ou bi direcional, isto significa que po-
dem regular a vazão nos dois sentidos quando for bi direcional e em um quando
for unidirecional.
As válvulas unidirecionais devem ser instaladas com a regulagem na saída do
atuador.
A figura a seguir ilustra uma válvula controladora de fluxo; observe:

Figura 17 -  Válvula controladora de fluxo.


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

Na sequência, você aprenderá sobre a válvula de escape rápido.


3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos
29

Válvula de escape rápido

As válvulas de escape rápido são elementos instalados na saída de ar dos


atuadores para acelerar o escape de ar, com isso o atuador ganha mais velocidade.
Quanto mais próximo do atuador for instalado este elemento, melhor vai ser o
seu desempenho.

CASOS E RELATOS

Agilizando o processo
Em uma fundição existia uma máquina que fabricava moldes de areia com
uma estação de sopro e quatro estação de cura do molde. Estas estações
eram controladas por um sistema pneumático que levava em media 10s
para concluir o processo na estação de sopro e 25s para cumprir o processo
de cura, tornando isto um gargalo para a produção.
Foi feito uma análise pelo pessoal da manutenção. Nesta, foi verificado que
a subida do cilindro da estação de sopro poderia ser acelerada; somente a
descida necessitava ser lenta para não danificar o molde de areia. Para tan-
to, foi colocado uma válvula de escape rápido na saída de ar do avanço do
cilindro, com isso a subida se tornou mais rápida e reduziu o tempo do pro-
cesso para 7s, na estação do sopro. Já, na estação de cura, era preciso que
os cilindros subissem lentamente e descessem de forma rápida, pois o mol-
de já estava pronto. Para isto, foram colocadas válvulas de escape rápido
na saída de ar do recuo dos cilindros, alterando o tempo de cura para 22s.
Uma pequena alteração, mas que trouxe um grande resultado para a em-
presa.

Na figura a seguir, você verá o funcionamento da válvula de escape rápido.


sistemas pneumáticos e hidráulicos
30

Figura 18 -  Válvula Escape Rápido.


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

O ar com pressão entra do um para o dois, na ilustração, representado pela cor


vermelha. O local indicado pelo número dois estará acoplado ao atuador pneu-
mático. Quando a válvula direcional é acionada, o ar de retorno sai pelo orifício
apresentado em dois e vai direto para o orifício indicado em três da válvula de
escape rápido, indo direto para a atmosfera, conforme você pode verificar na ilus-
tração através da cor azul.

Válvula de retenção

As válvulas de retenção são utilizadas quando é necessário que o fluxo siga em


apenas uma direção. Existem três tipos de válvulas de retenção:
• Válvula de retenção com mola – possui uma mola que ajuda o embolo a
vedar a passagem do ar na hora da retenção. Pode trabalhar em qualquer
posição.
• Válvula de retenção sem mola: não possui uma mola, portanto, sua
retenção é dada por meio da pressão. Deve trabalhar preferencialmente na
posição vertical.
• Válvula de retenção pilotada: este tipo de válvula pode ser utilizada para
dar segurança ao sistema. Isto porque a válvula de retenção pilotada permi-
te a passagem de ar nos dois lados desde que haja uma pilotagem para abrir
esta válvula.
Na figura a seguir, você será apresentado a uma válvula de retenção simples
com mola.
3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos
31

Figura 19 -  Válvula de Retenção com mola.


Fonte: O autor (2014)

Para aprender sobre outras válvulas, consulte os catálogos


SAIBA dos fabricantes, como, por exemplo, Festo, disponível em:
MAIS <www.festo.com.br>,e o Parker, disponível em: <www.pa-
rker.com.br>.

Você irá estudar sobre os principais componentes de um esquema hidráulico.


Estudará também o funcionamento destes componentes. Vamos lá?

3.2 Componentes hidráulicos

Nos sistemas hidráulicos existe um gerador de pressão para cada máquina.


Este gerador está acoplado a um reservatório de óleo que movimenta todo o sis-
tema.

3.2.1 Atuadores hidráulicos

Os atuadores hidráulicos são componentes que executam as operações das


máquinas e que ficam no final de um sistema.
Os atuadores podem ser classificados como: lineares, rotativos ou oscilantes.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
32

Atuadores lineares

Os atuadores lineares hidráulicos possuem o funcionamento semelhante aos


pneumáticos, diferindo apenas na sua construção. Os atuadores hidráulicos têm
sua constituição mais robusta, devido a pressão de trabalho exercida sobre eles
ser maior.

Figura 20 -  Cilindro de dupla ação.


Fonte: Autor 2014

Quanto a seu tipo podem ser de simples ou dupla ação, porém os mais utili-
zados na industrias são os de dupla ação como você pode verificar na ilustração
acima.

Você estudou sobre os atuadores lineares pneumáticos


e agora está estudando sobre atuadores lineares hidráu-
FIQUE licos. Você sabe quando se deve escolher um ou outro?
Quando for necessária a força e precisão nos movimentos
ALERTA é aconselhável o uso de atuadores hidráulicos. Já quando
for preciso velocidade, o indicado é utilizar os atuadores
pneumáticos.

Atuadores Oscilantes

Os atuadores oscilantes são cilindros que transformam movimentos lineares


em movimentos rotativos com um ângulo determinado. São muito utilizados
quando é preciso abrir ou fechar válvulas rotativas em um sistema automático.
3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos
33

Figura 21 -  Atuador oscilante.


Fonte: http://www.hidrapa.com.br/ProdutosDetalhe.aspx?idEmpresasdistribuidas=7&idTipoproduto=31&idProdutos=158

Estes tipos de pistões podem ser de palhetas ou engrenagem com cremalhei-


ra.

Atuadores Rotativos

Os atuadores rotativos são mais conhecidos como motores hidráulicos. Estes


cilindros são construídos basicamente de um conjunto rotativo acoplado a uma
carcaça com conexão de entrada e saída.
Quanto a sua construção podem ser de engrenagem, de palhetas e de pistão.
A escolha por um ou outro, será de acordo com a necessidade.

3.2.2 Reservatório de óleo

O reservatório de óleo é construído em chapa de aço e com uma pintura es-


pecial para evitar a oxidação. O reservatório é formado pelos seguintes compo-
nentes:
• Tampa de inspeção: permite a limpeza do reservatório.
• Visor: está acoplado à lateral do reservatório e é utilizado para a verificação
do nível de óleo, geralmente vem acompanhado de um termômetro, que
permite o controle da temperatura do óleo.
• Respiro: tem a função de eliminar o vapor formado pelo aquecimento do
óleo através de orifícios na parte inferior da tampa. O respiro está sobre o
local de abastecimento do reservatório, que é protegido por um filtro (pe-
sistemas pneumáticos e hidráulicos
34

1 Range: neira). Este filtro não deve ser retirado na hora do abastecimento do reser-
vatório.
Capacidade de medição do
sensor.
O triceptor é um respiro muito eficiente, por possuir sílica gel na sua construção.
A sílica gel faz a remoção das partículas de umidade e o carvão ativo elimina os
vapores de óleo antes de chegar à atmosfera.
2 bar: A figura as seguir representa um respirador do tipo triceptor.
O bar é uma unidade de
medida de pressão.

Figura 22 -  Respirador dessecativo de ar


Fonte: http://www.hidrapa.com.br

• Filtro de sucção: é instalado na entrada da bomba e tem a função de prote-


ger o óleo das impurezas acumuladas no sistema.
• Filtro de retorno: é instalado na tubulação de retorno do reservatório e ser-
ve para retirar as impurezas do sistema e preservar o filtro da bomba.
• Chapa defletora: serve para evitar turbulências do óleo que retorna do sis-
tema.
A figura seguinte apresenta um reservatório hidráulico, observe:

Figura 23 -  Reservatório Hidráulico.


Fonte: http://www.calende.com.br/m-unidades-hidraulicas.htm
3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos
35

Os reservatórios hidráulicos, além de armazenar o óleo, servem também para


fazer a troca de calor do mesmo. Por este motivo, é preciso tomar muito cuidado
durante o projeto dos reservatórios hidráulicos, a fim de se evitar o superaqueci-
mento do sistema.

3.2.3 Instrumentos de monitoramento e controle

Os instrumentos de monitoramento e controle podem ser de diferentes tipos.


A seguir, você aprenderá sobre eles.

Sensores de controle

Os sensores de controle são manômetros digitais instalados no sistema


hidráulico que mandam as informações sobre a pressão, a vazão e a rotação para
um computador via wireless. O alcance do sistema wireless é de até 150m de
distância da máquina. O sensor faz leituras a cada 10 ms, com um range1 de 1 a
1000 bar2.
A seguir veja a representação de sensor de controle.

Figura 24 -  Sensor de controle


Fonte: http://www.hidrapa.com.br/ProdutosDetalhe.aspx?idEmpresasdistribuidas=6&idTipoproduto=8&idProdutos=97

Sensores de controle de pressão, vazão e rotação: são dispositivos instalados


no sistema e que monitoram o mesmo, emitindo sinais para o monitor que faz as
leituras.
A figura a seguir ilustra um kit de sensores com controle de pressão, vazão e
rotação.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
36

Figura 25 -  Kit de sensores de controle


Fonte: http://www.hidrapa.com.br/ProdutosDetalhe.aspx?idEmpresasdistribuidas=6&idTipoproduto=8&idProdutos=72

Transdutores de pressão

Os transdutores de pressão são dispositivos que recebem uma pressão do sis-


tema e a convertem em um sinal analógico. Os transdutores de pressão através
de um sensor transformam este sinal em um sinal elétrico.

Figura 26 -  Transdutores de pressão


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

Transdutores de temperatura

Os transdutores de temperatura são dispositivos que recebem a temperatura


do sistema e a convertem em um sinal analógico.
3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos
37

Figura 27 -  Transdutores de temperatura


Fonte: http://www.hidrapa.com.br/ProdutosDetalhe.aspx?idEmpresasdistribuidas=6&idTipoproduto=8&idProdutos=68

Estes transdutores, através de um sensor, transformam o sinal convertido em


um sinal elétrico.

3.2.4 Bombas

As bombas hidráulicas são o coração do sistema, geralmente estão acopladas


ao reservatório ou o mais próximo possível. Dentre as bombas utilizadas na in-
dústria são encontradas as bombas de engrenagem, bombas de palhetas e bom-
bas de pistão.
As bombas mais utilizadas são as de engrenagem, devido ao baixo custo e fa-
cilidade na manutenção. No entanto, quando é necessário um sistema com maior
precisão ou melhor rendimento, são utilizadas bombas de palhetas ou de pistão;
a bomba de pistão é a mais precisa dentre as duas.

Você sabia que os sistemas hidráulicos exigem


alguns cuidados que podem interferir no trabalho
das bombas? Dentre este cuidados estão: a cavita-
CURIOSIDADE ção e a aeração. A cavitação acontece por meio da
evaporação do óleo em baixa pressão, exigindo ex-
celente controle sobre a temperatura do óleo. Já a
aeração é a entrada de ar na tubulação de sucção.

3.2.5 Válvula seletora de pressão

A válvula seletora de pressão é utilizada para se fazer a tomada de pressão de


até 10 pontos diferentes do sistema hidráulico, utilizando apenas um manôme-
sistemas pneumáticos e hidráulicos
38

3 solenoide: tro. Para fazer a leitura da pressão, é preciso puxar a manopla para fora, selecionar
É uma bobina o ponto a ser medido e empurrar novamente a manopla para que a pressão seja
eletromagnética que faz a medida. Ao terminar a medição, é preciso puxar novamente a manopla a fim de
comutação das válvulas.
aliviar a pressão do manômetro.
Observe uma válvula seletora de pressão:

Figura 28 -  Válvula seletora de pressão


Fonte: http://www.hidrapa.com.br/ProdutosDetalhe.aspx?idEmpresasdistribuidas=6&idTipoproduto=9&idProdutos=137

3.2.6 Válvulas hidráulicas

As válvulas hidráulicas podem ser classificadas em válvulas direcionais


hidráulicas e válvulas controladoras de fluxo.
Na sequência de seus estudos, você aprenderá sobre as especificidades de
cada uma, começando pela válvula direcional hidráulica.

Válvulas direcionais hidráulicas

As válvulas direcionais hidráulicas são muito parecidas com as válvulas pneu-


máticas, ao comparar o seu funcionamento. A diferença entre as válvulas está
que, na primeira, existe um fluido, denominado óleo hidráulico, em confinamen-
to. Devido à presença deste fluído, é necessário um circuito fechado, uma vez que
o óleo do sistema deve retornar ao tanque. Assim, no lugar do escape da válvula
pneumática que ia para a atmosfera, na válvula direcional hidráulica, existe uma
tubulação de retorno para tanque. Saiba que existe apenas um retorno para tan-
que nas válvulas direcionais hidráulicas, portanto, este tipo de válvulas terá no
máximo quatro vias.
3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos
39

As válvulas direcionais geralmente são montadas sobre bases e podem estar


acopladas junto às válvulas auxiliares.
As válvulas com portes maiores e que por ventura necessitam de um comando
elétrico são chamadas de pré-operadas. Estas válvulas recebem este nome por-
que possuem uma válvula menor sobre elas com solenóide3 para fazer a comuta-
ção da válvula. Esta válvula menor é necessária devido à pressão para o comando
ser muito alta e o campo magnético produzido pela bobina não conseguir vencer
a mesma.

Figura 29 -  Válvula hidráulica pré-operada.


Fonte: http://www.onurlumobilya.com/supplier-49103-directional-hydraulic-valve

A seguir, você será apresentado às válvulas controladoras de fluxo.

Válvulas controladoras de fluxo.

O principio de funcionamento das válvulas controladoras de fluxo assemelha-


-se ao das válvulas pneumáticas. Assim, as válvulas controladoras de fluxo podem
ser: bi direcionais, onde fluxo é controlado dos dois lados; ou unidirecionais, onde
o fluxo passa controlado de um lado e livre do outro.
Existem alguns tipos de válvulas controladoras de fluxo. Dentre estes, destaca-
-se:
• Válvula controladora com pressão compensada: utiliza uma mola e um
embolo de compensação, conforme a figura a seguir:
sistemas pneumáticos e hidráulicos
40

T L
Figura 30 -  Válvula controladora com pressão compensada
Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

• Válvula com controle de fluxo através da temperatura: para este tipo de


válvula existem dois subtipos:
• com haste bimetalica: conforme a temperatura vai oscilando, a válvula
abre ou fecha o embolo;
• com controle de um orifio de canto vivo: segundo pesquisas de labora-
tórios, os efeitos da temperatura não afetam a viscosidade do fluido ao
passar por um canto vivo.
A figura a seguir ilustra uma válvula com controle de fluxo através da tempe-
ratura; observe:

Haste bimetálica
Tamanho ou de alumínio
de orifício
normal

Orifício com canto vivo


Condição normal

Figura 31 -  Válvula com controle de fluxo através da temperatura


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

É possível também se ter a válvula de controle de fluxo com compensação de


pressão e temperatura.

3.2.7 Válvula reguladora de pressão

As válvulas reguladoras de pressão servem para manter o sistema em uma


pressão pré-determinada. Dependendo da posição e função que exercem no sis-
3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos
41

tema, estas válvulas podem receber outros nomes como válvula limitadora de
pressão, válvula de sequência, válvula de contrabalanço etc.
Estas válvulas podem ser:
• Válvula reguladora de pressão com controle direto: quando a regulagem
se acontece por meio de um piloto interno.
• Válvula reguladora de pressão com controle remoto: quando a regula-
gem acontece por meio de um piloto externo.

Válvula Piloto
Remoto

Figura 32 -  Válvula reguladora de pressão com controle remoto.


Fonte: Parker Hannifin Ind. Com. Ltda., 2010.

3.2.8 Acumuladores de pressão

Os acumuladores de pressão são reservatórios que armazenam o óleo por um


determinado tempo e liberam este fluído para o sistema quando necessário. São
utilizados para:
• manter a pressão da máquina, em pontos específicos onde, por exemplo, há
necessidade de um cuidado especial;
• absorver choques;
• o caso de emergências;
• de movimentação de algum atuador;
• manter o fluxo do sistema;
A figura a seguir apresenta um exemplo de acumulador de pressão, acompa-
nhe:
sistemas pneumáticos e hidráulicos
42

Figura 33 -  Acumulador de pressão


Fonte: O autor (2014)

Os acumuladores podem ser de bexiga, hidropneumáticos, de peso, de dia-


fragma ou de mola.

3.2.9 Elemento lógico

O elemento lógico ou válvula de cartucho é utilizado principalmente como um


componente de segurança nos sistemas de alta vazão e bloqueios. Sua constru-
ção é baseada em uma válvula direcional de duas vias.
A vantagem da utilização de um elemento lógico é que o mesmo fica acoplado
no bloco manifold, portanto ocupa pouco espaço da máquina.

Figura 34 -  Elemento lógico


Fonte: O autor (2014)
3 Componentes Pneumáticos e Hidráulicos
43

Agora que você pôde conhecer os componentes hidráulicos, poderá apren-


der, no capitulo 5, a interpretar e projetar um circuito pneumático e hidráulico.
Vamos lá?

Recapitulando

Neste capitulo, você pôde aprender sobre os componentes hidráulicos e


pneumáticos. Pôde aprender também sobre o funcionamento dos prin-
cipais componentes e sua aplicação.
Você viu ainda a diferença dos dois sistemas e quando um ou outro é
utilizado. Além disso, você pôde verificar a geração e os cuidados que é
preciso ter em um sistema hidráulico.
Diagramas, Circuitos e Softwares

Neste capítulo, você irá aprender sobre os diagramas elétricos: como planejá-los e interpre-
tá-los. Além disso, você poderá aprender a montar os circuitos descritos no diagrama e também
a fazer simulações em um software.
Sendo assim, ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) planejar, montar e simular circuitos pneumáticos e hidráulicos.
Para iniciar seus estudos sobre o assunto, você aprenderá sobre os diagramas.

4.1 Diagramas

Para desenvolver um circuito pneumático ou hidráulico, primeiro é preciso saber interpretar


os diagramas. Em seus estudos, você aprenderá sobre os diagramas algébricos e o trajeto passo.

Você sabia que os diagramas são utilizados em


todas as áreas de uma indústria e até na sua vida
CURIOSIDADE pessoal? Se você fizer, por exemplo, um planeja-
mento utilizando um fluxograma, este pode ser
considerado um diagrama de processo.

4.1.1 Diagramas algébricos

Os diagramas algébricos são representados por letras, ou seja, A, B, C e quantos mais forem
os atuadores, assim cada atuador será representado por uma letra. Os símbolos (+) ou (–) repre-
sentam o deslocamento do atuador.
No exemplo, a seguir, será utilizado um cilindro para a representação A+B+A-B-. Isto signi-
fica que o cilindro A vai avançar; depois o cilindro B avança; em seguida, o cilindro A recua; e
posteriormente o cilindro B também recua.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
46

4.1.2 Diagramas trajeto passo

O diagrama trajeto passo é simbolizado por uma figura que representa o siste-
ma. Nesta figura os quadrados representam os passos e a linha, o trajeto.

SAIBA Para aumentar seu aprendizado sobre diagramas, pesquise a


apostila M1001-2 BR da Parker, disponível em: <www.parker.
MAIS com>. Acesso em: 09 set. 2014.

Utilizando o exemplo do diagrama algébrico para o diagrama trajeto passo, se


obtém a figura a seguir; acompanhe:

Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4


1
A
0
1
B
0
Figura 35 -  Diagrama trajeto passo
Fonte: O autor, 2014.

Ao analisar a figura, conclui-se que no:


• passo 1: a linha inclinada significa que o cilindro A esta avançando no pri-
meiro passo, enquanto o cilindro B esta em repouso;
• passo 2: o cilindro A fica avançado e o cilindro B avança;
• passo 3: o cilindro A recua e o cilindro B permanece avançado;
• passo 4: o cilindro B recua e o cilindro A permanece recuado.
Se este sistema estiver em modo automático, ao finalizar esta etapa, retorna
para o primeiro passo.

4.2 Circuitos

Os circuitos pneumáticos ou hidráulicos são a junção dos elementos dentro


de um sistema. Para desenvolvermos o circuito de diagrama, é preciso verificar
alguns pontos importantes, sejam eles:
4 Diagramas, Circuitos e Softwares
47

• o tipo de circuito, se é pneumático ou hidráulico;


• os tipos de componentes que serão utilizados;
• se o circuito vai ser em regime manual ou automático.
Para fins ilustrativos, será utilizado o diagrama representação A+B+A-B-, dos
estudos sobre diagrama. O circuito foi definido como eletro pneumático e em
regime automático.
A partir destes dados, foi decidido utilizar um conjunto lubrefil, uma válvula
direcional 5/2 vias e um cilindro de dupla ação, com avanço rápido e retorno con-
trolado.
Utilizando o automation studio, o circuito pneumático ficaria da seguinte for-
ma:

A F1 F2 B F3 F4

1 2 1 2

2 4 2 4

y1 y2 y3 y4
1 1 1 1
3 1 5 3 1 5

1 1 2

Figura 36 -  Circuito eletropneumático


Fonte: O autor, 2014.

Para que você possa compreender este esquema elétrico, foi desenvolvida
uma técnica que será apresentada a seguir.
Colocamos o diagrama algébrico e na parte superior verificamos o fim de cur-
so que ele vai acionar, exemplo quando o A avançar vai acionar a fim de curso F2.
Na parte inferior, colocamos a bobina que aciona o avanço exemplo A+ é aciona-
do por Y1. Através do diagrama, é possível perceber que a última operação é o
B- e a primeira é o A+, portanto o F3 que está sobre o B- é quem inicia o sistema
avançando A+ e assim por diante.
A seguir, você verá, então, a representação da lógica para desenvolvimento de
um diagrama eletropneumático.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
48

F2 F4 F1 F3
A+ B+ A- B-
Y1 Y3 Y2 Y4

Figura 37 -  Lógica para Desenvolvimento Eletropneumático


Fonte: O autor, 2014.

Assim, ao resolver o circuito elétrico, você obterá um esquema semelhante a


este:

1
2

1
2 2 2 2

F3 F2 F4 F1
1 1 1 1
2 2 2 2

y1 y3 y2 y4
1 1 1 1 1

Figura 38 -  Esquema elétrico


Fonte: O autor, 2014.

E se você optar por válvulas simples solenoide, para resolver o problema, basta
inserir (-Y) embaixo da letra com sinal negativo. Assim, você saberá que chave fim
de curso deve cortar o sinal da bobina.
Dando sequência aos seus estudos sobre o assunto, você aprenderá sobre os
softwares que podem auxiliar na interpretação e projeção de um circuito pneu-
mático e hidráulico.

4.3 Software de simulação de circuitos pneumáticos e


hidráulicos

Um software de simulação tem como objetivo principal fazer simulações da


realidade, assim, evitando possíveis erros que seriam descobertos somente com
a montagem do circuito real. Além disso, a simulação preservaria a segurança do
técnico responsável pela montagem, como também dos componentes utilizados
na montagem do circuito, tanto pneumático quanto hidráulico.
4 Diagramas, Circuitos e Softwares
49

CASOS E RELATOS

Simulando para evitar erros


Uma empresa de máquinas de limpeza (jato de granalha) necessitava fabri-
car um carregador para automatizar o processo e evitar o esforço excessivo
e repetitivo do operador. O pessoal da engenharia projetou o carregador e
mandou para o pessoal da manutenção fabricá-lo e instalá-lo na máquina.
Zezinho, um funcionário respeitado na manutenção, resolveu simular o
esquema hidráulico do carregador em um software. Quando foi rodar o es-
quema verificou que quando o carregador chegava a dois metros de altura
para fazer o giro e colocar as peças no jato, o mesmo não suportava a carga
e poderia retornar, causando um acidente. Foi revisado o projeto junto ao
pessoal de engenharia e verificado que havia um mancal de rolamento co-
locado fora do ponto de gravidade do carregador. Foi refeito o projeto e o
carregador funcionou normalmente.
Nesta empresa, se aprendeu uma valiosa lição: a importância de uma si-
mulação! Ignorar a simulação pode significar consequências tanto físicas
quanto materiais, tanto para a empresa como para os funcionários envol-
vidos no processo.

Dentre os softwares de simulação existentes no mercado, existem dois que são


mais utilizados pelas grandes empresas do seguimento: FLUIDSIM (Festo) e Auto-
mation Studio (Parker).
FLUIDSIM (Festo): Este software possibilita a criação e simulação de circui-
tos eletropneumáticos e eletro-hidráulicos. Por ter uma linguagem facilitada e os
componentes localizados na sua biblioteca do software serem de fácil entendi-
mento, o FLUIDSIM possibilita a montagem de circuitos de forma intuitiva, permi-
tindo a autoaprendizagem.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
50

Figura 39 -  Área de trabalho do Software FluidSim.


Fonte: Apostila FluidSim, 2004.

Você pode observar na figura a tela da área de trabalho do FLUIDSIM.

SAIBA Para saber mais sobre este software, consulte o site da em-
presa, disponível em: <http://www.fluidsim.de/fluidsim/
MAIS index5_d.htm>. Acesso em: 10 set. 2014.

Lembre-se que no site da empresa responsável pelo software, existe a versão


gratuita.
Automation Studio (Parker): O software Automation Studio segue duas li-
nhas de desenvolvimento, uma dedicada para a área educacional e a outra para
área profissional.
No seguimento educacional, foi desenvolvido uma versão deste software para
facilitar a visualização do estudante. Esta versão, dentre outras especificidades,
permite demonstrar o sentido de fluxo do ar, ou seja, em qual conexão ou man-
gueira existe pressão de ar. Além disso, o software também conta com uma vasta
biblioteca de componentes hidráulicos, pneumáticos, eletropneumáticos e ele-
tro-hidráulicos.
4 Diagramas, Circuitos e Softwares
51

Já a versão para o seguimento profissional ou industrial, favorece a área de


engenharia e manutenção, permitindo, por exemplo, incluir máquinas, equipa-
mentos e outros componentes externos.

Figura 40 -  Área de trabalho do software Automation Studio


Fonte: Página Automation Studio, 2010.

A figura anterior representa uma área de trabalho do software Automation


Studio.

Para saber mais sobre este software, consulte o site da em-


presa Automation Studio, disponível em: <http://www.auto-
SAIBA mationstudio.com/>. Acesso em: 10 set. 2014.
MAIS
Lembre-se que a empresa responsável pelo software tam-
bém disponibiliza, em seu site, uma versão demo gratuita.
sistemas pneumáticos e hidráulicos
52

Recapitulando

Neste capítulo, você verificou a importância do planejamento de um dia-


grama pneumático e hidráulico para poder desenvolver o seu circuito.
Também aprendeu sobre os softwares de simulação que permitem verifi-
car na teoria os possíveis erros de planejamento.
4 Diagramas, Circuitos e Softwares
53

Anotações:
REFERÊNCIAS
Harry, L. Stewuart – Pneumática e hidráulica – 3 edição. Edit. Hemus 1999
FLUIDSIM. 2004. Disponível em: <http://www.fluidsim.de/fluidsim/download/v3/hb-por-p.pdf>.
Acesso em: 22 set. 2014.
AUTOMATION STUDIO. 2010. Disponível em: <http://www.automationstudio.com/>. Acesso em: 22
set. 2014.
PARKER. Ap. M2001-2 BR 3000 (ago. 2008). Disponível em: www.parker.com. Acesso em: 22 set.
2014.
PARKER. Ap. M1001-2 BR 3000 (mar. 2010). Disponível em: www.parker.com. Acesso em: 22 set.
2014.
______. Atuadores oscilantes. Disponível em: <http://www.hidrapa.com.br>. Acesso em: 29 set.
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29 set. 2014.
MINICURRÍCULO DO AUTOR
Ildemar César Cisz é formado em Tecnólogo em Automação Industrial- SOCIESC. Possui especia-
lização em Engenharia de Manutenção Industrial - SENAI Joinville /SC. Atualmente atua coorde-
nador de curso técnico do Curso de Automação industrial, no SENAI Joinville /SC.
Índice

A
Atuadores 15, 23, 24, 25, 26, 29, 31, 32, 33, 45

B
Bombas 23, 37

C
Circuitos 23, 45, 46, 48, 49
Componentes 9, 20, 21, 23, 26, 28, 31, 33, 43, 47, 48, 49, 50, 51
Compressores 11, 13, 14

H
Hidráulico 9, 23, 31, 32, 33, 34, 35, 37, 38, 43, 45, 47, 48, 49, 50, 52

P
Pneumático 9, 11, 20, 23, 25, 29, 30, 32, 42, 43, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 52

R
Reservatório 15, 16, 17, 18, 31, 33, 34, 35, 37, 41

S
Software 9, 45, 48, 49, 50, 51, 52

V
Válvula 11, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 23, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 47, 48
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

SENAI - DEPARTAMENTO NACIONAL

Unidade de Educação Profissional e Tecnológica - UNIEP

Felipe Esteves Pinto Morgado


Gerente Executivo de Educação Profissional e Tecnológica

Nina Rosa Silva Aguiar


Gerente de Educação Profissional e Tecnológica

Sinara Sant’Anna Celistre


Gestora do Programa SENAI de Capacitação Docente

Nathália Falcão Mendes


Analista de Desenvolvimento Industrial

SENAI - DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Selma Kovalski
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional

Raphael da Silveira Geremias


Gerência de Educação no SENAI em Joinville

Carla Micheline Israel


Coordenação do Projeto

Michele Antunes Corrêa


Coordenação Técnica de Desenvolvimento de Recursos Didáticos

Ildemar César Cisz


Elaboração

Celso Picolli Filho


Revisão Técnica

Roberta Martins
Design Educacional

Tatiane Hardt
Ilustrações e Tratamento de Imagens
Diagramação
Roseli Müller Izolan
CRB-14/472
Ficha Catalográfica

i-Comunicação
Projeto Gráfico

Jaqueline Tartari
Contextuar
Revisão Ortográfica e Gramatical

Jaqueline Tartari
Contextuar
Normalização

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