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CAIC

Aislan Teles
Alexsandra Cristina
Elton Barroso
Gabriel Fernandes
Mônica Miranda

PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES

Salvador- Ba
2018
Aislan Teles
Alexsandra Cristina
Elton Barroso
Gabriel Fernandes
Mônica Miranda

PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES

Trabalho final, apresentado a Instituição Caic,


como parte das exigências para a obtenção de
nota na matéria de sistema de proteção.

Salvador, 18 de setembro de 2018.


Introdução

No posterior trabalho é abordado o tema transformador de energia elétrica, descrevendo


seu princípio de funcionamento e sua grande utilidade para a população. Está descrito
também os vários tipos existentes e diferenciando as características de cada um, sendo
que eles podem ser classificados quanto ao tipo de transformação, quantidade de fases e
sistema de isolamento, dando uma ideia de como funciona cada tipo. Constam no trabalho
também as falhas e perdas apresentadas pelos transformadores, que como quaisquer outra
máquina, não são perfeitos. Os transformadores, além de serem fundamentais para o
sistema elétrico de potência, eles também representam uma parte significativa dos
investimentos pertencentes à implantação desse sistema. De tal forma que, o
acompanhamento e a monitoração das suas condições operativas, de seu sistema isolante,
e das condições de funcionamento de seus acessórios e demais componentes, são
essenciais para que se reduzam os custos associados ao seu ciclo de vida, bem como para
que se possa garantir a sua confiabilidade e a sua durabilidade.
Objetivos

Objetivo geral: abordar o tema transformadores a fim de conhecê-los e compreende-los.

Objetivos específicos:

 Entender o funcionamento dos transformadores;


 Classificar os transformadores segundo suas características;
 Identificar algumas imperfeições existentes nos transformadores.
 Identificar alguns tipos de falhas
 Proteção contra incêndios
Desenvolvimento
O que é um transformador e como funciona

Transformador é um dispositivo elétrico que trabalha com corrente alternada (AC),


ele é ligado a dois circuitos, e nessa ligação ele transforma tensões e correntes, sendo que
um é inversamente proporcional ao outro, ou seja, se ele aumentar a tensão, a corrente vai
diminuir e vice-versa.
É composto por duas bobinas (enrolamentos de fios condutores) e um núcleo
ferromagnético, sendo que uma das bobinas é denominada enrolamento primário e a outra
de enrolamento secundário, existem transformadores com mais de um enrolamento
secundário, esse tipo de transformador é muito utilizado em eletrônica, pois é capaz de
produzir vários valores de tensões diferentes.

Imagem 1

Seu princípio de funcionamento está baseado nas leis eletromagnéticas de Faraday


e Lenz. Quando uma tensão alternada é aplicada ao enrolamento primário, surge por
indução eletromagnética uma tensão no enrolamento secundário. A tensão e o número de
espiras do primário são proporcionais a tensão e o número de espiras do secundário, sendo
assim, é possível deduzir a seguinte fórmula.
𝑽𝒔 𝑵𝒔
=
𝑽𝒑 𝑵𝒑

onde:
Vs: tensão no enrolamento secundário;
Vp: tensão no enrolamento primário;
Ns: número de espiras do secundário;
Np: número de espiras do primário.
O resultado da relação Vs/Vp é denominado relação de transformação, ou seja:

𝑽𝒔
= 𝑹𝒆𝒍𝒂çã𝒐 𝒅𝒆 𝑻𝒓𝒂𝒏𝒔𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂çã𝒐
𝑽𝒑

Através da relação de transformação é possível classificar os transformadores em


três tipos:

 transformador elevador;
 transformador abaixador;
 transformador isolador.

Transformador elevador: Todo transformador com relação de transformação maior que 1


é denominado transformador elevador, ele possui mais espiras no enrolamento secundário
em relação ao primário, por isso tem a capacidade de elevar a tensão.

Transformador abaixador: Todo transformador com relação de transformação menor que


1 é denominado transformador abaixador, ele possui menos espiras no enrolamento
secundário em relação ao primário, por isso tem a capacidade de abaixar a tensão.

Transformador isolador: Todo transformador com relação de transformação igual a 1 é


denominado transformador isolador, ele possui a mesma quantidade de espiras no
enrolamento secundário em relação ao primário, por isso a tensão é a mesma nos dois
enrolamentos.

Relação de potência em transformadores

Pode-se dizer que um transformador recebe uma quantidade de energia elétrica no


enrolamento primário, transforma em campo magnético e esse é transformado novamente
em energia elétrica pelo segundo enrolamento. Sendo assim, podemos admitir que o
enrolamento primário recebe uma certa quantidade de potência, que é denominada de
“potência do primário” (Pp), considerando que não existem perdas, a potência fornecida
pelo enrolamento primário será absorvida pelo enrolamento secundário, a mesma é
denominada “potência do secundário” (Ps). Ou seja:

𝑷𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒊𝒔𝒑𝒐𝒏í𝒗𝒆𝒍 𝒏𝒐 𝒔𝒆𝒄𝒖𝒏𝒅á𝒓𝒊𝒐 = 𝑷𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒂𝒃𝒔𝒐𝒓𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒏𝒐 𝒑𝒓𝒊𝒎á𝒓𝒊𝒐


Como a potência é o produto da tensão (V) e a corrente (i), pode-se dizer que:

𝑷𝒑 = 𝑷𝒔

𝑽𝒑 × 𝒊𝒑 = 𝑽𝒔 × 𝒊𝒔

Onde:
Vp: tensão no enrolamento primário;
ip: corrente no enrolamento primário;
Vs: tensão no enrolamento secundário;
is: corrente no enrolamento secundário.

Esta equação é válida apenas para transformadores monofásicos (apenas um


enrolamento secundário), para transformadores com mais de um secundário deve-se
admitir que a potência de entrada seja igual à soma das potências de saída, ou seja:

𝑷𝒆 = 𝑷𝒔𝟏 + 𝑷𝒔𝟐 + ⋯ + 𝑷𝒔𝒏

Onde:
Pe: Potência de entrada;
Ps1: Potência no enrolamento secundário 1;
Ps2: Potência no enrolamento secundário 2;
Psn: Potência de enrolamentos secundários.
Classificação dos Transformadores

Os transformadores podem ser classificados quanto ao tipo de transformação.

Transformador isolador: O transformador isolador possui exatamente a mesma


quantidade de espiras no enrolamento primário e no secundário, portanto a tensão de
entrada é igual à tensão de saída, como o próprio nome diz, ele é utilizado para fazer o
isolamento de um circuito elétrico, pois seu enrolamento primário fica isolado eletricamente
do enrolamento secundário. Nesse caso, toda a carga ligada à saída do transformador fica
de certa forma, protegida de alguns harmônicos, de surtos e curtos que sejam provenientes
da tensão que entra no transformador, pode-se dizer então, que um transformador isolador
é capaz de filtrar as imperfeições da rede elétrica, pelo fato de não ter contato físico com a
mesma (apenas indução eletromagnética).
Transformadores isoladores são utilizados em laboratórios de eletrônica, em
equipamentos médicos e odontológicos, na área de informática, em subestações, em no-
breaks e estabilizadores. Em todas as suas aplicações, seu principal objetivo é isolar
eletricamente um circuito da rede elétrica e evitar a passagem de surtos elétricos.

Imagem 2

Transformador elevador: Possui mais espiras no enrolamento secundário, portanto a


tensão de saída será maior do que a de entrada, no entanto a corrente de saída será menor
do que a de entrada, pois a potência de entrada deve ser igual a de saída.
Devido a sua capacidade de diminuir a corrente elétrica, o transformador elevador é
muito utilizado nas usinas geradoras de energia. Após gerada, a energia vai até o
transformador elevador de tensão, com o objetivo de aumentar a sua tensão e diminuir a
corrente elétrica, o que é fundamental para poder transportar a energia elétrica por longas
distâncias, nesse tipo de transmissão, a tensão gira em torno de 230KV a 750KV.
Imagem 3

Transformador abaixador: Possui menos espiras no enrolamento secundário, portanto a


tensão de saída será menor do que a de entrada, seguindo a fórmula da potência, nesse
tipo de transformador, a corrente de saída será maior do que a de entrada.
Esse tipo de transformador possui uso muito diversificado, sendo usado desde
subestações, e até em circuitos eletrônicos, a maioria dos aparelhos eletroeletrônicos,
como televisores, computadores, aparelhos de som, etc, possui um transformador
abaixador. Em todos esses aparelhos, o transformador recebe a energia com a tensão da
rede elétrica (110-220V) e a transforma em uma tensão adequada para uso.

Imagem 4

Autotransformadores: Os autotransformadores possuem estrutura magnética idêntica à


dos transformadores normais, mas diferem na parte elétrica: o enrolamento primário e
secundário não formam dois complexos de espiras distintas, pelo contrário, são agrupados
em um único enrolamento. Pelo fato de ter apenas um enrolamento, utiliza-se menos cobre,
podendo chegar a 80% de economia de cobre.
Os autotransformadores têm a capacidade de receber tensão nos dois
enrolamentos, por isso ele é muito utilizado para converter tensões de 110-220V e 220-
110V, podendo realizar os dois processos com o mesmo transformador.

Imagem 5

Os transformadores podem ser classificados também como monofásicos e trifásicos.

Transformador monofásico: é o tipo mais simples de transformador, como o próprio nome


diz, o transformador monofásico trabalha apenas com uma fase, ele possui apenas duas
bobinas, uma do enrolamento primário, e a outra do enrolamento secundário.
Este também possui uso muito diversificado, tendo concentração na área
eletroeletrônica, mas também é utilizado em redes de distribuição como abaixador de
tensão.

Imagem 6
Transformador trifásico: Um transformador trifásico é como três transformadores
monofásicos juntos, o princípio de funcionamento é exatamente o mesmo, ele pode ser
abaixador ou elevador de tensão, possui seis bobinas ao todo, três no enrolamento primário
e mais três no enrolamento secundário.
Enquanto a carga secundária for equilibrada e simétrica, o funcionamento do
transformador pode ser estudado observando-se apenas uma fase, qualquer que seja o
esquema das conexões das fases primárias e secundárias. No entanto essa simplificação
de estudo não é possível quando o transformador trifásico deve alimentar uma carga
fortemente desequilibrada, nesse caso, o funcionamento do transformador dependerá do
tipo de agrupamento das fases primárias e secundárias, que podem ser:

 Agrupamento estrela-estrela com ou sem fio neutro;


 Agrupamento triângulo - estrela com ou sem fio neutro;
 Agrupamento estrela – triângulo;
 Agrupamento triângulo – triângulo;
 Agrupamento estrela-ziguezague.

O uso desse tipo de transformador é concentrado nas redes de distribuição, ele está
presente na usina geradora de energia, como elevador de tensão, na subestação como
abaixador de tensão e também nos postes de distribuição novamente como abaixador de
tensão.

Imagem 7

Podemos classificar também os transformadores quanto ao seu sistema de


resfriamento
Transformador a seco: em geral, é de pequeno porte, seu sistema de resfriamento é à
base de radiação direta, ou seja, exposto diretamente ao ar ambiente. Esse sistema de
resfriamento pode ser por ventilação natural ou por ventilação forçada. Na ventilação
natural, ele é simplesmente exposto ao ar ambiente e na ventilação forçada, existe um
equipamento mecânico, como um ventilador que é responsável pelo seu resfriamento.

Imagem 8

Transformador a óleo: Em geral, é de grande porte, seu sistema de resfriamento é à base


de óleo. Nesse caso, o transformador é colocado dentro de um tanque, e após, é preenchido
com óleo mineral isolante. Como o óleo toca o núcleo e as bobinas do transformador, ele
retira calor dos mesmos, mas acaba se aquecendo, por isso, é necessário um sistema de
resfriamento de óleo, esse sistema pode ser:
 Circulação pelo próprio tanque: neste caso, o óleo fica subindo e descendo dentro do
tanque devido à variação de sua densidade, como o tanque possui características de
dissipar calor, o movimento de óleo dentro do tanque é capaz de resfriá-lo.
Alguns transformadores possuem paredes metálicas externas ao tanque (aletas), por
onde o óleo circula, com o objetivo de aumentar a superfície de contato com o ar
atmosférico.

Imagem 9
 Circulação por canos externos ao tanque: neste caso a estrutura do tanque
possui canos externos por onde o óleo fica circulando, pelo fato desses canos
estarem em contato com o ar atmosférico, o resfriamento do óleo ocorre de forma
mais eficiente. Também, pode existir neste caso um resfriamento forçado, através
de ar frio que é impelido por ventiladores.

Imagem 10

 Resfriamento por serpentina: Neste caso, existe uma serpentina que circula
dentro do tanque, por essa serpentina passa água fria, a qual retira calor de dentro
do tanque. Existe outro caso, onde a serpentina fica fora do tanque, neste caso, o
óleo passa por dentro da serpentina e é resfriado fora do tanque.

Imagem 11 Imagem 12
Perdas no transformador

Como no mundo não existe nenhuma máquina ideal, com os transformadores não é
diferente, mesmo sendo uma grande solução para os problemas de perda durante a
transmissão de energia, ele acaba gerando problemas de perdas durante o processo de
transformação. Atualmente um transformador tem uma eficiência que gira em torno de 80%
a 98%, dependendo do tipo de perdas que ele sofre, tais perdas podem ser:

Perdas no ferro (núcleo ferromagnético onde estão as bobinas): são produzidas pelas
correntes parasitas e pela histerese magnética.
 Perdas por correntes parasitas (correntes de Foucault): em uma massa metálica
sujeita a variação de fluxo, gera-se uma forca eletromotriz, que produz dentro da
massa metálica correntes muito intensas chamadas correntes parasitas, essas
correntes produzem uma força magneto-motriz que se opõe ao fluxo. A fim de reduzir
esse tipo de perda é utilizado para construir o núcleo, pequenas lâminas de ferro
isoladas entre si.
 Perdas por histerese magnética: qualquer núcleo magnético sujeito a magnetizar-se
percorre um ciclo de histerese todas as vezes que o campo magnetizante varia,
sendo a potência perdida, proporcional à superfície do ciclo.

Perdas no cobre: ocorre nos enrolamentos primário e secundário do dispositivo. Como


esses são constituídos de fios de cobre, trata-se da dissipação de potência na forma de
calor, por efeito Joule, que ocorre quando circula corrente pelos enrolamentos. Um recurso
para diminuir a perda no cobre, é o aumento da bitola dos fios usados nos enrolamentos.
Uma outra forma é manter a corrente no transformador no valor mais baixo possível.
Como sabemos que existem perdas em um transformador, podemos calcular a
eficiência de um transformador baseado na potência de entrada e potência de saída,
utilizando à seguinte fórmula:

𝑷𝒔
𝑬𝒇 = ( ) × 𝟏𝟎𝟎
𝑷𝒆

Onde:
Ef: eficiência do transformador;
Ps: Potência de saída do transformador;
Pe: Potência de entrada do transformador;
Proteção de Transformadores

Proteção de Transformadores Na visão de Kindermann (2006), os transformadores não


apresentam um alto índice de falha, mas quando estas ocorrem, levam a um alto impacto
para as concessionárias de energia e para os clientes em caso de desligamento acidental
ou forçados, implicando em manobras, paralizações, riscos e manutenções corretivas.

Para este equipamento tão importante, utiliza-se um sistema de proteção específica,


também conhecida como proteções intrínsecas do transformador, e estas podem ser cada
vez mais complexas dependendo da potência e porte do transformador. As principais
funções de proteção dos transformadores podem ser do tipo:

 Proteção diferencial;
 Proteção de sobrecorrente;
 Proteção de gás;
 Proteção térmica;
 Válvula de alivio de pressão.

Estas funções de proteção dos relés são representadas por números, que são definidos
pela nomenclatura da ANSI (American National Standards Institute). Na tabela 1, estão
inseridos os números das principais funções de proteção utilizadas em transformadores.
Proteção contra sobrecorrente
A proteção de transformadores de força é composta pelas proteções intrínsecas, de
funções contra sobrecorrentes de fase e de neutro, temporizadas e instantâneas (51, 50,
51N e 50N) no lado da fonte, e de neutro (51N ou 51G) no lado da carga.

Segundo norma (ND.62) os relés de sobrecorrente são comumente empregados onde é


grande a variação de corrente elétrica que pode circular numa instalação, indo desde o
estado a vazio, passando pela carga nominal, atingindo a sobrecarga e, finalmente,
alcançando em circunstâncias extremas o seu valor máximo, nos processos de curto
circuito. Esta proteção é implantada basicamente com TC’s e relés de sobrecorrente, que
são dispositivos ajustados para monitorar a corrente atuando quando a mesma ultrapassar
um determinado nível previamente escolhido, a fim de resguardar a integridade de
equipamentos e pessoas. Os relés podem ser classificados quanto a curva característica
do tempo de atuação em:

a) Relés de tempo inverso;


 Do ponto de vista da seletividade, os relés de sobrecorrente de tempo inverso
possuem certas características que permitem um tempo acumulado menor quando
se caminha em direção à fonte de alimentação.
 Nos relés de tempo inverso, o tempo de atuação é inversamente proporcional à
corrente, ou seja, quanto maior a corrente, menor o tempo de atuação como
mostrado na figura 26:
b) Relés de tempo definido;
 São utilizados quando a corrente de curto circuito é praticamente constante ao
longo da linha e, portanto, pode ter seu tempo de atuação ajustado independente do
valor da corrente, como ilustrado na figura a baixo:
Proteção contra Incêndios
A partir da lei N° 6.514 de 1977 foram criadas as Normas Regulamentadoras (NRs), a qual
alterou o Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), relativas à
Segurança e Medicina do Trabalho. As Normas Regulamentadoras (NRs) exigem que o
local de trabalho seja seguro ao trabalhador. Os requisitos para proteção contra incêndio
são especificados na NR 23, na qual traz que as medidas de prevenção contra incêndio
devem estar em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.
As regulamentações estaduais de segurança contra incêndio são elaboradas pelos corpos
de bombeiros e seus conteúdos são diferentes nos diversos Estados da União e Distrito
Federal.
Nos últimos anos houve um aumento do número de incêndios envolvendo transformadores,
seja por projetos incorretos como por uma manutenção deficiente. Normalmente, o óleo
usado nos transformadores de subestações possui um alto ponto de fulgor e por esta razão
é classificado como não inflamável. Porém, quando usado em equipamentos elétricos seja
para remover o calor resultante das perdas ou como dielétricos entre os componentes
ativos condutores de corrente, este óleo adquire qualidades de produtos inflamáveis e
apresenta alto potencial para geração de vapor.

Três componentes devem existir ao mesmo tempo para causar um incêndio em um


transformador: combustível/inflamável, oxigênio e calor. Possíveis materiais combustíveis
usualmente presentes no transformador são óleo mineral, cabos e materiais celulósicos.
Vapores combustíveis são gerados pela decomposição do óleo devido a uma sobrecarga
térmica de origem interna ou externa. Para os transformadores localizados no pátio da
subestação é óbvio que o suprimento de oxigênio é abundante. Como possíveis fontes
externas de calor, isto é, fonte de ignição, temos a considerar cabos superaquecidos, raios,
e exposição ao fogo, possivelmente de um incêndio em transformador adjacente ou em
outro equipamento.

Como então podemos realizar a proteção contra incêndio em transformadores? Uma das
maneiras de se combater o incêndio nos transformadores é resfriando o equipamento com
água nebulizada, que pode ser através de sistema de spray ou por linhas manuais, através
de hidrantes. Para que o resfriamento possa ser realizado é necessário que a subestação
seja desenergizada ou, no mínimo, o equipamento que esteja pegando fogo antes do início
do combate manual, devido ao perigo de eletrocussão do brigadista. Segundo a IEEE-979,
a tabela 1 mostra o perigo de o brigadista ficar muito próximo do equipamento energizado
durante a extinção do incêndio.

Tabela 1 – Retorno da corrente através da mangueira


Caso não seja possível desenergizar o transformador, deverá ser utilizado o sistema de
spray nebulizador. Os principais objetivos de atuação do sistema de spray são: emulsionar
o óleo derramado no tampo superior e nas paredes laterais do transformador, evitando a
incandescência do mesmo; resfriar a superfície total do transformador; e combate ao fogo
gerado pelo óleo derramado.

No Brasil este sistema é normalizado pela NBR 8674 que trata da execução de sistemas
fixos automáticos contra incêndio com água nebulizada para transformadores e reatores de
potência. O sistema de spray controla o fogo e o impacto é minimizado, podendo realizar o
reparo do transformador após seu combate. Os transformadores que não possuem este
sistema de proteção não podem ser reparados, tendo perda total dos equipamentos. Por
outro lado, a natureza violenta de um incêndio pode tornar o sistema de spray inútil.
Segundo Bandeira, embora isto possa ocorrer, em alguns casos o sistema automático
consegue operar mesmo após a explosão, controlando do incêndio, limitando os danos e
minimizando o tempo de parada da subestação.

As normas NBR 13231 e 13859, que tratam especificamente de proteção contra incêndio
em subestações elétricas, não deixam claro quando se deve instalar sistema fixo de
nebulização. Segundo o Data Sheet 5-4 – Transformers, da FM Global, somente é
obrigatório a instalação deste sistema quando não for possível atender as distâncias
mínimas entre transformadores e reatores a edificações.
Como pode ser observado, não há exigência sobre a instalação de sistema automático de
nebulização, exceto para o estado de São Paulo. Deve-se levar em conta também os
requisitos da Seguradora para definir o custo x benefício de investir no sistema de proteção
contra incêndio.

A prevenção contra incêndio deve ser encarada como um processo ininterrupto e, por isso,
necessita ser mantida em permanente modernização, tanto de equipamentos como
métodos por todos que fazem parte do processo preventivo. Este artigo não tem a
pretensão de esgotar o tema, mas busca fomentar a discussão nas diversas partes
interessadas no assunto.
Conclusão
Visando os aspectos aqui observados podemos concluir que os transformadores são
maquinas que resultam do incrível fenômeno que revolucionou o mundo, a indução
eletromagnética. Com uma construção relativamente bem simples, são constituídos apenas
de fio condutores e ferromagnético. Entretanto, são de suma importância para a população,
pois para que possamos ter o conforto da energia elétrica em casa, até porque sem eles
seria impossível o transporte de energia elétrica por longas distancias. Também são
utilizados para o funcionamento de eletrônicos, estando presente entre os mais simples até
os mais sofisticados aparelhos existentes. E assim como toda maquina, eles possuem
perdas, e tais perdas são irreversíveis na atualidade. Este trabalho dá ênfase na
importância da aplicação de um sistema de proteção de transformadores em subestações
distribuidoras de energia, casas e etc. O sistema de proteção, quando de acordo com as
normas a ele aplicadas e ainda, às necessidades do equipamento, bem como de todo o
sistema elétrico, consegue resguardar o transformador de qualquer anormalidade, evitando
uma eventual avaria ou até mesmo a perda total do equipamento em caso de explosão.
Bibliografia

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ELETRICA, materiais e equipamentos em sistemas de baixa tensão. SENAI – ES,


1997. 200p.

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http://eletronicos.etc.br/o-que-e-um-transformador-abaixador/ - Acessado em 19/04/2011,
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Acessado em 22/04/2011, às 23:45 hs.

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http://www.ufrgs.br/eng04030/aulas/teoria/cap_13/tiaptran.htm. Acessado em 22/04/2011,
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INOVAÇÃO tecnológica, tudo o que acontece na fronteira do conhecimento. “Novos


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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=020115010907.
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ELETRONICA, seu portal para o universo da eletrônica. “Transformadores


Piezoelétricos”. Disponível em: http://www.sabereletronica.com.br/secoes/leitura/694.
Acessado em 25/04/2011, às 22:01 hs.

INOVAÇÃO tecnológica, tudo o que acontece na fronteira do conhecimento. “Novo


ferrite para transformadores”. Disponível em:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010160030410.
Acessado em 25/04/2011, às 22:16 hs.

NBR 8674:2005 – Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio,


com água nebulizada para transformadores e reatores de potência.

– Bandeira, Daniel Amarante Torres – Um estudo explanatório de causas e


consequências de incêndios em transformadores em subestações. 2007.

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