Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
PUC-SP
SÃO PAULO
2012
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC-SP
SÃO PAULO
2012
Banca Examinadora
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
A Joseph Campbell.
RESUMO
ABSTRACT
As immemorial reserves of the human condition, the myths are present in all
societies. They organize cosmovisions, propose solutions to dilemmas,
enigmas and contradictions that the real world cannot solve. As machines of
time suppression, as defined by Claude Lévi-Strauss, the mythic narratives do
not submit themselves to the linearity of history. Joseph Campbell (1904-1987),
centerpiece of this thesis, a north-american born in New York, occupies a place
of great remark in the pantheon of mythological interpretations. The greatness
of his work is more than recognized, although the comprehension of his ideas
still remains shy in Human Sciences. It is a body of work that is open to the
various cultural devices which, beyond science, include literature and cinema,
the latter being responsible for the popularization of Campbell‟s ideas with the
Star Wars series. The thesis invests in the life and work dialogism from a
bibliographic incursion; it traces the most representative itineraries of
Campbell‟s life (Stephen and Robin Larsen) which led him to discuss the
functions and potentialities of myth in contemporary society; it sketches the
scenery of science in the interior from which emerges the north-american
mythologist; it exposes a synthetic archaeology of the figures which constitute
The Hero of a Thousand Faces; it exposes the author‟s arguments concerning
his treatment of the recurring themes in mythical narratives (cultural diversity)
towards the universality of culture (archetypical unity of the myths); it presents
the chronological mapping of the author‟s work in the original editions in English
and its translations in Brazil; it exposes and problematizes stemming from the
research on the Thesis‟ Database of Capes the resonance of Campbell‟s ideas
in the Brazilian scientific production (1990-2010); and it presents, in full,
interviews with two experts and translators of the author‟s works to Portuguese.
The central argument of this thesis is the indissoluble relationship between the
author‟s lived experience and interest for the study of myths, that is, the
contingencies of life which illuminate the choice of a study theme, above all
those which are rooted in infancy and adolescence. Because he is a
transdisciplinary thinker who moved in the dominions of art, literature, science
and religion, the polyphony contained in his compared study of world
mythologies demanded, from this research, a dialogue with authors from
different and complementary areas like Carl Gustav Jung, Jean-Pierre Vernant,
Edgar Morin among others. The basic interpretative soil centered on nineteen
fundamental works translated in Brazil. The thesis has as a horizon to establish
connections between science and arts, towards the constitution of a
fundamental anthropology of universalist, complex and transdisciplinary base.
RESUMÉ
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11
TRAJETÓRIAS .................................................................................................................................. 22
INTRODUÇÃO
Nos anos 1950, quando Joseph Campbell começou a escrever sua série
As máscaras de Deus, ele anunciou no prólogo de Mitologia Primitiva um alerta
que ainda ressoa mais de meio século depois:
1
CAMPBELL, 2000, p. 22.
2
CAMPBELL apud LARSEN, 2002, p. xii, tradução minha.
12
3
LARSEN, 2002, p. xv-xvi, tradução minha.
4
LARSEN, 2002.
13
5
LARSEN, 2002.
6
CAMPBELL apud LARSEN, 2002, p. xii, tradução minha.
14
heróis interiores, e não apenas a estudar mitos, mas ousar viver miticamente”7.
Isso acontecia frequentemente em suas conferências, aulas, cursos e
palestras, quando ele citava seus textos de sabedoria favoritos, dentre eles os
Vedas, os Sutras e o Evangelho Gnóstico de São Tomás no qual Jesus fala
como um mestre zen: “Se você trouxer à tona o que está dentro de você, o que
está dentro de você irá salvá-lo. Se você não trouxer à tona o que está dentro
de você, o que está dentro de você irá destruí-lo”8.
7
LARSEN, 2002, p. xvi, tradução minha.
8
CAMPBELL apud LARSEN, 2002, p. xii, tradução minha.
9
LARSEN, 2002, p. x, tradução minha.
15
10
HOUSTON apud LARSEN, 2002, p. xiii, tradução minha.
16
Foi nesse sentido que a leitura de Edgar Morin, Carl Gustav Jung, Jean-
Pierre Vernant, Karen Armstrong, Maria da Conceição de Almeida e outros
interlocutores me permitiram construir ecos para um pensamento universal
desse mitólogo de expressão do século 20. É importante dizer já nesta
introdução que Joseph Campbell figura no livro Os 100 maiores visionários do
século XX, ao lado de Carl Gustav Jung, de quem recebeu uma profunda
17
Autor lido e relido por várias áreas das ciências humanas e sociais
(psicólogos, psicanalistas, teólogos, mitólogos, cineastas, comunicólogos,
antropólogos, sociólogos, educadores, etc.), o espectro de dispersão de sua
11
CAMPBELL, 2003, p. 61.
18
obra traz como consequência um enigma difícil de decifrar. Logo, não pretendo
fazer desta tese um lugar de verdade e de leitura completa sobre o autor. Devo
dizer, entretanto, que o exercício intelectual exigiu um minucioso acesso a
fontes bibliográficas, documentais, filmografia, imagens e entrevistas sobre as
ressonâncias da obra de Campbell no Brasil nas duas últimas décadas, de
1990 e 2010.
Sorocaba, SP; Revista Letras de Hoje, Porto Alegre, RS; Revista Brasileira de
História das Religiões da Universidade Estadual de Maringá, Paraná; Revista
História, Imagem e Narrativas (Edição Especial, n. 10, abr. 2010); Anais do II
Simpósio RPG e Educação (CD-ROM).
cronológica das obras do autor em inglês, seguida das traduções brasileiras até
o momento.
22
TRAJETÓRIAS
23
Barbara Tuchman
Em Meus demônios, Edgar Morin afirma: “não sou daqueles que têm
uma carreira, mas dos que têm uma vida. Minha vida intelectual é inseparável
de minha vida. Não escrevo de uma torre que me separa da vida, mas de um
redemoinho que me joga em minha vida e na vida” 13. Em toda a obra de Edgar
Morin, a dialógica experiência vivida e produção do pensamento é fartamente
demonstrada e, mais do que isso, lança as bases de uma compreensão do
pensador e do intelectual:
13
MORIN, 2000, p. 9.
24
14
MORIN, 2000, p. 205.
15
LARSEN, 2002, p. xvi, tradução minha.
16
LARSEN, 2002, p. xvi, tradução minha.
17
LARSEN, 2002, p. xvii, tradução minha.
25
quase certo que grande parte do precioso material pessoal de Campbell teria
desaparecido.
18
CARVALHO, 2003, p. 9.
27
E por falar em mitos... (2004) reúne oito capítulos que tratam dos temas:
deuses, deusas, símbolos, iniciações, sacrifícios, animais, abismo pessoal,
conflito e liberdade. Para Fraser Boa, Campbell “juntou o histórico e o teórico à
sua experiência pessoal”19 e traduziu os temas tratados nesse livro em uma
linguagem familiar que contempla a todos nós.
19
BOA, 2004, p. 10.
20
LARSEN, 2002, p. 8.
28
Joseph Campbell com treze semanas de vida, na companhia de seus pais, 1904
Josephine tinha uma irmã mais velha, Clara, que se mudou para o
Canadá e perdeu o contato com sua irmã após um desentendimento em
família; o irmão, Jack Lynch, sofria de diabetes. Em várias passagens de suas
entrevistas, Campbell relembra a afeição especial pelo tio, apesar de ele ter
morrido bastante jovem vitimado pela doença, que na época não tinha
tratamento.
21
LARSEN, 2002.
30
maravilhoso com o universo dos contos de fadas. Não é por acaso que
Campbell vai se interessar pelas publicações sobre o personagem do rei
Arthur, de origem celta. Ao que parece, a consciência desse universo já estava
cunhado em seu DNA 22. Como veremos, ele apenas daria continuidade à
herança simbólica e mítica trazida pelos seus ancestrais que desembarcaram
na América do Norte.
22
Campbell afirma em entrevista a Fraser Boa “que via a mitologia como uma função da
biologia, ou seja, expressões de imagens oníricas das energias que formam o corpo; já que
somos frações da natureza, as energias que formam a natureza também formam nosso corpo;
e as energias que formam nosso corpo são as mesmas que formam a vida” (BOA, 2004, p. 16).
23
O Museu Buffalo Bill no Colorado (Estados Unidos), onde ele está sepultado, disponibiliza
um banco de imagens na internet para pesquisa online com mais de 1300 imagens de sua
coleção de fotografia. Os arquivos das fotografias podem ser utilizados sem nenhum custo ou
permissão especial para uso pessoal ou acadêmico, segundo informações contidas no site.
Disponível em: <http://www.buffalobill.org>. Acesso: 22 ago. 2011.
31
Fonte: Buffalo Bill Museum and Grave, Lookout Mountain, Golden, CO (reprodução)
Fonte: Buffalo Bill Museum and Grave, Lookout Mountain, Golden, CO (reprodução)
32
Buffalo Bill (em pé) entre um chefe indígena e um senhor segurando uma bengala
Fonte: Buffalo Bill Museum and Grave, Lookout Mountain, Golden, CO (reprodução)
24
LARSEN, 2002.
25
LARSEN, 2002, p. 3, tradução minha.
33
olhos”26. Esse registro foi escrito por Campbell alguns anos mais tarde em um
diário pessoal27.
Fonte: Buffalo Bill Museum and Grave, Lookout Mountain, Golden, CO (reprodução)
26
CAMPBELL apud LARSEN, 2002, p. 3, tradução minha.
27
LARSEN, 2002.
28
LARSEN, 2002, p. 3, tradução minha.
29
LARSEN, 2002, p. 3-4, tradução minha.
34
30
CAMPBELL, 1998, p. 6.
31
CAMPBELL, 1990, p. 35.
35
leu todos os livros escritos para crianças até aquele momento e, aos onze anos
de idade, conseguiu permissão para frequentar a ala do público adulto na
biblioteca pública de New Rochelle.
Desde muito cedo, acho que por volta dos quatro ou cinco anos de
idade, fiquei fascinado com os índios norte-americanos e esse se
tornou o meu verdadeiro estudo. Frequentei a escola e não tive
problemas com os estudos, mas o meu entusiasmo estava
centrado no dissidente reino da mitologia dos índios norte-
americanos. Naquele tempo, vivíamos em uma casa em New
Rochelle (estado de Nova York) ao lado da biblioteca pública. Aos
onze anos de idade eu já tinha lido todos os livros sobre índios
que havia na biblioteca infantil e consegui ser admitido na
biblioteca de adultos. Lembro-me de voltar para casa carregando
pilhas de livros. Acho que foi aí que minha vida como estudioso se
iniciou. Sei que foi. Todos os livros estavam ali: todos os relatórios
do Departamento de Etnologia, os livros de Frank H. Cushing e
Franz Boas, e muitos outros. Quando eu tinha treze anos já
conhecia tanto sobre os índios norte-americanos quanto um
grande número de antropólogos que tenho encontrado desde
então. Eles conhecem todas as interpretações sociológicas sobre
os índios, como são ou como eram, mas não sabem muito sobre
os próprios índios. Eu já sabia.32
32
CAMPBELL, 2003, p. 35-36.
36
Talvez Campbell seja ele próprio o herói de mil faces do mosaico dos
mitos, de uma imagética da cultura, quer dizer, das culturas vivas, sempre
usadas no plural. Quanto à questão de ser Joseph Campbell um evolucionista
das religiões, uma digressão se faz necessária logo aqui. O vocábulo
evolucionismo foi, sobretudo na década de 1970, usado para difamar o
percurso teórico de alguns intelectuais. Mal compreendido e deslocado de seu
tempo e, além de tudo, lido por fragmentos, Charles Darwin (1809-1882) ficou
praticamente reduzido a um cientista do determinismo biológico e das
generalizações sem fundamentos nas empiricidades. Certamente, o livro A
expressão das emoções no homem e nos animais 33, publicado em 1872, não
foi visitado e lido com a atenção devida, o que reordenaria a própria
compreensão da teoria evolucionista das espécies por meio da seleção natural,
uma bifurcação importante nas ciências, não apenas na ciência biológica, como
em outros domínios das ciências da mente, das ciências cognitivas, das
ciências da aprendizagem, etc.
33
DARWIN, 2009.
39
34
BROWN, 2003, p. 14.
35
WATTS apud CAMPBELL, 2004, p. 416.
36
KENNEDY, 2003, p. 14.
40
37
KENNEDY, 2003, p. 14.
38
KENNEDY, 2003, p. 15.
39
KENNEDY, 2003, p. 15-16.
41
todo o mundo. Fora desse terreno comum, o que acontece é denominado por
Jung de arquétipos, que são as ideias comuns dos mitos para Campbell (2003).
40
KENNEDY, 2003, p. 16.
42
41
CAMPBELL, 2003, p. 99.
42
CAMPBELL, 2003, p. 99-100.
43
43
KENNEDY, 2003, p. 18.
44
São textos filosóficos considerados a fonte primitiva da religião hindu, cuja elaboração é
atribuída a diversos autores.
44
45
KENNEDY, 2003, p. 20.
45
46
ATLAN, 2000, p. 13.
46
47
ATLAN, 2000, p. 13-14.
48
CAMPBELL, 1998.
49
CAMPBELL, 1998, p. 11.
47
50
CAMPBELL, 1998, p. 11.
51
CAMPBELL, 2003, p. 156-157.
48
52
CAMPBELL, 2003, p. 161.
49
As partes são mais que o todo porque este impõe restrições às singularidades
daquelas, que passam, para se integrar ao todo, a recalcar virtualidades e
valores.
53
COUSINEAU, 2003, p. 34.
54
Op. Cit.
50
55
Campbell (ou o tradutor) se equivocou sobre a idade de Bourdelle, uma vez que o escultor
francês contava 68 anos quando faleceu.
56
CAMPBELL, 2003, p. 65.
57
CAMPBELL, 2003, p. 61-62.
51
Fonte: reprodução
58
CAMPBELL, 2003, p. 63-65, e passim.
52
Fonte: reprodução
59
STEIN, 2011, p. 15.
54
60
AUGUSTO, 2011, p. 18-19.
55
61
CAMPBELL, 2003, p. 254.
62
CAMPBELL, 2003, p. 88-89.
59
A bailarina e coreógrafa
Jean Erdman (esposa de Campbell)
64
Título original Where two came to their father: a navajo war cerimonial; CAMPBELL, 2003.
62
65
CAMPBELL, 2003, p. 150-151.
64
66
CAMPBELL, 2000, p. 53.
65
Iniciação
Retorno
Infográfico do monomito
Conferências Eranos
sugerido pelo teólogo alemão Rudolf Otto (1869-1937). O encontro não tinha
um anfitrião a prover os convidados; a tônica era todos contribuírem com o seu
alimento – as ideias.
Sala Eranos
67
CORBIN; ELIADE, 1968, tradução minha.
71
68
KENNEDY, 2003.
69
O Instituto Esalen é uma organização sem fins lucrativos de natureza educacional
multidisciplinar. Seu foco é ministrar cursos, seminários e promover práticas vivenciais que
estão ausentes da formação institucional universitária, tais como meditação, massagem, yoga,
espiritualidade, ecologia, psicologia, artes, música, entre outras.
74
Paternidades teóricas
70
CAMPBELL, 2003, p. 146-148, e passim.
76
71
CAMPBELL, 1990, tradução minha.
72
CAMPBELL, 1990; 2003.
78
Campbell afirma ainda que Jung “era um homem esplêndido. Nós não
falávamos sobre assuntos nos quais ele era uma autoridade. Ele era um
grande homem e sua esposa me diz que os olhos dele eram muito atraentes” 74.
Quando Michael Toms interroga Campbell sobre se a psicologia junguiana
comportava mais abertura de interpretações do que outras formas mais
tradicionais, ele responde:
73
CAMPBELL, 2003, p. 79-80.
74
CAMPBELL, 1990, tradução minha.
75
CAMPBELL, 1990, tradução minha.
79
Foi com base nos estudos de Freud e Jung que Campbell (2003) chegou
a afirmar que os mitos são uma forma de o ser humano exteriorizar o seu
inconsciente, tentando, por meio dele, buscar respostas para questões
universais que o perseguem desde o seu surgimento. Questões fundamentais
como: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou quando morrer? O que é o
bem e o que é o mal? Como será o futuro? O que aconteceu no passado?
Deus existe? O que é a morte? O conhecimento científico mantém essas
indagações como metaquestões inexplicáveis, mas para elas, há muito tempo,
os mitos já haviam formulado suas explicações.
De onde vêm os temas? Eles não vêm do mundo factual; vêm da psique,
assim como os contos de fada; por isso, os chamou de ideias elementares.
Bastian observou também que, em diferentes áreas da humanidade, os temas
aparecem com inflexões diferentes, de acordo com o lugar e a época. A esses
temas ele deu o nome de ideias étnicas ou populares.
76
CAMPBELL, 1990; 2010.
80
78
CAMPBELL, 2000, p. 40.
79
CAMPBELL, 2004, p. 99.
80
CAMPBELL, 2003, p. 30.
81
CAMPBELL, 2004, p. 99.
82
82
CAMPBELL, 2003, p. 29.
83
YALOM, 2006.
83
84
CAMPBELL, 2003, 153-154, grifos meus.
84
85
CAMPBELL, 1989, p. 5-6.
86
CAMPBELL, 1998, p. 152.
87
87
CAMPBELL, 1968. The Goodard Journal. vol. 1, n. 4, 9 de junho de 1968. Disponível em:
<http://monomito.wordpress.com>. Acesso em: 03 out. 2007.
88
CAMPBELL, 2003, p. 164.
90
MITOLOGIAS
92
Thomas Mann
89
FARIAS, 2006, p. 25.
90
CAMPBELL, 2000, p. 372.
93
Mito e logos
91
CAMPBELL, 2003, p. 166.
94
Nessa mesma direção, Edgar Morin (1996) afirma que a relação entre
mito e logos pode ser colocada como as duas faces do mesmo pensamento
92
ARMSTRONG, 2005, p. 31-32.
95
93
MORIN, 1999, p. 164.
94
MORIN, 1999, p. 186.
95
ALMEIDA, 2010, p. 147-148.
96
Almeida (2010) afirma ainda que, “como a arte e a música, o mito pode
ser concebido como uma reserva poético-estética da condição humana” 96 e
lista cinco argumentos importantes que ajudam a construir essa concepção:
96
ALMEIDA, 2010, p. 148.
97
ALMEIDA, 2010, p. 148-149.
97
Para Vernant (2002), a razão não pode ser uma espécie de divindade,
como também não pode mais aparecer como um valor absoluto que os homens
teriam ignorado durante muito tempo e que, um belo dia, no século sexto antes
da nossa era cristã, se teria encarnado de uma forma providencial em um povo
eleito, o povo grego, exatamente como, seis séculos depois, o Espírito Santo
teria encarnado milagrosamente em outro povo, os hebreus. Ou seja, os
escolhidos foram os gregos, depois os hebreus.
98
VERNANT, 2002.
99
VERNANT, 2002, p. 192.
98
Logo, a razão não pode ser imutável, nem absoluta. Ela vive de crise,
pois o progresso do pensamento racional é o desenvolvimento por crises,
grandes crises e revoluções. Vernant (2002) argumenta que o surgimento da
razão na Grécia se deve também ao estilo e ao funcionamento de sociedade. O
exercício da política com um debate público argumentado, livremente
contraditório, tinha se tornado também o do jogo intelectual, pois “só existe
racionalismo se aceitamos que todas as questões, todos os problemas, sejam
entregues a uma discussão aberta, pública, contraditória”102.
100
VERNANT, 2002, p. 192.
101
VERNANT, 2002, p. 193.
102
VERNANT, 2002, p. 194.
99
103
VERNANT, 2002, p. 195.
104
VERNANT, 2002, p. 195-196.
105
VERNANT, 2002, p. 205.
106
VERNANT, 2002, p. 205.
100
107
VERNANT, 2002, p. 206.
108
VERNANT, 2002, p. 206.
109
VERNANT, 2002, p. 206.
110
VERNANT, 2002.
111
QUINN, 1998.
112
MORIN, 1996, p. 145.
101
Alimentos da alma
113
CALVINO, 1977, p. 77.
114
ARMSTRONG, 2005, p. 115.
102
O despertar pelos mitos se alarga ainda mais por meio dos quadros de
seres mitológicos pintados por artistas, sobretudo europeus, em diversos
períodos da história da arte no Ocidente e dispostos nos catálogos da
biblioteca pública da minha cidade. Foi esse o nicho que alimentou minhas
primeiras compreensões sobre o mundo, a vida e os valores humanos.
115
FARIAS, 2006, p. 37, e passim.
103
Foi nesse mesmo período que entrei em contato com a obra de Joseph
Campbell e iniciei a leitura de alguns dos seus livros de forma mais sistemática
e pontual. Tal leitura me possibilitou compreender que a sua história pessoal
estava completamente imbricada na sua obra, pois desde cedo Campbell teve
despertado o seu interesse pela mitologia. Isso me ajudou a entender o meu
fascínio pelos antigos contos tradicionais, pelas fábulas, pelas lendas e pelas
narrativas míticas, uma vez que tais narrativas pulsam fortemente dentro de
mim.
116
PAES LOUREIRO, 2001, p. 110.
117
FARIAS, 2006.
118
SILVA, 2003.
104
O canto do Universo
119
CAMPBELL, 1998, p. 11-12.
120
CAMPBELL apud MOYERS, 1998, p. xi.
121
CAMPBELL apud MOYERS, 1998, p. x.
105
122
CAMPBELL, 1998, p. 13-15.
123
CAMPBELL, 1998, p. 23.
124
CAMPBELL, 1998, p. 26.
125
CAMPBELL, 1998, p. 58.
106
126
O conjunto das Mitológicas de Claude Lévi-Strauss é composto por: O cru e o cozido.
Mitológicas 1. Tradução Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac & Naify, 2004; Do mel às
cinzas. Mitológicas 2. Tradução Carlos Eugenio Marcondes de Moura; Beatriz Perrone-Moisés.
São Paulo: Cosac & Naify, 2004; A origem dos modos à mesa. Mitológicas 3. Tradução Beatriz
Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac Naify, 2006; e O homem nu. Mitológicas 4. Tradução
Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
107
RESSONÂNCIAS
108
Campbell no cinema
Pedro Almodóvar
127
LUCAS, 1985 apud CAMPBELL, 2003, p. 218-219.
110
Cartazes dos filmes da primeira trilogia Star Wars nos Estados Unidos e no Brasil
128
O primeiro filme foi intitulado simplesmente Star Wars, mas ganhou mais tarde o subtítulo A
New Hope (Uma nova esperança) para diferenciá-lo dos demais.
129
Star Wars (no Brasil, traduzido como Guerra nas Estrelas) aborda a transição histórica
numa galáxia muito distante onde ocorre a queda da República Galáctica e a implantação do
Império Galáctico sob o comando do senador Palpatine (Lorde Sith). Os acontecimentos
relatados em Star Wars ocorrem numa galáxia fictícia; cada filme é acompanhado de um
pequeno texto de abertura que contextualiza a história no Universo Star Wars. A narrativa
começa com a expressão: “Há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante...”, numa clara
alusão ao “Era uma vez...” dos contos de fadas. Cf. <www.starwars.com> Acesso em: 15 abr.
2012.
111
Cartazes dos filmes da segunda trilogia Star Wars nos Estados Unidos e no Brasil
No entanto, esse não foi o único motivo responsável pela existência dos
milhares de fãs de Star Wars espalhados pelo planeta. A composição das
histórias e dos personagens, repletos de simbologia e ligações com aspectos
psicológicos, também contribuiu para o sucesso de Star Wars. Temos o herói,
densamente discutido por Campbell em O herói de mil faces. O herói segue
sua jornada, cujo início se situa na etapa denominada chamado à aventura e
termina na ressurreição.
134
CAMPBELL, 2000, p. 11.
135
ESTÉS, 2005, p. 17-18, e passim.
136
SARMATZ; IRIA, 2002.
115
137
YOUNG apud SARMATZ; IRIA, 2002. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/cultura/guerra-estrelas-maior-todas-sagas-443105.shtml>. Acesso
em: 2 jan. 2012.
138
LUCAS apud SARMATZ; IRIA, 2002.
139
VERBEECK apud SARMATZ; IRIA, 2002.
140
CAMPBELL, 2004.
116
141
CAMPBELL, 2004, 13-15, e passim, grifo meu.
142
SARMATZ; IRIA, 2002.
117
143
SARMATZ; IRIA, 2002.
118
A força é descrita por oposições: bem versus mal, luz versus trevas. Eis
uma das maiores marcas que a filosofia oriental deixou na cabeça de George
Lucas que, como tantos californianos, consegue mesclar valores capitalistas
com sapiência oriental. De acordo com o taoísmo, filosofia surgida na China
por volta do século III a.C., o tao (Caminho) é a única fonte de força do
universo. O equilíbrio do indivíduo é estabelecido quando a força (Ch‟I), uma
energia que sustenta a vida, flui no corpo e se estende de forma triunfante e
benéfica.
144
CAMPBELL, 1998, p. 153-155, e passim.
119
Com Star Wars, a obra O herói de mil faces ganha o cenário apropriado
para uma fabulação da ciência tão bem arquitetada por Joseph Campbell. Na
145
Cf. Edgar Morin em As estrelas: mito e sedução no cinema (1989); O cinema e o homem
imaginário (1997).
120
alerta para que não fale com estranhos, não ande pela floresta e volte cedo
para casa devido ao Lobo Mau.
Pícaro – a função primária deste arquétipo é fazer rir. Ele nos ajuda a
perceber o vínculo comum que temos com os outros, zomba de nossas
bobagens e faz com que percebamos nossa hipocrisia através de situações
cômicas. Com seu modo (muitas vezes ingênuo) de ver as coisas, ele nos
alerta sobre situações que vão do ridículo ao absurdo. O arquétipo pícaro
também é responsável pela quebra de tensão da história, aliviando um pouco
sua seriedade. Histórias, peças de teatro e mesmo filmes de ação podem ser
123
Campbell no Brasil
146
ALMEIDA, 2003.
125
Mesmo que os objetivos desta tese não contemplem uma história das
ideias, pode-se aventar a hipótese de que as próprias circunstâncias históricas
da circulação da ciência até a metade do século 20 tenha se dado de maneira
mais tímida. No artigo Bem-vinda constelação da desordem: a presença do
pensamento francês no Brasil, temos algumas chaves do cenário da formação
intelectual brasileira. Ali, Almeida (2003) identifica a partir de Gilles Lapouge as
origens da formulação das universidades brasileiras, com destaque para as
missões italiana e francesa. É a Europa, portanto, a matriz inicial da nossa
126
147
ALMEIDA, 2003.
148
ALMEIDA, 2003, p. 29.
149
CAMPBELL, 1968.
127
150
CAMPBELL, 1968.
151
Cf. http://fundacaojosephcampbell.blogspot.com.br/. Acesso em: 30 set. 2010.
128
Olhando outra vez para os doze anos que passei trabalhando com
prazer neste rico e gratificante projeto, concluo que, para mim, seu
maior resultado foi a confirmação de uma ideia com a qual me
ocupei longa e delicadamente: a da unidade da raça humana, não
apenas em termos biológicos, mas também na sua história
espiritual, que em toda parte, se manifestou à maneira de uma
única sinfonia, teve seus temas apresentados, desenvolvidos,
ampliados e revolvidos, distorcidos e reafirmados, para hoje
ressoar em uníssono num estrondoso fortíssimo, avançando
irresistivelmente para uma espécie de portentoso clímax, do qual
emergirá o próximo grande movimento. E não consigo ver
nenhuma razão para que se suponha que no futuro os mesmos
motivos já ouvidos não continuem a ressoar – em novas relações,
é claro, mas, mesmo assim, os mesmos motivos. Eles estão todos
aqui, nos [quatro] volumes dessa obra.154
152
Anotações pessoais da palestra Mitos, ritos e símbolos em busca de significado –
alicerçando a paz proferida por Robert Walter no MASP. São Paulo, 13 abr. 2010.
153
Idem.
154
CAMPBELL, 2010, p. 13.
130
155
Notas de aulas do workshop Descobrindo os mitos pelos quais vivemos, ministrado por
Robert Walter na Associação Palas Athena. São Paulo, abr. 2010.
156
Notas de aulas do seminário A jornada da transformação, ministrado por Robert Walter na
Associação Palas Athena. São Paulo, abr. 2010.
157
CAMPBELL, 2003, p. 81.
131
158
CAMPBELL, 2003, p. 81.
159
Notas de aula do seminário A jornada da transformação, ministrado por Robert Walter na
Associação Palas Athena. São Paulo, abr. 2010.
160
BROWN, 2003, p. 13.
132
161
CAMPBELL, 2001.
133
Sincronicidades e afetos
162
CAMPBELL, 1998, p. 32, grifos meus.
134
Carlos: O primeiro livro de Joseph Campbell que eu li foi O poder do mito, uma
bela entrevista de Campbell, concedida a Bill Moyers, traduzida e publicada
pela Palas Athena em 1990. Foi a partir desse livro que eu passei a ter contato
com a obra de Campbell. Então, penso que podemos iniciar a nossa conversa
a partir desse livro. Fale um pouco sobre o trabalho da Palas com a tradução
dos livros do Campbell, com a difusão de suas ideias no Brasil.
cadeiras que são inscritas como disciplinas tanto na área de linguística quanto
na área da própria filosofia.
O poder do mito é uma obra muito mais tardia, mas que adquire essa
repercussão, primeiro porque se trata de um diálogo, ou seja, não é apenas a
manifestação de uma reflexão elaborada em um processo em que o
conhecimento vai amadurando, amadurando, amadurando e você pode ir
164
Este livro reúne um conjunto de histórias da literatura oriental e ocidental e tem como fio
condutor a preocupação comum com o eterno conflito entre o homem e as forças do mal.
Heinrich Zimmer comenta as narrativas e desvenda o significado inerente a cada símbolo,
aparentemente desvinculado dos demais, e propõe uma unidade filosófica do grupo de mitos.
O conjunto de contos assume as mil faces da alma humana para abordar o mal como uma
questão fundamental entre os humanos (Nota do Entrevistador).
136
No caso do livro O poder do mito, você tem uma obra que, por meio
desse diálogo mantido com Bill Moyers, apresenta uma extraordinária
capacidade não apenas de acompanhar o pensamento de Campbell, mas,
também, de quase que convidá-lo, quase que desafiá-lo e incitá-lo a entrar em
um cenário de reflexões, às vezes como crítica ao monoteísmo, por exemplo, e
a extraordinária capacidade que também teve Betty Sue Flowers e a própria
Jacqueline Kennedy Onassis que pertencia à estirpe editorial da Editora
Doubleday que publicou essa obra, nos Estados Unidos, em 1988.
Capas do livro O poder do mito (edição norte-americana, 1988; edição brasileira, 1990)
passar pela revisão deles, ainda que a gente também se debruce sobre essa
obra. Eu trabalhei nos três primeiros volumes pessoalmente, no quarto volume
não tanto quanto gostaria, mas também trabalhei nele, tentando tornar um
pouco mais palatável o acesso às ideias, porque há nessa obra na edição
campbelliana, na edição original, parágrafos que se prolongam por três páginas
e, temos que ser honestos, não estamos acostumados a seguir um raciocínio
durante três páginas.
Lia: Da Daniela Moreau e de uma pessoa que hoje está morando na Itália
chamada Elie Karman. Brilhante colaborador, um grande estudioso. Ele é do
139
Lia: Sim.
Lia: Não. Acho que um pouquinho depois, já não me lembro, a Lucia deve
lembrar. Eu não lembro, mas realmente exigiu muito de nós, volto a dizer... Em
ter que compreender o que ele estava falando, mas também em tornar
acessível esse pensamento de uma densidade na qual um leigo jamais teria
competência de adentrar, pois nesse aspecto nos sentimos muito felizes e
muito gratificados, pela utilização da obra de Campbell por psicólogos,
antropólogos e outros estudiosos, em suas teses, como no seu caso, mas
também em suas terapias, palestras, observações, colóquios, abordagens de
pesquisa. É gratificante para nós, porque se tornou compreensível.
Carlos: Campbell fala sempre sobre a unidade espiritual dos seres humanos.
Ele sustenta a tese de que os mitos formam a unidade espiritual da espécie
humana, pois estão presentes em todas as culturas; que somos universais não
apenas pelo biológico, mas também pelo espiritual, porque todos os homens
fazem parte do coral dos mitos. Gostaria que você falasse um pouco sobre
essa ideia tão presente na obra.
Lia: Campbell foi muito feliz quando conseguiu escrever de maneira didática
essa composição de que há quatro funções da mitologia. Acredito que isso é
de uma felicidade extraordinária, porque praticamente você não vai encontrar
nenhuma cultura na qual essas quatro funções inexistem. Você pode falar da
mitologia, mas também pode estender para a religião, da qual se viveu na
história até agora, isso é extraordinário. Quando ele diz que o primeiro aspecto
que procura o mito, a metáfora, a alegoria, a anedota dentro do campo
espiritual é despertar o sentimento de espanto perante o mundo, a fim de
contar onde nós estamos nisso, não é algo banal, isso não é algo incerto, para
se dizer insignificante, tudo é uma complexidade. Naquela época não se falava
na complexidade, uma complexidade não é incerta, uma capacidade
140
Carlos: E essas quatro funções são recorrentes durante toda a obra dele.
Lia: Não. As outras obras do Campbell que mais me lembro são três: O herói
de mil faces, As transformações do mito através do tempo, ambas publicadas
pela editora Pensamento/Cultrix, muito antes de publicarmos O poder do mito;
e Mitologia na vida moderna, publicada pela editora Rosa dos Tempos. Tem
também vários outros livros dele que foram publicados por outras editoras.
Carlos: Então vai ter que ser um trabalho de fôlego para recuperar as imagens
e atualizar.
Lia: Sim. Por meio do Bob Walter, a quem trouxemos no ano passado, 2010,
lembra?
165
Trata-se do filme-documentário Finding Joe, de Patrick Takaya Solomon, exibido nos
Estados Unidos em 2011 (Nota do entrevistador).
143
acredito que por total ignorância dele. De nossa própria história ocidental
conhecemos apenas uma pontinha do iceberg, mas somos parte desse
processo. Subestimamos nosso potencial de violência e descuidamos de
cultivar seriamente as melhores habilidades que temos para diminuir a
virulência dessa herança cultural violenta e ignorante.
Carlos: É verdade.
Lucia: Acredito que subestimamos tanto a violência cultural que nos habita
quanto nosso potencial de não-violência, assim como as experiências de uma
dimensão sublime, ou sagrada, ou ainda estética. Conhecer a obra de
Campbell reforçou ao grau máximo as perguntas: O que somos? Onde
estamos? Sem nenhum tipo de imposição ou favorecimento de uma visão ou
ponto de vista. Campbell não impõe, ele mostra, isso é fabuloso.
Carlos: Sim.
Lucia: Bob Walter vem ao Brasil desde 1997. Esteve algumas vezes durante a
década de 2000, e na última vez em 2010.
Lucia: Isso mesmo. Quatro visitas ao Brasil; três vezes pela Palas Athena e
uma pela representação da Fundação Joseph Campbell; Ana Figueiredo e
outros colaboradores da Fundação que o trouxeram.
Carlos: Você conhece alguma coisa sobre o trabalho que o grupo da Granja
Viana desenvolve a partir da obra do Campbell?
Lucia: Só ouvi falar, mas não conheço profundamente, nunca tive tempo,
infelizmente, para participar das atividades dos colaboradores da Fundação no
Brasil.
147
Lucia: Rafael é maravilhoso, uma pessoa muito querida por nós e que também
nos quer muito. Conhece vastamente o pensamento de Campbell, já leu muito,
é um campbelliano de coração; sempre fez tão bem as traduções do Bob
Walter durante suas visitas ao Brasil... É uma pessoa bem forte para fazer esse
elo do Campbell com o Brasil.
Lucia: Essa foi apenas uma parte, ainda que vital, desse trabalho, de uma
dedicação sem limites.
Lucia: Sim, a única pessoa que conseguiu fazer a revisão técnica foi a Lia, nós
tentamos alguns profissionais, mas não deu certo de forma alguma.
Lucia: O que ficou gravado em mim das funções do mito é: ele organiza a
nossa experiência, nos dá uma ressonância para contatarmos conteúdos
profundos que a nossa cultura normalmente não nos oferece, são aqueles
conteúdos que tratam da nossa existência por inteiro. Então, para mim é isso
que salta aos olhos da função do mito. Além dele socialmente criar ritos
coletivos importantes, mas pessoalmente ele também organiza cada um de nós
no sentido de acessar forças que o nosso velho paradigma ocidental debilitou e
não nos permitiu acessar.
148
Carlos: Lucia, você gostaria de registrar alguma coisa que você considere
importante e que eu não tenha perguntado?
Lucia: Campbell é um mestre eterno para mim. Só me traz coisa boa. Ouvir a
sua voz, que ficou gravada no documentário O poder do mito, uma série de
entrevistas gravadas no Rancho Skywalker de George Lucas, permite entrar
em contato com uma dimensão humana que não é comum acessar, é rara, por
não estar disseminada na sociedade. Toda a divulgação dessa obra vai abrindo
as frestas para esse acesso.
Lucia: Creio que eles não tiveram filhos. Não li A jornada do herói, sua
biografia escrita e compilada por Phil Cousineau, uma bela obra, que foi
149
traduzida com esmero por Cecília Prada e revisão técnica de Ana Figueiredo.
Acredito que lá todos esses dados estão registrados.
Carlos: Isso mesmo. Quando ele voltou da Europa, em plena crise econômica,
em 1929, ficou basicamente estudando e fazendo anotações alguns anos, creio
que cinco anos. No livro A jornada do herói ele fala sobre isso.
Lucia: Ele alugou uma cabaninha em Woodstock (New York), antes desse
lugar ser mundialmente conhecido. Lá ele ficou fazendo uns bicos para ter
dinheiro e para manter-se da forma mais simples possível, para ter todo o
restante do seu tempo dedicado a ler todos os clássicos da literatura, com a
finalidade de “encontrar-se”. E ele conta que de fato “se encontrou”. Antes ele
não sabia o que iria fazer na vida, foram essas leituras que lhe deram “o norte”.
Grandes clássicos da literatura o remetiam a outras leituras, então ele leu um
conjunto conectado, como um holograma, livros que completavam outros.
Foram as grandes obras da literatura que lhe deram a compreensão do que ele
buscava.
150
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ana Mae. John Dewey e o ensino da arte no Brasil. 3. ed. São
Paulo: Cortez, 2001.
151
CAMPBELL, Joseph. No final de uma era. Thot. São Paulo: Palas Athena,
199?. p. 56-60.
CAMPBELL, Joseph. O poder do mito. 16. ed. (Org. Betty Sue Flowers).
Entrevista concedida a Bill Moyers. Tradução Carlos Felipe Moisés. São Paulo:
Palas Athena, 1998 (ed. orig. 1988).
CAMPBELL, Joseph. Para viver os mitos. Tradução Anita Moraes. 2. ed. São
Paulo: Cultrix, 2001a (ed. orig. 1972).
ESTÉS, Clarissa Pinkola. A terapia dos contos. In: ESTÉS, Clarissa Pinkola
(Org., sel. e prefácio). Contos dos irmãos Grimm. Tradução Lia Wyler. Rio de
Janeiro: Rocco, 2005. p. 11-29.
KELEMAN, Stanley. Mito e corpo. Uma conversa com Joseph Campbell. 3. ed.
Tradução Denise Maria Bolanho. São Paulo: Summus, 2001.
MOYERS, Bill. Introdução. In: CAMPBELL, J. O poder do mito. 16. ed. (Org.
Betty Sue Flowers). Tradução Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena,
1998. p. vii-xiii. (Entrevista concedida a Bill Moyers).
PROVOOST, Anne. In the shadow of the ark [À sombra da arca]. New York:
Scholastic, 2004.
SILVA, Carlos Aldemir Farias da. Literatura como escola de vida: a propósito
das narrativas da tradição. 2003. Dissertação (Mestrado em Educação)
Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. Natal, 2003. 2 vol.
SILVEIRA, Nise da. Jung: vida e obra. 21. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2007 (Coleção Vida e Obra).
Filmografia
Star Wars Episódio I. A ameaça fantasma. Duração: 133 min. Gênero: Ficção
Científica/Aventura. Dir. George Lucas. Produção: Lucasfilm/Rick McCallum.
Estados Unidos. 1999. 1 DVD.
Star Wars Episódio II. Ataque dos clones. Duração: 143 min. Gênero:
Aventura/Ficção Científica. Dir. George Lucas. Produção: Lucasfilm. Estados
Unidos/Inglaterra. 2002. 1 DVD.
Star Wars Episódio III. A vingança dos Sith. Duração: 140 min. Gênero:
Aventura/Ficção Científica. Dir. George Lucas. Produção: Lucasfilm/Rick
McCallum. Estados Unidos. 2005. 1 DVD.
Star Wars Episódio VI. O retorno de Jedi. Dir. Richard Marquand. Produção:
Lucasfilm. Estados Unidos/Inglaterra. 1983. 1 DVD.
161
APÊNDICE
Principais obras de Joseph Campbell
1943 – Where the two came to their futher: A navaho war ceremonial given by
Jeff King. Bollingen Series I. Com Maud Oakes e Jeff King. Richmond, Virginia:
Old Dominion Foundation.
1944 – A skeleton key to Finnegans Wake. Com Henry Morton Robinson. Nova
York: Harcourt, Brace & Co.
1949 – The hero with a thousand faces. Bollingen Series XVII. Nova York:
Pantheon Books.
1959 – The Masks of God. Primitive mythology. Nova York: Viking Press (vol.
1).
1962 – The Masks of God. Oriental mythology. Nova York: Viking Press (vol. 2).
1964 – The Masks of God. Occidental mythology. Nova York: Viking Press (vol.
3).
1968 – The Masks of God. Creative mythology. Nova York: Viking Press (vol.
4).
1969 – The flight of the wild gander: explorations in the mythological dimension.
Nova York: Viking Press.
1983 – Historical Atlas of World Mythology: vol. 1. The way of the animal
powers. Part 1: Mythologies of the primitive hunters and Gatherers. Part 2:
Mythologies of the great hunt. Nova York: Alfred van der Marck Editions.
1986 – The inner reaches of outer space: Metaphor as myth and as religion.
Nova York: Alfred van der Marck Editions.
1988 – The power of myth. Com Bill Moyers. Betty Sue Flowers (Org.). Nova
York: Doubleday.
1988 – The way of the seeded earth. Vol. II. The way of the Seeded Earth. Part
1: The sacrifice. Nova York: Alfred van der Marck Editions.
1989 – Historical Atlas of World Mythology. Vol. II. The way of the Seeded
Earth. Part 2: Mythologies of the primitive planters: the Northern Americas.
Nova York: Harper & Row Perennial Library.
1989 – Historical Atlas of World Mythology. Vol. II. The way of the Seeded
Earth. Part 3: Mythologies of the primitive planters: the Middle and Southern
Americas. Nova York: Harper & Row Perennial Library.
1990 – Transformations of myth through time. Nova York: Harper & Row.
1990 – The hero’s journey: Joseph Campbell on his life and work. Phil
Cousineau (Org.). Nova York: Harper & Row.
1993 – Mythie worlds, modern words: On the art of James Joyce. Edmund L.
Epstein (Ed.). Nova York: HarperCollins.
1995 – Baksheesh & Brahman: Asian journals – India. Robin e Stephen Larsen
e Antony Van Couvering (Ed.). Nova York: Harper Collins (First edition). 2002
(Second Edition) – Baksheesh and Brahman: Asian Journals – India. Robin e
Stephen Larsen e Antony van Couvering (Ed.). Novato, California: New World
Library (Series: Collected Works of Joseph Campbell).
163
2001 – Thou art that: transforming religious metaphor. Eugene Kennedy (Ed.).
Novato, California: New World Library.
2002 – Sake & Satori: Asian journals – Japan. David Kudler (Ed.). Novato,
California: New World Library.
2003 – Myths of light: Eastern metaphors of the eterna I. David Kudler (Ed.).
Novato, California: New World Library.
Editor
1946 – Myths and symbols in Indian art and civilization. Bollingen Series VI.
Nova York: Pantheon [Edição Brasileira: Mitos e símbolos na arte e na
civilização da Índia. Trad. Carmen Fischer. São Paulo: Palas Athena, 1989].
1948 – The king and the corpse. Bollingen Series XI. Nova York: Pantheon
[Edição Brasileira: A conquista psicológica do mal. São Paulo: Palas Athena,
1989].
1955 – The art of India Asia. Bollingen Series XXXIX, 2 vol. Nova York:
Pantheon.
164
1951 – The portable Arabian nights [As mil e uma noites]. Nova York: Viking
Press.
1953 – Spirit and nature [Espírito e Natureza]. Papers from the Eranos
Yearbooks. Bollingen Series XXX. 1/Princeton.
1955 – The mysteries [Os Mistérios]. Papers from the Eranos Yearbooks.
Bollingen Series XXX. 2/Princeton.
1957 – Man and time [Homem e tempo] Papers from the Eranos Yearbooks.
Bollingen Series XXX. 3/Princeton.
1968 – The mystic vision [A Visão Mítica]. Papers from the Eranos Yearbooks.
Bollingen Series XXX. 6/Princeton.
1971 – The portable Jung. De C. G. Jung. Trad. R. F. C. Hull. Nova York: Viking
Press.
1977 – My life and Lives. The story of a Tibetan Incarnation. De Khyongla Rato.
Nova York: E. P. Dutton.
Traduções no Brasil
1990 – O poder do mito. Org. Betty Sue Flowers. Entrevista concedida a Bill
Moyers. Tradução Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena.
2000 – O herói de mil faces. Tradução Adail Ubirajara Sobral. 6. ed. São Paulo:
Cultrix/Pensamento.
2001 – Para viver os mitos. Tradução Anita Moraes. 2. ed. São Paulo: Cultrix.
2001 – Mito e corpo: uma conversa com Joseph Campbell. 3. ed. Entrevista
concedida a Stanley Keleman. Tradução Denise Maria Bolanho. São Paulo:
Summus Editorial.
2007 – Uma entrevista com Joseph Campbell. The Goodard Journal. vol. 1. n.
4. Publicada originalmente em 9 de junho de 1968. Disponível em:
<http://monomito.wordpress.com>. Acesso em: 03 out. 2007 (sem indicação do
tradutor).
DVD
ANEXOS
Dissertações e teses
FARIA, Paula Soares. The Journey of the villain in the Harry Potter series:
an archetypal study of fantasy villains. 2008. 98f. Dissertação (Mestrado em
Estudos Literários). Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte,
2008.
PÁDUA, Erika Morais Martins de. The Mage as the Hero: an archetypal study
of fantasy literature. 2004. 140f. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários).
Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2004.
Artigos
CARVALHO, Suzete. Inveja. Thot. São Paulo: Palas Athena, s.d. p. 68-81.
(pdf).
http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/rbhr/um_retorno_aos_mitos.pdf. Acesso: 20
maio 2011.
GUILLAUME, Patrice. Mito: metáfora e magia. Thot. São Paulo: Palas Athena,
s.d. p. 20-28. (pdf).
TART, Charles T. A mente aberta. Thot. n. 54. São Paulo: Palas Athena, 1991.
p. 4-10. (pdf).
WALTER, Robert. Era uma vez... O ser humano, suas imagens e histórias: um
pequeno périplo pelas veredas do imaginário. Thot. n. 66. São Paulo: Palas
Athena, 1997, p. 24-28.
BANCO DE rESES
('
(
(
(
'- ..
(
(
RESUMO
-.--------~--.--.-----.--.-----------.-.----------.-----_ ..
MARIA DA CONCEICAO DE O. VIANA. "Concepcao de mito - um estudo filosofico". 01/11/1995
__. _ - - - - - - - /
1v. SSp. Mestrado. PONTIFlclAUNIVERSIDADE CATCLICA DO RIO DE JANEIRO - FILOSOFIA
Orientador(es): SERGIO LUIZ DE C. FERNANDES
Biblioteca Depositaria:
Email do autor:
( Palavras - chave:
MITO HELENISMO
( Area(s) do conhecimento:
EPISTEMOLOGIA
Banca examinadora:
( PAULO CESAR DUQUE ESTRADA
SERGIO LUiZ DE C. FERNANDES
VERA CRISTINA DE ANDRADE BUENO
Unha(s) de pesquisa:
TEORIA GERAL DO CONHECIMENTO
Agencia{s) financiadora(s) do discente ou autor tese/disserta!;ao:
I
Idioma(s):
Oependencia administrativa
Particular
Resumo teseJdisserta~ao:
DIVERSOS TEORICOS E, A SEGUIR, ATEM-SE A DUAS CONCEPCOES, PESQUISANDO-AS NA OBRA DE JOSEPH CAMPBELL,
ESPECIAL ISTA EM MITOLOGIA COM PARADA, E NAS PUBLICACOES DOS HELENISTAS FRANCESES QUE TRABAlHAM COM
( JEAN-PIERRE VERNANT: MARCEL DETIENNE E PIERRE VIDAl-NAQUET. DESSA INVESTIGACAO EMANAM DADOS
COMPARATIVOS QUE IRAO NUTRIR NOSSO ESFORCO DE COTEJO DAS DUAS ABORDAGENS, DE MODO A DESENHAR
( ANALOGIAS E DISSONANCIAS. AO FINAL, A PROPOSTA E RELANCAR AO DEBATE ESTE ASSUNTO IMEMORIAl: 0 MITO; SUA
( ... _--_
•. _ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - , . - - - - - - - - '
o CPF:
inf()rm:acl~es constantes desta base de dados sao fornecidas diretamente CAPES pelos a programas de p6s-gradua!;ilo mantidos par
un~ler!ljdades e institui~oes de pesquisa brasileiras e silo de sua Inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros esta
a to~a~_a_~!~i.s del:lir,:~.l:'~~~O!.a!~. ap~icaveis_.... __.___._......______..._ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _--'
(
(
\ .
(
Iil Ministerio da Educa~o
BANCO DE TESES
(
c.:
( RESUMO
PAOLA PATASSINJ. AS FILHAS DE DEMETER: 0 CORDAO UMBILICAL DA COSMOGONIA FEMININA. 01/0511997
c; lv. 690p. Meslrado. PONTIFlclA UNIVERSIDADE CATOLICA DE sAo PAULO - COMUNICACAO E SEMIOTICA
Email do autor:
c Palavras • chave:
DEUSAS. MAE-FILHA, HOMOAROTISMO. SEXUALIDADE
Area(s) do conhecimento:
Banca examinadora:
(
Elisabeth Saporiti
FERNANDO SEGOLIN
MARIA LUCIA FABRINI DE ALMEIDA
Linha(s) de pesquisa:
Semiotica da Cultum Determina90es antroposociais da dimensao cultural entendida como produ9ao de signos.
Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertac;ao:
Idioma(s):
Portugues
Dependencia administrativa
Particular
Resumo tese/dissertac;ao:
BRUXAS. PRINCESAS, EVAS OU LILITHS. AS MULHERES. POSSUEM UM CORDAo UMBILICAL COM A MAE IMAGINARIA QUE
TRANSCEDE A MAE BIOLOGICA E SE ORIGINA DE UMA LlGA9AO MAIS DISTANTE COM A MAE PRIMEVA, 0 MITO GREGO DE
DEMETER E PERSEFONE DESVELA, COM SUA LlNGUAGEM RICA DE SIGNIFICADOS. ALGUNS, ELEMENTOS CONSnTUTIVOS DA
COSMOGONIA FEMININA, TAIS COMO A LUA • A SERPENTE. A MORTE, 0 NASCIMENTO E A SEXUALIDADE. E NUCLEADO NA
RELA9Ao AMOROSA ENTRE DEMETER E SUA FILHA PERSEFONE. QUE E RAPTADA POR HADES, 0 DEUS DAS PROFUNDEZAS
INFERNAIS. DEMETER E UMA DAS REPRESENTA90ES DA GRANDE DEUSA OU GRANDE MAE. CULTUADA NA ANTIGUIDADE
ANTES DO PATRIARCADO. PARADIGMA DAS RELA90ES EFETIVAS ENTRE MULHERES, PORTANTO HOMOSSEXUAIS NO
SENTIDO MAIS AMPLO DA PALAVRA (GENITALIZADAS OU NAo), 0 MITO ESTIMULA REFLEXOES SOBRE UMA
AUTOCONSCIENCIA DO FEMININOMINIFESTADA QUANDO A MULHER E OBJETO DE CUL TIVO IJA PROPRIA MULHER NA
RELA9Ao COM SEUS PARES DE "IGUAIS" NO DOMINIO DA SEXUALIDADE. POR OUTRO LADO, ELE TAMBEM CONFRONTA ESSE
'COSMOS' DE DUPLOS FEMININOS COM A HETEROSSEXUALIDADE. A LUA E 0 NOVELO ONDE SE DESENROLA OCORDAo
UMBILICAL DA COSMOGONIA FEMININA, ATRAVES DO MITO DAS DEUSAS. PERFAZENDO OS CICLOS PSIQUICOS E
EXISTENCIAIS DA MULHER NAS QUATRO FASES LUNARES QUE DIVIDEM A DISSERTA9Ao. ESTE TRABALHO PROPOE-SE A
CONSTATAR A IMPORTANCIA E A SOBREVIVENCIA DO MITO NA MODERNIDADE ATRAVES DE UM MOSAICO. ONDE ELE SE
c' DESDOBRA PELAS VERTENTES DA LEITURA, DA ARTE E DE UMA RELIGIOSIDADE CONSTITUIDA. PRINCIPALMENTE. PELOS
'MISTERIOS ELEUSINOS' QUE SE ORIGINARAM DO MITO; 0 LESBIAN IS MO. PRESENTE NA AMOROSI DADE ENTRE AS
MULHERES A PARTIR DA RELA9Ao MAE E FILHA, EMERGE DE SAFO A MADONA. PASSANDO PELOS CONTOS DE FADAS E
PELA ANALISE DE UM CONTO INEDITO DE LYGIA FAGUNCES TELLES. SUBJACENTE A SIMBOLOGIA DE UM LESBIAN1SMO
( EMERGENTE NOS ANOS 90. SE EVIDENCIOU 0 ANSEIO POR UMA FEMINILIDADE SUPERLATIVA E COMPENSATORIA NO
EQUILIBRIO ANDROGINO ENTRE MASCULINO E FEMININO. CONSIDERANDO-SE QUE A SOCIEDADE PATRIARCAL E
FALOCENTRICA TEM SISTEMATICAMENTE REPRIMIDO 0 FEMININO EM HOM ENS E MULHERES. NUM CIRCUITO DE
SIGNIFICA90ES MATIZADAS NA SIMBOLOGIA ANDROGINA DO BRANCO (MASCULlNO) E DO VERMELHO (FEMININO). SE
( . PONTUOU AS EVIDENCIAS (ENCOBERTAS) DO HOMOEROTISMO FEMININO, PROJETADAS NA CONSTELA9Ao ARQUET[PICA DO
MITO DE PERSEFONE E DEMETER. INCLUINDO A FIGURA COMPLEXA E EMERGENTE DA LESBICA, CAMUFLADA EM PERFIS
CARICATURAIS DESDEAS BRUXAS DOS CONTOS DE FADAS ATE 0 VAMPIRISMO ENTRE CINDERELAS. SAPATOES E LESBIAN
C CHICS. SO MAIS RECENTEMENTE, DESCOBERTA PELA MiDIA. A LESBICA TEM SIDO REPRESENTADA COM OS TRA90S DE UMA
NOVA PERSONA HOMOSSEXUAL. MAIS AFASTADA DO ESTEREOTIPO. E APRESENTANDO IMPORTANTES VERTENTES MiTICAS
C: E METAFORICAS NOS TEMPOS DA AIDS E DO RETORNO DE HADES E PERSEFONE EM PARADIGMAS QUE SE TRANSFORMAM E
SE RE-SIGNIFICAM NA L1NGUAGEM EROTICA HUMANA E NA COMUNICA9AO ENTRE GENEROS. E EMPREGADA UMA _
ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR, INTERCALANDO ELEMENTOS DA PSICOLOGIA, DA SEXUALIDADE HUMANA, DAS CIENCIAS
DA RELIGIAo E DA SEMIOTICA DA CUL TUM, A LUZ DA CONTRIBUI9Ao DE IMPORTANTES PESQUISADORES, COMO: MIRCEA
JOSEPH CAMPBELL, FRAN90lSE D'EAUBONNE, ENTRE OUTROS.
oCPF:
As informacoes constantes desta base de dados silo fornecidas diretamente a CAPES pelos programas de p6s·graduac;iio mantidos por
universidades e institulc;oes de pesqulsa brasllelras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros esta
sujeito a todas as leis de direitos autorais aplicaveis.
Requisitos basieos
versao: 1.5 Navegador: mozilla1.5 firebird.O, 1.6 1e6 opera7.11 netseape7.1
data de alualizayiio: 0111212004 Resolu9ao de video: aooxsoo dp
Plug-ins: Adobe Acrobat Reader
(
D'a Ministerio da Educat;ao
BANCO DE TESES
(
(
RESUMO
MAURO POLACOW BISSON. MITO: 0 SAGRADO DO CINEMA CONTEMPORANEO 0 CASO "DRACULA DE F. F. COPPOLA•• 01/1211997
1v. 174p. Mestrado. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - MULTIMEIOS
Orientador(es): HAYDEE DOURADO DE FARIA CARDOSO
Biblioteca Depositaria: Biblioteca do Instituto de Artes e Biblioteca Central
Email do autor:
Palavras - chave:
Cinema; Religiiio; Mito
Area(s) do conhecimento:
( CINEMA
COMUNICA<;:AO VISUAL
(: HIST6RIA MODERNA E CONTEMPORANEA
Banca examinadora:
VIRGILIO NOYA PINTO
Linha(s) de pesquisa:
Multimeios e Teorias da Comunica~o Abordagem transdisciplinar dos processos de cria~o, produ~o distribui~o e efeitos das midias,
c incluindo as seguintes tematicas: Instrumentaliza~o e Teorias da Comunicacao; Comunicacao Aplicada ( Educa~o, Saude e
Desenvolvimento ). .
o Aglmcia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertalfao:
CNPq
(} Idioma(s):
c Portugues
Dependencia administrativa
c Estadual
c Resumo tese/dissertalfao:
o presente trabalho pretende discutir 0 estudo das mitologias em uma aoordagem mais proxima dos meios de comunicacao, entendendo 0
mito como uma linguagem simb6lica e verificando sua manutenyao enquanto reflexo do sagrado e modelo exemplar para os seres
( humanos, tenando responder como esses mesmos temas sao incorporados e recriados pela industria cinematografica nas sociedades
contemporaneas. Num primeiro momenta definimos 0 cconceito de mito valido para 0 projeto. Para isso, foram utilizadas as ideias de
Joseph Campbell e Mircea Eliade. A seguir, e feita uma exposicao de algumas manifestaciies artisiticas do seculo XX como formas que 0
mito assume nas sociedades contempon3neas: Festas popufares, atividades artisiticas como dan\f8, literatura. artes visuais. etc. E
a
finalmenle, a linguagem cinematograflca. Nesse momento verificamos algumas peliculas que incorporam os temas miticos sua narrativa.
Finalmenle, atraves de um tema mitico, a batalha entre 0 bem e 0 mal, analisamos 0 filme "Dracula" de F. F.£opola.
(
As Inforrnalfoes constantes desta base de dados slio fornecldas diretamente a CAPES pelos programas de p6s-gradual;lio mantidos
universldades e institullfoes de pesquisa brasileiras e slio de sua inteira responsabilldade. 0 uso da base de dad os e de seus
sujeito a todas as leis de direitos autorais aolicaveis.
c·
c
( ....
(
(
(
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=19977433003017044P3 2214/2011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
D1 Ministerfo da Educa~o
BANCO DE lESES
(
(
(,
C
C
--------_._._------_._-----.._-_._-_._--------_._------------------_._-_._-----_._----,
( RESUMO
LOCIA CORREIA MARQUES DE MIRANDA MOREIRA. A PRESEN~A DE "INES DE CAMOES" NA POESIA BRASILEIRA: UM RITO
BRASILEIRO PARA UM MITO PORTUGUES •. 01/08/1997
1v. 146p. Mestrado. UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO/ASSIS - LETRAS
Orientador(es): MARIA DOS PRAZERES MEIRINHO GOMES
( Biblioteca Depositaria: UNESP/FCLlASSIS
Email do autor:
Palavras - chave:
( mito, rito, intertexlualidade, tradi<;ao, memoria
A.rea(s) do conhecimento:
( LETRAS
Banca examinadora:
( ELEUSIS MIRIAN CAMOCARDI
c Linha(s) de pesquisa:
CRITICA E HISTORIA lITERARIA Trata des problemas referentes ao estudo do discurso da critica e da historia literaria de um modo
c gera!.
Agl!ncia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertalfao:
CNPq
Idioma(s):
Portugues
c: Dependencia administrativa
Estadual
(\ Resumo tese/dissertalfaO:
( e
A presen<;:a da imagem litereria camoniana de Ines de Castro, que se verifica na tradi<;:ao poetica brasileira, abordada de maneira a ir
tecendo urn panorama que se apoia nos aspectos constitulivos do episooio historico, lenderio e litera rio que envolveu aquela persona gem
da hist6ria medieval portuguesa. Considerando 0 episOdio de Ines de Castro, d'Os Lusiadas, como texlo matriz, a analise do dialogo
intertexual entre ele e os poem as brasileires selecionados cotejou, nao s6 a teeria literaria, como a mitocritica, no intuito de estabelecer
uma rela<;:1io entre a intertexlualidade e a celebra<;:ao ritualistica, dos poemas u, Q~"v"~ para com 0 mito Hterario do texto de Camoes. A
( abordagem mitocritica privilegiou autares como Gilbert Durand, Mircea Eliade, Joseph ""mputl.. e outros que seguem na mesma linha.
As informa!fOes base a
dados sao fornecidas diretamente CAPES pelos programas de p6s-gradualtao mantidos por
universidades e instituic;oes de pesquisa brasileiras e sao de sua inteira responsabi!idade. 0 usa da base de dados e de seus registros estA
( suj~i~~_~das as-'_!is d~direi!os.au~~.~s.,,:!''!c.~!i~:_..___ _
C:
c;
(
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=l99711533004048019PI 22/4/2011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
( .
(
Pa Ministerio da Edu(:a~ao
BANCO DE TESES
I'
"(;
(
('J
:
c;
C, RESUMO
Ana do Amaral Mesquita Sant'Anna. 0 Papel do Atleta como Heroi na Sociedade Contemporanea (uma rela!,;lIo com a mitologia do
Joseph Camppell). 0111211998
(, lv. l18p. Mestrado. PONTIFfCIA UNIVERSIDADE CAT6uCA DE sAo PAULO· COMUNICACAo E SEMI6TICA
Email do autor:
anames@ibm.net
( Palavras • chave:
Esporte, Heroi Modemo, Publicidade, Atividade Esportiva
C Area(s) do conhecimento:
COMUNICACAo
(, Banca examinadora:
f FERNANDO SEGOLIN
\..... Helena Tania Katz
Heliodoro Bastos
Linha(s) de pesquisa:
( Semiotica da Cullura e da Arte I Determinayoes antroposociais da dimensao cultural entendida como produyao de signos.
Agl'mcia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/disserta!,;lIo:
E."
'-.j
C: Idioma(s):
Portugues
Dependencia administrativa
Particular
() Resumo tese/disserta!,;ao:
GRANDE PARTE DOS HER61S QUE CUL TUAMOS NASCE DO ESPORTE. ESTE TRABALHO PROCURA COMPREENDER 0 PAPEL
C SOCIAL DO ATLETA ENQUANTO HER61, COMO A MIDIA E A PUBUCIDADE ATUAM FUNDAMENTALMENTE ENQUANTO
C'; MECANISMOS DE POPULARIZACAO DO ATLETA QUE SE DESTACA EQUAlS FATORES APROXIMAM E DISTANCIAM ESTE HER61
CONTEMPORANEO DO HER61 MITOL6GICO DESCRITO POR JOSEPH CAMPBELL. 0 PRIMEIROCAPiTULO TRATA DA "CRIAcAO"
DO HER61 MODERNO PELA MfDIA E PELO MARKETING. COMO A NECESSIDADE DE IDENTIFICACAo DO CONSUMIDOR, ONICA
C GARANTIA DE RETORNO PARA 0 INVESTIMENTO DO PATROCINADOR. CONDICIONA GRANDE PARTE DO PROCESSO E COMO
A PUBLICIDADE E CAPAZ. DE TRANSFORMAR 0 HER61 NUM PRODUTO, NO SEGUNDO CAPiTULO APRESENTO 0 CONCEITO
CAMPBELLIANO DE HER61, PROCURANDO MOSTRAR COMO AATIVIDADE ESPORTIVA PODE SER CONSIDERADA. DE ACORDO
COM ElE, INTRINSECAMENTE HER61CA, MAS, TAMBEM, COMO OS MECANISMOS DESCRITOS NO PRIMEIRO CAPiTULO
TENDEM A SUPRIMIR 0 CONTEODO MiTICO DO HEROlsMO DO ATLETA FAMOSO. 0 TERCEIRO CAPiTULO E UMA ANALISE DE
UM ESPORTE EM PARTICULAR. A NATACAo DE AGUAS ABERTAS. QUE, MESMO SENDO FORTEMENTE CARREGADA DE
CONTEODO MiTICO. NAo PRODUZ HER61S POPULARES, JA 0 QUARTO E CONCLUSIVO CAPiTULO PROCURA RELACJONAR 0
CONCErTO FREUDIANO DE RECALQUE COM A FRA TURA. EVIDENCIADA PELOS CAPITULOS ANTERIORES. ENTRE 0 CONCEITO
Ot::L.L.''',''V DE HER61 E 0 HER61 CULTUADO ATRAvES DA MIDIA. PROPONDO, AO MESMO TEMPO, A ANALISE DESTA
"":I.t-\""t-\v PARA UM TRABALHO FUTURO.
oCPF:
(,
(: ---,--._ ..__ ... - - - - - -
As informa<;oes constantes desta base de dados sao fornecidas diretamente a CAPES pelos programas de p6s-gradua<;ao mantidos por
C; universidades e institui!,;oes de pesquisa brasi!eiras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros estfl
a todas as leis de direitos autorais aolica'lIei,s.
(
C
C
(
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=l99825933005010021PO 22/4/2011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
(
D.a Ministerio da Educa~ao
BANCO DE TESES
c
(
c
c
(;
C RESUMO
~------------------------------------------------------------------------------~
Simone Cristiane Silveira Cintra Silva. No caminho do mito: urn olhar sobre 0 processo de cria\.<ao de Nonoberto Nonemorto - grupo
andaime de teatro· UNIMEP•• 01/08/2002
1v. 75p. Mestrado. UN1VERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS • EDUCA9AO
Orientador(es): ANA ANGELICA MEDEIROS ALBANO
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central
Email do autor:
sccintra@unimep.br
Palavras • chave:
( tealro-processo ; cria,.ao; mito
Area(s} do conhecimento:
C CIE::NCIAS HUMANAS
EDUCA9Ao
Banca examinadora:
C ANA ANGELICA MEDEIROS ALBANO
Ct a:
Sociedade, Cultura e Educa,.ao Estudos referentes 1) rela,.ao entre sociedade - cultura e educa,.ao; 2) certas praticas cultu'rais na
historia e naeducacao; 3) constilui,.ao cultural do ser humano; 4) diferencia,.ao social-cultural (genero. etnia, idade. cultura ... ) e educa,.ao;
5)papel
G Idioma(s):
Portugues
C Dependencia administrativa
C Estadual
Resumo tese/disserta\.<ao:
o presente trabalho tern como objeto de investiga,.ao 0 processo de criacao do espetaculo teatral Nonoberto Nonemorto do Grupo
Andaime de Teatro-Unimep. com dire,.ao de Francisco Medeiros e texlo de Luis Alberto de Abreu. Participei como atriz deste e de outros
tres espetaculos que compoem a trajetoria do grupo. Desta forma. pude vivenciar todas as eta pas do processo criativo e, dentre muitas
particularidades. elegi, como principal foco investigativo. a integracao entre a estrutura do pensamen~o mitico e a criacao do espetaculo.
c em especial no processo de cria,.ao dos atores. Baseei-me em ideias de C. G. Jung. Joseph Campbell. James Hillman e Peter Brook.
Como material empirico utilizei conversas entre 0 elenco. diretor e autor, gravadas em audio durante todo 0 processo criativo; entrevistas
com os atores realizadas apos a estreia; anola¢es em caderno de campo; gravacoes em audio e video de dois workshops realizados pelo
grupe sobre 0 .,..,,,,,1,,,,..In com a ..",rti{....",,,sv do direto.
l.
o CPF:
(
As InformaljOes constantes desta base de dados silo fornecidas diretamente it CAPES pelos programas de p6s-graduac;;lIo mantidos per
unlversidades e instituiljOes de pesquisa brasileiras e sao de sua Inteira respensabilidade. 0 use da base de dados e de seus registros esta
sujeito a todas as leis de direltos autorais aplicaveis.
_._-_._-------_ ..- .., - - - _ . _ - - - - '
BANCO DE TESES
(;
C
c;
C
(' ,f-R_E_S_U_M_O_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _~_ _ _ _ _ _ _ _ _~_ ____I --
Samuel Napolitano. 0 colar da minha fala (os contos da tradh;iio Sufi). 01/0412002
1v. 267p, Mestrado, UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - EDUCA9AO
Orientador(es): Helenir Suano
Biblioteca Depositarla: FEUSP
Email do autor:
Palavras - chave:
Area(s) do conhecimento:
( Banca examinadora:
C Helenir Suano
Linha(s) de pesquisa:
C/
Cultura, Organiza~o e Educa980 Investiga a cultura, concebida como 0 conjunto dos sistemas simb61icos, enquanto existencia e
C
Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/disserta4;iio:
C Idioma(s):
() Portugues
Dependencia administrativa
C
Estadual
C
Resumo tese/disserta4;ao:
Esse trabalho configura-se como urn estudo dos Contos de Tradi~o Oral Sufis, Meu objetivo e apresentar e desenvolver algumas
( quest5es que sao atualizadas por esses contos e que' podem nos ajudar a pensar a Educa9ao e a Psicologia humanas, e 0 Imaginario no
homem como meio para alcan9ar 0 sagrado. Tambem surgem questoes como 0 distanciamento do homem de suas pr6prias origens, a
diferen98 das escolas de ensinamento Sufis para com nossas escolas de educa~o formal; nossas carencias por estarmos por demais
C centrados em uma educayoo positiva/racional, e a fun~o do pr6prio ate de contar hist6rias. Essa Tradi980 tao antiga tern uma origem,
( uma fun98o? 0 que as hist6rias estao nos dizendo?! Como devemos aborda-Ias? Por fim, ensaiamos uma hermeneutica de urn conto Sufi
modemo, "0 Cavalo Magico". Uma hermeneutica sim~lli;!!Jlnde.Q-que importa e 0 sentidofigurado, velado e revelado, 0 !rabalho esta
(" apoiado em bibliografia Sufi, como Idries Shah, OmarcAIi Shah; Jalaluddin Rumi; Ibn'Arabi; e·autores Ocidentais como Gilbert Durand;
oCPF:
(
lAS informa4;Oes constantes desta base de dados slio fornecidas diretamente a CAPES pelos programas de pos-gradua4;lio mantidos por
universidades e institui4;Oes de pesquisa brasileiras e silO de suainteira responsabilidade. 0 usa da base de dados e de seus registros esta
sujeito a todas as leis de direitos autorais
(
\.
C
(
http://capesdw.capes.gov.hr/capesdw/resumo.html?idtese=20027453300201000lP6 22/4/2011
CAPb:S - Banco de Teses Page 1 of 1
ea Ministerio da Educa~o
BANCO DE TESES
(
(
(
RESUMO
MONICA MARTINEZ LUDUWIG. Jornada do Her6i: A estrutura narrativa mitica na construciio de hist6rias de vida em jornalismo.
01/10/2002
1v. 340p. Doutorado. UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - CIENCIAS DA COMUNICAGAO
Email do autor:
monica_martinez@uol.com.br
Palavras - chave:
jornalismo; jornalismo literario; jornalismo feminino
Area(s) do conhecimento:
JORNALISMO E EDITORACAO
\ JORNALISMO ESPECIALIZADO (COMUNITARIO, RURAL, EMP. CIENTIF.)
ORGANIZACAO EDITORIAL DE JORNAIS
\ Banca examinadora:
c BORIS KOSSOY
DULCiuA HElENA SCHROEDER BUITONI
<. ; EDVALDO PEREIRA LIMA
LUCY COELHO PENNA
MARIA ADEUNA BASTOS RENNO
linha(s) de pesquisa:
EPISTEMOLOGIA 00 JORNALISMO REFLExAO CRiTICA SOBRE A HERANGA TEORICO·pRATICA DOS OLTIMOS 50 ANO$;
() CORRELACOES ENTRE A PRODUCAO TECRICA E AS PRATICAS 00 DISCURSO DA ATUAlIDADE NAS SOCIEDADES
CONTEMPORANEAS; DENTRO DOS MARCOS DE UMA EPISTEMOLOGIA PRAGMATICA, DELINEAMENTO DE ESTRATEGIA
() Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertacao:
Ci Idioma(s):
Portugues
Dependencia administrativa
c Estadual
Resumo tese/dissertaltiio:
( Esle trabalho tem como objetivo expor de forma aprofundada um novo modelo de constru~o de historias de vida para comunicadores
sociais, em especial jornalistas. A pesquisa tem como embasamento te6rico 0 metodo de historias de vida, enquanto narrativa de nao·
fiC9aO, proposto por Edvaldo Pereira lima, pesquisador. do Nucleo de Epistemologia do Jornalismo da Escola de Comunica((oes e Artes da
Universidade de Sao Paulo, no contexto do Jornalismo literario Avanyado; 0 aparato conceitual em torno da crise dos paradigmas e da
entrevista dialogica, de Cremilda Medina, do mesmo ntideo; a abordagem do pensamento complexo, conduzida pelo cientista social
frances Edgar Morin; as formula¢es do mitologo norte-americano Joseph Campbell sobre a figura do her6i; as contribuic;:oes do
pSicanalista sui((O Carl Gustav Jung - particularmente os conceitos de consciente, inconsciente coletivo e arquetipos. Do ponto de vista
descritivo, apresentaremos um panorama dos perfis biograficos e sua insen;ao no jornalismo, com enfoque em livros-reportagem.
Aprofundaremos a questao da biografra humana empregada pela medicina antroposofrca e estabeleceremos sua conexao com a Jornada
do Heroi. Do ponto de vista empirico, realizaremos uma pesquisa qualitativa que visa a acompanhar a transmissiio destes metodos a um
c grupo de 12 terceiro-anistas da habilitac;:iioem jornalismo doCurso de Comunicac;:iio Social da Universidade de Uberaba. Tambem
apresentaremos com detalhes e analisaremos os textos produzidos pelos graduandos.
(
o CPF:
c (
informacoes constantes desta base de dados Silo fornecidas diretamente :. CAPES pelos programas de p6s-graduaClio mantidos por
universidades e instltuicoes de pesqulsa brasileiras e silo de sua intelra responsabilldade. 0 uso da base de dad os e de seus registros esta
sujeito a todas as leis de direitos autorais apllc8veis.
\
(
\.
I .
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=200253733002010096P7 22/4/2011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
BANCO DE rESES
(
(
(
(
RESUMO
( Silvio de Cassio Costa Telles. A identidade de Polo-Aquatico e 0 mito da masculinidade.. 01/02/2002
1v. 120p. Mestrado. UNIVERSIDADE GAMA FILHO - EDUCA9AO FlslCA
Orientador(es): Antonio Jorge Gonc;:alves Soares
Biblioteca Depositaria: UGF; NUTESES
Email do autor:
Palavras • chave:
( Esporte, P610 Aquatico, Hist6ria, Mast;:Ulinidade
Area(s) do conhecimento:
( EDUCA9AO FlslCA
Banca examinadora:
c
Vera Lucia de Mene4es Costa
Linha(s) de pesquisa:
c
Produc;:§o hist6rica na educac;:§o fisica, esporte e la4er Resgatar e analisar a mem6ria documental e oral relacionada a educac;:§o fisica,
esporte e atividades de la4er, a partir do acervo disponivel, bem como da sua reconstituic;:ao em func;:§o da mem6ria viva dos sujeitos
c protagonistas.
c CAPES-DS
Idioma(s):
C Portugues
C: Dependtlncia administrativa
Particular
Resumo teseidissertaC;:iiQ:
c Este trabalho investiga por que, apesar de nao haver conseguido um lugar de destaque entre os esportes mais populares em nosso pais, 0
P610 Aquatico aqui se institucionali40u e, com poucos incentives e participantes, vem atuando regulamnente por uma centena de anos.
Quais foram os mecanismos que possibilitaram aos seus praticantes construir uma identidade, estabelecer um elo entre gerac;:6es e manter
( vivo esse esporte durante tanto tempo? Acompanhando a evoluc;:ao do P610 Aquatico no Brasil e entrevistando jogadores, ex-jog adores;
tecnicos e dirigentes, pOde-se detectar que ser forte, ser masculo, ser "homem", foram as caracteristicas que permitiram a este grupo
( construir.sua identidade e atingir aqueles objetivos. Isse nos permitiu inferir que existe uma intrinseca relac;:ao entre estes atributos fisicos
que se espera que ops jogadores de P610 Aquatico possuam e os atributos que comp5em 0 mito da masculinidade. Os estudos de
SOcrates Nolasco forneceram 0 suporte le6rico necessario para a apresentac;:ao da figura de Aladar S4abo, lembrando pela unanimidade
de noosos enlrevistados, como uma encarnac;:§o do milo da masculinidade e, sob a perspectiva de Joseph Campbell, como um her6i do
Polo Aquatico brasileiro. .. _____________________
r--' .
iPara alterar os dados da tese,
..... __ ..ligite Q CPF:
( l:o'2',:'i.r::t:;n1rpf_ ..1
( !A~ infor;;~~-oe;-~~_;;_stante;·d;st;b~~de dados sao fornecidas diretamente a CAPES pelos programas de p6s-graduac;:ao mantidos p~r
juniversidades e institui"oes de pesquisa brasileiras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros esta
( .suj~ito '!..!~~~.!i.~:~_d~_direito~~to a:0!c.i:::~v.:e~~. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ____'
.....ra:._is:__'_'_
(
'.
r
\.
(
!
\
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=200222231006019004P5 22/4/2011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
(
( Dll Minlsterio da Educa~o
BANCO DE TESES
(
( ,
t·
C
(
(.
RESUMO
(~
Cristina Levine Martins Xavier. 0 SOLDADO DO INFERNO· UM ESTUDO SOBRE A SIMBOLOGIA MiTlCO-RELIGIOSA DO HEROI EM
\. QUAORINHOS SPAWN .. 01/11/2003
1v. 208p. Mestrado. PQNTIFiCIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE sAO PAULO CIENCIAS DA RELIGIAo
Orienlador(es): Enio Jose da Costa Brito
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Nadir Gouvea Kfouri
Email do autor:
clmx@uol,com.br
Palavras - chave:
Heroi; Quadrinhos; Mitos; Sagrado.
Area(s) do conhecimento:
TEOLOGIA
Banca examinadora:
DENISE GIMENEZ RAMOS
Enio Jose da Costa Brito
Jose Lutz Cazarotto
Unha(s) de pesquisa:
Religiao e Produc;:oes Simb6licas, Orais e Literarias. Esta linha se volta para a pesquisa te6rica e metodol6gica do universo religioso
simb6lico. em especial da America Latina e do Brasil. Estuda as praticas e crenyas religiosas entendidas como produc;:ao simb6lica, gerada
C:
no interior das culturas.
Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/disserta!;ao:
C
(-) Idioma(s):
Portugues
C Dependencia administrativa
Particular
( Resumo tese/disserta!;ao:
( o presente trabalho tem como objetivo estudar a simbologia mitico-religiosa das hist6rias do herOi em quadrinhos Spawn, tambem
conhecido como Soldado do Inferno, e identificar em suas matrizes culturais a presenya de uma estrutura arquetipica que 0 tomem um
her6i mitico para seus leitores. Spawe umheroi muito recante,lanyado no inicio da decada de 1990, e que ja se configura entre os herois
( em quadrinhos mais populares entre os adolescenles. Foi transformado em filme e em desenho animado. Seu universe apocaliplico e
(
a
cercado de simbolos e conteudos religiosos relacionados cultura judaico-crista e a suas origens historicas, 0 que 0 toma urn tema
extremamente pertinente para as ciE'mcias da religiao. Conseguimos demonstrar com nossa analise que a saga de Spaw esta eslruturada
sobrematrizes cullurais muito arcaicas, que VaG desde 0 Homem Neandertal ate a mitologia greco-rom ana. Alem disso, sua hist6rja
tamMm contiflm os mesmos estagios arquelipicos da jornada mitica do heroi segeridos por Joseph Campbell, a qual ifl uma metafora do
______ p~ocesso de individuac;:ao.
oCPF:
-'---~---------------------------------------------'----,
AS informa~oes constantes desta base de dados sao fomecidas diretamente fI CAPES pelos programas de p6s-gradua~ao mantidos por
--
universidades e institui~oes de pesqulsa brasilelras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dad os e de seus registros esta
sujeito a todas as leis de direitos autorals
(;
(
(
(
( Pa Ministerio da Educa~o
BANCO DE rESES
(
c
(,
c
c -.-........ ---.. ..
..--,,._.,,---'-_._... __
c
,-.-,--.-~.-.--,-"-""'-"---,--- -~- ._-~---_._--'-'------_._-----'_._---'-----,
RESUMO
c Paulo Fernando Kastrup Pires e Albuquerque. 0 ultimo voo: Castilho 0 her6i anti-macunaima do futebol•• 01/0212003
1v. 254p. Mestrado. UNIVERSIDADE GAMA FILHO - EDUCACAO FislCA
Email do autor:
araujop@ruralrj.com.br
Palavras .. chave:
Area(s) do conhecimento:
EDUCACAo FlslCA
Banca examinadora:
(
( Da Ministerio da Educa¢o
BANCO DE lESES
(
(
( RESUMO
Carmem Imaculada de Brito Almeida Leal. IGREJA, SOCIEDADE E POLiTICA NO BRASIL; origem,fon;a e perman6ncia do
comunitarismo cristao na Igreja cat6lica. 01/04/2003
lv. 110p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - CIENCIA POLITICA
c' Social e Desempenho Econ6mico (Renato Boschi) NEE, V."Sources of the New Institutionalism"IN BRINTON, M.C. & NEE, V. (1998) The
New Institutionalism in Sociology. Stanford, Stanford University Press. NEE, V. & INGRAM, P. "Embeddedness .and Beyond: Institutions,
Exchange, and Social Structure" IN BRINTON, M.C. & NEE, V. (1998) The New Institutionalism in Sociology. Stanford, Stanford University
(. Press. KNIGHT, J. & Ensminger, J. "Conflict cver Changing Social Norms: Bargaining, Ideology, and Enforcemenf'lN BRINTON, M.C. &
c NEE, V. (1998) The New Institutionalism in Sociology. Stanford, Stanford University Press, 3° semina rio dia 01/09: Instituil(Oes, Estrutura
Social e Desempenho Econ6mico (cont.) (Renato Boschi) NORTH, D. "Economic Performance Through Time" IN BRINTON, M.C. & NEE,
V. (1998) The New Institutionalism in Sociology. Stanford, Stanford University Press. Hopcroft, R "The Importance of the Local: Rural
( Institutions and Economic change in Preindustrial England" IN BRINTON, M.C. & NEE, V, (1998) The New Institutionalism in Sociology.
Stanford, Stanford University Press. SlELENYI(, I & Kostello ,E "Outline of an Institutional Theory of Inequality:The Case of Socialist and
Postcommunist Eastern Europe"IN BRINTON, M.C. & NEE, V. (1998) The New Institutionalism in Sociology. Stanford, Stanford University
Press. 4° seminario dia 08/09: InstituiyOes e a Retral(ao do Estado de Bem Estar (Renato Boschi) HUBER, E & STEPHENS, J.D.(2001).
Development and Crisis of the Welfare State: Parties and Policies in Global Markets. Chicago, The University of Chicago Press (caps.
1,2.4,7 e 8) Parte II Descentralizal(ao, Niveis de Governo e a Produl(ao de Politicas Publicas (Eduardo Meira lauli) 5° seminario dia 15/09:
Teona do Estado Federal ELAZAR, Daniel. (1987). Exploring federalism. Tuscaloosa: University of Alabama Press. RIKER, William H.
(1975). "Federalism". In: Greenstein, F. I. e Polsby, N. W. (Eds). Handbook of Political Science, v.5. Addison-Wesley: Reading,
( Massachusetts P. 93-172. RIKER, William H. (1964). Federaiism: origin, operation, significance. Little, Brown and Company: Boston,
Toronto. STEPAN, Alfred. (1999). "Para uma Nova Analise Comparativa do Federalismo e da Democracia: FederayOes que Restringem ou
Ampliam 0 Poder do Demos". Dados, v.42, :1.2, p.593-634. TSEBELlS, George. (2002). Veto Players: how political institutions work. Cap. 6.
( Russel Sage Foundation/Princeton University Press. New yOrk/Princeton. InstituiyOes e a Retral(1io do E~tado de Bem Estar (cont.) 6°
c seminario dia 22109: Origens e evolul(1io do federal/smo no Beasil: 1889/1964(Eduardo Meira lauli) ABRUCIO, Fernando Luiz. (1998). Os
BarOes da Federayao: os governadores e a redemocratizayac brasileira. Sao Paulo: Hucitec, Caps, 1,2. CARVALHO, Jose Murilo de.
(1998). Federalismo e centralizayao no Imperio brasileiro: histona e argumento. In: Pontos e Bordados. Belo Horizonte: Editora da UFMG.
LEAL, Victor Nunes. (1976). Coronelismo, Enxada eVolo. (0 Municipio e 0 Regime Representativo no Brasil). Alfa-Omega. Sao Paulo.
LOVE, Joseph L (1993). Federalismo y regionalismo en Bras.. In: Carmagnani, Marcello (Coord.). Federalismos latinoamericanos:
Mexico/Brasil/Argentina, pp. 180-223. Mexico: Fondo de Cultura Economica. TORRES, Joao Camilo de Oliveira. (1961). A Formal(1io do
Federalismo no Brasil. Cap. II. Sao Paulo: Companhia Editora Nacional. 7° seminario dia 29/09: Federalismo, democracia e
redemocratizal(1io (Eduardo Meira lauli) ABRUCIO, Fernando Luiz, Os Bar6es da Federayao: os governadores e a redemocratizayao
brasileira. Sao Paulo: Hucitec. Caps.3 e 4. ALMEIDA, Maria Herminia Tavares de. (2001). "Federalismo, Democracia e Governo no Brasil:
Ideias, Hipoteses e Evidencias", In BIB, n' 51. -------------------. (1995). "Federalismo e Politicas Sociais". In: Revista Brasileira de Cilfmcias
Sociais, n.28. ARRETCHE, Marta T. S. (1996). "Mitos da Descentralizayao: mais democracia e eficiencia nas politicas publicas?". Revista
Brasileira de Ciencias Sociais, n,31. SOUZA, Celina. 2001. "Federalismo e Descentralizal(ao na Constituil(1io de 1988: Processo Decis6rio,
Conflitos e Alianyas". Dados, v.44. n.3, p,513-560. 8° seminario dia 06/10: Estados e municipios no federalismo brasileiro (Eduardo Meira
Zauli) GOMES, Gustavo Maia e MAC DOWELL, Maria Cristina (2000), "Descentralizayao Politica, Federalismo Fiscal e Crial(1io de
Municipios: 0 que €I mau para 0 economico nem sempre Ii born para 0 social", In: Textos para discussao, n.706. IPEA. HORTA, Raul
Machado. (1990). "0 Estado-membro na Constltuiyao Federal Brasileira" Revista Brasileira de Estudos Politicos, n.69/70, pp. 61-89.
LOPREATO, Francisco Luiz Cazeiro. (2002). 0 Colapso das Finan<;8s Estaduais e a Crise da Federas:ao. Sao Paulo: Editora Unesp
TAVARES, Iris Ellete Teixeira Neves de Pinho. (1998). "0 Municipio Brasileiro: Sua Evolul(1io Hist6rico-Constitucional". Revista Brasileira
de Estudos Politicos, n.86, pp.85-116. TOMIO, Fabricio Ricardo de Limas. (2002). A Cria<;§o de Municipios Apos a Constituil(1io de 1988".
Revista Brasileira de Ciencias Sociais, v.17, n.48, p.61-89. Parte IIIlmpacto da Globalizal(ao sobre 0 Desempenho do Estado de Bem Estar
9° seminario dia 13/10: Instituis:6es e a retral(ao do Estado do Bem-Estar (Renato Boschi) PIERSON, P "Investigating the Welfare State at
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese==200313432001010011P2 22/4/2011
(
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
(
(
\ Ii'l Ministerio da Educa~o
BANCO DE TESES
RESUMO
Maria Goretti Ribeiro. A VIA CRUCIS DA ALMA: Leilura Milico.Psicol6gica da Trajet6ria da Heroina em As Parceiras, de Lya Luft.
01/11/2003
( 1v. 289p. Doutorado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS • LETRAS E LlNGOiSTICA
Email do autor:
gorettipsique@aol.com
Palavras • chave:
Lya Luft,leitura junguiana, arquetipos
( Area(s)do conhecimento:
LlTERATURA BRASILEIRA
( Banca examinadora:
Linha(s) de pesquisa:
Literatura, Cultura e Sociedade Estudo da literatura brasileira vista como representacao e interpretacao de processos historicos, socio
culturais e psicol6gicos que interagem com a dimensao estetica do discurso litera rio.
c CAPES - PICDT
Idioma(s):
Portugues
DependElOcia administrativa
( Federal
Resumo tesefdissertacao:
c Este trabalho interpreta a trajetoria mftico-psicologica da heroina no romance. As parceiras, escrito por Lya Luft, apoiado nos esquemas
miticos da busca do heroi e da heroina propostos, respectivamenle, por Joseph Campbell e Annis Prall; e no referencial leorico sobre os
arquelipos do inconsciente coletivo, mapeados por Carl Gustav Jung e aplicado por Erich N.eumann. Considerando as afinidades entre
( pensamento mitico, "imaginal(ao aliva" e imaginao;:iio poelica, admitindo a manifeslal(aO dp.1nconsciente pessoal e.coletivo noato da
criao;:iio litemria, evidenciamos mitos, simbolos e arquetipos do Feminino que fundamentam as metatoras e reconslroem a imagem
arquetipica da heroina, conhecida nos milos de todas as epocas. Nao obstante a tentativa de reconstruir 0 milo da insurreio;:iio feminina,
essa obra revisita, assimila e reinventa 0 imaginario da perseguil(ao e submissao da mulher, possibilitando um diillogo com figuras
lendarias que tematizam as inquietal(oes exislenciais femininas milenares e repetem 0 jugo da culpa, do medo e da depressao
conseqOentes da ruptura com padroes cuiturais e sociofamiliares em beneficio da construl(ao da propria identidade. Lendo 0 percurso
psicologico da protagonista central como urn processo de individuao;:iio, comprovamos que a detectal(aO dos erros existenciais, a avaliao;:iio
das perdas e ganhos, 0 enfrentamento do problema, aparentemente sem solul(ao, e a tentativa de transformao;:iio interior sao as etapas
invariaveis da aventura mitico-psicologica da heroina que pode ser empreefldida por qualquer individuo que deseja evoluir e construir a
\ individualidade; empresa que pre·requisita 0 retorno as origens, a reclusao, a introspeccao, a reflexiio judicatoria, um grande sofrimento
provocado pel a aulo-analise, a morte simbolica e 0 passivel renascimento. Conclui:nos que a heroina, como qualquer homem real, mesmo
C iluminada pela consciencia e orientada pelo Si-mesmo verdadeiro, esla subordinada ao poder do inconsciente. lornando-se, isso,
a
=========::.-:::-=::----=-=:-
.
=
vulneravel for\(8 dos arquelipos.
( =_.. ---_-:-....- _
=. - ............-...---.. -.-.......-.----...-.
- ..
.... _..... _........ __ ..................
Infor~nal;Oe,s constanles desta base de dados sao fornecidas diretamente a CAPES pelos program as de p6s-gradua!;ao mantidos por
Ilniv",·"inlad,.." e institui\;Oes de pesquisa brasileiras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros est~
a Iodas as leis de direitos autorais
(
(
BANCO DE TESES
\ ..
(
(
c
l.
(
RESUMO
Demetrio Alves Paz. Gallaz: a cristianizac;lIo do her6i do Graal. 0111012004
1v. 147p. Meslrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL· LETRAS
Orientador(es): Ana Maria Lisboa de Mello
Biblioteca Depositaria: BSCSH
Email do autor:
Palavras • chave:
( fdade Media; literatura portuguesa; Graal; Rei Artur
Area(s) do conhecimento:
TEORIA LlTERARIA
Banca examlnadora:
(
Ana Lucia Liberato Tettamanzy
( Elisabete Carvalho Peiruque
a
As jnformac;oes constantes desta base de dados sao fornecidas diretamente CAPES pelos program as de p6s-graduaC;ao mantldos por
unlversidades e illstituic;oes de pesqulsa brasilelras e silo de sua intelra responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros estft
sujelto a todas as leis de direitos autorais aDlie,"veis.
BANCO DE TESES
(
(
c
c RESUMO
ISAIAS RIBEIRO.·A NARRATIVA MITOLOGICA DE CAMPBELL NO FtLME 'BLADE RUNNER ..•. 01/10/2004
1v. 197p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - COMUNICACAO E INFORMACAO
Orientador(es): MARillA LEVACOV
Biblioteca Depositaria: FABICO/UFRGS
Email do autor:
c Palavras - chave:
COMUNICACAO; CINEMA; NARRATIVA MITOLOGICA: BLADE RUNNER
( Area(s) do conhecimento:
CIt::NCIAS SOCIAlS APLICADAS
c COMUNICACAO
c Banca examinadora:
ALEX FERNANDO TEIXEIRA PRIMO
c· Resumotese/dissertal(ao:
Esta pesquisa busca delerminar se a pelicula cinematografica Blade Runner pode ser entendida como milo segundo a concepyao de
Joseph Campbell, bern como procura desvendar qual 0 significado do filme enquanto mito. Para 0 primeiro toptco, foi usado 0 metodo de
analise textual, amparado no paradigma indiciario. Para 0 segundo topico, foi reila uma compara~o do Teste de Turing e do program a de
conversalfilio ELIZA, de Joseph Weizenbaum com Blade Runner. Nossa conclusao final remele a ideia da maquina como espelho simbolico
do ser humano.
( ._-------_._-_._----_.---_._.._----.. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ,
:As informal(oes constantes desta base de dados sao fornecidas diretamente a CAPES pelos programas de pOs-graduac;ao mantidos por
l unlversidades.e .'. n. stit.uic;oes d.e pesqU.. i..S.a.. b.ras.ileiras e sao de. sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus reglstros esiA
Isuj~~o a ~o~~s.Ols~ei.~.c!e dir!:lt().s_Ol~to.ra.i!l_I!p'licaveis.. . ... . . _ ....._...___._.__.___________________-'
c
('
(
(
(
(
c
rst Ministerio da Educa~o
BANCO DE TESES
(
(
c RESUMO
() ANDREA PACETTA DE ARRUDA BOTELHO. Tramas que sustentam transforma!(oes : escrita criativa e autodesenvolvimento como
aHados na constru!(ao de perfis e hist6rias de vida em jomalismo literllrio. 01/05/2004
(; 1v. 396p. Doutorado. UNIVERSIDADE DE sAo PAULO - CIENCIAS DA COMUNICA9AO
Orienlador(es): Edvaldo Pereira Lima
C' Biblioteca DepositaJia: ECAIUSP
( Email do autor:
Palavras • chave:
( jornalismo lilerllno; jornalistas; comunicayao
Area(s) do conhecimento:
COMUNICA9Ao
JORNALISMO E EDITORA<;:.A.O
Banca examinadora:
Cremilda Celeste de Araujo Medina
Edvaldo Pereira Lima
LlNO DE MACEDO
Mayra Rodrigues Gomes
TANIA MARIA JOSE AIELLO VAISBERG
linha(s) de pesquisa:
EPISTEMOLOGIA DO JORNALISMO REFLExAo CRITICA SaBRE A HERAN9A TEDRICO-PRATICA DOS OLTIMOS 50 ANOS;
( CORRElA90ES ENTRE A PRODU9Ao TEDRICA E AS PMTICAS DO DISCURSO DA ATUALIDADE NAS SOCIEDADES
CONTEMPORANEAS; DENTRO DOS MARCOS DE UMA EPISTEMOLOGIA PRAGMATICA, DELINEAMENTO DE ESTRATEGIA
( Ag(/Rcia(s) financiadora(s) do discente ou autor teseldisserta!(ao:
( Idioma(s):
Portuglles
Dependencia administrativa
Esladual
Resumo tese/disserta!(lio:
Trata-se de uma expenencia transdisciplinar com objetivo de instrumentalizar, em uma Olicina' de Escrita Criativa e autodesenvolvimento,
c um grupo de seis jornalistas para construir historias de vida usando recursos do Jornalismo Liteniirio Avanyado. A experiencia na olicina
cultiva habilidades enVolvidas nas etapas dessa constru9fio jornalistica: elabora9fio de pauta. capta9fio de dados (com especial enfase na
entrevista). observa~ao e produ9fio de texto (induindo edi9fio). Alguns exemplos dessas habilidades sao: a capacidade de observar, ouvir,
c relativizar; pansar, falar e escrever a partir de pontos de vista diferentes, relacionar-se, conviver, escrever e reescrever (editar). Se por um
lade 0 autodesenvolvimenlo, entendido como um continuo caminho de conhecer-se e transformar-se, contribui para um saito qualitative na
( exec~ao das etapas mencionadas (elaborayao da pauta, capla~ao dos dados e produ9fio do texto), essas praticas em $i, da forma como
sao exploradas na olicina, contribuem para 0 autodesenvolvimento, num circuito retroalimentado. 0 pano de fundo do objetivo do trabalho
c· eo ideal de um fazer jomalistico humanizado e humanizante - um fazer sistemico, que leve em considera~ao os contextos e personagens
envolvidos nos fatos narrados, procurando apreender 0 melhor possivel 0 todo no qual estao inseridos e ultrapassando sua suparficie para
mergulhar no conteudo humane a eles relacionado, procurando tamoom dar ao texto um tratamento estilistico que Ihe permila fazer jus a
densidade poetica da vida retratada 0 que e possivel 0 Jornafismo Literario Avan~ado, especialmente em forma de grande reportagem,
cuja maior expressao se encontra atualmente nos livros-reportagem. As pniiticas na olicina baseiam-se numa vi sao do ser humano como
um todo integrado (corpo fisico, essencia, mente e em~i5es sao indissociaveis) e imerso num contexto relacional e social. Tais praticas
sao: experiE!ndas com tecnica de escrita criativa espacialmente as do Jornalismo Liten3rio Avanyado); edi~ao individual e coletiva de textos
produzidos nas proprias reunioes; atividades grupais fundamentadas nas areas de psicologia, teatro, terapias corporais e educ8!fao que
ensejam a vivE!ncia ea discussao de temas relevantes para 0 objetivo do trabalho. A oticina se iniciou com .um encontro intensive de oito
horas e presseguiu em 14 encontros semanais (de mais ou menos duas horas e meia cada) ao longo de um semestre, ao lim do qual
houve dois dias intensivos de encontro. Estabeleceram-se entao os para metros basicos dentm dos quais cada um escreveria uma historia
de, vida sobre um personagem a escolher. Ao longo dos semeslres seguintes houve oito encontros (de duas horas e meia), nos quais se
discutiram as duas primeiras etapas da constru~so dessas historias de vida especificas: prepara~ao da peuta e capta9fio de dados
(entrevislas). Alguns meses depois do ultimo encontro, voltamos a nos reunir mais cinco vezes para discutir a primeira versao dos texlos e
encerrar 0 trabalho. No lotal, foram 30 encontros, totali4ando pouco mais de 70 horas de oticina. A analise previa des resultados (filmagem
des encontros, textos produzidos e depoimentos) indica que os integranles do grupo fizeram conquistas em varios aspectos: ganho de
fluidez e concisao na escrita e na elabora9fio de titulos, incremento na capacidade para editar, textos proprios e de oulros, desejo e
c inielativa de escrever com mais freqGencia sobre situa~6es observadas ou vivenciadas no cotidiano, maior facilidade na comunica9fio
ao expor ideias em grupo (na oficina e tambem fora dela), maior facilidade de organi4ar um conjunto de ideias para produ4ir umamateria,
c a a
diminui~ao da ansiedade em rela~ao ao olhar do outr~ e ao proprio olhar - ou seja, critica e autocr/tica. A Tese aborda temas como
criatividade, comunica9fio, jomalismo litera rio e literatura, mitologia, amadurecimentppsic6t6g1c ,educa~ao, desenvolvimento do
( pensamento 16gico; com base em ideias de autores como Edvaldo Pereira Lima •. ~remilda Medin ,Domenico de Masi, Lino de Macedo,
Gilberto Safra, Luiz Paulo Grinberg, Donald W. Winnlcott, Jean Piaget, Carl G. Jung, . wa1 ni, Joseph Campbell, Carlos un.mrno.,[]
( de Andrade, Fernando Pessoa, Joso Guimaraes Rosa, Isabel Allende e oulros.
a
As Informacoes constantes desta base de dados sao fornecldas diretamente CAPES pelos programas de p6s-graduac;i\o mantldos por
unlversldades e lnstitulcoes de pesqulsa brasileiras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros esta
sujeito a todas as leis de direitos autorais aplicaveis. .
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.htrnl?idtese=200497433002010096P7 22/4/2011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
(
( Dl Minlsterio da Educa~o
BANCO DE TESES
(
(
(
'~-'--~'---
c RESUMO
Erika Morais Martins de Padua. The Mage as the Hero: An Archetypal Study of Fantasy Literature. 01/07/2004
c 1v. 140p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - ESTUDOS LlTERARIOS
Orientador(es): Julio Cesar Jeha
( Biblioteca Depositaria: Biblioteca Universitaria da UFMG e Biblioteca da FALElUFMG
( Email do autor:
Palavras - chave:
Fantasy literature; Harry Potter; Joseph Campbell
.Area(s) do conhecimento:
LlTERATURAS ESTRANGEIRAS MODERNAS
Banca examinadora:
Julio Cesar Jeha
(
Lucia Helena de Azevedo Vilela
Magda Veloso Fernandes de Tolentino
(
Linha{s) de pesquisa:
Literaturas de Expressao Inglesa: Literatura e outros sistemas semioticos Est. das relao;;oes entre a lit.e outros sistemas artisticos e
( discursiVOS,com 0 objetivo de determinar 0 funcionamento desses sistemas, a codificao;;ao e decodif.de seus processos de produo;;ao e suas
instancias legitimadoras,no ambito das instituio;;oes sociais.
( Ag€mcia{s) financiadora{s) do discente ou autor tese/dissertacao:
( CNPq
Idioma{s):
( Ingles
Dependencia administrativa
( Federal
( Resumo tese/dissertacao:
Fantasy literature's popularity has become evident with the commercial success of JK Rowling's Harry Potte. series. Harry Potter is but the
latest popular phenomenom of fantasy narratives, and follows the tradition of other popular boo~s such as Tolkien's The Lord of the Rings,
l C.S. Lewis"s Narnia Chronicles, among others. This thesis aims tocontribute to a better understanding of this genre and of the probable
C reasons for its attractiveness by following Joseph Campbell's Myth Criticicism theory of the psychological appeal of the archetypal sutext
and mythological roots. To do this, I analyzed a key element in such narratives - the mage, unfolded as the Apprentice Mage, the Wise Old
Mage. and the Dark Mage, <III of them present in the Harry Potter books. Although there are many other variations of the traditional mage in
( fantasy narratives, based on the general characteristics of the mage characteres, I focused, to the purpose of this study, on the description
of these three types, as they are the most common ones in fantasy literature. The evolution of each type of the mage archetype throughout
( the study of many fantasy narratives, may show how the representation of the mage archetype as a Wi10le is changig accordin to the
contemporary sensibilities. The similarities and differences in the way they are represented were analyzed in detail under the Mage Cycle
( mytthical journey, a variation of Joseph Campbell's arch typal theory of Cycle. I first defined arhetype based on Campbell's theory of the'
Eternal Hero, in order to establish the critic framework. After the basic concepts of archetypes were identified, I the mage archetype on
Campbell's terms of the Hero's Cycle in order to define the Mage's Cycle and give details about its development in some important works of
contemporary fantasy literature. After that, I employed the mage Cycle to understand the mage archetypes present in the first book of the
Harry Potter series, Harry Potter and the Sorcerer's Stone, !hus providing an academic study of a best-selling fantasy book, since the
scholarly literature on Harry Potter barely exists. The conclusion about the evolution of the mage archetype sums up the changes suffered
by the archetypes present in the Harry Potter series and the way these changes increase the reader's identification with the Mage's Cycle
from earlier fantasy novels, in which the hero considered a fight and the acquisition of magical Knowledge as an end in itself, is that the
(
contemporary mage is interested in ~he understanding of his reasons for doing things. The fact that the mage hero has accepted the call for
the journey alSO. means he has accepted an inner cell. This may indicate that the contemporary mage is looking for answers for fundamental
existential questions of his quest is one of self-knowledge.
I
----- ---- .. ---~.- .-----------
c o CPF:
c .. ,-"~---.".---.----.- ~.----------~----.-----
constantes desta base de dados sao fornecidas diretamente tI CAPES pelos programas de p6s-gradua!;ao mantidos por
..- - - - ,
universidad4as e instituh;Oes de pesquisa brasileiras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros esta
( a todas as leiS de direitos autorais
(
\.
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=200427332001010056P6 22/4/2011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
BANCO DE TESES
(
(
RESUMO
~~'~.~.-- ...- - -..- - - - ' - - - - . -..--.-.'-"------------~- ...- . - - - - - . - - . -....- - -..- . - - - 1
Denise Maria Botelho. Eduea,,;ao e Orid: processos educativos no lie Axe Iya Mi Agba.• 01/09/2005
1v. 118p. Doulorado. UNIVERSIDADE DE sAo PAULO - EDUCACAo
( Orientador(es): Maria do Rosario Silveiro Porto
Biblioteca Depositaria: FEUSP
Email do autor:
Palavras - ehave:
imaginario, candomble, diversidade cultural, religiao
Area(s) do conhecimento:
Banea examinadora:
Maria Cecilia Sanchez Teixeira
Maria de Lourdes Bandeira de Lamonica Freire
Maria do Rosario Silveiro Porto
l, Nilma Lino Gomes
Teresinha Bernardo
( linha(s) de pesquisa:
(
Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/disserta,,;ao:
c
c Idioma(s):
Portugues
(
(
constantes desta base de dados sao forneeidas dlretamentea CAPES pelos programas de pos-graduaqao mantidos por
(: univer'Sidiadl~se instituiqOes de pesqulsa brasileiras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros esta
a todas as leis de dlreitos autorais
c
(
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=2005117633002010001P6 22/4/2011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of1
(
( III Ministerio da Educa~ao
BANCO DE TESES
(
(
(
('
(
RESUMO
( Rogerio de Almaida. 0 Imaginario de Fernando Pessoa: da educa~ao cindida a educa~ao sentida. 01/11/2005
1v. 387p. Doutorado. UNIVERSIDADE DE sAo PAULO - EDUCAc;:Ao
Email do autor:
Palavras - chave:
Fernando Pessoa, imaginario, mito, mitoeritiea
Area(s) do conhecimento:
Banca exam ina dora:
Helenir Suano
leleia Rodrigues de lima e Gomes
Marcos Ferreira Santos
(
Maria Cecilia Sanchez Teixeira
Vera Lucia Trevisan de Souza
Linha{s) de pesquisa;
( oCPF:
(
(
constantes desta de dados sao fomecidas diretamente a CAPES pelos programas de p6s·gradua~ao mantldos por
univel'siClades e instltui~Oes de pesquisa brasileiras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 usc da base de dados e de seus regislros esla
leis de direitos autorais 8olkAveis.
I
\ ..
BANCO DE TESES
(
(
c··
c
(.
( RESUMO
Ericka Sophie 8ratsiotls. A grega na obra 0 Minotauro de Monteiro Lobato. 01/05/2006
1v. 82p. Mestrado. UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE - LETRAS
Orientador(es): Maria Zelia Borges
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central George Alexander
Email do autor:
Palavras • chave:
Minotauro; mitologia; Monteiro Lobato.
Area(s) do conhecimento:
( LETRAS
Banca examinadora:
( Elisa Guimariies Pinto
( Maria Zelia Borges
Osvando Jose de Morais
( Linha(s) de pesquisa:
. 0 Processo Discursivo e a Produy8o Textual Estudos realizados na perspectiva das tendencias aluais da analise de discurso para a
( compreensiio dos mecanismos discursivos e de suas condiy5es de produy8o, e analise circunstanciada das varias forma;;:6es discursivas.
F Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autortese/dissertayao:
i..•. Instituto Presbiteriano Mackenzie
( Idioma(s):
Portugues
C Oependencia administrativa
( Particular
Resumo tese/dissertayao:
As historias da mitologia tenlam expressar uma verdade ql,Je nao pode ser captada de outra maneira. Os mitos sao a busca dessa verdade.
Monteiro Lobato,ao contar historias, buscava a verdade levando seus personagens em viagens atraves dos tempos. A presente
dissertayao tem por objetivo contra star, a luz da intertextualidade, 0 texto de Monteiro Lobato em sua obra 0 Minotauro com taxlos da
( mitologia grega escritos por outros autores, ressaltando a maneira como a historia e narrada e 0 conhecimento transmitido ao leitor. Para
que isso seja possivel, este trabalho alicer«;ara seus estudos em Monteiro Lobato, A. S. Franchini, Andre Gide, Carmen·Seganfredo,
( Joseph Campbell, Junito Brandao, Odile Gandon, Thomas Bulfinch e Viktor D. Salis. Para a analise da intertextualidade, tomou-se como
referencia os autores Barros e Fiorin, Bakhtin, Kristeva, Koch e Travaglia. Lobato, em seu texlo, utiliza-sa de uma linguagem simples para
conlar a historia da Gracia Antiga e, ao longo da narrativa, da defini;;:6es de vocabulos e deixa claro 0 quanto esle pais foi importante para
o desenvolvimento da arle, da ciencia e, a influencia a lingua grega tem na lingua portuguesa.
l
( inf,ol'l1lla(:oes constantes desta base de dados sao fomecidas diretamente a CAPES pelos programas de p6s-gradua\tao mantidos por
institui;;:oes de pesquisa brasileiras e sao de sua inteira responsabilidade. a uso da base de dad os e de seus registros esla
lodas as leis de direitos autorais
(
(
(
(
(
htip:llcapesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=200617733024014015P3 221412011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
(
( Iill Ministerio da Educa~ao
BANCO DE TESES
(.
(
(
c RESUMO
c Regina Helena Urias Cabreira. A condic;ao feminina na sociedade ocidental contemporilnea: uma releitura de A Letra Escarlate de
1v, 311p. Doutorado, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA -INTERDISCIPLlNAR EM CIENCIAS HUMANAS
Email do autor:
Palavras • chave:
Area(s) do conhecimento:
~. CIENCIAS HUMANAS
( Banca examinadora:
Linha(s) de pesquisa:
Epislemologia dos Estudos Interdisciplinares de GEmero 0 lugar do genero nos campos disci piina res das Ciencias Humanas (Psicologia,
C, Antropologia, Sociologia, Historia). Toorias feministas, estudos de genero, ccnstitui~o de sujeitos.
Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertac;iio:
(:
c; Idioma(s):
Portugues
DependelOcia administrativa
Federal
Resumo tese/dissertac;ao:
Nosso interesse em escrutinar a condi9ao da mulher na sociedade contemporanea ocidental, nos levou ao estudo do romance A Letra
Escarlate (1850), de Nathaniel Hawthorne. Primeiro apresentamos uma visao mitica-historica, onde se resgata o.ccnceito "feminin~," para
que possamos demonstrar a relevancia de se pesquisar a ccndi~o e a idenlidade feminina na Sociedade contemporanea ocidental,
atraves da obra de Marija Gimbutas, em The Language ofthe Goddess (2001) e de Edward Whitmont, em 0 Retorno daDeusa (2001)
entre oulros. Segundo, pela teoria da"jornada do heroj" de Joseph Campbell, em 0 Heroi de Mil Faces (2002), com enfase na 'trajetoria
a
heroica" e como esla se aplica a analise da estrutura profunda do romance e trajet6ria de sua heroina Hester Pry nne. Terceiro, pelo
estudo simbolico do conteCldo do romance, onde se mostra 0 significado profundo dos elementos que compCiem a trajetoria mitica em
( questiio. Para tanlo usamos as obras de J, E. Cirlot, Dictionary of Symbols (1998) e Ad de Vries, Dictionary of Symbols and Imagery
(1976). Quarto, atraves da teoria da psicologia social, que se refere ao feoomeno da "estigmatiza;;:ao: abordado atraves da teoria de Irving
Gottman em Estigma: Notas sobre a Manipula~o da Identidade Deteriorada (1988), complementada pelas obras de Henri Tajfel e Joseph
I p, Forgas {1981} sobre identidade social, calegoriza~o, auto-categoriza9ao €) estereolipia. Quinto, pelas reflexoes encontradas na Historia
das mulheres. atraves das quais fazemos uma recapitula;;:ao da condi~o feminina nos seculos XVII, XVIII, e XIX e como esta pode ser
(
L comparada aquela encontrada na era contemporanea. Aqui contamos. principalmente, com a obra de Michelle Perrot e George Duby em A
Historia das Mulheres no Ocidente entre oulros. Esle estudo nos possibilitolJ r.1ostra.r os varios fatores que influenciam a constru~o da
identidade pessoal e social da mulher, bem como sua condi~o na sociedade e'li que vive.
_ _ _ _ _ _ o ••• _ _ . _ •• _ _ _ ._~ _ _ _ ~~_. _ _ ,_._•• _ . _ _ _
o CPF:
~_, _ _ " . _ · · ____ • . . _• • _ • __~
.,
c "uornn",:oesconstantes desta base de dados sao fornecidas diretamente a CAPES pelos programas de pOs-graduac;ao mantidos por
( Iunlive,rsidacles e instituic;oes de pesquisa brasilelras e sao de sua inteira responsabilidade. 0
uso da base de dados e de seus registros estil
a todas as leis de direitos autorais
(
(.
(
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=2006941001010037PO 22/4/2011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
BANCO DE TESES
(
(
c
( RESUMO
LuisA DE OLIVEIRA. Coisas de menina: analise simb61ica da personagem Bufty a Ca!ja-Vampiros. 01/06/2007
1v. 101p. Meslrado. PONTIFlclA UNIVERSIDADE CATOLICA DE SAo PAULO - PSICOLOGIA (PSICOLOGIA CLiNICA)
Orieniador(es): LILIANA LIVIANO WAHBA
Biblioleca Deposilaria: PUC-SP
Email do aulor:
Palavras - chave:
PSicologia analilica, Arquetipo do her6i. Super-heroi
Area(s) do conhecimento:
( PSICOLOGIA
( Banca examinadora:
DENISE GIMENEZ RAMOS
( LAURA VllLARES DE FREITAS
LILIANA LIVIA NO WAHBA
( Linha(s) de pesquisa:
FUNDAMENTOS DA PSICOlOGIA CLINICA Esta linha de pesq se dedica ao estudo a)dos pressupostos e componentes da
PClprovenientes da filosofia (ontologia.epistemologia.metodologia) ou de outros campos cientificos ou culturais, b)das estruturas basicas
o CPF:
( As informa90es constantes desta base de dados sao fornecidas diretamente a CAPES pelos programas de pOls-gra<ilua"ao
universidades e institui,,6es de pesquisa brasileiras e sao de sua inteira responsabiUdade. 0 uso da base
c __ _
a todas
._-',_.. .... ..
as leis de direitos autorais
c
(
(
(
(
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=20076933005010014P3 22/412011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
(
Da Ministerio da Educa~o
BANCO DE TESES
(
(
'v
RESUMO
Lucas de Melo Bonez~ A aventura mitica em A can"ao dos Nibelungos e em 0 senhor dos AmHs: aproxima"oes e distanciamentos do
mito original ao mito contemporaneo. 01/1212008
1v. 120p. Mestrado. PONTIFlclA UNIVERSIDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO SUL LlNGOISTICA E LETRAS
( Orientador(es): Maria Eunice Moreira
c CAPES- DS
Idioma(s):
c
Portugues
Oependtincia administrativa
( Particular
( Resumo tese/disserta"ao:
\,
o presente trabalho aborda as semelhan9as e diferen9as entre os mitos antigo e con-temporaneo, atraves das obras A can9ao dos
Nibelungos, datada do seculo VIII, de autoria anonima, e 0 senhor dos aneis, produzido no seculoXX, por J.R.R. Tolkien. Para tanto, 10
( maremos por base para essa busca a teoria de Joseph Campbell sobre a aventura mitica, alE§m de autores que discutem 0 mito ontem e
hoje. A disserta9ao, assim, se estrutura atra-ves de quiilro capitulos, abrangendo a teoria sobre 0 milo, sua permanencia na alualidade e a
aventura mitica, para posteriormente aplicar aos herois Siegfried e Frodo, das respectivas obras ciladas. Conclui-se que a aventura mitica
e diferente ambos, mas demonslra a tenlativa de 0 homem melhorar sua os demais. em busca do exi-to..
oCPF:
.....
As informa<;oes constantes desta base de dados saO fornecidas diretamente a CAPES pelos program as de p6s·gradua<;ao m"nti,ln"
c universidades e instltui<;oes de pesquisa brasileiras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros esta
sujeito a todas as leis de direitos autora is
(
c
C.'·
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=20093642005019009P1 22/4/2011
rtN
BANCO DE TESES
( IRESUMO
Sylvestre Luiz Thomaz Gon!;alves Netto. 2 FILHOS DE FRANCISCO: Um fenomeno de publico apoiado no enraizamento cultural
c brasileiro•• 01108/2008
1v. 106p. Mestrado. UNIVERSIDADE PAULISTA - COMUNICA9Ao
Orientador(es): Geraldo Carlos do Nascimento
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central da Universidade Paulisla UNIP
Email do autor:
Palavras • chave:
Media9('io. Heroi Popular. Cinema Brasileiro.
Area(s) do conhecimento:
COMUNICA9AO
COMUNICAQAo VISUAL
Banca examinadora:
Adilson Jose Ruiz
(
Barbara Heller
Geraldo Carlos do Nascimento
linha(s) de pesquisa:
Configurac;ao de Unguagens e Produlos Audiovisuais na Cullura Midialica. Esluda os modos, formas e eslrab~gias como sao codificados e
estruturados os recursos e dispositivos visuais, sonoros e/ou audiovisuais nas linguagens, meios e produtos da Cullura midiatica
conlemporanea.
Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/disserta!;ao:
CAPES-PROSUP
Idioma(s):
Portugues
Dependencia administrativa
Particular
( Resumo tese/disserta!;ao:
o tema do presente trabalho e a produ9('io independente 2 filhos de Francisco, e objetivou a analise das possiveis causas que 0 levaram a
( conquistar a condic;ao de lider de audiencia dos filmes brasileiros produzidos nos ultimos vinle e cinco anos. Sob a oUca. comercial, trata-se
de um produto singular na filmografia brasileira, sua constru9aO deve-se as figuras de Zeze Di Camargo e de luciano, dupla composta per
irmaos, estralas de primeira grandeza no universe fonografico brasileiro, detenlores de resultados incomuns na vendagem de discos.
( Pautaram nossas analises, os processos externos e inlernos utilizados na' produ900 do filme. Denlre as ila90es delas retiradas, merecam
deslaque as media¢es nele conlidas, pautadas nas figuras dos sertanejoslretirantes e na trajeloria heroica de seus personagens, 0
( esmero tecnico de que esla revestido; e 0 suporte mercadologico que envolveu seu lal19Bmento. 0 primeiro capitulo trala dos caraleres
a
mercadologicos que compuseram 0 filme, analisando-os luz das lecnicas de marketing, e do processo midiatico que 0 acompanhou. 0
e
segundo situa 2 filhos de Francisco na historiografia do cinema brasileiro, analisa as figuras dos herois nele conUdas, e finalizado com um
tra90 social do sertanejo nos dias atuais. No capitulo final, 0 filme foi decomposto em seis etapas e organizado a partir da tessitura da Irilha
sonora nas canas que entendemos essenciais. Dentre os varios trabalhos que nos serviram de instrumental teorico, destacamos os
estudos sobre as media90es de Jesus Martin-Barbero, 0 texlo de Ismail Xavier que versa sobre 0 discurso cinematografico, e no percurso
do cinema brasileiro, Paulo Emilio Salles Gomes, Sidney Ferreira leite e Pedro Butcher. Quando tratamos da figura do heroi, nos
apoiamos em Joseph Campbell, lutz MOiler, Junito de Souza Brandiio, Sal Randazzo e Malena Segura Contrera. Outros autores e
estudiosos das areas de Comunica9ao, Sociologia e Mercadologia foram citados e contribufram na constrUS:80 deste texto.
http://capesdw.capes.gov.hr/capesdw/resumo.html?idtese::::::2008133063010004P6 22/4/2011
(
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
(
rsa Ministerio da Edu(a~ao
BANCO DE TESES
c
('
( Vania de Fatima Noronha Alves. Os festejos do reinado de Nossa Senhora do Rosario em Belo Horizonte/MG: praticas simb6licas e
c educativas. 01/04/2008
1v. 251p. Doutorado. UNIVERSIDADE DE SAO PAULO· EDUCA9AO
( Orientador(es): Maria do Rosario Silveiro Porto
Biblioteca Depositaria: FEUSP
Email do autor:
Palavras • chave:
Praticas educativas, Imaginario, Mito, Arquetipo
Area(s) do conhecimento:
EDUCA9AO
Banca examinadora:
Denise Maria Botelho
( Eliana Braga Aloia Atihe
Joao de Deus Vieira Barros
Lea Freitas Perez
( Maria do Rosario Silveiro Porto
Linha(s) de pesquisa:
c· Cultura, Organizayao e Educa9ao Investiga a cultura, concebida como 0 conjunto dos sistemas simb6licos, enquanto existemcia e
expressao nas praticas simb61icas das organizayOes e dos grupos. .
Ag~ncia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/disserta!(iio:
CAPES·DS
Idioma(s):
Portugu~s
Dependflncia administrativa
Estadual
Resumo tese/disserta!tao:
Este estudo partiu da premissa que toda pratica social. e uma pratica simb6lica, portantb, educativa. reve como foco de analise 0 Reinado
de Nossa Senhora do Rosario (tambemconhecido como Congado), manifesta9i!io eat6lica, tipica dos negros, popular e importante em
nosso Estado, tanto no interior quanto na capital, que aqui privilegia alguns grupos da cidade de Belo Horizonte. Esta manifesta<;ao se
funda em uma narrativa mitica em tomo da Santa de mesmo nome e constitui 0 imaginario de seus devotos. Dito de outro modo, por meio
da narrativa, os devotos de Nossa Senhora do Rosario (os Filhos do rosario) definem nao 56 a suacren~ como todo seu modus vivendi.
( Estamos diante de uma pratica social educativa (abusando da redundancia). 0 estudo teve como perguntas mobilizadoras: que imagens
'. estao presentes no mito de Nossa Senhora do Rosario? Como essas imagens constituem 0 modus vivendi de lodos aqueles que seguem 0
rosario de Maria? Que significantes elas concretizam no imaginario de seus devotos? Como se dao os processos educativos na conslru9i!io
desse imaginario? Seu principal objetivo foi analisar as imagens miticas do Reinado, investigando as modula90es entre 0 imaginario, 0
mito, a festa e as praticas educativas que Ihes sao inlrinsecas. Para isso, elegeu como base epislemologica 0 paradigma da complexidade.
e dentro dele, as teorias da antropologia do imaginario, da psicologia profunda e da festa. Os principais autores que alice~ram este
estudo foram Edgar Morin, Joseph Campbell, Gaston Bachelard, Gilbert Durand, Jean Duvignaud, Erich Neumann e Edward Whitmon!.
Este referencial teorico permitiu analisar 0 arquetipo da Grande-Mae e seu desdobramento na vida dos congadeiros. Assim, os objetivos
propostos para 0 estudo foram alcan~dos. Espera-se que os resultados encontrados possam contribuir para com os conhecimentos sobre
as comunidades afrodescendentes, ampliando a nossa compreensao da sociedade, de educa9i!io e de nos mesmos.
'-----
o CPF:
As informa!(Oes constantes desta base de dados sao fornecidas diretamente II CAPES pelos programas de p6s-graduac;iio mantidos por
universidades e institui!;oes de pesquisa brasileiras e sao de sua intelra responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros esta
i sujeito a todas as leis de dlreitos autorais apliciiveis.
(
' .. '
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=20084633002010001P6 22/4/2011
(
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
,
\
~ Ministerio da Educa~o
BANCO DE TESES
(
(
C.
C:
C
RESUMO
(
WALDINEI COMERCIO DE SOUZA GUIMARAES. 0 Crepiisculo em Santiago· A Jomada do Peregrin~ Rumo a Religiosidade e a
c Descoberta Analitica. 01/03/2008
1v. 117p. Mestrado. PONTIFlclA UNIVERSIDADE CATOLICA DE sAo PAULO - CIENCIAS DA RELIGIAO
( Orientador(es): Eduardo Rodrigues da Cruz
Biblioteca Depositaria: PUC/SP
Email do autor:
Palavras - chave:
( Santiago de Compostela, Campbell, Jung, Peregrinayao
c Area(s) do conhecimento:
TEOLOG1A
c Banca examinadora:
Denise Gimenez Ramos
Eduardo Rodrigues da Cruz
Sandra de Sa Carneiro
(
Linha(s) de pesquisa:
(; RELIGIAO, MODERNIDADE E POS·MODERNIDADE Recorrendo a pensadores seminais destes ultimos cam anos, a linha contempla
projetos que investigam os fundamentos da experiemcia religiosa e as metodologias adequadas ao entendimento desta.
Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/disserta~iio:
Idioma(s):
Portugues
Dependencia administrativa
Particular
Resumo tese/disserta~iio:
A redescoberta da peregrina~o no Caminho de Santiago de Compostela, observada no final do seculo XX, desperta um desejo de
investiga~o sobre suas causas e desdobramentos na vida de quem se prop(ie a percorre-Io em plena p6smodernidade. Essa investiga~o
( toma corpo na medida em que definimos as areas de conhecimento que podem nos auxiliar a compreender 0 fenomeno, e nesse sentido a
analise inicia-se pela Antropologia, que permitiu iluminar a peregrina980 considerando os movimentos sociais em torno dos ritos de
passagem, da religiao, espirilualidade e busca de sentido ao longo dos seculos ate os dias de hoje. Os significados decada rilo, simbolo,
gesto, sofreram modifica~5es ao longo da historia, mas preservam sua essencia. Em busca da visao do peregrino moderno sobre as
( transforma¢es do Caminho de Santiago, realizamos uma pesquisa com peregrinosde Santiago, cidadaos de classe media urbana
brasileira. Observamos pelas entrevistas que 0 Caminho, de fato, e capaz de reconectar 0 indlviduo com sua religiosidade e com a
possibilidade de transcendencia atraves do rito. Estes resultados sao analisados em conjunto com a descri980 da jornada do heroi em
Joseph Campbell, segundo 0 pensamento Junguiano, aproximando a estrutura do milo com as manifesta~5es arquetipicas. Buscando 0
aprofundamento no conteudo obtido com a pesquisa, encontramos elementos que revelam a capacidade de transforma~ao proporcionada
pelo ritual de peregrinayao a Santiago, um ingrediente fundamental no processo de encontro com 0 si·mesmo e de reintegrayao com as
experi€mcias religiosas dos entrevistados
.. _--_ ..._ - - -
informalrOes constantes desta base de dados silo fomecidas diretamente a CAPES pelos programas de p6s-graduat;;ao mantiqos por
,unlversidades e Instituit;;Oes de pesquisa brasileiras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros esia
~_~_•..••.a._t...o.das as leis de direitos autorais aplicaveis.
(
'-..'
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.htm1?idtese=2008223300501 0009PO 22/4/2011
CAPES - Banco de Teses Page 1 of 1
Dl Ministerio da Educa~o
BANCO DE lESES
(
c
(
c
c RESUMO
( Paula Soares Faria. The journey of the villain in the Harry Potter series: an archetypal study of fantasy villains. 0111112008
1v. 98p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - ESTUDOS LITERARIOS
( Orientador(es): Luiz Fernando Ferreira Sa
, Biblioteca Depositaria: BIBLIOTECA UNIVERSITARIA E BIBLIOTECA DA FALE - UFMG
'. Email do autor:
Palavras - chavez
fantasy, villain, Harry Potter
Area(s) do conhecimento:
LlTERATURAS ESTRANGEIRAS MODERNAS
( Banca examinadora:
Luiz Fernando Ferreira Sa
( Maria Clara Versiani Galery
Idioma(s):
Ingles
Dependencia administrativa
c Federal
Resumo teseldissertac;lIo:
c Fantasy has tilatured in our culture since the beginning of times. From ancient mythology to futuristic Sci-Fi. stories have been filled with
fantastic characters and settings. Disguised under the cover of the fantastic there is.a heavy load of symbolism being conveyed through
( structures called archetypes. The idea of archetype as a symbolic structure which is repeated countlessly over time and space was
identified and studied by the psychoanalyst Carl Gustav Jung and these archetypes can be recognized in many forms of art or even in
dreams. Fantasy usually has archetypes as its basic structure. The symbols expressed as archetypes are supposedly understandable
( through cultures, and yet, each culture may express the same archetype in different ways. An important archetype that too often features in
fantastical stories is that of the hero. Joseph Campbell has explored it, based on Jung's archetype theory, and called the pattern that
composes heroes worldwide the Monomyth or the hero journey. This journey can be clearly seen in stories from ancient folk-tale and
mythology to contemporary works. which is the case of the Harry Potter series. A literary phenomenon of the 21 st century, the Harry Potter
( series tells the story of a boy wizard and his journey into herohood. In every hero journey, its pinnacle is reached in the confrontation with an
arch (e)-villain. Every step in the journey bears a symbolic significance and the villain as part of that journey follows the rule. The villain is
mostly the force to which the hero has to oppose, he is also a representation of the unknown: therefore this character is usually presented
without a past or reason to be. However. the villain in the Harry Potter series. Lord Voldemort, lives his own journey; one which is incredibly
similar to the archetypal journey lived by the hero, Harry. This thesis studies the archetype of villains in fantasy literature and the journey of
the hero as it can be related to the villain in the Harry Potter series. This study is based on the archetypal the ory of C. G. Jung and on the
pattern traced for the hero by Campbell. The journeys of both viltain and hero are compared for the proposition of a cOntemporary
understanding ofthe villain archetype .
• ___._.. _.,
.~."" _. _ _ ,,_w,.. _,
o CPF:
(
As informac;oes constantes desta base de dados silo fornecidas. diretamente a CAPES pelos programas de p6s-graduac;ilo mantidos por
( universidades e institui!;;oes de pesquisa brasileiras e silO de sua inteira responsabllidade. 0 uso da base de dados e de seus registros esla
sujeito a todas as leis de direitos autorais
(
(
Dl Ministerio da Educ,lI;io
BANCO DE TESES
(
(
(
f
'.
RESUMO
Renato Jose Bittencourt Gomes. "A RI="!C in DE UM ANJO FORMOSO E CRUEL: 0 PAMPA I iOlllnn DE CERTO JUVENI..'V
GUTIERREZ". 01/0312009
3v. 160p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA - LETRAS
Orientador(es): Luis Gon~ales Bueno de Camargo
Biblioleca Deposilaria: Biblioteca Central da UFPR
Email do autor:
Palavras • chave:
c
r
Tabajara Ruas, gaucho, gauchesca, fronteira
Area(s) do conhecimento:
'-. LETRAS
Banca examinadora:
( Maria Eunice Moreira
( Linha(s) de pesquisa:
Literatura, historia e critica Estudo das figura~oes e das apropria¢es dos discursos historico, biografico, autobiografico e memorialista no
C discurso literario. Estudo de questoes da historiografia e da critica literanas. Estudo das rela~oes entre os mOdelos historiograficos.
Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/disserta~iio:
c Idioma(s):
Portugues
c Dependencia administrativa
c Federal
Resumo tese/disserta~iio:
c Estudo da figura do heroi e do significado da agua na romanesca de Tabajara Ruas, bam como da ambientat;ao do pampa e da fronteira,
a
utilizando como suporte teorico jornada do heroi ou teoria do monomito do Joseph Campbell. Para se chegar obra de Tabajara Ruas,
c· inicia-se com uma exposit;iio da teoria de Campbell para em seguida se fazer uma contextualizat;8o historico-antropol6gica da figura do
gaucho na literatura e, enta~, trabalhar aspectos dessa figura em obras de Erico Verissimo, Flavio Aguiar e Luiz Antonio de Assis Brasil.
e
Depois dessa relativamente ampla conlextualizat;ao, feila uma panoramica de toda a romanesca de Tabajara Ruas e, por tim, os
aspectos trabalhados convergem para 0 romance Perseguit;ao e cerco a Juvencio Gutierrez, em que 0 autor porventura chega aoponto
maximo da temalizat;i!iodopampa.dafronteiraedoelementoliquido.Palavras-chave: Tabajara Ruas, gaucho, gauchesca, fronteira.
elemento I1quido.
a
As informa~oes constantes desta base de dados sao fornecldas diretamente CAPES pelos programas de p6s-gradua!;lio mantidos p~r
universidades e institul!;Oes de pesquisabrasileiras e slio de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus reglstros
sujeito a todas as leis de direltos autorals aDilcaveliS.
(
(
Da Ministerio da Educa~ao
BANCO DE lESES
c
(
c
(
(
RESUMO
Francisco Leandro Barbosa. Mito e literatura na obra de Jose Saramago. 01103/2009
1v. 212p, Doutorado. UNIVERSIDADE ESTPAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO/ARARAQUARA - ESTUDOS LlTERARIOS
Oriehtador(es): MARIA CELIA DE MORAES LEONEL
Biblioteca Depositaria: UNESP
Email do autor:
Palavras - chave:
(>'
Mito, Simbolo, arquetipo, imaginario, Saramago
Area(s) do conhecimento:
(
LlNGOISiICA, LETRAS E ARTES
Banca examinadora:
Lilian Jacoto
( Linha(s) de pesquisa:
c TEORIAS E CRITICA DA NARRATIVA Estudo de teorias da narrativa com vistas principalmente a sua aplicayaoa critica de textos
narrativos.
Agencia(s) financiadora(s) do discente ou autor teseldissertar;ao:
( CAPES - Outros
C'.·' "
CNPq
Idioma(s):
Portugues
DepEmdencia administrativa
Estadual
Resumo teseldissertacao:
Esta pesquisa propoe a analise literMa de tres romances de Jose Saramago: Memorial do convento, 0 Evangelho segundo Jesus Cristo e
( Ensaio sobre a cegueira, focalizando como ocorre, de maneira geral, a complexa e, fascinante rela9ao estabetecida entre os campos do
mito e da literatura contempori!inea e, especificamente, 0 tratamento, a transforma9ao e a criayao de mitos pela narrativa saramaguiana.
( Entendendo 0 mito, de maneira abrangente, COm Joseph Campbell (1999, p. 21) como narrativa que fornece os simbotos que levam 0
espirito humane a avan98r, 0 objetivo principal deste trabalho e levantar e analisar as redundfmcias miticas, tematicas e estruturais
presentes nas obras para que se possa chegar, numa perspectiva mitocritica formulada, principalmente, por Gilbert Durand, aos mitemas
( que regeri1 0 imaginario saramaguiano. Assim, pretende-se analisar a forma como acontece a utilizayao, transformayao e cria9i!io de temas,
situa95es e arquetipos miticos nos romances mencionados e, tambem, formular novas possiveis interpreta90es para tres das principaiS
obras de um dos mais reconhecidos autores da portuguesa,
~
-.~.-. ~.----.-~. -~.~---- ---~.-.~
As Informar;Oes constantes desta base de dados sao fornecidas diretamente Ii CAPES pelos programas de p6s·gradua<;ao mantidos por
universidades e institulcOes de pesquisa braslleiras e sao de sua inteira responsabilidade. 0 usa da base de dadcs e de seus registros esta
Isujeito a todas as leis de dlreitos autorals aplicaveis. . ..............................._.".__..._ .~ _ ...._._........_ _ ._~_-1
(
(\
(
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=2009933004030016PO 7?/.d.nOll
CAPES - Banco de Teses Page I of 1
Dl Minirterio da Educa~o
BANCO DE TESES
(
(
\
(
RESUMO
( LILIAN SILVA SALLES. LalrOS miticos de familia: paradia, rito e lirismo em Lavoura arcaica. 01/04/2009
lv. 145p. Mestrado. PONTIFlclA UNIVERSIDADE CAT6L1CA DE SAo PAULO - LlTERATURA E CRITICA LlTERARIA
Email do autor:
Palavras - chave:
Area(s) do conhecimento:
lETRAS
Unha(s) de pesquisa:
c literatura: estudos comparados e historiografia Trata dos principios e metodos da literatura com parada e da articulayiio diacr6nico
sincr6nica da produyiio literaria, alem de envolver 0 estudo historiografico e/ou comparado de literaturas de lingua portuguesa com oulras
literaturas e cultu ras .
Ag€mcia(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertayiio:
CAPES-PROSUP
Idioma(s):
Portugues
Dependencia administrativa
c
Particular
Resumo·tese/dissertalrllo:
c o presente estudo tem por objetivo elucidar a reescritura mitico-parodica da Parabola. do tilho prodigo presentl'l no romance Lavoura
arcaica, de Raduan Nassar. Nossa intuito e fiagrar, nesse discurso narrativo de Nassar, a peculiaridade de sua escritura, na qual
identificamos procedimentos poeticos como: 0 lirismo, 0 sil€mcio, 0 sagrado e 0 profano que apresentam no discurso dial6gico do romance
( .recorrencia e alterniincia do orgiinico, do visceral e do natural que otimizam a quesiao domito no romance. Para lanto, levantamos a
seguinte questao: De que maneira 0 romance Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, ao dialogar de forma parodica com a Parabola do tilho
( prodigo, reconstrai, em prosa lirica, os layos miticos de familia, gerando um rito de renovayao c6smica? As principais hip6leses que nos
orienlaram foram: ao dialogar com a Parabola do tilho prOdigo, 0 romance Lavoura arcaica reconstroi os layos milicos de familia par maio
( de um lirismo lenso entre 0 dialogismo e 0 silencio. Ainda cogitamos que os layos miticos de familia, 'presentes em Lavoura arcaica,
promovem uma narrativa circular, na qual 0 rito de renovayiio cosri1ica assume a fusao do mistico e do parOdico pela presenya do sagrado
( e do profano, Irazendo 0 hom em de volta ao orgiinico, ao visceral e ao natural. Para refletir sobre essa problemiitica, trayamos um
percursa de estudo do mito tratando 0 conceito segundo os teoricos Mircea Eliade, Gilbert Durand e Joseph Campbell. Da mesma forma, a
( respeito da parodia e do dialogismo, temos como base teorica os estudos de Mikhail Bakhtin. Por uma peculiaridade desse romance
nassariano, 0 sagrado eo profano foram estudados a partir dos estudos tilmMm' de Mircea Eliade, ja a quesliio do silencio presente no
romance esm embasado nos estudos de Eni Orlandi. Revelamos as relayoes de peesia e lirismo, lendo como embasamento os ensaios
criticos de T.S. Eliol. Enfim, a pesquisa evidenciou-nos que os layes miticos de familia foram os construlores das tensoes discursivas e ds
reescritura parodico-mitica presentes no romance. Ao longo deste trabalho, observamos que 0 mito do eterno retorno no discurso
\.
narrativa constroi lavoura arcaica como metMora da busca de uma unidade familiar perdida
.~.~..----------~---------------------------------~--.----------------------------~.------
o CPF:
(
c rA~;info-~-m;~o;s co~st~nte;·d·~~sta base de dados sio fornecidas diretamente aCAPES pelos programas de p6s..gradua~lo mantidos por
( :unlversidades e instituh,Oes de pesquisa braslleiras e silo de sua inteira responsabilidade. 0 uso da base de dados e de seus registros es~
isujeito a !?~~.~~!~~de dire~to_s..a._u_t.o.:...r_a_is_aYc!3il.!i..'.\...:ei.!!~.__~_________~~ _______________________________________________-,
(
(
http://capesdw.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=20091433005010029PO 22/4/2011
Palas Athena
,
( '
( Pr~zado Carlos,
c Tomei a liberdade de fazer algumas sugestoes a lapis no seu original para dar maior
clareza ao texto. A transcri<;ao de uma fala nem sempre consegue expressar 0 que na
c a
interlocu<;ao emerge. Por favor, sinta-se vontade para utiliza-Ias oudesconsidera-Ias.
c
c Votos de uma finaliza<;ao de trabalho inspirada e gratificante.
(
Sauda<;oes da maior cordialidade,
(
( ,
'.
Co-fundadora
(
(
(
(
WWW.PALASATHENA.ORG.BR
UADISKIN@PALASATHENA.ORG.BR
c
(
( urn projeto de pesquisa que tern como objetivo maior a produyao da tese: Joseph
( Campbell: fragmentos de vida, mitologias, ressonancias (titulo provisorio). 0 proposito
( da pesquisa, entre outros, e entrevistar estudiosos e profissionais que trabalham ou
()
trabalharam na traduyao dos Jivros de Joseph Campbell no Brasil. Para tanto, pretende-se
(:
entrevistar professores, tradutores, revisores tecnicos e profissionais que atuaram
(
C diretamente na traduyao dos livros de Joseph Campbell que se disponibilizem,
voluntariamente, a participar deste trabalho.
o protocolo da entrevista sera apresentado antes da realizayao da mesma. As
entrevistas serao gravadas em audio por meio de urn gravador portatil analogico e/ou por
c entrevistas serao transcritas, editadas e analisadas pelo pesquisador. Todo 0 material com 0
/
(
c
c
c
(
C'
C
C
C
C
(
(
("
c·
(
C
(
(
(
(
I
Eu,LIA },/6kl,J 6fD'J~1fJ ./)IS!</,j /h<JwaJ' ,2-1 C RG uJ ,j'J'fr;2p --CR
I. . .
( CPF 02130 28 038 - Lis , pelo presente instrumento, aceito participar como
c·· voiuntario(a) desta pesquisa. Declaro que recebi as infonnayoes de forma clara e detalhada
( \
a respeito dos objetivos e da minha participayao nesta investigayao, sem ser coagido(a) a
C~
responder eventuais questOes.
(:
( Autorizo 0 pesquisador Carlos Aldemir Farias da Silva a utilizar 0 referido
( depoimento, no todo ou em parte, editado ou integral, inclusive cedendo seus direitos a
terceiros. Os dados coletados poderaoser utilizados na integra ou em parte para fins de
estudos cientificos, publicayoes de artigos, livros, semimirios e outros eventos academicos,
(
aiem da eiaborayao da tese de doutorado em desenvolvimento no Programa de Estudos
P6s-Graduados em Ciencias Sociais da Pontificia Universidade Cat6lica de Sao Paulo
( (PUC-SP), sob a orientayao do professor doutor Edgard de Assis Carvalho.
( Declaro estar ciente de que as publicayoes referidas acima serao objeto de
(
divulgayao, de veiculayao, de distribuiyao e/ou de venda, no Brasil e/ou no exterior, em
midia impressa e/ou digital/eietronica, podendo ser disponibilizadas por meio da rede
mundial de computadores (internet). DecIaro expressamente que as opinioes emitidas na
entrevista sao de minha exclusiva responsabilidade e que a publicayao da mesma nao viola
direitos de terceiros. Autorizo a revisao gramatical e ortografica do texto, desde que nao
(
acarrete aiterayao do conteudo e das opinioes ali contidas.
c Declaro tambem que estou informado(a) de que, a qualquer momento, posso
c
( .
esclarecer duvidas que tiver em relayao a entrevista, assim como ter a liberdade de deixar
de participar do estudo, sem que isso traga quaiquer prejuizo para mim. Declaro que recebi
uma c6pia do presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
(
~ ~ Por ser a expressao da verdade, dato e assino 0 presente tenno de cessao e de
c·
\ti~rizayao.
c f\ S'!fo :
Pti.(LW o<.D, de F~&,eo de 2012.
( ),'
\;~ ..
(
\
(
(
( Eu,
CPF .1.11,}3 Lt .3<0 g / 1--1-- , pelo presente instrumento, aceito participar como
voluntario(a) desta pesquisa. Declaro que recebi as informac;oes de forma clara e detalhada
a respeito dos objetivos e da minha participac;ao nesta investigac;ao, sem ser coagido(a) a
responder eventuais questoes.
c Autorizo 0 pesquisador Carlos Aldemir Farias da Silva a utilizar 0 referido
(
depoimento, no todo ou em parte, editado ou integral, inclusive cedendo seus direitos a
terceiros. Os dados coletados poderao ser utilizados na integra ou em parte para fins de
estudos cientificos, publicac;oes de artigos, livros, seminarios e outros eventos academicos,
(
(
alem da elaborac;ao da tese de doutorado em desenvolvimento no Programa de Estudos
( P6s-Graduados em Ciencias Sociais da Pontificia Universidade Cat6lica de Sao Paulo
( .
' (PUC-SP), sob a orientac;ao do professor doutor Edgard de Assis Carvalho.
(
Declaro estar ciente de que as pub! icac;oes referidas acima serno objeto de
('
divulgac;ao, de veiculac;ao, de distribuic;ao e/ou de venda, no Brasil e/ou no exterior, em
C
midi a impressa e/ou digital/eletronica, podendo ser disponibilizadas por meio da rede
mundial de computadores (internet). Declaro expressamente que as opinioes emitidas na
entrevista sao de minha exclusiva responsabilidade e que a publicac;ao da mesma nao viola
direitos de terceiros. Autorizo a revisao gramatical e ortognifica do texto, desde que nao
acarrete alterac;ao do conteudo e das opinioes ali contidas.
Declaro tambem que estou informado(a) de que, a qualquer momento, posso
esclarecer duvidas que tiver em relac;ao a entrevista, assim como ter a liberdade de deixar
de participar do estudo, sem que isso traga qualquer prejuizo para mim. Dec1aro que recebi
uma c6pia do presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Por ser a expressao da verdade, dato e as sino 0 presente termo de cessao e de
autorizac;30. ()
0Q.or~ de 2012.
¥.234. Jl;f-5
Assinatura do(a) particip CPF ou RG
CARLOS ALDEMIR FARIAS DA SILVA
DOCUMENTOS
CONFERÊNCIAS ERANOS
HENRY CORBIN ET MIRCEA ELIADE
À PROPOS DES
CONFÉRENCES
ERANOS
HENRY CORBIN
1
Que des hommes de science, représentant les spécia- en existe encore, ou quelque étudiant en mal dek thèse,
lités les plus diverses, et venant de tous les horizons découvre dans le phénomène Eranos au XXe siècle, le
géographiques, aient rendez-vous chaque année à Asco- sujet rêvé d'une monographie. Celle-ci ressemblera
na, au bord du Lac Majeur, ce n'est point, bien entendu, peut-être à tant d'autres qui depuis l'avènement de la
ce trait extérieur qui fait l'originalité de leur rencon- critique historique ont été consacrées aux „écoles”, aux
tre. Cette originalité se dévoile seulement à qui en „courants d'idées” du passé, pour en montrer les „cau-
comprend l'esprit. ses”, en expliquer les „influences”, les „migrations des
Pour faire comprendre cet esprit, peut-être suffira- motifs”, etc.
t-il de dire qu'en partant de son domaine de recherches Mais, il est à craindre que s'il se contente de, prati-
propres, le souci dominant auquel obéit chacun des quer à son tour une méthode scientifique qui aura eu
conférenciers (une dizaine en général), est d'exposer ce toutes les vertus, sauf la vertu initiale qui eût été de
qui lui apparaît essentiel pour l'homme à la quête de fonder son objet en reconnaissant la manière dont elle
la connaissance de soi-même, c'est-à-dire pour la va- commence par se le donner à elle-même, — i] est à
lorisation plénière de toutes les expériences humaines craindre que notre historien futur manque complète-
ayant une signification permanente, éternelle. Toutes ment le phénomène Eranos. Peut-être pensera-t-il l'avoir
les conférences s'ordonnent à un même centre: cette „expliqué” par une dialectique des causes, ingénieuse
image ce soi-même que l'homme découvre dans son et profonde. En revanche, il n'aura pas pressenti que
propre Univers. Et cette „ordination” s'accomplit dans le vrai problème eût été de découvrir non pas ce l7ui ex-
la liberté spirituelle absolue, sans présupposition dog- plique Eranos, mais ce que Eranos explique en Ivértu de
matique, de quelque nature que ce soit. D'où, sans autre ce qu'il implique: par exemple, l'idée d'une communauté
entente préalable qu'un thème général proposé un an vraie, rassemblant orateurs, et auditeurs, communauté
à l'avance, se renouvelle chaque année l'instant privi- si paradoxale qu'elle n'offre aucun des caractères aux-
légié d'une convergence, d'un paroxysme, qui opère la quels s'intéressent les statistiques et la sociologie.
double rencontre, à la fois scientifique et humaine, C'est pourquoi, si l'on évoque ici l'éventualité de
eux-mêsaussi bien entre les conférenciers qu'entre notre historien futur, ce n'est nullement par ! vanité
et les auditeurs. d'une gloire anticipée, mais plutôt avec la crainte que
Et leur conviction à tous est que les volumes de l'âme d'Eranos ne se perde un jour dans cette aventure.
l'Eranos-Jahrbuch qui forment déjà une bibliothèque, pro-
S'il n'eût été touché par cette crainte, celui que l'on
longeront leur message au-delà de la génération qui pressentit pour remplir un rôle de soliste en tête du
les aura produits. présent volume (1), se fût fait scrupule de se détacher
II est possible que dans un siècle ou deux, un peu 1) 1l s'agit, on le rappelle, du volume Man and Tinte, désigné -dessus
dans la note 2, page 1.
plus ou un peu moins, quelque historien des idées, s'il
3
2
ainsi du choeur de ses confrères. Mais il s'est convaincu la même raison qui fait, par exemple, que la première
d'une chose. Tout ce volume est consacré à la question et ultime explication des diverses familles gnostiques
du temps, que chacun de nous a envisagée sous l'angle évoquées dans le présent livre, ce sont ces gnostiques
de ses méditations habituelles. Or, s'il est vrai que tout eux-mêmes. On pourrait supposer toutes les circon-
en expliquant les choses et les êtres par leur temps, les stances favorables, opérer toutes les déductions pos-
historiens comme tels n'ont guère l'habitude de com- sibles, on ne raisonnerait jamais que dans l'abstrait,
mencer par s'interroger sur la nature du temps histo- s'il n'y avait le fait premier et singulier des consciences
rique, il y a peut-être dans le thème de ce volume la gnostiques. Ce ne sont point les „grands courants” qui
meilleure mise en garde contre l'équivoque d'une for- les suscitent et les font se rencontrer; ce sont elles qui
mule tendant à expliquer Eranos „ par son temps”. font qu'il y ait tel ou tel courant et qui en opèrent la
Il conviendrait de méditer ce que peuvent signifier rencontre.
ces mots: le temps d'Eranos. Car l'on n'expliquera pas Aussi est-il probable que le mot „ fait”, tel qu'on
Eranos en disant que ce fut un phénomène „bien de son vient de l'employer, ne signifie pas exactement ici ce
temps”, c'est-à-dire du temps de tout le monde, suivant que le langage commun de nos jours a l'habitude d'en-
la formule qui apporte tant d'apaisement aux confor- tendre par ce mot; il signifierait plutôt ce à quoi le
mismes inquiets ou hâtifs. Il ne semble pas du tout langage commun l'oppose, lorsqu'il distingue les per-
qu'Eranos ait jamais eu le souci „d'être de son temps”. sonnes et les faits, les hommes et les événements. Pour
Ce à quoi, en revanche, il aura peut-être réussi, c'est nous le fait premier et dernier, l'événement initial et
à être son temps, son propre temps. Et c'est en étant ultime, ce sont précisément ces personnes, sans les-
son temps propre, qu'il aura réalisé son propre sens, quelles n'adviendrait jamais quelque chose que nous
en acceptant volontiers de paraître à contre-temps. appelons „événement”. Il faut donc renverser les pers-
Ce ne sont pas certaines choses qui donnent son sens pectives de l'optique vulgaire, substituer l'herméneu-
à Eranos; c'est plutôt Eranos qui donne leur sens à ces tique de l'individuel humain à la pseudo-dialectique
autres choses. Comment dès lors, faut-il concevoir que des faits, acceptée partout et par tous aujourd'hui
ce soit non pas „en étant de son temps”, comme disent comme une évidence objective. C'est qu'en effet il a
tant de braves gens, mais en étant soi-même son temps, fallu que l'on commence par s'abandonner à la „con-
que chacun explicite et accomplit son propre sens ? trainte des faits”, pour imaginer en eux une causalité
Est-il possible de l'esquisser en un très bref rappel ? autonome qui les „explique”. Or „expliquer”, cela ne
Pourquoi notre hypothétique historien futur se met- veut pas encore dire forcément „comprendre”. Com-
tant en devoir d'expliquer Eranos par les circonstances, prendre, c'est plutôt „impliquer”. On n'explique pas
les „courants” et „influences” de l'époque, en manque- le fait initial dont nous parlons, car il est individuel et
rait-il le sens et l'essence, la „raison séminale” ? Pour singulier, et l'individuel ne peut être déduit ni expli-
4 5
qué: individuum est inefabile.
Occident, n'est-il pas l'effacement des prémisses stoï-
En revanche, c'est l'individuel qui nous explique, ciennes (1) devant la dialectique issue du péripaté-
lui, quantité de choses, à savoir toutes les choses qu'il
tisme? La pensée stoïcienne est herméneutique; elle eût
implique et qui n'auraient pas été sans lui, s'il n'avait résisté à toutes les constructions dialectiques qui pè-
commencé à être. Pour qu'il nous les explique il faut le sent sur nos représentations les plus courantes: en
comprendre, et comprendre c'est percevoir le sens de histoire, en philosophie, en politique. Elle n'eût pas
la chose même, c'est-à-dire comment sa présence dé- cédé à la fiction des „grands courants”, du „sens de
termine une certaine constellation des choses, qui dès
l'histoire”, des „volontés collectives”, dont aussi bien
lors eût été tout autre si d'abord il n'y avait eu cette personne ne peut dire au juste quel est le mode d'être.
présence. C'est là tout autre affaire que de déduire la
C'est qu'en dehors de la première et ultime réalité
chose de relations causales présupposées, c'est-à-dire
qui est l'individuel, il n'existe que des manières d'être,
de la ramener à autre chose qu'elle-même. Et c'est là
par rapport à l'individu lui-même ou par rapport à ce
sans doute que l'on accusera le plus volontiers le con-
qui l'entoure, et cela veut dire des attributs n'ayant
traste avec nos habitudes de pensée en vigueur, celles
aucune réalité substantielle en eux-mêmes, si on les
que représentent toutes les tentatives de philosophie
détache de l'individu ou des individus qui en sont les
de l'histoire ou de socialisation des consciences: l'ano-
agents. Ce que nous appelons les „événements ” , ce sont
nymat, la dépersonnalisation, l'abdication de la volonté
également les attributs de sujets agissants; ils ne sont
humaine devant le réseau dialectique qu'elle a com-
pas de l'être, mais des manières d'être. Comme actions
mencé par tisser elle-même, pour tomber dans son
d'un sujet, ils sont exprimés dans un verbe; or un
propre piège.
verbe ne prend de sens et de réalité que par le sujet
Ce qui concrètement existe, ce sont des volontés agissant qui le conjugue. Les événements, psychiques
et des rapports de volonté: volonté qui défaille, vo- ou physiques, ne prennent d'existence, ne „prennent
lonté impérieuse ou impérialiste, volonté aveugle, vo- corps” que par la réalité qui les réalise et dont ils
lonté sereine et consciente d'elle-même. Mais ces dérivent, et cette réalité ce sont les sujets individuels
volontés ne sont pas des énergies abstraites. Ou plutôt agissants, lesquels les conjuguent „à leur temps”, leur
elles ne sont et ne désignent rien d'autre que les sujets donnent leur propre temps, qui est toujours par essence
volontaires eux-mêmes, ceux dont l'existence réelle le temps présent.
postule que l'on reconnaisse l'individu et l'individuel
Ainsi donc, détachés du sujet réel qui les réalise,
comme la première et seule réalité concrète. J'admet-
les faits, les événements ne sont que de l'irréel. Tel est
trai volontiers être ici en affinité avec un aspect de la
l'ordre qu'il a fallu renverser pour aliéner le sujet
pensée stoïcienne, car précisément un des symptômes
caractéristiques dans l'histoire de la philosophie en 1) Voir l'excellent livre de Victor Goldschmidt, Le système stoïcien et
l ' idée du temps. Paris, J. Vrin, 1953.
6
7
Passé et futur deviennent ainsi des signes, parce que
réel, pour donner en revanche toute la réalité aux
précisément un signe est perçu au présent. Il faut que
faits, pour parler de la loi, de la leçon, de la matéria-
le passé soit „mis au présent” pour être perçu comme
lité des faits, bref nous laisser prendre au réseau d'ir-
„faisant signe” (si la blessure, par exemple, est un
réels construit par nous-mêmes et dont le poids retombe
signe, c'est qu'elle indique non pas qu'un tel a été blessé,
sur nous sous forme de l'Histoire, comme la seule
dans un temps abstrait, mais qu'il est ayant été blessé).
„objectivité” scientifique que nous puissions concevoir,
L'authentique dépassement du passé ne peut être que
comme la source d'un déterminisme causal dont l'idée
ne serait jamais venue à une humanité qui eût con- sa „mise au présent” comme signe. Et je crois que l'on
servé le sentiment du sujet réel. Détachés de celui-ci, peut dire que toute l'oeuvre d'Eranos est en ce sens une
les faits „ se passent”. Il y a du passé, et du passé „dé- mise au présent. Ni le contenu de ce livre-ci, ni celui des
passé”. D'où les ressentiments contre le joug du passé, vingt-quatre autres volumes déjà parus (1), n'offrent
les illusions progressistes et inversement les com- le caractère d'un simple dictionnaire historique. Tous
plexes réactionnaires. les thèmes traités y prennent la valeur de signes. Et s'il
Cependant, passé et futur, eux aussi, sont des attri- est vrai que, même un jour à venir, l'acte d'Eranos dont
buts exprimés par des verbes; ils présupposent le sujet l'initiative persévère depuis vingt-cinq ans (2), ne pour-
qui conjugue ces verbes, un sujet pour qui et par qui le rait être „expliqué” en le déduisant simplement de
circonstances qui autoriseraient l'historien à dire qu'il
s eul temps existant est le présent , et chaque fois le
présent. Dimensions du passé et du futur sont aussi „fut bien de son temps”, c'est parce qu'Eranos est lui-
bien chaque fois mesurées et conditionnées par la ca- même un signe. Il ne peut et ne pourra être compris
pacité du sujet qui les perçoit, par son instant. Ils que si on 1' interprète comme un signe, c'est-à-dire
sont à la dimension de cette personne, car il dépend comme une présence remettant sans cesse et chaque
d'elle, de l'ampleur de son intelligence et de sa gé- fois „au présent”. Il est son temps parce qu'il met au
nérosité de coeur, d'embrasser la totalité de la vie, présent, de même que chaque sujet agissant est son
totius vitae cursum, de totaliser, d'impliquer en elle-même temps, c'est-à-dire une présence qui met au présent
les mondes en reculant jusqu'à l'extrême limite la tout ce qui se rapporte à elle. Une présence active ne
dimension de son présent. C'est cela comprendre, et c'est tombe pas „dans son temps”, c'est-à-dire qu'elle n'est
tout autre chose que de construire une dialectique des pas „de son temps”, au sens de la formule simpliste
causes ayant fini d'exister dans le passé. C'est „inter- qui croit expliquer un être en le situant dans un temps
préter” des signes, non plus expliquer des faits maté- abstrait qui est le temps de „tout le monde”, et partant
riels, mais des manières d'être qui révèlent les êtres. n'est le temps de personne.
L'herméneutique comme science de l'individuel s'op-
pose à la dialectique historique comme aliénation de 1) En cette année 1968, trente-six volumes.
2) Depuis trente-cinq ana, en cette année 1968.
la personne.
9
8
En bref, tout le constraste est là. Avec des signes, Le sens de l'Histoire: plus n'est besoin de la naissance
avec des „hiérophanies” et des théophanies, on ne fait d'un Dieu dans la chair pour le faire découvrir. Une
pas de l'Histoire. Ou plutôt alors, le sujet qui est à la philosophie de çlasse prétend le 'détenir et l'imposer,
fois l'organe et le lieu de l'histoire, c'est l'individualité parce qu'elle n'est après tout qu'une théologie laïque
psycho-spirituelle concrète. La seule „causalité histo- de l'Incarnation sociale.
rique”, ce sont les rapports de volonté entre les sujets La caricature de notre propre image (Ivan Kara-
agissants. Les „faits” sont chaque fois une création nou-
mazov se contemplant dans le miroir) nous inspire
velle: il y a discontinuité entre eux. D'où percevoir
d'autant plus d'effroi, que nous n'avons précisément à
leurs connexions, ce n'est pas formuler des lois ni
lui opposer que nos propres traits qu'elle nous réflé-
déduire des causes., mais comprendre un sens, interpré- chit caricaturés. Or, on ne rivalise pas avec et contre
ter des signes, une structure d'ensemble. Aussi conve-
une socialisation scientifique, matérialiste et athée,
nait-il que fût au centre du présent livre l'esquisse par un conformisme de braves gens ne trouvant de
de C.G. Jung sur la synchronicité, parce qu'elle est justification à leur être que dans leur activité sociale,
elle-même au centre d'une nouvelle problématique du
ni de fondement à leur connaissance que dans les
s temps. Percevoir une causalité dans les „faits” en le „sciences Sociales”. Le non qu'il s'agit de clamer, pro-
détachant des personnes, c'est rendre possible sans cède d'un autre impératif. Il puise son énergie à l'é-
doute une philosophie de l'Histoire, c'est affirmer dog- clair dont la verticale conjoint le Ciel à la Terre, non
matiquement ce sens rationnel de l'Histoire sur lequel pas à quelque ligne de force horizontale se perdant
nos contemporains ont construit toute une mythologie. dans un illimité d'où ne se lève aucun sens. Car ce
Mais c'est alors réduire le temps réel au temps phy- qu'on appelle „évolution” n'aurait de sens qu'à l'é-
sique abstrait, essentiellement quantitatif, celui de l'ob- chelle cosmique; mais nos philosophies sont trop sé-
jectivité des calendriers profanes dont ont disparu les rieuses pour prendre à leur propre compte cette curio-
signes qui donnaient une qualification sacrale à chaque
sité tout au plus excusable chez des Gnostiques et
présent.
des Orientaux !
11 nous reste à prendre mieux conscience de l'abdi- Et pourtant, que l'on veuille bien s'arrêter un ins-
cation du sujet s'aliénant ainsi lui-même dans l'His- tant à la signature de ces quelques pages. Avec un
toire objective. Il aura fallu préalablement que les nom de lieu elle porte une double date incorporant
événements cessent d'être perçus au plan des signes, trois calendriers; une date de l'ère chrétienne, une date
pour être ramenés au plan des données. Les signes ont iranienne où le nom officiel du mois correspond à cet-
été ainsi laïcisés. Mais il aura fallu que toute notre lui du calendrier de l'ancienne Perse préislamique,
théologie prépare elle-même, par une inconsciente et tandis que le millésime est celui de l'hégire solaire
fatale complicité, la laïcisation dont elle est victime. (tout le reste de l'Islam, en dehors de l'Iran, comptant
10 11
en années lunaires). C'est un simple exemple. S'ima- et les septuples sens des Ecritures sacrées. Pour cela,
gine-t-on que la mise en concordance de ces ères, leur il importe de ne plus s'enfuir dans un temps abstrait,
mise ensemble „au présent”, leur conjugaison au pré- le temps des collectivités anonymes, mais de retrouver
sent, peut résulter d'une simple équation mathémati- le temps subjectif concret, le temps des personnes. Et
que, à l'aide d'une table de concordances ? On répon- ce n'est là, en son fond, qu'ouvrir la source vive de la
dra oui, si l'on a la naïveté de supposer que tous les sympathie inconditionnée, préexistante à notre propos
humains ont partout le même âge, les mêmes désirs, délibéré et conscient, la sympathie qui opère le grou-
les mêmes aspirations, le même sens des responsabi- pement des humains, et qui fait d'eux, elle seule, des
lités, et que la bonne volonté et une bonne hygiène „contemporains ” .
suffiraient à les mettre d'accord dans le cadre du Ce que nous voudrions appeler le sens d' Eranos, et
temps objectif abstrait, le temps mathématique uni- qui est aussi tout le secret d'Eranos, c'est qu'il est notre
forme de l'Histoire universelle. être au présent, le temps que nous agissons personnel-
Mais l'on répondra certainement non, si l'on a le lement, notre manière d'être. C'est pourquoi nous ne
sentiment aigu des différences, le souci des droits du sommes peut-être pas „de notre temps”, mais nous
pluralisme contre tout monisme, que celui-ci soit bien sommes beaucoup mieux et plus : nous sommes notre
intentionné ou qu'il soit brutal et inavoué. Ce dont il temps. Et c'est pourquoi Eranos n'a même pas de déno-
s'agit, c'est d'un rapport entre temps qualitatifs. L'Occi- mination officielle, ni de raison sociale collective. Ce
dental peut être de beaucoup l'aîné, et il peut être n'est ni une Académie, ni un Institut, pas même quel-
souvent le cadet de l'Oriental, selon le domaine où que chose que l'on puisse, suivant le goût du jour, dé-
ils se rencontrent. Mais il est peut-être vrai aussi que signer par des initiales. Non, ce n'est vraiment pas un
seul l'Occidental soit à même de sécréter l'antidote, phénomène „de notre temps”. Et c'est pourquoi il est
et d'aider l'Oriental à surmonter la crise spirituelle capable de mettre en déroute le futur historien dia-
que l'impact de l'Occident a provoquée chez lui, et qui lectique et déductif. Il n'intéressera pas même les ama-
a déjà ruiné à jamais plusieurs civilisations tradi- teurs de statistiques, les sondeurs d'opinions.
tionnelles. Si l'on veut à tout prix des courbes et des graphi-
Par ce simple exemple, on entrevoit la vraie tâche ques, je ne connais qu'une référence: la grande pla-
dont nous n'avons peut-être pas même commencé de nisphère que le Dr. Daniel Brody, notre courageux
prendre conscience. Il s'agit de percevoir ensemble les éditeur, eut l'idée de déployer sur les murs de l'expo-
mêmes signes; il s'agit pour chacun de nous de les in- sition commémorant le vingtième anniversaire de
terpréter chaque fois selon le sens de son être propre, 1'Eranos•Jahrbuch dans les locaux du Rhein-Verlag, à Zu-
mais il s'agit aussi d'en constituer une herméneutique rich. Planisphère sillonnée de lignes multicolores, abou-
concordante, comme jadis s'accordaient les quadruples tissant toutes au même centre: un point invisible sur
12 13
l'i mmensité de la carte, Ascona, sur les rives du Lac chaque fois en sonorités plus amples et plus profondes,
Majeur. Le profane y eût immédiatement pressenti — celles d'un microcosme dont on ne peut attendre
quelque chose de familier: les courbes indiquant les que le monde lui ressemble, mais dont on peut espérer
parcours d'avions, les lignes de grands trafics. Et que l'exemple se propage dans le monde.
pourtant elles n'annonçaient rien de tout cela, mais
simplement le parcours de chacun de nous, depuis les Téhéran, 21 décembre 1956.
différents points du monde, vers le centre qui nous 30 Azar 1335.
réunit. Ces lignes n'avaient aucun sens statistique: (Moscia, septembre 1966).
elles étaient des signes, le signe fait à chacun de nous,
et par chacun de nous.
De la réponse à ce signe résulte le concours d'in-
dividualités agissantes, autonomes, révélant et expri-
mant chacune, dans une liberté totale, leur manière
de penser et d'être originale et personnelle, en dehors
de tout dogmatisme et de tout académisme; une con-
stellation de ces volontés, et une constellation des
inondes qu'elles apportent avec elles, qu'elles ont pris
en charge, en les mettant au présent, le présent d'Eranos. En 1962 Olga Froebe-Kapteyn quittait ce monde.
Un ensemble, une structure, non pas un résultat con- Mais avant sa mort elle avait pris soin d'assurer la
ditionné par les lois de l'époque ni les engouements à continuation d'Eranos en créant la „Fondation Eranos”
la mode, mais un ensemble fort de sa seule norme dont les responsables devaient être Adolf Portmann
intérieure et centrale: une volonté féminine généreuse, et Rudolf Ritsema, familiers tous deux, depuis de nom-
énergique, tenace, celle de Mme Olga Froebe-Kapteyn, breuses années, des rencontres d'Eranos et très proches
invitant chaque année, autour d'un thème nouveau, de Madame Froebe-Kapteyn. La Fondation permit
à une création nouvelle. ainsi de maintenir le cadre et les ressources d' Eranos,
Et c'est pourquoi tous ceux-là même qui au sens du et d'assurer les rencontres annuelles en conservant
langage courant „ne sont plus”, ne cessent cependant l'esprit dans lequel Madame Froebe_Kapteyn les avait
d'être présents au présent d'Eranos. Un travail immense instituées. En outre, une fondation auxiliaire a été
s'est fait. Des essais, des oeuvres, ont vu le jour, des établie, sous la dénomination Amis d'Eranos. Elle a pour
oeuvres qui peut-être n'auraient pas fait éclosion, si but d'assurer les ressources financières qui permet-
'rnn p s ne les eût mises au présent. Son sens finalement: tront le maintien des rencontres d' Eranos dans les an-
celui d'une symphonie dont l'exécution serait reprise nées à venir.
14 15
MIRCEA ELIADE Et pourtant, pendant de nombreuses années, certaines
disciplines qui étudiaient les expériences les plus pro-
RENCONTRES A ASCONA fondes de la psyché humaine et leurs expressions
culturelles, se sont développées parallèlement sans
On sait qu'une des caractéristiques d'Eranos, à Asco- que leurs résultats se soient intégrés et articulés, en
na, est que les conférenciers ne s'adressent pas à un vue d'une connaissance plus exacte et plus complète
auditoire de spécialistes. Mais ils ne font pas non plus de l'homme. Les études d'histoire des religions, d'eth-
ce qu'on appelle oeuvre de „vulgarisation”; ils n'ex- nologie, de paléo-ethnologie et d'orientalisme ont ra-
posent pas les derniers progrès obtenus dans les dif- rement été regardées comme des phases, distinctes mais
férents domaines de la science. L'originalité d'Eranos solidaires, d'une même recherche. C'est seulement dans
tient surtout au fait que les conférenciers arrivent à les tout derniers temps qu'on a commencé à considérer
se débarrasser aussi bien de leur timidité que de leurs ces disciplines comme susceptibles de révéler des si-
complexes de supériorité. Les conférenciers, bien que tuations existentielles de l'homme dignes d'intéresser
„spécialistes” dans un seul secteur de la science, se non seulement le psychologue et le sociologue, mais
rendent compte qu'ils ont tout intérêt à se familiariser aussi le philosophe et le théologien.
avec les méthodes appliquées et les résultats obtenus C'est peut-être le plus grand mérite d' Eranos que
dans d'autres champs de recherches. Et cela, non pas de provoquer et d'encourager les rencontres et le dia-
par simple curiosité ou par le désir d'un encyclopé- logue entre les représentants des différentes sciences
disme naïf, mais parce qu'Eranos, à Ascona, est un des et disciplines .de l'esprit. C'est grâce à de telles ren-
lieux privilégiés où l'on prend conscience des vraies contres qu'une culture peut se renouveler en élargis-
dimensions de la culture. Tôt ou tard, tout savant de- sant courageusement son horizon. A Ascona ce sont
vra affronter ce problème et connaître par sa propre surtout les psychologues des profondeurs, les orienta-
expérience ce que veut dire être „culturellement créa- listes et les ethnologues intéressés à l'histoire des re-
teur”. Or, il n'y a pas de culture possible sans un ligions qui se sont rapprochés et ont collaboré avec
travail soutenu d'intégration dans une perspective le plus de succès. Cela s'explique peut-être par le
unitaire des progrès marqués dans les différents do- fait que, chacune de ces disciplines implique la ren-
maines de la recherche. Plus encore: il n'y a pas de contre et la confrontation avec un monde inconnu.
culture véritable si, en fin de compte, les créations étrange, voire „dangereux”. Dangereux puisque sus-
qui la constituent ne se réfèrent pas à l'homme et à ceptible de menacer l'équilibre spirituel de l'Occident
sa destinée. moderne. Certes, la confrontation avec ces monde
Tout cela paraît tellement évident qu'on n' ose de étranges ne comporte pas toujours le même degré
presque pas le rappeler de peur de répéter un truïsme. e danger, car certains étaient déjà connus depuis quelqu
16 1'
temps. Ainsi, par exemple, les études des orientalistes scient. La technique psychanalytique inaugurait un
avaient peu à peu familiarisé l'Occident avec l'excen- nouveau type de descensus ad inferos. Lorsque Jung dé-
tricité et le fabuleux des sociétés et des cultures asia- cela l'existence de l'inconscient collectif, l'exploration
tiques. Mais l'ethnologue découvrait des mondes spi-
de ces trésors immémoriaux — les mythes, les sym-
rituels obscurs et mystérieux, un univers qui, même boles, les images de l'humanité archaïque — commença
s'il n'était pas le produit d'une mentalité pré-logique,
à ressembler aux techniques océanographiques et
comme le croyait Lucien Lévy-Bruhl, n'en était pas spéléologiques. De même que les plongées dans les
moins étrangement différent du paysage culturel fa- profondeurs marines ou les expéditions aux fonds des
milier aux Occidentaux. cavernes avaient mis au jour des organismes élémen-
Evidemment, c'était surtout la psychologie des pro- taires, depuis longtemps disparus de la surface de la
fondeurs qui révélait le plus de terrae ignotae, et, par Terre, de même les analyses rapportaient des formes
le fait même, donnait lieu aux confrontations les plus de la vie psychique profonde, auparavant inaccessibles
dramatiques. On pourrait comparer la découverte de à l'étude. La spéléologie mettait à la disposition des
l'inconscient aux découvertes maritimes de la Renais- biologues des organismes tertiaires et même secon-
sance et aux découvertes astronomiques rendues possi - daires, des formes zoomorphiques primitives qui ne
bles par l'invention du télescope. Car chacune de ces sont pas fossilisables, c'est-à-dire, des formes qui avaient
découvertes mettait au jour des mondes dont on ne disparu de la surface de la Terre sans laisser de traces.
soupçonnait même pas l'existence auparavant. Cha- Par la découverte des „fossiles vivants”, la spéléologie
cune effectuait une sorte de „rupture de niveau”, en avançait considérablement la connaissance des moda-
ce sens qu'elle brisait l'image traditionnelle du monde lités archaïques de la vie. De même, les modalités
et révélait les structures d'un Univers jusqu'alors ini- archaïques de la vie psychique, les „fossiles vivants”
maginable. Or, de telles „ruptures de niveau” ne sont enfouis dans les ténèbres de l'inconscient, devenaient
pas restées sans conséquence. On sait que les décou- maintenant accessibles à l'étude grâce aux technique:
vertes astronomiques et géographiques de la Renais- élaborées par les psychologues des profondeurs.
sance ont modifié radicalement l ' image de l'Univers On comprend alors pourquoi les rencontres d'Asco-
et le concept de l'espace; en outre, elles ont assuré, na sont si stimulantes : les spécialistes de différent:
pour au moins trois siècles, la suprématie scientifique, mondes „étranges”, „exotiques” ou „insolites”, peu-
économique et politique de l'Occident, tout en ouvrant vent s'y entretenir longuement sur l'efficacité de leur:
la voie qui mène fatalement vers l'unité du monde.
méthodes, la valeur de leurs découvertes et la signi.
Les découvertes de Freud constituent également fication de leurs aventures culturelles. Chacun de ce,
une „ouverture” ; mais cette fois-ci il s'agit d'une spécialistes a consacré sa vie à l'étude d'un mondf
„ouverture” vers les mondes submergés de l'incon- non-familier, et ce qu'il a appris dans ce long com
18 1!
merce avec les „autres” le force de modifier radica- des historiens des religions, ont continuellement mis
lement les clichés traditionnels sur l'homme, la reli- en lumière l'intérêt humain, la „vérité” psychologique
gion, la raison, la beauté. Ces découvertes et ces con- et la valeur spirituelle de nombre de symboles, de
frontations font d'ailleurs partie du Zeitgeist. L'essor mythes, de figures divines et de techniques mystiques,
d'Eranos a coïncidé avec le réveil politique et culturel attestés aussi bien chez les Européens et les Asiatiques
de l'Asie et, surtout, avec l'entrée des peuples exoti- que chez les „primitifs”. De tels documents humains
ques et primitifs dans l'Histoire. La rencontre avec avaient été étudiés auparavant avec le détachement
les „autres” — qui constitue en quelque sorte le signe et l'indifférence avec lesquels les naturalistes du XIXe
sous lequel s'est développé Eranos — est devenu, après siècle croyaient qu'on devait étudier les insectes. Main-
la deuxième guerre mondiale, une fatalité de l'Histoire. tenant, on a commencé à se rendre compte que ces
A un certain moment, les membres d'Eranos ont documents expriment des situations existentielles, que,
senti qu'un nouvel humanisme serait susceptible de se par conséquent, ils font partie intégrante de l'histoire
dessiner à la suite de telles rencontres,. Des phéno- de l'esprit humain. Or, la démarche appropriée pour
mènes similaires étaient d'ailleurs en train de se pré- saisir le sens d'une situation existentielle n'est pas
ciser dans d'autres parties du monde. Il n'est pas l',,objectivité" du naturaliste, mais la sympathie in-
question de présenter ici, en quelques lignes, un pro- telligente de l'herméneute. C'était la démarche même qui
cessus culturel extrêmement complexe, et difficilement devait être changée. Car, même le comportement le plus
saisissable, qui est encore in statu nascendi. Disons seu- étrange, ou le plus aberrant, doit être considéré en
lement qu'à Ascona, chacun des conférenciers sent tant que fait humain; on ne le comprend pas si on le
que sa création scientifique gagne une nouvelle et plus considère comme un phénomène zoologique ou un cas
profonde signification dans la mesure où il s'efforce tératologique.
de la présenter comme une contribution à la con- Approcher un symbole, un mythe ou un comporte-
naissance de l'homme. D'autre part, on se rendre compte ment archaïque en tant qu'expression de situations
que ce nouvel humanisme en train de naître, ne peut existentielles, c'est déjà leur conférer une dignité hu-
pas être une réplique de l'ancien. Eranos a amplement maine et une signification philosophique. Cela aurait
démontré la nécessité d'intégrer les résultats des semblé absurde et ridicule aux yeux d'un savant du
”
orientalistes, des ethnologues et des historiens des re- XIXe siècle. Pour un tel savant la „sauvagerie ou la
ligions, afin d'arriver à une connaissance intégrale „stupidité primordiale” ne pouvait représenter qu'une
de l'homme. phase embryonnaire et, par conséquent, aculturelle
Mais il y a autre chose encore, et peut-être est-ce de l'humanité.
le plus important. Les recherches des psychologues Si le plus modeste mythe archaïque méritait d'être
des profondeurs, des ethnologues, des orientalistes, regardé comme partie intégrante de l'histoire de l'es-
20 21
d'une partie importante de soi-même, celle qui est
prit, la place des mystiques et des contemplatifs de
constituée par des fragments d'une histoire spirituelle
toutes les religions ne pouvait être que considérable.
dont il est incapable de déchiffrer la signification et
L'intérêt pour les disciplines spirituelles et les techni_
ques mystiques — spécialement celles, assez peu étu- le message; 2) tôt ou tard, le dialogue avec les „autres”
— les représentants des cultures traditionnelles, asia-
diées, de l'Orient et du monde primitif — a constitué,
dès le début, un des traits caractéristiques d' Eranos. tiques et „primitives ” — 'doit être amorcé non plus
Certes, un tel intérêt risquait parfois d'être mal inter- dans le langage empirique et utilitaire d'aujourd'hui
prété par les personnes non-averties et d'être confondu (et qui n'est capable de viser que des réalités sociales,
économiques, politiques, sanitaires, etc.), mais dans
avec l'engouement suspect pour l',,occulte", spécifi-
quement propre aux pseudo-morphoses modernes et un langage culturel, susceptible d'exprimer desréali-
aux innombrables mouvements de „spiritualité” bon tés humaines et des valeurs spirituelles. Un tel dia-
logue est inévitable; en somme, il fait partie de la
marché. Mais, on le sait, il n'existe pas un seul sujet
d'étude qui ne soit „compromis”, ou „compromettant”, fatalité de l'histoire. Ce serait une tragique naïveté
de croire qu'il peut se continuer indéfiniment au ni-
à un certain moment de l'histoire.
veau mental où il se trouve aujourd'hui. C'est pourquoi
Pour les membres d' Eranos, l'intérêt exceptionnel
l'un des buts des conférences d'Eranos fut et reste de
des disciplines spirituelles et des techniques mystiques
développer ce dialogue avec les „autres”. Par là même,
dépend du fait qu'elles constituent des documents
susceptibles de révéler une dimension de l'existence Eranos contribue, modestement mais de façon signifi-
cative, au travail d'intégration dont dépend la for-
humaine presqu'oubliée, ou complètement défigurée,
mation de la psyché moderne.
dans les sociétés modernes. Toutes ces disciplines spi-
rituelles et ces techniques mystiques ont une valeur
inestimable parce qu'elles représentent des conquêtes Octobre 1960
de l'esprit humain qui ont été négligées ou contestées
au cours de l'histoire récente de l'Occident, mais qui
n'ont perdu ni leur grandeur ni leur utilité.
Or, le problème se pose déjà, et se posera avec
une acuité de plus en plus dramatique, aux chercheurs
de la prochaine génération : comment trouver les
moyens de récupérer tout ce qui est encore récupé-
rable dans l'histoire spirituelle de l'humanité ? Et ceci Cet essai a été publié en traduction anglaise comme préface à Spiritual
pour deux raisons principales: 1) d'une part, l'homme Disciplines, Papers from the Eranos Yearbooks 4, Bollingen Series XXX, 4
occidental ne pourra pas vivre indéfiniment séparé 1960 (Princeton University Press et Routledge & Kegan Paul, London).
23
22
LES CONFÉRENCES D' ERANOS
1943
Cultes solaires et symbolisme de la lumière dans la
gnose et le christianisme primitif.
1933
1944
Yoga et méditation en Orient et en Occident.
Les Mystères.
1934 - 1935
1945
Symbolisme et direction spirituelle en Orient et en
Occident. L' Esprit.
1963
1954
De 1' Utopie.
L' Homme et les mutations.
1964
1955
Le Drame humain dans le monde des idées.
L' Homme et la sympathie de toutes choses.
1965
1956
La Forme: une tâche de l'esprit.
L' Homme et le principe créateur.
1966
1957
Activité créatrice et naissance des formes.
L' Homme et le problème de la signification.
1967
1958
Polarité de la vie.
L' Homme et la paix.
1959 1968
1960
L' Homme et la naissance des formes.
1961
L' Homme dans le conflit des structures.
27
26
LES CONFÉRENCIERS D' ERANOS Cari Gustav Jung Charles Picard
de 1933 à 1968
Werner Kaegi Helmuth Plessner
A propósito das
CONFERÊNCIAS
ERANOS
ASCONA
1968
[pág.1]
HENRY CORBIN
O TEMPO DE ERANOS
O mais frequente, o que evoca Eranos entende-se fazer perguntas desse gênero:
o que é pois Eranos? Como é constituído o círculo de Eranos, l’Eranos Kreis? Quais
são seus trabalhos e o que eles inspiram?1
As páginas que seguem, podem responder ao menos indiretamente a essas
questões. Elas foram escritas a pedido da Bollingen Foundation [Fundação Bollingen],
como prefácio da tradução inglesa do vigésimo volume de l’Eranos Jahrbuch2.
O autor tentou expressar no prefácio alguma coisa experimentada em comum,
não somente por aqueles que com o curso dos anos vieram a ser mais particularmente os
suportes de espírito d’Eranos, mas por todos aqueles que, em um momento ou outro, em
um grau de intensidade variante com as pessoas, não recusaram a aventura espiritual
que se expõe em torno ou no coração de cada seção de l’Eranos – Kreis. Se nas páginas
que seguem, certas linhas parecem vibrar, talvez, sob um golpe de arco imensamente
vigoroso, que queiramos bem expressivamente se lembrar da intenção que os motiva.
1
Um de nós, Adolf Portmann, professor de zoologia na Universidade de Bâle, formulou de maneira
excelente as tarefas passadas e as futuras d’Eranos: Adolf Portmann, Yom Sinn und Auftrag der Eranos
Tagungen (Eranos Jahrbuch XXX, 1961 Rhein Verlag Zurich).
2
Man and tinte, Papers from the Eranos-Yearbooks edited by Joseph Campbell, vol 3 (Bollingen Series
XXX, 3). 1957 (Princeton University Press and Routledge & Kegan Paul, London). Nosso texto francês
original foi publicado na nossa coleção In memoriam de Dr. Roger Godel: Roger Godel, do humanismo
ao humano. Paris, Belles-Lettres, 1953.
[pág. 2]
ainda existir algum, ou algum estudante em mal dek thèse, descobre no fenômeno
Eranos no século XX, o assunto sonhado de uma monografia. Esta parecerá talvez à
tantas outras que desde o advento da crítica histórica foram consagradas as “escolas”, as
“correntes de ideias” do passado, para mostrar suas “causas”, explicar suas
“influencias” , os “(padrões de migração)” etc.
Mas, deve-se temer que ele se contente em praticar das duas maneiras um
método científico que terá tido todas as virtudes, salvo a virtude inicial que tivesse sido
de fundar seu objeto reconhecendo a maneira cuja ela começa por se dar a ela mesma, -
deve-se suspeitar que ao nosso futuro historiador falte completamente o fenômeno
Eranos. Talvez pensará ele ter “ explicado” por uma dialética de causas, engenhosa e
profunda. Por outro lado, ele não terá pressentido que o verdadeiro problema tivesse
sido de descobrir e não o de explicar Eranos, mas o que Eranos explica em Ivértu do
que ele implica: por exemplo, a ideia de uma comunidade verdadeira, reunindo
oradores, e auditores, comunidade tão paradoxal que ela não oferece nenhuma das
características pelas quais a sociedade e as estatísticas se interessem.
Por isso, se evocamos aqui a eventualidade de nosso futuro historiador, não é
para nada! Vaidade de uma glória antecipada, porém mais com o temor de que a alma
de Eranos não se perde um dia nessa aventura. Se ele não tivesse sido tocado por este
temor, aquele que pressentimos para substituir um papel de solista na cabeça do
presente volume (31), se teria tido o escrúpulo de se desvencilhar
3
Trata-se, lembramos, do volume Man and tinte, designado – em cima da nota 2, página 1.
[pág. 4]
assim do conjunto de seus colegas. Mas ele se convenceu de uma coisa. Todo esse
volume é consagrado à questão do tempo, que cada um de nós visou sob o ângulo de
suas meditações habituais. Ora, se é verdade que tudo explicando as coisas e os seres
por seus tempos, os historiadores como tais não têm muito o hábito de começar por se
interrogar sobre a natureza do tempo histórico, há talvez no tema desse volume a melhor
advertência contra um equivoco de uma fórmula tendendo a explicar Eranos, por seu
tempo”.
Seria conveniente meditar o que podem significar essas palavras: le temps
d’Eranos (o tempo de Eranos). Pois não explicaremos Eranos dizendo que este foi um
fenômeno “bem ao seu tempo”, ou seja, do tempo de todo mundo, seguindo a fórmula
que trás apaziguamento aos conformismos inquietos ou precoces. Não parece realmente
que Eranos nunca teve a preocupação “de ser do seu tempo”. O que, entretanto, ele terá
talvez conseguido, (é de ter seu tempo), seu próprio tempo. E é tendo seu próprio
tempo, que terá realizado seu próprio senso, aceitando voluntários de aparecer a
contratempo. Não são todas as coisas que dão seu sentido à Eranos; e sim Eranos que
dá seu sentido à essas outras coisas. Como desde então, deve-se conceber que seja ou
não “sendo de seu tempo”, (como diz tanta gente boa), mas sendo ele – mesmo seu
tempo, que cada um explica e carrega seu próprio sentido? É possível esboçar de uma
forma muito breve?
Por que nosso hipotético futuro historiador se coloca no dever de explicar
Eranos pelas circunstancias, as “correntes” e “influências” da época, ele falha no
significado e na essência, na “razão (seminal)”? Pela
[pág. 5]
mesma razão que faz, por exemplo, com que a primeira e última explicação das diversas
famílias gnóstica evocada no presente livro, esses gnósticas são eles mesmos.
Poderíamos supor todas as circunstâncias favoráveis, operar todas as deduções
possíveis, raciocinaremos somente no abstrato, se não havia o fato primeiro e singular
de consciências gnosticas. Não é maneira alguma “grandes correntes” que os suscitam e
os fazem se reencontrar; esses são aquelas que fazem com que ele tenha tal ou tal
corrente e (que a operam o encontro).
Também é provável que a palavra “fato”, tal como acabamos de empregar, não
signifique exatamente aqui o que a linguagem comum dos nossos dias tem o hábito de
ouvir por essa palavra; ela significaria mais como a linguagem comum a opõe, quando
ela distingue as pessoas e os fatos, os homens e os eventos. Para nós o fato primeiro e
último, o evento inicial e último, são precisamente essas pessoas, sem as quais não
adviria jamais alguma coisa que nós chamemos “evento”. Devemos então reverter as
perspectivas da óptica vulgar, substituir a hermenêutica do individual humano para a
peseudo-dialética dos fatos, aceita em todo lugar e por todos hoje em dia como uma
evidencia objetiva. É que de fato foi necessário que começassem por se abandonar à
“(restrição) dos fatos”, para imaginar neles uma causalidade autônoma que os “explica”.
Ora “explicar”, isso ainda não quer dizer forçadamente “compreender”. Compreender é
mais “implicar”. Não se explica o fato inicial cujo o qual nós falamos, pois ele é
individual singular, e o individual não pode ser deduzido nem expli-
[pág. 6]
4
Ver o excelente livro de Vitor Goldshmidt, Le système stoïcien et l’idée du temps(o sistema stoïcien e a
ideia do tempo.)Paris, J. Vrin, 1953.
[pág. 8]
real, para dar entretanto, toda a realidade aos fatos, para falar da lei, da lição, da
materialidade dos fatos, enfim nos deixar tomar a rede de irreais construída por nós
mesmos e cujo o peso recai sobre nossa (sobe) forma de história, como a única
“objetividade” científica que nós possamos conceber, como a fonte de um determinismo
causal cuja a ideia não será jamais vinde à uma humanidade que foi conservada o
sentimento do sujeito real. Separadas deste, os fatos “se passam”. Há passado, e do
passado “ultrapassado”. De onde os ressentimentos contra o jugo do passado, as ilusões
progressistas e inversamente as complexas reacionárias.
Porém, passado e futuro, eles também, são atributos expressos por verbos; eles
pressupõem o sujeito que conjuga esses verbos, um sujeito para quem e por quem o
único tempo existente é o presente, e cada vez o presente. Dimensões do passado e do
futuro são também cada vez mais medidas e condicionadas pala capacidade do sujeito
que os percebe, pelo seu instante. Eles estão na dimensão desta pessoa, pois ele depende
dela, da amplitude de sua inteligência e de sua generosidade de coração, de abraçar a
totalidade da vida, totius vitae cursum, de totalizar, de implicar nela mesma os mundos
recuando até o extremo limite da dimensão de seu presente. É isso compreender, e é
tout autre coisa que de construir uma dialética de causas tendo (terminado de existir)
no passado. É “interpretar” sinais, não mais explicar fatos materiais, mas maneiras de
ser que revelam os seres. A hermenêutica como ciência do individual se opõe a dialética
histórica como alienação da pessoa.
[pág. 9]
Passado e futuro vem a ser assim sinais, porque precisamente um sinal é percebido no
presente. É necessário que o passado seja “colocado no presente” para ser percebido
como “(fazendo sinal)” (se a quebra, por exemplo, é um sinal é que ela indica não
somente um determinado quebrado, em um tempo abstrato, mas que ele tenha sido
quebrado).
A autêntica ultrapassagem do passado só pode ser sua “(tomada no presente)”
como sinal. E eu creio que podemos dizer que toda a obra de Eranos é neste sentido
uma (tomada no presente). Nem o conteúdo deste livro, nem o dos vinte quatro outros
volumes já aparecidos5, não oferece o caractere de um simples dicionário histórico.
Todos os temas tratados nestes volumes tomam o valor de sinais. E se é verdade que,
mesmo um dia futuramente, o ato de Eranos cuja iniciativa persevere desde vinte cinco
anos6, não poderá ser “explicada” deduzindo-a simplesmente as circunstâncias que
(autorizariam) o historiador a dizer que “foi bem ao seu tempo”, é por que Eranos é ele
mesmo um sinal. Ele não pode e não poderá ser compreendido se não for interpretado
como um sinal, ou seja, dizer como uma presença remetendo sem cessar e cada vez “no
presente”. Ele é seu tempo por que ele coloca no presente, mesmo que cada sujeito
(ativo) é seu tempo, ou seja, uma presença que coloca no presente tudo o que se reporta
a ela. Uma presença ativa não cai “em seu tempo”, ou seja, que ela não é “do seu
tempo”, no sentido da fórmula simplista que acredita explicar um ser situando-o em um
tempo abstrato que é o tempo de “todo o mundo”, e (partindo) não é o tempo da pessoa.
5
Neste ano 1968, trinta volumes.
6
Após trinta e cinco anos, neste ano de 1968.
[pág. 10]
Enfim, todo o contraste está aqui. Com sinais, com “hiérophanies” (hiérophante é um
tipo de sacerdote que presidia aos mistérios de “Eleusis”; hieros = sagrado e phainein =
revelar) e théophanies (tem alguma relação com uma revelação religiosa) não fazemos
parte da história. Ou ainda mais, o assunto desta vez é tanto o (corpo/matéria) como
lugar da história, é a individualidade psico-espiritual concreta. A única “causalidade
histórica”, são as relações de vontade entre os sujeitos (ativos) Os “fatos” são cada vez
uma criação nova: há a descontinuidade entre elas. De onde perceber suas conexões,
não é formular leis nem deduzir causas, mas compreender um sentido, interpretar sinais,
uma estrutura de conjunto. Também seria conveniente que fosse ao centro do presente
livro o esboço de C. G. Jung sobre a sincronicidade, porque ela é ela mesma no centro
de uma nova problemática do tempo. Perceber uma causalidade em “fatos” separando-
os das pessoas, é tornar possível sem dúvida uma filosofia da história, é afirmar
dogmaticamente esse sentido racional da história sobre o qual nossos contemporâneos
construíram toda uma mitologia. Mas é ainda reduzir o tempo real para o tempo físico
abstrato, essencialmente qualitativo, esse da objetividade dos calendários profanos onde
desapareceram os sinais que deram uma qualificação sacral a cada presente.
Resta-nos tomar melhor consciência da abdicação do sujeito se alienando assim
ele mesmo na história objetiva. (Deveria ter sido feito) primeiramente com que os
eventos cessassem de ser percebidos no plano dos sinais, para serem levados ao plano
dos dados. Os sinais foram assim (secularizados). Mas (deveria ter sido feito) com que
toda a nossa teologia se prepare ela mesma, para uma inconsciente e fatal cumplicidade,
a secularização cuja ela é vítima.
[pág. 11]
O sentido da história: não se precisa mais do nascimento de um Deus (de carne e osso)
para descobrir (esse sentido). Uma filosofia de classe pretende o deter ou o impor,
porque mesmo depois de tudo ela não passa de uma teologia laica da encarnação social.
A caricatura da nossa própria imagem (Ivan Karamazov contemplando-se em
um espelho) nos inspira mais terror do que temos realmente, tanto que nós não vamos
nos opor a ele que nossos próprios traços que ela nos reflete caricaturados. Ora, não
rivalizamos com e contra uma socialização científica, materialista e ateia, por um
conformismo de bravas pessoas não encontrando justificativa para o seu ser que em sua
atividade social, nem do fundamento ao seu conhecimento que nas “ciências sociais”. O
non que ele trata de clamar, procede de um outro imperativo. Ele retira sua energia à
claridade cuja vertical em conjunto com o Céu e a Terra, não a qualquer linha de força
horizontal perdendo-se em um ilimitado de onde não se levanta nenhum sentido. Pois
esse que chamamos “evolução” não teria sentido fora da escala cósmica; mas nós
filósofos somo muito sérios para tomar a sua própria conta essa curiosidade ainda mais
desculpável para alguns gnósticos e Orientais!
E mesmo assim, queremos muito parar um instante na assinatura de algumas
dessas páginas. Com um nome de lugar ela trás uma dupla data incorporando três
calendários; uma data da era cristã, uma data iraniana onde o nome oficial do mês
corresponde aquela do calendário da antiga Pérsia pré-islâmica, assim como o milésimo
é aquele do hégira solar (todo o resto do Islam, fora o Iran, somam
[pág. 12]
e os sétuplos sentidos da escrituras sagradas. Para isso, importa não mais fugir ou se
evadir em um tempo abstrato, o tempo das coletividades anônimas, mas de encontrar o
tempo subjetivo concreto, o tempo das pessoas. E não é aqui, em seu fundo, que abrir a
fonte viva da simpatia incondicionada, preexistente ao nosso propósito deliberado e
consciente, a simpatia que opera o agrupamento dos humanos, e que faz deles, apenas
ela, os “contemporâneos”.
O que nós queremos chamar o sentido de Eranos, e que é também todo o
segredo de Eranos, o que é nosso ser no presente, o tempo que nós agimos
pessoalmente, nossa maneira de ser. É porque nós não estamos talvez no “nosso
tempo”, mas nós estamos muito melhor e mais: nós somos nosso tempo. E é por que
Eranos não tem nem mesmo denominação oficial, nem da razão social coletiva. O que
não é nem uma Academia, nem um Instituto, nem qualquer coisa que possamos,
seguindo o gosto do dia, designar por iniciais. Não, não é realmente um fenômeno “do
nosso tempo”. E é por que ele é capaz de colocar em ruína o futuro historiador e
dedutivo. Não interessará mesmo aos amantes de estatística, e aos sondadores de
opiniões.
Se queremos a todo preço curvas e gráficos, eu conheço apenas uma referência:
a grande (planisfera) que o doutor Daniel Brody, nosso corajoso editor, teve a ideia de
(implantar) sobre as paredes da exposição comemorando o vigésimo aniversário do
l’Erano-Jahrbuch em locais du Rhein-Verlag, em Zurich. Planisfério sulcado de linhas
multicores, (principiandi) todas no mesmo centro: um ponto invisível sobre
[pág. 14]
a imensidão do mapa, Ascona, sobre as bordas do Lago Maior. O profano (lá, foi)
imediatamente pressentido alguma coisa de familiar: as curvas indicando os percursos
dos aviões, as linhas de grande tráfico. E, no entanto, ela não anuncia nada de tudo isso,
mas simplesmente o percurso de cada um de nós, desde os diferentes pontos do mundo,
entorno do centro que nos reuni. Essas linhas não tiveram nenhum senso estatístico: elas
eram sinais, o sinal feito a cada um de nós e por cada um de nós.
Da resposta a este sinal resulta o concurso de individualidades ativas,
autônomas, cada uma delas revelando e expressando, em uma liberdade total, sua
maneira de pensar e de ser original e pessoal, fora de todo o dogmatismo e de todo o
academismo; uma constelação de suas vontades, e uma constelação de (inundação que
elas trazem consigo), que elas tomam de conta, colocando-as no presente, o presente de
Eranos. Um conjunto, uma estrutura, não um resultado condicionado pelas leis da época
nem pelas (predileções) da moda, mas um conjunto forte da única norma interior e
central: uma vontade feminina generosa, enérgica, tenaz, esta da Sra. Olga Froebe-
Kapteyn, convidando cada ano, em torno de um tema novo, para uma criação nova.
E é por isso que todos esses mesmos que no sentido da linguagem usual “não são
mais”, nem cessam, porém de estarem presentes no presente de Eranos. Um trabalho
imenso se faz. Ensaios, obras, vimos o dia, obras que talvez não tivesse eclodido, se
‘mnps não lhes tivesse colocado no presente. Seu senso finalmente; aquele de uma
sinfonia cuja a execução seria retomada
[pág. 15]
Em 1962 Olga Froebe-Kapteyn deixou esse mundo. Mas antes de sua morte ele teve a
preocupação de se assegurar da continuação d’Eranos criando “a fundação Eranos” cujos os
responsáveis deviam ser Adolf Portmann e Rudolf Ritsema, familiares todos dois, após vários
anos, de encontros d’Eranos e muito próximos da Sra. Olga Froebe-Kapteyn. A fundação
permite assim manter o quadro e os recursos de Eranos, e de assegurar os encontros anuais
conservando o espírito do qual a senhora Olga Froebe-Kapteyn os havia instituído. Além disso,
uma fundação auxiliar estava estabelecida, sob a denominação Amigos de Eranos. Ela tem por
objetivo assegurar os recursos financeiros que permitirão manter os encontros de Eranos nos
anos futuros.
[pág. 16]
Mircea Eliade
ENCONTROS EM ASCONA
mesmo assim, durante numerosos anos, certas disciplinas que estudaram as experiências
mais profundas da psique humana e suas expressões culturais, são desenvolvidas
paralelamente sem que seus resultados sejam integrados e articulados, em vista de um
conhecimento mais exato e mais completo do homem. Os estudos de história das
religiões, de etnologia, da paleo-etnologia e do orientalismo tem raramente olhado como
fases, distintas, mas solidárias de uma mesma pesquisa. É somente nos últimos tempos
que começamos a considerar essas disciplinas como suscetíveis de revelas situações
existenciais de homens dignos de interessar não somente o psicólogo e o sociólogo, mas
também o filósofo e o teologista.
É talvez o maior mérito de Eranos o de provocar e de encorajar os encontros e o
diálogo entre os representantes de diferentes ciências e disciplinas do espírito. É graças
a tais encontros que uma cultura pode se renovar alargando corajosamente seu
horizonte. Em Ascona são, sobretudo os psicólogos os aprofundadores, os orientalistas e
os etnológicos interessados na história das religiões que são aproximadas e tem
colaborado com o maior sucesso. Isso explica-se talvez pelo fato de que, cada uma
dessas disciplinas implica no reencontro e no confronto com um mundo desconhecido.
Estranho, leia-se “perigoso”. Perigoso já que é suscetível de ameaçar o equilíbrio
espiritual do Ocidente moderno. Certos, o enfrentamento com esses mundos estranhos
não comportam todos o mesmo degrau de perigo, pois alguns já eram conhecidos após
algum
[pág. 18]
tempo. Assim, por exemplo, os estudos dos orientalistas tiveram que ser pouco a pouco
familiarizados ao ocidente com a excentricidade e o fabuloso das sociedades e das
culturas asiáticas. Mas o etnólogo descobriria mundos espirituais obscuros e
misteriosos, um universo que, mesmo se não era o produto de uma mentalidade pré-
lógica, como o estranhamento diferente da paisagem cultural familiar aos ocidentais.
Evidentemente, era, sobretudo, a psicologia dos aprofundadores que revelava o
maior de terrae ignotae, e, pelo fato mesmo, dava lugar aos confrontamentos mais
dramáticos. Poderíamos comparar a descoberta do inconsciente as descobertas
marítimas da renascença e as descobertas astronômicas que foram possíveis a partir da
invenção do telescópio. Pois cada uma dessas descobertas devendava mundos cuja
existência nós nem desconfiávamos antigamente. Cada uma efetuava uma espécie de
“ruptura de nível” não ficam sem consequência. Sabemos que as descobertas
astronômicas e geográficas da renascença modificaram radicalmente a imagem do
universo e o conceito de espaço; por outro lado, elas asseguraram, pelo menos por três
séculos, a supremacia científica, econômica e política do ocidente, abrindo toda a vista
que leva fatalmente na direção dos mundos submersos do inconsci-
[pág. 19]
rito, o lugar dos místicos e dos contemplativos de todas as religiões apenas poderia ser
considerável. O interesse pelas disciplinas espirituais e as técnicas místicas –
especialmente aquelas, muito pouco estudadas, do oriente e do mundo primitivo –
constituiu desde o princípio, um dos traços característicos de Eranos. Decerto, um tal
interesse arriscaria algumas vezes ser mal interpretada pelas pessoas inadvertidas e de
ser confundida com a admiração suspeita pelo “oculto”, especificamente própria aos
pseudo-morfoses modernos e aos diversos movimentos de “espiritualidade” baratas.
Mas, sabe-se, que não existe um único assunto de estudo que não seja “comprometido”,
ou “comprometendo”, a um certo momento da história.
Para os membros de Eranos, o interesse excepcional das disciplinas espirituais e
sãs técnicas místicas depende do fato que elas constituem documentos suscetíveis de
revelar uma dimensão da existência humana quase esquecida, ou completamente
desfigurada, nas sociedades modernas. Todas essas disciplinas espirituais e essas
técnicas místicas têm um valor inestimável porque elas representam conquistas no curso
da história recente do ocidente, mas que não perderam nem sua grandiosidade nem sua
utilidade.
Ora, o problema já se coloca, e se colocará com uma acuidade cada vez mais
dramática, aos pesquisadores da próxima geração: como encontrar os meios de
recuperar tudo o que ainda é recuperável na história espiritual da humanidade: e isto por
duas razões principais: 1) de uma parte, o homem ocidental não poderá mais viver
indefinidamente separado
[pág 23]
de uma parte importante de si mesmo, aquela que é constituída por fragmentos de uma
história espiritual onde ele é incapaz de decifrar a significação e a mensagem 2) cedo ou
tarde, o diálogo com os “outros” – os representantes das culturas tradicionais, asiáticas e
“primitivas” – deve ser (isca) não mais na linguagem empírica e utilitária de hoje 9 e
que não é capaz de visar além das realidades sociais, econômicas, políticas, sanitárias,
etc.), mas em uma linguagem cultural, suscetível de expressar – irrealidades humanas e
valores espirituais. Tal diálogo é inevitável; em suma, ele faz parte da fatalidade da
história. Isso seria uma trágica ingenuidade crer que ele pode continuar indefinidamente
no nível mental onde ele se encontra hoje. É por que um dos objetivos das conferências
de Eranos foi e continua a ser o de desenvolver esse diálogo com os “outros”. Por isso
mesmo, Eranos contribui, modestamente, mas de maneira significativa, no trabalho de
integração onde depende da formação da psique moderna.
Outubro de 1960.
Este ensaio foi publicado em tradução inglesa como prefácio à Spiritual Disciplines, Papers from the
Eranos Yearbooks 4, Bollingen Series XXX, 4 1960 (Princenton Press et Routledge & Kegan Paul,
London).
[pág. 24]
AS CONFERÊNCIAS DE ERANOS
1933
1934 – 1935
1936 – 1937
1938
1939
1940 – 1941
1942
1943
1944
Os Mistérios
1945
O Espírito
1946
O Espírito e a Natureza
1947 – 1948
O Homem
1949
1950
O Homem e o rito
1951
O Homem e o tempo
1952
O Homem e a energia
[pág. 26]
1953
O Homem e a Terra
1954
O Homem e as mutações
1955
1956
1957
1958
O homem e a paz
1959
A primavera do homem
1960
1961
1962
1963
Da utopia
1964
1965
1966
1967
Polaridade da vida
1968
OS CONFERENCISTAS DE ERANOS
DE 1933 A 1968
Andreas Speiser
Sigrid Strauss-Kloebe
Daisetz Teitaro Suzuki
Richard Thurnwald
Paul Tillich
Giuseppe Tucci
Séndor Végh
Charles Virolleaud
Boris Vysheslavtzeff
Wladimir Weidlé
J. G. Weiss
R. J. Zwi Werblowsky
Hermann Weyl
Victor White
Lancelot Law Whyte
Hellmut Wilhelm
Walter Wili
Swami Yatiswarananda
R. C. Zaehner
Heinrich Zimmer
Victor Zuckerkandl
Página 32 de 32
[pág. 31]
O texto completo de todas as conferências está publicado nas respectivas línguas (alemão, inglês e
francês) nos volumes anuais do ERANOS JAHRBUCH. Todos os volumes desde 1933 estão à venda com
o editor Rhein Verlag Zurich, na Suíça e nas grandes livrarias.
À pedido nós (enviaremos) uma brochura com o (índice) completo de todos os volumes do Eranos
Jahrbuch. Queira se dirigir à Rudolf Ritsema, casa Eranos, Ch-6612 Ascona, Suíça.
ERANOS TAGUNG
ERANOS CONFERENCE
SESSION D'ERANOS
CONVEGNO DI ERANOS
2003
13 – 19 VII
ASCONA / TICINO
PROGRAMM
PROGRAM
PROGRAMME
PROGRAMMA
ERANOS 2003
July 13 - 19 ∗ Luglio ∗ Juillet COLLEGIO PAPIO,
ASCONA
MATTHIAS RIEDL NATUR UND SÜNDE. AUGUSTINUS ÜBER DEN Thursday, July 17
(Nürnberg) ANFANG DER POLITIK 9:30 a.m.
HANS-JÖRG SIGWART FÜR DIE WIEDERKEHR EINER NEUEN NATUR: 3:00 p.m.
(Erlangen) DIE BEWEGUNG DER LEBENSREFORMER
ZU BEGINN DES 20. JAHRHUNDERTS
Tilo Schabert Sintesi dei lavori e ... un cordiale arrivederci 5:00 p.m.
Von jedem der Vorträge wird eine Zusammenfassung in mindestens einer anderen Sprache gebracht. / Every lecture
will be accompanied by a synopsis in at least one other language. / Chaque conférence sera suivie par un résumé en
anglais ou en français.
ERANOS CONFERENCE 2003
"HUMANS AT WAR, AT PEACE WITH NATURE"
July 13 - 19, 2003
Collegio Papio, Ascona (Ticino, Switzerland)
The conference is held under the auspices of the Associazione Amici di Eranos. It is supported
financially by the Township of Ascona and the Tourist Office Lago Maggiore.
Planning Committee: Elisabetta Barone, Adele Bottiglieri, Detlev Clemens, Adriano Fabris,
Massimo Iiritano, Duc Quang Ly, Flavia Monceri, Matthias Riedl, Theresia Ritter, Tilo Schabert,
Hans Georg Schmid, Hans-Jörg Sigwart.
Executive and Administrative Office: Claudia Respini (General Administration), Francesco Caccia
(Financial Administration).
Staff: Carla Danani, Duc Quang Ly (Conference Office), Hans Georg Schmid (Technical
Equipment), Nicoletta Gagliardi, Theresia Ritter (Translations).
All inquiries: Claudia Respini, Ente turistico Lago Maggiore, CH - 6600 Locarno. Tel.: 0041-91-
756 61 38, Fax: 0041-91-751 90 70, e-mail: claudia.respini@maggiore.ch
website: www.eranos.org
ERANOS 2003
13- 19 Juli- Juillet - Luglio
Die Tagungsgebühr beträgt Sfr. 100,00 (Studenten Sfr. 50,00). Einzelvorträge: Sfr. 25,00
(Studenten Sfr. 15,00). Auskünfte über Pensionen und Privatzimmer: Ente turistico Lago
Maggiore Via Luini 3 CH-6600 Locarno, Tel. 0041 (0) 91 756 61 38, Fax 0041 (0) 91 751 90 70,
e-mail: claudia.respini@maggiore.ch. Studenten: Unterkunft zu Sfr 40,00 (Übernachtung mit
Halbpension) im Collegio Papio, Ascona. Anmeldung über Matthias Riedl, Regensburger Str.
160, D-90478 Nürnberg; e-mail: msriedl@ewf.uni-erlangen.de
La tassa di partecipazione è di Sfr. 100,00 (Studenti Sfr. 50,00). Conferenza singola: Sfr. 25,00
(Studenti Sfr. 15,00). Informazioni su pensioni e camere private: Ente turistico Lago Maggiore,
Via Luini CH-6600 Locarno, Tel. 0041 (0) 91 756 61 38, Fax 0041 (0) 91 751 90 70, e-mail:
claudia.respini@maggiore.ch. Studenti: Alloggio a Sfr. 40,00 (pernottamento/mezza pensione)
al Collegio Papio, Ascona. Prenotazione presso Matthias Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478
Nürnberg, Germania; e-mail: msriedl@ewf.uni-erlangen.de
Inscription: Sfr. 100,-- (Etudiants Sfr. 50,00). Conférence particulière: Sfr. 25,00 (Etudiants Sfr.
15,00). Informations sur pensions et chambres d`hôtes: Ente turistico Lago Maggiore Tel. 0041
(0) 91 756 61 38, Fax 0041 (0) 91 751 90 70, e-mail: claudia.respini@maggiore.ch. Etudiants:
Logement (avec demi-pension) Sfr. 40,00 au Collegio Papio, Ascona. Réservation par Matthias
Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg, Allemagne; e-mail: msriedl@ewf.uni-
erlangen.de
Conference fee Sfr.: 100,00 (Students Sfr. 50,00). Fee for one lecture: Sfr. 25,00 (Students Sfr.
15,00). Information on `bed and breakfeast´: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini 3, CH-
6600 Locarno, Tel. 0041 (0) 91 756 61 38, Fax 0041 (0) 91 751 90 70, e-mail:
claudia.respini@maggiore.ch. Students: Lodging (with half board) at Sfr. 40,00 in the Collegio
Papio, Ascona. Reservation by Matthias Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg,
Germany; e-mail: msriedl@ewf.uni-erlangen.de
ERANOS TAGUNG
ERANOS CONFERENCE
SESSION D'ERANOS
CONVEGNO DI ERANOS
2004
2 – 8 VIII
ASCONA / TICINO
PROGRAMM
PROGRAM
PROGRAMME
PROGRAMMA
ERANOS 2004
Monday, August 2
TILO SCHABERT/ Saluto inaugurale 7:30 p.m.
MATTHIAS RIEDL
Tuesday, August 3
Wednesday, August 4
JULIA WANNENMACHER DAS TOR ZUR EWIGKEIT: GRENZERFAHRUNG UND VISION 11:00 a.m.
(BERLIN) IN DER MITTELALTERLICHEN APOKALYPTIK
Friday, August 6
HARALD SZEEMANN COSMOS UND DAMIAN, UND DER 11. SEPTEMBER: 7:30 p.m.
(Tegna/Ticino) DAS ENDE DER SYMBOLE
Saturday, August 7
TILO SCHABERT/ Sintesi dei lavori e ... un cordiale arrivederci 8:30 p.m.
MATTHIAS RIEDL
Sunday, August 8
Von jedem der Vorträge wird eine Zusammenfassung in mindestens einer anderen Sprache gebracht. / Every lecture
will be accompanied by a synopsis in at least one other language. / Chaque conférence sera suivie par un résumé
dans une autre langue. Ogni conferenza sarà seguita da una breve sintesi in almeno una delle altre lingue.
ERANOS CONFERENCE 2004
"RELIGIONS – RELIGIOUS EXPERIENCES"
August 2 - 8, 2004
Collegio Papio, Ascona (Ticino, Switzerland)
The conference is held under the auspices of the Associazione Amici di Eranos. It is
supported financially by the Township of Ascona and the Tourist Office Lago Maggiore.
Planning Committee and Conference Steering Group: Elisabetta Barone, Adele Bottiglieri,
Massimo Iiritano, Matthias Riedl, Theresia Ritter.
Staff: Lara Caccia, Anna Kukielka (Conference Office), Hans Georg Schmid (Technical
Equipment & Internet), Nicoletta Gagliardi, Theresia Ritter (Translations).
All inquiries: Claudia Respini, Ente turistico Lago Maggiore, CH - 6600 Locarno. Tel.:
0041-91-756 61 38, Fax: 0041-91-751 90 70, e-mail: info@eranos.org
website: www.eranos.org
ERANOS 2004
2 - 8 August – Août - Agosto
Die Tagungsgebühr beträgt Sfr. 100,00 (Studenten Sfr. 50,00). Einzelvorträge: Sfr. 25,00
(Studenten Sfr. 15,00). Auskünfte über Pensionen und Privatzimmer: Ente turistico Lago
Maggiore, Via Luini 3 CH-6600 Locarno, Tel. 0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 751 90
70, e-mail: claudia.respini@maggiore.ch. Studenten: Unterkunft im Doppelzimmer zu Sfr 48,00
(Übernachtung mit Halbpension, Steuer inclusive) im Collegio Papio, Ascona. Anmeldung über
Matthias Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg; e-mail: msriedl@ewf.uni-erlangen.de
La tassa di partecipazione è di Sfr. 100,00 (Studenti Sfr. 50,00). Conferenza singola: Sfr. 25,00
(Studenti Sfr. 15,00). Informazioni su pensioni e camere private: Ente turistico Lago Maggiore,
Via Luini CH-6600 Locarno, Tel. 0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 751 90 70, e-mail:
claudia.respini@maggiore.ch. Studenti: Alloggio a Sfr. 48,00 (pernottamento in camera
doppia/mezza pensione, IVA inclusa) al Collegio Papio, Ascona. Prenotazione presso Matthias
Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg, Germania; e-mail: msriedl@ewf.uni-
erlangen.de
Inscription: Sfr. 100,00 (Etudiants Sfr. 50,00). Conférence particulière: Sfr. 25,00 (Etudiants Sfr.
15,00). Informations sur pensions et chambres d`hôtes: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini
3 CH-6600 Locarno, Tel. 0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 751 90 70, e-mail:
claudia.respini@maggiore.ch. Etudiants: Logement (avec demi-pension en chambre double,
impôt inclus) Sfr. 48,00 au Collegio Papio, Ascona. Réservation par Matthias Riedl,
Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg, Allemagne; e-mail: msriedl@ewf.uni-erlangen.de
Conference fee Sfr.: 100,00 (Students Sfr. 50,00). Fee for one lecture: Sfr. 25,00 (Students Sfr.
15,00). Information on `bed and breakfeast´: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini 3, CH-
6600 Locarno, Tel. 0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 751 90 70, e-mail:
claudia.respini@maggiore.ch. Students: Lodging (in double rooms with half board, including
tax) at Sfr. 48,00 in the Collegio Papio, Ascona. Reservation by Matthias Riedl, Regensburger
Str. 160, D-90478 Nürnberg, Germany; e-mail: msriedl@ewf.uni-erlangen.de
ERANOS TAGUNG
ERANOS CONFERENCE
SESSION D'ERANOS
CONVEGNO DI ERANOS
2005
31 VII – 7 VIII
ASCONA / TICINO
PROGRAMM
PROGRAM
PROGRAMME
PROGRAMMA
ERANOS 2005
July 31 - August 7 COLLEGIO PAPIO, ASCONA
SUNDAY, JULY 31
MATTHIAS RIEDL THE GODS OF THE CITY AND THE CITY OF GOD 8:00 P.M.
(NÜRNBERG) AUGUSTINE, MACHIAVELLI, AND HOBBES ON CIVIL RELIGION
MONDAY, AUGUST 1
FRIEDRICH WILHELM GRAF DER CHRISTENGOTT IM PLURAL: ZUM GESTALTWANDEL 9:30 A.M.
(MÜNCHEN) DES CHRISTENTUMS IN DER GEGENWART
TUESDAY, AUGUST 2
WEDNESDAY, AUGUST 3
FRIDAY, AUGUST 5
ANTONIO PANAINO AHURA MAZDÂ TRA BAGA E YAZATA. LA RELIGIONE MAZDAICA 7:30 P.M.
(BOLOGNA/RAVENNA) COME FORMA PARTICOLARE DI MONOTEISMO
SATURDAY, AUGUST 6
SUNDAY, AUGUST 7
Die Tagungsgebühr beträgt Sfr. 150,00 (Studenten Sfr. 75,00). Einzelvorträge: Sfr. 30,00 (Studenten Sfr.
15,00). Auskünfte über Pensionen und Privatzimmer: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini 3 CH-6600
Locarno, Tel. 0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 785 19 41, e-mail: claudia.respini@maggiore.ch.
Studenten: Unterkunft im Doppelzimmer zu Sfr 48,00 (Übernachtung mit Halbpension, Steuer inclusive)
im Collegio Papio, Ascona. Anmeldung über Matthias Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg;
e-mail: msriedl@ewf.uni-erlangen.de
La tassa di partecipazione è di Sfr. 150,00 (Studenti Sfr. 75,00). Conferenza singola: Sfr. 30,00
(Studenti Sfr. 15,00). Informazioni su pensioni e camere private: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini
CH-6600 Locarno, Tel. 0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 785 19 41, e-mail:
claudia.respini@maggiore.ch. Studenti: Alloggio a Sfr. 48,00 (pernottamento in camera doppia/mezza
pensione, IVA inclusa) al Collegio Papio, Ascona. Prenotazione presso Matthias Riedl, Regensburger Str.
160, D-90478 Nürnberg, Germania; e-mail: msriedl@ewf.uni-erlangen.de
Inscription: Sfr. 150,00 (Etudiants Sfr. 75,00). Conférence particulière: Sfr. 30,00 (Etudiants Sfr. 15,00).
Informations sur pensions et chambres d`hôtes: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini 3 CH-6600
Locarno, Tel. 0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 785 19 41, e-mail: claudia.respini@maggiore.ch.
Etudiants: Logement (avec demi-pension en chambre double, impôt inclus) Sfr. 48,00 au Collegio Papio,
Ascona. Réservation par Matthias Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg, Allemagne; e-mail:
msriedl@ewf.uni-erlangen.de
Conference fee Sfr.: 150,00 (Students Sfr. 75,00). Fee for one lecture: Sfr. 30,00 (Students Sfr. 15,00).
Information on `bed and breakfeast´: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini 3, CH-6600 Locarno, Tel.
0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 785 19 41, e-mail: claudia.respini@maggiore.ch. Students:
Lodging (in double rooms with half board, including tax) at Sfr. 48,00 in the Collegio Papio, Ascona.
Reservation by Matthias Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg, Germany; e-mail:
msriedl@ewf.uni-erlangen.de
All inquiries: Claudia Respini, Ente turistico Lago Maggiore, CH - 6600 Locarno.
Tel.: 0041-91-756 61 38, Fax: 0041-91-751 90 70, e-mail: info@eranos.org /
2006
8 – 14 VIII
ASCONA / TICINO
PROGRAMM
PROGRAM
PROGRAMME
PROGRAMMA
ERANOS 2006
TUESDAY, AUG 8
WEDNESDAY, AUGUST 9
ALESSANDRO SCAFI THE IDEAL CITY IN THE RENAISSANCE: A SECULAR PARADISE 10:00 a.m.
(BOLOGNA/ROMA)
THURSDAY, AUGUST 10
SATURDAY, AUGUST 12
PRESENTATION:
MIHAIL NEAMTU (BUCHAREST):
EKKLESIA BETWEEN THE CITY AND THE WASTELAND IN CHRISTIAN EGYPT
SUNDAY, AUGUST 13
MONDAY, AUGUST 14
Die Tagungsgebühr beträgt Sfr. 120,00 (Studenten Sfr. 60,00). Einzelvorträge: Sfr. 30,00 (Studenten Sfr.
15,00). Auskünfte über Pensionen und Privatzimmer: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini 3 CH-6600
Locarno, Tel. 0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 785 19 41, e-mail: claudia.respini@maggiore.ch.
Studenten: Unterkunft im Doppelzimmer zu Sfr 48,00 (Übernachtung mit Halbpension, Steuer inclusive)
im Collegio Papio, Ascona. Anmeldung über Matthias Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg;
e-mail: msriedl@ewf.uni-erlangen.de
La tassa di partecipazione è di Sfr. 120,00 (Studenti Sfr. 60,00). Conferenza singola: Sfr. 30,00
(Studenti Sfr. 15,00). Informazioni su pensioni e camere private: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini
CH-6600 Locarno, Tel. 0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 785 19 41, e-mail:
claudia.respini@maggiore.ch. Studenti: Alloggio a Sfr. 48,00 (pernottamento in camera doppia/mezza
pensione, IVA inclusa) al Collegio Papio, Ascona. Prenotazione presso Matthias Riedl, Regensburger Str.
160, D-90478 Nürnberg, Germania; e-mail: msriedl@ewf.uni-erlangen.de
Inscription: Sfr. 120,00 (Etudiants Sfr. 60,00). Conférence particulière: Sfr. 30,00 (Etudiants Sfr. 15,00).
Informations sur pensions et chambres d`hôtes: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini 3 CH-6600
Locarno, Tel. 0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 785 19 41, e-mail: claudia.respini@maggiore.ch.
Etudiants: Logement (avec demi-pension en chambre double, impôt inclus) Sfr. 48,00 au Collegio Papio,
Ascona. Réservation par Matthias Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg, Allemagne; e-mail:
msriedl@ewf.uni-erlangen.de
Conference fee Sfr.: 120,00 (Students Sfr. 60,00). Fee for one lecture: Sfr. 30,00 (Students Sfr. 15,00).
Information on `bed and breakfeast´: Ente turistico Lago Maggiore, Via Luini 3, CH-6600 Locarno, Tel.
0041 (0) 91 791 00 91, Fax 0041 (0) 91 785 19 41, e-mail: claudia.respini@maggiore.ch. Students:
Lodging (in double rooms with half board, including tax) at Sfr. 48,00 in the Collegio Papio, Ascona.
Reservation by Matthias Riedl, Regensburger Str. 160, D-90478 Nürnberg, Germany; e-mail:
msriedl@ewf.uni-erlangen.de