Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
ÍNDICE
1. Objectivo do jogo 2
2. Regras de jogo 2
Campo de jogo 2
Número de jogadores por equipa e substituições 2
Formas de jogar a bola 3
Sistema de pontuação 3
Serviço 4
Posição dos jogadores 4
Rotação 5
Bola fora 5
Bola dentro 5
Bola na rede 6
Jogador à rede 6
Ataque 6
Bloco 6
Faltas 7
Libero 7
3. Determinantes de execução dos gestos técnicos de Voleibol 7
3.1. Passe frontal / Toque de dedos 7
3.2. Manchete 8
3.3. Serviço por baixo 8
3.4. Serviço por cima (tipo ténis) 8
3.5. Remate 9
3.6. Bloco 9
4. Estrutura, organização e modelo de jogo 11
5. Jogo Formal (6x6) 12
5.1. Dispositivo de Recepção em “W” 12
5.2. Sistema Ofensivo 6:0 13
5.3. Defesa 13
5.3.1. Bloco 13
5.3.2. Defesa Baixa 13
5.3.3. Protecção ao Ataque 14
6. Comportamentos a adoptar em situação de jogo 15
7. Bibliografia 16
1. Objectivo do jogo
Fazer a bola tocar no chão do campo adversário e evitar que esta toque no nosso.
2. Regras de Jogo
2.1. Terreno de Jogo
Rectângulo com 18 metros de comprimento por 9 metros de largura.
3m
6m
Toques em equipa:
Cada equipa tem direito a três toques no máximo antes de enviar a bola para o campo
adversário. Os toques efectuados na acção de bloco não são considerados para o limite de
três toques. Se um jogador tocar na bola acidentalmente é considerado toque da equipa.
Um jogador não pode tocar duas vezes consecutivas na bola, excepção para quando
efectua bloco e em seguida efectua o 1º toque da equipa.
Quando 2 ou mais jogadores tocam simultaneamente a bola, são considerados tantos
toques quanto o número de jogadores que tocaram a bola (excepção para o bloco).
Quando 2 adversários tocam simultaneamente a bola acima da rede, e esta continua em
jogo, a equipa que recebe a bola tem direito aos 3 toques. Se a bola cair fora do terreno de
jogo é considerada falta da equipa colocada no outro lado da rede.
Ganha o set a equipa que primeiro chegar aos 25 pontos, desde que tenha uma vantagem
mínima de 2 pontos. Em caso de igualdade a 24-24 o jogo continua até existir uma diferença de 2
pontos, por exemplo, 26-24 ou 29-27. Quando o jogo chega ao 5º set (empate a 2 sets), este deve
ser jogado até aos 15 pontos, desde que se verifique na altura uma diferença mínima de 2 pontos.
Ganha o jogo a equipa que primeiro vencer 3 sets, por isso, os resultados possíveis são 3-0, 3-1
ou 3-2.
Depois de cada set, as equipas mudam de campo, com excepção do 5º set, no qual a
troca de campo deve ocorrer quando uma delas obtém 8 pontos.
2.5. Serviço
Uma equipa tem direito ao serviço quando ganha a jogada anterior.
O serviço deve ser executado nos oito segundos após a autorização do árbitro.
A bola deve ser batida com a mão ou com qualquer outra parte do membro superior após
ter sido lançada ao ar ou largada das mãos.
No momento do batimento ou da impulsão (salto para servir em suspensão), o servidor
não pode tocar o terreno de jogo, incluindo a linha de fundo, nem o solo exterior à zona de
serviço.
A bola proveniente do serviço só pode ser atacada abaixo do bordo superior da rede ou
após ter ultrapassado a linha de ataque.
Não é permitido fazer bloco a um serviço do adversário.
4 3 2
5 6 1
2.7. Rotação
Sempre que a equipa ganha direito ao serviço os jogadores devem rodar no sentido dos
ponteiros do relógio.
4 2
5 1
2.12. Ataque
Um jogador defesa pode efectuar qualquer acção de ataque efectivo, com a bola a
qualquer altura, desde que, no momento da chamada, o(s) seu(s) pé(s) não tenha(m)
tocado nem ultrapassado a linha de ataque. Após bater a bola o defesa pode cair dentro
da zona de ataque.
Um defesa pode também efectuar uma acção de ataque efectivo dentro da zona de ataque
se, no momento do contacto, parte da bola estiver abaixo do bordo superior da rede.
2.13. Bloco
Somente os jogadores avançados podem realizar um bloco efectivo. O bloco torna-se
efectivo quando a bola toca nele.
O contacto da bola com o bloco não conta como toque da equipa. Logo, depois de um
toque no bloco, a equipa mantém o direito aos três toques para reenviar a bola.
O primeiro toque depois do bloco pode ser realizado por qualquer jogador, inclusive pelo
jogador que tocou a bola no bloco.
Um jogador, ao efectuar a acção de bloco pode tocar a bola do outro lado da rede, desde
que, o adversário tenha efectuado um ataque, e a acção de bloco não interfira no seu jogo.
Não é permitido realizar bloco ao serviço adversário.
2.14. Faltas
Todas as acções de uma equipa que violem as regras do jogo são consideradas falta.
Se dois jogadores adversários cometem falta simultaneamente, é assinalada falta dupla e
a jogada é repetida.
No caso de serem cometidas sucessivamente duas ou mais faltas, apenas a primeira deve
ser assinalada.
2.15. Libero
Ao observarmos atentamente um jogo de Voleibol verificámos por vezes a existência de um
jogador com um equipamento diferente dos restantes companheiros. Este jogador denomina-se
por LIBERO e apresenta algumas especificidades regulamentares:
Apenas pode jogar como um jogador da linha de defesa, não podendo realizar um ataque
(envio da bola para o campo adversário), seja de onde for, se no momento de contacto a
bola estiver completamente acima do bordo superior da rede.
Não pode servir, blocar ou tentar blocar.
Um jogador não pode atacar acima do bordo superior da rede, se o passe para esse
ataque for realizado pelo libero a partir da zona de ataque. Se esse passe for realizado a
partir da zona de defesa não existe infracção.
O libero pode substituir qualquer jogador da linha de defesa.
O número de substituições envolvendo o libero são ilimitadas, devendo contudo decorrer
uma jogada entre elas.
O libero só pode ser substituído pelo jogador que substituiu.
Enviar a bola, realizando a extensão de membros superiores (ms) e membros inferiores (mi)
em simultâneo (todo o corpo participa no envio da bola).
Dirigir a bola com precisão para o local pretendido.
3.2. Manchete
O jogador deve:
Enquadrar-se com a bola, deslocando-se em função da sua trajectória, procurando jogá-la à
frente do tronco.
Colocar os ms em extensão completa a apontarem para o solo e as mãos unidas.
Contactar a bola com a região anterior dos antebraços.
Orientar os pés e a plataforma de batimento para o local de envio da bola.
Realizar o envio da bola com base mais no movimento de extensão de mi, do que de
antepulsão dos ms.
Dirigir a bola com precisão para o local pretendido.
executante; o contacto com a bola deve acontecer com a palma da mão aberta e dedos
afastados.
Efectuar o batimento no centro da bola.
Dirigir a bola com precisão para o campo adversário.
3.5. Remate
O jogador deve:
Corrida preparatória: Iniciar a corrida preparatória no momento em que a bola atinge o ponto
mais alto da sua trajectória, e adaptar a sua corrida à trajectória da bola.
Impulsão: Realizar uma chamada a 2 tempos de forma a efectuar uma impulsão vertical e
equilibrada, não cometendo falta na rede antes, durante ou após a acção de remate; efectuar
o último apoio no solo com o pé contrário ao ms executante; realizar a impulsão com a
colaboração da extensão de mi e antepulsão simultânea de ms; e sincronizar o momento da
impulsão com a trajectória da bola (tempo de salto).
Execução: o ms executante deve ser «armado» com o cotovelo acima do ombro, e o
batimento na bola deve acontecer acima e à frente da cabeça, com o ms em extensão, e a
palma da mão aberta contactando com a região pôstero-superior da bola; o ms não
executante deve elevar-se em conjunto com o outro no momento da impulsão, mas deve ser o
primeiro a descer, tendo uma função de equilíbrio para o movimento global, a sua descida
deve efectuar-se junto ao corpo.
Imprimir à bola uma trajectória descendente evitando a acção do blocador (remate à linha /
remate à diagonal / remate acima do bloco), e fazendo-a cair dentro dos limites do campo.
3.6. Bloco
O jogador deve:
Deslocamento: deslocar-se na rede a uma distância de 30 a 40 cm desta, em função da
trajectória do passe de ataque, e do deslocamento do rematador, por forma a efectuar a
impulsão no local correcto.
Impulsão: efectuar uma impulsão vertical, equilibrada e de frente para o rematador, não
efectuando falta na rede.
Execução: os ms devem estar completamente em extensão e ligeiramente oblíquos em
relação à rede; as mãos devem estar abertas, colocadas acima do plano superior da rede,
com dedos afastados e ligeiramente orientadas para baixo; e o ponto mais alto da impulsão
deve coincidir com o momento de remate do adversário.
Recepcionar o solo com os mi flectidos de forma a amortecer o impacto e facilitar o equilíbrio.
Figura 6. Manchete
Figura 5. Passe / Toque de dedos
Estrutura 2 x 2
Estrutura 3x3
Estrutura 4 x 4
4 2
5 1
U U U
U U U
5.3.1. Bloco
A primeira função do bloco é interceptar o ataque da equipa adversária, reflectindo a bola
directamente para o campo contrário e assim obtendo imediatamente ponto. Mas o bloco pode ter
outras funções: facilitar a acção da defesa baixa após um primeiro contacto da bola com o bloco;
ou cobrir preferencialmente determinadas zonas do campo, influenciando o atacante a dirigir o seu
remate para zonas que se encontram defendidas pela defesa baixa.
O bloco pode ser do tipo individual (um jogador), duplo (dois jogadores) ou triplo (três
jogadores). Nas aulas de Educação Física o mais utilizado é o bloco individual, podendo em
algumas situações verificar-se por parte de alunos mais evoluídos a realização do bloco duplo. O
bloco triplo implica uma grande coordenação colectiva, encontrando-se por isso reservado aos
jogadores e equipas com um elevado nível de jogo.
2 3 2
3
1
1
4
4
5
5
6 6
Z4 Z2
2 4
3 3
5 1 5 1
6 6
Figura 18. Protecção ao ataque na zona 4 (Z4). Figura 19. Protecção ao ataque na zona 2 (Z2).
Z3
4 2
5 1
Situação de ataque:
Serviço
O aluno realiza o serviço por baixo, tipo ténis ou em suspensão sem erros técnicos graves,
procurando criar dificuldades à recepção através da potência e/ou precisão. Após o serviço entra
imediatamente no campo ocupando a sua posição na organização defensiva.
Recepção
O aluno demonstra conhecer qual a sua zona de intervenção, e no caso da bola se dirigir para
ela: (1) desloca-se de forma a enquadrar-se com a trajectória da bola; (2) opta pelo gesto técnico
mais adequado à trajectória da bola (toque de dedos/manchete); (3) consegue na maioria das
ocasiões dirigir a bola com elevada precisão para o passador ou colocá-la num espaço vulnerável
do campo adversário.
2.º toque / passe de ataque / levantamento
O aluno desloca-se no campo em função da trajectória da bola, de forma a efectuar o 2.º toque
(passe de ataque). Na execução do 2.º toque, utiliza o tipo de passe mais adequado à situação
(frontal, lateral, de costas ou em suspensão) e procura enviar a bola para junto da rede em
condições desta ser rematada por um colega ou coloca-a num espaço vulnerável do campo
adversário.
3.º toque / remate / acção de ataque
Situação de defesa:
Bloco/defesa alta
O aluno desloca-se paralelamente à rede em função da trajectória da bola, utilizando para o
efeito o deslocamento lateral. Efectua a paragem e o salto de forma equilibrada e de acordo com o
local e momento da acção de remate.
Protecção ao bloco
O aluno quando se encontra numa zona imediatamente atrás do bloco, deve adoptar um
posicionamento que lhe permita intervir sobre uma bola batida em amortie pelo atacante
adversário.
Defesa baixa
Quando em situação de defesa ao ataque adversário o aluno: (1) adopta a posição defensiva
básica, procurando por todos os meios que a bola na caia no seu campo de jogo; (2) coloca-se no
campo levando em consideração o « cone de sombra » do bloco; (3) sempre que a trajectória e a
velocidade da bola o permitam procura dirigi-la para a zona do passador; e (4) no caso da bola se
dirigir para si ou para a sua zona de acção não demonstra receio do contacto com esta, ou de ir
ao solo de forma a evitar a queda da bola.
7. Bibliografia
FPV (2005): Regras Oficiais de Voleibol 2005-2008. Edição da Federação Portuguesa de Voleibol.
Mesquita, I.; Guerra, I.; Araújo, V. (2002): Processo de Formação do Jovem Jogador de Voleibol.
Centro de Estudos e Formação Desportiva. Lisboa.
Romão, P.; Pais, S. (2006): Educação Física 7.º / 8.º / 9.º anos. Porto Editora. Porto.
Romão, P.; Pais, S. (2007): Educação Física 10.º / 11.º / 12.º anos. Porto Editora. Porto.