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6.

27

io
T1-T2

T3-T4 +
vo
+ + -
eAB eBA
- -
(a) (b)

Fig. 23. 20 método: (a) circuito equivalente; (b) forma de onda da tensão de saída

(d)
(c)

2o Método. A Fig. 6.23 mostra o circuito da Fig. 6.22(a) modificado para dar ênfase ao fato

Fig. 22. (a) Ponte retificadora monofásica; (b) circuito equivalente do 10 método; (c) formas de onda
para α < 90o; (d) formas de onda para α > 90o
de que êle é composto por dois retificadores bifásicos de meia onda. O método se baseia na
expressão
vM-N=vM-O-vN-O

onde as tensões vM-O e vN-O são as tensões de saída dos "retificadores bifásicos de meia onda
positivo (I) e Negativo (II)" em relação a um neutro fictício O, as tensões de fase vA-O e vB-O
sendo cada qual igual a vA-B/2.

(b)
(a)

Fig. 23. (a) Circuito equivalente da ponte retificadora monofásica; (b) formas de onda vMO, vNO e vMN
6.28

Idealmente, os terminais CC da saída são conectados sequencialmente a cada linha CA. A


forma de onda da tensão de saída deve permanecer na forma de onda da tensão entre linhas
AB e BA (Fig. 6.23b).
A forma de onda da tensão sobre um interruptor pode ser obtida através da relação

vTi=ei-vM-N (6-73)
_________
Exemplo 6.7
Considere o retificador monofásico da Fig. 22(a). Trace, para α = 60o, as formas de onda (a)
da tensão sobre a carga, (b) da tensão sobre T1, (c) da corrente em T1 e (d) da corrente na
fonte. Despreze a ondulação da corrente na carga, considerando-a constante.

Fig. E6.7

Solução:
Ponte Simétrica com Diodo de Circulação
O diodo de circulação colocado em paralelo com a carga, Fig. 24(a), elimina qualquer tensão
negativa na tensão de saída, como indicado na Fig. 6.24(b)

Ponte Mista

Seja o circuito da Fig. 6.25(a). A partir do instante em que T1 é acionado, há condução de


T1 com o diodo D2 até π . Nesse instante há comutação entre os diodos D1 e D2 no grupo de
diodos. Entretanto a carga indutiva, mantém a corrente de carga constante em T1, que
continua a conduzir com D1, curto-circuitando a carga (Fig. 6.25b).
Neste circuito a remoção súbita dos pulsos de disparo, resulta em uma operação
indesejável de "meia onda" na qual o último tiristor disparado permanece em condução
indefinidamente. Esse problema é eliminado na montagem da Fig. 6.26. Embora as formas de
ondas externas de corrente e tensão sejam teoricamente idênticas aquelas do circuito a
operação interna é diferente. A circulação livre é realizada por dois diodos, não havendo
6.29

ia T1 T3
+
+ A
eAB Do vo
- -
B
T4 T2

(a)

(b)

Fig. 24. (a) Circuito com diodo de circulação; (b) formas de onda

T1 T2 T1 T2 T1 T2
ia ia ia
A + A + A +
+ + +
e vo eAB vo e vo
AB AB
- B - - B - - B -

D1 D2 D1 D2 D1 D2

(a) (b)

(c)

Fig. 25. (a) Retificador misto; (b) cicuitos equivalentes; (c) formas de onda
6.30

T1 D1
ia
A +
+
e vo
AB
- B -

T2 D2

(a)

(b)

Fig. 26. (a) Alternativa de retificador misto; (b) formas de onda

possibilidade de falha na operação.


Se o ângulo de disparo é retardado, os períodos de condução dos diodos e,
consequentemente, os períodos de bloqueio dos tiristores aumentam suas durações. O
resultado é que o período de aplicação reversa, sobre cada um dos tiristores, é
invariavelmente 180o, enquanto que no caso anterior esse tempo diminui com aumento de α.
Além disso, a remoção súbita dos pulsos de disparo, resulta, meramente em uma comutação
natural de corrente de carga para os dois diodos.

6.2.2.2. Ponte Trifásica

Os dois métodos de análise apresentados no item 6.2.2.1 podem ser utilizados na análise
das pontes trifásicas.

Ponte Simétrica ou Completa

A ponte simétrica é apresentada na Fig. 6.27(a).

1o método: O exame do circuito da Fig. 6.27(a) mostra que ele pode ser considerado como
composto por três "pontes monofásicas simétricas", ou seja, uma formada por T1T2T4 e T5
(relacionada com a f.e.m. eab), outra por T2T3T6 (relacionada com a f.e.m. ebc), finalmente,
uma terceira por T1T3T4 e T6 (relacionada com a f.e.m. eca) .As três f.e.m. são defasadas entre
si de 2π/3 radianos. Seja a primeira "ponte" considerada isoladamente. As possibilidades de
condução são de T1 com T5 (nesse caso a tensão na saída é igual a eab) ou de T2 com T4 (nesse
caso a tensão na saída é eba), (ver a Fig. 6.22). Analogamente, pode-se concluir que
- quando T2 conduz com T6 a tensão na saída é ebc
- quando T3 conduz com T5 a tensão na saída é ecb
- quando T3 conduz com T4 a tensão na saída é eca
- quando T1 conduz com T6 a tensão na saída é eac
6.31

T3 M
T1 T5
ia
+ A +
e1 A
- B vo
B
- - e2 + C
e3 C -
+
T4 T6 T2
N

(a)
Io
T1-T5
T1-T6
T2-T6
T2-T4
Ro +
T3-T4 v
T3-T5
Lo -o

eAB eAC eBC eBA eCA eCB


+ + + + + +

- - - - - -

(b)

(c) (d)
Fig. 27. (a) Ponte trifásica; (b) Circuito equivalente (Método 1); (c) Formas de onda para α=30o
(d) Formas de onda para α=30o (continua)
6.32

(e)

Fig. 27. (e) Resumo das formas da tensão de saída de α=0o a α=180o

Na realidade, a ponte é equivalente a um sistema hexafásico onde as tensões eab, eac, ebc,
eba, eca e ecb, defasadas de π/3 rad, alimentam os "tiristores equivalentes" T1T5, T1T6, T2T6,
T2T4, T3T4 e T3T5, respectivamente, como indicado na Fig. 6.27(b). Para obter a tensão
retificada é, então, aplicada a regra "conduz o tiristor equivalente" conectado à maior f.e.m.,
desde que acionado, ou seja, a tensão na saída é a maior f.e.m., se o "tiristor equivalente"
correspondente estiver em condução.
Os ângulos de disparo de cada "tiristor equivalente" é medido a partir do ângulo π/3 de
cada f.e.m. (ou seja, do ponto de encontro dos topos de senoides). Assim com referência à
Fig. 6.27(c) o ângulo de disparo de T1T5 é medido a partir do ponto a, o de T1T6 a partir do
ponto b, o de T2T6 a partir de c, o de T2T4 a partir do ponto d, o de T3T4 a partir do ponto e o
de T3T5 a partir do ponto f. As Figs. 6.27(c) e (d), indicam as formas de onda da tensão sobre
a carga e das correntes de tiristor e de linha, como também o diagrama de pulsos de disparo
dos tiristores, para α=30o e α=60o, respectivamente. Observe-se defasagem da corrente de
linha nos dois casos.
Seja o caso α=30o. Considere-se que T5 conduzia juntamente com T3 quando T1 é
acionado a um ângulo de disparo α=30o. Nesse instante a maior tensão é eab e T1 passa a
conduzir com T5, verificando-se uma comutação entre os tiristores T1 e T3 do grupo de
tiristores catodo em comum (grupo positivo). A partir do instante B, a tensão eac se torna
maior do que as outras, mas a comutação entre T5 e T6 (grupo negativo) só se efetua quando
T6 for acionado. O novo intervalo de condução efetuado por T1 e T6 termina com o
acionamento de T2, verificando-se uma nova comutação no grupo positivo, desta vez entre T1
e T2. E assim por diante. Cada tiristor conduz durante 120o e a cada instante existem dois
tiristores em condução.
Os diagramas de disparo apresentam pulsos duplos defasados de 60o, para cada tiristor.
Ainda, no caso α=30o no instante A em que T1 é acionado, T5 já conduz e como a corrente
nesse interruptor, nesse instante, não é nula, não há necessidade de um segundo pulso de
disparo em T5. Do mesmo modo no instante B não há necessidade de um segundo pulso.
Entretanto, no caso de condução descontínua ou de carga resistiva o segundo pulso é
6.33

necessário. A Fig. 6.27(e) mostra um resumo da forma de onda de saída para os caso de α=0o
em que a ponte a tiristores se comporta como uma ponte a diodos, até o caso α=180o.
Observe-se que, para a condução contínua, α=90o gera uma tensão média nula na tensão de
saída. Para α>90o o circuito funciona como inversor.
Vale a pena notar que no sistema hexafásico de meia onda da Fig. 6.12, as tensões de
alimentação correspondem às tensões ea, -ec, eb, -ea, ec e -eb, defasadas de π/3 rad. e de
amplitude Em. Já as tensões entre fases (ou tensões de linha) eab, eac, ebc, eba, eca e ecb que
alimentam o "retificador hexafásico equivalente" possuem uma amplitude ELm = Em, onde Em
é a amplitude da tensão de fase da fonte conectada em Y. Como a ponte trifásica simétrica se
comporta como um retificador hexafásico de meia onda a tiristores, vem

(a) Carga indutiva


Voα=(3/π)EmLcos α = (3 3 /π)Emcos α (6-74)
ou
Voα=Vocos α
(b) Carga resistiva
Para α<60o,
Voα=Vocos α
Para 60o<α<120o,

Voα=(3/π) ¶ /3+ EmLsen(ωt)d(ωt)
ou
Voα=Vo(3EmL/π)(1+cos α) (6-75)

2o Método: O método é o mesmo apresentado no item 6.2.2.1. A Fig. 6.28 (a) mostra o
circuito equivalente da ponte trifásica. vM-O e vN-O são as tensões de saída do retificador
trifásico positivo de meia onda (I) e do negativo (II), em relação ao neutro fictício O. A
tensão de saída deve permanecer na forma de onda entre as linhas AB, AC, BC, BA, CB,
AB... como indicado nas Fig.6.28 (b) a Fig. 28 (e) que mostram os casos para α=0o , α=30o,
α=60ο e α=120ο, respectivamente. Cada uma dessas figuras mostra: (1) as tensões vM-O do
retificador trifásico positivo de meia onda e vN-O do retificador trifásico negativo de meia
onda, ambas em relação ao neutro (essas formas de onda são traçadas tomando como base as
tensões de fase ea, eb, ec e -ea, -eb, -ec; (2) a tensão de saída, vOα = vM-O - vN-O; (3) a forma de
onda da tensão sobre o tiristor T1, obtida através de vT1 = e1 - vM-O.

Ponte Assimétrica ou Mista

A ponte trifásica mista tem um dos grupos compostos de diodos e o outro composto por
tiristores (Fig. 6.29a). A diferença entre a ponte mista e a ponte simétrica é que a comutação
no grupo de diodos ocorre para um ângulo de disparo α=0o e a comutação no grupo dos
tiristores é imposta pelo disparo dos tiristores. Os dois métodos podem ser aplicados.

1o Método: Como na ponte simétrica, a ponte mista é equivalente a um sistema hexafásico


onde as tensões eab, eac, ebc, eba, eca e ecb, defasadas de π/3 rad, alimentam conjuntos formados
por tiristores em série com diodos, T1D2, T1D3, T2D3, T2D1, T3D1 e T3D2, respectivamente. As
formas de onda da tensão sobre a carga são traçadas diretamente sobre as tensões de linha eab,
eac, ebc, eba, eca e ecb, como mostram as Figs. 6.29 (b) e (c) que, além da tensão sobre a carga,
mostram também o diagrama de disparo dos tiristores, para α<60o e α>60o.
Para α<60o, o valor da tensão retificada é fornecida pela equação (6-74). Para α>60o esse
6.34

valor é fornecido por


Voα=(3EmL/2π)(1+cos α) (6.76)
A corrente média na carga é
Io=Voα/Ro=(3EmL/2πRo)(1+cos α) (6.77)

e a corrente média em cada dispositivo é Io/3.


Para α > 60o, no secundário circula a corrente Io durante um intervalo de tempo (π-α)/ω e
a corrente -Io durante um intervalo de tempo igual, o valor RMS sendo
Io
+e1 A T1
M
- B T2
- O- e2 + C T3
e3
+
T4
T5
T6 N
O
(a) Circuito equivalente para o Método 2

. (b) α=0o, (c) α=30o (continua)


6.35

. (d) α=60o, (e) α=120o


Fig. 6.28. Método 2

T2 M
T1 T3
ia
A +
A
B vo
B
C
C -

D1 D2 D3
N

(a) (b)
Fig. 29. Ponte mista trifásica,1o. Método: (a) α<60o; (b) α>60o.
6.36

Is=Io ( − )/ (6.78)

2o Método: Nesse caso, o retificador trifásico de meia onda positivo é idêntico ao da ponte
simétrica. Entretanto, o retificador trifásico negativo de meia onda é formado por diodos,
como indica a Fig. 6.30(a) Assim, enquanto a forma de onda vM-O (traçada tomando como
base as formas de onda ea, eb e ec) depende do ângulo de disparo dos tiristores, a forma de
onda vN-O (traçada tomando como base as formas de onda -ea, -eb e -ec) é sempre a mesma, já
que o disparo dos diodos ocorre sempre em α = 0o. A tensão de saída deve permanecer na
forma de onda entre as linhas AB, AC, BC, BA, CB, AB... como indicado nas Fig.6.30(b) e
(c) que mostram os casos α=0o e α=90o, respectivamente. Cada uma dessas figuras mostra:
(1) as tensões vM-O do retificador trifásico positivo de meia onda e vN-O do retificador trifásico
negativo de meia onda, ambas em relação ao neutro; (2) a tensão de saída, vOα = vM-O - vN-O;
(3) a forma de onda da tensão sobre o tiristor T1, obtida através de vT1 = e1 - vM-O.

OBSERVAÇÕES SOBRE AS MONTAGENS EM PONTE: Uma primeira diferença entre


a ponte simétrica e a assimétrica é que esta última (assim como a ponte simétrica com diodo
de circulação grampeia as tensões negativas na saída do circuito. No caso da ponte simétrica
com condução contínua, a tensão de saída é fornecida pela equação (6-74). Para a ponte
mista, esse valor depende do ângulo de disparo, como mencionado anteriormente. A Fig. 6.31
compara os valores normalizados da tensão de saída em ambos os casos. Vale ressaltar que o
ângulo de disparo introduz uma defasagem entre a corrente de linha e a tensão de fase,
acarretando uma variação no fator de potência na entrada do circuito (ou secundário do
transformador). Na ponte simétrica, no caso de condução contínua, não há modificação nos
harmônicos da corrente na entrada do retificador com a variação do ângulo de disparo [ver
Figs. 6.28(c) a 6.28(f)]. Na ponte mista, entretanto, há uma distorção dessa corrente, como
indicam as Figs. 6.30 A montagem em ponte dispensa a utilização de transformador de
alimentação, podendo ser conectado diretamente à rede. Entretanto, o transformador pode ser
utilizado para a adaptação da tensão da rede ao valor médio de tensão desejada, para evitar na
linha a circulação de uma componente contínua ou para isolar eletricamente a rede do
circuito. O transformador pode ser conectado em Δ ou Y, as diferenças de operação se
verificando a nível do próprio transformador.
__________
EXEMPLO 6.7
Uma ponte retificadora de onda completa é conectada diretamente a uma linha trifásica
60Hz, sem transformador. A ponte utiliza seis tiristores. Cada tiristor suporta uma corrente
média máxima de 10A. Desprezando a queda de tensão nos tiristores, calcular para os casos
α=0o e α=30o: a) a frequência fundamental da ondulação da tensão aplicada à carga; b) o
valor médio da tensão retificada; c) a potência na saída para o caso α=0o.

Solução:
Caso α=0o: a) fR=6f=360Hz
b) Vo=3EmL/π
c) Io=3IoT=30 A; Po=30.3.EmL/π=90EmL/π
Caso α=30o: a) fR=6f=360Hz
b) Voα=Vocos α=(3EmL/π)cos(30o)=3 6 /2π
____________
6.37

Io
+ A T1
e1 M
- B T2
- O- e2 + C T3
e3
+
D1
D2
D3
N
O
. (a)

Fig. 6.31. Tensão de saída norma-


Lizada para pontes simétrica e
mista

. (b) α=60o, (c) α=120o

Fig. 6.30. (a) Circuito equivalente de um retificador misto trifásico


para o Método 2. (b) e (c) formas de onda
6.38

EXEMPLO 6.8
Três tiristores de 30 A de corrente média e 50 A de corrente RMS são utilizados em uma
ponte mista para fornecer uma corrente de carga constante e igual a 60 A com um ângulo de
disparo α=60o. A carga é fortemente indutiva. a) Calcular os valores RMS e médio da
corrente em cada tiristor. b) Qual a corrente média em cada diodo para esse mesmo α?

Solução:
a) IT=60/ 3 =34,7 A; IoT=60/3=20 A. Os valores mostram que os tiristores podem ser
utilizados.
b) Da Fig. E. 6.8 verifica-se que cada diodo deve ser capaz de conduzir uma corrente média
de 20A.

Fig. E6.8

6.2.3. Montagens Especiais

6.2.3.1. Montagem Polifásica do Tipo Série


Uma montagem polifásica complexa do tipo série se compõem de um conjunto de
montagens polifásicas simples, acopladas entre elas de maneira que as tensões retificadas de
cada fase se somem nos terminais da carga.
Se n é o número de fases secundárias de cada montagem e q o número de montagens
colocadas em série, grupando entre si os enrolamentos secundários de maneira a que cada
montagem polifásica simples seja defasada de 2π/n.q com o precedente, pode-se obter uma
montagem complexa de n.q fases.
Seja o caso em que q=2 (caso mais frequente) e n=3. Na Fig. 6.32, são mostradas as
tensões nos terminais de cada retificador simples, como se funcionassem isoladamente. A
tensão resultante na carga é a soma das tensões de cada retificador simples considerado
isoladamente. Pode-se dizer que:
Um retificador complexo composto de duas montagens simples polifásicos de n fases,
colocadas em série, é equivalente a um retificador polifásico simples de 2n fases
alimentado por um sistema de tensões senoidais de amplitude.

Vo=2Emcos(π/2n) (6.79)

A única vantagem que esta montagem possui sobre um retificador polifásico simples é
que, em condução contínua, o ângulo de condução de cada tiristor é duplo, o que acarreta
uma melhor utilização desses diodos.

6.2.3.2. Montagens polifásicas do tipo paralelo

Dois ou mais sistemas retificadores podem ser ligados em paralelo, de maneira que as
6.39

(a)

(b)
Fig. 6.32. Conexão de retificadores em série

correntes retificadas fornecidas por cada montagem, se somem na carga.


Cada circuito retificador simples pode ser considerado como um gerador de tensão
contínua ondulada. A colocação de dois sistemas em paralelo exige, para que seus débitos
sejam equilibrados, que as f.e.m. dos circuitos sejam iguais, a todo instante, sob pena de
existir, entre as duas fontes, uma corrente de circuito cuja importância é função da diferença
das tensões, como indica a Fig. 6.33. Esta solução pode ser adotada em montagens de
potência elevada. É interessante defasar os retificadores básicos a fim de aumentar a
frequência da ondulação. Assim, os dois circuitos trifásicos simples, defasados de 60o são
conectados em paralelo (Fig. 6.34)
6.40

Fig. 6.33 Fig. 6.34


A fim de evitar a interação entre os dois grupos um transformador chamado, bobina
mediatriz, ou transformador interfase é introduzido no sistema. O transformador interfase é
composto de dois enrolamentos idênticos em série sobre um mesmo circuito magnético,
relação de espiras unitárias, conforme a Fig. 6.35(a) (retificador de dupla estrela hexafásica).
O transformador evita a interação de um grupo sobre o outro, absorvendo a cada instante a
diferença de potencial entre as duas tensões VA, VB. Cada retificador funciona como um
gerador de tensão. Essa tensão é composta de uma componente contínua, Vmed e de uma
componente alternada Valt. O conjunto pode portanto, ser representado pelo esquema
equivalente da Fig. 6.35(b). Pode-se, então, escrever

Vmed+valt=L(di/dt)-M(di'/dt)+Vo (6-80)

Vmed+valt=L(di'/dt)-M(di/dt)+Vo (6-81)
ou
Vo=Vmed+(valt+v'alt)/2-(L-M)[(di/dt)+(di'/dt)]/2 (6.82)

Fig. 6.35 (c)


6.41

Se duas meia-bobinas são fortemente acopladas e se, portanto, L=M, a tensão na carga
será a média aritmética das tensões instantâneas em cada retificador (Fig. 6.35c).
O transformador funciona, então, como um transformador, a tensão nos terminais de uma
bobina sendo equilibrada pela f.e.m. induzida pela outra.

6.2.3.3. Paralelo de Mais de Dois Retificadores

O princípio de funcionamento da bobina mediatriz, pode ser generalizada para um


número de retificadores superior a dois. Os resultados precedentes se aplicam sem
dificuldade (Fig. 6.36).

Fig. 6.36

6.2.4. Queda de tensäo nos conversores CA/CC

6.2.4.1. Queda de Tensäo Devido às Reatâncias do Transformador

As reatâncias dos transformadores de retificaçäo foram desprezadas até agora, tendo sido
admitido que a corrente em um dispositivo comuta instantaneamente, ou seja, que a corrente
em um anodo cessa assim que a corrente começa a circular em um outro. Esta hipótese
implica que dois interruptores näo podem conduzir simultaneamente exceto durante o
instante em que uma fonte de tensäo está se tornando mais positiva que uma que estava
previamente mais positiva. Seria possível, por exemplo, a condução simultânea de dois
diodos se suas tensöes de anodo fossem mantidas igualmente positivas durante um certo
intervalo de tempo. Esta condiçäo, para as tensöes de anodo, ocorre automaticamente durante
um breve período devido à presença das indutâncias de dispersäo Ls do transformador.
Seja o retificador trifásico de meia onda indicado na Fig. 6.37(a) com p pulsos na saída.
No caso em que a indutância de dispersäo do transformador de retificaçäo é desprezada, a
razäo di/dt aparece infinitamente grande. Entretanto, sabe-se que a mais fraca indutância em
série com o anodo impede a mudança instantânea da corrente. A indutância em questäo é
equivalente àquela de dispersäo do transformador referido ao secundário. A seguir será
analisada a influência desta reatância de dispersäo do secundário do transformador. Para fins
didáticos a análise será feita separadamente para os casos α=0o e α!0o.

Caso α=0o
Com relaçäo a estudos anteriores, a diferença encontrada na Fig. 6.37(b), para α=0o é
devido à conduçäo simultânea dos tiristores, efeito da existência da reatância de dispersäo.
Sem essa superposiçäo na conduçäo de dois dispositivos T1 cessaria de conduzir no ponto C.
Na realidade quando i1 começa a decrescer rapidamente, uma f.e.m igual a Ls(di1/dt) é
produzida, opondo-se à diminuiçäo de i1. Igualmente, o aumento de i2 em T2 encontra
oposiçäo pela componente de tensäo Ls(di2/dt). O ângulo θ é chamado de ângulo de
6.42

Ls T1 iT1 Io

+
e1 Ls T2 iT2
- +
Ro
- - e2 + v
e3 Ls T3 iT3 Lo -o
+

(a) (b)
Fig. 6. 37. Influência da indutância de dispersão: (a) Retificador; (b) formas de onda para
0o
comutaçäo. A tensäo de carga v0 é, portanto dada por

vo=e1-Lsdi1/dt (6-83)

vo=e2-Lsdi2/dt (6-84)
Somando estas duas expressöes,

e1+e2-Ls(di/dt+di2/dt)=2vo (6-85)

Como i1+i2=Io, durante o período de comutaçäo, vem di1/dt+di2/dt=0 e

voo=(e1+e2)/2 (6.86)

Esta equaçäo diz que, durante a superposiçäo, a tensäo de carga é a média de e1 e e2.
Como esse valor é mais baixo que e2, a tensäo que existiria sem a superposiçäo, há uma
reduçäo do valor da tensäo média Vo. Essa reduçäo de Vo depende Ls, Io, da tensäo secundária
RMS E e do número de fases n. Ora,

di1/dt =(e1-e2)/ 2Ls (6.87)


e, para α=0 , o

e1 = Em cos(ωt+π/p)
(6.88)
e2 = Em cos(ωt-π/p)

onde p é o número de pulsos da forma de onda da saída. Note-se que nos retificadores em
meia-ponte p = n.
Expandindo o ângulo e subtraindo as duas expresöes, vem:

e1 - e2=-2Em sen(π/p) sen ωt (6-89)


de modo que
di1/dt =(-Em/Ls) sen (ωt) sen (π/p) (6.90)
e
i1=(Em/ωLs) cos(ωt) sen (π/p)+A (6-91)
onde ωLs é a reatância de dispersäo do transformador por fase a frequência de alimentaçäo.
6.43

Desde que, para t=0, i1=Io


A=Io-(Em/ωLs) sen (π/p) (6-92)

e a corrente em T1 durante a comutaçäo é:

I1=Io-(Em/ωLs) sen(π/p)(1-cos ωt)


e (6-93)
I2=Io-i1=(Em/ωLs) sen(π/p)(1-cos ωt)

Cálculo do ângulo de comutaçäo, θ. O ângulo de comutaçäo θ pode ser calculado


sabendo-se que, para t=0, i1=Io. Assim,
cos θ = 1 - (ωLsIo)/[Em sen(π/p)] (6-94)

Cálculo da tensäo média na saída. Como voo=(e1+e2)/2, vem, para α=0o

Voo= (nEm/π) sen( π/p) - (p/2π ) (e2 - vo) d(ωt) (6-95)


Assim,
Vox=(nEm/π) sen(π /p)-(p/2π) Em sen(π/p) sen(ωt) d(ωt) (6-96)
e
Vox=(nEm/π) sen(π/p) [1-(1-cos θ)/2] (6-97)
ou
Vox=(nEm/π) sen(π/p) (1+cos θ) (6-98)
Como
1-cos θ=(ωLsIo)/[Em sen( π/p)] (6-99)

a tensäo média de saída também pode ser escrita como

Vox=(nEm/π) sen(π/p)-(p/π) ωLsIo/2 (6-100)


ou, ainda,
Vox = Voo - (p/2π) ωLsIo (6-101)

onde Voo é a tensäo média ideal (θ = 0o) para o caso α=0o.


A área-tensäo perdida (hachuriada) devido à comutaçäo é

ΔVO- = ωLsIo (6-102)

OBSERVAÇÄO
Essas expressöes säo também válidas para as pontes desde que se considere o número de
pulsos p da forma de onda de saída em de do número de fases da tensäo de alimentaçäo.

Caso α ! 0o

Nesse caso (Fig. 6.38)


e1 =Emcos (ωt+π/p+α)
(6-103)
e2 = Emcos (ωt-π/p+α)
de modo que
I1=Io- (Em/ωLs) sen(π/p)[cos α-cos(ωt+α)] (6-104)
6.44

Fig. 6.38. Influência da indutância de dispersão: α > 0o.


e
I2=Io-i1=(Em/ωLs) sen( π/p)[cos α-cos(ωt+α)] (6-105)

Cálculo do ângulo de comutaçäo, θ. O ângulo de comutaçäo θ pode ser calculado


sabendo-se que para t=0 i1=Io. Assim,

cos α-cos (θ+α)=ωLsIo/[Em sen(π/p)] (6-106)

Cálculo da tensäo média na saída, Vox. Como vo=(e1+e2)/2,

Voαx=(nEm/π) sen(π/p) cos α-(p/2π)(e2-vo) d(ωt) (6-107)


Assim,
Voαx=(nEm/π) sen(π/p) cos α- (p/2π)[Em sen(π/p) sen(wt+α)] d(ωt) (6-108)
e
Voαx=(nEm/π) sen(π/p) [cos α-[cos α-cos(θ+α)/2] (6-109)
ou
Voαx=(nEm/π)sen(π/p)[cos α+cos(θ+α)] (6-110)
Como
cos α-cos(θ+α)=(ωLsIo)/ Em sen(π/p) (6-111)

a tensäo média de saída pode ser escrita como

Voαx=(nEm/π) sen(π/p) cos α-(p/π) wLsIo/2 (6.112)


ou, ainda,
Voαx=Voocos α - (p/2π)ωLsIo (6-113)

onde Vo é a tensäo média ideal (θ=0o) para o caso α=0o.

A área tensäo perdida (hachuriada) devido à comutaçäo continua sendo

ΔVO-= ωLsIo (6-114)

Os mesmos princípios desenvolvidos anteriormente säo aplicáveis às pontes retificadoras.


Essas pontes säo essencialmente retificadores de onda completa. Para terminais C.A. existem
2n (n = número de fases) elementos unidirecionais. Para valores ímpares de 2 (exceto n = 1
6.45

que näo constitui uma ponte, tendo somente dois diodos) a frequência de ondulaçäo e fR =
2nf, onde f é a frequência da fonte. No caso em que é par fR = nf. Os valores mais comuns de
n säo 1 e 3 para fontes monofásicas e trifásicas que possuem p=2 e p=6 pulsos na saída,
respectivamente. Valores mais elevados säo pouco utilizados por terem fatores de utilizaçäo
do transformador e dispositivos mais fracos.
As Figs. 6.39(a) e (b) mostram as formas de onda de saída de uma ponte monofásica para
α = 0o e α > 0o, enquanto as Figs. 3.39(c) e (d) mostram as formas de onda de saída de uma
ponte trifásica simétrica para as mesma condições.

Fig. 6.39. Influência da indutância de dispersão em uma ponte monofásica e trifásica para
α = 0o: (a) e (c); α > 0o: (b) e (d)
__________
EXEMPLO 6.9
Calcular o valor médio da tensäo de saída no caso do circuito da figura considerando em
um ângulo de comutaçäo. Esboce a forma das correntes i1 e i2 sabendo que a carga é
fortemente indutiva.

Soluçäo:
A forma de onda da tensäo de saída é indicada na Fig. E6.9 juntamente com as correntes
i1 e i2. O valor médio de v é
Voαx=[(1/π)Em sen(ωt) d(ωt)]-ωLsIo/π
Assim
Voαx =(2Em/π) cos α-ωLsIo/π

onde ωLsIo é a área perdida durante a comutaçäo.


___________
EXEMPLO 6.10
No circuito indicado pela figura onde a carga é fortemente indutiva, calcule o valor Vo da
tensäo de saída e esboce as formas das correntes i1, i2 e iD. Considere um ângulo de
comutaçäo θ.
6.46

Fig. E6.9

Soluçäo:
As formas de onda das tensöes e das correntes säo indicadas na Fig. E6.10. No início do
semi-ciclo negativo, com a conduçäo do diodo Do a tensäo de carga näo pode se inverter. A
corrente em T1 decresce, acarretando o aumento da corrente de diodo nas mesmas proporçöes
a fim de manter Io constante. Essa superposiçäo entre T1 e Do se verifica, até que T2 seja
acionado. Assim
i2 + iD = Io
O valor médio da tensäo de saída é:
Voαx=(Em/π)(1+cos α) -ωLsIo/π

Fig. E6.10

EXEMPLO 6.11
Seja a ponte indicada na Fig E6.11. Calcular o valor da tensäo média de saída sabendo que
a carga é fortemente indutiva e que o disparo é simultâneo para T1 e T4 e T2 e T3.

Solução:
Voαx=Vo-ωLsIo/π ou Voαx=(2Em/π)-ωLsIo/π

Fig. E6.11
6.47

___________
EXEMPLO 6.12

No retificador hexafásico indicado na Fig. E6.12, qual o valor médio da tensäo de saída
para um ângulo de disparo? Considere a carga fortemente indutiva.

Solução:
Vox =(3Emf/π)cosα-3ωLsIo/π
____________

6.2.4.2. Queda de Tensäo Devido às Resistências

A diminuiçäo da tensäo retificada devido às resistências pode ser calculada a partir das
perdas Joule
Pj=n2 r2Is2+n1r1Ip2+n1r'1(Jp)2 (6-115)
onde
n1 e n2 = número de fases do primário e do secundário.
r2, r1 e r1 = resistências por fase do secundário do transformador, do primário e da rede de
alimentaçäo,
Is, Ip e Jp = valores RMS correspondentes as correntes no primário secundário e na linha.
Assim,
ΔVo = RIo = Pj/Io (6-116)

6.2.4.3. Queda de tensäo devido aos diodos

A queda de tensäo devido aos diodos correspondem às quedas de tensäo lidas para a
corrente I0 sobre as características dos diodos e tiristores utilizados.

6.2.6. Correntes de Curto-Circuito

6.2.6.1. Retificadores de meia onda

Considerando a indutância de dispersäo do transformador Ls e que cada enrolamento


secundário é colocado em curto circuito através de um tiristor com α=0o ou diodo, pode-se
escrever
iD = Em/ωLs(1- cos ωt) (6-117)
o valor médio da corrente de curto-circuito, com a das correntes médias, tem por expressäo
6.48

ICC = nEm/(ωLs) (6-118)

6.2.6.2. Pontes retificadoras

Seja uma ponte trifásica. Se o enrolamento secundário é conectado em estrela

ICC =(nEmL)/ωLs (6-119)

Se o enrolamento secundário é conectado em triângulo

ICC =(n EmL)/ωLs (6-120)

6.2.6. Comparaçäo Entre as Diferentes Montagens

Pode-se mostrar que a ponte trifásica possui as melhores características quanto à corrente
de curto-circuito e à variaçäo da corrente nos enrolamentos secundários com a variaçäo da
tensäo retificada. Somente o fato de necessitar seis diodos ou tiristores e a queda de tensäo
nos dois dispositivos, que conduzem em série, limitam sua utilizaçäo. A montagem trifásica
de meia onda apresenta características médias. As características da montagem hexafásica
säo ruins. Uma ponte com nove dispositivos apresenta boas características mas, devido ao
número de semicondutores, näo possui boa aceitaçäo.
Para baixas tensöes (12V ou 24V, por exemplo), no caso em que a fonte de tensäo
retificada deve ser constante e o valor taxa de ondulaçäo näo tem importância, a montagem
trifásica de meia onda possui grande interesse pela pequena queda de tensäo em operaçäo
(um só semicondutor). Para tensöes elevadas, a tensäo inversa máxima constitui-se no limite
da utilizaçäo do retificador trifásico de meia onda (MO3) e é melhor, portanto, utilizar a
montagem trifásica em ponte (P3). Nas tensöes intermediárias, deve-se levar em conta que a
substituiçäo da montagem MO3 pela montagem P3 permite uma reduçäo de 21% da potência
aparente, uma utilização do transformador trifásico e a diminuiçäo das perdas Joule nos
enrolamentos. Essas vantagens podem compensar a duplicaçäo das perdas nos diodos e/ou
tiristores.
Se a tensäo retificada é fixa, uma taxa de ondulaçäo fraca pode ser obtida através das
montagens P3 ou MO6,cuja forma de onda de saida é constituída de seis topos de senoide. A
montagem MO6 apresenta características täo ruins que näo deve ser utilizada. É preferível
usar uma montagem em paralelo de dois MO3 com bobina intermediária. Apesar desta
montagem permitir uma boa auto-proteçäo dos dispositivos, utilizar dispositivos de metade
de valor da corrente nominal e dividir por dois as perdas nos mesmos (tornando-a, nesses
aspectos, comparável à montagem P3) ela necessita de um transformador mais difícil de ser
construído e de potência mais elevada, além da bobina intermediária de absorção e do fato de
sofrer uma tensäo reversa com valor duplicado. Essa montagem näo é superior à montagem
P3 senäo para tensöes inferiores a 100V, para baixos valores de potência, ou a 200V, para
potências elevadas.
Uma taxa de ondulaçäo mais fraca pode ser obtida pela utilizaçäo de duas montagens P3
em paralelo, conectadas através de uma bobina, com o secundário do transformador de uma
conectado em estrela e da outro em delta. A tensäo retificada é formada de 12 topos de
senoides por período, a uma taxa de ondulaçäo de 17%. O fator de utilizaçäo do primário
comum é igual a 0,99 e a queda de tensäo entre o funcionamento em vazio e à corrente é de
apenas 3,6%.
6.49

Quando o valor médio da tensäo retificada Vo varia entre seu máximo Vo e zero a
utilizaçäo de uma ponte trifásica P3 apresenta importantes vantagens com relaçäo a
montagem MO3, apesar da adiçäo de três diodos ou tiristores e consequente aumento das
perdas Joule correspondentes. Essas vantagens säo: divisäo da tensäo máxima inversa, dos
três tiristores, por dois fator de onmdulaçäo, da tensäo retificadora, fortemente reduzido,
diminuiçäo de 21% da potência aparente do transformador e, sobretudo, reduçäo das perdas
por efeito Joule nos enrolamentos quando, a tensäo retificadora diminui. Admitindo-se a
mesma densidade de corrente no primário e secundário, passar da montagem MO3 à
montagem P3, significa reduzir essas perdas de 21% quando Vo igual a Vo, de 42% quando V
igual a 0,6 Vo e de 61% quando Vo näo é mais que 0,25Vo. Salvo para tensöes muito baixa a
utilizaçäo da montagem P3 é mais benéfica, apesar de duplicaçäo do circuito de comando.

6.2.7. Método Geral de Cálculo de um Retificador

O estudo das tensöes, correntes, queda de tensäo em funcionamento normal,


funcionamento em curto-circuito, permite o cálculo fácil dos elementos de uma montagem.
Geralmente, o problema consiste em determinar os elementos de uma montagem que, a partir
de uma rede alternada de tensäo e frequência conhecidas, deve fornecer uma corrente
contínua Io sob uma tensäo contínua Vo. O método é:
1º) Escolhe-se a montagem correspondente aos desempenhos desejados e apresentam as
melhores características.
2º) Considera-se uma queda de tensäo provável ΔVo do retificador em carga, passando a
tensäo retificada em vazio a ser Vo=Vo+ΔVo. O estudo das tensöes fornece, entäo, as tensöes
secundárias necessárias e, consequentemente, a relaçäo de transformaçäo do transformador
em vazio a tensäo reversa sobre os dispositivos.
3º) Do valor da corrente Io, deduz-se os valores das correntes nos diodos ou tiristores, nos
enrolamentos do transformador, na linha de alimentaçäo.
4º) Pode-se entäo, escolher os diodos ou tiristores (corrente média e tensäo reversa
máxima) e calcular o transformador, uma vez que as tensöes e correntes no primário e
secundário säo conhecidas na escolha, devem ser levadas em conta os fatores térmicos.
6º) Desse cálculo deduz-se as resistências, e as reatâncias. Em seguida verifica-se se a
queda de ten säo resultante é a mesma prevista anteriormente, no início dos cálculos ou se é
necessário retomar os cálculos.

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