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O Lagarto, um conto editado por Isaac Asimov

Ademir Pascale

*Por Roberto Fiori

Chesney era um praticante de tiro ao alvo e espeleólogo amador — explorador de cavernas não-
profissional. Perto de seu campo de tiro, em Kettlewell, havia sido recém descoberta uma caverna e
em certo dia ele decidira explorá-la, visto que naquela manhã havia um nevoeiro que impossibilitava
a prática de tiro ao alvo.

Entrou na caverna, aborrecido por haver muitos rastros de pessoas na entrada. A caverna não mais
era inexplorada. Chesney penetrou nela por algum tempo. Levava uma faca, algumas velas, fósforos,
fios de magnésio que proporcionavam luz intensa por muito tempo, um rolo de corda e um cantil de
whiskey. Chegou em um trecho inundado e atravessou-o a custo, quase não podendo ficar acima da
superfície. Depois, atingiu uma zona em que um lago sem dúvida profundo se estendia pela caverna.

Nadou até uma parte afastada da praia onde estava. Havia uma marca na parede, de uma espécie
de réptil, ou melhor, de um dinossauro. Parecia que ele havia sido desalojado da proteção da parede
e... não havia mais nenhum sinal do animal. Chesney, irritado, começou a chutar uma parte do
calcário da praia, tirando lascas. Foi retirando-as, até que uma forma de um réptil ficou visível sob o
solo desgastado. O homem chutava cada vez mais o chão, até que viu a forma se mover sob seus
pés. O dinossauro acordara.

A criatura podia fornecer a Chesney fortunas e prêmios, títulos de nobreza, indicações para
Universidades e lhe trazer a melhor sorte, mas aparentemente ela tinha motivos para odiar quem quer
que a tirasse do sono de milhões de anos. Soltou-se, arrebentando o teto de seu recôndito, e passou
a perseguir Chesney. Andava desajeitada, a imobilidade de tanto tempo passada presa ali dando a
ela uma aparência decrépita de um ser com articulações enferrujadas.

Chesney fugiu, correndo, seguido pelo monstro, que pouco a pouco o alcançava, agora já mais
desenvolta. Dir-se-ia que seus movimentos estavam voltando ao que eram. E quando chegou muito
perto do explorador, este lembrou-se da faca. Voltou-se, arremetendo com a lâmina contra os dois
tentáculos do dinossauro, que se esticavam das narinas e acabavam em garras trêmulas. Era o
mesmo que desferir um golpe contra um pedaço de ferro.

Homem contra fera bestial, um elemento não de nosso tempo, mas de antes do ser humano despontar
no mundo. Chesney lutou, desferindo golpes com a faca. A criatura ficava cada vez mais forte e ágil.
O homem, mais fraco e cansado. Até que ele caiu, tropeçando. A fera continuou a corrida, não
parando perante o adversário.

E Chesney desferiu um golpe contra o ventre do animal, perfurando-o com a faca e fazendo-o fugir,
jogando-se na água do lago e afundando. O homem vencera.

Um conto sobre dinossauros. Curioso. C. J. Cuttcliffe Hyne, nascido em 1866 e falecido em 1944, foi
um escritor popular em seu tempo, alcançando a fortuna devido a suas histórias sobre o Capitão
Kettle, briguento capitão-de-mar, barbudo e galês. A série de histórias com o Capitão Kettle vendia
bem, na época, e competiu de igual para igual com Sherlock Holmes, as duas séries em duas revistas
rivais. O conto “O Lagarto” foi publicado em 1981, na antologia “The Best Science Fiction of 19º
Century by Isaac Asimov, por Nightfall Inc. (juntamente com os professores Charles G. Waugh e
Martin H. Greenberg) e, posteriormente, pela Editora Melhoramentos, na antologia “Isaac Asimov
Apresenta Imortais — O Melhor da Ficção Científica do Século XIX”

Hyne viajou pelo mundo todo, Brasil, Congo, o Ártico, Lapônia, México, a América espanhola e as
ilhas Shetland. Este autor usava suas experiências de viagem em suas histórias, para maior
verossimilhança, e escrevia de improviso, sem preparar antes seus trabalhos. Isso era feito para que
as histórias tivessem um resultado melhor mais natural. Escreveu ainda uma autobiografia, “My Joyful
Life”, nove anos antes de morrer.

A Terra e o Sol foram formados há cerca de 4,6 bilhões de anos. Acredita-se hoje que a vida animada
surgiu do substrato sem vida. Durante um bilhão de anos, após sua formação, o planeta convulsiona-
se, aquecido pelo efeito radioativo de sua matéria. As profundezas agitam-se e os continentes
elevam-se acima do nível do mar.

Microorganismos e algas azuladas surgem. Aparece o primeiro ser unicelulado. Passam-se dois
bilhões de anos e desenvolve-se uma região no centro na célula, uma espécie de cérebro, que
controla todo o mecanismo químico. As células desenvolvem-se em dois grupos: um, semelhante a
plantas e o outro, a animais.

Desenvolve-se a célula respiradora de oxigênio, até então um gás venenoso, mas que é aproveitado
em organismos tipo animal. Colônias de células são o próximo passo da evolução, o que significa
maior chance de sobrevivência no meio hostil. Passam-se centenas de milhões de anos, em que
criaturas novas surgem, desenvolvendo um animal tipo medusa e um outro, semelhante a um verme.
Destes últimos, vêm os platelmintos. Dessas criaturas semelhantes a um verme, surgiria, mais de um
bilhão de anos depois, o homem.

Há seis milhões de anos, o mar, povoado até então por criaturas de corpo mole, passou a exibir
formas de vida com esqueletos externos blindados, como as estrelas-do-mar e os trilobites. A
população de animais crescera perigosamente, animais famintos se devorando, e houve necessidade
de proteção extra. Vieram os peixes, com espinha dorsal e barbatanas, e apenas uma fração dos que
viviam no mar migraram para a terra, arrastando-se. Foi um novo passo dado pela evolução. Alguns
peixes abandonaram a terra firme. Outros continuaram e desses surgiu mais tarde o homem.

A partir dos peixes, vieram os répteis, que se subdividiram em aves e em mamíferos, seguindo a linha
evolutiva. Entre os répteis, surgiram os dinossauros, há mais de 220 milhões de anos. O carnívoro
agressivo Dimetrodonte e seus primos, como o herbívoro Edaphosaurus, dominavam a Terra, nesta
época. Por muitos milhões de anos, o clima da Terra permaneceu temperado e inalterado. Gigantes
alados e marinhos, além de terrestres, viviam aqui. No ar, o Pteranodon voava, com suas asas de
morcego de 9 a 15 metros de envergadura. No mar, o Mosassáurio, crocodilo gigante marinho, de 12
metros de comprimento, gerou posteriormente o lagarto Dragão-de-Komodo. O carnívoro
Plesiossauro era um carnívoro marinho dotado de um pescoço sinuoso de 9 metros de comprimento,
com o qual dava botes para abocanhar criaturas do mar.

Na terra, o Brontossauro viveu no oeste dos Estados Unidos, quando esta região passou a possuir
um clima tropical de selvas e pântanos. Possuía 21 metros de comprimento. Era herbívoro e com um
pequeno cérebro somente controlava o imenso corpo, praticamente. De muito pouca inteligência,
mesmo entre os dinossauros, o Estegossauro, de 10 toneladas, era um herbívoro dotado de um
cérebro do tamanho de uma noz. Agulhões afiados na cauda protegiam-no contra carnívoros
predadores.

Há 75 milhões de anos, a idade dos dinossauros atingiu o seu ápice, com o surgimento do
Tiranossauro, carnívoro feroz, mas dotado de inteligência muito inferior ao urso cinzento de hoje, ou
ao leão. Ao cair da noite, na penumbra um ser pequenino deixa sua toca escondida e, com fome,
procura no chão vermes e insetos. Com a sombra de um Tiranossauro se elevando sobre ele, o
Deltatherium escapole para um local seguro.

O Deltatherium é um dos primeiros mamíferos. Muito menor em tamanho que o Tiranossauro e os


outros dinossauros gigantescos, seu cérebro é, em proporção ao seu peso, muito maior. Seus
descendentes, os homens, seriam os Senhores da Terra. Os dinossauros, devido à mudança no
clima, morreriam de fome, devido à diminuição da temperatura do globo e à destruição consequente
de árvores que constituíam seu principal cardápio. E ao sangue frio dos dinossauros, que
impossibilitava a eles sobreviverem em um ambiente mais frio.

*Sobre Roberto Fiori:


Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande
Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer
em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua
guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina
da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e
Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e
técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.
Sobre o livro “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, do autor
Roberto Fiori:

Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso
Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à
humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos
permanecer parada no tempo e espaço.

Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver
mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço
inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de
um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são
relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde
Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e
morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá,
morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro
satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri
Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino
e os deuses permitirem.

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Ademir Pascale
Paulista, escritor e ativista cultural. Editor da Revista Conexão Literatura
(http://www.revistaconexaoliteratura.com.br). Membro Efetivo da Academia de Letras José de Alencar
(Curitiba/PR). Chanceler na Academia Brasileira de Escritores (Abresc). Participou em mais de 40
livros, tendo contos publicados no Brasil, México, Portugal e França. Autor dos romances “O Desejo
de Lilith” e “Caçadores de Demônios”. Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, adora pizza, séries televisivas e
HQs. Atualmente procura por uma casa editorial para a publicação do seu novo livro de ficção.
Contato: ademirpascale@gmail.com

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