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RAQUEL SANTOS, já qualificado nos autos em epígrafe, através de seu procurador que a
esta subscreve (procuração em anexo), vem respeitosamente perante Vossa Excelência,
interpor Recurso de APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593, I, do Código de Processo Penal,
por não se conformar com a r. Sentença proferida em fls...
Requer o recebimento e processamento do presente recurso, com as razões recursais em anexo,
ao Tribunal de Justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Advogado ‘’...’’
OAB ‘’...’’
RAZÕES DE APELAÇÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ‘’...’’
APELANTE: ‘’...’’ (NOME DO CLIENTE)
APELADA: JUSTIÇA PÚBLICA
PROCESSO Nº: ‘’...’’
EMÉRITOS JULGADORES
Com o devido acatamento e respeito, a r. Sentença condenatória de fls. ‘’...’’ deve ser
reformada, pelos fatos e fundamentos a seguir apontados;
DOS FATOS
Narram os autos que na data de 26 de fevereiro de 2014, Raquel, foi presa pela
suposta prática do crime previsto no artigo 2° paragrafo 1°, da lei 8.072/1990.
A acusada foi presa em flagrante delito, pois foi abordada em uma blitz, e em
sua bolsa foi encontrado 5 gramas de ‘maconha”, o Juizo competente lhe concedeu liberdade
provisória.
DO MÉRITO
Nobres desembargadores, em que pese o apelante ter sido condenado, não foi
produzida prova concreta de que este tenha efetivamente praticado o delito em questão.
Vale lembrar, que no processo penal, o ônus da prova cabe a quem alega, nos
termos do artigo 156 do Código de Processo Penal. No presente caso, a acusação simplesmente
apresenta presunções, mas nenhuma prova concreta foi trazida aos autos.
Não há prova nos autos, de acordo com a análise dos depoimentos, do local do
fato, das condições em que se desenvolveu a ação, das circunstâncias sociais e pessoais, bem
como a conduta e os antecedentes da apelante, cheguem à certeza de que a prática do fato era
realmente tráfico de drogas, razão pela qual, em caso de não absolvição, mostra-se necessária a
desclassificação.
Diante disso, verifica-se que não há nos autos qualquer prova que a apelante
tinha a intenção de vender a droga apreendida.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer a V. Exas, o conhecimento e provimento do recurso, para que haja a
reforma da r. Sentença e consequentemente;
a/ ABSOLVIÇÃO do apelante, nos termos do artigo 386, inciso V, VI e VIIdo Código de
Processo Penal, haja vista que não há prova concreta e inquestionável para sustentar uma
condenação, prevalecendo o princípio do in dúbio pro réu.
b/ Caso não seja a absolvição o entendimento de V. Exas., pelo princípio da eventualidade, que
seja acolhida a tese de DESCLASSIFICAÇÃO para o delito de Uso de Drogas (artigo 28 da
Lei 11.343/06).
c/ Por derradeiro, caso entendam pela condenação do apelante, o que não se espera, requer
a APLICAÇÃO DA PENA NO MÍNIMO LEGAL, com a devida aplicação do § 4º do
artigo 33 da Lei 11.343/06, analisando as circunstâncias pessoais favoráveis (artigo 59,
inciso IV, do Código Penal) e conversão em penas restritivas de direitos, de acordo com o
artigo 44 do Código Penal, posto que preenche todos os requisitos.
Para a efetivação da justiça, direitos e garantias asseguradas a todos os cidadãos, e por tudo
evidenciado nos autos, revela-se mais adequada, razoável e humana, a revisão da decisão ora
questionada, o acatamento dos argumentos e total procedência dos pedidos formulados.
Termos em que,
Advogado
OAB