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A perspectiva libertária para a lei

Em poucas palavras, o papel essencial da lei


deve ser o de justificar o uso de força retaliativa.
Para esse propósito, devemos ter uma clara noção
do que é agressão, um conceito intuitivo, mas
cuja definição formal envolve certas sutilezas. De
fato, agredir implica na existência de um alvo que
deve ter reconhecimento jurídico e, para tal, uma
teoria de delimitação de direitos de propriedade
se faz necessária. Se sabemos as normas para
determinar a justiça de controle exclusivo de um
bem (o que chamamos de propriedade), então o
conceito de agressão segue como sendo um ato
de invasão não consensual desse direito de
controle.
Dado que as normas de delimitação de
propriedade são feitas para evitar conflitos
interpessoais acerca do controle de bens, concluí-
se que (i) apenas bens escassos devem ser alvo de
apropriação; e (ii) a ação de fronteiramento deve
ser impassível de contendas e de tal forma que as
delimitações estejam objetivamente
determinadas – do contrário, estaríamos em
contradição com nosso propósito.
O item (i) é evidente pois se um bem tem
replicabilidade infinita e sem custos, i.e., se todos
podem, independentemente de esforços do
usuário original, replicar o recurso sem alterar
seu protótipo inicial, então é claro que ele não
deve ser alvo da lei, pois não há possibilidade de
conflito interpessoal quanto a seu controle. O
item (ii) tem algumas implicações importantes, a
primeira e mais necessária é a questão do
primeiro elo objetivo.
Analisemos com algum detalhe esse
segundo item. Primeiramente, em nosso
contexto, a distinção entre antes e depois de um
uso de um bem é o ponto essencial para
caracterizar posse e propriedade. Pois se a
segunda é normativa e justa então ela deve ser
uma posse isenta de conflitos, o que só pode
ocorrer se for de fato for a primeira posse. É
razoavelmente óbvio que A tomar sem
consentimento um bem de B caracteriza uma
posse conflituosa e cujo amparo legal apenas
perpetuaria conflitos pois, em virtude do pré-
requisito da universalidade, isso daria
legitimidade para C tomar o bem de B e assim
por diante. Finalmente, se queremos evitar
conflitos, então não basta apenas uma primeira
posse, mas sim um controle de fato do recurso
escasso a partir de seu estado natural, pois é a
maneira pela qual os seres humanos usam esses
recursos, que determina a natureza das ações
necessárias para “possuí-los” e excluir outros de
modo que diferentes tipos de recursos escassos
são apropriados (e controlados) de diferentes
maneiras. É necessário portanto o
desenvolvimento de um elo objetivo entre o
apropriador e o bem, que, por sua vez, irá
estabelecer uma fronteira intersubjetivamente
verificável. Apenas desse modo poderemos saber
que o recurso foi apropriado e assim agirmos de
maneira a evitar a invasão não-consensual. Em
particular, isso descarta apropriações por decreto
verbal pois além de implicarem na lei do mais
forte, não fazem o necessário elo com recurso a
ser apropriado. [1]
Chegamos então, resumidamente, à norma
essencial de delimitação de recursos escassos: o
homesteading, [2] conhecida como primeira lei
de apropriação. Em poucas palavras, ela diz: cada
pessoa tem o direito de controle absoluto de
todos os bens escassos que ele coloca em uso com
a ajuda de seu corpo antes que qualquer outra
pessoa o faça. Esta posse implica o direito de
empregar esses bens escassos de qualquer
maneira que se considere adequada, conquanto
que ao fazê-lo não se agrida a propriedade de
outrem, i.e., conquanto que não se altere, sem ser
convidado, a integridade física da propriedade de
terceiros ou se delimite o controle de terceiros
sobre ela sem o seu consentimento. Essa será a
norma de interesse nesse presente texto.
O status da propriedade intelectual
frente o direito libertário
Tendo em vista a questão da lei, podemos
agora tratar em detalhes a propriedade
intelectual (que em diante será referida por PI).
Para o presente trabalho, a propriedade
intelectual será um termo para se referir às leis
que protegem os produtos do intelecto, por
exemplo, direitos de autor (que dá aos autores
um direito em obras originais, tais como novelas
ou pinturas), patente (que dá direitos de
inventores em invenções práticas , como uma
ratoeira), marca (que dá às empresas os direitos
sobre nomes usados para identificar os produtos,
tais como “Coca-Cola”), e de segredo comercial.
O argumento legal contra seu
estabelecimento jurídico pode ser dividido em
dois pontos: (I) a PI estabelece propriedade sobre
recursos não-escassos, aumentando e
perpetuando conflitos (é irracional); e (II) a PI
entra em contradição com a regra do
homesteading: ambas não podem ser
coerentemente aplicadas simultaneamente (é
contraditória). Vamos analisá-los separadamente.

I. Ideias não são escassas


Se eu inventar uma técnica para a colheita
de algodão, seu uso por outra pessoa não irá tirar
a técnica de mim. Seu uso não exclui meu uso;
nós poderíamos ambos usar minha técnica para
colher algodão. Não há escassez econômica, e não
há possibilidade de conflito sobre o uso de tal
recurso. Assim, não há necessidade de
exclusividade, logo de propriedade. Da mesma
forma, se você copiar um livro que eu escrevi, eu
ainda tenho o livro original (tangível), e eu
também ainda “tenho” o padrão de palavras que
constituem o livro. Assim, obras de autoria não
são escassas no mesmo sentido em que um
pedaço de terra ou um carro são escassos. [3]
Mesmo Ayn Rand – uma liberal que era favorável
às leis de PI – reconheceu que “a propriedade
intelectual não pode ser consumida.” Thomas
Jefferson teve esse mesmo insight há mais de
duzentos anos atrás:
“Se a natureza fez uma coisa menos
suscetível que todas as outras de propriedade
exclusiva, é a ação do poder de pensamento, que
chamamos de ideia, que um indivíduo pode
exclusivamente possuir, desde que ele mantenha
apenas para si mesmo; mas no momento em que é
divulgada, ela força a si mesma a estar na posse de
todos outros, e os receptores não podem mais
despojar-se dela. Seu caráter peculiar, também, é
que ninguém a possui menos, porque todas as
outras possuem toda ela. Aquele que recebe uma
ideia de mim, recebe instrução sem diminuir a
minha; como aquele que acende sua vela na
minha, recebe luz sem me escurecer.” [4]
Assim, os direitos de PI não podem ser
genuínos “direitos de propriedade”. E quando o
governo concede direitos de propriedade
intelectual, ele realmente não faz uma concessão
de um direito de propriedade sobre uma ideia,
mas em vez disso, uma concessão de um
monopólio sobre o direito de usar uma ideia para
determinados fins lucrativos. Se você possui um
direito de autor de um livro, só você (ou alguém a
quem você dá permissão) pode produzir e vender
cópias desse livro. Se você possui uma patente
sobre uma invenção, só você (ou alguém a quem
você dá permissão) pode produzir e vender a
invenção por um determinado período de tempo.
Um contra-argumento comum a esse ponto
é o da intuição popular de justiça, onde o tempo
e o esforço investido na produção de ideias
devem contar para torná-la propriedade e, por
isso, uma pessoa não poderia tomar a minha ideia
e começar a lucrar em cima daquilo que eu
investi meu tempo e recursos para construir.
Aqui há uma importante confusão a ser desfeita:
a aplicabilidade de seu trabalho e esforço e a
maneira como lida com seu tempo diz respeito
apenas à propriedade de seu próprio corpo. Tal
direito de controle pode ser investido de diversas
formas possíveis, resultando na criação de bens
valorizados pela sociedade ou até em bem não
econômicos – não importa. Mas de todo modo,
tal direito não implica necessariamente em
propriedade. Não faz sentido dizer que você
possui seu trabalho, pois se trata de uma ação:
possuímos nossos corpos, mas não ações
abstratas. Tampouco possuímos a “mistura” de
nosso trabalho com outros bens. Não há precisão
jurídica para tal proposição. Como escrevi
em outro lugar,
“[…] [nós] não possuímos nossos “eus”; nós
possuímos nossos corpos físicos. Segundo, uma
pessoa não é dona do próprio trabalho mais do que
ela é dona de suas próprias ações. Contudo, a
noção de ser “dono” de ações é algo vago e
confuso: uma pessoa pode ser responsável pelas
suas ações, mas a posse delas não faz sentido
lógico. O correto seria dizer que a pessoa detém
controle exclusivo sobre seu corpo físico e essa
propriedade dá a ela a capacidade e o direito de
usá-lo conforme ela deseja. Como proprietário de,
digamos, um binóculo, você tem direito de
contemplar uma borboleta em um campo, mas
não podemos dizer que existe algum direito
autônomo de contemplar as borboletas; tal direito
se origina da justiça de sua posse do binóculo.
Mesmo se considerássemos em algum sentido que
uma pessoa pode possuir o seu trabalho, a sua
mistura com alguns recursos – bem, “mistura” é
em si mesma uma metáfora ambígua – irá
simplesmente resultar na perda da “propriedade”
da mão-de-obra, em vez de a aquisição da
propriedade do bem misturado com o trabalho.
Não existe motivo de meras “misturas”
configurarem posse. Em perfeita analogia, se uma
pessoa cuspir no oceano, ela apenas perderá
saliva, e não terá necessariamente adquirido a
posse de todo o oceano.”
Não importa se uma ideia é resultado de um
esforço de um artista, pois não faz sentido dizer
que “possuímos” nosso esforço. Além disso, a
natureza não escassa de uma ideia independe de
como ela foi produzida – antes ela sequer existia.
Sua escassez é determinada pela maneira a qual
as pessoas a utilizam como guia de uma ação: se é
ou não possível que duas ou mais pessoas façam o
mesmo simultaneamente sem riscos de conflitos.

II. A PI é um assalto à propriedade privada


Ayn Rand escreveu em “Patents and
Copyrights“: “Patentes são o coração e o núcleo
dos direitos de propriedade.” Interpretando isso
na visão randiana, temos a seguinte implicação
geral: toda pessoa que apareça com uma ideia útil
ou criativa ganhará necessária e
instantaneamente um direito de controle sobre
todas as outras propriedades tangíveis no mundo,
com respeito ao uso similar dessa propriedade.
Vamos argumentar aqui que isso implica em um
assalto generalizado às propriedades legítimas.
Como Stephan Kinsella notou, [5] direitos
sobre PI conferem aos criadores de padrões
direitos parciais de controle – posse – sobre a
propriedade tangível de todos os outros. O
criador do padrão possui controle parcial da
propriedade de terceiros, graças ao seu direito
sobre PI, porque ele pode proibi-los de executar
certas ações com sua própria propriedade. O
autor A, por exemplo, pode proibir um terceiro,
B, de estampar certo padrão de palavras nas
próprias páginas vazias de B com a própria tinta
de B. Ou seja, ao meramente se responsabilizar
por uma expressão original de ideias, ao
meramente pensar e gravar um padrão original
de informação, ao encontrar uma nova forma de
usar sua própria propriedade (receita), o criador
de PI instantaneamente, magicamente, se torna
um dono parcial da propriedade de terceiros. Ele
tem então alguma voz sobre como terceiros
podem dispor de sua propriedade. Direitos de PI
mudam o status quo ao redistribuir propriedade
de indivíduos de uma classe (donos de
propriedade tangível) para indivíduos de outra
classe (autores e inventores). Prima facie, então,
leis de PI transgridem ou “tomam” a propriedade
de donos de propriedade tangível, ao transferir
posse parcial para autores e inventores. É essa
invasão e redistribuição de propriedade que deve
ser justificada para que direitos sobre PI sejam
válidos. E Rand fracassou cabalmente nesse
sentido, até porque teria que refutar a justiça do
homesteading para isso.
Vejamos outro exemplo prático. Digamos
que uma pessoa A (um arquiteto, digamos)
inventou um projeto de uma casa triangular com
elevado grau de eficiência frente a concorrência.
Uma outra pessoa, digamos, B, vê o projeto, o
reconhece como o melhor meio de providenciar
sua própria moradia e, munindo-se de seus
próprios recursos privados (tijolos, areia,
cimento, pedras, tinta, etc), passa a construir sua
casa. Até o momento em que o arquiteto o
processa por violação de “direitos” de PI e B passa
a ter que fazer um projeto alternativo menos
eficiente com seus recursos. Houve uma clara
violação de direitos de propriedade aí: os direitos
de B sob seus próprios recursos escassos foram
restringidos, contra sua vontade, gerando menos
bem-estar para o próprio. Sob coerção, o direito
sobre propriedade intelectual dá ao criador de
conteúdo um monopólio legal (no nosso caso, A)
o poder de controle sobre bens legitimamente
apropriados por terceiros (B).
Em qualquer aplicação da PI, o estado está
atribuindo a A o direito de controlar a
propriedade de B: uma pessoa terá um direito
de mandar a B o que não fazer com sua própria
propriedade. Como a propriedade é o direito de
controlar recursos escassos, a intervenção legal
da PI impõe um co-proprietário
retardatário sobre a propriedade de B. Isso
claramente não pode ser justificado sob os
princípios já expostos. B já possui sua
propriedade. E com respeito a ela, A é um
retardatário – B é o único que se apropriou da
propriedade, e não A. É tarde demais para A
reivindicar a propriedade herdada de B – B já fez
isso. O recurso já não é sem dono, de modo que a
concessão de direitos de propriedade sobre os
bens de B é obviamente incompatível com os
princípios libertários básicos. Isso não é nada
mais do que redistribuição de riqueza e
socialismo.
O argumento consequencialista contra a
PI
Fora o argumento baseado em direitos
naturais (como foi o de Ayn Rand), os principais
argumentos a favor da propriedade intelectual
são de cunho consequencialista, geralmente
defendendo a necessidade da PI para garantir a
prosperidade material da sociedade e a inovação
tecnológica. É importante ressaltar nesse ponto
que isso de fato não tem a menor relevância legal
para o libertarianismo, pois como já foi dito, para
um austrolibertário, o papel da lei não é
promover um suposto bem-estar geral seguindo
os caprichos emotivos de determinadas pessoas,
mas apenas de punir o início de agressão.
Contudo, vamos um pouco adiante e mostrar
que, na verdade, leis de PI não são necessárias
para os fins propostos pelos consequencialistas
que a defendem.
Antes de mais nada, já vimos que cada vez
que um lei pró PI é aplicada, restrições de direitos
de propriedade ocorrem. E dado que o efeito
econômico da propriedade privada (de bens
escassos) é o de maximizar o valor de uso do
objeto – e de fato, se a propriedade é justa, então
sua própria história (homesteading e trocas
voluntárias contratuais) mostra que o atual
proprietário é exatamente aquele que tende a
maximizar seu valor; pois do contrário, não teria
feito o homesteading, não teria executado a troca
ou simplesmente abriria mão do bem, trocando-o
por outro -, então qualquer desvio das normas de
propriedade de bens escassos implica que haverá
relativamente menos apropriação original de
recursos cuja escassez seja percebida, haverá
menos produção de novos bens, menos
manutenção de bens existentes e menos
contratos mutuamente benéficos e comércio. Isto
naturalmente implica um padrão de vida mais
baixo em termos de bens e serviços comerciáveis.
Esse é um argumento a priori sobre como a
justiça de alocação de direitos de propriedade
estabelecida acima coincide também com a maior
eficiência econômica, promovendo uma
organização da sociedade de modo a otimizar a
criação de riqueza.
Podemos também trabalhar com
argumentos empíricos e mostrar alguns exemplos
interessantes de como pessoas se organizaram e
vem se organizando em iniciativas inovadoras
com eficácia e sem o uso do monopólio estatal de
PI. Abaixo enumeramos alguns [6]:

Patentes
É preciso reconhecer que não é óbvio que as
patentes não são de fato necessárias para inspirar
inovação – e não há muita razão para acreditar
que elas impedem a inovação. Se você possui uma
patente sobre um seletor de arroz mecânico,
então isso significa que você pode evitar que
outras pessoas construam um melhor
selecionador de arroz que é baseado no seu. Para
um número suficientemente grande de anos, seus
concorrentes potenciais não podem legalmente
inovar e melhorar o seu produto – ou, pelo
menos, se o fizerem, eles não podem trazer a sua
inovação no mercado sem a sua permissão até
que a patente expire.
Por outro lado, o que ocorreria se não
houvessem patentes? A primeira pessoa a
implementar uma ideia ainda iria receber
benefícios exclusivos para algum período de
tempo porque mesmo sem patentes, levaria um
tempo para a competição descobrir como imitar a
invenção e apanhar a ideia. Mas os concorrentes
provavelmente iriam descobrir isso antes de
muito tempo, de modo que o inventor original
não poderia descansar sobre os seus louros.
Todos teriam de melhorar constantemente para
se manterem competitivos. A ausência de
patentes levaria portanto a grandes incentivos
para o constante aperfeiçoamento tecnológico.
Vemos essa ideia em muitas inovações onde
empresas não utilizam de patentes para protegê-
las. As pessoas que inventaram shopping centers,
lojas de conveniência 24 horas, supermercados,
franquias de fast-food e tickets alimentação, por
exemplo, não têm quaisquer direitos exclusivos
sobre essas ideias. Nem as pessoas que inventam
perfumes, receitas, desenhos de roupas, móveis
ou carrocerias de automóveis. [7] Mas as pessoas
continuam o processo criativo, porque elas
querem superar seus rivais. Sem privilégios de PI,
elas têm que permanecer focando no que elas
podem fazer para atrair e agradar melhor os
clientes – e não perdem tempo no que elas
podem fazer com o sistema jurídico para esmagar
outras empresas.
Historicamente, tem havido muitos casos
onde as patentes permitiram a seus titulares a
pararem de inovar e, simultaneamente, outros
concorrentes de inovarem. Consideremos
primeiramente o caso dos irmãos Wright. Eles
criaram o primeiro avião nos EUA, melhorando
ligeiramente as ideias não patenteadas de outros
que vieram antes deles, como o engenheiro
britânico Sir George Cayley e o alemão Otto
Lilienthal. Sua patente de 1902 foi registrada para
o sistema de controle de vôo resultante do
“empenamento da asa” e para o uso de um leme.
Glenn Curtiss melhorou o design dos
irmãos Wright, substituindo a técnica de
deformação de asa com superfícies de controle
móveis, os meios pelos quais os aviões controlam
seus movimentos. Para isso, os irmãos Wright –
que não vendiam muitos aviões no momento –
processaram Curtiss para tentar impedi-lo de
vender aviões. Os Wrights então atrofiaram o
crescimento da indústria da aviação nos Estados
Unidos, concentrando-se mais em processar
Curtiss e outros concorrentes do que na
empreitada formar de melhores planos
empreendedores. Como resultado, o
desenvolvimento do avião, em seguida, decolou
na França, onde os irmãos Wright “tiveram pouca
influência legal.” [8]
Um outro exemplo diz respeito ao motor de
vapor de James Watt. Durante o período no final
do século 18 que Watt e seu parceiro de negócios,
Matthew Boulton, realizaram a sua patente
máquina a vapor, a inovação em motores a vapor
praticamente cessou. Quando Jonathan
Hornblower construiu um motor melhor em
1790, Watt e Boulton o processou e impediu de
trazê-lo para o mercado. Outros concorrentes
inventaram suas próprias melhorias, mas
mantiveram-as fora do mercado enquanto
esperavam pelo prazo da patente de Watt
terminar; eles não queriam ser processados como
Hornblower.
Watt foi distraído de melhorar o seu
produto, tanto porque ele não precisou fazê-lo –
ele tinha a proteção do monopólio – e porque ele
estava preocupado com o uso do sistema legal
contra os seus concorrentes. Como resultado,
enquanto sua patente estava no lugar, o Reino
Unido acrescentou apenas cerca de 750 cavalos
de potência aos motores a vapor por ano; nos 30
anos após a patente de Watt ter expirado, a
potência foi adicionado a uma taxa de mais de
4.000 por ano. Da mesma forma, a eficiência do
combustível melhorou pouco, se em tudo,
durante os anos da patente de Watt (1769-1800),
mas aumentou em aproximadamente um fator de
cinco entre 1810 e 1835. [9]
E quanto a produtos farmacêuticos?
Algumas pessoas argumentam que precisamos de
patentes farmacêuticas porque as drogas
requerem caros recursos, muito tempo e mão de
obra bastante especializada para serem
desenvolvidas. Então, a conclusão dos advogados
da PI é a mesma de sempre: se o estado não der o
privilégio da proteção monopolística das patentes
aos fabricantes, eles não vão se preocupar em
produzir drogas.
Numerosos fatos minam este argumento.
Os estudiosos de leis de patentes Boldrin e Levine
descobriram que a indústria farmacêutica
historicamente cresceu “mais rápido nos países
onde as patentes eram menores e mais fracas.”
[10] A Itália, por exemplo, não forneceu nenhuma
proteção de patentes para produtos
farmacêuticos antes de 1978, mas tinha uma
próspera indústria farmacêutica. Entre 1961 e
1980, era responsável por cerca de nove por cento
de todos os novos compostos químicos ativos
para medicamentos. Depois que as patentes
chegaram, a Itália não viu nenhum aumento
significativo no número de novos medicamentos
descobertos por lá – ao contrário do que sugerem
as previsões dos defensores da PI. [11]
A lei de patentes cria um incentivo para os
pesquisadores: perseguir mais do tipo de pesquisa
que vai levar a medicamentos patenteáveis, e
menos do tipo de pesquisa que pode levar a
outros tipos de avanços que não podem ser
patenteados – ainda que, como mostram Bolsrin
e Levine, o último tipo pode envolver alguns dos
mais importantes. [12] Se as leis de patentes
fossem abolidas, é provável que veríamos menos
drogas químicas artificiais, e mais descobertas
relacionadas a remédios a partir de substâncias
naturais, como vitaminas, minerais e plantas.
Tendo em conta os efeitos secundários nocivos de
muitos medicamentos prescritos, é bem provável
que isso traria enormes benefícios para a saúde
das pessoas.

Softwares Open Source


A melhor evidência que os direitos autorais
e patentes não são necessários e que a
concorrência leva a próspera inovação na
indústria de software, é o fato de que há uma
parte próspera e inovadora da indústria que
renunciou voluntariamente a seu monopólio
intelectual – tanto de direitos autorais e patentes.
Este exemplo notável da criação sob a
competição é chamado o movimento do software
de código aberto (open source no original).
Muitas vezes, esse software é distribuído sob uma
licença que é o oposto do copyright – em muitos
casos, forçando aqueles que desejam vendê-lo
para permitir que os seus concorrentes para
copiá-lo. Este acordo “copyleft” é um
compromisso voluntário por parte dos
produtores de software para evitar o monopólio
intelectual.
É um testemunho incrível para os benefícios
da concorrência, que as empresas e os indivíduos
escolhem a submeter-se voluntariamente a ele.
Como, você pode perguntar, pode ser do auto-
interesse econômico de uma empresa ou
indivíduo a abandonar voluntariamente o
monopólio? A resposta é que ele fornece uma
garantia importante para os compradores. Por
exemplo, uma nova entrada no mercado de
software pode encontrar o seu mercado limitado
pelo fato de que os clientes potenciais estão
preocupados com a viabilidade a longo prazo da
empresa. Os compradores não querem ficar
presos no antigo software proprietário, só para
ver o único fornecedor legal desaparecer. Por
razões óbvias, empresas e indivíduos também
têm uma preferência para a compra de software,
onde eles esperam beneficiar da concorrência
futura. Em alguns casos, a renda de ser o
primeiro no mercado é suficientemente elevada
para que valha a pena voluntariamente desistir de
um monopólio futuro, a fim de ser capaz de
permanecer no mercado.
No caso do software de código aberto, o fato
surpreendente é o quão disseminado ele é, um
fato que muitas vezes passa despercebido por
uma perspectiva leiga. Se você navegou na web
hoje, então é praticamente certo que você usou
algum software de código aberto. Embora você
possa provavelmente pensar em si mesmo como
um “usuário do Windows” ou um “usuário de
Macintosh”, o fato é que você também é um
“usuário Linux:” cada vez que você usar o Google,
o seu pedido é processado pelo software de fonte
aberta originada por Linus Torvalds. Exemplos
abundam pela internet a fora. [13]
O sucesso do software de código aberto não
é um estranho milagre, irrepetível em
circunstâncias normais. Pelo contrário, é o
padrão de sempre insistir em inovar e crescer as
indústrias. Outros casos análogos ocorreram em
outros setores. Um dos exemplos mais
impressionantes ocorreu na alemanha do século
XIX, onde a indústria automobilística
simplesmente renunciou ao copyright, tendo um
espantoso aumento criativo no período. [14]

Os “copyrightables”: livros, músicas e filmes


Copyright tem sido tradicionalmente
utilizado para obras literárias, e por meios que
vão desde jornais às músicas e filmes, sendo
dominado por grandes corporações de mídia
grandes, como a Disney, e associações da
indústria, tais como a RIAA (indústria de
gravação) e MPAA (indústria cinematográfica).
As raízes do copyright se deram,
literalmente, na censura. Foi fácil para o estado e
a igreja controlarem o pensamento,
censurando os escribas, mas depois a imprensa
veio, e as autoridades temeram que elas não
poderiam controlar o pensamento oficial tão
facilmente. Então, a rainha Mary da Inglaterra
criou a Empresa do Stationer em 1557, com a
franquia exclusiva sobre a publicação de livros,
para controlar a imprensa e as informações que
as pessoas poderiam acessar. Quando o charter
da empresa do Stationer foi expirado, as editoras
fizeram lobby para uma extensão, mas, ao invés
disso, no Estatuto de Anne (1710), o Parlamento
deu direitos autorais para os autores. Os autores
acabaram gostando disso porque a PI libertou
suas obras do controle do estado. Hoje em dia
eles também usam o copyright tanto quanto o
estado originalmente: para censurar a publicação
de livros. [15]
Geralmente as grandes corporações dos
setores audiovisuais argumentam em voz alta e
vociferante sempre em sentido de aumentar o
controle de sua “propriedade intelectual”. Assim,
pode-se imaginar que a atividade criativa é baixa
e os artistas são pobres quando e onde a
copyright é fraca. Porém, nada poderia estar mais
longe da verdade.
As pessoas acham difícil envolver sua
cabeça em torno do conceito de que as ideias
podem ser recompensados sem direitos autorais
ou patentes. Sem direitos de autor, como é que o
autor de um romance é pago? Considere os fatos.
1. Na maior parte da história, a humanidade
produziu obras clássicas sem respaldo legal do
copyright. Suponha que Shakespeare tinha vivido
em um mundo onde existia copyright.
Shakespeare fez uma contribuição única para a
civilização ocidental, colocando palavras em
conjunto de uma forma que nenhum outro ser
humano tinha feito antes ou depois, mas ele não
era um originalmente puro. Ele levou muitas
histórias, personagens e ideias de outras obras de
outras pessoas – que ele não teria sido capaz de
fazer se os criadores dessas obras anteriores
haviam possuído e direitos autorais aplicadas.
Ele foi autor de 38 peças, sem qualquer
incentivo ou proteção contra a lei de direitos
autorais, e ele conseguiu prosperar além. É difícil
ver como o autor teria sido capaz de ser
incentivado a criar ainda mais. Pode-se imaginar,
porém, que se copyright existisse na época de
Shakespeare, ele poderia ter passado sua parte do
seu tempo e esforço processando pessoas que
venderam transcrições de suas peças ou que
executaram-as sem sua permissão, e assim ter
dedicado menos de seu tempo à escrita, e todos
nós seríamos infinitamente mais pobre por isso.
Um genuíno e rico domínio público
permitiu Shakespeare a se tornar o que ele era, e
ele permitiu que o mundo se beneficiasse, por sua
vez, de Shakespeare. Parece provável que os
direitos de PI só resultaram em menos criação
para ele e consequentemente menos para nós
desfrutarmos.
Escritores de hoje poderiam ganhar
dinheiro sem direitos de autor, mesmo que eles
não sejam Shakespeares modernos. É claro que,
mesmo com proteção de direitos autorais, a
maioria dos autores, cujos nomes não são
Stephen King ou J.K. Rowling, não fazem muito
dinheiro de royalties de livros. Em vez disso, a
publicação de um livro dá um prestígio autor e
oportunidades para fazer outras coisas.
Publicação em revistas acadêmicas criam
oportunidades para obter trabalhos de ensino. E
publicações de livros para um público popular
(geralmente para baixo salário) pode elevar o
perfil do autor como um perito e criar
oportunidades para ele dar palestras ou fazer
outras coisas por dinheiro.
2. Durante o século XIX, diferentemente da
Inglaterra, ninguém estava livre nos Estados
Unidos para reimprimir uma publicação
estrangeira sem fazer qualquer pagamento para o
autor, além de comprar uma cópia legalmente
vendida do livro. Este foi um fato que perturbou
grandemente Charles Dickens, cujas obras,
juntamente com as de muitos outros autores
ingleses, foram amplamente distribuídos nos
EUA, e apesar disso, “editores americanos
acharam lucrativo fazer acordos com autores
ingleses. Provas perante a Comissão 1876-8
mostra que o inglês autores, por vezes, recebeu
mais com a venda de seus livros pelas editoras
americanas, onde eles não tinham direitos de
autor, do que de seus royalties na [Inglaterra]”
[16] onde eles não têm direitos de autor. Em
suma, sem direitos autorais não garantem
necessariamente mais lucros aos autores do que
uma realidade sem copyright.
3. A maior parte dos grandes autores de
música clássica operaram sem o benefício de leis
de copyright. Na verdade, leis de copyright
suficientemente rigorosas teriam feito suas
conquistas impossíveis: grandes escritores de
peças como Eurípides e Shakespeare nunca
escreveram enredos originais nas suas vidas; suas
maiores obras são todas adaptações e melhoras
de histórias escritas por outros. Boa parte dos
grandes compositores, como Bach, Tchaikovsky e
Ives incorporaram em seu trabalho as
composições de outras pessoas. Apropriações
como estas tem sido a um bom tempo uma parte
integral da legítima liberdade artística. Um caso
exemplo é a música de Giuseppe Verdi “La Donna
è Mobile”, de sua ópera Rigoletto. Talvez o leitor
a reconheça dos gritos populares de futebol. A
música oferece um interessante estudo de caso
acerca dos direitos de propriedade intelectual,
porque não havia nenhuma proteção à
propriedade intelectual na Itália, na época de
Verdi.
Apesar do fato de Verdi não poder prevenir
outras pessoas de utilizaram ou lucrarem com
sua música, ele ainda a produziu. Ele também
lucrou com a mesma, porque outras pessoas
estavam dispostas a pagar para ouví-la
apresentada pela companhia do criador. O
professor Stephen Davies utilizou Rigoletto para
uma bela demonstração de que direitos de
propriedade intelectual eram desnecessários para
que Verdi tivesse incentivos para produzir
conteúdo artístico e lucrar com ele. [17]
Alguns outros problemas com leis de PI
Todos concordam que, em alguma medida,
as leis que delegam a proteção a invenções devem
ter um determinado prazo de validade. Por
exemplo, se uma empresa inventou uma nova
fórmula de refrigerantes, então por quanto tempo
ela deve ter o “direito” de manter o monopólio
legal sobre essa ideia? Não é crível que se
responda: “para sempre”, pois nesse caso o fluxo
de ideias estaria legalmente impedido e qualquer
nova invenção teria que ser começada, do ponto
de vista das ideias, do marco zero da lei. O
progresso tecnológico e artístico se veria
imediatamente impedido. Portanto, algum
intervalo de tempo deverá ser instituído, o que
abre espaço para arbitrariedades na lei. Do ponto
de vista libertário, isso se torna algo bastante
problemático pois para os libertários, as regras
que regem a delimitação de propriedades são
determinada objetivamente a priori. Não há
como conciliar isso com um jusracionalismo
deontológico.
Outro problema com a PI é que sempre
existirá uma boa probabilidade que duas pessoas,
trabalhando independentemente na mesma linha
de pesquisa, acabem chegando à mesma invenção
(descoberta) independentemente. O caso da
invenção do Cálculo Diferencial e Integral por
parte de Isaac Newton e Gottfried W. Leibniz se
deu assim: é praticamente consenso entre os
historiadores da ciência que ambos fizeram a
mesma descoberta independentemente e,
praticamente, simultaneamente. Ainda assim
uma lei de, digamos, patentes vai arbitrariamente
garantir direitos exclusivos ao inventor que
chegar primeiro no escritório de patentes; o
segundo inventor, mesmo tendo desenvolvido a
ideia por si só, vai ser proibido de comercializar
sua invenção. Não existe justiça em casos assim.
Além de abrir, novamente, brechas para
arbitrariedades, isso irá inevitavelmente ampliar
conflitos em sociedade.
Por fim, é digno de nota o problema que os
direitos de PI impõem ao fluxo de ideias e ao seu
uso por parte de criadores de conteúdo.
Praticamente nenhuma invenção é feita do nada,
sem nenhum resquício de cooperação e uso de
ideias prévias por outros inventores. Esse fato
implica em diversas semelhanças entre criações
de um mesmo ramo artístico ou tecnológico. Até
que ponto é possível determinar que houve ou
não uma cópia? Além disso, é bem sabido que
boas partes das réplicas que ocorrem fora do
mundo virtual não é absolutamente fiel à
original. E isso pode ser intencional: um novo
criador pode ter uma ideia de aperfeiçoar e/ou
combinar ideias antigas. Até que ponto pode-se
determinar uma violação de direitos de PI?
Algum limite deve ser adotado, pois como já
observado, uma criação em isolamento
intelectual autossuficiente é praticamente
inconcebível. Esse é mais um ponto ampliador de
conflitos em leis de PI. E de fato, é muito comum
vermos inúmeras disputas judiciais a esse
respeito, como riffs de rock (ou, mais geralmente,
trechos de canções) parecidos onde um autor
reivindica propriedade sobre um riff tocado por
outro [18] ou também uma empresa processa
outra por um design semelhante de um mesmo
tipo de produto. [19] A diferença entre inspiração
e plágio é muito estreita e nem sempre estará
clara para os tribunais, podendo dar margens
para inúmeras arbitrariedades e injustiças. [20]
Notas
[1] Para mais detalhes sobre as normas
libertárias de delimitação, veja a segunda
seção dessetexto ou a quarta seção desse.
[2] O homesteading, ou apropriação
original, se popularizou devido ao Filósofo
britânico John Locke. No segundo volume de seu
clássico “Dois Tratados Sobre o Governo Civil”, o
chamado “Segundo Tratado Sobre o Governo”, ele
escreveu:
“todo homem tem uma propriedade em sua
própria pessoa. A esta ninguém tem qualquer
direito a não ser ele mesmo. O trabalho de seu
corpo e a obra de suas mãos… são propriedade sua.
Por isso, seja o que for que ele tira do estado que a
natureza proporcionou e ali deixou, ele misturou
aí o seu trabalho, acrescentando algo que lhe é
próprio, e assim o torna sua propriedade.”
[3] Para mais detalhes acerca do conceito de
escassez e outros exemplos, veja a terceira
seçãodesse artigo – já citado também em [1].
[4] Citação tirada de: Thomas Jefferson to
Isaac McPherson, Monticello, 13 de Agosto, 1813
[5] Para mais detalhes nesse sentido, veja o
livro:
Kinsella, Stephan Contra a Propriedade
Intelectual / Stephan Kinsella. – São Paulo :
Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.
Ele está disponível online aqui.
[6] Alguns dos exemplos citados foram
tirados do excelente livro:
Michele Boldrin and David K.
Levine, Against Intellectual Monopoly (New York:
Cambridge University Press, 2008)
Ele é altamente recomendável para o leitor
interessado em mais profundidade e conteúdo
nos argumentos consequencialistas e econômicos
contra a PI.
[7] Veja o texto de Tom W. Bell, “Indelicate
Imbalancing in Copyright and Patent Law” p. 9.
Disponível aqui.
[8] Boldrin and Levine, pp. 87-88, 206-07.
[9] Ibid., pp. 1-5.
[10] Ibid., p. 246.
[11] Ibid., pp. 222-23.
[12] Veja Julio H. Cole, “Patents and
Copyrights: Do the Benefits Exceed the
Costs?” Journal of Libertarian Studies 15:4 (2001),
p. 93; e Rothbard, Murray N., Man, Economy, and
State, p. 658.
[13] Para uma lista de sofwares open source,
veja aqui.
[14] Para mais detalhes a esse respeito,
veja esse brilhante artigo da revista alemã
Spiegel.
[15] Sobre a história da origem do copyright
veja o artigo Tom G. Palmer, “Intellectual
Property: A Non-Posnerian Law and Economics
Approach” Hamline Law Review12 (1989), p. 264.
Disponível em pdf aqui.
[16] Veja Plant, A. [1934], “The Economic
Aspect of Copyright in Books” Economica, 167-195.
[17] Para o argumento de Stephen Davies e
uma pequena história do copyright no contexto
de Verdi, veja aqui.
[18] Veja por exemplo o caso do processo
legal que se deu por conta da suspeita de plágio
do ínicio da canção Starway to Heaven da banda
britânica Led Zeppelin. Um notícia a esse
respeito pode ler lida aqui.
[19] Nesse artigo da revista exame, pode-se
ler seis práticas de plágio na área design. A
reportagem mostra também o quão comum é
essa prática nesse ramo.
[20] Um caso bastante curioso é o do riff da
canção Paranoid da banda americana de heavy
metal Black Sabbath, que é análogo a um riff
da música “Get Down” da banda Half Life,
gravada em 27 de junho de 1969 – o Sabbath só
registraria “Paranoid” um ano mais tarde.
Compare as canções aqui.

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