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Criança deve passar o dia todo trabalhando? Essa é uma pergunta que tem um “não” bem expressivo como resposta. No entanto,
diariamente, milhões de crianças vivem essa realidade no mundo todo. As consequências disso são que muitos jovens perdem o direito
e a oportunidade de estudar, brincar e de realizar sonhos. No texto a seguir, são expostas três formas de trabalho infantil desenvolvidas
em diferentes regiões do Brasil. Você imagina quais são elas? [...] Um dos mais graves problemas do Brasil é o trabalho
infantil. Estima-se que cerca de 4 milhões de menores trabalhem no país. Uma criança trabalha pela necessidade de ajudar em casa ou
porque foi abandonada. Mas a função de sustentar a família é própria dos adultos. A infância é uma fase para brincar e estudar. O
trabalho nessa idade faz com que a criança abandone a escola e se alimente mal, prejudicando sua saúde e seu futuro. Nas carvoarias
É difícil apontar qual o tipo de trabalho mais prejudicial às crianças, mas o de carvoarias é considerado um dos piores. Para produzir
carvão, as crianças são obrigadas a conviver com gases e fumaças liberados na queima do carvão, o que causa doenças respiratórias e
até câncer de pulmão. Além disso, o ambiente úmido das carvoarias favorece o surgimento de doenças de pele. Sem uma alimentação
adequada, muitas crianças sofrem também com a desnutrição. Nas esquinas das grandes cidades do Brasil é possível ver crianças
pedindo esmola, limpando vidros de carros ou vendendo doces em faróis. Mas elas não fazem isso porque querem. Na maioria das
vezes, são forçadas pelos próprios pais, que precisam de recursos para sobreviver, ou por pessoas que se aproveitam de menores
abandonados, achando que os motoristas terão pena ao ver uma criança e lhe darão dinheiro. O pior é que as crianças não ficam com o
que ganham, sendo obrigadas a dar o dinheiro para quem se aproveita delas. Planta perigosa. Considerada a fibra vegetal mais resistente
do mundo, o sisal é retirado de uma planta chamada algave e usado para a fabricação de cordas, fios e estofados. Quando o algave é
cortado, a planta solta um líquido que causa profundas feridas nas crianças. Durante o processo de retirada do sisal da planta, forma-se
uma enorme nuvem de poeira bastante prejudicial à saúde. Além disso, uma das máquinas utilizadas no processo é muito perigosa e tem
causado graves ferimentos nos trabalhadores desse setor.
Elvira de Oliveira. Cidadão do mundo: construindo o futuro. São Paulo: Abril, 2000.
"Crianças e tecnologia"
"Segundo uma pesquisa da AVG Technologies, 57% das crianças de até 5 anos usam com facilidade aplicativos em smartphones, mas
somente 14% sabem amarrar os sapatos. As crianças, hoje, têm acesso à tecnologia de várias formas. Elas brincam com o celular dos
pais, muitas delas têm seu próprio tablet, elas ligam e desligam videogames sozinhas e usam computador com muita facilidade. O
desafio dos pais e da escola é direcionar para o aprendizado toda essa facilidade no manuseio das ferramentas tecnológicas"
O contato com os eletrônicos ocorre em idades cada vez mais precoces. Pesquisas revelam que o uso prolongado de tablets e
smartphones exerce efeito nocivo sobre o cérebro. “Rouba a atenção, enfraquece a memória, reduz a capacidade de perceber e corrigir
erros, diminui a produtividade”, adverte o neurologista infantil Clay Brites,
A criança precisa ver, ouvir, cheirar, tocar, sentir. O tablet só estimula o visual. Ela necessita de muito mais, de interação humana.” “As
consequências são sonolência diurna, queda na atenção, dor de cabeça, ansiedade e alteração de humor.” E não só porque o jovem
internauta, preso à telinha, posterga a hora de ir para a cama. A luz azul emitida pelos eletrônicos afeta a produção de melatonina, o
hormônio que prepara o corpo para o repouso.
“É preciso combinar o tempo, controlar, mostrar no relógio e oferecer opções como um jogo presencial, um passeio, um livro”, ensina a
psicopedagoga. E desestimular o uso pelo menos meia hora antes do sono e nas refeições. Como o exemplo dos pais conta muito, a
família deve estabelecer períodos off-line e nesse tempo valorizar as brincadeiras e as experiências compartilhadas.