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Unidade 7 – Poupança e Investimento

O consumo e a poupança

Em resultado da sua participação na actividade produtiva, os agentes económicos auferem


rendimentos que vão utilizar na aquisição de bens e serviços indispensáveis à satisfação das
suas necessidades.

Se a totalidade dos seus rendimentos não for utilizada no consumo, os agentes económicos
estão a constituir uma poupança para utilizar no futuro.

A poupança constitui a parte do rendimento que não é consumida. É o transporte do consumo


de hoje para amanha.

Destinos da poupança – importância do investimento

A poupança dos agentes económicos pode ter vários destinos:

Entesouramento – é a conservação de valores monetários sob a forma de moeda,


ouro, obras de arte, etc. Esta forma de aplicar a poupança é considerada improdutiva,
na medida em que os valores, ao serem retirados do circuito económico e monetário,
não contribuem para o incremento da actividade económica.

Depsitos Bancários – Constituem poupanças entregues às instituições financeiras que


vão entrar no circuito económico através do crédito concedido. Estes depósitos são
remunerados com juros, que constituem rendimentos para os depositantes.

Investimento – é a aplicação da poupança na actividade produtiva, através da


aquisição de bens de capital. Aquele que investe espera, naturalmente, obter um
rendimento.

A formação de capital e o investimento

A actividade produtiva exige a utilização de bens de capital, como máquinas, edifícios e


matérias-primas.
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Durante o processo produtivo, estes bens vão-se desgastando pela utilização consecutiva
(caso do capital fixo) ou desaparecem, pois são transformados e incorporados nos produtos,
como é o caso do capital circulante.

Assim, para que a produção possa continuar, será necessário repor o capital que se gastou e,
caso se pretenda aumentar a capacidade de produção, ter-se-á ainda que constituir novo
capital. Mas, para formar capital de modo a aumentar a produção futura, é necessário que a
sociedade poupe parte dos seus rendimentos, renunciando a alguns dos consumos imediatos.

A Formação de Capital é, assim, a aplicação da poupança em novos bens de produção,


através do investimento.

Quando o investimento diz respeito a bens de equipamento (máquinas, instrumentos de


trabalho, infra-estruturas, etc.) designa-se por Formação Bruta de Capital Fixo
(FBCF).

A outra componente do investimento é a Variação de Existências (VE) , que inclui as


matérias-primas e subsidiárias que irão ser transformadas e os produtos semi-acabados
que ainda se encontram em laboração.

Tipos de investimento e funções do Investimento

Investimento pode ser:

Material – Aquele que se materializam na aquisição de bens de produção como por


exemplo novas matérias-primas, novas máquinas, novas instalações, entre outros.

Imaterial –É constituído por despesas com a investigação, a educação, a formação e a


qualificação de recursos humanos, cujos efeitos irão contribuir para o aumento da
produtividade e da competitividade económica.

Financeiro – é constituído por aplicações financeiras das poupanças como, por


exemplo, a compra de acções e de obrigações, que representam para as empresas que
emitem esses títulos um aumento dos recursos financeiros necessários à actividade
produtiva e, para os investidores, a possibilidade de obter um rendimento futuro.
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Funções do Investimento

. Reposição de Capital (manutenção da capacidade produtiva) - o investimento, ao


possibilitar substituir os bens de produção gastos durante processo produtivo,
desempenha uma função de reposição, o que permite manter a capacidade de
produção da economia.

. Formação de Novo capital (aumento da capacidade produtiva) - a aquisição de


novas máquinas e de equipamentos mais modernos, a construção de novas
instalações, entre outros exemplos, possibilita o aumento da capacidade de produção
da economia.

Inovação tecnológica e Investigação e Desenvolvimento (I & D)

O investimento em inovação tem vindo a ganhar cada vez mais importância nas sociedades
actuais, desempenhando uma tarefa fundamental na dinamização da actividade económica.

A partir da Revolução Industrial o processo de descoberta tornou-se mais rápido, tendo a


celerado ainda mais na segunda metade do século XX.

No entanto, importa distinguir inovação de invenção. A invenção tem como resultado a


criação de um novo produto ou a descoberta de uma nova técnica de fabrico que ainda não
existiam. A inovação resulta de um melhoramento de um produto ou técnica já existentes.

A lógica da Sociedade de Consumo baseia-se na necessidade de estar constantemente a


lançar novos produtos no mercado, sendo que tais produtos são, na maioria dos casos, fruto de
inovação, pois apenas são alteradas algumas das suas características ou funções. Estas
inovações, quando associadas a estratégias de marketing, fazem os bens renascer no mercado
sob a aparência de produtos novos.

Actualmente a investigação assume um papel decisivo na competitividade das empresas, pois


é graças a ela que os produtos e processos de fabrico vão sendo sistematicamente inovados.
As empresas apostam cada vez mais em I&D como forma de se tornarem mais competitivas - à
medida que vão tendo resultados na investigação, a produção vai melhorando, pois as
inovações permitem-lhes agir de forma mais eficiente.
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No entanto não são só as empresas que apostam na inovação. Na verdade, o Estado procura
estimular a descoberta mediante a atribuição de verbas para a investigação a Universidades, a
laboratórios, entre outros. Ultimamente Portugal tem vindo a criar tecnopólos . centros de
desenvolvimento tecnológico - cujo objectivo é o de promover a inovação e competitividade.

O Financiamento da actividade económica – autofinanciamento e


financiamento externo

Necessidade de financiamento e capacidade de financiamento

As empresas necessitam de capital para se manterem em funcionamento, dado que têm de


suportar encargos com equipamentos, recursos humanos, etc. No entanto, como nem sempre
dispõem do total necessário para cobrir as despesas com a sua actividade, nalgumas
situações, as empresas têm necessidade de recorrer a capital alheio. Assim, o financiamento
das empresas pode ser efectuado por meio de fundos próprios ou alheios, tratando-se, no
primeiro caso de financiamento interno e, no segundo, de financiamento externo.

Quando as empresas detêm meios suficientes para o financiamento da sua actividade, diz-se
que dispõem de capacidade de financiamento e, nos casos em que os fundos são próprios, o
financiamento é interno.
Nas situações em que as empresas não dispõem de fundos próprios suficientes para
financiarem a sua actividade, diz-se que têm necessidade de financiamento. Nestes casos as
empresas têm de recorrer a financiamento externo.

Existem então duas formas de financiamento:

- Interno: Baseia-se em investir com o próprio capital, ou seja, reinvestir os lucros de modo a
garantir a execução de projectos de investimento.

- Externo: Quando as empresas não têm capacidade de autofinanciamento, recorrem a fundos


de outros agentes económicos, ao financiamento externo:

Financiamento Indirecto ( Empréstimos, especialmente das instituições financeiras)


Financiamento directo (mercado Financeiro)
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Financiamento externo indirecto – crédito

Os bancos recolhem os recursos entre aqueles que têm excedentes (através de depósitos das
famílias) e concedem créditos aos que necessitam.
Esta forma de financiamento é indirecta, porque existe um intermediário financeiro entre o
agente que poupa e o que pede emprestado.

Credito Bancário

O credito consiste na utilização de recursos financeiros em troca de uma promessa de


pagamento em data posterior (Empréstimos, credito dos fornecedores, vendas a prestação).
Traduz-se num acto de confiança que se concretiza num empréstimo com a contrapartida de
uma promessa de reembolso que implica a negociação de um pagamento e um prazo.

Taxa de Juro – Corresponde ao preço pago, quando se recorre ao crédito durante um


determinado período de tempo. Se a taxa anual de juro for 10% e o montante emprestado for
500, o valor de juro anual será 50 euros.

A concessão desse credito pode:

- dar origem à assinatura de um documento comprovativo de divida (uma letra);


- significar apenas um adiantamento de meios de pagamento sem assinatura ou documento
(contas correntes);

Formas de credito bancário

Curto Prazo ( período de crédito concedido inferior a um ano)

Médio Prazo ( período de crédito concedido entre um e cinco


Quando à duração do Crédito anos)

Longo Prazo( período de crédito concedido superior a cinco


anos)
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Privado - quando o beneficiário do crédito é um indivíduo


Quanto ao beneficiário ou uma empresa particular

Público - quando o beneficiário do crédito é o Estado

Interno - Quando a instituição que concede o crédito


Quanto à sua origem reside em território Nacional
Externo - Quando a Instituição que concede o
crédito reside em território estrangeiro

Crédito à Produção (crédito concedido às empresas)

Quanto à finalidade Ao funcionamento


( crédito concedido para resolver necessidades pontuais de
tesouraria)

De financiamento
(Crédito para investimento que, normalmente, é de longa
duração)

Crédito ao Consumo - crédito concedido às famílias para a


aquisição de bens de consumo.

Funções do credito bancário


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 Financiamento da actividade económica: o credito financia quer as actividades


de produção quando se concede às empresas, quer as de consumo, quando é
concedido as famílias;

 Criação de moeda: A concessão de um credito funciona também como um


processo de criação de moeda e gera um aumento de moeda em circulação.
(aumento da oferta da moeda)

Outras Instituições financeiras

Os bancos consideram-se instituições financeiras monetárias, porque criam moeda ao


receberem depósitos e concederem crédito. Mas existem outras instituições que não criam
moeda nem criam depósitos

As Instituições Financeiras têm um papel de intermediários entre os agentes que necessitam


de financiamento e os que têm excedentes a esse nível, assumindo assim um papel
fundamental no financiamento da actividade económica. A principal diferença em relação aos
bancos é o facto de não receberem depósitos.

Sociedades Financeiras

Inst. Financeiras Universais

Instituições de credito
Especializadas

Instituições de credito: São instituições financeiras monetárias, entidades que têm


capacidade para receber depósitos e conceder créditos. Têm poder para criar meios de
pagamento com base nesses depósitos. São então, instituições legalmente autorizadas a criar
moeda. Estas instituições podem dividir-se em 2 categorias:

- Universais: podem efectuar todas as operações permitidas aos bancos


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- Especializadas: só podem efectuar as operações permitidas pelas normas que regem a sua
actividade

Sociedades Financeiras: São instituições financeiras não monetárias, isto é, não têm
capacidade para receber depósitos, por isso não criam moeda. Podem captar poupanças de
outras formas para conceder créditos.

Bancos – são instituições de crédito universais que têm como objectivo o exercício da
actividade bancária para fins lucrativos.

Os bancos fazem:

- Operações passivas – consistem na recepção de fundos sob a forma de: depósitos dos
clientes / empréstimos obrigacionistas / outros

- Operações Activas – Representam a concessão de crédito tendo como contrapartida juro ou


comissão: (abertura de credito / garantias / descontos / outros)

- Prestação de serviços – (Guarda de valores / Aluguer de cofres / Cobrança de conta alheia,


outros)

Instituições de Credito especializadas

- Sociedades de locação financeira – A locação financeira é um contrato mediante o qual


uma das partes – locador – se obriga, mediante o recebimento de uma renda, a conceder à
outra – locatário – o gozo temporário de uma coisa adquirida ou constituída por indicação
desta.

Pode incidir sobre:


Coisas moveis – bens de equipamento (material informático)
Coisas imóveis – é o caso dos prédios a afectar ao investimento produtivo.

- Sociedades de Factoring – São instituições que prestam ao cliente um serviço de cobrança


de créditos, a que acresce a entrega do valor do crédito e/ou cobertura de riscos de crédito. O
factoring permite transformar vendas a prazo em vendas a dinheiro. As vantagens que daqui
resultam são as seguintes:
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- para o aderente (credor), para além da garantia de cobrança do crédito, tem ainda a
possibilidade de obter a cobrança antecipada (desde que conste expressamente no contrato);
- para o factor (sociedade de factoring) ganha as comissões e os juros como contrapartida dos
serviços prestados.

Sociedades de Capital de risco

Sociedades de capital de risco – o seu objectivo é a compra de participações em sociedades


que, embora tenham viabilidade económica, se encontram em dificuldades. Depois de
recuperadas, vendem-nas. Estão, assim, vocacionadas para projectos de alto risco e são
quase sempre promovidas por iniciativa de instituições bancárias .

Apoiam a inovação tecnológica e podem prestar assistência na gestão financeira, técnica e


administrativa. Promovem ainda a obtenção de crédito junto de instituições financeiras
nacionais e estrangeiras.

Financiamento externo directo – mercado de títulos

O mercado de títulos é um mercado de valores mobiliários, sobretudo acções e obrigações,


constituindo um segmento do mercado financeiro.

No mercado de títulos pode distinguir-se:

mercado primário – referente à emissão de novos valores mobiliários ainda não


emitido à cotação da Bolsa de valores;

mercado secundário – referente aos valores mobiliários já negociados na bolsa.

O mercado de títulos funciona essencialmente na Bolsa de valores. A Bolsa de Valores é a


instituição onde são negociados e transaccionados valores mobiliários pelos diversos agentes
económicos, que aí procuram aplicar poupanças ou obter meios financeiros.

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