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e Sustentabilidade Ambiental
CAPÍTULO 1
A QUESTÃO AMBIENTAL,
A EDUCAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES:
A ÉTICA, A MORAL E A JUSTIÇA ECOLÓGICA
1.1 Contextualizando
REFLEXÃO
Como você visualiza a problemática ambiental
atual?
ANO EVENTOS
EXPLORANDO
Caso sua resposta seja afirmativa, é hora de optar
por novas atitudes de consumo dos recursos do
planeta. Em caso negativo, sugerimos o acesso ao
endereço eletrônico http://planetasustentavel.
abril.com.br/download/stand2-painel5-agua-
por-pessoa2.pdf para verificar o consumo de
água em várias partes do mundo.
CONCEITO
Percebe-se aí não somente uma crise ambiental, mas, sim, uma crise
de valores, na qual ninguém quer perder sua fatia de um bolo que já está
passando do ponto e que, se não tivermos o cuidado adequado, trará efeitos
irreversíveis. Diante disso, é visível como a ação do homem tem relevância no
enfrentamento dessa questão, ou seja, a minimização da citada crise perpassa
por discussões de ordem econômica, social, ecológica, cultural e espacial.
Continua achando que não tem nada a ver com isso? Então, responda
essa pergunta: você sabe a origem da madeira queimada para fabricar o pão
que vai para sua mesa todos os dias, ou, se os grãos constantes na sua pirâmide
alimentar, bem como a madeira dos móveis da sua casa são fruto de uma área
desmatada de forma ilegal ou subtraída de uma população tradicional?
EXPLORANDO
Acesse os artigos a seguir e reflita como a falta
de conhecimento da origem dos produtos
que consumimos pode contribuir para o caos
ambiental instalado no planeta.
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/florestal/artigos.html
LEMBRETE
Lembre-se que o conceito de desenvolvimento
sustentável apresentado no Relatório de
Bruntland é bem claro, quando diz que é preciso
consumir somente o necessário para a nossa
sobrevivência, levando em considerações as
necessidades das gerações futuras.
DESAFIO
Visite o endereço eletrônico http://www.mma.
gov.br/ e procure no campo de pesquisa a
publicação Aqui é onde eu moro, aqui nós
vivemos: escritos para conhecer, pensar e
praticar o Município Educador Sustentável,
constantes na série desafios da educação
ambiental. Leia o conteúdo do capítulo três (O
meu e deles, o nosso e o de todos nós) e faça um
resumo crítico do mesmo.
desenvolver
CONHECIMENTO VALORES
COMPREENSÃO para adquirir MENTALIDADES
HABILIDADES ATITUDES
MOTIVAÇÃO
QUESTÕES / PROBLEMAS
AMBIENTAIS
e encontrar
SOLUÇÕES
SUSTENTÁVEIS
Que tipo e com que combustível é movido o transporte por você utiliza-
do? No caso de veículo próprio, como ocorre a lavagem do mesmo e em
que periodicidade?
Qual a origem da água e energia elétrica que chega a sua casa, junta-
mente com os móveis, equipamentos e utensílios?
Então, suas respostas são satisfatórias? Viu como você é dependente dos
recursos naturais? Não se assuste, pois, assim como seu cotidiano é impactante,
também é o de muitos outros ao redor do planeta. O importante é que, a
partir de agora, você é menos um sem conhecimento e com discernimento
para realizar suas escolhas com mais cuidado e zelo com o meio ambiente.
INTERAGINDO
Entre em contato com seus colegas de turma por
meio do ambiente virtual de aprendizagem e
discuta com os mesmos os resultados encontrados
no questionário acima, levantando medidas
mitigadoras para os impactos por vocês gerados.
Toda essa discussão foi para reforçar seu entendimento de quão complexa
é a questão ambiental, envolvendo também o enfoque econômico, social,
cultural e social, necessitando reflexão individual e coletiva com a premissa de
uma mudança de postura alinhada com a ética, a moral e a justiça ecológica.
DESAFIO
Por isso, é importante frisar que esta é uma crise com características de
subjetividade, na qual os valores de cada um devem ser levados em conta para
a adoção de mudanças significativas, que reflitam na melhoria das condições
ambientais atuais. Em outras palavras, pode-se dizer que a eminência é
satisfazermos nossas necessidades, agindo de maneira a não prejudicar as dos
outros seres vivos existentes no planeta, ou seja, a cidadania planetária.
REFLEXÃO
Nossa intenção aqui não é sugerir que você reescreva toda a sua história de
vida a partir de uma visão radical para novas posturas e, sim, que você verifique
outras possibilidades a respeito de suas escolhas de hoje em diante. Essas devem ter
em vista a premissa da adoção de valores humanistas que busquem “a integridade
humana, o sentido da vida, a solidariedade social, o reencantamento da vida e a
erotização do mundo” (LEFF, 2008, p.87). Essa afirmativa remete ao pressuposto
da cidadania, ou seja, da preocupação com outro, independente de quem ele seja.
EXPLORANDO
Para aprofundar seus conhecimentos sobre
consumo sustentável acesse o link http://
ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao/
artigos.html e pesquise o artigo Guia de boas
práticas para o consumo.
O cotidiano de Bia
Bia é uma engenheira com 33 anos, solteira, que mora sozinha num
apartamento em uma grande metrópole e, por isso, tem acesso
a inúmeras facilidades proporcionadas pelo desenvolvimento
tecnológico.
Bia não perde uma liquidação, por achar que é uma ótima
oportunidade para adquirir utensílios que julga necessários ao seu
cotidiano. Muitos desses não chegam nem a sair das embalagens.
Bia também deve ter ciência que não se muda de um dia para outro, e que
as mudanças ocorrem de forma paulatina e pela educação ecológica. Para isso,
ela precisa se tornar uma pesquisadora constante, pois, além de consumidora
desenfreada, ela é profissional da construção civil, área extremamente
impactante e que requer medidas mitigadoras para os impactos que gera.
De acordo com Boff (2004, p. 134), essa engenheira precisa perceber que:
É preciso destacar que não se trata de desenhar uma nova Bia, esquecendo
seu passado, ou ainda, colocá-la como vilã do planeta por causa dos seus erros.
O que importa aqui é fazer com ela perceba o quanto tem agido errado e
que ela pode corrigir esses erros a partir da adoção de novas posturas de
sobrevivência com a premissa de buscar qualidade de vida associada a modo
de vida sustentável.
Mais uma vez, é preciso lembrar que Bia deve ter em mente que, para fazer
sua parte e ser uma cidadã comprometida com o mundo, é necessário o exercício
diário e a busca constante de novas informações sobre medidas mitigadoras.
Vale lembrar, ainda, que ela deve assumir o compromisso com a difusão
e intercâmbio desses novos saberes, bem como incluí-los na sua vida pessoal e
profissional. Isto significa dizer que, em termos ambientais, temos só uma vida
e o compromisso de contribuir para a salvaguarda da qualidade de todos os
seres vivos do planeta Terra, que, aliás, é apenas um.
Filme: O DIA DEPOIS DE AMANHÃ. (EUA, 2004. Duração: 124 min.) Dirigido
por Roland Emmerich.Roteiro de Roland Emmerich e Jeffrey Nachmanoff.
Produção: Roland Emmerich, Ute Emmerich, Stephanie Germain, Mark
Gordon, Thomas M. Hammel, Lawrence Inglee, Kelly Van Horn, Kim H. Winther.
Distribuição: Fox Film do Brasil.
1.5 Relembrando
Diante disso, foi traçada uma estrutura para facilitar seu entendimento
sobe o tema, elencando procedimentos e sugestões passíveis de serem adotados
por cada um com o intuito da mudança de postura frente à maneira como é
encarado o consumo, tendo em vista que este deve primar pela sustentabilidade
da ação humana.
Onde encontrar
INSTITUTO Akatu pelo consumo conciente. Use os dois lados de uma folha de
papel. Disponível em: http://www.akatu.net/consumo_consciente/dicas/agua/
use-os-dois-lados-de-uma-folha-de-papel. Acesso em: 22 mar. 2010
2.1 Contextualizando
SAIBA QUE
SAIBA QUE
Para ilustrar essa afirmativa, mencionamos o
exemplo do Banco Comunitário da localidade de
Palmas, existente na periferia de Fortaleza – CE.
Trata-se de um serviço financeiro, de natureza
comunitária, que tem por base os princípios da
Economia Solidária e que oferece à população
de baixa renda da citada localidade quatro
serviços: fundo de crédito solidário, moeda
social circulante local, feiras de produtores
locais e capacitação em Economia Solidária. Esta
iniciativa é uma referência para a América Latina.
Além disso, ganhou o Prêmio Finep de Inovação
na categoria tecnologia social no ano de 2008 e
tem contribuído para a melhoria da qualidade de
vida dos 30.000 cidadãos que ali residem.
Fica evidente que essas ações são fruto da participação social ativa. Entretanto,
tais avanços poderiam ser bem maiores, caso o controle e a participação social dos
cidadãos ocorresse com maior expressividade nos países em desenvolvimento.
EXPLORANDO
Ilustrando esse caso, temos a revista Forbes,
que publica anualmente a lista das pessoas
mais ricas do mundo. Se você acessar o site
http://www.forbes.com/lists/ e buscar por
Billionares poderá encontrará esse ranking.
REFLEXÃO
Como falar em sustentabilidade diante dos
aspectos elencados acima, marcando a divisão do
planeta em dois mundos: um, em que os indivíduos
não podem sequer ser considerados cidadãos,
uma vez que lhes é negado todas as condições
de sobrevivência; e outro tão individualista ao
ponto de possuir um par de sapato para cada
peça de roupa existente no roupeiro?
Para clarear seu entendimento, pense no catador de lixo que tem seu
sustento a partir da colheita dos resíduos gerados por nós e depositados em
um lixão. De repente, esse indivíduo se depara com a construção de um aterro
sanitário (melhor forma de destinação final do lixo), que acabará com o lixão. Será
que esse cidadão apresenta condições de discernir sobre a importância da obra?
DESAFIO
Para uma melhor compreensão do discurso
acima, bem como prosseguimento ao conteúdo
aqui exposto, sugerimos que você visite a
biblioteca do campus Salgado Filho e pesquise
no documento Síntese de indicadores sociais
1998 do IBGE, dados sobre: educação, nível
de renda, taxa de desemprego de sua cidade.
Acrescentamos que será produtivo se você
realizar uma análise comparativa dos dados,
considerando a realidade das regiões mais
abastadas com as menos favorecidas.
Com essa visão voltada para a racionalidade social no ano 2000, 189
países se comprometeram com a Declaração do Milênio (veja o quadro 2), fato
que demonstra a necessidade urgente de se alcançar a sustentabilidade social,
Isso somente será possível à medida que for incorporado um novo olhar para
o sistema produtivo, por meio de propostas que contemplem o desenvolvimento
social. Ele deve observar, em sua pauta, propostas que contemplem o
aproveitamento total dos recursos como forma de fazer frente aos impactos
gerados pelo desemprego. Tal premissa só será possível quando houver integração
dos projetos produtivos das comunidades tradicionais, sejam elas rurais, indígenas
ou urbanas. Os eixos norteadores dessa ação deverão ser a descentralização das
tomadas de decisão a partir de uma política de incentivo a autogestão. (LEFF, 2008)
REFLEXÃO
“É injusto e imoral tentar fugir às conseqüências
dos próprios atos. É justo que a pessoa que come
em demasia se sinta mal e jejue. É injusto que quem
cede aos próprios apetites fuja às conseqüências
tomando tônicos e outros remédios. É ainda mais
injusto que uma pessoa ceda à próprias paixões
animalescas e fuja às conseqüências dos próprios
atos”. (Mahatma Gandhi).
Essa preocupação tem sido percebida pela forma que o estilo de vida
adotado por personagens, como Madre Tereza de Calcutá e Mahatma Gandhi,
tem estimulado a adoção de comportamentos baseados no cuidado do outro.
BIOGRAFIA
REFLEXÃO
Jeff Belmonter
Neste sentido, para convencer os turistas, que buscam sol, praias, dunas e
emoções, de que Natal é o melhor lugar para passar suas férias a Secretaria de
Turismo do Município decide produzir um clipe sobre os atrativos locais.
Tal peça publicitária será veiculada em horário nobre das principais emissoras de
TV aberta do país, para o público do principal centro emissor de turistas para a
cidade: São Paulo e região metropolitana.
Pelo cuidado não vemos a natureza e tudo que nela existe como
objetos. A relação não é sujeito-objeto, mas sujeito-sujeito.
Experimentamos os seres como sujeitos, como valores, como símbolos
que remetem a uma Realidade frontal. A natureza não é muda. Fala
e evoca. Emite mensagens de grandeza, beleza, perplexidade e força.
O ser humano pode escutar e interpretar esses sinais. Coloca-se ao pé
das coisas, junto delas e a elas sente-se unido. Não existe, co-existe
com todos os outros. A relação não é de domínio sobre, mas de con-
vivência. Não é pura intervenção, mas inter-ação e comunhão.
http://www.cidades.gov.br/conselho-das-cidades/conferencias-das-cidades/4a-
conferencia-das-cidades.
2.5 Relembrando
Onde encontrar
______. O que é economia. 2. ed. ver. ampl. São Paulo: Contexto, 1998.