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UFBA-UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE FÍSICA

Departamento de física do estado sólido


Física geral e experimental III
Professor: Sandinei
Turma: T08 / P12

Experimento 5:
MEDIDAS DA COMPONENTE HORIZONTAL DA
INDUÇÃO MAGNÉTICA TERRESTRE

Camila Vergasta
Fabio Queiroz
Heider Berlink
Rafael Rebouças

Salvador, junho de 2008


1)Introdução
O formato do campo magnético da Terra é similar àquele de uma barra magnética
gigante enterrado no centro da Terra ao longo dos pólos geográficos norte e sul, ou
seja , magneticamente falando , a terra se comporta como um imenso
imã.Entretanto, seus pólos magnéticos não coincidem com os pólos geográficos,
pois o Pólo Norte Magnético está situado a cerca de 1900 km ao sul do Pólo Norte
Geográfico, a 73o de latitude N e 100o de longitude O. Assim, ao submetermos
uma bússola aos efeitos do campo magnético terrestre, o seu pólo Norte não
aponta na direção norte, na maioria dos locais da Terra. O ângulo de desvio da
bússola do Norte verdadeiro é chamado ângulo de declinação.

O estudo das componentes horizontal e vertical do campo de indução magnética


terrestre, o que inclui a orientação e quantificação do campo, é de suma
importância para o desenvolvimento dos instrumentos eletrônicos, considerando
que estes sofrem influencia de um campo magnético externo. O estudo destas
componentes é um dos focos deste experimento.

2)Objetivo
Este experimento tem como objetivo o cálculo do valor da componente
horizontal da indução magnética terrestre local , além da análise de dados
referentes ao campo magnético gerado por uma bobina percorrida por
corrente.

3)Abordagem Teórica
Indução magnética:

Uma bússola consiste em uma agulha imantada que pode girar ao redor de um eixo
perpendicular à sua direção. Quando nas proximidades de uma barra imantada, a
agulha da bússola parece sofrer uma influência magnética, se deslocando e
apontando para uma determinada posição fixa em cada ponto do espaço. Em
outras palavras, o imã provoca uma perturbação no meio que o circunda. Essa
perturbação é indicada pelas chamadas “linhas de força”, que, por convenção, são
orientadas do pólo norte para o pólo sul do imã. A “indução magnética” ou

“densidade de fluxo magnético” B é a grandeza utilizada para medir essa
perturbação.

É possível definir o valor da indução magnética com o auxílio de uma bússola,


pois sabemos que o módulo do torque da agulha da bússola é diretamente
proporcional à indução magnética e ao seno do ângulo de giro:


T  B  sen

2
Esta expressão pode se tornar uma igualdade com a introdução de uma
constante µ, associada com a intensidade da imantação da agulha:


T    B  sen

Ou, na forma vetorial,

  
T B


No sistema internacional MKS, a unidade de B é o Tesla(T), e no CGS é o Gauss
(G).

Indução Magnética Terrestre:

Num dado lugar da superfície da Terra, uma bússola procura sempre a mesma
orientação e indica aproximadamente a mesma direção. Portanto, em cada ponto

da superfície da terra existe uma indução magnética BT , que é decomposta em
uma componente vertical e outra horizontal. A Terra pode ser comparada, assim,
com uma grande barra imantada.

Sabendo que a indução magnética natural da terra atua em todos os pontos,


quando uma bússola está próxima a um imã, ela tende a se alinhar sobre a indução
  
resultante B R . No ponto P qualquer, a soma vetorial de B devido ao imã com BT
é dada por:

  
B R  B  BT

Neste experimento, iremos calcular apenas a componente horizontal da indução


magnética terrestre local.
Efeitos magnéticos da corrente elétrica:

Se substituirmos o ímã permanente por um fio condutor, retilíneo, percorrido por


uma corrente I, a bússola, mais uma vez, acusa a presença de uma indução

magnética B . As linhas de força desse campo são círculos, centrados no fio,
traçados em planos perpendiculares à direção do fio.

3

A lei de Biot-Savart dá o módulo da contribuição dB em um ponto genérico P:

   I  dl  sen
dB  o
4r 2


 o  I  dl  r
Ou, vetorialmente, dB 
4r 3


A indução magnética B total no ponto P devida à totalidade do circuito será escrita
por uma integração vetorial que representa a soma vetorial de todas as
contribuições infinitesimais de todos os elementos que constituem o circuito.

 
B   dB
circuito

Indução magnética criada por uma espira circular:


No experimento vamos compor a indução magnética B de uma bobina circular,
constituída de N espiras de fio condutor percorrida por uma corrente I e que possua
seu eixo orientado na direção leste-oeste magnético, com a indução magnética
terrestre a 90º no espaço. Num determinado ponto P do eixo, a uma distância x do
centro da bobina, a indução magnética resultante será a soma vetorial da indução
devido à bobina com a indução magnética terrestre. Aplicando Biot-Savart ao caso
de uma espira e efetuando algumas manipulações algébricas, temos:

o R
dB  I   dl
4 R  x 
2 2 2
3

Integrando a expressão ao longo da espira (comprimento 2πR, sendo R o raio da


bobina), e considerando que a bobina possui N espiras, chegamos a:

4
o R
B NI
2  R 2  x 2  32

Como representado na figura acima, nesse experimento só iremos nos utilizar da



componente horizontal da indução magnética terrestre, BTH , que composta com a
   
indução da bobina gerará uma resultante B RH ( B RH  BTH  B ), que será medida
através da deflexão θ da bússola.

4) Material utilizado
Para a realização do experimento , os seguintes materiais foram utilizados:

i) bancada de medida constituída de uma mesa para a bússola e de um suporte


deslizante para a bobina

ii) bússola graduada em graus

iii)bobina

iv) medidor multi-escala usado como amperímetro

v)reostato

vi) década de resistores

vii)fonte de tensão

viii)chave liga-desliga

viiii)chave inversora

ix)placa de ligação

x)fios

5
5)Realização experimental
Para a realização do experimento , a seguinte configuração foi montada:

Primeiramente , foram registrados os dados referentes aos instrumentos utilizados


para que depois fosse feita a analise dos resultados.Os dados estão descritos
abaixo:

Diâmetro médio da bobina:

 Diâmetro externo: 15,25 cm


 Diâmetro interno: 12,45 cm

Dint  Dext 15,25  12,45 D


D   13,85cm  Raio médio   6,93 cm
2 2 2

Desvio avaliado do amperímetro:

 Escala utilizada (250mA)


 O desvio será metade da menor divisão, logo:

0.2
 250mA  25mA
2

Desvio avaliado da régua:

 A menor divisão da régua é de 1 mm  Desvio avaliado = 0,5mm=0,05cm

Desvio avaliado da bússola:

6
 A menor divisão da bússola é de 1º  Desvio avaliado = 0,5º

Na realização do experimento, fizemos dois tipos de procedimento :

No primeiro conjunto de medidas, mantemos a bobina a uma distancia constante


de 10,0cm da bussola , e variamos o valor da corrente que passava pela bobina.
Registramos a posição inicial da bussola  0 =12,5º, ou seja , quando esta estava
submetida apenas ao campo de indução terrestre . Posteriormente ,dispondo de
uma chave inversora , medimos o valor do ângulo e ’ de deflexão da bússola
para os dois sentidos de corrente , sendo os valores registrados na tabela abaixo:

i+Δi 0 +  0 + θ’ |θ| º |θ’| º


(mA) θ

10 -26,5 4 14 16,5

20 -40 22 27,5 34,5

30 -48 35,5 35,5 48

40 -54,5 46 42 58,5

50 -60 54,5 47,5 67

60 -63,5 60 51 72,5

70 -66,5 64,5 54 77

80 -68,5 67,5 56 80

90 -71 70 58,5 82,5

100 -72,5 72,5 60 85

110 -73,5 74 61 86,5

120 -75 75,5 62,5 88

130 -76 76,5 63,5 89

140 -77 77,5 64,5 90

150 -78 79 65,5 91,5

Para a realização do segundo conjunto de medidas, mantivemos a mesma


configuração e agora, mantendo o valor da corrente constante, registramos os
valores dos ângulos de deflexão da bussola ao variarmos a distancia x da bussola
até a bobina. Da mesma forma, observamos a deflexão para os dois sentidos de
corrente, sendo medidos tais valores até um ângulo de deflexão limite igual a 5
requisitado no roteiro. Diferentemente do primeiro procedimento, alinhamos a
configuração utilizada de forma que o ângulo inicial observado na bussola era
nulo.As medidas foram feitas duas vezes , para dois valores diferentes de corrente
constante.

7
Os valores registrados estão descritos na tabela abaixo:

Para i=100mA , temos:

x+Δx (cm) |θ+  0 | |θ’+  0


º |º

10 72,5 72,5

13 59,5 61,5

16 49 46,5

19 34,5 33

22 24,5 23,5

25 17 16,5

28 12,5 11,5

31 9,5 8,5

34 7,5 7

37 6 5,5

Para i=150mA , temos:

x+Δx (cm) |θ+  0 | |θ’  0 |


º º

10 7,5 78,5

13 70 69,5

16 58,5 57

19 46 43,5

22 34,5 32

25 25 23,5

28 19 17,5

31 14,5 13

34 11,5 10

37 8,5 7,5

40 7 5,5

42 6 5

8
Posteriormente , colocando a bobina à menor distancia possível da bussola e
mantendo a corrente constante , giramos a bobina de um pequeno ângulo em
relação à bussola , e observamos que a bussola sempre gira no sentido contrario ao
sentido em que giramos a bobina , ou seja , quando giramos a bobina no sentido
horário a bussola gira no sentido anti-horário , e vice-versa. Os resultados serão
analisados posteriormente.

6)Análise experimental
6.1) Análise dos resultados referentes à distância x constante
6.1.1)Análise a partir do método gráfico

Dos resultados obtidos no primeiro procedimento, a seguinte gráfico foi plotado:

O gráfico foi plotado com os valores médios de ângulo de deflexão da bussola , tal
que:

É sabido que a reta deve passar na origem, pois quando a corrente i na bobina é
zero, não existe deflexão na agulha da bússola ( e tg são nulos). Assim , traçando
a melhor reta sem usar os métodos dos mínimos quadrados , temos que:

2,28
Coeficiente angular = k = =  0,0311 mA -1  31,1A 1
 73,21mA
Coeficiente linear = b = zero

9
O coeficiente angular da reta obtida é de suma importância para a analise
decorrente. Avaliando dimensionalmente a constante k , temos que:

1 0 R2
k N 3 , e sendo:
BTH 2
(R  x )
2 2 2

Wb Wb
0  ; BTH  2 ; N é adimensional ; [ x]  m , desta forma:
A.m m

1 Wb m2 m 3 .Wb 1
k 1  3  k  k
Wb m. A m A.m 3 .Wb A
2
m

A dimensão encontrada para a constante k comprova o resultado já esperado, pois


a reta é dada por tg  k .i . A corrente “i” é dada em ampère, e como a tangente
de um ângulo é adimensional, k tem que ser dado em A 1 .

Cálculo de BTH a partir da inclinação da reta obtida pelo método


gráfico

Analisando a equação obtida pela lei de Biot-Savart para o campo magnético


gerado pela bobina , vimos que:

1 0 R2
k N 3
BTH 2
(R 2  x 2 ) 2

Assim , podemos encontrar BTH que é dado pela seguinte relação:

1 0 R2
BTH  N 3 .
k 2
(R 2  x 2 ) 2

Sabemos que:

N = número de espiras da bobina = 320



Wb
 0  4  10 7
 A.m
R = raio médio da bobina = 6,93 cm = 0,0693 m

x = distância do centro da bússola até o plano na bobina = 10 cm = 0,1m

k = coeficiente angular = 31,1 (1/A)

10
Logo, aplicando na relação obtida , temos:

1 4 10 7 0,0693 2
BTH   320  3
 1,723986 10  5 T
31,1 2
(0,0693 2  0,12 ) 2

6.1.2)Analise pelo método dos mínimos quadrados

Utilizando o mesmo conjunto de pontos, foi traçada agora a melhor reta usando o
método dos mínimos quadrados. Como sabemos que a reta deve passar pela
origem, temos que:

x y i i
a  coef .angular  i
; b0
 x 
i
i
2

O gráfico plotado foi o seguinte:

Sendo os valores encontrados :

 Coeficiente angular = k = 0.0316 mA 1 = 31.6 A 1


 Coeficiente linear = b= 0 , tal que a reta foi forçada a passar na origem,
pois quando i = 0 não há deflexão na agulha ( =0, logo tg=0)

Cálculo de BTH a partir da inclinação da reta obtida pelo MMQ

Utilizando a mesma expressão anterior, o valor de BTH foi calculado com o novo
valor de k encontrado pelo MMQ. Logo, temos:

11
1 4  10 7 0,06932
BTH   320  3
 1,697078  10 5 T
31,6 2
(0,06932  0,12 ) 2

Comparação dos resultados

Os valores encontrados para BTH utilizando o método gráfico e o método dos


5 5
mínimos quadrados foram , respectivamente, 1,723986 10 T e 1,697078 10 T
5
. De posse da informação que o valor do B TH em Salvador é 2,0.10 T , podemos
concluir que a melhor determinação de B TH é aquela obtida através do gráfico tg
versus i, sem a aplicação do MMQ, pois é a que mais se aproxima do valor real, o
que difere do resultado esperado apesar da discrepância ser aceitável para os dois
valores encontrados.Possíveis erros na analise do gráfico podem ter ocorrido para
que este resultado fosse obtido , tal como na utilização do método gráfico de forma
que o resultado mais preciso para esta forma de analise não era esperado em
relação ao MMQ.

6.2) Análise dos resultados referentes à corrente i constante

Para os dados obtidos para corrente constante foi possível plotar os seguintes
gráficos utilizando o método dos mínimos quadrados :

Corrente fixa em 100 mA

12
Utilizando o Método dos Mínimos Quadrados, temos:

 Coeficiente angular = ln(cot g ( )) = 0.6458

3
 2
2
 Coeficiente linear = log( 0  N  i  R  ) = -3.4598
 2 BTH
 

Corrente fixa em 150 mA

13
Utilizando o Método dos Mínimos Quadrados, temos:

 Coeficiente angular = ln(cot g ( )) = 0.6406

3
 2
2
 Coeficiente linear = log( 0  N  i  R  ) = -3.2032
 2 BTH
 

Sendo os valores de ângulo utilizados os valores médios obtidos da mesma forma


que no item anterior.Plotando os gráficos no mesmo plano cartesiano , temos:

14
Comparação entre os coeficientes angulares das retas obtidas e o
valor teórico

De acordo com a equação teórica da reta encontrada, temos que o coeficiente

angular da reta vale . Os coeficientes angulares encontrados para i = 100mA e i =

150mA foram , respectivamente , 0.6458 e 0.6406 . Assim, como o valor teórico


desejado para esse coeficiente é a = 2/3 0,667, o valor do coeficiente angular foi
melhor determinado para o gráfico plotado para a corrente de i=100mA.
Entretanto, os dois valores são aceitáveis considerando a baixa discrepância obtida
com relação ao valor teórico. A pequena diferença é devida a possíveis erros
experimentais

Cálculo de a partir do coeficiente linear das retas obtidas

Os valores de constante linear encontrados nos gráficos para i=100mA e i=150mA


são , respectivamente , -3.4598 e -3.2032.

A relação obtida teoricamente para , ou seja , Y = K , é:

15
Donde podemos calcular

Sabemos que:

N = número de espiras da bobina = 320



Wb
 0  4  10 7
 A.m
R = raio médio da bobina = 6,93 cm = 0,0693 m

Para i=100mA o valor de x é 16cm e para i=150mA o valor de x é

19cm , ambos para médio igual a 45 .

Assim , os respectivos valores de são :

Para i=100mA  1,82151429.

Para i=150mA  1,75090649.

O valor médio de é então : 1,786210394.

Comparação dos valores calculados de

Os valores médios de obtidos nos métodos 1 e 2 e o valor indicado no anexo


são , respectivamente :

Método 1  =1,710532.

Metodo 2  =1,786210.

Valor indicado  2,0.

Assim , temos que o método mais eficaz para o cálculo de , levando


em consideração que este a menor discrepância deste com relação ao valor
indicado no anexo:

16
É possível ver neste caso a comprovação da maior validade das medidas feitas a
partir dos métodos dos mínimos quadrados , sendo que uma menor discrepância foi
encontrada no método 2 onde só o MMQ foi utilizado .

Entretanto, é possível notar que ambos os valores experimentais são validos já que
possuem um valor de discrepância dentro do limite aceitável para a validação do
experimento.

6.3) Cálculo dos erros cometidos na determinação de medidos pelos dois


métodos

Ao utilizar o método dos mínimos quadrados para encontrar os gráficos, a


calculadora utilizada já forneceu o desvio  para os casos de distância e corrente
constante.

5
Assim, para distância constante, o valor de B TH
 0,3 10 . Assim, escrevendo

o número na forma BTH±BTH, temos:

BTH=(1,8±0,3).10-5 T

Para a corrente constante igual a 100mA e 150mA, foram encontrados,


5 5
respectivamente, os erros B TH
 0,4 10 e B TH
 0,3 10 . Assim,

esses valores podem ser escritos da seguinte forma:

-5
Para i=100mA  BTH=(1,8±0,4).10 T

-5
Para i=150mA  BTH=(1,8±0,3).10 T

A partir desses valores, é possível perceber que os erros estão dentro do aceitável,
-5
já que o valor tabelado (2,0.10 T) está compreendido em todos os intervalos

BTH±BTH encontrados.

17
Construção do gráfico de B versus x, para I=150mA:

o R2
A partir da equação B   N i  , foi construída a seguinte tabela,
2  R 2  x 2  32
utilizando os seguintes valores:

I = 150mA = 0,15A (máxima corrente utilizada)



N = número de espiras da bobina = 320

Wb
 0  4  10 7
 A.m
R = raio médio da bobina = 6,93 cm = 0,0693 m

x+x (cm) B (T)


10 1,44825E-10
13 6,59214E-11
16 3,53592E-11
19 2,11157E-11
22 1,36019E-11
25 9,26936E-12
28 6,59776E-12
31 4,86168E-12
34 3,68498E-12
37 2,85935E-12
40 2,26304E-12
42 1,9549E-12

Então, com esses valores foi possível construir o gráfico de B versus x.

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Analisando o gráfico, é possível perceber um comportamento hiperbólico do
mesmo, de forma que à medida que a distância x aumenta, o campo magnético B
diminui e vice versa.

Percebe-se, também, que quando x  0  B   e quando x    B  0 . Isto


significa que ao afastar muito a bobina da bússola, a influência de seu campo
magnético vai se tornando cada vez mais desprezível. Em contrapartida, se
aproximássemos muito a bobina da bússola, a influência de seu campo magnético
seria muito intensa.

7)Tópicos propostos
7.1)Justifique, pela lei de Biot-Savart , porque a indução B
criada no eixo da bobina aumenta se o seu raio diminui

Como visto anteriormente, a lei de Biot-Savart, que dá o módulo da contribuição



d B em um ponto P, é dada por:

 o  i  dl  sen
dB 
4r 2
Aplicando essa lei ao caso de uma bobina de raio R, constituída de N espiras juntas,
obtemos a indução magnética em um ponto P situado no seu eixo:

19
o R2
B   N i 
2  R 2  x 2  32
Assim, por esta relação, vemos que o campo criado em um ponto no eixo da espira
é inversamente proporcional ao raio R da espira, tal que uma diminuição no valor
do raio da bobina vai gerar um aumento no valor do campo criado. Trabalhando
com linhas de força, é possível imaginar a situação analisada como o aumento ou
diminuição da densidade das linhas de campo magnético no eixo da bobina, tal que
uma diminuição do raio produzirá um aumento na densidade de linhas de campo e,
conseqüentemente, um aumento do valor absoluto do mesmo.

7.2)Interprete, com o auxilio de uma analise gráfica, os resultados do item


IV.3

Neste item , realizamos uma rotação na bobina percorrida por corrente ,


procedimento já enunciado na seção “Realização experimental” . Considerando a
distancia minima , temos enta que é possível considerar como desprezível o efeito
do campo de indução magnética terrestre no experimento , sendo que este pode
ser analisado a partir apenas da induçao magnetica produzida pela bobina
percorrida por corrente. Neste procedimento , observamos que a bussola sempre
girava em sentido contrario ao movimento feito na bobina , ou seja , ao girar a
bobina no sentido anti-horario a bussola girava no sentido horário , e vice – versa.
Este fato ocorre porque a bussola vai sempre se alinhar com o campo externo , ou
seja , considere uma espira submetida a uma certa corrente com o sentido
indicado, produzindo o campo magnético B indicado:

20
Ao ser efetuado um giro na bobina , temos a seguinte resposta da bussola:

Assim, é possível ver que a bussola tende sempre a se alinhar com o campo
externo em um dos lados da bobina , tal que a orientação deste campo é fator
determinante para o giro inverso da bussola em relação à bobina.

7.3) Você mediu a deflexão q da bússola para uma certa corrente I e


distância x, constantes. Posteriormente, inverteu o sentido dessa
corrente. Explique porque o valor encontrado para a deflexão deve
ser, (’ = - ). Analise e interprete todas as razões possíveis que
fariam ’ diferente de - .

Ao inverter o sentido da corrente, o campo criado no eixo da bobina possui mesmo


módulo e direção, porém sentido contrário em relação ao anterior, produzido pela
corrente no sentido inverso. Essa afirmação pode ser verificada pela lei de Biot-
Savart, citada anteriormente. Desta forma, o vetor indução magnética resultante
BRH, composto pela indução B devida à bobina e pela componente horizontal da
indução magnética terrestre BTH, terá simetria em relação ao BRH anterior. A
diferença se dá apenas no sentido de B, pois B TH se mantém fixo. Assim, temos que
o ângulo de deflexão ’ formado entre BTH e BRH com a inversão do sentido da
corrente tem o mesmo módulo que o anterior, porém está situado do outro lado do
eixo norte-sul, o que na bússola representa um ângulo de mesmo valor e sinal
contrário. Em outras palavras, caso a agulha da bússola esteja alinhada com o eixo
da bobina (  0 =0º), ’ = - .

No experimento, contudo, pequenas diferenças entre os valores de ’ e - foram


constatadas. São inúmeras as razões que podem ter causado essas diferenças,
dentre elas imprecisões na leitura do amperímetro e da bússola, falhas na

21
horizontalidade da bússola e no alinhamento da agulha com o eixo da bobina,
influências de efeitos magnéticos externos,além de erros no posicionamento da
bobina.

8)Conclusão
Com a realização deste experimento, pudemos obter, com relativa precisão, valores
para a componente horizontal da indução magnética terrestre. Para isso, nos
utilizamos de uma montagem experimental para obter diferentes valores do ângulo
de deflexão de uma bússola para diferentes correntes que atravessavam uma
bobina. Após traçar diversos gráficos, em diferentes situações, primeiro com a
distância x constante e depois com a corrente I constante, pudemos, através de
diferentes métodos, como o Método dos Mínimos Quadrados ou mesmo a obtenção
gráfica do coeficiente angular, determinar valores aproximados de BTH. No caso de
um dos gráficos, utilizamos um processo de linearização para depois calcular o
valor do coeficiente angular K. Comparamos BTH obtido experimentalmente com o
seu valor real e identificamos que o método que nos propiciou uma melhor
aproximação, ao contrário do esperado, não foi o MMQ. Observamos ainda que
alguns erros experimentais foram cometidos nesse processo, devido principalmente
a falhas de medição, mas estes não impediram que alcançássemos o objetivo do
experimento, permitindo ainda encontrar valores de BTH com discrepâncias
satisfatórias. Pudemos ainda observar alguns aspectos do comportamento da
indução magnética B de uma bobina e sua influência sobre uma bússola.
Pudemos ainda observar alguns aspectos do comportamento da indução magnética
B de uma bobina e sua influência sobre uma bússola, como o comportamento do
angulo de deflexão com a variação angular da bobina.

0
9)Bibliografia
Halliday , David , RESNICK , Robert .Fundamentos de Fisica , vol.3 ,
7ed. , Rio de janeiro.

NUSSENZVEIG , H.M. Curso de Fisica Basica , vol.3 . São Paulo :


Edgard Blucher LTDA. , 199

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