Vous êtes sur la page 1sur 9

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA

FAMÍLIA DA COMARCA DE XXXXXXXXXXXXXX

Requerente: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Requeridos: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Objeto: CONTESTAÇÃO

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, já devidamente qualificados na AÇÃO


DE MODIFICAÇÃO DE GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS C/C
PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA que lhe move
yyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy através de seu advogado e bastante procurador,
com escritório profissional no endereço impresso no rodapé da presente, onde
recebe notificações e intimações estilares, vem muito respeitosamente perante
Vossa Excelência, nos termos do artigo 335 do CPC/2015 e seguintes,
apresentar sua

CONTESTAÇÃO

o que passa a fazer, pelos motivos de fato e de direito que expõe:

I – BREVE RELATO DOS FATOS

Em apertada síntese, alega a Autora que o Genitor da menor


XXXXXXXXXXXXXXXXX, não avisa previamente para visitar sua filha,
chegando a qualquer hora e prejudicando seu horário escolar, o que desde já
refuta!

Segue com suas alegações destoadas com a verdade, ventilado que


o Requerido tenha lhe feito ameaças, o que rechaça.

Motivos pelos quais requer sejam regulamentadas as visitas do


Requerido à sua filha e a modificação da guarda já existente.

No entanto, em que pese à brilhante peça inaugural, subscrita por


profissional de grande talento, não há como seu pedido prosperar, pois,
consoante será demonstrado adiante e restará satisfatoriamente comprovado na
fase instrutória, que seu julgamento comporta somente a absoluta
improcedência, não só pelas inverdades narradas como pela inexistência de
qualquer dano por parte do Requerido e omissão de fatos que por conveniência
a Autora não narrou.

II – DOS FATOS

Primeiramente convém salientar que o Requerido e a Autora foram


casados e não possuíam mais a harmonia necessária para manutenção do
enlace conjugal, razão pela qual, com intuito de preservarem os respeito mútuo,
decidiram divorciar.

Após o divórcio sempre mantiveram um relacionamento amigável, e


nunca tiveram qualquer problema em tratar de qualquer assunto relacionado à
filha, XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.

Não obstante, a Autora, deixou de narrar que, embora não tivessem


mais a harmonia para manutenção do casamento com o Requerido, é
incontestável que é um excelente pai, amoroso, cuidadoso e responsável.

Deixou a Autora de narrar também, que os desentendimentos do ex-


casal, se deu a partir do momento que esta iniciou seu relacionamento com seu
atual marido, que sem nenhuma razão esboça e manifesta doentio ciúmes por
sua esposa, ao passo que impede até o contato do Requerido com sua esposa,
para tratarem de assuntos estritamente relacionados a filha que tem.

Excelência, o Requerido sempre avisou previamente suas visitas à


sua filha, consoante resta comprovado através dos “prints” das conversas com
a Requerente e seu marido, carreiam a presente.

2.1. Da improcedência ao pedido de modificação da guarda.

Excelência, não assiste razão à Autora ao pedido de modificação da


guarda, hialina no caso em tela, é a intenção de prejudicar o Requerido de ter
acesso à sua filha e poder visita-la sempre que lhe é possível.

Além do mais, os motivos frágeis, ainda que fossem verdadeiros, não


seriam suficientes para alterar a guarda compartilhada da filha das partes, eis
que o melhor interesse da menor é preservado.

Cumpre mencionar que a menor XXXXXXXXXXXXXXXXXXX,


atualmente com 04 anos, não é filha só da Autora ou do Requerido, como
mencionado acima, a intenção da Requerente é apenas de dificultar o pai a ter
acesso e relacionamento com sua filha, por quem tem amor incondicional.

A guarda compartilhada confere a ambos os pais a responsabilidade


sobre a criação dos filhos, mesmo após a ruptura da vida conjugal. Esse tipo de
guarda exclui a sensação de abandono causado pela separação dos genitores,
possibilitando assim o contato diário e mantendo-se o vínculo sentimental com
os mesmos. Grisard Filho (2000, p.155), escreve um breve conceito sobre a
guarda compartilhada:

“A guarda compartilhada atribui aos pais, de forma igualitária, a guarda


jurídica, ou seja, a que define ambos os genitores como titulares do
mesmo dever de guardar seus filhos, permitindo a cada um deles
conservar os seus direitos e obrigações em relação a eles. Neste
contexto, os pais podem planejar como convém a guarda física (arranjos de
acesso ou esquemas de visitas)”. Grifei
No mesmo sentido, entende Venosa que “A ideia é fazer com que pais
separados compartilhem da educação, convivência e evolução dos filhos em
conjunto. Em essência, essa atribuição reflete o compromisso dos pais de
manter dois lares para seus filhos e cooperar de forma conjunta em todas
decisões”. (VENOSA, 2012, p 185.).

Portanto, com a guarda compartilhada, ambos os pais adquirem a


responsabilidade de forma igualitária na participação diária das atividades
desenvolvidas pelos menores, inclusive na escolha de quais atividades
extracurriculares serão feitas, bem como a instituição de ensino na qual será
matriculado.

a) Das vantagens da guarda compartilhada

Dentre as várias vantagens da guarda compartilhada, a principal é


favorecer o convívio dos filhos com ambos os genitores, diminuindo aquele
sentimento de fuga, retirando da criança o fardo de ter que decidir entre o pai ou
a mãe, ademais, a criança mantém contato com parentes das duas famílias,
garantindo assim a continuação dos cuidados parentais.

Além vantagem descrita acima, existem muitas outras, como por


exemplo, o vínculo que existia quando pais e filhos residiam na mesma moradia
é mantida, são extintas as visitas com horário marcado estipulados pelo
magistrado, bem como mantém-se uma continuidade no convívio e nas
responsabilidades dos genitores para com seus filhos menores, não havendo
sobrecarga de responsabilidade para nenhum dos pais, como acontece na
guarda unilateral.

Desta forma, a guarda compartilhada, torna o ambiente de convívio


entre os genitores e os filhos mais harmonioso, o que favorece a criança, visto
que deixa de existir entre os pais aquele papel de “leva e traz” de informações,
o que geralmente ocorre na guarda mono parental, existindo assim, o diálogo e
cooperação entre os genitores, visando o interessas dos filhos, e imperando a
igualdade entre o pai e a mãe.

Analisando as decisões dos tribunais, percebemos que a guarda


compartilhada vem sendo aplicada como regra, apesar da resistência das mães
quanto à aceitação do novo instituto e, como no caso em tela.

Uma dessas decisões foi magistralmente interpretada pela Ministra


NANCY ANDRIGHI, em um REsp a qual foi relatora, é o que demonstra o julgado
a seguir.

“CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.


DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. GUARDA
COMPARTILHADA. CONSENSO. NECESSIDADE.
ALTERNÂNCIA DE RESIDÊNCIA DO MENOR.
POSSIBILIDADE. 1. A guarda compartilhada busca a plena
proteção do melhor interesse dos filhos, pois reflete, com
muito mais acuidade, a realidade da organização social
atual que caminha para o fim das rígidas divisões de papéis
sociais definidas pelo gênero dos pais. 2. A guarda
compartilhada é o ideal a ser buscado no exercício do Poder
Familiar entre pais separados, mesmo que demandem deles
reestruturações, concessões e adequações diversas, para que
seus filhos possam usufruir, durante sua formação, do ideal
psicológico de duplo referencial. 3. Apesar de a separação ou
do divórcio usualmente coincidirem com o ápice do
distanciamento do antigo casal e com a maior evidenciação
das diferenças existentes, o melhor interesse do menor,
ainda assim, dita a aplicação da guarda compartilhada como
regra, mesmo na hipótese de ausência de consenso. 4. A
inviabilidade da guarda compartilhada, por ausência de
consenso, faria prevalecer o exercício de uma potestade
inexistente por um dos pais. E diz-se inexistente, porque
contrária ao escopo do Poder Familiar que existe para a
proteção da prole. 5. A imposição judicial das atribuições de
cada um dos pais, e o período de convivência da criança sob
guarda compartilhada, quando não houver consenso, é medida
extrema, porém necessária à implementação dessa nova visão,
para que não se faça do texto legal, letra morta. 6. A guarda
compartilhada deve ser tida como regra, e a custódia física
conjunta - sempre que possível - como sua efetiva expressão. 7.
Recurso especial provido”. (STJ - REsp: 1428596 RS
2013/0376172-9, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de
Julgamento: 03/06/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de
Publicação: DJe 25/06/2014) Grifei.

No recurso especial, no qual a ministra julgou procedente, ela


claramente demonstra em seu voto que a guarda compartilhada deve ser a regra,
quando o melhor interesse é o da criança.

Não menos importante, entendeu o Tribunal de Justiça do RS, que a


guarda compartilhada independentemente da separação conjugal de ambos os
genitores, os mesmos são responsáveis em todos os sentidos por seus filhos,
tendo voz nas decisões e, portanto, participarem ativamente na sua formação.

“Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA E ALIMENTOS. PEDIDO
DE ALTERAÇÃO DA GUARDA UNILATERAL PARA A
GUARDA COMPARTILHADA COM BASE NA LEI
13.058/2014. Na sociedade em que vivemos pai e mãe
podem separar-se um do outro quando decidirem, mas
devem ser inseparáveis dos filhos, sendo dever do
Judiciário assegurar que esta será a realidade. Fixar a
guarda compartilhada é regulamentar que ambos os
genitores são responsáveis em todos os sentidos por seus
filhos, têm voz nas decisões e, portanto, participam
ativamente das suas formações. Assim, e não havendo
negativa expressada por um dos genitores ou nenhuma outra
conduta que deva ser especialmente avaliada, a guarda é
compartilhada. ALIMENTOS. Os alimentos são fixados de
acordo com o binômio necessidade-possibilidade, não havendo
situação excepcional nestes autos quanto às necessidades do
menor de idade, tampouco superior possibilidade paterna, os
alimentos são reduzidos para o percentual de 20% dos
rendimentos que é normalmente adotado por esta Câmara para
situações semelhantes. POR MAIORIA, DERAM PARCIAL
PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO, VENCIDO O
DES. LUIZ FELIPE BRASIL SANTOS, QUE NEGAVA
PROVIMENTO AO RECURSO’. (Agravo de Instrumento Nº
70064596539, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 16/07/2015). Grifei

Por fim, essa modalidade de guarda é aquela que melhor atende as


perspectivas no desenvolvimento da menor XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX. Por
ser uma responsabilidade conjunta dos pais, os potenciais dos menores serão
sempre melhores desenvolvidos. Deste modo, convocamos Giselda Hironaka:

“A responsabilidade dos pais consiste principalmente em dar oportunidade


ao desenvolvimento dos filhos, consiste principalmente em ajudá-los na
construção da própria liberdade. Trata-se de uma inversão total, portanto,
da idéia antiga de maximamente patriarcal de pátrio poder. Aqui, a
compreensão baseada no conhecimento racional da natureza dos
integrantes de uma família quer dizer que não há mais fundamento na
pratica da coisificação familiar”.

2.2. Da regulamentação das visitas.

Excelência, novamente não assiste razão à Autora ao pedido de


regulamentação das visitas que já são regulamentadas, ao passo que o
Requerido cumpre à risca sua obrigação de avisar previamente a genitora e/ou
o atual marido da genitora que irá buscar sua filha para que possam ter convívio
necessário de pai e filha entre ambos.

Excelência, o Requerido ama incondicionalmente sua filha, e não


consegue se ver como um “pai de quinzena” de sua filha.

Além de síndico do condomínio onde reside o Requerido também


trabalha como recepcionista em um hotel da cidade com o regime de escala de
12/24 ou seja, trabalha dia sim / dia não, e sempre que está de folga busca sua
filha, sempre com prévio aviso, para leva-la pra dormir em sua casa, sempre
levando-a para escola no dia seguinte, sem nenhum prejuízo para a menor, aliás,
muito pelo contrário, pois ambos tem a chance de manter vivas e ainda mais
estreitas a relação de pai e filha.
Desse modo, a alteração das visitas livres como está, seria como uma
pena ao pai, por amar incondicionalmente sua filha e desejar poder ter convívio
sempre que lhe é possível.

2.3. Das alegações caluniosas da Autora contra o Requerido.

O Requerido nega veementemente as alegações de que teria


proferido qualquer ameaça contra a Autora, ou lhe causado qualquer mal,
tampouco que lhe tenha ofendido na presença de sua filha.

Primeiro por ser a sua filha o bem mais precioso que possui, e
segundo, por mais que não tenham tido a harmonia necessária para manutenção
do casamento, a Autora é a mãe de sua filha, se quisesse o mal para ela, seria
o mesmo que desejar o mal para sua filha.

Desse modo, improcede as alegações levianas ventiladas na exordial.

Por derradeiro, restam impugnadas todos os documentos que


jungiram a inicial, quer seja, por não ter nenhuma relação com o objeto da
presente demanda, quer seja que nos aludidos processos o Requeridos
mostrou-se inocente e consequentemente os referidos serão julgados extintos
com resolução do méritos sem que nenhuma pese contra o Requerido.

IV. DOS PEDIDOS.

Diante do exposto, com base nos dispositivos legais mencionados, bem


como nos demais aplicáveis à presente CONTESTAÇÃO, requer:

a) A TOTAL IMPROCEDENCIA dos pedidos formulados na exordial,


como consequência seja o processo, julgado extinto;

b) A manutenção da Guarda Compartilhada, afim de conferir à ambos os


genitores a responsabilidade que lhes conferem por serem pai e mãe da menor
XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, por ser esse o melhor interesse da infante;
c) Seja mantido o direito do Requerido em poder visitar sua filha
livremente, mediante prévio aviso, sem prejuízo do horário escolar, como sempre foi
feito.

d) Seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do


previsto no artigo 334 do Código de Processo Civil;

e) Seja a Autora condenada ao pagamento das custas e honorários nos


moldes do artigo 82, § 2º do CPC;

Por fim, Requer provar o alegado por todos os meios de prova em Direito
admitidos, especialmente pela produção de prova documental, testemunhal, pericial,
e inspeção judicial, especialmente depoimento pessoal do Autor, sob pena de
confissão, se não comparecer, ou comparecendo, se negar a depor.

Nesses termos, pede e espera deferimento.

KKKKKKKKKKKKKK 29 de Novembro de 2018.

- assinado digitalmente -
TTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT
OAB/GO 222222222222

Vous aimerez peut-être aussi