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CAPACITAÇÃO EM NR-05
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

Módulo: BÁSICO

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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO DO CURSO ....................................................................................................... 7
2 REGULAMENTAÇÕES DO MTE ..................................................................................................... 8
2.1 Normas Regulamentadoras .............................................................................................. 8
2.2 Apresentação da Norma Regulamentadora Nº 05 ............................................................ 9
DO OBJETIVO ........................................................................................................................................ 9
DA CONSTITUIÇÃO.............................................................................................................................. 10
DA ORGANIZAÇÃO .............................................................................................................................. 10
DAS ATRIBUIÇÕES ............................................................................................................................... 11
DO FUNCIONAMENTO ........................................................................................................................ 14
DO TREINAMENTO.............................................................................................................................. 15
DO PROCESSO ELEITORAL................................................................................................................... 16
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS .............................................................................................. 17
DISPOSIÇÕES FINAIS ........................................................................................................................... 18
QUADRO I ........................................................................................................................................... 18
QUADRO II .......................................................................................................................................... 21
QUADRO III ......................................................................................................................................... 24
3 INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO ......................................................................... 40
3.1 Conceito Legal de Acidente ............................................................................................ 40
3.2 Conceito Prevencionista de Acidente ............................................................................. 40
3.3 Classificação dos Acidentes do Trabalho ....................................................................... 40
3.4 Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) ................................................................. 41
3.4.1 PORTARIA N.º 589 DE 28 DE ABRIL DE 2014 ............................................................................. 42
3.4.2 Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT ....................................................... 43
4 ORGANIZAÇÃO DA CIPA ............................................................................................................. 46
4.1 CIPA em Plataformas ..................................................................................................... 46
4.2 Considerações................................................................................................................ 48
5 RISCOS AMBIENTAIS .................................................................................................................. 50
5.1 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA ................................................. 51
5.1.1 Estrutura do PPRA ..................................................................................................................... 52
6 MAPA DE RISCO .......................................................................................................................... 53
6.1Implantação do Mapa de Risco ....................................................................................... 53
6.2 Como Funciona um Mapa de Risco ................................................................................ 54
6.3 Como Montar um Mapa de Risco ................................................................................... 55
6.3.1 Etapas da elaboração do mapa de risco .................................................................................... 56
7 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC .................................................................. 57
7.1 Exemplos de EPC .......................................................................................................... 57
8 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI .................................................................... 58
8.1 Quanto ao EPI cabe ao empregador: ............................................................................. 59
8.2 Quanto ao EPI cabe ao empregado:............................................................................... 59
8.3 Exemplos de EPIs .......................................................................................................... 60
8.3.1 Proteção dos Olhos e Face ........................................................................................................ 60
8.3.2 Proteção da Cabeça ................................................................................................................... 60
8.3.3 Proteção Auditiva ...................................................................................................................... 61
8.3.4 Proteção dos Membros Superiores ........................................................................................... 62
8.3.5 Proteção dos Membros Inferiores............................................................................................. 63
8.3.6 Proteção Contra Quedas Com Diferença de Nível .................................................................... 65
8.3.7 Vestimentas de Segurança ........................................................................................................ 66
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8.3.9 Proteção Respiratória ................................................................................................................ 66


9 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA ....................................................................................................... 67
9.1 Conceito e Importância ................................................................................................... 67
9.2 Tipos de Inspeções ........................................................................................................ 67
9.2.1 Inspeções de Rotina (Diárias) .................................................................................................... 67
9.2.2 Inspeções Periódicas ................................................................................................................. 68
9.2.3 Inspeções Especiais Ou Antecipadas ......................................................................................... 68
9.3 Levantamento das Causas dos Acidentes ...................................................................... 68
10 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS ........................................................................................ 70
10.1 Conceitos Básicos ........................................................................................................ 70
10.1.1 Perigo ....................................................................................................................................... 70
10.1.2 Risco......................................................................................................................................... 70
10.1.3 Análise de Riscos ..................................................................................................................... 71
10.1.4 Avaliação de riscos .................................................................................................................. 71
10.1.5 Gerenciamento de Riscos ........................................................................................................ 71
10.1.6 Níveis de risco .......................................................................................................................... 71
10.2 Desenvolvimento de estudos de análise de riscos ........................................................ 72
10.2.1 Caracterização da empresa ..................................................................................................... 72
10.2.2 Identificação de perigos .......................................................................................................... 72
10.2.3 Estimativa de consequências e de vulnerabilidade ................................................................. 74
10.2.4 Estimativa de frequências ....................................................................................................... 75
10.2.5 Estimativa de riscos ................................................................................................................. 75
10.2.6 Avaliação e gerenciamento de riscos ...................................................................................... 75
11 PREVENÇÃO DE ACIDENTES ................................................................................................... 76
11.1 O efeito dominó e os Acidentes de Trabalho ................................................................ 76
11.1.1 O que se pode fazer para evitar que os acidentes ocorram? .................................................. 76
12 INVESTIGAÇÃO DOS ACIDENTES ............................................................................................ 78
12.1 Procura das Causas dos Acidentes .............................................................................. 79
13 CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES ........................................................................................ 81
14 DOENÇAS OCUPACIONAIS ....................................................................................................... 82
15 NOÇÕES PREVIDENCIÁRIAS .................................................................................................... 85
15.1 Benefícios previdenciários ............................................................................................ 85
15.2 Aposentadorias por invalidez ........................................................................................ 85
15.3 Aposentadorias especiais ............................................................................................. 85
15.4 Pensões por morte ....................................................................................................... 85
15.5 Auxílios doença ............................................................................................................ 85
15.6 Abono acidente............................................................................................................. 85
15.7 Abono anual ................................................................................................................. 86
16 COMPETÊNCIA LEGAL .............................................................................................................. 86
16.2 SSST – Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho: .............................................. 87
16.3 DRT - Delegacias Regionais do Trabalho: .................................................................... 87
16.4 Empregador: ................................................................................................................. 88
16.5 Empregado: .................................................................................................................. 88
17 HIV / AIDS .................................................................................................................................... 89
17.1 Vírus ............................................................................................................................. 89
17.1.1 Reprodução dos vírus .............................................................................................................. 89
17.2 HIV ............................................................................................................................... 90
17.3 AIDS ............................................................................................................................. 90
17.4 Formas de infecção do HIV / AIDS ............................................................................... 91
17.5 Sistema imunológico..................................................................................................... 91
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17.6 Acompanhamento médico ............................................................................................ 92


17.6.1 Exames de rotina ..................................................................................................................... 92
17.6.2 Onde fazer? ............................................................................................................................. 92
17.7 Sintomas e fases da AIDS ............................................................................................ 92
17.8 Vacinação de soropositivos .......................................................................................... 93
17.9 História da AIDS ........................................................................................................... 94
18 PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO ................................................................................... 100
18.1 Introdução .................................................................................................................. 100
18.2 Teoria do Fogo ........................................................................................................... 100
18.2.1 Teoria geral do fogo .............................................................................................................. 100
18.3 Pontos e Temperaturas .............................................................................................. 102
18.3. 1 Ponto de Combustão ............................................................................................................ 102
18.3.2 Ponto de Fulgor ..................................................................................................................... 102
18.3.3 Temperatura de Ignição ........................................................................................................ 102
18.4 Propagação do Fogo .................................................................................................. 102
18.4.1Condução ................................................................................................................................ 103
18.4.2 Convecção.............................................................................................................................. 103
18.4.3 Irradiação ............................................................................................................................... 103
18.5 Classificação dos Incêndios........................................................................................ 103
18.6 Classes de Incêndio ................................................................................................... 104
18.6.1 Classe A .................................................................................................................................. 104
18.6.2 Classe B .................................................................................................................................. 104
18.6.3 Classe C .................................................................................................................................. 104
18.6.4 Classe D.................................................................................................................................. 105
18.7 Métodos de Extinção do Fogo .................................................................................... 105
18.7.1 Resfriamento ......................................................................................................................... 105
18.7.2 Abafamento ........................................................................................................................... 105
18.7.3 Isolamento ............................................................................................................................. 105
18.7.4 Extinção Química ................................................................................................................... 106
18.8 Extintores de Incêndio ................................................................................................ 106
18.8.1 Extintores de Água Pressurizada (H2O) ................................................................................. 106
18.8.2 Extintores de Pó Químico ...................................................................................................... 107
18.8.3 Extintores de Gás Carbônico (CO2) ....................................................................................... 107
18.8.4 Extintores de Pó Químico Especial ........................................................................................ 107
18.8.5 Extintores de Espuma ............................................................................................................ 107
18.8.6 Extintores de Pó ABC (Fosfato de Monoamônico) ................................................................ 107
18.9 Capacidades dos Extintores ....................................................................................... 108
18.10 Uso dos Extintores.................................................................................................... 108
18.11 Sinalização e Localização dos Extintores ................................................................. 109
18.11.1 Selos e Adesivos .................................................................................................................. 110
18.12 Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio (NBR 12962) ............... 111
18.12.1 Inspeção............................................................................................................................... 111
18.12.2 Manutenção ........................................................................................................................ 112
18.12.3 Recarga ................................................................................................................................ 113
18.13 Distribuição dos Extintores ....................................................................................... 113
18.14 Sistema Hidráulico Preventivo .................................................................................. 114
18.15 Hidrantes .................................................................................................................. 114
18.16 Rociador de incêndios .............................................................................................. 115
18.17 GLP - Gases Liquefeitos de Petróleo ........................................................................ 115
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18.17.1 Vazamento de Gás Sem Fogo .............................................................................................. 116


18.17.2 Vazamento de Gás Com Fogo .............................................................................................. 116
18.18 Prevenção de Incêndios. .......................................................................................... 116
18.18.1 Prevenção de Acidentes com Eletricidade. ......................................................................... 117
18.18.2 Outras medidas de prevenção ............................................................................................ 118
18.19 Instruções Gerais em Caso de Incêndios ................................................................. 118
18.19.1 Em caso de confinamento pelo fogo ................................................................................... 119
18.19.2 Em caso de evacuação do local ........................................................................................... 119
18.20 Deveres e Obrigações .............................................................................................. 120
19 PRIMEIROS SOCORROS ......................................................................................................... 121
19.1 Procedimentos Gerais ................................................................................................ 122
19.1.1 Princípios para os Primeiros Socorros: .................................................................................. 123
19.2 Legislação Sobre o Ato de Prestar Socorro ................................................................ 123
19.2.1 Aspectos Legais...................................................................................................................... 124
19.3 Urgências Coletivas .................................................................................................... 125
19.4 Caixa de Primeiros Socorros ...................................................................................... 125
19.5 Choques Elétricos ...................................................................................................... 125
19.5.1 Procedimentos para choque elétrico .................................................................................... 126
19.6 Parada Cardiorrespiratória - PCR ............................................................................... 127
19.6.1 Parada Respiratória ............................................................................................................... 127
19.6.2 Parada Cardíaca ..................................................................................................................... 127
19.6.3 Procedimentos para Parada Cardiorrespiratória .................................................................. 128
19.6.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP). ..................................................................................... 130
19.6.5 Modo de fazer a massagem cardíaca: ................................................................................... 131
19.7 Estado de Choque ...................................................................................................... 132
19.7.1 Sinais e sintomas ................................................................................................................... 132
19.7.2 Providencias a serem tomadas .............................................................................................. 133
19.8 Distúrbios causados pela Temperatura ...................................................................... 134
19.8.1 Queimaduras ......................................................................................................................... 134
19.8.2 Insolação ................................................................................................................................ 137
19.8.3 Intermação ............................................................................................................................ 138
19.9 Intoxicações ............................................................................................................... 139
19.10 Picadas de animais................................................................................................... 139
19.10.1 Serpentes ............................................................................................................................. 139
19.10.2 Escorpiões e Aranhas........................................................................................................... 142
19.11 Ferimentos ............................................................................................................... 144
19.11.1 Contusão.............................................................................................................................. 144
19.11.2 Escoriações .......................................................................................................................... 144
19.11.3 Amputações ......................................................................................................................... 145
19.11.4 Ferimentos no Tórax............................................................................................................ 146
19.11.5 Ferimentos no Abdome ....................................................................................................... 147
19.11.6 Ferimentos nos Olhos .......................................................................................................... 147
19.12 Hemorragia ............................................................................................................... 147
19.12.1 Hemorragia Externa............................................................................................................. 147
19.12.2 Hemorragia Interna ............................................................................................................. 148
19.12.3 Hemorragia Nasal ................................................................................................................ 148
19.13 Entorses, Luxações e Fraturas ................................................................................. 149
19.13.1 Entorse................................................................................................................................. 149
19.13.2 Luxações .............................................................................................................................. 149
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19.13.3 Fraturas................................................................................................................................ 150


19.14 Técnicas Para Remoção e Transporte de Acidentados ............................................ 150
19.14.1 Transporte em Maca ........................................................................................................... 151
19.14.2 Transporte Sem Maca ......................................................................................................... 154
19.15 Telefones Úteis......................................................................................................... 157
20 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 158

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1 APRESENTAÇÃO DO CURSO

O curso de CIPA do INBRAEP tem como finalidade educar para prática de Segurança do
Trabalho.
Todos nós sabemos da necessidade de se implantar uma estrutura voltada a prevenção capaz
de nortear os riscos de acidentes nas atividades do trabalho. Neste sentido, procuramos direcionar
nossa metodologia, recursos didáticos, etc., em atendimento ao currículo básico para o curso de
componentes da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Norma Regulamentadora, NR
– 5 da Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho.
Ao longo dos tempos, a experiência tem mostrado que a preparação prévia do indivíduo contribui
sensivelmente para a melhoria do seu desempenho. No que diz respeito à segurança, os
esclarecimentos ao trabalhador quanto as possíveis condições inseguras dos ambientes de trabalho e
dos procedimentos seguros que deverá adotar é fundamental para o sucesso de Programa
Prevencionista.
Com a aplicação do curso para membros da CIPA, acreditamos promover a combinação
indivíduo – cargo - segurança, alicerçando no treinamento, a implantação de conceitos e medidas de
prevenção de acidentes do trabalho. A existência da CIPA, já constitui um avanço a insensatez. Os
resultados serão colhidos quando empregado e empregador estenderem aos demais empregados,
doutrinas de segurança, reuniões, palestras, treinamentos, atendimento das solicitações que previnem
acidentes e doenças ocupacionais.
Enfim, trabalhar o elemento humano é fator complexo, mas possível, humanizar uma
coletividade de trabalho e torná-la tão compreensiva quanto eficiente e consequentemente, consistirá na
continuidade do trabalho operacional seguro.
A você, “Cipeiro”, o INBRAEP deseja um bom proveito no curso e sucesso em sua gestão.

Diogo Ramon Garcia Stupp


Eng de Seg do Trabalho
CREA-SC 076981-5

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2 REGULAMENTAÇÕES DO MTE

2.1 Normas Regulamentadoras

Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem na Constituição Federal


que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu entre eles a proteção de sua saúde e segurança
por meio de normas específicas
As Normas Regulamentadoras, também chamadas de “NRs”, foram publicadas pelo Ministério
do Trabalho através da Portaria N.° 3.214 em 08 de junho de 1978, com o objetivo de estabelecer os
requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO). A
partir de então, uma série de outras portarias foram editadas pelo Ministério do Trabalho com o
propósito de modificar ou acrescentar normas regulamentadoras de proteção ao trabalhador. Assim as
NRs regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança
e medicina do trabalho no Brasil.
As NRs são de observância obrigatória pelas empresas privadas, públicas e pelos órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
Elas são elaboradas e modificadas por uma comissão tripartite composta por representantes do
governo, empregadores e empregados. As NR são elaboradas e modificadas por meio de Portarias
expedidas pelo MTE.
A NR-05 (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA) tem como objetivo a prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

Atualmente existem 36 Normas Regulamentadoras que são:


NR - 01 - Disposições Gerais
NR - 02 - Inspeção Prévia
NR - 03 - Embargo ou Interdição
NR - 04 - Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do Trabalho
NR - 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
NR - 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI
NR - 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
NR - 08 - Edificações
NR - 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
NR - 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR - 11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR - 12 - Máquinas e Equipamentos
NR - 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
NR - 14 - Fornos
NR - 15 - Atividades e Operações Insalubres
NR - 16 - Atividades e Operações Perigosas
NR - 17 - Ergonomia
NR - 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
NR - 19 - Explosivos
NR - 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
NR - 21 - Trabalho a Céu Aberto
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NR - 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração


NR - 23 - Proteção Contra Incêndios
NR - 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR - 25 - Resíduos Industriais
NR - 26 - Sinalização de Segurança
NR - 27- Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
NR - 28 - Fiscalização e Penalidades
NR - 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR - 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR - 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,
Exploração Florestal e Aquicultura
NR - 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
NR - 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
NR - 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
NR - 35- Trabalho em Altura
NR - 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados.

2.2 Apresentação da Norma Regulamentadora Nº 05

Texto dado pela Portaria SSST n.º 08, de 23 de fevereiro de 1999

Por se tratar da Norma Regulamentadora numero 05 a mesma se inicia em 5.1

NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES


Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 33, de 27de outubro de 1983 31/10/83
Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 Rep. 15/12/95
Portaria SSST n.º 08, de 23 de fevereiro de 1999 Retf. 10/05/99
Portaria SSST n.º 15, de 26 de fevereiro de 1999 01/03/99
Portaria SSST n.º 24, de 27 de maio de 1999 28/05/99
Portaria SSST n.º 25, de 27 de maio de 1999 28/05/99
Portaria SSST n.º 16, de 10 de maio de 2001 11/05/01
Portaria SIT n.º 14, de 21 de junho de 2007 26/06/07
Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011 14/07/11

Texto dado pela Portaria SSST n.º 08, de 23 de fevereiro de 1999

DO OBJETIVO

5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

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DA CONSTITUIÇÃO

5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas
privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta,
instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que
admitam trabalhadores como empregados.

5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e às
entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas
Regulamentadoras de setores econômicos específicos.

5.4 (Revogado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de membros de


CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o desenvolvimento de ações
de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo
contar com a participação da administração do mesmo.

DA ORGANIZAÇÃO

5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos específicos.

5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.

5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do
qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.

5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de


votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as
alterações disciplinadas em atos normativos de setores econômicos específicos.

5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável


pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participação dos
empregados, através de negociação coletiva.

5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.

5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o
final de seu mandato.

5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades
normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência,
ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.

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5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a
discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas
na CIPA.

5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes


dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.

5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil após o término
do mandato anterior.

5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, entre
os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do empregador.

5.14 A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo as atas de eleição e de posse
e o calendário anual das reuniões ordinárias, deve ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização
do Ministério do Trabalho e Emprego. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.14.1 A documentação indicada no item 5.14 deve ser encaminhada ao Sindicato dos Trabalhadores
da categoria, quando solicitada. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.14.2 O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos membros titulares e
suplentes da CIPA, mediante recibo. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser
desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução
do número de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do
estabelecimento. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011).

DAS ATRIBUIÇÕES

5.16 A CIPA será por atribuição:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a


participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
houver;

b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas


de segurança e saúde no trabalho;

c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção


necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;

d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando


a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde
dos trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano
de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

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f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;

g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo


empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina


ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos
trabalhadores;

i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros


programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;

j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como


cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e
saúde no trabalho;

l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da


análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;

m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham


interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna


de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;

p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção


da AIDS.

5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho
de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do plano de
trabalho.

5.18 Cabe aos empregados:

a) participar da eleição de seus representantes;

b) colaborar com a gestão da CIPA;

c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar


sugestões para melhoria das condições de trabalho;

d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção


de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:


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a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;

b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando


houver, as decisões da comissão;

c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;

d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;

e) delegar atribuições ao Vice-Presidente;

5.20 Cabe ao Vice-Presidente:

a) executar atribuições que lhe forem delegadas;

b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus


afastamentos temporários;

5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes atribuições:

a) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento


de seus trabalhos;

b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos


propostos sejam alcançados;

c) delegar atribuições aos membros da CIPA;

d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;

e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;

f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;

g) constituir a comissão eleitoral.

5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:

a) acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprovação


e assinatura dos membros presentes;

b) preparar as correspondências; e

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c) outras que lhe forem conferidas.

DO FUNCIONAMENTO

5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.

5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em
local apropriado.

5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para
todos os membros.

5.26 As atas devem ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e


Emprego. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:

a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de


medidas corretivas de emergência;

b ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;

c) houver solicitação expressa de uma das representações.

5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.

5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com mediação, será
instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião.

5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento justificado.

5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião ordinária, quando
será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessários.

5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de
quatro reuniões ordinárias sem justificativa.

5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente, obedecida a
ordem de colocação decrescente que consta na ata de eleição, devendo os motivos ser registrados em
ata de reunião. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em dois


dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.

5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da representação dos


empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis.

5.31.3 Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador deve realizar eleição
extraordinária, cumprindo todas as exigências estabelecidas para o processo eleitoral, exceto quanto
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aos prazos, que devem ser reduzidos pela metade. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de
2011)

5.31.3.1 O mandato do membro eleito em processo eleitoral extraordinário deve ser compatibilizado
com o mandato dos demais membros da Comissão. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho
de 2011)

5.31.3.2 O treinamento de membro eleito em processo extraordinário deve ser realizado no prazo
máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de
julho de 2011)

DO TREINAMENTO

5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da
posse.

5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta dias,
contados a partir da data da posse.

5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente treinamento para o
designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.

5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do
processo produtivo;

b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;

c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos


existentes na empresa;

d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de


prevenção;

e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e


saúde no trabalho;

f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;

g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da


Comissão.

5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e
será realizado durante o expediente normal da empresa.

5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de
trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados.

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5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou profissional
que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou
profissional que ministrará o treinamento.

5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a complementação ou a
realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da
empresa sobre a decisão.

DO PROCESSO ELEITORAL

5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados na
CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso.

5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato
da categoria profissional.

5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo mínimo de
55 (cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral – CE, que será
a responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.

5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela
empresa.

5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:

a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo


mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;

b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de
quinze dias;

c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,


independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;

d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;

e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do


mandato da CIPA, quando houver;

f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e


em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.

g) voto secreto;

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h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de


representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela
comissão eleitoral;

i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;

j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um


período mínimo de cinco anos.

5.41 Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados na votação, não haverá a
apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação, que ocorrerá no prazo
máximo de dez dias.

5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade descentralizada do
MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA.

5.42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, confirmadas


irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder a anulação quando for o
caso.

5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias, a contar da
data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.

5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a
prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a complementação do processo eleitoral.

5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados.

5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento.

5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração, em ordem
decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de suplentes.

DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS

5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se


estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus empregados estiverem
exercendo suas atividades.

5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou
designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou com os designados,
definir mecanismos de integração e de participação de todos os trabalhadores em relação às decisões
das CIPA existentes no estabelecimento.

5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão implementar, de
forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente
NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde a todos os
trabalhadores do estabelecimento

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5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contratadas, suas
CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam as
informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de
proteção adequadas.

5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o cumprimento


pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no
trabalho.

DISPOSIÇÕES FINAIS

5.52 (Revogado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011).

QUADRO I

Dimensionamento de CIPA

N° de
*GRUPOS

Acima de
Empregados no 0 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001
a 10.000 para
Estabelecimento a a a a a a a a a a a a
cada grupo de
N° de Membros 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10.000
2.500
da CIPA acrescentar
Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-1
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 3 4 7 9 12 2
Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-1a
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 5 8 9 12 2
Efetivos 1 1 2 2 3 4 4 5 6 7 10 11 2
C-2
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 7 9 1
C-3 Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 10 10 2
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 8 8 2
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-3a
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 1 1 1 2 2 2 3 5 6 1
C-4
Suplentes 1 1 1 1 1 2 2 2 3 4 4 1
Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 4 6 9 9 11 2
C-5
Suplentes 1 1 2 3 3 3 4 4 5 7 7 9 2

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Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 6 7 1
C-5a
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 2 3 3 4 5 5 6 8 10 12 2
C-6
Suplentes 1 1 2 3 3 3 4 4 4 6 8 10 2

N° de
*GRUPOS

0 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 Acima de


Empregados no
10.000 para
Estabelecimento a a a a a a a a a a a a a
19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10.000 cada grupo de
N° de Membros 2.500
da CIPA acrescentar
Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
C-7
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 4 1
Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 8 9 10 2
C-7a
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 8 2
Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 1
C-8
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 4 5 6 8 1
Efetivos 1 1 1 2 2 2 3 5 6 7 1
C-9
Suplentes 1 1 1 2 2 2 3 4 4 5 1
Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 4 5 8 9 10 2
C-10
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 4 6 7 8 2
Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 5 6 9 10 12 2
C-11
Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 4 7 8 10 2
Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 5 7 8 9 10 2
C-12
Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 6 6 7 8 2
Efetivos 1 1 3 3 3 3 4 5 6 9 11 13 2
C-13
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 5 7 8 10 2
Efetivos 1 1 2 2 3 4 4 5 6 9 11 11 2
C-14
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 7 9 9 2
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-14a
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 1
Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 5 6 8 10 12 2
C-15
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 4 6 8 10 2
Efetivos 1 1 2 3 3 3 4 5 6 8 10 12 2
C-16
Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 4 6 7 9 2
Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
C-17
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 10 2
C-18 Efetivos 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
Suplentes 2 2 3 3 3 4 5 7 8 10 2
Efetivos 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-18a
Suplentes 3 3 3 3 3 4 5 7 9 12 2

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Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-19
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 1
Efetivos 1 1 3 3 3 3 4 5 5 6 8 2
C-20
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 4 5 6 1
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-21
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 4 6 8 10 12 2
C-22
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 3 5 6 8 9 2

N° de
*GRUPOS

0 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 Acima de


Empregados no
10.000 para
Estabelecimento a a a a a a a a a a a a a
19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10.000 cada grupo de
N° de Membros 2.500
da CIPA acrescentar
Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
C-23
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
C-24
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 7 8 10 2
Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
C-24a
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 4 1
Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-24b
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 3 4 7 9 12 2
Efetivos 1 1 2 2 2 2 4 5 7 7 1
C-24c
Suplentes 1 1 1 1 2 2 4 5 7 7 1
Efetivos 1 1 2 2 2 3 4 5 7 9 1
C-24d
Suplentes 1 1 1 1 2 2 4 5 7 9 1
Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
C-25
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1
Efetivos 1 2 3 4 5 1
C-26
Suplentes 1 2 3 3 4 1
Efetivos 1 1 2 3 4 5 6 6 1
C-27 Suplentes 1 1 2 3 3 4 5 5 1
Efetivos 1 1 2 3 4 5 6 6 1
C-28
Suplentes 1 1 2 3 4 5 5 5 1
Efetivos 1 2 3 4 5 1
C-29
Suplentes 1 2 3 3 4 1
Efetivos 1 1 1 2 4 4 4 5 7 8 9 10 2
C-30
Suplentes 1 1 1 2 3 3 4 4 6 7 8 9 1
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-31
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1

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C-32 Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 1 1 2 3 4 5 1
C-33
Suplentes 1 1 1 1 2 3 3 4 1
Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
C-34
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 9 2
Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
C-35
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1

OBS.: Os membros efetivos e suplentes terão representantes dos Empregadores e Empregados.


* As atividades econômicas integrantes dos grupos estão especificadas por CNAE nos QUADROS II e III.

* Nos grupos C-18 e C-18a constituir CIPA por estabelecimento a partir de 70 trabalhadores e quando o
estabelecimento possuir menos de 70 trabalhadores observar o dimensionamento descrito na NR 18 –
subitem18.33.1.

QUADRO II

Agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE


(versão 2.0), para dimensionamento da CIPA
(Dado pela Portaria SIT n.º 14, de 21 de junho de 2007)

C-1 - MINERAIS
05.00-3 06.00-0 07.10-3 07.21-9 07.22-7 07.23-5 07.24-3 07.25-1 07.29-4 08.10-0 08.91-6
08.92-4 08.93-2 08.99-1 09.10-6 09.90-4 19.10-1 23.20-6 23.91-5

C-1a - MINERAIS
19.21-7 19.22-5 19.31-4

C-2 - ALIMENTOS
10.11-2 10.12-1 10.13-9 10.20-1 10.31-7 10.32-5 10.33-3 10.41-4 10.42-2 10.43-1 10.51-1
10.52-0 10.53-8 10.61-9 10.62-7 10.63-5 10.64-3 10.65-1 10.66-0 10.69-4 10.71-6 10.72-4
10.81-3 10.82-1 10.91-1 10.92-9 10.93-7 10.94-5 10.95-3 10.96-1 10.99-6 11.11-9 11.12-7
11.13-5 11.21-6 11.22-4 12.10-7 12.20-4

C-3 - TÊXTEIS
13.11-1 13.12-0 13.13-8 13.14-6 13.21-9 13.22-7 13.23-5 13.40-5 13.59-6

C-3a - TÊXTEIS
13.30-8 13.51-1 13.52-9 13.53-7 13.54-5 13.59-6 14.21-5 14.22-3

C-4 - CONFECÇÃO
14.11-8 14.12-6 14.13-4 14.14-2 32.92-2

C-5 - CALÇADOS E SIMILARES


15.10-6 15.31-9 15.32-7 15.33-5 15.39-4 15.40-8

C-5a - CALÇADOS E SIMILARES


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15.21-1 15.29-7

C-6 - MADEIRA
16.10-2 16.21-8 16.22-6 16.23-4 16.29-3 31.01-2

C-7 - PAPEL
17.31-1 17.32-0 17.33-8 17.41-9 17.42-7 17.49-4

C-7a - PAPEL
17.10-9 17.21-4 17.22-2

C-8 - GRÁFICOS
18.11-3 18.12-1 18.13-0 18.21-1 18.22-9 58.11-5 58.12-3 58.13-1 58.19-1 58.21-2 58.22-1

58.23-9 58.29-8 63.91-7

C-9 - SOM E IMAGEM


18.30-0 59.11-1 59.12-0 59.13-8 59.14-6 59.20-1 60.10-1 60.21-7 60.22-5 74.20-0 90.01-9
90.02-7 90.03-5

C-10 - QUÍMICOS
19.32-2 20.11-8 20.12-6 20.13-4 20.14-2 20.19-3 20.21-5 20.22-3 20.29-1 20.31-2 20.32-1
20.33-9 20.40-1 20.51-7 20.52-5 20.61-4 20.62-2 20.63-1 20.71-1 20.72-0 20.73-8 20.91-6
20.93-2 20.94-1 20.99-1 21.10-6 21.21-1 21.22-0 21.23-8 22.21-8 22.22-6 22.23-4 22.29-3
26.80-9 27.21-0 27.22-8 31.04-7

C-11 - BORRACHA
22.11-1 22.12-9 22.19-6

C-12 - NÃO-METÁLICOS
23.11-7 23.12-5 23.19-2 23.30-3 23.41-9 23.42-7 23.49-4 23.92-3 23.99-1 32.11-6 38.32-7
38.39-4

C-13 - METÁLICOS
24.11-3 24.12-1 24.21-1 24.22-9 24.23-7 24.24-5 24.31-8 24.39-3 24.41-5 24.42-3 24.43-1
24.49-1 24.51-2 24.52-1 25.11-0 25.13-6 25.31-4 25.32-2 25.39-0 25.92-6

C-14 - EQUIPAMENTOS/MÁQUINAS E FERRAMENTAS


25.12-8 25.21-7 25.22-5 25.41-1 25.42-0 25.43-8 25.91-8 25.93-4 25.99-3 26.10-8 26.21-3
26.22-1 26.31-1 26.32-9 26.40-0 26.51-5 26.52-3 26.60-4 26.70-1 27.10-4 27.31-7 27.32-5
27.33-3 27.40-6 27.51-1 27.59-7 27.90-2 28.11-9 28.12-7 28.13-5 28.14-3 28.15-1 28.21-6
28.22-4 28.23-2 28.24-1 28.25-9 28.32-1 28.33-0 28.40-2 28.51-8 28.52-6 28.54-2 28.61-5
28.62-3 28.63-1 28.64-0 28.65-8 28.66-6 28.69-1 29.45-0 31.02-1 31.03-9 32.30-2 32.40-0
32.50-7 33.11-2 33.12-1 33.13-9 33.14-7 33.19-8 33.21-0 38.31-9 95.12-6 95.21-5

C-14a - EQUIPAMENTOS/MÁQUINAS E FERRAMENTAS


28.29-1 32.12-4 32.20-5 32.99-0 32.91-4 33.29-5 95.11-8

C-15 - EXPLOSIVOS E ARMAS


20.92-4 25.50-1

C-16 - VEÍCULOS
28.31-3 28.53-4 29.10-7 29.20-4 29.30-1 29.41-7 29.42-5 29.43-3 29.44-1 29.49-2 29.50-6
30.11-3 30.12-1 30.31-8 30.32-6 30.41-5 30.42-3 30.50-4 30.91-1 30.92-0 30.99-7 33.15-5
33.16-3 33.17-1 45.20-0 45.43-9

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C-17 - ÁGUA E ENERGIA


35.11-5 35.12-3 35.13-1 35.14-0 35.20-4 35.30-1 36.00-6 37.01-1 37.02-9 38.11-4 38.12-2
38.21-1 38.22-0 39.00-5

C-18 - CONSTRUÇÃO
42.22-7 42.23-5 42.91-0 42.99-5 43.21-5 43.22-3 43.29-1 43.30-4 43.99-1

C-18a - CONSTRUÇÃO
41.20-4 42.11-1 42.12-0 42.13-8 42.21-9 42.92-8 43.11-8 43.12-6 43.13-4 43.19-3 43.91-6

C-19 - INTERMEDIÁRIOS DO COMÉRCIO


46.11-7 46.14-1 46.15-0 46.16-8 46.17-6 46.18-4 46.19-2

C-20 - COMÉRCIO ATACADISTA


46.13-3 46.21-4 46.22-2 46.23-1 46.31-1 46.32-0 46.33-8 46.34-6 46.35-4 46.36-2 46.37-1
46.39-7 46.41-9 46.42-7 46.43-5 46.44-3 46.45-1 46.47-8 46.49-4 46.51-6 46.52-4 46.61-3
46.62-1 46.63-0 46.64-8 46.65-6 46.69-9 46.71-1 46.72-9 46.73-7 46.74-5 46.79-6 46.85-1
46.86-9 46.89-3 46.91-5 46.92-3 46.93-1

C-21 - COMÉRCIO VAREJISTA


45.11-1 45.12-9 45.30-7 45.41-2 45.42-1 47.11-3 47.12-1 47.13-0 47.21-1 47.22-9 47.23-7
47.24-5 47.29-6 47.41-5 47.42-3 47.43-1 47.44-0 47.51-2 47.52-1 47.53-9 47.54-7 47.55-5
47.56-3 47.57-1 47.59-8 47.61-0 47.62-8 47.63-6 47.71-7 47.72-5 47.73-3 47.74-1 47.81-4
47.82-2 47.83-1 47.85-7 47.89-0 47.90-3

C-22 - COMÉRCIO DE PRODUTOS PERIGOSOS


46.12-5 46.46-0 46.81-8 46.82-6 46.83-4 46.84-2 46.87-7 47.31-8 47.32-6 47.84-9

C-23 - ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO


55.10-8 55.90-6 56.11-2 56.12-1 56.20-1 88.00-6

C-24 - TRANSPORTE
49.40-0 49.50-7 50.22-0 50.91-2 50.99-8 51.11-1 51.12-9 51.20-0 52.11-7 52.12-5 52.40-1

C-24a - TRANSPORTE
50.30-1 52.21-4 52.22-2 52.23-1 52.29-0 52.31-1 52.32-0 52.39-7 52.50-8

C-24b - TRANSPORTE
50.11-4 50.12-2 50.21-1 51.30-7

C-24c - TRANSPORTE
49.21-3 49.22-1 49.23-0 49.24-8 49.29-9 49.30-2

C-24d - TRANSPORTE
49.11-6 49.12-4

C-25 - CORREIO E TELECOMUNICAÇÕES


53.10-5 53.20-2 61.10-8 61.20-5 61.30-2 61.41-8 61.42-6 61.43-4 61.90-6

C-26 - SEGURO
65.11-1 65.12-0 65.20-1 65.30-8 65.41-3 65.42-1 65.50-2

C-27 - ADMINISTRAÇÃO DE MERCADOS FINANCEIROS

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66.11-8 66.12-6 66.19-3 66.21-5 66.22-3 66.29-1 66.30-4

C-28 - BANCOS
64.10-7 64.21-2 64.22-1 64.23-9 64.24-7 64.31-0 64.32-8 64.33-6 64.34-4 64.35-2 64.36-1
64.37-9 64.40-9 64.50-6 64.61-1 64.63-8 64.70-1 64.91-3 64.92-1 64.93-0 64.99-9 66.13-4
77.40-3

C-29 - SERVIÇOS
41.10-7 64.62-0 68.10-2 68.21-8 68.22-6 69.11-7 69.12-5 69.20-6 70.10-7 70.20-4 73.20-3
77.21-7 77.22-5 77.23-3 77.29-2 79.11-2 79.12-1 79.90-2 81.11-7 85.50-3 94.11-1 94.12-0
94.20-1 94.30-8 94.91-0 94.92-8 94.93-6 94.99-5

C-30 - LOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA E LIMPEZA


80.11-1 80.12-9 80.20-0 80.30-7 81.21-4 81.22-2 81.29-0 81.30-3 96.01-7

C-31 - ENSINO
85.11-2 85.12-1 85.13-9 85.20-1 85.31-7 85.32-5 85.33-3 85.41-4 85.42-2 85.91-1 85.92-9
85.93-7 85.99-6 91.01-5 91.02-3 91.03-1 93.11-5 93.12-3 93.13-1 93.19-1

C-32 - PESQUISAS
71.20-1 72.10-0 72.20-7

C-33 - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


84.11-6 84.12-4 84.13-2 84.21-3 84.22-1 84.23-0 84.24-8 84.25-6 84.30-2 99.00-8

C-34 - SAÚDE
75.00-1 86.10-1 86.21-6 86.22-4 86.30-5 86.40-2 86.50-0 86.60-7 86.90-9 87.11-5 87.12-3
87.20-4 87.30-1 96.03-3

C-35 - OUTROS SERVIÇOS


62.01-5 62.02-3 62.03-1 62.04-0 62.09-1 63.11-9 63.19-4 63.99-2 71.11-1 71.12-0 71.19-712
73.11-4 73.12-2 73.19-0 74.10-2 74.90-1 77.11-0 77.19-5 77.31-4 77.32-2 77.33-1 77.39-0
78.10-8 78.20-5 78.30-2 81.12-5 82.11-3 82.19-9 82.20-2 82.30-0 82.91-1 82.92-0 82.99-7
92.00-3 93.21-2 93.29-8 95.29-1 96.02-5 96.09-2 97.00-5

QUADRO III

Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE (Versão 2.0), com correspondente
agrupamento para dimensionamento da CIPA
(Dado pela Portaria SIT n.º 14, de 21 de junho de 2007)

CNAE Descrição Grupo


05.00-3 Extração de carvão mineral C-1
06.00-0 Extração de petróleo e gás natural C-1
07.10-3 Extração de minério de ferro C-1
07.21-9 Extração de minério de alumínio C-1
07.22-7 Extração de minério de estanho C-1
07.23-5 Extração de minério de manganês C-1
07.24-3 Extração de minério de metais preciosos C-1
07.25-1 Extração de minerais radioativos C-1
07.29-4 Extração de minerais metálicos não-ferrosos não especificados anteriormente C-1
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08.10-0 Extração de pedra, areia e argila C-1


08.91-6 Extração de minerais para fabricação de adubos, fertilizantes e outros produtos químicos C-1
08.92-4 Extração e refino de sal marinho e sal-gema C-1
08.93-2 Extração de gemas (pedras preciosas e semipreciosas) C-1
08.99-1 Extração de minerais não-metálicos não especificados anteriormente C-1
09.10-6 Atividades de apoio à extração de petróleo e gás natural C-1
09.90-4 Atividades de apoio à extração de minerais, exceto petróleo e gás natural C-1
10.11-2 Abate de reses, exceto suínos C-2
10.12-1 Abate de suínos, aves e outros pequenos animais C-2
10.13-9 Fabricação de produtos de carne C-2
10.20-1 Preservação do pescado e fabricação de produtos do pescado C-2
10.31-7 Fabricação de conservas de frutas C-2
10.32-5 Fabricação de conservas de legumes e outros vegetais C-2
10.33-3 Fabricação de sucos de frutas, hortaliças e legumes C-2
10.41-4 Fabricação de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho C-2
10.42-2 Fabricação de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho C-2
10.43-1 Fabricação de margarina e outras gorduras vegetais e de óleos não-comestíveis de animais C-2
10.51-1 Preparação do leite C-2
10.52-0 Fabricação de laticínios C-2
10.53-8 Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis C-2
10.61-9 Beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do arroz C-2
10.62-7 Moagem de trigo e fabricação de derivados C-2
10.63-5 Fabricação de farinha de mandioca e derivados C-2
10.64-3 Fabricação de farinha de milho e derivados, exceto óleos de milho C-2
10.65-1 Fabricação de amidos e féculas de vegetais e de óleos de milho C-2
10.66-0 Fabricação de alimentos para animais C-2
10.69-4 Moagem e fabricação de produtos de origem vegetal não especificados anteriormente C-2
10.71-6 Fabricação de açúcar em bruto C-2
10.72-4 Fabricação de açúcar refinado C-2
10.81-3 Torrefação e moagem de café C-2
10.82-1 Fabricação de produtos à base de café C-2
10.91-1 Fabricação de produtos de panificação C-2
10.92-9 Fabricação de biscoitos e bolachas C-2

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10.93-7 Fabricação de produtos derivados do cacau, de chocolates e confeitos C-2


10.94-5 Fabricação de massas alimentícias C-2
10.95-3 Fabricação de especiarias, molhos, temperos e condimentos C-2
10.96-1 Fabricação de alimentos e pratos prontos C-2
10.99-6 Fabricação de produtos alimentícios não especificados anteriormente C-2
11.11-9 Fabricação de aguardentes e outras bebidas destiladas C-2
11.12-7 Fabricação de vinho C-2
11.13-5 Fabricação de malte, cervejas e chopes C-2
11.21-6 Fabricação de águas envasadas C-2
11.22-4 Fabricação de refrigerantes e de outras bebidas não-alcoólicas C-2
12.10-7 Processamento industrial do fumo C-2
12.20-4 Fabricação de produtos do fumo C-2
13.11-1 Preparação e fiação de fibras de algodão C-3
13.12-0 Preparação e fiação de fibras têxteis naturais, exceto algodão C-3
13.13-8 Fiação de fibras artificiais e sintéticas C-3
13.14-6 Fabricação de linhas para costurar e bordar C-3
13.21-9 Tecelagem de fios de algodão C-3
13.22-7 Tecelagem de fios de fibras têxteis naturais, exceto algodão C-3
13.23-5 Tecelagem de fios de fibras artificiais e sintéticas C-3
13.30-8 Fabricação de tecidos de malha C-3a
13.40-5 Acabamentos em fios, tecidos e artefatos têxteis C-3
13.51-1 Fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico C-3a
13.52-9 Fabricação de artefatos de tapeçaria C-3a
13.53-7 Fabricação de artefatos de cordoaria C-3a
13.54-5 Fabricação de tecidos especiais, inclusive artefatos C-3a
13.59-6 Fabricação de outros produtos têxteis não especificados anteriormente C-3a
14.11-8 Confecção de roupas íntimas C-4
14.12-6 Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas C-4
14.13-4 Confecção de roupas profissionais C-4
14.14-2 Fabricação de acessórios do vestuário, exceto para segurança e proteção C-4
14.21-5 Fabricação de meias C-3a
14.22-3 Fabricação de artigos do vestuário, produzidos em malharias e tricotagens, exceto meias C-3a
15.10-6 Curtimento e outras preparações de couro C-5
15.21-1 Fabricação de artigos para viagem, bolsas e semelhantes de qualquer material C-5a
15.29-7 Fabricação de artefatos de couro não especificados anteriormente C-5a
15.31-9 Fabricação de calçados de couro C-5
15.32-7 Fabricação de tênis de qualquer material C-5
15.33-5 Fabricação de calçados de material sintético C-5
15.39-4 Fabricação de calçados de materiais não especificados anteriormente C-5
15.40-8 Fabricação de partes para calçados, de qualquer material C-5
16.10-2 Desdobramento de madeira C-6
16.21-8 Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada e aglomerada C-6
16.22-6 Fabricação de estruturas de madeira e de artigos de carpintaria para construção C-6
16.23-4 Fabricação de artefatos de tanoaria e de embalagens de madeira C-6
Fabricação de artefatos de madeira, palha, cortiça, vime e material trançado não especificados
16.29-3 C-6
anteriormente, exceto móveis
17.10-9 Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel C-7a
17.21-4 Fabricação de papel C-7a
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17.22-2 Fabricação de cartolina e papel-cartão C-7a


17.31-1 Fabricação de embalagens de papel C-7
17.32-0 Fabricação de embalagens de cartolina e papel-cartão C-7
17.33-8 Fabricação de chapas e de embalagens de papelão ondulado C-7
Fabricação de produtos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado para uso comercial e de
17.41-9 C-7
escritório
17.42-7 Fabricação de produtos de papel para usos doméstico e higiênico-sanitário C-7
Fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado não
17.49-4 C-7
especificados anteriormente
18.11-3 Impressão de jornais, livros, revistas e outras publicações periódicas C-8
18.12-1 Impressão de material de segurança C-8
18.13-0 Impressão de materiais para outros usos C-8
18.21-1 Serviços de pré-impressão C-8
18.22-9 Serviços de acabamentos gráficos C-8
18.30-0 Reprodução de materiais gravados em qualquer suporte C-9
19.10-1 Coquerias C-1
19.21-7 Fabricação de produtos do refino de petróleo C-1a
19.22-5 Fabricação de produtos derivados do petróleo, exceto produtos do refino C-1a
19.31-4 Fabricação de álcool C-1a
19.32-2 Fabricação de biocombustíveis, exceto álcool C-10
20.11-8 Fabricação de cloro e álcalis C-10
20.12-6 Fabricação de intermediários para fertilizantes C-10
20.13-4 Fabricação de adubos e fertilizantes C-10
20.14-2 Fabricação de gases industriais C-10
20.19-3 Fabricação de produtos químicos inorgânicos não especificados anteriormente C-10
20.21-5 Fabricação de produtos petroquímicos básicos C-10
20.22-3 Fabricação de intermediários para plastificantes, resinas e fibras C-10
20.29-1 Fabricação de produtos químicos orgânicos não especificados anteriormente C-10
20.31-2 Fabricação de resinas termoplásticas C-10
20.32-1 Fabricação de resinas termofixas C-10
20.33-9 Fabricação de elastômeros C-10
20.40-1 Fabricação de fibras artificiais e sintéticas C-10
20.51-7 Fabricação de defensivos agrícolas C-10
20.52-5 Fabricação de desinfestantes domissanitários C-10
20.61-4 Fabricação de sabões e detergentes sintéticos C-10
20.62-2 Fabricação de produtos de limpeza e polimento C-10
20.63-1 Fabricação de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal C-10
20.71-1 Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas C-10
20.72-0 Fabricação de tintas de impressão C-10
20.73-8 Fabricação de impermeabilizantes, solventes e produtos afins C-10
20.91-6 Fabricação de adesivos e selantes C-10
20.92-4 Fabricação de explosivos C-15
20.93-2 Fabricação de aditivos de uso industrial C-10
20.94-1 Fabricação de catalisadores C-10
20.99-1 Fabricação de produtos químicos não especificados anteriormente C-10
21.10-6 Fabricação de produtos farmoquímicos C-10
21.21-1 Fabricação de medicamentos para uso humano C-10
21.22-0 Fabricação de medicamentos para uso veterinário C-10

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21.23-8 Fabricação de preparações farmacêuticas C-10


22.11-1 Fabricação de pneumáticos e de câmaras-de-ar C-11
22.12-9 Reforma de pneumáticos usados C-11
22.19-6 Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente C-11
22.21-8 Fabricação de laminados planos e tubulares de material plástico C-10
22.22-6 Fabricação de embalagens de material plástico C-10
22.23-4 Fabricação de tubos e acessórios de material plástico para uso na construção C-10
22.29-3 Fabricação de artefatos de material plástico não especificados anteriormente C-10
23.11-7 Fabricação de vidro plano e de segurança C12
23.12-5 Fabricação de embalagens de vidro C12
23.19-2 Fabricação de artigos de vidro C-12
23.20-6 Fabricação de cimento C-1
23.30-3 Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes C-12
23.41-9 Fabricação de produtos cerâmicos refratários C-12
23.42-7 Fabricação de produtos cerâmicos não-refratários para uso estrutural na construção C-12
23.49-4 Fabricação de produtos cerâmicos não-refratários não especificados anteriormente C-12
23.91-5 Aparelhamento e outros trabalhos em pedras C-1
23.92-3 Fabricação de cal e gesso C-12
23.99-1 Fabricação de produtos de minerais não-metálicos não especificados anteriormente C-12
24.11-3 Produção de ferro-gusa C-13
24.12-1 Produção de ferroligas C-13
24.21-1 Produção de semi-acabados de aço C-13
24.22-9 Produção de laminados planos de aço C-13
24.23-7 Produção de laminados longos de aço C-13
24.24-5 Produção de relaminados, trefilados e perfilados de aço C-13
24.31-8 Produção de tubos de aço com costura C-13
24.39-3 Produção de outros tubos de ferro e aço C-13
24.41-5 Metalurgia do alumínio e suas ligas C-13
24.42-3 Metalurgia dos metais preciosos C-13
24.43-1 Metalurgia do cobre C-13
24.49-1 Metalurgia dos metais não-ferrosos e suas ligas não especificados anteriormente C-13
24.51-2 Fundição de ferro e aço C-13
24.52-1 Fundição de metais não-ferrosos e suas ligas C-13
25.11-0 Fabricação de estruturas metálicas C-13
25.12-8 Fabricação de esquadrias de metal C-14
25.13-6 Fabricação de obras de caldeiraria pesada C-13
25.21-7 Fabricação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras para aquecimento central C-14
25.22-5 Fabricação de caldeiras geradoras de vapor, exceto para aquecimento central e para veículos C-14
25.31-4 Produção de forjados de aço e de metais não-ferrosos e suas ligas C-13
25.32-2 Produção de artefatos estampados de metal; metalurgia do pó C-13
25.39-0 Serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais C-13
25.41-1 Fabricação de artigos de cutelaria C-14
25.42-0 Fabricação de artigos de serralheria, exceto esquadrias C-14
25.43-8 Fabricação de ferramentas C-14
25.50-1 Fabricação de equipamento bélico pesado, armas de fogo e munições C-15
25.91-8 Fabricação de embalagens metálicas C-14
25.92-6 Fabricação de produtos de trefilados de metal C-13
25.93-4 Fabricação de artigos de metal para uso doméstico e pessoal C-14
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25.99-3 Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente C-14


26.10-8 Fabricação de componentes eletrônicos C-14
26.21-3 Fabricação de equipamentos de informática C-14
26.22-1 Fabricação de periféricos para equipamentos de informática C-14
26.31-1 Fabricação de equipamentos transmissores de comunicação C-14
26.32-9 Fabricação de aparelhos telefônicos e de outros equipamentos de comunicação C-14
26.40-0 Fabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo C-14
26.51-5 Fabricação de aparelhos e equipamentos de medida, teste e controle C-14
26.52-3 Fabricação de cronômetros e relógios C-14
26.60-4 Fabricação de aparelhos eletromédicos e eletroterapêuticos e equipamentos de irradiação C-14
26.70-1 Fabricação de equipamentos e instrumentos ópticos, fotográficos e cinematográficos C-14
26.80-9 Fabricação de mídias virgens, magnéticas e ópticas C-10
27.10-4 Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos C-14
27.21-0 Fabricação de pilhas, baterias e acumuladores elétricos, exceto para veículos automotores C-10
27.22-8 Fabricação de baterias e acumuladores para veículos automotores C-10
27.31-7 Fabricação de aparelhos e equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica C-14
27.32-5 Fabricação de material elétrico para instalações em circuito de consumo C-14
27.33-3 Fabricação de fios, cabos e condutores elétricos isolados C-14
27.40-6 Fabricação de lâmpadas e outros equipamentos de iluminação C-14
27.51-1 Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar para uso doméstico C-14
27.59-7 Fabricação de aparelhos eletrodomésticos não especificados anteriormente C-14
27.90-2 Fabricação de equipamentos e aparelhos elétricos não especificados anteriormente C-14
28.11-9 Fabricação de motores e turbinas, exceto para aviões e veículos rodoviários C-14
28.12-7 Fabricação de equipamentos hidráulicos e pneumáticos, exceto válvulas C-14
28.13-5 Fabricação de válvulas, registros e dispositivos semelhantes C-14
28.14-3 Fabricação de compressores C-14
28.15-1 Fabricação de equipamentos de transmissão para fins industriais C-14
28.21-6 Fabricação de aparelhos e equipamentos para instalações térmicas C-14
28.22-4 Fabricação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas e pessoas C-14
28.23-2 Fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial C-14
28.24-1 Fabricação de aparelhos e equipamentos de ar condicionado C-14
28.25-9 Fabricação de máquinas e equipamentos para saneamento básico e ambiental C-14
28.29-1 Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral não especificados anteriormente C-14a
28.31-3 Fabricação de tratores agrícolas C-16
28.32-1 Fabricação de equipamentos para irrigação agrícola C-14
28.33-0 Fabricação de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária, exceto para irrigação C-14
28.40-2 Fabricação de máquinas-ferramenta C-14
28.51-8 Fabricação de máquinas e equipamentos para a prospecção e extração de petróleo C-14
Fabricação de outras máquinas e equipamentos para uso na extração mineral, exceto na extração de
28.52-6 C-14
petróleo
28.53-4 Fabricação de tratores, exceto agrícolas C-16
28.54-2 Fabricação de máquinas e equipamentos para terraplenagem, pavimentação e construção, exceto tratores C-14
28.61-5 Fabricação de máquinas para a indústria metalúrgica, exceto máquinas-ferramenta C-14
28.62-3 Fabricação de máquinas e equipamentos para as indústrias de alimentos, bebidas e fumo C-14
28.63-1 Fabricação de máquinas e equipamentos para a indústria têxtil C-14
28.64-0 Fabricação de máquinas e equipamentos para as indústrias do vestuário, do couro e de calçados C-14
28.65-8 Fabricação de máquinas e equipamentos para as indústrias de celulose, papel e papelão e artefatos C-14
28.66-6 Fabricação de máquinas e equipamentos para a indústria do plástico C-14
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28.69-1 Fabricação de máquinas e equipamentos para uso industrial específico não especificados anteriormente C-14
29.10-7 Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários C-16
29.20-4 Fabricação de caminhões e ônibus C-16
29.30-1 Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores C-16
29.41-7 Fabricação de peças e acessórios para o sistema motor de veículos automotores C-16
29.42-5 Fabricação de peças e acessórios para os sistemas de marcha e transmissão de veículos automotores C-16
29.43-3 Fabricação de peças e acessórios para o sistema de freios de veículos automotores C-16
29.44-1 Fabricação de peças e acessórios para o sistema de direção e suspensão de veículos automotores C-16
29.45-0 Fabricação de material elétrico e eletrônico para veículos automotores, exceto baterias C-14
29.49-2 Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores não especificados anteriormente C-16
29.50-6 Recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores C-16
30.11-3 Construção de embarcações e estruturas flutuantes C-16
30.12-1 Construção de embarcações para esporte e lazer C-16
30.31-8 Fabricação de locomotivas, vagões e outros materiais rodantes C-16
30.32-6 Fabricação de peças e acessórios para veículos ferroviários C-16
30.41-5 Fabricação de aeronaves C-16
30.42-3 Fabricação de turbinas, motores e outros componentes e peças para aeronaves C-16
30.50-4 Fabricação de veículos militares de combate C-16
30.91-1 Fabricação de motocicletas C-16
30.92-0 Fabricação de bicicletas e triciclos não-motorizados C-16
30.99-7 Fabricação de equipamentos de transporte não especificados anteriormente C-16
31.01-2 Fabricação de móveis com predominância de madeira C-6
31.02-1 Fabricação de móveis com predominância de metal C-14
31.03-9 Fabricação de móveis de outros materiais, exceto madeira e metal C-14
31.04-7 Fabricação de colchões C-10
32.11-6 Lapidação de gemas e fabricação de artefatos de ourivesaria e joalheria C-12
32.12-4 Fabricação de bijuterias e artefatos semelhantes C-14a
32.20-5 Fabricação de instrumentos musicais C-14a
32.30-2 Fabricação de artefatos para pesca e esporte C-14
32.40-0 Fabricação de brinquedos e jogos recreativos C-14
32.50-7 Fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos C-14
32.91-4 Fabricação de escovas, pincéis e vassouras C-14a
32.92-2 Fabricação de equipamentos e acessórios para segurança e proteção pessoal e profissional C-4
32.99-0 Fabricação de produtos diversos não especificados anteriormente C-14a
33.11-2 Manutenção e reparação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras, exceto para veículos C-14
33.12-1 Manutenção e reparação de equipamentos eletrônicos e ópticos C-14
33.13-9 Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos elétricos C-14
33.14-7 Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica C-14
33.15-5 Manutenção e reparação de veículos ferroviários C-16
33.16-3 Manutenção e reparação de aeronaves C-16
33.17-1 Manutenção e reparação de embarcações C-16
33.19-8 Manutenção e reparação de equipamentos e produtos não especificados anteriormente C-14
33.21-0 Instalação de máquinas e equipamentos industriais C-14
33.29-5 Instalação de equipamentos não especificados anteriormente C-14a
35.11-5 Geração de energia elétrica C-17
35.12-3 Transmissão de energia elétrica C-17
35.13-1 Comércio atacadista de energia elétrica C-17
35.14-0 Distribuição de energia elétrica C-17
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35.20-4 Produção de gás; processamento de gás natural; distribuição de combustíveis gasosos por redes urbanas C-17
35.30-1 Produção e distribuição de vapor, água quente e ar condicionado C-17
36.00-6 Captação, tratamento e distribuição de água C-17
37.01-1 Gestão de redes de esgoto C-17
37.02-9 Atividades relacionadas a esgoto, exceto a gestão de redes C-17
38.11-4 Coleta de resíduos não-perigosos C-17
38.12-2 Coleta de resíduos perigosos C-17
38.21-1 Tratamento e disposição de resíduos não-perigosos C-17
38.22-0 Tratamento e disposição de resíduos perigosos C-17
38.31-9 Recuperação de materiais metálicos C-14
38.32-7 Recuperação de materiais plásticos C-12
38.39-4 Recuperação de materiais não especificados anteriormente C-12
39.00-5 Descontaminação e outros serviços de gestão de resíduos C-17
41.10-7 Incorporação de empreendimentos imobiliários C-29
41.20-4 Construção de edifícios C-18a
42.11-1 Construção de rodovias e ferrovias C-18a
42.12-0 Construção de obras-de-arte especiais C-18a
42.13-8 Obras de urbanização - ruas, praças e calçadas C-18a
42.21-9 Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações C-18a
42.22-7 Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas C-18
42.23-5 Construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto C-18
42.91-0 Obras portuárias, marítimas e fluviais C-18
42.92-8 Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas C-18a
42.99-5 Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente C-18
43.11-8 Demolição e preparação de canteiros de obras C-18a
43.12-6 Perfurações e sondagens C-18a
43.13-4 Obras de terraplenagem C-18a
43.19-3 Serviços de preparação do terreno não especificados anteriormente C-18a
43.21-5 Instalações elétricas C-18
43.22-3 Instalações hidráulicas, de sistemas de ventilação e refrigeração C-18
43.29-1 Obras de instalações em construções não especificadas anteriormente C-18
43.30-4 Obras de acabamento C-18
43.91-6 Obras de fundações C-18a
43.99-1 Serviços especializados para construção não especificados anteriormente C-18
45.11-1 Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores C-21
45.12-9 Representantes comerciais e agentes do comércio de veículos automotores C-21
45.20-0 Manutenção e reparação de veículos automotores C-16
45.30-7 Comércio de peças e acessórios para veículos automotores C-21
45.41-2 Comércio por atacado e a varejo de motocicletas, peças e acessórios C-21
45.42-1 Representantes comerciais e agentes do comércio de motocicletas, peças e acessórios C-21
45.43-9 Manutenção e reparação de motocicletas C-16
46.11-7 Representantes comerciais e agentes do comércio de matérias-primas agrícolas e animais vivos C-19
Representantes comerciais e agentes do comércio de combustíveis, minerais, produtos siderúrgicos e
46.12-5 C-22
químicos
46.13-3 Representantes comerciais e agentes do comércio de madeira, material de construção e ferragens C-20
46.14-1 Representantes comerciais e agentes do comércio de máquinas, equipamentos, embarcações e aeronaves C-19
Representantes comerciais e agentes do comércio de eletrodomésticos, móveis e artigos de uso
46.15-0 C-19
doméstico

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46.16-8 Representantes comerciais e agentes do comércio de têxteis, vestuário, calçados e artigos de viagem C-19
46.17-6 Representantes comerciais e agentes do comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo C-19
Representantes comerciais e agentes do comércio especializado em produtos não especificados
46.18-4 C-19
anteriormente
46.19-2 Representantes comerciais e agentes do comércio de mercadorias em geral não especializado C-19
46.21-4 Comércio atacadista de café em grão C-20
46.22-2 Comércio atacadista de soja C-20
Comércio atacadista de animais vivos, alimentos para animais e matérias-primas agrícolas, exceto café e
46.23-1 C-20
soja
46.31-1 Comércio atacadista de leite e laticínios C-20
46.32-0 Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados, farinhas, amidos e féculas C-20
46.33-8 Comércio atacadista de hortifrutigranjeiros C-20
46.34-6 Comércio atacadista de carnes, produtos da carne e pescado C-20
46.35-4 Comércio atacadista de bebidas C-20
46.36-2 Comércio atacadista de produtos do fumo C-20
46.37-1 Comércio atacadista especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente C-20
46.39-7 Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral C-20
46.41-9 Comércio atacadista de tecidos, artefatos de tecidos e de armarinho C-20
46.42-7 Comércio atacadista de artigos do vestuário e acessórios C-20
46.43-5 Comércio atacadista de calçados e artigos de viagem C-20
46.44-3 Comércio atacadista de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário C-20
46.45-1 Comércio atacadista de instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico, ortopédico e odontológico C-20
46.46-0 Comércio atacadista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal C-22
46.47-8 Comércio atacadista de artigos de escritório e de papelaria; livros, jornais e outras publicações C-20
46.49-4 Comércio atacadista de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico não especificados C-20
anteriormente
46.51-6 Comércio atacadista de computadores, periféricos e suprimentos de informática C-20
46.52-4 Comércio atacadista de componentes eletrônicos e equipamentos de telefonia e comunicação C-20
46.61-3 Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso agropecuário; partes e peças C-20
Comércio atacadista de máquinas, equipamentos para terraplenagem, mineração e construção; partes e
46.62-1 C-20
peças
46.63-0 Comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial; partes e peças C-20
Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso odonto-médico-hospitalar; partes
46.64-8 C-20
e peças
46.65-6 Comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso comercial; partes e peças C-20
Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos não especificados anteriormente; partes e
46.69-9 C-20
peças
46.71-1 Comércio atacadista de madeira e produtos derivados C-20
46.72-9 Comércio atacadista de ferragens e ferramentas C-20
46.73-7 Comércio atacadista de material elétrico C-20
46.74-5 Comércio atacadista de cimento C-20
Comércio atacadista especializado de materiais de construção não especificados anteriormente e de
46.79-6 C-20
materiais de construção em geral
46.81-8 Comércio atacadista de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos, exceto gás natural e GLP C-22
46.82-6 Comércio atacadista de gás liqüefeito de petróleo (GLP) C-22
46.83-4 Comércio atacadista de defensivos agrícolas, adubos, fertilizantes e corretivos do solo C-22
46.84-2 Comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos, exceto agroquímicos C-22
46.85-1 Comércio atacadista de produtos siderúrgicos e metalúrgicos, exceto para construção C-20
46.86-9 Comércio atacadista de papel e papelão em bruto e de embalagens C-20
46.87-7 Comércio atacadista de resíduos e sucatas C-22
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46.89-3 Comércio atacadista especializado de outros produtos intermediários não especificados anteriormente C-20
46.91-5 Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios C-20
46.92-3 Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de insumos agropecuários C-20
Comércio atacadista de mercadorias em geral, sem predominância de alimentos ou de insumos
46.93-1 C-20
agropecuários
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios -
47.11-3 C-21
hipermercados e supermercados
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios -
47.12-1 C-21
minimercados, mercearias e armazéns
47.13-0 Comércio varejista de mercadorias em geral, sem predominância de produtos alimentícios C-21
47.21-1 Comércio varejista de produtos de padaria, laticínio, doces, balas e semelhantes C-21
47.22-9 Comércio varejista de carnes e pescados - açougues e peixarias C-21
47.23-7 Comércio varejista de bebidas C-21
47.24-5 Comércio varejista de hortifrutigranjeiros C-21
Comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não
47.29-6 C-21
especificados anteriormente; produtos do fumo
47.31-8 Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores C-22
47.32-6 Comércio varejista de lubrificantes C-22
47.41-5 Comércio varejista de tintas e materiais para pintura C-21
47.42-3 Comércio varejista de material elétrico C-21
47.43-1 Comércio varejista de vidros C-21
47.44-0 Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção C-21
47.51-2 Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática C-21
47.52-1 Comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação C-21
47.53-9 Comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo C-21
47.54-7 Comércio varejista especializado de móveis, colchoaria e artigos de iluminação C-21
47.55-5 Comércio varejista especializado de tecidos e artigos de cama, mesa e banho C-21
47.56-3 Comércio varejista especializado de instrumentos musicais e acessórios C-21
47.57-1 Comércio varejista especializado de peças e acessórios para aparelhos eletroeletrônicos para uso C-21
doméstico, exceto informática e comunicação
47.59-8 Comércio varejista de artigos de uso doméstico não especificados anteriormente C-21
47.61-0 Comércio varejista de livros, jornais, revistas e papelaria C-21
47.62-8 Comércio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas C-21
47.63-6 Comércio varejista de artigos recreativos e esportivos C-21
47.71-7 Comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário C-21
47.72-5 Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal C-21
47.73-3 Comércio varejista de artigos médicos e ortopédicos C-21
47.74-1 Comércio varejista de artigos de óptica C-21
47.81-4 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios C-21
47.82-2 Comércio varejista de calçados e artigos de viagem C-21
47.83-1 Comércio varejista de jóias e relógios C-21
47.84-9 Comércio varejista de gás liqüefeito de petróleo (GLP) C-22
47.85-7 Comércio varejista de artigos usados C-21
47.89-0 Comércio varejista de outros produtos novos não especificados anteriormente C-21
47.90-3 Comércio ambulante e outros tipos de comércio varejista C-21
49.11-6 Transporte ferroviário de carga C-24d
49.12-4 Transporte metroferroviário de passageiros C-24d
49.21-3 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal e em região metropolitana C-24c

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Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, intermunicipal, interestadual e


49.22-1 C-24c
internacional
49.23-0 Transporte rodoviário de táxi C-24c
49.24-8 Transporte escolar C-24c
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento, e outros transportes
49.29-9 C-24c
rodoviários não especificados anteriormente
49.30-2 Transporte rodoviário de carga C-24c
49.30-2 Transporte rodoviário de carga C-24c
49.40-0 Transporte dutoviário C-24
49.50-7 Trens turísticos, teleféricos e similares C-24
50.11-4 Transporte marítimo de cabotagem C-24b
50.12-2 Transporte marítimo de longo curso C-24b
50.21-1 Transporte por navegação interior de carga C-24b
50.22-0 Transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares C-24
50.30-1 Navegação de apoio C-24a
50.91-2 Transporte por navegação de travessia C-24
50.99-8 Transportes aquaviários não especificados anteriormente C-24
51.11-1 Transporte aéreo de passageiros regular C-24
51.12-9 Transporte aéreo de passageiros não-regular C-24
51.20-0 Transporte aéreo de carga C-24
51.30-7 Transporte espacial C-24b
52.11-7 Armazenamento C- 24
52.12-5 Carga e descarga C-24
52.21-4 Concessionárias de rodovias, pontes, túneis e serviços relacionados C-24a
52.22-2 Terminais rodoviários e ferroviários C-24a
52.23-1 Estacionamento de veículos C-24a
52.29-0 Atividades auxiliares dos transportes terrestres não especificadas anteriormente C-24a
52.31-1 Gestão de portos e terminais C-24a
52.32-0 Atividades de agenciamento marítimo C-24a
52.39-7 Atividades auxiliares dos transportes aquaviários não especificadas anteriormente C-24a
52.40-1 Atividades auxiliares dos transportes aéreos C-24
52.50-8 Atividades relacionadas à organização do transporte de carga C-24a
53.10-5 Atividades de Correio C-25

20

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53.20-2 Atividades de malote e de entrega C-25
55.10-8 Hotéis e similares C-23
55.90-6 Outros tipos de alojamento não especificados anteriormente C-23
56.11-2 Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas C-23
56.12-1 Serviços ambulantes de alimentação C-23
56.20-1 Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada C-23
58.11-5 Edição de livros C-8
58.12-3 Edição de jornais C-8
58.13-1 Edição de revistas C-8
58.19-1 Edição de cadastros, listas e outros produtos gráficos C-8
58.21-2 Edição integrada à impressão de livros C-8
58.22-1 Edição integrada à impressão de jornais C-8
58.23-9 Edição integrada à impressão de revistas C-8
58.29-8 Edição integrada à impressão de cadastros, listas e outros produtos gráficos C-8
59.11-1 Atividades de produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão C-9
59.12-0 Atividades de pós-produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão C-9
59.13-8 Distribuição cinematográfica, de vídeo e de programas de televisão C-9
59.14-6 Atividades de exibição cinematográfica C-9
59.20-1 Atividades de gravação de som e de edição de música C-9
60.10-1 Atividades de rádio C-9
60.21-7 Atividades de televisão aberta C-9
60.22-5 Programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura C-9
61.10-8 Telecomunicações por fio C-25
61.20-5 Telecomunicações sem fio C-25
61.30-2 Telecomunicações por satélite C-25
61.41-8 Operadoras de televisão por assinatura por cabo C-25
61.42-6 Operadoras de televisão por assinatura por microondas C-25
61.43-4 Operadoras de televisão por assinatura por satélite C-25
61.90-6 Outras atividades de telecomunicações C-25
62.01-5 Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda C-35
62.02-3 Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis C-35
62.03-1 Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador não-customizáveis C-35
62.04-0 Consultoria em tecnologia da informação C-35
62.09-1 Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação C-35
63.11-9 Tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet C-35
63.19-4 Portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet C-35
63.91-7 Agências de notícias C-8
63.99-2 Outras atividades de prestação de serviços de informação não especificadas anteriormente C-35
64.10-7 Banco Central C-28
64.21-2 Bancos comerciais C-28
64.22-1 Bancos múltiplos, com carteira comercial C-28
64.23-9 Caixas econômicas C-28
64.24-7 Crédito cooperativo C-28
64.31-0 Bancos múltiplos, sem carteira comercial C-28
64.32-8 Bancos de investimento C-28
64.33-6 Bancos de desenvolvimento C-28
64.34-4 Agências de fomento C-28
64.35-2 Crédito imobiliário C-28
64.36-1 Sociedades de crédito, financiamento e investimento - financeiras C-28
64.37-9 Sociedades de crédito ao microempreendedor C-28
64.40-9 Arrendamento mercantil C-28
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64.50-6 Sociedades de capitalização C-28


64.61-1 Holdings de instituições financeiras C-28
64.62-0 Holdings de instituições não-financeiras C-29
64.63-8 Outras sociedades de participação, exceto holdings C-28
64.70-1 Fundos de investimento C-28
64.91-3 Sociedades de fomento mercantil - factoring C-28
64.92-1 Securitização de créditos C-28
64.93-0 Administração de consórcios para aquisição de bens e direitos C-28
64.99-9 Outras atividades de serviços financeiros não especificadas anteriormente C-28
65.11-1 Seguros de vida C-26
65.12-0 Seguros não-vida C-26
65.20-1 Seguros-saúde C-26
65.30-8 Resseguros C-26
65.41-3 Previdência complementar fechada C-26
65.42-1 Previdência complementar aberta C-26
65.50-2 Planos de saúde C-26
66.11-8 Administração de bolsas e mercados de balcão organizados C-27
66.12-6 Atividades de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias C-27
66.13-4 Administração de cartões de crédito C-28
66.19-3 Atividades auxiliares dos serviços financeiros não especificadas anteriormente C-27
66.21-5 Avaliação de riscos e perdas C-27
66.22-3 Corretores e agentes de seguros, de planos de previdência complementar e de saúde C-27
Atividades auxiliares dos seguros, da previdência complementar e dos planos de saúde não
66.29-1 C-27
especificadas anteriormente
66.30-4 Atividades de administração de fundos por contrato ou comissão C-27
68.10-2 Atividades imobiliárias de imóveis próprios C-29
68.21-8 Intermediação na compra, venda e aluguel de imóveis C-29
68.22-6 Gestão e administração da propriedade imobiliária C-29
69.11-7 Atividades jurídicas, exceto cartórios C-29
69.12-5 Cartórios C-29
69.20-6 Atividades de contabilidade, consultoria e auditoria contábil e tributária C-29
70.10-7 Sedes de empresas e unidades administrativas locais C-29
70.20-4 Atividades de consultoria em gestão empresarial C-29
71.11-1 Serviços de arquitetura C-35
71.12-0 Serviços de engenharia C-35
71.19-7 Atividades técnicas relacionadas à arquitetura e engenharia C-35
71.20-1 Testes e análises técnicas C-32
72.10-0 Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais C-32
72.20-7 Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências sociais e humanas C-32
73.11-4 Agências de publicidade C-35
73.12-2 Agenciamento de espaços para publicidade, exceto em veículos de comunicação C-35
73.19-0 Atividades de publicidade não especificadas anteriormente C-35
73.20-3 Pesquisas de mercado e de opinião pública C-29
74.10-2 Design e decoração de interiores C-35
74.20-0 Atividades fotográficas e similares C-9
74.90-1 Atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas anteriormente C-35
75.00-1 Atividades veterinárias C-34
77.11-0 Locação de automóveis sem condutor C-35

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77.19-5 Locação de meios de transporte, exceto automóveis, sem condutor C-35


77.21-7 Aluguel de equipamentos recreativos e esportivos C-29
77.22-5 Aluguel de fitas de vídeo, DVDs e similares C-29
77.23-3 Aluguel de objetos do vestuário, jóias e acessórios C-29
77.29-2 Aluguel de objetos pessoais e domésticos não especificados anteriormente C-29
77.31-4 Aluguel de máquinas e equipamentos agrícolas sem operador C-35
77.32-2 Aluguel de máquinas e equipamentos para construção sem operador C-35
77.33-1 Aluguel de máquinas e equipamentos para escritório C-35
77.39-0 Aluguel de máquinas e equipamentos não especificados anteriormente C-35
77.40-3 Gestão de ativos intangíveis não-financeiros C-28
78.10-8 Seleção e agenciamento de mão-de-obra C-35
78.20-5 Locação de mão-de-obra temporária C-35
78.30-2 Fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros C-35
79.11-2 Agências de viagens C-29
79.12-1 Operadores turísticos C-29
79.90-2 Serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados anteriormente C-29
80.11-1 Atividades de vigilância e segurança privada C-30
80.12-9 Atividades de transporte de valores C-30
80.20-0 Atividades de monitoramento de sistemas de segurança C-30
80.30-7 Atividades de investigação particular C-30
81.11-7 Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais C-29
81.12-5 Condomínios prediais C-35
81.21-4 Limpeza em prédios e em domicílios C-30
81.22-2 Imunização e controle de pragas urbanas C-30
81.29-0 Atividades de limpeza não especificadas anteriormente C-30
81.30-3 Atividades paisagísticas C-30
82.11-3 Serviços combinados de escritório e apoio administrativo C-35
82.19-9 Fotocópias, preparação de documentos e outros serviços especializados de apoio administrativo C-35
82.20-2 Atividades de teleatendimento C-35
82.30-0 Atividades de organização de eventos, exceto culturais e esportivos C-35
82.91-1 Atividades de cobrança e informações cadastrais C-35
82.92-0 Envasamento e empacotamento sob contrato C-35
82.99-7 Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente C-35
84.11-6 Administração pública em geral C-33
84.12-4 Regulação das atividades de saúde, educação, serviços culturais e outros serviços sociais C-33
84.13-2 Regulação das atividades econômicas C-33
84.21-3 Relações exteriores C-33
84.22-1 Defesa C-33
84.23-0 Justiça C-33
84.24-8 Segurança e ordem pública C-33
84.25-6 Defesa Civil C-33
84.30-2 Seguridade social obrigatória C-33
85.11-2 Educação infantil - creche C-31
85.12-1 Educação infantil - pré-escola C-31
85.13-9 Ensino fundamental C-31
85.20-1 Ensino médio C-31
85.31-7 Educação superior - graduação C-31
85.32-5 Educação superior - graduação e pós-graduação C-31
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85.33-3 Educação superior - pós-graduação e extensão C-31


85.41-4 Educação profissional de nível técnico C-31
85.42-2 Educação profissional de nível tecnológico C-31
85.50-3 Atividades de apoio à educação C-29
85.91-1 Ensino de esportes C-31
85.92-9 Ensino de arte e cultura C-31
85.93-7 Ensino de idiomas C-31
85.99-6 Atividades de ensino não especificadas anteriormente C-31
86.10-1 Atividades de atendimento hospitalar C-34
86.21-6 Serviços móveis de atendimento a urgências C-34
86.22-4 Serviços de remoção de pacientes, exceto os serviços móveis de atendimento a urgências C-34
86.30-5 Atividades de atenção ambulatorial executadas por médicos e odontólogos C-34
86.40-2 Atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica C-34
86.50-0 Atividades de profissionais da área de saúde, exceto médicos e odontólogos C-34
86.60-7 Atividades de apoio à gestão de saúde C-34
86.90-9 Atividades de atenção à saúde humana não especificadas anteriormente C-34
Atividades de assistência a idosos, deficientes físicos, imunodeprimidos e convalescentes prestadas em
87.11-5 C-34
residências coletivas e particulares
87.12-3 Atividades de fornecimento de infra-estrutura de apoio e assistência a paciente no domicílio C-34
Atividades de assistência psicossocial e à saúde a portadores de distúrbios psíquicos, deficiência mental
87.20-4 C-34
e dependência química
87.30-1 Atividades de assistência social prestadas em residências coletivas e particulares C-34
88.00-6 Serviços de assistência social sem alojamento C-23
90.01-9 Artes cênicas, espetáculos e atividades complementares C-9
90.02-7 Criação artística C-9
90.03-5 Gestão de espaços para artes cênicas, espetáculos e outras atividades artísticas C-9
91.01-5 Atividades de bibliotecas e arquivos C-31
Atividades de museus e de exploração, restauração artística e conservação de lugares e prédios
91.02-3 C-31
históricos e atrações similares
Atividades de jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais, reservas ecológicas e áreas de proteção
91.03-1 C-31
ambiental
92.00-3 Atividades de exploração de jogos de azar e apostas C-35
93.11-5 Gestão de instalações de esportes C-31
93.12-3 Clubes sociais, esportivos e similares C-31
93.13-1 Atividades de condicionamento físico C-31
93.19-1 Atividades esportivas não especificadas anteriormente C-31
93.21-2 Parques de diversão e parques temáticos C-35
93.29-8 Atividades de recreação e lazer não especificadas anteriormente C-35
94.11-1 Atividades de organizações associativas patronais e empresariais C-29
94.12-0 Atividades de organizações associativas profissionais C-29
94.20-1 Atividades de organizações sindicais C-29
94.30-8 Atividades de associações de defesa de direitos sociais C-29
94.91-0 Atividades de organizações religiosas C-29
94.92-8 Atividades de organizações políticas C-29
94.93-6 Atividades de organizações associativas ligadas à cultura e à arte C-29
94.99-5 Atividades associativas não especificadas anteriormente C-29
95.11-8 Reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos C-14a
95.12-6 Reparação e manutenção de equipamentos de comunicação C-14
95.21-5 Reparação e manutenção de equipamentos eletroeletrônicos de uso pessoal e doméstico C-14

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Reparação e manutenção de objetos e equipamentos pessoais e domésticos não especificados


95.29-1 C-35
anteriormente
Reparação e manutenção de objetos e equipamentos pessoais e domésticos não especificados
95.29-1 C-35
anteriormente
96.01-7 Lavanderias, tinturarias e toalheiros C-30
96.02-5 Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza C-35
96.03-3 Atividades funerárias e serviços relacionados C-34
96.09-2 Atividades de serviços pessoais não especificadas anteriormente C-35
97.00-5 Serviços domésticos C-35
99.00-8 Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais C-33

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3 INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO


As empresas são centros de produção de bens materiais ou de prestação de serviços que
tem uma importância para as pessoas que a elas prestam colaboração, para as comunidades que se
beneficiam com sua produção e, também, para a nação que tem seus fatores de progresso o
trabalho realizado por essas empresas.
Nas empresas encontram-se presentes muitos fatores que podem transformar-se em agentes
de acidentes dos mais variados tipos. Dentre esses agentes podemos destacar os mais comuns:
ferramentas de todos os tipos; máquinas em geral; fontes de calor; equipamentos móveis, veículos
industriais, substâncias químicas em geral; vapores e fumos; gases e poeiras, andaimes e
plataformas, pisos em geral e escadas fixas e portáteis.
As causas, entretanto, poderão ser determinadas e eliminadas resultando na ausência de
acidente ou na sua redução, como será explicado mais adiante quando forem abordados os Fatores
de Acidentes.
Desse modo muitas vidas poderão ser poupadas, a integridade física dos trabalhadores será
preservada além de serem evitados os danos materiais que envolvem máquinas, equipamentos e
instalações que constituem um valioso patrimônio das empresas.
Para se combater as causas dos acidentes e se implantar um bom programa de prevenção
necessário se torna, primeiramente, conhecer-se a sua conceituação.

3.1 Conceito Legal de Acidente

(de acordo com o decreto 611/92 artigo 139)


“Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.

3.2 Conceito Prevencionista de Acidente

“Acidente do trabalho é toda ocorrência não programada, não desejada, que interrompe o
andamento normal do trabalho, podendo resultar em danos físicos e/ou funcionais, ou
a morte do trabalhador e/ou danos materiais e econômicos a empresa e ao meio ambiente.”.

Diferença entre o CONCEITO LEGAL e o CONCEITO PREVENCIONISTA:


A diferença entre os dois conceitos reside no fato de que no primeiro é necessário haver,
apenas lesão física, enquanto que no segundo são levados em considerações, além das lesões
físicas, a perda de tempo e os materiais.

3.3 Classificação dos Acidentes do Trabalho

ACIDENTE DO TRABALHO OU SIMPLESMENTE ACIDENTE: É a ocorrência imprevista e


indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal
ou de que decorre risco próximo ou remoto desta lesão.

ACIDENTE SEM LESÃO: É o acidente que não causa lesão pessoal.

ACIDENTE DE TRAJETO: É o acidente sofrido pelo empregado no percurso residência para


o trabalho ou deste para aquela.
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ACIDENTE IMPESSOAL: É aquele cuja caracterização independe de existir acidentado.

ACIDENTE INICIAL: É o acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.

ACIDENTES À SERVIÇO DA EMPRESA: que acontecem na prestação de serviços, por


ordem da empresa, fora do local de trabalho;

ACIDENTES EM VIAGENS: a serviço da empresa.

DOENÇAS PROFISSIONAIS: considerada acidente de trabalho, produzida ou desencadeada


pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relação estabelecida pelo
MTE e MPAS. Ex: problemas de coluna, perca da audição, etc.;

DOENÇAS OCUPACIONAIS: Também considerada acidente de trabalho, produzida ou


desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relação
estabelecida pelo MTE e MPAS. são causadas pelas condições de trabalho. Ex.: dermatoses
causadas por cal e cimento ou problemas de respirações causadas pela inalação de poeira etc.;

3.4 Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT)

Portaria nº 589, do MTE, determina curto prazo para encaminhamento das informações de
acidentes fatais e doença ocupacional que resulte em morte.

O Ministério do Trabalho e Emprego publicou no Diário Oficial da União no dia 30/04/2014 a


Portaria Nº 589, estabelecendo que todo acidente de trabalho e a doença ocupacional que resulte
em morte deve ser comunicado num prazo de 24 horas às Superintendências Regionais do Trabalho
e Emprego (SRTE) mais próximas e ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, da
Secretaria de Inspeção do Trabalho. A portaria entra em vigor na data de publicação.

A portaria não suprime a obrigação do empregador de notificar todos os tipos de acidentes de


trabalho e doenças ocupacionais, fatais ou não, ao Ministério da Previdência Social por meio da
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). O documento deve conter informações como: situação
geradora do acidente; nome do acidentado; número da CAT; data do óbito; empregador; endereço da
empresa.

Esta nova Portaria (Nº 589) visa aumentar a qualidade das análises de acidentes de trabalho
fatais, pois os Auditores Fiscais poderão iniciar mais rápido a coleta de informações sobre o
acidente. Os dados obtidos por meio das comunicações vão ser utilizados no planejamento das
ações fiscais de segurança e saúde no trabalho.

Segundo o Ministério da Previdência Social, A Comunicado de Acidente de Trabalho - CAT,


deverá ser emitidas em quatro vias (1ª via ao INSS, 2ª via ao segurado ou dependente, 3ª via ao
sindicato de classe do trabalhador e 4ª via à empresa).
A CAT pode ser emitida pela empresa ou pelo próprio trabalhador, seus dependentes,
entidade sindical, médico ou autoridade (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços
jurídicos da União, dos estados e do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da
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Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar) e o formulário preenchido tem


que ser entregue em uma Agência da Previdência Social.
Retomadas de tratamentos ou afastamentos por agravamento de lesão decorrentes de
acidente de trabalho ou doença profissional também devem ser comunicados à Previdência Social
através da CAT, mas, neste caso, deverão constar as informações da época do acidente e os dados
atualizados do novo afastamento (último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão).
Também devem ser informadas à Previdência Social por meio da CAT mortes de segurados
decorrentes de acidente de trabalho ou doença ocupacional.
A empresa é obrigada a informar à Previdência Social acidentes de trabalho ocorridos com
seus funcionários, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte
ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deve ser imediata. A empresa que não informar
acidentes de trabalho está sujeita à multa.
Se ficar caracterizado que o acidente ocorreu por culpa do empregador ele deve indenizar o
trabalhador por danos materiais, físicos e morais. Se a empresa não emitir a CAT, o próprio
trabalhador pode procurar assistência do INSS ou solicitar ao Sindicato que emita este documento.

3.4.1 PORTARIA N.º 589 DE 28 DE ABRIL DE 2014


MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
GABINETE DO MINISTRO
(DOU de 30/04/ 2014 - Seção 1)

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso das atribuições que lhe


conferem o inciso II do Parágrafo Único do art. 87 da Constituição Federal;

Considerando o disposto no art. 169 da Consolidação das Leis do Trabalho, relativamente à


notificação obrigatória das doenças profissionais e outras relacionadas ao trabalho, comprovadas ou
objeto de suspeita;

Considerando que a Convenção n.º 81 da Organização Internacional do Trabalho - OIT,


promulgada pelo Decreto n.º 41.721, de 25 de junho de 1957, estabelece em seu art. 14 que os
acidentes do trabalho e os casos de doenças profissionais deverão ser notificados à inspeção do
trabalho, nos casos e na forma determinada pela legislação nacional; e

Considerando o disposto no art. 20 da Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991, que trata da
relação dos agravos que caracterizam doenças profissionais e o do trabalho, resolve:

Art. 1º Disciplinar as medidas a serem adotadas pelas empresas em relação à notificação de


doenças e acidentes do trabalho.

Art. 2º Todo acidente fatal relacionado ao trabalho, inclusive as doenças do trabalho que
resultem morte, deve ser comunicado à unidade do Ministério do Trabalho e Emprego mais próxima
à ocorrência no prazo de até vinte e quatro horas após a constatação do óbito, além de informado no
mesmo prazo por mensagem eletrônica ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, da
Secretaria de Inspeção do Trabalho, no endereço dsst.sit@mte.gov.br contendo as informações
listadas em anexo a esta norma.

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Art. 3º A comunicação de que trata o art. 2º não suprime a obrigação do empregador de


notificar todos os acidentes do trabalho e doenças relacionadas ao trabalho, com ou sem
afastamento, comprovadas ou objeto de suspeita, mediante a emissão de Comunicação de Acidente
de Trabalho - CAT apresentada ao órgão competente do Ministério da Previdência Social.

Art. 4º O Ministério do Trabalho e Emprego apresentará periodicamente ao Comitê Executivo


criado pelo Decreto n.º 7.602, de 7 de novembro de 2011, a relação de agravos que caracterizam
doenças relacionadas ao trabalho, a ser publicada no dia 28 de abril seguinte, dia mundial de
segurança e saúde no trabalho.

Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ANEXO

Empregador
CNPJ, CEI ou CPF
Endereço e telefone da empresa
Número da CAT registrada
Data do Óbito
Nome do Acidentado
Endereço do acidente
Situação geradora do acidente

3.4.2 Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT


A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/67,
com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto
nº 2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença
profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.
Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato
preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto de
vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social.

A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho


ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro
dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deve ser imediata

A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à
aplicação de multa.

Na omissão por parte da empresa na comunicação do acidente, o próprio trabalhador, o


dependente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade (magistrados, membros do Ministério
Público ou pelos serviços jurídicos da União, dos estados e do Distrito Federal e comandantes de
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unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar),


poderá efetivar a qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social.

Pode-se fazer a comunicação de acidente de trabalho pela internet no site:


http://agencia.previdencia.gov.br/e-aps/servico/250

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4 ORGANIZAÇÃO DA CIPA

A organização da CIPA é obrigatória nos locais de trabalho seja qual for sua característica -
comercial, industrial, bancária, com ou sem fins lucrativos, filantrópica ou educativa e empresas
públicas - desde que tenham o mínimo legal de empregados regidos pela CLT conforme o quadro 1
da NR-5 como já vimos.
A CIPA é composta por representantes titulares do empregador e dos empregados, seu
número de participantes deve obedecer às proporções mínimas estabelecidas no quadro em anexo
da NR-05. O grau de risco no local de trabalho também é levado em conta para a organização da
CIPA. Assim, por exemplo, para uma empresa metalúrgica (grau 4) basta ter 20 empregados para ter
uma CIPA organizada.
Os representantes do empregador são designados pelo próprio, enquanto que os dos
empregados são eleitos em votação secreta representando, obrigatoriamente, os setores de maior
risco de acidentes e com maior número de funcionários. A votação deve ser realizada em horário
normal de expediente e tem que contar com a participação de, no mínimo, a metade mais um do
número de funcionárias de cada setor. A lista de votação assinada pelos eleitores deve ser arquivada
por um período mínimo de três anos na empresa. A lei confere a DRT, como órgão de fiscalização
competente, o poder de anular uma eleição quando for constatado qualquer tipo de irregularidade na
sua realização.
Os candidatos mais votados assumem a condição de membros titulares. Em caso de empate,
assume o candidato que tiver maior tempo de trabalho na empresa. Os demais candidatos assumem
a condição de suplentes, de acordo com a ordem decrescente de votos recebidos. Os candidatos
votados não eleitos como titulares ou suplentes devem ser relacionados na ata da eleição, em ordem
decrescente de votos, possibilitando uma futura nomeação. A CIPA deve contar com tantos
suplentes quantos forem os titulares sendo que estes não poderão ser reconduzidos por mais de dois
mandatos consecutivos.
A estrutura da CIPA é composta pelos seguintes cargos: Presidente (indicado pelo
empregador); Vice-presidente (nomeado pelos representantes dos empregados, entre os seus
titulares); Secretário e suplente (escolhidos de comum acordo pelo representante do empregador e
dos empregados). Cabe ao Ministério do Trabalho, através das Delegacias Regionais do Trabalho
(DRTS) fiscalizar a organização das CIPAS. A que não cumprir a lei será autuada por infração ao
disposto no artigo 163 da CLT, sujeitando-se à multa prevista no artigo 201 desta mesma legislação.

4.1 CIPA em Plataformas

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Quando a CIPA é destinada a plataforma no serviço de segurança e saúde no trabalho


aquaviário, deve-se respeitar as normas da NR-30, a qual traz em seu anexo 2 a comissão interna de
prevenção de acidentes - CIPA em plataformas. Conforme abaixo:

6. DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA EM


PLATAFORMAS

6.1 As empresas responsáveis pela operação de instalação e as empresas prestadoras de


serviço a bordo de plataformas devem dimensionar sua(s) CIPA(s) obedecendo às regras
específicas estabelecidas neste Anexo e, complementarmente, naquilo que couber, ao
disposto na Norma Regulamentadora n.º 5 (NR-5) e nas convenções ou acordos
coletivos de trabalho.
6.2 Cada operador de instalação deverá constituir uma CIPA a bordo da plataforma da qual é
o responsável, sempre que o número de empregados nelas lotados seja igual ou maior
que vinte.
6.3 A CIPA de que trata o item
6.2 será composta de acordo com as seguintes regras: I. a representação dos empregadores
deve ser composta por ocupantes dos cargos ou funções abaixo especificados: a)
gerente da plataforma ou comandante da embarcação, ou denominação equivalente;
b)empregado que esteja a bordo de maior nível hierárquico da atividade fim da instalação
(perfuração, produção, apoio); e c)técnico de segurança do trabalho ou profissional da
área de segurança e saúde no trabalho a bordo. II. a representação dos empregados
embarcados deve ser composta pelos membros eleitos da operadora da instalação.
6.4 A Comissão eleitoral da CIPA da plataforma será constituída pelo Presidente e Vice-
Presidente da CIPA presentes à reunião na qual for iniciado o processo eleitoral;
6.4.1 Poderão constituir uma única Comissão Eleitoral, as empresas operadoras de instalação
que possuam mais de uma plataforma em uma mesma bacia petrolífera.
6.4.1.1 Cabe ao Presidente e ao Vice-Presidente da CIPA de que trata o item 6.4.1 constituir
a Comissão Eleitoral para conduzir os procedimentos de eleição do conjunto das
plataformas que estejam em sua base operacional.
6.5 A eleição dos representantes dos empregados da operadora da instalação na CIPA de
bordo deve ocorrer da seguinte forma: I. cada grupo ou turma de embarque da operadora
da plataforma deve eleger dentre seus componentes um representante; II. os três
primeiros mais votados – sendo um de cada grupo ou turno de embarque – serão os
titulares e os demais, suplentes; e III. o quorum necessário para validação do processo
eleitoral será formado pelo número de empregados presentes em cada grupo ou turma
de embarque. Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados de
um grupo ou turma de embarque, não haverá a apuração dos votos e a Comissão
Eleitoral deverá organizar outra votação no embarque seguinte do mesmo grupo.
6.6 A presidência da CIPA da plataforma será atribuída ao Gerente da Plataforma ou ao
Comandante da Embarcação.
6.7 A vice-presidência da CIPA da plataforma será exercida pelo representante dos
empregados com o maior tempo de embarque naquele período.
6.8 As reuniões da CIPA da plataforma devem ser realizadas a bordo.
6.8.1 As reuniões ordinárias devem: I. ter periodicidade mensal; e II. ser agendadas de modo
a garantir presença de pelo menos dois representantes dos empregados.

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6.8.1.1 Quando possível, as reuniões extraordinárias serão agendadas de acordo com esta
mesma regra.
6.9 O membro, eleito ou designado, da CIPA de empresa prestadora de serviços que esteja a
bordo poderá participar da reunião.
6.9.1 A participação do membro de que trata o item 6.9 contará como presença na reunião da
CIPA da empresa à qual ele pertença.
6.10 Caso algum tema debatido pela CIPA da plataforma não obtenha consenso, e seja
requerido um processo de votação, a mesma deve ser feita por paridade de votantes
entre os representantes do empregador e dos empregados presentes.
6.11 Devem ser incluídas em ata as decisões da CIPA que não puderem ser implementadas
apenas com os recursos disponíveis a bordo, para que, posteriormente, o Operador da
Instalação tome as devidas providências.
6.12 A representação dos empregados da CIPA de empresa prestadora de serviço a bordo de
plataforma deve ser constituída a partir do somatório de duas partes distintas: I. a
primeira, denominada de parte marítima da CIPA, será formada pelo conjunto de seus
empregados a bordo em cada plataforma na qual a empresa atue como prestadora de
serviço; e II. a segunda, denominada parte terrestre, será representada pelo número de
empregados lotados na base terrestre do estabelecimento da empresa que controla
administrativamente a prestação de serviços a bordo.
6.13 Os representantes do empregador, na CIPA de que trata o item.
6.12, devem ser indicados, a critério da empresa, na proporção que garanta a paridade entre
os membros eleitos e designados.
6.14 Todas as decisões tomadas na reunião da CIPA do Operador da Instalação que estejam
relacionadas, de alguma maneira, com empresa prestadora de serviço devem ser
incluídas na ata da CIPA da empresa referida para que a mesma tome as devidas
providências.

4.2 Considerações

Como já vimos CIPA é uma comissão interna de prevenção de acidentes que algumas
empresas possuem, de acordo com a Norma Regulamentadora numero 5 (cinco) do Ministério do
Trabalho, portaria 3214/78.
A CIPA tem o objetivo de evitar os acidentes nas empresas, detectando os riscos existentes
no local de trabalho, encontrando soluções que sinalizem, neutralizem ou eliminem estes riscos.
A quantidade de membros que a CIPA deve possuir depende do grau de risco que a empresa
possui e numero de funcionários, sendo possível consultar essa informação nos quadros em anexo
da NR-05.
A CIPA surgiu em 1978, visando que os Técnicos de Segurança ou os setores de segurança
das empresas, tivessem um apoio em cada local de trabalho. A ideia inicial era que cada Cipeiro
(membros da Cipa) estivesse em um setor da empresa, para avaliar os riscos envolvidos nos
mesmos.

Nas eleições da CIPA são eleitos membros Titulares e Suplentes, até 1988 havia diferença
entre eles, porém a constituição de 1988 nos Ato das Disposições Constitucionais Transitórias no
artigo 10, acabou com essa limitação, referindo-se apenas a Cipeiro ou seja a membros eleitos da
CIPA. Então o suplente passou a ter todos os direitos e obrigações dos titulares, como por exemplo
estabilidade no emprego e ter que participar das reuniões, podendo perder o mandato se tiver quatro
faltas injustificadas.
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Essa estabilidade no emprego, que tem duração de 2 anos (um ano de mandato e um ano
após a gestão) é somente aplicada para os Cipeiros eleitos, já o Cipeiro que é indicado pelo
empregador (empresa), como é um cargo de confiança, ele não possui essa estabilidade. Porém
ambos devem cumprir com suas obrigações.
Sobre a reeleição da CIPA, no item 5.7 da NR-05 diz que: O mandato dos membros eleitos da
CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição. Não diz uma Reeleição consecutiva nem
subseqüente, então é permitida somente uma reeleição, sendo assim o funcionário pode ser membro
da CIPA duas vezes em toda sua carreira na empresa.
O Cipeiro indicado pelo empregador, não há limitação, podendo ser indicado quantas vezes a
empresa achar necessário. Visto que não é um cargo com estabilidade, assim não dispondo dos
benefícios dos eleitos.

As pessoas em geral acreditam que ser um Cipeiro implica apenas em ter estabilidade de
dois anos, algumas se candidatam após existirem boatos de que a empresa terá cortes de pessoal e
buscam esta estabilidade. O que muita gente não sabe e inclusive alguns Cipeiros, é que se ocorrer
algum acidente na empresa onde um funcionário perde a mão, um dedo ou a audição. Se houver um
inquérito policial para apurar o crime de lesão corporal culposa (onde não há intenção), um dos
primeiros que serão citados no processo são os cipeiros. Visto que é a função da CIPA prevenir, se
ocorreu o acidente é provável que a CIPA não cumpriu com sua função, podendo ser considerada a
culpada pela lesão no trabalhador.
A posição de um Cipeiro na empresa é extremamente importante, e é essencial que o cipeiro
saiba que ele corre riscos ao não desempenhar bem essa função. Suas responsabilidades estão
prevista em lei, na NR-05. Além de poder ser demitido por justa causa se não cumprir com suas
responsabilidades, existem casos nos tribunais em que os cipeiros são condenados a indenizar a
Família da vítima acidentada, ficando seu patrimônio em risco até a indenização, pois a CIPA não
identificou um risco evidente no local de trabalho. Já houve casos em que o Cipeiro era um
engenheiro e tiveram sua carteira do CREA casada por determinação judicial. Também já houve
casos em que o fundo de garantia do cipeiro foi revertido para indenização da família da vítima morta
em acidente do trabalho.
Por esses motivos o cipeiro tem que abraçar a causa de prevenção de acidentes, pois a
justiça e a empresa entendem que o cipeiro eleito esta neste cargo porque ele se propôs, se
candidatando porque se preocupa e quer prevenir os acidentes no trabalho.

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5 RISCOS AMBIENTAIS
São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e
riscos de acidentes (mecânicos) existentes nos ambientes de trabalho e capazes de causar danos à
saúde do trabalhador em função de sua natureza, ou intensidade e tempo de exposição.

GRUPO I: GRUPO II: GRUPO III: GRUPO IV: GRUPO V:


VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL
Riscos Físicos Riscos Riscos Riscos Riscos de
Químicos Biológicos Ergonômicos Acidentes
Ruído Poeiras Vírus Esforço Físico Arranjo físico
Intenso inadequado
Levantamento e Máquinas e
Vibrações Fumos Bactérias transporte equipamentos
manual de peso sem proteção
Radiações Névoas Protozoários Exigência de Ferramentas
ionizantes postura inadequadas
inadequada ou defeituosas
Radiações não Neblinas Fungos Controle rígido Iluminação
ionizantes de produtividade inadequada
Frio Gases Parasitas Imposição de Eletricidade
ritmos
excessivos
Calor Vapores Bacilos Trabalho em Probabilidade
turno e noturno de incêndio ou
explosão
Pressões Substâncias, Jornada de Armazenamen
anormais compostos ou Trabalho to
produtos prolongadas inadequado
químicos em
geral
Umidade Monotonia e Animais
repetitividade peçonhentos
Outras situações Outras
causadoras de situações de
stress físico risco que
e/ou psíquico poderão
contribuir
para a
ocorrência de
acidentes

A legislação determina que os agentes nocivos devem ser ELIMINADOS ou CONFINADOS


no ambiente de trabalho.
Além disso impõe às empresas o pagamento do adicional de insalubridade, sempre que os
níveis encontrados no ambiente de trabalho não estejam em acordo com as normas emitidas pelo
ministério do Trabalho. Este pagamento adicional não isenta as empresas de fornecerem
Equipamentos de Proteção Individual e deverão ser esgotados todos os meios disponíveis para

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controle dos riscos ambientais, não se coadunando a prática de insalubridade e não cuidar para que
os agentes agressivos sejam eliminados do ambiente.
Agentes agressivos inibem o trabalhador e fazem com que as empresas percam seus
valiosos recursos humanos com doença ou acidentes. Deve-se, procurar estabelecer, no caso da
empresa possuir em sua fase de produção agentes agressivos, uma política de recrutamento e
seleção voltada para cuidar para que não haja agravamento de situação de doença já existentes,
através de exames admissionais realizados por médicos do trabalho, e adotando-lhes sistemas de
exames complementares para cada função da empresa.
A CIPA poderá em muito ajudar a combater tal situação, a partir do momento que traz tais
assuntos às suas reuniões e que passa a despertar maior interesse de quantos militam na empresa
para o problema.
Além disso, os membros da CIPA devem adotar uma postura maior de orientação desses
riscos ao trabalhador e o que representam para eles e suas famílias.
A verificação da empresa desses agentes no meio ambiente de trabalho, somente pode ser
feita com a utilização de instrumentos próprios (no caso de ruído – decibilímetro, no caso de
iluminamentos – luxímetro, etc.) e por profissionais devidamente habilitados.
A Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes – ABPA, sempre que solicitada poderá
orientar a empresa em como proceder nos casos da suspeita de agentes agressivos no meio de
trabalho, podendo também ser solicitado auxílio ao próprio Ministério do Trabalho através dos
Serviços de Segurança e Medicina do Trabalho existentes nas delegacias regionais em todos os
Estados.

5.1 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

A NR-09 como já vimos trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, e estabelece


a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições
que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais -
PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou
que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente
e dos recursos naturais.
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da
Empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua
abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de
controle.
Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou
reconhecimento, descritas nos itens 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas
alíneas "a" e "f" do subitem 9.3.1.

9.3.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes


etapas:
a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados.

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9.3.2 A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações,


métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os
riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens,
quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos
agentes no ambiente de trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores
expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível
comprometimento da saúde decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis
na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.

O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto
nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
previsto na NR-7.
A NR-09 estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na
execução do PPRA, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.
Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos
ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de
exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

5.1.1 Estrutura do PPRA


O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte
estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;


b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise
global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e
estabelecimento de novas metas e prioridades.
O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos estruturais.
O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e
discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada
ao livro de atas desta Comissão
O documento-base e suas alterações deverão estar disponíveis de modo a proporcionar o
imediato acesso às autoridades competentes.
O cronograma previsto deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das
etapas e cumprimento das metas do PPRA.

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6 MAPA DE RISCO

Mapa de Risco é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais
de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores. O seu objetivo é informar e
conscientizar os trabalhadores pela fácil visualização desses riscos. Tais fatores têm origem nos
diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e
espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método
de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.).
É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de a acidentes do trabalho objetivo
que interessa a empresa e aos trabalhadores.

6.1Implantação do Mapa de Risco

Implantado pela Portaria nº5 de 17 de agosto de 1992 do Ministério do Trabalho e da


Administração, ele é obrigatório nas empresas com grau de risco e número de empregados que
exijam a constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
O Mapa de riscos é elaborado segundo a Portaria nº 25, pela CIPA, ouvidos os trabalhadores
envolvidos no processo produtivo e com a orientação do Serviço Especializado em Segurança e
Medicina do Trabalho SESMT da empresa, quando houver.
O mapa é um levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores das empresas. Trata-
se de identificar situações e locais potencialmente perigosos. A partir de uma planta baixa de cada
seção são levantados todos os tipos de riscos, classificando-os por grau de perigo: pequeno, médio e
grande.
Estes tipos são agrupados em cinco grupos classificados pelas cores vermelho, verde,
marrom, amarelo e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de agente: químico, físico, biológico,
ergonômico e mecânico ou de acidentes como vimos nos Riscos Ambientais.
É considerada indispensável, portanto, a participação das pessoas expostas ao risco no dia-
a-dia.
O Mapeamento ajuda a criar uma atitude mais cautelosa por parte dos trabalhadores diante
dos perigos identificados e graficamente sinalizados. Desse modo, contribui para a eliminação ou
controle dos riscos detectados.
Para a empresa, as informações mapeadas são de grande interesse com vista à manutenção
e ao aumento da competitividade, prejudicada pela descontinuidade da produção interrompida por
acidentes, Também permite a identificação de pontos vulneráveis na sua planta.

O mapa de risco é um modelo participativo e é um aliado da empresa e dos empregados para


evitar acidentes, encontrar soluções práticas para eliminar ou controlar riscos e melhorar o ambiente
e as condições de trabalho e a produtividade, com isso ganham os trabalhadores, com a proteção da
vida, da saúde e da capacidade profissional e as empresas, com a redução de perdas por horas
paradas, danos em equipamentos e desperdícios de matérias primas. Também ganha o País, com a
redução dos vultosos gastos do sistema previdenciário no pagamento de pensões e com o aumento
da produtividade geral da economia.
O mapeamento deve ser feito anualmente, toda a vez que se renova a CIPA. Com essa
reciclagem cada vez mais trabalhadores aprendem a identificar e a registrar graficamente os focos
de acidentes nas empresas, contribuindo para eliminá-los ou controlá-los.

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6.2 Como Funciona um Mapa de Risco

Antes de Montar um Mapa de Risco, é importante ter uma planta do local, mas se não houver
condições de conseguir, isto não deverá ser um obstáculo: faz se um desenho simplificado, um
esquema ou croqui do local.
Segue um exemplo de uma planta baixa e um empresa:

Podemos perceber que a empresa é dividida em departamentos como: Administração, CPD,


Almoxarifado, banheiros (BWC), Linha de montagem, Depósito e etc.
Em cada departamento há um ou vários riscos com intensidades iguais ou diferentes, com o
mapa de risco essas diferenças ficarão mais claras.
A idéia é que os funcionários de uma seção façam a seleção apontando aos cipeiros os
principais problemas da respectiva unidade. Na planta da seção, exatamente no local onde se
encontra o risco (uma máquina, por exemplo) deve ser colocado o círculo no tamanho avaliado pela
CIPA e na cor correspondente ao grau de risco.

Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de Gravidade

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Quando num mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-
se o mesmo circulo, dividindo-o em partes, pintando-as com cor correspondente ao risco.
Dentro dos círculos deverão ser anotados o numero de trabalhadores expostos ao risco e o
nome do risco.

O mapa deve ser colocado em um local visível para alertar aos trabalhadores sobre os
perigos existentes naquela área. Os riscos serão simbolizados por círculos de três tamanhos
distintos: pequeno, com diâmetro de 2,5 cm; médio, com diâmetro de 5 cm; e grande, com diâmetro
de 10 cm.

6.3 Como Montar um Mapa de Risco

A inspeção de segurança deve ser feita pela CIPA para levantamento dos dados necessários.
A busca da localização, identificação e a avaliação da gravidade dos riscos deve passar pela
consulta e dialogo com as pessoas que trabalham com os produtos químicos, maquinas,
ferramentas, sistemas, organizações, etc.
Neste contato procura-se fazer um diagnostico da maneira como os trabalhadores convivem
com o meio que cerca.
No caso das empresas de construção, o mapa de riscos do estabelecimento deve ser
realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo venha
modificar a situação de riscos estabelecida.
Em uma empresa metalúrgica, os riscos dependerão dos processos de produção, das
tecnologias e métodos de trabalho.
Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o mapa de riscos completo ou setorial deve ser
afixado no setor mapeado, em local visível e de fácil acesso para os trabalhadores e visitantes.

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6.3.1 Etapas da elaboração do mapa de risco


Levantamento dos dados do processo de trabalho: Numero de funcionários que trabalham no
setor, sexo do entrevistado, jornada de trabalho, se já recebeu treinamento para função e se já
recebeu treinamento em segurança, avaliação do ambiente de trabalho, das atividades
desenvolvidas e do ambiente de trabalho.

Identificação dos riscos existentes;

Identificação das medidas de proteção e se elas são eficientes: EPIs, EPCs, estado de
higiene e conforto dos banheiros, vestiários, bebedouros, refeitório e áreas de lazer;
Identificação dos problemas de saúde: Queixas mais freqüentes entre trabalhadores expostos
aos mesmos riscos, acidentes de trabalhos ocorridos e as doenças ocupacionais registradas no
setor.

Analise dos levantamentos de riscos realizados

1º) PASSO:
Conhecer os setores/seções da empresa: O que é e como produz. Para quem e quanto
produz (direito de saber);

2º) PASSO:
Fazer o fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e das etapas de produção);

3º) PASSO:
Listar todas as matérias-primas e os demais insumos (equipamentos, tipo de alimentação das
máquinas etc.) envolvidos no processo produtivo.

4º) PASSO:
Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por etapa (se forem muitos, priorize
aqueles que os trabalhadores mais se queixam, aqueles que geram até doenças ocupacionais ou do
trabalho comprovadas ou não, ou que haja suspeitas). Julgar importante qualquer informação do
trabalhador.

5º) PASSO:
Elaborar o Mapa de Risco.

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7 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC


Após o levantamento dos riscos ambientais e elaboração do mapa de risco deve-se verificar
se os Equipamentos de Proteção coletiva estão de acordo com os riscos.
Equipamento de Proteção Coletiva – EPC é todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel
de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores
usuários e terceiros. São utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas
realiza determinada tarefa ou atividade.
Essas medidas visam à proteção não só de trabalhadores envolvidos com a atividade
principal que será executada e que gerou o risco, como também à proteção de outros funcionários
que possam executar atividades paralelas nas redondezas ou até de passantes, cujo percurso pode
levá-los à exposição ao risco existente.

7.1 Exemplos de EPC

Conjunto de aterramento
Equipamento destinado à execução de aterramento temporário, visando à
equipotencialização e proteção pessoal contra energização indevida do circuito
em intervenção.

Cone de Sinalização
Sinalização de áreas de trabalho e obras em vias
públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de
pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita zebrada,
sinalizador STROBO, bandeirola, etc.

Tapetes de borracha
Acessório utilizado para isolação contra contatos indiretos a
eletricidade e contra escorregões em ambientes escorregadios.

Fita de Sinalização
Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de
trabalho interna e externamente na sinalização, interdição, balizamento
ou demarcação em geral por indústrias, construtoras, transportes,
órgãos públicos ou empresas que realizam trabalhos externos.

Correntes para sinalização em ABS


Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de
trabalho interna e externamente na sinalização, interdição, balizamento
ou demarcação em geral. Excelente para uso externo, não perdendo a
cor ou descascando com a ação de mal tempo.

Grade Metálica Dobrável


Isolamento e sinalização de áreas de trabalho, poços de
inspeção, entrada de galerias subterrâneas e situações semelhantes.

Placas de sinalização
São utilizadas para sinalizar perigo (perigo de vida, etc.) e
situação dos equipamentos, a sinalização tem um papel fundamental
para a segurança no trabalho.

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8 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Conforme a NR-6 Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo de uso


individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
Nos trabalhos quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou
insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados EPIs específicos e adequados às
atividades desenvolvidas.
Todo EPI deve possuir um Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho
e Emprego.
O emprego do Equipamento Individual é uma determinação legal, contida na Norma
Regulamentadora n.º 6 da Portaria MTb 3214/78, que visa disciplinar as condições em que o mesmo
deve ser empregado na proteção do trabalhador.
A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

 Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
 Para atender situações de emergência.

A utilização de cada EPI depende do trabalho a ser realizado.

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8.1 Quanto ao EPI cabe ao empregador:

 Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;


 Exigir o seu uso;
 Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
 Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação
 Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
 Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade
observada.
 Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico
Conforme o Art. 157 da CLT

Cabe às empresas:

I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a serem


tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.

8.2 Quanto ao EPI cabe ao empregado:

 Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;


 Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
 Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Conforme o Art. 158 da CLT

Cabe aos empregados:

I. Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço


expedidas pelo empregador.

II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo (V)
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
A observância das instruções expedidas pelo empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s fornecidos pela empresa.

Curso da CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 59


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8.3 Exemplos de EPIs

Segue alguns exemplos de EPIs, não listaremos todos, pois segundo o ministério do Trabalho
o curso da CIPA, exige somente uma noção sobre o assunto, sendo que este é responsabilidade do
setor de Engenharia de Segurança do Trabalho e Técnicos de Segurança do Trabalho. Além de
existirem diversos EPIs. Listaremos alguns dos mais comuns e utilizados.

8.3.1 Proteção dos Olhos e Face


Óculos de segurança

Equipamento destinado à proteção contra elementos que


venham a prejudicar a visão. Proteção dos olhos contra impactos
mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas.
A higienização dos óculos é lavar com água e sabão neutro e
secar com papel absorvente. (O papel não poderá ser friccionado na
lente para não riscá-la.)

8.3.2 Proteção da Cabeça

Capacetes de proteção

Utilizado para proteção da cabeça do trabalhador contra agentes metereológicos (trabalho a


céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos provenientes de queda ou projeção de objetos,
queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.

Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira

Utilizado para proteção da cabeça e face, em trabalho onde


haja risco de explosões com projeção de partículas e queimaduras
provocadas por abertura de arco voltaico (eletricidade).

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Higienização dos Capacetes

 Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipiente contendo água e detergente ou


sabão neutro;

 O casco deve ser limpo com pano ou outro material que não provoque atrito, evitando
assim a retirada da proteção isolante de silicone (brilho), o que prejudicaria a rigidez
dielétrica do mesmo;

 Secar a sombra.

Obs: a limpeza do visor deve ser feita do mesmo modo que os óculos de segurança.

8.3.3 Proteção Auditiva


Equipamento destinado a minimizar as consequências de ruídos prejudiciais à audição.
O PROTETOR AURICULAR, não anula o som, mas reduz o RUÍDO (que é o som
indesejável) a níveis compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo usando o protetor
auricular, ouve-se o som mais o ruído, sem que este afete o usuário.

Protetor auditivo tipo concha

Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos.
Para higienização deve-se lavar com água e sabão neutro, exceto
as espumas internas das conchas.

Protetor auditivo tipo inserção (plug)

Também é utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e


nos locais que apresentem ruídos excessivos, porem possui uma baixa
durabilidade.
Para higienização deve-se lavar com água e sabão neutro,
exceto as espumas internas das conchas.

Há no mercado, protetores auditivos descartáveis feitos de espuma, geralmente são utilizados


por visitantes ou pessoas que raramente necessitam de seu uso.

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8.3.4 Proteção dos Membros Superiores


Luva isolante de borracha

Utilizada para proteção das mãos e braços do profissional contra choque em trabalhos e
atividades com circuitos elétricos energizados.

As luvas devem ser testadas com inflador de luvas para verificação da existência de furos, e
por injeção de tensão de testes. As luvas isolantes apresentam identificação no punho, próximo da
borda, marcada de forma indelével, que contém informações importantes, como a tensão de uso, por
exemplo, nas cores correspondentes a cada uma das seis classes existentes.

As Luvas isolantes de borrachas são classificadas pelo nível de tensão de trabalho e de teste,
conforme tabela a seguir:

TABELA – CLASSES DE LUVAS ISOLANTES (NBR 10622/89)


TENSÃO DE TENSÃO DE TENSÃO DE
TIPO DE CLASSE COR
USO ENSAIO PERFURAÇÃO
Classe 00 Bege 500V 2,5 KV 5 KV
Classe 0 Vermelha 1000V 5 KV 6 KV
Classe I Branca 7,5 kV 10 KV 20 KV
Classe II Amarela 17 kV 20 KV 30 KV
Classe III Verde 26,5 kV 30 KV 40 KV
Classe IV Laranja 36 kV 40 KV 50 KV

Para higienização deve-se, lavar com água e detergente neutro, enxaguar com água, secar
ao ar livre e a sombra e polvilhar, externa e internamente, com talco industrial.

Luva de cobertura

Utilizada exclusivamente como proteção da luva isolante de


borracha. As luvas de cobertura devem ser utilizadas por cima das luvas
isolantes.
Para higienização deve-se, limpar utilizando pano limpo,
umedecido em água e secar a sombra.

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Luva de proteção em raspa e vaqueta

Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra


agentes abrasivos e escoriantes.

Para higienização deve-se, impar com pano limpo e umedecido


em água, secando a sombra

Luva de proteção em borracha nitrílica

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado


contra agentes químicos e biológicos.

Para higienização deve-se, lavar com água e sabão neutro.

Luva De Proteção Em Pvc (Hexanol)

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado


contra recipientes contendo óleo, graxa, solvente e ascarel.

Para higienização deve-se, lavar com água.

Manga de proteção isolante de borracha

Utilizada para proteção do braço e antebraço do trabalhador contra


choque elétrico durante os trabalhos em circuitos elétricos energizados.
Para higienização deve-se, lavar com água e detergente neutro,
secar ao ar livre e a sombra, e polvilhar talco industrial, externa e
internamente.

8.3.5 Proteção dos Membros Inferiores

Calçado de proteção tipo botina de couro

Protege os pés contra impactos de objetos que caem ou são projetados, impacto contra
objetos imóveis e contra perfurações.

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Os calçados protegem os pés contra torção, escoriações, derrapagens e umidade.

Calçado de proteção tipo bota de couro (cano longo)

Além de se utilizado para minimizar as conseqüências de impactos de objetos que caem ou


são projetados, protege dos pés e pernas contra torção, escoriações, derrapagens e umidade, o
calçado cano longo protege ataque de animais peçonhentos.

Para uma melhor conservação e higienização dos calçados de proteção deve-se, armazenar
em local limpo, livre de poeira e umidade, se molhado secar a sombra e engraxar com pasta
adequada para a conservação de couros.

Calçado de proteção tipo condutivo

Utilizada para proteção dos pés quando o empregado realiza trabalhos ao potencial.
Para uma melhor conservação e higienização deve-se, engraxar com pasta adequada para a
conservação de couros, armazenar em local limpo, livre de poeira e umidade, se molhado secar a
sombra e nunca secar ao sol (pode causar efeito de ressecamento).

Perneira de segurança

Utilizada para proteção das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e ataque de animais
peçonhentos.

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8.3.6 Proteção Contra Quedas Com Diferença de Nível

Cinturão de segurança tipo pára-quedista

Equipamento destinado à proteção contra queda de pessoas, sendo obrigatória sua utilização
em trabalhos acima de 2 metros de altura
Para esse tipo de cinturão, podem ser utilizados trava-quedas instalados em cabos de aço ou
flexível fixados em estruturas a serem escaladas.

Dispositivo trava-quedas

Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde exista diferença de
nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo pára-quedista.

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8.3.7 Vestimentas de Segurança


Vestimenta de proteção tipo condutiva

Utilizada para proteção do empregado quando executa trabalhos ao potencial.


Para higienização deve-se, lavar manualmente em água com
detergente neutro, torcer suavemente e secar a sombra. A roupa pode
ser lavada em máquina automática no ciclo roupa delicada de 8 a 10
minutos, com água com detergente neutro, secar a sombra em varal sem
partes oxidáveis, não fazer vincos ou passar a ferro.

Vestimenta de proteção anti chama

Utilizada para proteção dos trabalhadores contra queimaduras.

 para trabalhos externos as vestimentas deverão possuir elementos refletivos e cores


adequadas;

8.3.9 Proteção Respiratória

Destinado à utilização em áreas confinadas e sujeitas a emissão de gases e poeiras.


Porém deve ser utilizado para proteção respiratória em atividades e locais que apresentem tal
necessidade, em atendimento a Instrução Normativa Nº1 de 11/04/1994 – (Programa de Proteção
Respiratória - Recomendações/ Seleção e Uso de Respiradores).

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9 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

9.1 Conceito e Importância

A inspeção de segurança consiste na observação cuidadosa dos ambientes de trabalho, com


o fim de descobrir, identificar riscos que poderão transformar-se em causas de acidentes do trabalho
e também com o objetivo prático de tomar ou propor medidas que impeçam a ação desses riscos.
A inspeção de segurança se antecipa aos possíveis acidentes, mas quando repetidas,
alcançam outros resultados: favorecem formação e o fortalecimento do espírito prevencionista que os
empregados precisam ter; servem de exemplo para que os próprios trabalhadores exerçam, em seus
serviços, controles de segurança; proporcionam uma cooperação mais aprofundada entre os
Serviços Especializados e CIPA’s e os diversos setores da empresa; dão aos empregados a certeza
de que a direção da empresa e o poder público (no caso das inspeções oficiais ) têm interesse na
segurança do trabalho.
Quando se fala das atividades prevencionistas, não se pode deixar de destacar as inspeções
de segurança

Toda inspeção segue um ciclo de procedimentos básicos que contribui para a elaboração do
mapeamento de riscos, ou seja, uma metodologia de inspeção dos locais de trabalho tornada
obrigatória a partir da publicação da Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho NR-9
(Programas de Prevenção de Riscos Ambientais), de 17/8/92.

Como já foi visto, os acidentes são evitados com a aplicação de medidas específicas de
segurança, selecionadas de forma a estabelecer maior eficácia na prática. As prioridades são:

Eliminação do risco: significa torná-lo definitivamente inexistente. Por exemplo: uma escada
com piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado com a
troca do material do piso por outro, emborrachado e antiderrapante.

Neutralização do risco: o risco existe, mas está controlado. Essa alternativa é utilizada na
impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco. Por exemplo: as partes móveis de
uma máquina polias, engrenagens, correias etc. devem ser neutralizadas com anteparos protetores,
uma vez que essas partes das máquinas não podem ser simplesmente eliminadas.

Sinalização do risco: é a medida que deve ser tomada quando não for possível eliminar ou
isolar o risco. Por exemplo: máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com placas de
advertência; locais onde é proibido fumar devem ser devidamente sinalizados.

9.2 Tipos de Inspeções

9.2.1 Inspeções de Rotina (Diárias)


Visam detectar e eliminar riscos comuns, já conhecidos tanto do ponto de vista do
equipamento como pessoal, exemplo:
 Falta de uso de EPI ou inexistência do mesmo;
 Uniformização;
 Remoção de proteção de máquina;
 Ordem. Arrumação e limpeza;
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9.2.2 Inspeções Periódicas

Devem ser programadas para serem feitas em intervalos regulares (semanais / mensais /
bimestrais / trimestrais).
Podem incluir a inspeção de toda a fábrica, de um departamento, uma seção, certos tipos de
operações, determinados equipamentos e aspectos relativos a higiene, sendo necessária a
elaboração de um relatório final.

Aspectos “políticos” e participação dos principais envolvidos (produção, supervisão,


manutenção, líderes, membros da cipa, convidados imparciais não acostumados e não viciados com
o local da inspeção).

Método de inspeção do sinal da cruz (em cima, em baixo, direita, esquerda).


Equipamentos de segurança, hidrantes, mangueiras, proteções, EPI´s.

9.2.3 Inspeções Especiais Ou Antecipadas


Requer conhecimentos técnicos bem como em alguns casos a utilização de aparelhos
especializados, exemplos:

 Penetração em reservatórios;
 Manutenção em equipamentos tais como caldeiras, vasos pressurizados, elevadores.
 Manutenção elétrica e civil - seja por firmas empreiteiras ou não.

9.3 Levantamento das Causas dos Acidentes

Alguns atos inseguros podem ocorrer durante uma inspeção de segurança. Os processos
educativos, a repetição das inspeções, as campanhas e outros recursos se prestarão a reduzir
sensivelmente a ocorrência de tais atos.
Quanto às condições inseguras, elas se tornam mais aparentes, mais visíveis, mais notadas
porque são situações concretas, materiais mais duráveis que alguns atos inseguros que, às vezes,
aconteceu em poucos segundos.

Condições Inseguras – são aquelas que compreendem a segurança do trabalhador estando


no ambiente. São as falhas, os defeitos, irregularidades técnicas e carência de dispositivos de
segurança que pões em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança
das instalações e equipamentos.
Problemas de iluminação, ruídos e trepidações em excesso, falta de protetores em partes
móveis de máquinas e nos pontos de operação, falta de limpeza e de ordem, passagens obstruídas,
pisos escorregadios ou esburacados, escadas entre pavimentos sem proteções, condições sanitárias
insatisfatórias, ventilação deficiente ou imprópria, ferramentas desarrumadas, ferramentas
defeituosas, substâncias altamente inflamáveis em quantidade excessivas na área de produção, má
distribuição de máquinas e equipamentos, condutores de eletricidade com revestimento estragado,
roupas muito largas, colares, anéis, cabelos soltos em operações com máquinas de engrenagens
móveis, calçados impróprio, trânsito perigoso de material rodante, calor excessivo, resíduos
inflamáveis acumulados, equipamentos de extinção de fogo (se estão desimpedidos, se podem ser
facilmente apanhados, se estão em situação de perfeito funcionamento).

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Atos Inseguros – É a maneira como as pessoas se expõem, consciente ou


inconscientemente, a riscos de acidentes. São esses os atos responsáveis por muitos dos acidentes
de trabalho e que estão presentes na maioria dos casos em que há alguém ferido.
Atos imprudentes, inutilização, desmontagem ou desativação de proteções de máquinas,
recusa de utilização de equipamento individual de proteção, operação de máquinas e equipamentos
sem habilitação e sem treino, operação de máquinas em velocidade excessiva, brincadeira, posição
defeituosa no trabalho, levantamento de cargas com utilização defeituosa dos músculos, transporte
manual de cargas sem ter visão do caminho, permanência debaixo de guindastes e de cargas que
podem cair, uso de fusíveis fora de especificação, fumar em locais onde há perigo de fogo, correr por
entre máquinas ou em corredores e escadas, alterar o uso de ferramentas, atirar ferramentas ou
materiais para os companheiros e muitos outros.

A presença de representantes da CIPA nas inspeções de segurança é sempre recomendável,


pois a assimilação de conhecimentos cada vez mais amplos sobre as questões de segurança e
higiene e medicina do trabalho vai tornar mais produtivo, mais completo o trabalho educativo que a
comissão desenvolve. Além disso, a renovação dos membros da CIPA faz com que um número
sempre maior de empregados passe a aprofundar os conhecimentos exigidos para a solução dos
problemas relativos a acidentes e doenças do trabalho.

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10 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS

Os acidentes são materializações dos riscos associados a atividades, procedimentos,


projetos, máquinas e equipamentos.
Para reduzir a frequência de acidentes, é preciso avaliar e controlar os riscos e responder as
seguintes perguntas.

 Que pode acontecer errado?


 Quais são as causas básicas dos eventos não desejados?
 Quais são as consequências?

A análise de riscos constitui-se em um conjunto de métodos e técnicas que aplicados a uma


atividade proposta ou existente identificam e avaliam qualitativa e quantitativamente os riscos que
essa atividade representa para a população vizinha, ao meio ambiente e à própria empresa.
A utilização de técnicas e de métodos específicos para a análise de riscos ocupam cada vez
mais o espaço nos programas sobre segurança e gerenciamento ambiental das indústrias, como
evidência da preocupação destas, dos governos e de toda a sociedade com respeito aos temas
relacionados à segurança o meio ambiente.

Os principais resultados de uma análise de riscos são:

 Identificação de cenários de acidentes;


 Suas frequências esperadas de ocorrência;
 Magnitude das possíveis consequências.

Deve incluir as medidas de prevenção de acidentes e as medidas para controle das


consequências de acidentes para os trabalhadores e para as pessoas que vivem ou trabalham
próximo à instalação ou para o meio ambiente.

10.1 Conceitos Básicos

10.1.1 Perigo

Perigo é situação de ameaça que pode causar danos (materais, máquinas, equipamentos e
meio ambiente) e/ou lesões (pessoas).

10.1.2 Risco

Medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana, resultante da combinação
entre a frequência da ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (consequências).
O risco está sempre ligado à factibilidade da ocorrência de um evento não desejado, sendo
função da frequência da ocorrência das hipóteses acidentais e das suas consequências. Desta
maneira, o risco pode ser expresso como uma função desses fatores, sendo apresentado na
equação:

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R=f(c,f,C)

R = risco;
c = cenário acidental
f = frequência de ocorrência
C = consequência (perdas e/ou danos).

O risco também pode ser definido através das seguintes expressões:


 combinação de incerteza e de dano;
 razão entre o perigo e as medidas de segurança;
 combinação entre o evento, a probabilidade e suas consequências.

A experiência demonstra que geralmente os grandes acidentes são causados por eventos
pouco frequentes, mas que causam danos importantes.
Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores dependendo do setor elevado, podendo
levar a lesões de grande gravidade e são específicos a cada tipo de atividade.

10.1.3 Análise de Riscos

É a atividade dirigida à elaboração de uma estimativa (qualitativa ou quantitativa) dos riscos,


baseada na engenharia de avaliação e técnicas estruturadas para promover a combinação das
frequências e consequências de cenários acidentais.

10.1.4 Avaliação de riscos

É o processo que utiliza os resultados da análise de riscos e os compara com os critérios de


tolerabilidade previamente estabelecidos.

10.1.5 Gerenciamento de Riscos

É a formulação e a execução de medidas e procedimentos técnicos e administrativos que têm


o objetivo de prever, controlar ou reduzir os riscos existentes, objetivando mantê-la operando dentro
dos requerimentos de segurança considerados toleráveis.

10.1.6 Níveis de risco

 Catastrófico
 Moderado
 Desprezível
 Crítico
 Não Crítico

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10.2 Desenvolvimento de estudos de análise de riscos

Geralmente um estudo de análise de riscos pode ser dividido nas seguintes etapas:
1. Caracterização da empresa
2. Identificação de perigos
3. Estimativa de consequências e de vulnerabilidade
4. Estimativa de frequências
5. Estimativa de riscos
6. Avaliação e gerenciamento de riscos

10.2.1 Caracterização da empresa

A caracterização da empresa e da região tem as seguintes finalidades:

 identificar aspectos comuns que possam interferir na instalação ou no ambiente;


 o enfoque operacional e de segurança;
 estabelecer uma relação direita entre a empresa e a região da influência.

Esperam-se os seguintes resultados práticos:

 obtenção de um diagnóstico das interfaces existentes entre a empresa, objeto de


análise e o local;
 caracterização dos aspectos importantes que sustentarão o estudo de análise de
riscos, por meio da definição de métodos, normas ou necessidades específicas;
 ajuda para determinar a amplitude do estudo.

10.2.2 Identificação de perigos


Esta etapa tem o objetivo de identificar os possíveis eventos não desejados que possam levar
a acidentes, possibilitando definir hipóteses acidentais que poderão produzir consequências
significativas.
Portanto, técnicas específicas para a identificação dos perigos devem ser empregadas, entre
as quais podemos mencionar:

 Listas de verificação (Checklists);


 Análise "E se…?"
 Análise Preliminar de Perigos (APP);
 Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE);
 Estudo de Perigos e Operabilidade.

10.2.2.1 Informações para a realização de uma APR/APP

A realização da análise é feita através do preenchimento de uma planilha de APR/APP para


cada módulo de análise. A planilha utilizada nesta APP, mostrada a seguir, contém 5 colunas, as
quais devem ser preenchidas conforme a descrição apresentada a seguir.

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ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS OU PERIGOS (APR/APP)

Atividade/Operação: ______________________________

Referência:____________ Data: __/__/___ Revisão:__________

ETAPA RISCO/PERIGO MODE DE DETECÇÃO EFEITO RECOMENDAÇÕES / CONTROLE

1ª coluna: Etapa
Esta coluna deve descrever, sucintamente, as diversas etapas da atividade/operação.
2ª coluna: Risco/perigo.
Esta coluna deve conter os riscos/perigos identificados para o módulo de análise em estudo.
De uma forma geral, os riscos/perigos são eventos acidentais que têm potencial para causar danos
aos trabalhadores, ao público ou ao meio ambiente.
3ª coluna: Modos de detecção.
Os modos disponíveis na instalação para a detecção do risco/perigo identificado na segunda
coluna devem ser relacionados nesta coluna. A detecção da ocorrência do risco/perigo tanto pode
ser realizada através da instrumentação (alarmes de pressão, de temperatura, etc.) como através da
percepção humana (visual, odor, etc.).
4ª coluna: Efeitos
Os possíveis efeitos danosos de cada risco/perigo identificado devem ser listados nesta
coluna.
5ª coluna: Recomendações/observações.
Esta coluna deve conter as recomendações de medidas mitigadoras de risco propostas pela
equipe de realização da APR/APP ou quaisquer observações pertinentes ao cenário de acidente em
estudo.

Análise Preliminar de Risco (APR)

• Trata-se de uma técnica de análise prévia de riscos.


• Análise Preliminar de Risco é uma visão do trabalho a ser executado, que permite a
identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda propicia condição
para evita-los ou conviver com eles em segurança.
• Por se tratar de uma técnica aplicável à todas as atividades, a técnica de Análise
Preliminar de Risco é o fato de promover e estimular o trabalho em equipe e a
responsabilidade solidária.

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Outro modelo de Planilha de APR.

10.2.3 Estimativa de consequências e de vulnerabilidade


Tendo por base as hipóteses acidentais formuladas na etapa anterior, estudam-se as suas
possíveis consequências, medindo os impactos e danos causados por elas.
Deverão ser utilizados modelos de cálculos que representem os possíveis efeitos resultantes
dos tipos de acidentes.
Em seguida deverão ser estimadas as possíveis consequências dos cenários produzidos
pelas hipóteses de acidentes. Os resultados desta estimativa deverão servir de base para a análise
de vulnerabilidade nos lugares estudados. Normalmente essa análise é feita considerando danos às
pessoas expostas.
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10.2.4 Estimativa de frequências


Para fazer estudos quantitativos de análise de riscos é necessária a estimativa das
frequências das hipóteses acidentais decorrentes das falhas nos equipamentos. Da mesma maneira,
a estimativa de probabilidade de erros do homem deve ser quantificada nesta etapa. Esses dados
normalmente são difíceis de serem estimados já que há poucos estudos abordando confiabilidade
humana.

As seguintes técnicas podem ser utilizadas para o cálculo das frequências dos cenários de
acidentes,:
 análise histórica dos acidentes, através da pesquisa bibliográfica ou nos bancos de
dados de acidentes;
 análise por árvore de falhas (AAF);
 análise por árvores de eventos (AAE).

Em determinados estudos, os fatores externos da empresa podem contribuir para o risco.


Nesses casos, também deve ser considerada a probabilidade ou a frequência do acontecimento de
eventos não desejáveis causados por terceiros ou por agentes externos.
Um fator que deve ser considerado na análise é o erro humano durante a realização de uma
determinada operação, principalmente erros de manutenção, devido aos quais acontecem cerca de
60% a 80% dos acidentes maiores em que o erro humano está envolvido.

10.2.5 Estimativa de riscos


A estimação de riscos é feita através da combinação das frequências de ocorrência das
hipóteses de acidentes e as suas respectivas consequências. Pode-se expressar o risco de
diferentes formas segundo o objetivo do estudo em questão. Geralmente os riscos são expressos da
seguinte maneira:

 Índices de risco;
 Risco social;
 Risco individual.

10.2.6 Avaliação e gerenciamento de riscos


Nesta etapa os riscos estimados deverão ser avaliados, de maneira a definir medidas e
procedimentos que serão executados com o objetivo de reduzi-los ou gerenciá-los, tendo-se por
base critérios de aceitabilidade de riscos previamente definidos.

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11 PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Acidente zero! Essa é uma meta que todas as empresas devem procurar alcançar.
Prevenir um acidente significa vê-lo antecipadamente; chegar antes que o mesmo aconteça;
tomar providências cabíveis para que o acidente não tenha possibilidade de ocorrer. Nesta unidade
analisaremos as principais medidas preventivas, de alcances individuais e coletivos, que visam à
proteção do trabalhador.

11.1 O efeito dominó e os Acidentes de Trabalho

Um dos fatos já comprovados de suas causas dos acidentes é que, quando um acidente
acontece, vários fatores entraram em ação antes.
Heinrich, em seu livro Industrial AccidentPrevention, sugere que a lesão sofrida por um
trabalhador, no exercício de suas atividades profissionais, obedece a uma sequencia de cinco
fatores:

 hereditariedade e ambiente social


 causa pessoal
 causa mecânica
 acidente
 lesão

A hereditariedade refere-se ao conjunto de características genéticas. Da mesma forma,


certas características psicológicas também são transmitidas dos pais para os filhos, influenciando o
modo de ser de cada um.

Ambiente Social influência nos hábito das pessoas. É fácil de observar com que facilidade
uma nova moda se espalha e “pega”. Ora a onda é usar cabelos longos, ora usar a cabeça raspada.
Já houve a época da minissaia, das roupas hippies e hoje impera a moda do “cada um na sua”.
Esses exemplos servem para ilustrar quanto o ambiente social afeta o comportamento das pessoas.
Causa Pessoal está relacionada com a bagagem de conhecimentos e habilidades e com as
condições de momento que cada um está atravessando. A probabilidade de envolvimento em
acidentes aumenta quando se está triste ou deprimido, ou quando se vai desempenhar uma tarefa
para a qual não se tem o preparo adequado.

A causa mecânica diz respeito às falhas materiais existentes no ambiente de trabalho.


Quando o equipamento não apresenta proteção para o trabalhador, quando a iluminação do
ambiente de trabalho é deficiente ou quando não há boa manutenção do maquinário, os riscos de
acidente aumentam consideravelmente.

Quando um ou mais dos fatores anteriores se manifestam, potencializa a ocorria do acidente


que pode provocar ou não lesão no trabalhador.

11.1.1 O que se pode fazer para evitar que os acidentes ocorram?

Como vimos uma maneira de evitar os acidentes é controlar os fatores que o antecedem.
Não é possível interferir nas características genéticas de uma pessoa, mas é possível
influenciar sua conduta proporcionando um ambiente social rico em exemplos positivos.

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A educação e o treinamento do trabalhador para o exercício de suas funções são recursos


importantíssimos para reduzir o risco de acidentes.
Um trabalhador que conhece bem o seu trabalho e o desempenha com seriedade, atento às
normas de segurança, está muito menos sujeito a um acidente do que um trabalhador desleixado,
que não mostra preocupação com a qualidade de seu trabalho.

O fator central, mais próximo do acidente, é a causa mecânica! A remoção da causa


mecânica é o fator que mais reduz a probabilidade de um acidente ocorrer.
Por isso a CIPA tem papel importantíssimo porque possibilita a união de empresários e
empregados para estudar problemas sérios da empresa e descobrir meios e processos capazes de
cercar o local de trabalho da maior segurança possível.
A CIPA pode contribuir para a solução de problemas, com campanhas e observações
cuidadosas do ambiente de trabalho, ou seja, as inspeções de segurança. As campanhas da CIPA
têm por objetivo desenvolver uma mentalidade e atividade prevencionista entre os trabalhadores.

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12 INVESTIGAÇÃO DOS ACIDENTES


Cabe à CIPA investigar, participar, com o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho) quando houver, da investigação dos acidentes ocorridos na
empresa.
Além disso, no caso de acidente grave a CIPA deverá reunir-se, extraordinariamente, até dois
dias após o infortúnio. A CIPA tem como uma de suas mais importantes funções estudar os
acidentes para que eles não se repitam, ou ainda evitar outros que possam surgir.
Para tal devem conhecer as causas dos acidentes, ou seja, o que os faz acontecer, para que
possam então agir de modo a corrigir procedimentos, métodos e/ou situações inadequada à
prevenção de acidentes.

Para termos um melhor entendimento vamos conceituar alguns termos:

INCIDENTE: Evento que deu origem a um acidente ou que tinha potencial de levar a um
acidente.
Nota: Um incidente em que NÃO ocorre doença, lesão, dano ou outra perda também é chamado de
“quase acidente”. O termo “incidente” inclui “quase-acidente”

QUASE-ACIDENTE: Evento ou ocorrência inesperada, relacionada a um trabalhador ou


equipamento, que por pouco deixou de ser um ACIDENTE.

É importante fazer uma investigação de acidente muito bem feita pois deles decorrem
grandes perdas para as empresas, para os trabalhadores e suas famílias, para a Previdência Social,
e para a sociedade, dificultando assim o desenvolvimento da riqueza nacional e a preservação da
saúde dos seus trabalhadores.

Primeiramente deve-se criar um formulário para investigação do acidente contendo as


seguintes informações:

Informações de identificação: Nome, função, idade, local do acidente, descrição da lesão,


parecer do médico.

Informações sobre o atendimento: Primeiros socorros, hora do acidente, descrição do


acidente, e testemunhas.

Histórico de segurança: O funcionário teve treinamento? Já se envolveu em um acidente


antes? Outros funcionários se envolveram em acidente semelhante? Usava Equipamento de
proteção individual? Ouve outros acidentes no mesmo local? Havia sinalização de segurança no
local do acidente?

Análise do acidente: Atos inseguros, condições inseguras, fatores pessoas, fatores do


trabalho, tipo de acidente.

Elabore um diagrama de causa e efeito, para levantar as causas do acidente. Cada causa
levantada vai gerar uma ação a ser feita. Resolvendo as ações, as fontes geradoras de acidentes de
trabalho dentro da empresa vão diminuindo e o número de acidentes vai cair dia após dia. Não se
esqueça de elaborar uma planilha com as estatísticas de acidentes.

Lembrando que a investigação de acidente deve ser feita pela CIPA, envolvendo o
acidentado, as testemunhas, e a supervisão direta.

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12.1 Procura das Causas dos Acidentes

Segundo alguns estudiosos, três são os motivos que podem gerar a ocorrência de um
acidente. Cabe a CIPA estar atenta para evitar o acidente, através da identificação e análise desses
fatores que são:

ATO INSEGURO
CONDIÇÃO INSEGURA
FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA

1) ATO INSEGURO – é a violação de procedimento consagrado como correto.

São fatos comuns: a falta de uso de proteções individuais; a inutilização de equipamentos de


segurança; o emprego incorreto de ferramentas ou o emprego de ferramentas com defeitos; o ajuste;
a lubrificação e a limpeza de máquinas em movimento; a permanência debaixo de cargas suspensas;
a permanência em pontos perigosos junto a máquinas ou passagens de veículos; a operação de
máquinas em velocidade excessiva; a operação de máquinas sem que o trabalhador esteja habilitado
ou que não tenha permissão; o uso de roupas que exponham a riscos; o desconhecimento de fogo;
as correrias em escadarias e em outros locais perigosos; a utilização de escadas de mão sem a
estabilidade necessária da manipulação de produtos químicos; o hábito de fumar em lugares onde há
perigo.

2) CONDIÇÃO INSEGURA - é o risco relativo a falta de planejamento do serviço e


deficiências materiais no meio ambiente, tais como:

- Construção e instalações em que se localiza a empresa:


a) prédio com área insuficiente, pisos fracos e irregulares;
b) iluminação deficiente;
c) ventilação deficiente ou excessiva, instalações sanitárias impróprias e insuficientes;
d) excesso de ruídos e trepidações;
e) falta de ordem e de limpeza;
f) instalações elétricas impróprias ou com defeitos.

- Maquinaria:
a) localização imprópria das máquinas;
b) falta de proteção em móveis e pontos de operação;
c) máquinas com defeitos.

- Matéria-prima:
a) matéria-prima com defeito ou de má qualidade;
b) matéria-prima fora de especificação.

- Proteção do trabalhador:
a) proteção insuficiente ou totalmente ausente;
b) roupas não apropriadas;
c) calçado impróprio ou de falta de calçado;
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d) equipamento de proteção com defeito.

- Produção:
a) cadência mal planejada;
b) velocidade excessiva;
c) má distribuição.

- Horários de trabalho:
a) esforços repetidos e prolongados;
b) má distribuição de horários e tarefas.

3) FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA - é o que podemos chamar de “problemas


pessoais do indivíduo” e que agindo sobre o trabalhador podem vir a provocar acidentes, como por
exemplo:
- Problemas de saúde não tratados;
- Conflitos familiares;
- Falta de interesse pela atividade que desempenha;
- Alcoolismo;
- Uso de substâncias tóxicas;
- Falta de conhecimento;
- Falta de experiência;
- Desajustamento físico, mental ou emocional.

A investigação de acidentes não poderá nunca ter aspecto punitivo, pois o objetivo maior não
é “descobrir culpados”, mas sim causas que provocam o acidente, para que seja evitada sua
repetição.

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13 CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES


Muitas vezes, pior que o acidente, são as suas consequências.

Todos sofrem:
 A vítima, que fica incapacitada de forma total ou parcial, temporária ou permanente
para o trabalho;
 A família, que tem seu padrão de vida afetado pela falta dos ganhos normais,
correndo o risco de cair na marginalidade;
 As empresas, com a perda de mão-de-obra, de material, de equipamentos, tempo
etc., e, consequentemente, elevação dos custos operacionais;
 A sociedade, com o número crescente de inválidos e dependentes da Previdência
Social.
 O país, com todo o conjunto de efeitos negativos dos acidentes do trabalho.

Um acidente do trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas por


algumas horas, o que é chamado de acidente sem afastamento. É o que ocorre, por exemplo,
quando o acidente resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna ao trabalho em
seguida. Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas atividades
por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador acidentado não retornar ao
trabalho imediatamente ou até na jornada seguinte, temos o chamado acidente com afastamento,
que pode resultar na incapacidade temporária, ou na incapacidade parcial e permanente, ou, ainda,
na incapacidade total e permanente para o trabalho.

A incapacidade temporária: é a perda da capacidade para o trabalho por um período


limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas atividades normais.

A incapacidade parcial e permanente: é a diminuição, por toda vida, da capacidade física


total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou de uma
vista.

A incapacidade total e permanente: é a invalidez incurável para o trabalho. Nesse caso, o


trabalhador não tem mais condições para trabalhar. É o que acontece, por exemplo, se um
trabalhador perde as duas vistas em um acidente do trabalho. Nos casos extremos, o acidente
resulta na morte do trabalhador. Os danos causados pelos acidentes são sempre bem maiores do
que se imagina à primeira vista.

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14 DOENÇAS OCUPACIONAIS

Doenças ocupacionais são as moléstias de evolução lenta e progressiva, originárias de


causa igualmente gradativa e durável, vinculadas às condições de trabalho.
A legislação em vigor subdivide e equipara as doenças ocupacionais em: doença
profissional e doença do trabalho, conforme artigo 20, incisos I e II da Lei 8.213/1991.
As moléstias laborativas subdividem-se em tecnopatias, ergonopatias ou doenças
profissionais típicas, inerentes a alguns trabalhos peculiares ou a determinadas atividades
laborativas, com nexo causal presumido, razão pela qual o infortunado fica dispensado de
comprovar o mesmo.
As mesopatias, ou doenças do trabalho, também denominadas moléstias profissionais
atípicas, normalmente decorrentes das condições de agressividade existentes no local de
trabalho, que agiram decididamente, seja para acelerar, eclodir ou agravar a saúde do trabalhador.
As doenças de que padecia o trabalhador antes de ingressar na atividade para o
empregador, que sofram agravantes, gerando complicações oriundas do processo patológico, se
comprovado que o ambiente de trabalho motivou tais agravos, devem ser consideradas acidente
do trabalho, assim sendo definido como nexo de agravamento.
Enquanto nas doenças profissionais o laborista está dispensado do ônus probatório, nas
doenças do trabalho ou agravamento das mesmas esse ônus lhe é obrigatório. Isso porque embora
exista a presunção de que ingressou em perfeitas condições de saúde, ou que apresentava
determinada doença que não o impedia de trabalhar, deverá comprovar ter sido o ambiente
laborativo que fez eclodir ou provocou o agravamento da doença ou perturbação funcional. É
do obreiro o dever de comprovar a impossibilidade de se manter naquela mesma atividade, sob
pena de ver a incapacidade aumentada, com previsibilidade razoável de sobrevir a
incapacitação total e permanente.

Enquanto as doenças profissionais decorrem de risco da atividade exercida, as do


trabalho têm como causa o risco indireto. Um exemplo é o caso do empregado que possui bronquite
asmática, normalmente decorrente de fator genético e pode acometer qualquer pessoa, todavia se
o trabalhador exercer seu trabalho sob condições especiais, esse risco transforma-se em indireto.

Visando a prevenção das doenças ocupacionais e dos acidentes do trabalho, surgiu por
recomendação da Organização Internacional do Trabalho – OIT, a Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes – CIPA, transformando-se em determinação legal no Brasil por meio do Decreto-lei
n. 7.036, de 1944, determinando em seu artigo 82 que empresas com número superior a
100 funcionários deveriam instituir a CIPA.

A finalidade das campanhas preventivas de segurança do trabalho é fazer com que o


empregado tenha consciência da importância do uso dos equipamentos de proteção individual
(EPI’s). Busca-se uma consciência prevencionista, pois, além de ser uma indicação técnica, o uso
do EPI é uma exigência legal, conforme a Norma Regulamentadora (NR-6), da Portaria 3.214,
de 08.06.1978, e configura obrigação tanto para o empregador quanto para o empregado. É sabido
que a falta do uso do EPI é muito frequente, o que propicia a ocorrência dos acidentes de trabalho e
contribui para as instalações das doenças ocupacionais.

Os casos de doenças ocupacionais vêm aumentando gradativamente na mesma proporção


do crescimento industrial, e considerando a extensão do rol dessas doenças cabe destacar três
delas que aparecem com maior incidência e por isso são tidas como doenças ocupacionais
mais comuns de acordo com as estatísticas, sendo estas: a perda auditiva induzida por ruído
(PAIR); a lesão por esforço repetitivo (LER) e as doenças da coluna.

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Entende-se como Perda Auditiva Induzida por Ruído – PAIR, uma alteração dos
limiares auditivos, do tipo neurossensorial, decorrente da exposição sistemática a ruído, que tem
como características a irreversibilidade e a progressão com o tempo de exposição.
A PAIR é uma diminuição progressiva auditiva, decorrente da exposição continuada a
níveis elevados de pressão sonora. O termo Perdas Auditivas Induzidas por Níveis Elevados
de Pressão Sonora é o mais adequado, porém o termo PAIR é mais utilizado e, por isso, mais
conhecido.

As principais características desta moléstia são: ser sempre neurossensorial, por


comprometer as células de órgão de Córti; ser quase sempre bilateral, por atingir ouvidos
direito e esquerdo, com perdas semelhantes e, uma vez instalada, irreversível; por atingir a
cóclea, o trabalhador pode atingir intolerância a sons mais intensos.

O diagnóstico de PAIR pretende a identificação, qualificação e a quantificação da


perda auditiva, é necessário constatar que o trabalhador foi exposto a níveis elevados de
pressão sonora de intensidade maior que 85dc, durante oito horas diárias, por vários anos.
Cabe destacar que, os danos causados à saúde do trabalhador transcendem a função
auditiva, atingindo também os sistemas circulatório, nervoso, endócrino, digestivo entre outras
atividades físicas e mentais.

Apresentam-se como medidas de controle e conservação auditiva, o reposicionamento do


trabalhador em relação à fonte de ruído, ou mudança de função, a redução da jornada de trabalho
e o aumento do número de pausas no trabalho e/ou de duração das mesmas.

As Lesões por Esforços Repetitivos – LER - são enfermidades que podem acometer
tendões, articulações, músculos, nervos, ligamentos, isolada ou associadamente, com ou sem
degeneração dos tecidos, atingindo na maioria das vezes os membros superiores, região
escapular, do pescoço, pelo uso repetido ou forçado de grupos musculares e postura inadequada.

Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORT ou LER são definidos


como síndromes clínicas, apresentam dor crônica acompanhada ou não por modificações
objetivas, e resultam do trabalho exercido. A expressão LER é genérica, o médico ao
diagnosticar deve especificar qual é o tipo de lesão, pois como refere-se a várias patologias,
torna-se mais difícil determinar o tempo que leva para uma lesão persistente passar a ser
considerada crônica.

As LERs foram reconhecidas como doença do trabalho em 1987, por meio da Portaria n.
4.062, do Ministério da Previdência Social, e detêm o primeiro lugar das doenças
ocupacionais notificadas à Previdência Social. Estas espécies de moléstias vêm atingindo
grande parte da população operária, deixando de ser exclusividade dos digitadores, como se
entendia até pouco tempo, hoje há ocorrência em diversos trabalhadores de outros ramos de
atividade, como por exemplo, as telefonistas, metalúrgicos, operadores de linha de montagem, entre
outros.

Considerando a complexidade da origem das LERs, ainda é difícil determinar uma forma
definitiva de evitar o seu aparecimento, todavia, existem maneiras para minimizar ou retardar o seu
surgimento. A NR-17 do Ministério do Trabalho constitui hoje a principal norma que, se observados e
cumpridos todos os seus itens, resultará na significativa diminuição das causas que ensejam
as LERs. Partindo da idéia que a causa principal e imediata é o esforço repetitivo, se
diminuirmos a quantidade dessas repetições, é certo que os resultados obtidos serão satisfatórios.

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Ao lado da LER e da PAIR, os males da coluna representam, no âmbito da


infortunística, um dos mais sérios problemas para o segurado”. Duas situações caracterizam
essa espécie de enfermidade, sendo o acidente tipo e os “estalos” na coluna. O acidente tipo
envolve uma situação que provoca a incapacidade parcial ou total para o trabalho, é o caso de
fraturas decorrentes, sempre de origem traumática, como por exemplo, a queda de altura. Já
os “estalos” na coluna são situações mais difíceis de serem diagnosticadas, normalmente
provocam alterações nas vértebras, comprimindo os nervos, causando dor intensa e, por
consequência, a diminuição da capacidade para o trabalho.

Nesse caso, das doenças relativas à coluna, é dever da perícia médica infortunística
estabelecer se existe relação direta entre o tipo de trabalho exercido pelo segurado e a
ocorrência do infortúnio. O exame clínico físico é indispensável para a verificação de alterações na
coluna.

Diante das diversas espécies de doenças ocupacionais das quais o trabalhador pode
ser vítima, algumas aqui mencionadas e outras não menos importantes, faz-se necessário
mencionar a importância da ergonomia para a organização do trabalho.

Ergonomia, de acordo com a doutrina, é “um conjunto de ciências e tecnologias que


procura a adaptação confortável e produtiva entre o ser humano e seu trabalho, procurando
adaptar as condições de trabalho às características do ser humano.

A Associação Brasileira de Ergonomia – ABERGO, em 1998, assim definiu ergonomia:

Ergonomia é a disciplina científica que trata da compreensão das interações entre os seres
humanos a outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e
métodos, a projetos que visam otimizar o bem-estar humano e a performance global dos sistemas. A
Ergonomia visa adequar sistemas de trabalho às características das pessoas que nele operam.
Nos projetos de sistemas de produção, a Ergonomia faz convergir os aspectos de Segurança,
Desempenho e de Qualidade de Vida, através de sua metodologia específica, a Análise Ergonômica
do Trabalho.

Assim, entende-se que a Ergonomia é uma espécie de solução capaz de proporcionar formas
modernas e positivas de se administrar a produção do trabalho, sendo eficaz para a diminuição da
incidência de muitas das doenças ocupacionais. A organização do trabalho é fator primordial para
a diminuição das doenças e dos acidentes do trabalho. Respeitadas as determinações
legislativas, espera-se alcançar os objetivos propostos de promover o bem-estar do
trabalhador, com consequentes ganhos diversos também para a empresa.

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15 NOÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

15.1 Benefícios previdenciários

São as necessidades básicas de seguridade social previstas no sistema previdenciário


brasileiro. As prestações disponíveis pelo sistema previdenciário estão previstas no artigo 18 da Lei
8213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social). Essas prestações podem ocorrer na modalidade
de benefício (valores pagos em pecúnia) e serviços (bens imateriais postos à disposição dos
segurados).

15.2 Aposentadorias por invalidez

É devido ao segurado, que estando ou não em auxílio-doença, for incapaz para o trabalho e
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, sendo-lhe
paga enquanto permanecer nessa situação.

a) Idade mínima: não tem;


b) Carência: 12 contribuições;
c) Cálculo: 100%;
d) Prazo de pagamento: 16º dia do afastamento.

15.3 Aposentadorias especiais

Benefício concedido ao segurado que realize seu trabalho em condições prejudiciais à saúde
ou à sua integridade física.

a) Idade mínima: 15, 20 ou 25 anos em atividades expostas a agentes lesivos à saúde;


b) Carência: 180 contribuições;
c) Cálculo: 100%;
d) Prazo de pagamento: do desligamento ou até 90 dias do requerimento.

15.4 Pensões por morte

Benefício concedido ao dependente em decorrência do falecimento do segurado.

a) Requisitos: óbito do segurado;


b) Carência: não tem;
c) Cálculo: valor da aposentadoria;
d) Pagamento: do óbito se requerida até 30 dias ou, após este prazo do requerimento.

15.5 Auxílios doença

Benefício devido ao segurado que ficar incapacitado temporariamente para o trabalho por mais de 15 dias:

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a) Requisitos: incapacidade temporária;

b) Carência: 12 contribuições;

c) Cálculo: 91%;

d) Pagamento: 16º dia do afastamento para empregados e desde a incapacidade para os demais.

15.6 Abono acidente

Quando decorrente de acidentes de qualquer natureza, acidentes do trabalho, equiparados e


doença do trabalho.
a) Requisitos: sequelas de acidente;
b) Carência: não tem;
c) Cálculo: 50% ;
d) Pagamento: da cessação do auxílio-doença até a concessão da aposentadoria.

15.7 Abono anual

É devido ao segurado ou ao dependente que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-


acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão.

16 COMPETÊNCIA LEGAL

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Ao tratarmos das Normas Regulamentadoras da Saúde, Higiene e Segurança do Trabalho,


devemos encontrar o seu contexto legal e partindo daí exigir o seu cumprimento.

Em nosso ordenamento jurídico encontramos principal destaque na Constituição Federal:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social: (...)
“XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança”;
Partindo dessa ótica vemos que saúde, higiene e segurança, são elementos assegurados por
direito, não é de cunho alternativo ou uma benevolência feita pelo empregador, mas é sua
responsabilidade procurar reduzir os riscos nocivos nesses elementos.

Numa relação de trabalho devemos analisar qual o tipo de vínculo existente entre o prestador
da mão de obra e o tomador, pois as determinações do cumprimento às normas são fundamentadas
na Consolidação das Leis de Trabalho, as quais regem exclusivamente a relação entre empregado e
empregador, podendo ser urbano ou rural.

Uma das primeiras observações que devemos fazer é questionar de quem é a competência e
do quê:

16.2 SSST – Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho:

a) estabelecer normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo(DA SEGURANÇA


E DA MEDICINA DO TRABALHO) especialmente os referidos no art. 200 da CLT;
b) coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades
relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional,
inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho;
c) conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões
proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e
medicina do trabalho.

16.3 DRT - Delegacias Regionais do Trabalho:

a) promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do


trabalho;
b) adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste
Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se
façam necessárias;
c) impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste
Capítulo, nos termos do art. 201.

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16.4 Empregador:

a) cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;


b) instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar
no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
c) adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;
d) facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

16.5 Empregado:

a) observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de


que trata o item II do artigo anterior;
b) colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.

As competências aqui tratadas são exemplificativas, podendo ser estendida outras de


natureza semelhante a qualquer uma das relacionadas.

Em razão das exigências colocadas ao MTE – Ministério do Trabalho e Emprego e devendo


diversas matérias ser regulamentas por ele, temos a publicação da Portaria 3.214/78 que trata de 36
Normas Regulamentadoras vinculadas à CLT e previstas no Capítulo V do dito diploma no tocante
ao empregado urbano e a Portaria 3.067/88 que trata das 05 Normas Regulamentadoras Rurais com
fundamento na Lei 5.889/73.

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17 HIV / AIDS

17.1 Vírus

OS vírus são parasitas intracelulares obrigatórios; apresentam uma estrutura simples. São
formados por uma cápsula, denominada capsídeo, que envolve o material genético viral, que pode
ser o DNA ou RNA.
Observe, abaixo, a estrutura do bacteriófago, vírus que parasita bactérias:

Muitas doenças de plantas e animais, inclusive de seres humanos, como a hepatite B e a


AIDS, são causadas por vírus.

17.1.1 Reprodução dos vírus


Os vírus que apresentam o DNA como material genético utilizam a célula hospedeira para a
produção de novas moléculas de DNA viral e síntese das proteínas estruturais do vírus, formando,
em seguida, novos vírus. Ocorre o rompimento da célula parasitada, e os vírus irão invadir novas
células.
O HIV (vírus da imunodeficiência humana) é denominado retrovírus, isto é, possui o RNA
como material genético. Esse vírus é o agente causador da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida). Observe, abaixo, a reprodução do HIV:

O vírus (HIV) liga-se à proteína CD4 do linfócito e penetra na


célula, abandonando o capsídeo.

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O retrovírus (HIV) apresenta uma enzima especial, denominada transcriptase reversa. Essa
enzima transforma o RNA viral em DNA viral, que será incorporado ao DNA do linfócito e fabrica
novas cápsulas, originando inúmeros vírus, que irão invadir novas células; observe a figura abaixo:

Muitos vírus podem manter-se em estado inativo, sem o capsídeo e o seu material genético
incorporado à célula parasitada, durante um período e, posteriormente, tornam-se ativos, como, por
exemplo, os vírus do herpes.

17.2 HIV

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS, ataca o


sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas
são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo.
Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem
apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas
relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho
durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em
todas as situações.
Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus
compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento
dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do
sistema imune.

17.3 AIDS

A sigla AIDS, de origem inglesa, significa:

• Adquirida – não é hereditária; pega-se ao entrar em contato com o vírus.


• Imuno – refere-se a Sistema Imunológico, defesa do organismo, proteger-se.
• Deficiência – não funciona de acordo, fraco, sem forças.
• Síndrome – conjunto de sinais e sintomas que identificam a doença.

No Brasil utilizamos a forma AIDS, mas nos países de língua latina a forma SIDA é a habitual.

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A AIDS é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus
ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de
um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento
dessas doenças fica prejudicado.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em
dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos
indicados e seguir corretamente as recomendações médicas.
Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da
pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma
situação de risco e usar sempre o preservativo.

17.4 Formas de infecção do HIV / AIDS

Como o HIV, vírus causador da AIDS, está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e
leite materno, a doença pode ser transmitida de várias formas:

 Sexo sem camisinha. Por ser vaginal, anal ou oral.


 De mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação.
 Uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa.
 Transfusão de sangue contaminado com o HIV.
 Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.

Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não
compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. O preservativo está
disponível na rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque
Saúde (0800 61 1997).

17.5 Sistema imunológico

O corpo reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do
sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes
tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o
corpo funcionando livre de doenças.
Entre as células de defesa estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do HIV, vírus causador
da AIDS. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos agressores.
Produzidos na glândula timo, aprendem a memorizar, reconhecer e destruir os micro-organismos
estranhos que entram no corpo humano.
O HIV liga-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu
interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade
de responde adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo
não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais
facilmente e então se diz que tem AIDS. Esse momento geralmente marca o início do tratamento
com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus.

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17.6 Acompanhamento médico

O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial, tanto para quem não apresenta
sintomas e não toma remédios (fase assintomática), quanto para quem já exibe algum sinal da
doença e segue tratamento com os medicamentos antirretrovirais, fase que os médicos classificam
como AIDS.
Nas consultas regulares, a equipe de saúde precisa avaliar a evolução clínica do paciente.
Para isso, solicita os exames necessários e acompanha o tratamento. Tomar os remédios conforme
as indicações do médico é fundamental para ter sucesso no tratamento. Isso é ter uma boa adesão.
O uso irregular dos antirretrovirais (má adesão ao tratamento) acelera o processo de
resistência do vírus aos medicamentos, por isso, toda e qualquer decisão sobre interrupção ou troca
de medicamentos deve ser tomada com o consentimento do médico que faz o acompanhamento do
soropositivo. A equipe de saúde está apta a tomar essas decisões e deve ser vista como aliada, pois
juntos devem tentar chegar à melhor solução para cada caso.

17.6.1 Exames de rotina

No atendimento inicial, são solicitados os seguintes exames: sangue (hemograma completo),


fezes, urina, testes para hepatites B e C, tuberculose, sífilis, dosagem de açúcar e gorduras
(glicemia, colesterol e triglicerídeos), avaliação do funcionamento do fígado e rins, além de raios-X do
tórax.
Outros dois testes fundamentais para o acompanhamento médico são o de contagem dos
linfócitos T CD4+ e o de carga viral (quantidade de HIV que circula no sangue). Eles são cruciais
para o profissional decidir o momento mais adequado para iniciar o tratamento ou modificá-lo. Como
servem para monitorar a saúde de quem toma os antirretrovirais ou não, o Consenso de Terapia
Antirretroviral recomenda que esses exames sejam realizados a cada três ou quatro meses.
Determinada pelo médico, a frequência dos exames e das consultas é essencial para
controlar o avanço do HIV no organismo e determina o tratamento mais adequado em cada caso.

17.6.2 Onde fazer?

Normalmente, a coleta de sangue para realizar todos os exames pedidos pelo médico é feita
no próprio serviço em que a pessoa é acompanhada, o Serviço de Assistência Especializada (SAE),
e enviada para os Laboratórios Centrais (LACEN), unidades públicas de saúde que realizam os
exames especializados gratuitamente.

17.7 Sintomas e fases da AIDS

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da AIDS, o sistema imunológico começa a ser
atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo
da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6
semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os
primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a
maioria dos casos passa despercebido.

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A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e
rápidas mutações do vírus. Mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas
doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar
muitos anos, é chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até
serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase
sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do
sistema imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos
saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre,
diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome
por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da
doença, a AIDS. Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos
médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de
câncer.

17.8 Vacinação de soropositivos

O soropositivo deve ser avaliado por um médico antes de tomar qualquer vacina para se
prevenir de doenças. Se estiverem com a imunidade muito baixa, não devem receber vacinas
compostas por bactérias ou vírus vivos. Diversos estudos mostram que a resposta aos organismos
invasores é menor em soropositivos com pouca concentração de linfócitos T CD4+, células de
defesa do organismo. Por isso, normalmente os soropositivos sintomáticos não têm boa resposta às
vacinas. Portanto, na tentativa de obter uma resposta imunológica ideal, todas as vacinas devem ser
dadas no curso da infecção pelo HIV, o mais precocemente possível.

Orientações para adultos

 Vacina contra a bactéria causadora da pneumonia (pneumococo): a resposta é melhor na


fase em que as células CD4+ estão acima de 350/mm3.
 Vacina contra hepatite B: deve ser tomada somente quando indicada pelo médico. Indicações
para: usuários de drogas injetáveis, homossexuais sexualmente ativos, prostitutas, homens e
mulheres com atividade sexual e doenças sexualmente transmissíveis ou mais de um
parceiro sexual nos últimos seis meses e pessoas que vivem na mesma casa ou tiveram
contato sexual com portadores da hepatite B.
 Vacina contra a bactéria causadora da meningite (Haemophilus influenzae tipo b): a resposta
é mais eficiente nos estádios precoces da infecção pelo HIV.
 Vacina contra tétano-difteria: a recomendação geral é de uma dose de reforço a cada 10
anos.
 Vacina inativada contra o vírus causador da poliomielite: é preferível à vacina oral, no
soropositivo e seus comunicantes próximos.
 Vacina contra a gripe A H1N1 (gripe suína): deve ser tomada somente quando indicada pelo
médico.

Orientações para crianças

As crianças menores de um ano, com suspeita de infecção pelo HIV ou com diagnóstico
definitivo de infecção pelo HIV devem seguir orientação médica especializada.

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17.9 História da AIDS

1977 e 1978
 Primeiros casos nos EUA, Haiti e África Central, descobertos e definidos como aids, em 1982,
quando se classificou a nova síndrome.

1980
 Primeiro caso no Brasil, em São Paulo, também só classificado em 1982.

1981
 Primeiras preocupações das autoridades de saúde pública nos EUA com uma nova e
misteriosa doença.

1982
 Adoção temporária do nome Doença dos 5 H, representando os homossexuais, hemofílicos,
haitianos, heroinômanos (usuários de heroína injetável) e hookers (nome em inglês dado às
profissionais do sexo).
 Conhecimento do fator de possível transmissão por contato sexual, uso de drogas ou
exposição a sangue e derivados.
 Primeiro caso decorrente de transfusão sanguínea .
 Primeiro caso diagnosticado no Brasil, em São Paulo.

1983
 Primeira notificação de caso de aids em criança.
 Relato de caso de possível transmissão heterossexual.
 Homossexuais usuários de drogas são considerados os difusores do fator para os
heterossexuais usuários de drogas.
 Relato de casos em profissionais de saúde.
 Primeiras críticas ao termo grupos de risco (grupos mais vulneráveis à infecção).
 Gays e haitianos são considerados principais vítimas.
 Possível semelhança com o vírus da hepatite B.
 Focaliza-se a origem viral da aids.
 No Brasil, primeiro caso de aids no sexo feminino.

1984
 A equipe de Luc Montagnier, do Instituto Pasteur, na França, isola e caracteriza um retrovírus
(vírus mutante que se transforma conforme o meio em que vive) como o causador da aids.
 Início da disputa, entre os grupos do médico americano Robert Gallo e do francês Luc
Montagnier, pela primazia da descoberta do HIV.
 Estruturação do primeiro programa de controle da aids no Brasil, o Programa da Secretaria da
Saúde do Estado de São Paulo.
1985
 Fundação do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (GAPA), primeira ONG do Brasil e da
América Latina na luta contra a aids.
 Diferentes estudos buscam meio diagnóstico para a possível origem viral da aids.
 O primeiro teste anti-HIV é disponibilizado para diagnóstico.
 Caracterização dos comportamentos de risco no lugar de grupo de risco.
 Descoberta que a aids é a fase final da doença, causada por um retrovírus, agora
denominado HIV (Human Immunodeficiency Virus, em inglês), ou vírus da imunodeficiência
humana.
 Primeiro caso de transmissão vertical (da mãe grávida para o bebê).
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1986
 Criação do Programa Nacional de DST e Aids, pelo ministro da Saúde Roberto Santos.

1987
 Criação do Primeiro Centro de Orientação Sorológica (COAS), em Porto Alegre (RS).
 Questiona-se a definição de comportamentos sexuais tidos como anormais.
 Início da utilização do AZT, medicamento para pacientes com câncer e o primeiro que reduz a
multiplicação do HIV.
 Os ministérios da Saúde e do Trabalho incluem as DST/aids na Semana Interna de
Prevenção de Acidentes no Trabalho e Saúde.
 A Assembleia Mundial de Saúde, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU),
decide transformar o dia 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta contra a Aids, para reforçar
a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão em relação às pessoas
infectadas pelo HIV. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas.
 Os casos notificados no Brasil chegam a 2.775.

1988
 No Brasil, uma portaria assinada pelo ministro da Saúde, Leonardo Santos Simão, passa a
adotar o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
 Morre o cartunista Henrique de Souza Filho, o Henfil, aos 43 anos, em decorrência da aids.
 Criação do Sistema Único de Saúde.
 O Ministério da Saúde inicia o fornecimento de medicamentos para tratamento das infecções
oportunistas.
 Primeiro caso diagnosticado na população indígena.
 Os casos notificados no Brasil somam 4.535.

1989
 Morre de aids o ator da TV Globo Lauro Corona, aos 32 anos.
 Ativistas forçam o fabricante do AZT, Burroughs Wellcome, a reduzir em 20% o preço do
remédio.
 Durante Congresso de Caracas, na Venezuela, profissionais da saúde definem novo critério
para a classificação de casos de aids.
 Brasil registra 6.295 casos de aids.

1990
 O cantor e compositor Cazuza morre, aos 32 anos, em decorrência da aids.

1991
 Inicia-se o processo para a aquisição e distribuição gratuita de antirretrovirais (medicamentos
que dificultam a multiplicação do HIV).
 Lançamento do Videx (ddl), que como o AZT faz parte de um grupo de drogas chamadas
inibidores de transcriptase reversa.
 Dez anos depois de a aids ser identificada, a Organização Mundial da Saúde anuncia que 10
milhões de pessoas estão infectadas com o HIV pelo mundo.
 O jogador de basquete Magic Johnson anuncia que tem HIV.
 Já são 11.805 casos de aids no Brasil.

1992
 Primeiro estudo sobre o uso de várias drogas combinadas contra o HIV. Pesquisa aponta a
importância das doenças sexualmente transmissíveis (DST) como cofator para a transmissão
do HIV, podendo aumentar o risco de contágio do HIV em até 18 vezes.

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 Os médicos americano Robert Gallo e francês Luc Montagnier chegam a um acordo definitivo
sobre o crédito da descoberta do vírus.
 A sociedade brasileira indigna-se quando a menina Sheila Cartopassi de Oliveira, de cinco
anos, tem a matrícula recusada em uma escola de São Paulo, por ser portadora de HIV.
 Inclusão, no código internacional de doenças, da infecção pelo HIV.
 Ministério da Saúde inclui os procedimentos para o tratamento da aids na tabela do SUS.
 Início do credenciamento de hospitais para o tratamento de pacientes com aids.
 Lançamento da campanha Vamos todos contra a aids de mãos dadas com a vida.
 Os casos da infecção pelo HIV no Brasil chegam a 14.924.

1993
 Início da notificação da aids no Sistema Nacional de Notificação de Doenças (SINAN).
 Morre de aids o bailarino russo Rudolf Nureyev.
 A atriz Sandra Brea (1952-2000) anuncia que é portadora do vírus.
 Brasil passa a produzir o AZT (coquetel que trata a aids).
 Total de casos notificados no Brasil: 16.760.

1994
 Acordo com o Banco Mundial dá impulso às ações de controle e prevenção às DST e à aids
previstas pelo Ministério da Saúde.
 Estudos mostram que o uso do AZT ajuda a prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho
durante a gravidez e o parto.
 Definição para diagnosticar casos de aids em crianças .
 Brasil registra 18.224 casos de aids.

1995
 Até esse ano, a assistência medicamentosa era precária, contando somente com AZT
(zidovudina), Videx e dideoxicitidina.
 Uma nova classe de drogas contra o HIV, os inibidores de protease (dificultam a multiplicação
do HIV no organismo), é aprovada nos EUA.
 Zerti e Epivir, outros inibidores de transcriptase reversa, são lançados, aumentando as
escolhas de tratamento.
 Estudos revelam que a combinação de drogas reduz a progressão da infecção, mas o custo
do tratamento é de US$ 10 mil a US$ 15 mil por ano.
 Pesquisa demonstra que o tratamento precoce das DST, com consequente redução no tempo
de evolução das doenças e de suas complicações, faz com que o risco de transmissão e
aquisição do HIV diminuam. Com isso, a incidência do HIV reduz em 42%.
 Os números de casos no Brasil já somam 19.980.

1996
 Programa Nacional de DST e Aids lança o primeiro consenso em terapia antirretroviral
(regulamentação da prescrição de medicações para combater o HIV).
 Lei fixa o direito ao recebimento de medicação gratuita para tratamento da aids.
 Disponibilização do AZT venoso na rede pública.
 Queda das taxas de mortalidade por aids, diferenciada por regiões. Percebe-se que a
infecção aumenta entre as mulheres, dirige-se para os municípios do interior dos estados
brasileiros e aumenta significativamente na população de baixa escolaridade e baixa renda.
 Casos da doença no Brasil somam 22.343.

1997
 Implantação da Rede Nacional de Laboratórios para o monitoramento de pacientes com HIV
em terapia com antirretroviral, com a realização de exames de carga viral e contagem de

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células CD4 (células que fazem parte do sistema de defesa do organismo ou sistema
imunológico).
 Morre o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. Hemofílico, contaminado por transfusão de
sangue, defendia o tratamento digno dos doentes de aids.
 Já são 22.593 casos de aids no Brasil.

1998
 Validação do algoritmo nacional para diagnóstico das DST no Brasil.
 Ministério da Saúde recomenda a aplicação da abordagem sindrômica das DST para seu
tratamento oportuno e consequente diminuição da incidência do HIV.
 Rede pública de saúde disponibiliza, gratuitamente, onze medicamentos.
 Lei define como obrigatória a cobertura de despesas hospitalares com aids pelos seguros-
saúde privados (mas não assegura tratamento antirretroviral).
 Pesquisas detectam o HIV em gânglios linfáticos, medula e partes do cérebro de muitos
soropositivos que apresentam cargas virais indetectáveis pelos exame.
 Cientistas registram a imagem da estrutura cristalina da proteína gp 120 do vírus da aids,
usada por ele para entrar nas células do sistema imunológico atacadas pelo HIV.
 Lançamento das campanhas “Sem Camisinha não Tem Carnaval” e "A Força da Mudança:
com os jovens em campanha contra a aids”.

1999
 Número de medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde já são 15.
 Mortalidade dos pacientes de aids cai 50% e qualidade de vida dos portadores do HIV
melhora significativamente.
 Estudos indicam que, quando o tratamento é abandonado, a infecção torna-se outra vez
detectável.
 Pacientes desenvolvem efeitos colaterais aos remédios.
 Marylin, um chimpanzé fêmea, ajuda a confirmar que o SIV (simian immunodeficiency virus
ou vírus da imunodeficiência dos símios) foi transmitido para seres humanos e sofreu
mutações, transformando-se no HIV. Testes genéticos mostram que o HIV é bastante similar
ao SIV, que infecta os chimpanzés, mas não os deixa doentes.

2000
 A 13ª Conferência Internacional sobre Aids, em Durban, na África do Sul, denuncia ao mundo
a mortandade na África. Dezessete milhões morreram de Aids no continente, sendo 3,7
milhões crianças. Estão contaminados 8,8% dos adultos. O Presidente da África do Sul,
Thabo Mbeki, escandaliza o mundo ao sugerir que o HIV não causa a aids.
 Realização do I Fórum em HIV/Aids e DST da América Latina, no Rio de Janeiro.
 A partir de acordo promovido pelas Nações Unidas, cinco grandes companhias farmacêuticas
concordam em diminuir o preço dos remédios usados no tratamento da aids para os países
em desenvolvimento.
 No Brasil, aumenta a incidência em mulheres. Proporção nacional de casos de aids
notificados é de uma mulher para cada dois homens.

2001
 Implantação da Rede Nacional de Laboratórios para Genotipagem.
 Brasil ameaça quebrar patentes e consegue negociar com a indústria farmacêutica
internacional a redução no preço dos medicamentos para aids.
 Organizações médicas e ativistas denunciam o alto preço dos remédios contra aids. Muitos
laboratórios são obrigados a baixar o preço das drogas nos países do Terceiro Mundo.
 O HIV Vaccine Trials Network (HVTN) planeja testes com vacina em vários países, entre eles
o Brasil.
 Em duas décadas (1980 - 2001), o total de casos de aids acumulados são de 220.000.
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2002
 O Fundo Global para o Combate a Aids, Tuberculose e Malária é criado para captar e
distribuir recursos, utilizados por países em desenvolvimento para controlar as três doenças
infecciosas que mais matam no mundo.
 Um relatório realizado pelo Unaids, programa conjunto das Nações Unidas para a luta contra
a aids, afirma que a aids vai matar 70 milhões de pessoas nos próximos 20 anos, a maior
parte na África, a não ser que as nações ricas aumentem seus esforços para conter a
doença.
 A 14ª Conferência Internacional sobre aids é realizada em Barcelona.
 O número de casos de aids notificados no país, desde 1980, é de 258.000

2003
 Realização do II Fórum em HIV/Aids e DST da América Latina, em Havana, Cuba.
 O Programa Nacional de DST/Aids recebe US$ 1 milhão da Fundação Bill & Melinda Gates
como reconhecimento às ações de prevenção e assistência no país. Os recursos foram
doados para ONGs que trabalham com portadores de HIV/Aids. O Programa é considerado
por diversas agências de cooperação internacional como referência mundial.
 Os registros de aids no Brasil são 310.310.

2004
 Morrem duas lideranças transexuais, a advogada e militante Janaína Dutra e a ativista
Marcela Prado (ambas grandes colaboradoras do Programa Nacional de DST e Aids).
 Lançamento do algoritmo brasileiro para testes de genotipagem.
 Recife reúne quatro mil participantes em três congressos simultâneos: o V Congresso
Brasileiro de Prevenção em DST/Aids, o V Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças
Sexualmente Transmissíveis e Aids e o I Congresso Brasileiro de Aids.
 Já é de 362.364 o total de casos de aids até junho.

2005
 Makgatho Mandela (filho do ex-presidente Nelson Mandela) morre em consequência da aids,
aos 54 anos.
 O tema do Dia Mundial de Luta Contra a Aids no Brasil aborda o racismo como fator de
vulnerabilidade para a população negra.
 Até junho, são 371.827 registros de aids no Brasil.

2006
 O terceiro sábado de outubro é promulgado como o Dia Nacional de Combate à Sífilis.
 Toronto recebe 20 mil pessoas para a 16ª Conferência Mundial sobre Aids, o maior evento
sobre aids no mundo.
 Dia Mundial de Luta contra a Aids teve sua campanha protagonizada por pessoas vivendo
com aids.
 À noite, em uma ação inédita, a inscrição da RNP+ “Eu me escondia para morrer, hoje me
mostro para viver” foi projetada em raio laser nas duas torres do Congresso Nacional, que
ficou às escuras, como forma de lembrar os mortos pela doença.
 Brasil reduz em mais de 50% o número de casos de transmissão vertical, quando o HIV é
passado da mãe para o filho, durante a gestação, o parto ou a amamentação.
 Acordo reduz em 50% preço do antirretroviral Tenofovir, representando uma economia
imediata de US$ 31,4 milhões por ano.
 Registros de aids no Brasil ultrapassam 433.000.

2007

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 O Programa Nacional de DST/AIDS institui Banco de Dados de violações dos direitos das
pessoas portadoras do HIV.
 Em janeiro, a Tailândia decide copiar o antirretroviral Kaletra e, em maio, o Brasil decreta o
licenciamento compulsório do Efavirenz.
 É assinado acordo para reduzir preço do antirretroviral Lopinavir/Ritonavir.
 Em um ano, a UNITAID reduz preços de medicamentos antirretrovirais em até 50%.
 Aumenta a sobrevida das pessoas com aids no Brasil.
 Campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids, cujo tema são os jovens, é lançada no
Cristo Redentor.
 Os ministérios da Saúde e Educação e as Nações Unidas premiam máquinas de
preservativos.
 Brasil registra 474.273 casos de infecção pelo HIV até junho.

2008
 Realização do VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, em Florianópolis (SC).
 Conclusão do processo de nacionalização de um teste que permite detectar a presença do
HIV em apenas 15 minutos. Fiocruz pode fabricar o teste, ao custo de US$ 2,60 cada.
Governo gastava US$ 5 por teste.
 Brasil investe US$ 10 milhões na instalação de uma fábrica de medicamentos antirretrovirais
em Moçambique.
 Prêmio Nobel de Medicina é entregue aos franceses Françoise Barré-Sinoussi e Luc
Montagnier pela descoberta do HIV, causador da aids. O alemão Harald zur Hausen também
recebe o prêmio pela descoberta do HPV, vírus causador do câncer do colo de útero.

2009
 Programa Nacional de DST e Aids torna-se departamento da Secretaria de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde e o Programa Nacional para a Prevenção e Controle das
Hepatites Virais é integrado a ele.
 Desde o início da epidemia, são notificados 544.846 casos de aids no país.

2010
 Governos do Brasil e da África do Sul firmam parceria inédita para distribuir 30 mil camisinhas
e fôlderes sobre prevenção da aids e outras DST durante a Copa do Mundo de Futebol.
 Realização do VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids e do I Congresso
Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais, em Brasília (DF).
 Realização da IV Mostra Nacional da Saúde e Prevenção nas Escolas e da I Mostra Nacional
do Programa Saúde na Escola (SPE), em Brasília (DF).

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18 PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

18.1 Introdução

A proteção e combate a incêndio é um assunto complexo, que tem uma grande importância
para a vida em casos de acidentes. Podemos pensar que este assunto se refere simplesmente aos
equipamentos de combate a incêndios fixados nas edificações, porém está é uma pequena parte de
um sistema ainda maior, é necessário um conhecimento e o treinamento dos ocupantes da
edificação. Estes deverão ser preparados a identificar e operar corretamente os equipamentos de
combate a incêndio, bem como agir com calma e racionalidade sempre que houver início de fogo.
No domínio e na utilização em seu proveito de fenômenos da Natureza, o fogo foi um grande
passo para humanidade. No entanto, quando o homem perde o seu controle, este pode traduzir-se
em incêndios de dramáticas consequências humanas e econômicas.
Os riscos de incêndio continuam hoje em dia a ser uma das grandes preocupações no campo
da segurança industrial.
O conteúdo apresentado neste modulo objetiva fornecer subsídios para prevenir e proteger as
edificações em geral contra incêndios; as características dos serviços, dos materiais empregados,
dos processos de fabricação, entre outros, e determina as soluções mais adequadas a cada
situação.
A prevenção e proteção contra incêndios são de grande influência na tentativa de diminuição
dos prejuízos materiais, e principalmente, dos desastres pessoais e ambientais que os incêndios
sempre acarretam.
As causas de incêndios são as mais diversas como: descargas elétricas, atmosféricas,
sobrecarga nas instalações elétricas dos edifícios, falhas humanas (por descuido, desconhecimento
ou irresponsabilidade) entre outras.
No Brasil uma das principais causas de incêndios em edificações são as deficiências em
instalações elétricas, gerando um curto circuito e originando o principio de incêndio.
Para podermos eliminar os princípios de incêndios devemos conhecer melhor os elementos
que compõem o fogo (teoria do fogo), os tipos de combustíveis definindo assim as classes de
incêndio.

18.2 Teoria do Fogo

Fogo é um processo químico de transformação. Podemos também defini-lo como o resultado


de uma reação química que desprende luz e calor devido à combustão de materiais diversos. Para
tanto, é necessária a combinação de alguns elementos essenciais em condições apropriadas

18.2.1 Teoria geral do fogo

Para haver fogo é necessária a existência de três elementos essenciais:

1. Combustível: Combustível é o material que queima. Pode ser sólido, líquido e


gasoso.
2. Calor: é o elemento que dá início ao fogo, que o mantém e até amplia sua
propagação.
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3. Oxigênio (comburente): é o elemento que alimenta as chamas, intensificando-as. O


oxigênio não é combustível; ele alimenta a combustão.

O combustível, calor e oxigênio compõem o que chamamos de triângulo do fogo e, a


presença destes três elementos é que determina o fogo.

Para evitar incêndios o melhor é não deixar uma fonte de calor chegar perto de um
combustível. O oxigênio não tem jeito. Como ele está no ar, ele está sempre pronto para fazer um
combustível queimar. Para evitar que o fogo continue, podemos impedir a chegada de mais oxigênio,
visto que o fogo consome o oxigênio.

Há um quarto elemento que se une ao triangulo do fogo, formando um quadrado. Este


elemento é a reação em cadeia. Esse quarto elemento, também denominado transformação em
cadeia, vai formar o quadrado ou tetraedro do fogo, substituindo o antigo triângulo do fogo.

18.2.1.1 Combustível
Combustível é toda matéria que queima, sendo sólidos, líquidos e gasosos, porém os sólidos
e os líquidos se transformam primeiramente em gás pelo calor e depois inflamam.

Sólidos: Papel, madeira, plástico, algodão, tecido entre outros.

Líquidos: Os líquidos são divididos em dois grupos, voláteis e não voláteis.


Voláteis: são os que desprendem gases inflamáveis à temperatura ambiente, Ex:
álcool, gasolina, éter, benzina entre outros.
Não Voláteis: são os que desprendem gases inflamáveis à temperaturas maiores
do que a do ambiente. Ex: óleo, graxa, tinta entre outros.

Gasosos: Butano, propano, etano entre outros.

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18.2.1.2 Comburente (Oxigênio)

É o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamáveis dos combustíveis,
dando vida às chamas e possibilitando a expansão do fogo.

18.2.1.3 Calor

É o elemento que dá início ao fogo, é ele que faz o fogo se propagar. Pode ser uma faísca,
uma chama ou até um super aquecimento em máquinas e aparelhos energizados.

18.2.1.4 Reação em Cadeia

É uma sequência de reações que ocorrem durante o fogo, produzindo sua própria energia de
ativação (o calor) enquanto há comburente e combustível para queimar. Esse calor provocará o
desprendimento de mais gases ou vapores combustíveis, desenvolvendo uma transformação em
cadeia ou reação em cadeia, que, em resumo, é o produto de uma transformação gerando outra
transformação.

18.3 Pontos e Temperaturas

18.3. 1 Ponto de Combustão


É a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou gases
inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao entrar em contato com uma chama, se
inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se apaga, pois essa temperatura faz gerar, do
combustível, vapores ou gases suficientes para manter o fogo ou a transformação em cadeia (reação
em cadeia).

18.3.2 Ponto de Fulgor


Ponto de fulgor ou ponto de inflamação é a menor temperatura na qual um combustível liberta
vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura inflamável por uma fonte externa de calor.
Obs: o Ponto de Fulgor necessita de chama para iniciar o fogo.

18.3.3 Temperatura de Ignição


É aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão atingindo
uma determinada temperatura apenas pelo contato com o oxigênio do ar, sem a necessidade de
entrar em contato com uma chama ou faisca.
Obs: A temperatura de Ignição não necessita de chama para iniciar o fogo.

18.4 Propagação do Fogo

O fogo pode se propagar:


 Pelo contato da chama em outros combustíveis;
 Através do deslocamento de partículas incandescentes;
 Pela ação do calor.

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O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos corpos.

Ele se propaga por três processos de transmissão:

 Condução
 Convecção
 Irradiação

18.4.1Condução
É a forma pela qual se transmite o calor através do próprio material, de molécula a molécula
ou de corpo a corpo.

18.4.2 Convecção
É quando o calor se transmite através de uma massa de ar aquecida, que se desloca do local
em chamas, levando para outros locais quantidade de calor suficiente para que os materiais
combustíveis aí existentes atinjam seu ponto de combustão, originando outro foco de fogo.

18.4.3 Irradiação
É quando o calor se transmite por ondas caloríficas através do espaço, sem utilizar qualquer
meio material.

18.5 Classificação dos Incêndios

A classificação, assim como uma série de detalhes, interessa, principalmente, à execução das
perícias e à organização das estatísticas.
As classes a que podem enquadrar-se esses acontecimentos, são:

a. Manifestação de Incêndio: é o fogo breve, às vezes, apenas fulgurante, momentâneo; é um


incêndio embrionário, comumente sem graves consequências;

b. Começo ou Princípio de Incêndio: é o fogo que vence a primeira fase, se alastra e destrói
alguma coisa e que só não prossegue, não toma vulto, se for isolado ou por falta de
condições adequadas para prosseguir;

c. Pequeno Incêndio: incêndio que atinge certo desenvolvimento fogo, geralmente interno,
queimando peças de móveis, cargas, etc.: não chega a afetar prédio, navio ou outros;

d. Incêndio: é o fogo que se avantaja e destrói total ou parcialmente, construções,


embarcações, etc.;

e. Grande Incêndio: é aquele que se avoluma, se eleva e resiste espalhando a devastação: às,
vezes em virtude da quantidade e qualidade do combustível e da nula resistência deste, às
vezes pela míngua de elementos de repressão e, quase sempre, por imprevidência e ainda
por não prevenção.

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As características que configuram as classificações dos incêndios são, principalmente, a


duração, proporções, extensão, destruição e elementos de extinção aplicados.

18.6 Classes de Incêndio

Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis.


Somente com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir o
melhor método para uma extinção eficaz e segura.
As classes são divididas em A, B, C e D, dependendo da matéria que está pegando fogo.

18.6.1 Classe A

 Caracteriza-se por fogo em materiais sólidos geralmente de natureza orgânica como


papel, madeira, tecidos etc..
 Queimam em superfície e profundidade;
 Após a queima deixam resíduos, brasas e cinzas;
 Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo método de resfriamento, e as
vezes por abafamento através de jato pulverizado.

18.6.2 Classe B

 Caracteriza-se por fogo em combustíveis líquidos inflamáveis ou de sólidos


liquidificáveis. Ex: gasolina, querosene, álcool e etc.
 Queimam em superfície;
 Após a queima, não deixam resíduos;
 Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento.

18.6.3 Classe C

 Caracteriza–se por fogo em materiais/equipamentos energizados (geralmente


equipamentos elétricos); Ex: Equipamentos elétricos, motores, transformadores e etc.

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 A extinção só pode ser realizada com agente extintor não-condutor de eletricidade,


nunca com extintores de água ou espuma;
 O primeiro passo num incêndio de classe C, é desligar o quadro de força, pois assim
ele se tornará um incêndio de classe A.

18.6.4 Classe D

 Caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos como alumínio, antimônio, magnésio e


etc.
 São difíceis de serem apagados;
 Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento;
 Nunca utilizar extintores de água ou espuma para extinção desse tipo de fogo.

18.7 Métodos de Extinção do Fogo

Partindo do princípio de que, para haver fogo, são necessários os três elementos que
compõem o triangulo do fogo que são o combustível, comburente e o calor, porem não podemos
esquecer que modernamente há o quadrado ou tetraedro do fogo, quando já se admite a ocorrência
de uma reação em cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta retirar um desses elementos.
Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos os seguintes métodos de extinção:
 Resfriamento,
 Abafamento,
 Isolamento
 Extinção química.

18.7.1 Resfriamento

O Resfriamento nada mais é do que a retirada do calor, este método


consiste na diminuição da temperatura e eliminação do calor, até que o
combustível não gere mais gases ou vapores e se apague.

18.7.2 Abafamento

O abafamento é a retirada do comburente, este método consiste na


diminuição ou impedimento do contato de oxigênio com o combustível.

18.7.3 Isolamento
O isolamento consiste na retirada do material, ou seja, retirada
do combustível do contato com a fonte de calor esse método pode ser
feito de duas formas:
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 Retirada do material que está queimando


 Retirada do material que está próximo ao fogo

18.7.4 Extinção Química


A extinção química ocorre quando interrompemos a reação em
cadeia.

Ex: o combustível, sob ação do calor, gera gases ou vapores que,


ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamável.
Quando lançamos determinados agentes extintores ao fogo, suas
moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam com a mistura
inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não
inflamável.

18.8 Extintores de Incêndio

Os extintores de incêndio são normalmente a melhor ferramenta para o combate imediato e


rápido de pequenos incêndios, principalmente na sua fase inicial. Não devendo ser considerados
como substitutos aos sistemas de extinção mais complexos, mas sim como equipamentos adicionais.
O preço de um extintor de incêndio não é comparável ao valor de se proteger a qualquer
momento contra uma tragédia.
Para cada classe de fogo existe um extintor adequado, sendo muito importante saber suas
substancias e modo de usar.

18.8.1 Extintores de Água Pressurizada (H2O)

 São extintores para incêndios de classe A.


 Age por resfriamento e/ou abafamento.

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 Podem ser aplicado na forma de jato compacto, chuveiro e neblina. Para os dois
primeiros casos, a ação é por resfriamento. Na forma de neblina, sua ação é de
resfriamento e abafamento.

Obs: Os extintores de Classe A não devem ser utilizados em fogos de outras classes, visto
que o fogo de classe B é composto por líquido inflamáveis e em contato com a água podem espalhar
mais as chamas, além da água ser mais pesada ficando em baixo do liquido inflamável.
A água é condutora de eletricidade por esse motivo não se deve usar o extintor de classe A
em fogos de classe C.

18.8.2 Extintores de Pó Químico

 Os extintores de pó químico são usados para incêndios de classe B.


 Age por abafamento, podendo ser também utilizados nas classes A e C, sendo que
utilizado em aparelhos eletrônicos pode danificar o equipamento.

18.8.3 Extintores de Gás Carbônico (CO2)

 É o agente extintor indicado para incêndios da classe C, por não ser


condutor de eletricidade e se expande no ar não deixando resíduos.
 Age por abafamento e resfriamento, podendo ser também utilizado
nas classes A, somente em seu início e na classe B em ambientes
fechados.

Esses 3 tipos de extintores são os mais comuns de se encontrar em


edificações, porem existem outros tipos de extintores como:

18.8.4 Extintores de Pó Químico Especial

 É o agente extintor indicado para incêndios da classe D.


 Age por abafamento.

18.8.5 Extintores de Espuma

 É um agente extintor indicado para incêndios das classes A e B.


 Age por abafamento e secundariamente por resfriamento.
 Por ter água na sua composição, não se pode utiliza-lo em incêndio de classe C, pois
conduz corrente elétrica.

18.8.6 Extintores de Pó ABC (Fosfato de Monoamônico)

 É o agente extintor indicado para incêndios das classes A,B e C (utilizado nos carros)
 Age por abafamento

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18.9 Capacidades dos Extintores

Os extintores são divididos em "CAPACIDADE EXTINTORA", obedece a critérios de tipo e


quantidade de agente-extintor:

 Água: Capacidade extintora igual a 10 litros.


 Pó Químico: Capacidade extintora igual a 4 kg (à base de Bicarbonato de Sódio);
 Gás Carbônico: Capacidade extintora igual a 4 kg;
 Espuma: Capacidade extintora igual a 10 litros;

Existem também os extintores sobre rodas, conhecidos como carreta, provido de mangueira
com 5 m de comprimento no mínimo e equipado com difusor ou esguicho, com as seguintes
capacidades mínimas:

 Água: um extintor de 50 litros.


 Pó Químico: um extintor de 20 kg (à base de Bicarbonato de Sódio);
 Gás Carbônico: um extintor de 30 kg;
 Espuma: um extintor de 50 litros;

18.10 Uso dos Extintores

Para o uso dos principais extintores você primeiramente deve;

1. Transportar o extintor na posição vertical, segurando no suporte


2. Retirar o selo de lacração, após retirar também o pino de segurança.
3. Retirar o esguicho do suporte, segurando no difusor para extintores de gás carbônico.
4. O esguicho deve ser segurado com uma das mãos, apontando para a base do fogo.
5. A outra mão deve ficar localizada na válvula para espichar o conteúdo do extintor
contra o fogo.
6. Pressionar a alavanca
7. Aproximar do foco de incêndio progressiva e cautelosamente.
8. Não avançar enquanto não estiver seguro que o fogo não o atingirá pelas costas.
9. Varrer, devagar, toda a superfície das chamas.
10. Atuar sempre no sentido do vento
11. Cobrir lentamente toda a superfície das chamas
12. Dirigir o jacto para a base das chamas.
13. Em combustíveis líquidos não lançar o jacto com demasiada pressão, para evitar que
o combustível se espalhe.
14. Terminar apenas depois de se assegurar que o incêndio não se reacenderá.

Obs: o Extintor de Espuma deve ser utilizado de cabeça para baixo, como segue figura.

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I. O operador aproxima-se do fogo com o extintor na posição normal


II. Vira o extintor.
III. Dirige o jato para a base do fogo.

ATENÇÃO: O modo de uso de cada extintor é fornecido pelo fabricante,


aparecendo no corpo do extintor, para que você possa usá-lo corretamente quando
for necessário. Estas instruções devem estar legíveis, sem rasuras, não devendo
estar riscadas ou encobertas por outras informações

18.11 Sinalização e Localização dos Extintores

Para a localização e a sinalização dos extintores deve se observar aos seguintes requisitos:

 A probabilidade de o fogo bloquear o acesso ao extintor ser a menor possível;


 Boa visibilidade e acesso desimpedido;
 Com exceção das edificações residenciais multifamiliar ou quando os extintores forem
instalados no hall de circulação comum, deverá ser observado:
a) Sobre os aparelhos, seta ou círculo vermelho com bordas em amarelo, e
quando a visão for lateral deverá ser em forma de prisma.
b) Sobre os extintores, quando instalados em colunas, faixa vermelha com
bordas em amarelo, e a letra "E" em negrito, em todas as faces da coluna.
 Com exceção das edificações residenciais multifamiliares, deverá ser instalado sob o
extintor, a 20 cm da base do extintor, círculo com a inscrição em negrito "PROIBIDO
DEPOSITAR MATERIAL", nas seguintes cores:
a) Branco com bordas em vermelho;
b) Vermelho com bordas em amarelo;
c) Amarelo com bordas em vermelho.
 Nas edificações industriais, depósitos, garagens, galpões, oficinas e similares, sob o
extintor, no piso acabado, deverá ser pintado um quadrado com 1 m de lado, sendo
0,10 m de bordas, nas seguintes cores:
a) Quadrado vermelho com borda em amarelo;
b) Quadrado vermelho com borda em branco;
c) Quadrado amarelo com borda em vermelho.
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 Os extintores portáteis deverão ser afixados de maneira que nenhuma de suas partes
fique acima de 1,70 m do piso acabado e nem abaixo de 1,00 m, podendo em
escritórios e repartições públicas ser instalados com a parte superior a 0,50 m do piso
acabado, desde que não fiquem obstruídos e que a visibilidade não fique prejudicada;
 A fixação do aparelho deverá ser instalada com previsão de suportar 2,5 vezes o peso
total do aparelho a ser instalado;
 Sua localização não será permitida nas escadas (junto aos degraus) e nem em seus
patamares;
 Os extintores nas áreas descobertas ou sem vigilância, poderão ser instalados em
nichos ou abrigos de latão ou fibra de vidro, pintados em vermelho com a porta em
vidro com espessura máxima de 3 mm, em moldura fixa com dispositivo de abertura
para manutenção e deverão ter instruções afixadas na porta orientando como utilizar o
equipamento. Deve haver também dispositivo que auxilie o arrombamento da porta,
nas emergências e instruções quanto aos estilhaços do vidro.

A Sinalização dos Extintores é Importante para:


 Facilitar a localização;
 Identificar o agente extintor, as classes de incêndio para as quais é adequado e a
capacidade do aparelho;
 Garantir que a manutenção seja feita por empresa certificada pelo INMETRO;
 Delimitar a área próxima ao aparelho.

18.11.1 Selos e Adesivos


O Selo de Conformidade possibilita saber se o extintor de incêndio é certificado, este selo
reage à luz ultravioleta, dificultando a falsificação.
Para os extintores novos, o selo é vermelho e apresenta as inscrições;

 Logomarca do INMETRO;
 Número de série do selo;
 Identificação do fabricante;
 Número de licença do fabricante; e
 Identificação do Organismo de Certificação de Produto
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Após ser submetido à manutenção, o selo de conformidade é substituído por um selo de cor
azul esverdeada, contendo:

 Logomarca do INMETRO;
 Número de série do selo;
 Identificação da empresa que realizou a manutenção;
 Data da realização da manutenção; e
 Identificação do Organismo de Certificação de Produto.

Além destes selos o extintor deve conter.

 A capacidade do extintor expressa em “kg” ou “L” e capacidade extintora;


 O número da norma aplicável; e
 A validade do teste hidrostático, que é contada cinco anos após a data de fabricação,
expressa em “semestre/ano”.
Os Adesivos devem conter:
 Identificação do agente extintor: Devem ser fixados aos aparelhos adesivos indicando
o agente extintor e sua classificação quanto ao tipo.
 Identificação das classes de incêndio: Deve ser feita por um sistema de letra, figuras
geométricas e cores, atendendo às condições estabelecidas na NBR 7532/82 e NBR
7195/95.
 Marcação: Todo extintor deve ter marcado no recipiente, de forma indelével, a sigla do
fabricante, o número de série, trimestre/ano de fabricação e número da norma da
ABNT. Nos extintores de pó químico, espuma e de água a marcação deve ser feita na
borda inferior. Nos extintores de CO2 a marcação deve ser feita na calota (próximo à
válvula de disparo).

18.12 Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio (NBR 12962)

O principal objetivo desta norma é fixar as condições mínimas exigíveis para inspeção,
manutenção e recarga em extintores de incêndio.

18.12.1 Inspeção

A inspeção é um exame periódico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza no extintor
de incêndio, com a finalidade de verificar se este permanece em condições originais de operação.

 Selo de vedação;
 Pressão no manômetro (somente os que possuírem);
 Peso do extintor;
 Suportes, mangueiras (cortadas, entupidas);
 Gatilho;
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 Etiqueta onde são informadas data da recarga e reteste.

18.12.2 Manutenção
Serviço efetuado no extintor de incêndio, com a finalidade de manter suas condições originais
de operação, após sua utilização ou quando requerido por uma inspeção.
Existem 3 tipos de manutenção que são:
 Manutenção de primeiro nível
 Manutenção de segundo nível
 Manutenção de terceiro nível ou vistoria

Manutenção de primeiro nível


Manutenção geralmente efetuada no ato da inspeção por pessoal habilitado, que pode ser
executada no local onde o extintor está instalado, não havendo necessidade de removê-lo para
oficina especializada.
A manutenção de primeiro nível consiste em:
 Limpeza dos componentes aparentes;
 Reaperto de componentes roscados que não estejam submetidos à pressão;
 Colocação do quadro de instruções;
 Substituição ou colocação de componentes que não estejam submetidos à pressão
por componentes originais;
 Conferência, por pesagem, da carga de cilindros carregados com dióxido de carbono.

Manutenção de segundo nível

Manutenção que requer execução de serviços com equipamento e local apropriados e por
pessoal habilitado.
 A manutenção de segundo nível consiste em:
 Desmontagem completa do extintor;
 Verificação da carga;
 Limpeza de todos os componentes;
 Controle de rosca visual, sendo rejeitadas as que apresentarem um dos eventos:
a) crista danificada;
b) falhas de filetes;
c) francos desgastados;
 Verificação das partes internas e externas, quanto à existência de danos ou corrosão;
 Substituição de componentes, quando necessária, por outros originais;
 Regulagem das válvulas de alívio e/ou reguladora de pressão, quando houver;
 Verificação do indicador de pressão, conforme 8.2 e 9.3 da NBR 9654/1986;
 Fixação dos componentes roscados (exceto roscas cônicas) com torque recomendado
pelo fabricante, no mínimo para as válvulas de descarga, bujão de segurança e tampa;
 Pintura conforme o padrão estabelecido na NBR 7195 e colocação do quadro de
instruções, quando necessário;

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 Verificação da existência de vazamento;


 Colocação do lacre, identificando o executor;
 Exame visual dos componentes de materiais plásticos, com o auxílio de lupa com
aumento de pelo menos 2,5 vezes, os quais não podem apresentar rachaduras ou
fissuras.

Manutenção de terceiro nível ou vistoria


Processo de revisão total do extintor, incluindo a execução de ensaios hidrostáticos.
Os testes hidrostáticos são exigência da ABNT e devem ser feitos a intervalos regulares ou
quando o extintor sofrer pancadas, exposição a altas temperaturas, corrosão, etc.

Obs: Ensaio hidrostático é aquele executado em alguns componentes do extintor de


incêndio sujeitos à pressão permanente ou momentânea, utilizando-se normalmente a água como
fluido, que tem como principal objetivo avaliar a resistência do componente a pressões superiores à
pressão normal de carregamento ou de funcionamento do extintor, definidas em suas respectivas
normas de fabricação.

18.12.3 Recarga
Reposição ou substituição da carga nominal de agente extintor e/ou expelente.
A recarga deve ser efetuada considerando-se as condições de preservação e manuseio do
agente extintor recomendado pelo fabricante.
Não são permitidas a substituição do tipo de agente extintor ou do gás expelente nem a
alteração das pressões ou quantidades indicadas pelo fabricante.
O agente extintor utilizado na recarga deve ser certificado de acordo com as normas
pertinentes.
Somente para os extintores de incêndio com capacidade extintora declarada originalmente
pelo fabricante, devem ser mantidos os graus e informados no quadro de instruções.

18.13 Distribuição dos Extintores

A distribuição dos extintores de incêndio, em geral, obedece às exigências do Instituto de


Resseguros do Brasil (IRB) informadas em sua publicação “Tarifa de Seguro-Incêndio do Brasil”.

Observações:

 Será exigido o mínimo de duas unidades extintoras para cada pavimento, mezanino,
galeria, jirau ou risco isolado.
 Permite-se a existência de apenas uma unidade extintora nos casos de área inferior a 50
m2.
 Aos riscos constituídos por armazéns ou depósitos em que não haja processos de
trabalho, a não serem operações de carga ou descarga, serão permitidas as colocações
de extintores em grupos, em locais de fácil acesso, de preferência em mais de um grupo
e próximo às portas de entrada e/ou saída.

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Quando houver diversificação de riscos numa mesma edificação, os extintores devem ser
colocados de modo adequado à natureza do fogo a extinguir, dentro de sua área de proteção.

Obs: Todo extintor deverá possuir uma ficha de controle onde será registrada a vida do
equipamento: número de fabricação, marca, data da recarga, data do próximo teste hidrostático, tipo
de manutenção sofrida, etc.

18.14 Sistema Hidráulico Preventivo

Segundo a NSCI (1994), o Sistema Hidráulico Preventivo sob Comando ou Automatizado,


deverá ser locado em planta baixa, apresentado em esquema vertical ou isométrico, com os detalhes
e especificações do sistema e apresentar planilha com os cálculos hidráulicos, devendo constar do
projeto, as pressões e vazões reais verificadas nos esguichos dos hidrantes mais desfavoráveis.
Em edificações com 4 ou mais pavimentos ou área total construída igual ou superior a 750
m², independente do tipo de uso, será exigido Sistema Hidráulico Preventivo.
Quando se tratar de conjunto de unidades isoladas, agrupadas ou em blocos independentes
com área inferior a 750 m², será computada a área do conjunto para efeito da exigência do Sistema
Hidráulico Preventivo.

18.15 Hidrantes

Os hidrantes deverão sempre ocupar lugares de modo a se proceder a sua localização no


menor tempo possível. Devem ser instalados, preferencialmente, dentro do abrigo de mangueiras, de
modo que seja permitida a manobra e substituição de qualquer peça.
Em instalações de risco Médio ou Elevado, os hidrantes devem ser sinalizados com um
quadrado de cor amarela ou vermelha com 1 m de lado, pintado no piso e com as bordas de 10 cm,
pintados na cor branca; Os hidrantes devem ser dispostos de modo a evitar que, em caso de sinistro,
fiquem bloqueados pelo fogo.
Para as edificações de risco Leve, os hidrantes terão saída singela, enquanto nas edificações
de risco Médio ou Elevado, terão saída dupla.
Quando externos, os hidrantes devem ser localizados tanto quanto possível afastados das
paredes da edificação, não podendo, no entanto, distar mais de 15 m.
Não haverá exigência de colocação de hidrantes de parede nos mezaninos e sobrelojas que
possuam até 100 m² de área, desde que os hidrantes do pavimento assegurem a proteção, conforme
o estabelecido no caminhamento.

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18.16 Rociador de incêndios

Um Rociador de incêndios (em inglês Sprinkler) é um dispositivo para a extinção de


incêndios. Consiste numa armadura, com um cano conectado a uma tubagem de água a pressão. O
cano se fecha com uma tampa sujeita por uma cápsula de vidro recheada de um líquido cujo ponto
de ebulição é a uma temperatura determinada (temperatura de disparo), a qual está sujeita contra
um dispersor. Quando se produz um incêndio, ferve o líquido e o vapor rompe a cápsula; a tampa
salta, sai a água, e choca contra o dispersor aspergindo a zona incendiada.
Existem outros automáticos, que em vez da cápsula estão conectados a um detector de
incêndios o qual manda uma válvula automática que se abre quando o detector sabe de de um fogo.
Quando se extinguiu, o detector fecha a válvula e, se for o caso, a abriria de novo se o fogo se
reaviva. Os sistemas de rociadores se diferenciam dos de água pulverizada em que o elemento que
dispersa a água nestes últimos é uma boquilha desenhada para brindar um ângulo de neblina (daí o
nome de pulverizada) que varia em função da aplicação que se lhe queira dar ao sistema de água
pulverizada. O uso mais comum destes sistemas de água pulverizada é o esfriamento das paredes
de um tanque de armazenamento de líquidos inflamáveis, devido a que são menos custosos e mais
fáceis de manter do que um sistema de rociadores, que ademais não correspondem ao padrão de
dispersão de água requerido por tais instalações.

18.17 GLP - Gases Liquefeitos de Petróleo

O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, é formado por
vários hidrocarbonetos sendo os principais o propano e o butano. É incolor e inodoro e, para que
possamos identificá-lo caso ocorra vazamentos, é adicionado um produto químico que tem odor
penetrante e característico (mecaptana, etilmercaptan).
O GLP é muito volátil e se inflama com facilidade, por isso é tão importando manter todo
cuidado com o seu manuseio.
Em caso de vazamento, devemos saber que o gás é mais pesado que o ar, sendo assim se
deposita em lugares baixos, e em local de difícil ventilação o gás fica acumulado, misturando-se com
o ar ambiente, formando uma mistura explosiva ou inflamável, dependendo da proporção. A válvula
de segurança se rompe a mais ou menos à 70°C.
O maior número de ocorrências de vazamentos se dá nos botijões de 13 kg, mais facilmente
encontrado nas residências onde normalmente, o vazamento se dá na válvula de vedação, junto à
mangueira. Porém no botijão de 1 kg como não há válvula de segurança, o risco de explosão é
evidente.
O GLP oferece uma margem de segurança e o consumidor deve guiar-se pelas seguintes
recomendações:
 Somente instalar equipamento aprovado e executado por uma companhia
especializada no ramo;
 Não usar martelo ou objeto semelhante para apertar a válvula de abertura dos
botijões;
 Não abrir o gás para depois riscar o fósforo;

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 Ao constatar qualquer vazamento, fazer o teste para verificar o local exato com
espuma de sabão, nunca com fogo (chama);
 Verificar sempre a validade e condição da mangueira e registro.

18.17.1 Vazamento de Gás Sem Fogo

Quando constatado o vazamento de gás devemos agir da seguinte forma:

 Desligar a chave geral da residência, desde que esta chave não esteja no ambiente
com o vazamento.
 Acionar o Corpo de Bombeiros no telefone 193.
 Abandonar o local.
 Ventilar o máximo possível a área.
 Levar o botijão de gás para um lugar mais ventilado possível.
 Durante a noite, ao constatarmos vazamento (odor) de gás, não devemos nunca
acender a luz. Devemos fechar a válvula do botijão no escuro e em seguida ventilar o
ambiente.

18.17.2 Vazamento de Gás Com Fogo

Quando constatado o principio de incêndio por vazamento de gás devemos agir da seguinte
forma:

 Não extinguir de imediato as chamas, a não ser que haja grandes possibilidades de
propagação;
 Apagar as chamas de outros objetos, se houver, deixando que o fogo continue no
botijão, em segurança;
 Em último caso, procurar extinguir a chama do botijão pelo método de abafamento,
com um pano bem úmido. Para chegar perto do botijão, deve-se procurar ir o mais
agachado possível para não correr o risco de se queimar, e levar o botijão para um
local bem ventilado.
Um dos grandes problemas com vazamento de gás é o perigo de explosões, devemos tomar
muito cuidado com vazamentos, pois além de colocarmos nossas vidas em risco estamos colocando
de outras pessoas.

18.18 Prevenção de Incêndios.

A prevenção de incêndios compreende toda uma série de cuidados e medidas que vão desde
a distribuição de equipamentos para combate a incêndios até qualificar pessoas que habitam as
edificações para que, através de treinamento específico, possam atuar em focos iniciais de incêndio.

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A prevenção é o conjunto de medidas que visam evitar que o acidente aconteça, prevenir
incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber como agir corretamente no
momento em que eles ocorrem.
A consciência de prevenção de incêndios deve partir do lar, onde as crianças devem ser
instruídas sobre os riscos do fogo, os perigos de brincadeiras com fogos de artifícios e balões, riscos
elétricos, riscos dos produtos químicos domésticos, entre outros.
Todos os trabalhadores devem estar sempre atentos às normas básicas de segurança contra
incêndio para evitar acidentes. Prevenir é a palavra de ordem e todos devem colaborar, pois é mais
importante evitar incêndios do que apagá-los.
Os incêndios, na maioria das vezes, são decorrentes da falha humana, para evitarmos o
máximo à ocorrência de incêndios devem ser tomados alguns cuidados como:

 Respeitar as proibições de fumar no ambiente de trabalho.


 Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar aparelhos celulares em locais sinalizados;
 Manter o local de trabalho em ordem e limpo;
 Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados;
 Colocar os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados;
 Manter desobstruídas as áreas de escape e não deixar, mesmo que provisoriamente,
materiais nas escadas e corredores;
 Observar as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos;
 Manter os materiais inflamáveis em local resguardado e à prova de fogo;
 Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os
sempre na posição vertical e na embalagem;
 Não utilizar chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis.

18.18.1 Prevenção de Acidentes com Eletricidade.

Entre as normas de segurança estabelecidas por lei para as instalações prediais, estão a
conservação e a manutenção das instalações elétricas. Existem vários tipos de sistemas de proteção
das instalações elétricas, como fusível tipo rolha, disjuntor, entre outros. Todos devem estar
funcionando perfeitamente, pois qualquer princípio de incêndio pode ser ocasionado por descargas
de curto-circuito.
Qualquer edificação possui um projeto de circuito elétrico, que dimensiona tipos e números de
pontos de corrente (tomadas) ou luz, conforme suas características de consumo. Quando na
presença de uma sobrecarga este circuito não dimensionado para uma corrente de curto-circuito
eleva-se em muito a temperatura, iniciando o processo de fusão do fio, ou pior, o início de um
incêndio. Por este motivo cuidado com a utilização de multiplicador de tomadas, conhecido
popularmente como “T”.
Para evitar acidentes com eletricidade que possam levar a um incêndio, algumas medidas
devem ser tomadas como:
 Manter as instalações em bom estado para evitar a sobrecarga, o mau contato e
principalmente o curto-circuito.
 Revisar periodicamente toda a instalação elétrica
 Não usar tomadas e fios em mau estado ou de bitola inferior à recomendada.
 Nunca substituir fusíveis ou disjuntores por ligações diretas com arames ou moedas.
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 Não sobrecarregar as instalações elétricas com vários utensílios ao mesmo tempo,


pois os fios esquentam e podem ocasionar um incêndio.
 Verificar antes da saída do trabalho, se não há nenhum equipamento elétrico ligado,
como estufas, ar condicionado, exaustores, dentre outros;
 Pregos ou grampos usados para prender os fios elétricos a paredes ou rodapés
podem causar danos e provocar incêndios ou perigo de choque. Utilize fitas nas
paredes ou chão em vez de pregos ou grampos
 Observe se os orifícios e grades de ventilação dos eletrodomésticos (como T.V., vídeo
e forno de micro-ondas) não se encontram vedados por panos decorativos, cobertas,
etc.
 Não cobrir fios elétricos com o tapete;
 Não deixe lâmpadas, velas acesas e aquecedores perto de cortinas, papéis e outros
materiais combustíveis.
 Se a casa ficar desocupada por um período prolongado, desligue a chave elétrica
principal.

18.18.2 Outras medidas de prevenção

 Jamais deixe crianças trancadas ao sair de casa. Em caso de incêndio, ou outra


emergência, elas não terão como fugir.
 Não solte balões, eles podem provocar grandes incêndios.
 Não solte fogos de artifício, podem explodir acidentalmente em suas mãos, mutilando-
as ou queimando-as.
 Grande quantidade de papéis, papelões e outros materiais de fácil combustão não
devem ser estocados em locais abertos, próximo a áreas de circulação de pessoas e
sim guardados em recintos fechados.
 Após utilizar uma fogueira na mata, camping, etc., jogue água na mesma e cubra com
areia.
 Tenha cuidado com bolas (balões) de gás para crianças, muitas vezes cheias com
hidrogênio.
 Não fume perto de bolas de gás, pode causar explosões e várias queimaduras.
 Não fume na cama, pois o fumante pode adormecer e o cigarro provocar um incêndio.
 Não jogue inflamáveis, gasolina, álcool, etc. nos ralos, podem causar acúmulo de
gases provocando explosões.
 Não avive chamas de churrasqueiras e braseiros jogando álcool ou outros inflamáveis.

18.19 Instruções Gerais em Caso de Incêndios

Por mais que tentemos prevenir, incêndios podem acontecer num instante, em casos onde o
principio de incêndio não foi combatido, iniciará um incêndio, nesses casos é recomendado:

 Manter a calma, evitando o pânico, correrias e gritarias;

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 Acionar o Corpo de Bombeiros no telefone 193;


 Usar extintores ou os meios disponíveis para apagar ou passar pelo fogo;
 Acionar o botão de alarme mais próximo, ou telefonar para o ramal de emergência,
quando não se conseguir a extinção do fogo;
 Fechar portas e janelas, confinando o local do sinistro;
 Isolar os materiais combustíveis e proteger os equipamentos, desligando o quadro de luz
ou o equipamento da tomada;
 Comunicar o fato à chefia da área envolvida ou ao responsável do mesmo prédio;
 Armar as mangueiras para a extinção do fogo, se for o caso;
 Existindo muita fumaça no ambiente ou local atingido, usar um lenço como máscara (se
possível molhado), cobrindo o nariz e a boca;
 Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possível, manter molhadas as
roupas, cabelos, sapatos ou botas.
 Não suba, procure sempre descer pelas escadas;
 Não corra nem salte, evitando quedas, que podem ser fatais. Com queimaduras ou
asfixias, o homem ainda pode salvar–se;
 Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação. Tire apenas
a gravata ou roupas de nylon;

18.19.1 Em caso de confinamento pelo fogo

 Procure sair dos lugares onde haja muita fumaça;


 Mantenha-se agachado, bem próximo ao chão, onde o calor é menor e ainda existe
oxigênio;
 No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo, molhe todo o corpo, roupas e
sapatos, encharque uma cortina e enrole-se nela, molhe um lenço e amarre-o junto à
boca e ao nariz e atravesse o mais rápido que puder.
 Em situações críticas feche-se no banheiro, mantendo a porta umedecida pelo lado
interno e vedada com toalha ou papel molhados.
 Não fique no peitoril antes de haver condições de salvamento, proporcionadas pelo
Corpo de Bombeiros. Indique sua posição no edifício acenando para o Corpo de
Bombeiros com um lenço.
 Aguarde outras instruções do Corpo de Bombeiros.

18.19.2 Em caso de evacuação do local

 Seja qual for a emergência, nunca utilizar os elevadores;


 Ao abandonar um compartimento, fechar a porta atrás de si (sem trancar) e não voltar ao
local;
 Ande, não corra;
 Facilitar a operação dos membros da Equipe de Emergência para o abandono, seguindo
à risca as suas orientações;

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 Ajudar o pessoal incapacitado a sair, dispensando especial atenção àqueles que, por
qualquer motivo, não estiverem em condições de acompanhar o ritmo de saída
(deficientes físicos, mulheres grávidas e outros);
 Levar junto com você visitantes;
 Sair da frente de grupos em pânico, quando não puder controlá-los.
 Não suba, procure sempre descer pelas escadas;
 Não respire pela boca, somente pelo nariz;
 Não corra nem salte, evitando quedas, que podem ser fatais. Com queimaduras ou
asfixias, o homem ainda pode salvar–se;
 Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação. Tire apenas
a gravata ou roupas de nylon;
 Se suas roupas se incendiarem, jogue–se no chão e role lentamente. Elas se apagarão
por abafamento;
 Ao descer escadarias, retire sapatos de salto alto e meias escorregadias.

18.20 Deveres e Obrigações

 Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local de trabalho, inclusive as
rotas de fuga;
 Participe ativamente dos treinamentos teóricos, práticos e reciclagens que lhe forem
ministrados;
 Conheça e pratique as Normas de Proteção e Combate ao Princípio de Incêndio, quando
necessário e possível, adotadas na Empresa;
 Comunique imediatamente aos membros da Equipe de Emergência, qualquer tipo de
irregularidade.

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19 PRIMEIROS SOCORROS

O curso da NR-05 por se tratar da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, tem os


primeiros socorros de um modo geral, não sendo especifico para um determinado seguimento.
Salientamos que o curso de primeiro socorros é bem amplo e especifico, não tendo este modulo
(NR-05), o objetivo de substituir um curso de primeiros socorros, pois somente com um curso
completo e especifico de primeiros socorros a pessoa terá o conhecimento profundo das técnicas
para diversas situações que podem ocorrer no dia-a-dia.
Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o
atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional. Geralmente presta-se
atendimento no próprio local.
As providências a serem tomadas inicialmente são:
 Uma rápida avaliação da cena e vítima;
 Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima,
com a utilização de técnicas simples;
 Acionar corretamente um serviço de emergência local.
Apesar das medidas de segurança comumente adotadas no ambiente de trabalho e dos
cuidados que as pessoas têm com suas próprias vidas, nem todos os acidentes podem ser evitados
porque nem todas as causas podem ser controladas. Assim, os riscos de acidente fazem parte do
nosso cotidiano, o que requer a presença de pessoas treinadas para atuar de forma rápida.
Cada vez se investe mais na prevenção e no atendimento às vítimas. Mas, por mais que se
aparelhem hospitais e prontos-socorros, ou se criem os Serviços de Resgate e SAMUs – Serviços de
Atendimento Móvel de Urgência – sempre vai haver um tempo até a chegada do atendimento
profissional. Nesses minutos, muita coisa pode acontecer. Nesse tempo, as únicas pessoas
presentes são as que foram envolvidas no acidente e as que estavam ou passaram pelo local.
Somente a equipe especializada é composta por socorristas, ou seja, socorrista é a pessoa
que esta preparada, treinada e habilitada a fazer os primeiros socorros e transporte de acidentados.
A pessoa que presta os primeiros socorros em casos de acidentes ou mal súbitos deve ter
noções de primeiros socorros. Esta função é importante, pois pode manter a vítima viva até a
chegada do socorro adequado, bem como não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes. A
prestação dos Primeiros Socorros depende de conhecimentos básicos, teóricos e práticos por parte
de quem os está aplicando-o. Por isso é fundamental que as pessoas tenham um curso especifico de
primeiros socorros, para assim auxiliar ou até mesmo não agravar mais o estado da vitima.
A pessoa que presta os primeiros socorros deve agir com bom senso, tolerância, calma e ter
grande capacidade de improvisação.
Prestar os primeiros socorros é uma atitude humana, que requer coragem e o conhecimento
das técnicas adequado capazes de auxiliar numa emergência. O socorro imediato evita que um
ferimento se agrave ou que uma simples fratura se complique, ou que um desmaio resulte na morte
do acidentado.
É comum que as pessoas sintam-se incomodadas e até não gostem de socorrer uma pessoa
estranha. Mas não se esqueça de que você, parentes ou amigos também podem ser vítimas de
acidentes ou de um mal súbito.

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Os Primeiros Socorros ou socorro básico de urgência são as medidas iniciais e imediatas


dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa treinada, para
garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes.
O conhecimento e a aplicação dos primeiros socorros têm como objetivo fundamental salvar
vidas. Se você não tiver condições emocionais de prestar socorro direto à vítima, procure por alguém
que o auxilie no atendimento e, em seguida, acione os serviços especializados: médicos,
ambulâncias, SAMU e bombeiros. Não deixe uma pessoa acidentada sem uma palavra de apoio nem
um gesto de solidariedade, nem deixe de adotar os procedimentos cabíveis.
Existem várias maneiras de ajudar em um acidente, até um simples ato de chamar
assistência especializada como, ambulância e bombeiros, é de suma importância para o atendimento
adequado. Ao pedir ajuda, deve procurar passar o máximo de informações, como endereço do
acidente, ponto de referencia, sexo da vitima, idade aproximada, tipo de acidente e numero de
vitimas. Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração artificial, colocar um
curativo num ferimento ou levar uma pessoa ferida para o hospital. Significa chamar a equipe
especializada (Bombeiros, SAMU), pegar na mão de alguém que está ferido, tranquilizar os que
estão assustados ou em pânico, dar um pouco de si.

19.1 Procedimentos Gerais

Um atendimento adequado depende antes de tudo de uma rápida


avaliação da situação, que indicará das prioridades.
A pessoa que esta preparada e treinada, deve fazer uma observação
detalhada da cena, certificando-se de que o local onde se encontra a vítima está
seguro, analisando a existência de riscos, como desabamentos, atropelamentos,
colisões, afogamento, eletrocussão, agressões entre outros.
Somente depois de assegurar-se da segurança da cena é que a pessoa deve ser aproximar
da vítima para prestar assistência. Não adianta tentar ajudar e, em vez disso se tornar mais uma
vítima. Lembre-se Primeiro você, depois sua equipe e por ultimo a Vítima.

Antes de examinar a vítima, a pessoa deve se proteger para evitar riscos de contaminação
através do contato com sangue, secreções ou por produtos tóxicos. Por isso é importante a utilização
de kits de primeiros socorros como; luvas, óculos, máscaras entre outros. Na ausência desses
dispositivos, vale o improviso com sacos plásticos, panos ou outros utensílios que estejam
disponíveis.
Sempre que possível, deve-se interagir com a vítima, procurando acalmá-la e, ao mesmo
tempo, avaliar suas condições enquanto conversa com ela.
Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida para:
 Pedido de ajuda qualificada e especializada
 Avaliação das vias áreas
 Avaliação da respiração e dos batimentos cardíacos
 Prevenção do estado de choque
 Aplicação de tratamento adequado para as lesões menos graves
 Preparação da vítima para remoção segura
 Providencias para transporte e tratamento médico (dependendo das condições)

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19.1.1 Princípios para os Primeiros Socorros:

 Agir com calma e confiança – evitar o pânico


 Ser rápido, mas não precipitado
 Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações
 Usar criatividade para improvisação
 Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança
 Se houver condições solicitar ajuda de alguém do mesmo sexo da vítima
 Manter sua atenção voltada para a vítima quando estiver interrogando-a
 Falar de modo claro e objetivo
 Aguardar a resposta da vítima
 Não atropelar com muitas perguntas
 Explicar o procedimento antes de executá-lo
 Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer
 Usar luvas descartáveis e dispositivos boca-máscara, improvisando se necessário,
para proteção contra doenças de transmissão respiratória e por sangue.
 Atender a vítima em local seguro (remove-la do local se houver risco de explosão,
desabamento ou incêndio).

19.2 Legislação Sobre o Ato de Prestar Socorro

Devido à importância do ato de prestar socorro, há artigos específicos na legislação brasileira


acerca do assunto. Para o Código Penal Brasileiro, por exemplo, todo indivíduo tem o dever de
ajudar um acidentado ou chamar o serviço especializado para atendê-lo; a omissão de socorro
constitui crime previsto no Artigo 135.
Na CLT, o artigo 181 prescreve a necessidade dos que trabalham com eletricidade de
conhecerem os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico. Por isso, a NR-10 ao tratar de
situações de emergência, reforça, em seu item 10.12.2, uma exigência, bem como inclui um
conteúdo básico de treinamento para os trabalhadores que venham a ser autorizados a intervir em
instalações elétricas.
Código penal - Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; ou pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
Pena – detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se a omissão resulta lesão corporal ou de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
CLT - Art. 181 – Os que trabalham em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem
estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.

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19.2.1 Aspectos Legais


Durante uma emergência, as pessoas podem se deparar com questões jurídicas, por tanto
comentaremos os principais tópicos penais que podem ser de interesse.

Homicídio simples
Art. 121 - Matar alguém.
Pena - Reclusão de seis a vinte anos.
Parágrafo 3º - Se o homicídio é culposo.
Pena - Detenção de um a três anos.

Nulidade do crime
Art. 19 - Não há crime quando o agente pratica o fato.
I- Em estado de necessidade.
II - Em legítima defesa.
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito

Estado de necessidade
Art. 20 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar direito próprio ou alheio, cujo sacrifício nas circunstancias, não era
razoável exigir-se.
Parágrafo 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem
tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
Parágrafo 2º - Embora reconheça que era razoável exigir-se o
sacrifício do direito ameaçado, o Juiz pode reduzir a pena de um a dois
terços.

Lesões corporais
Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Pena - Detenção de um a três anos.

Omissão de socorro: Art. 135 - deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública.

Exposição ao perigo
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente.

As questões jurídicas em relação aos Primeiros Socorros são bem complexas, visto que
deixar de prestar socorro como no item 18.2 código penal art. 135, a omissão de socorro é crime,
cujo sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mesmo que não tenha o deve jurídico de prestar
assistência. Esta assistência vai desde chamar o serviço especializado, até de fato iniciar os
Primeiros Socorros. Por outro lado o Art. 129 não permite ofender a integridade corporal ou saúde de
outrem.
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Por este motivo a pessoa deve estar muito confiante, preparada e treinada para iniciar os
procedimentos de primeiros socorros, utilizando de bom senso sempre, para avaliar a melhor forma
de manter a vítima viva.
Uma coisa é certa, sempre se deve chamar o serviço especializado e prestar uma assistência
psicológica para a vítima quando não estamos preparados para iniciarmos manobras complexas.

19.3 Urgências Coletivas

Acidentes em locais onde há aglomeração de pessoas costuma envolver um grande número


de vitimas e nesses casos, geralmente, o atendimento é muito confuso.
Ao se deparar com uma urgência coletiva, deve tomar as seguintes medidas:
 Providenciar comunicação imediata com os serviços de saúde, defesa cível,
bombeiros e polícia.
 Isolar o local, para proteger vítimas e demais pessoas.
 Determinar locais diferentes para a chegada dos recursos e saída das vítimas.
 Retirar as vítimas que estejam em local instável
 Determinar as prioridades de atendimento, fazendo uma triagem rápida das vítimas
para que as mais graves possam ser removidas primeiro.
 Providencias o transporte de forma adequada para não complicar as lesões

19.4 Caixa de Primeiros Socorros

É importantíssimo e recomendável ter em casa, no trabalho e no carro uma caixa de primeiros


socorros, para que no caso de algum inconveniente você esteja preparado.
Há alguns itens necessários para uma caixa de primeiros socorros como:
 Compressas de gaze (preferencialmente esterilizadas).
 Rolos de atadura de crepe ou de gaze (tamanhos diversos)
 Esparadrapo
 Tesoura de ponta arredondada
 Pinça
 Soro fisiológico ou água bidestilada
 Luvas de látex
 Lanterna

19.5 Choques Elétricos

Com o avanço da tecnologia cada vez mais estamos circulados por máquinas, aparelhos e
equipamentos eletrônicos. Por isso as ocorrências de choques elétricos se tronam mais frequentes.
Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e provocar queimaduras graves, às vezes
levando até a morte. Os choques causados por correntes elétricas residenciais, apesar de
apresentarem riscos menores, por serem de baixa voltagem, também merecem atenção e cuidado,
pois em alguns casos também podem levar a morte.

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Em um acidente que envolva eletricidade, a rapidez no atendimento é fundamental. A vítima


de choque elétrico às vezes apresenta no corpo queimaduras nos lugares percorridos pela corrente
elétrica, além de poder sofrer arritmias cardíacas se a corrente elétrica passar pelo coração.
Em algumas vezes, dependendo da corrente elétrica, a vítima que leva o choque fica presa
no equipamento ou fios elétrico, isso pode ser fatal. Se a pessoa que irá prestar os primeiros
socorros tocar na vitima, a corrente também irá atingi-la, por isso, antes de tudo é necessário
desligar o aparelho, tirando-o da tomada ou até mesmo desligando a chave geral.

19.5.1 Procedimentos para choque elétrico

Como visto anteriormente, antes de tocar a vítima, deve-se desligar a corrente elétrica, caso
não seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material que não seja condutor de
eletricidade como: um pedaço de madeira, cinto de couro, borracha grossa, luvas.

Para atender uma vítima de choque elétrico devemos seguir alguns passos básicos como:

 Realizar avaliação primária (grau de consciência, respiração e pulsação);


 Deite a vítima e flexione a cabeça dela para trás, de modo a facilitar a respiração.
 Se constatar parada cardiorrespiratória, aja imediatamente, aplicando massagem
cardíaca.
 Caso esteja respirando normalmente e com batimentos cardíacos, verifique se ocorreu
alguma queimadura, cuidando delas de acordo com o grau de extensão que tenha
atingido. Depois prestar os primeiros socorros, providencie assistência médica
imediata.

As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos elétricos que vemos nas
ruas, quando ocorre algum choque envolvido esses cabos, geralmente, há morte instantânea,
somente pessoas autorizadas ou da central elétrica pode desligá-los. Nesse caso, entre em contato
com a central, os bombeiros ou a policia, indicando o local exato do acidente. Procedendo dessa
maneira, você certamente poderá evitar novos acidentes.
Lembre-se: não deixe que ninguém se aproxime da vítima, nem tente ajudá-la antes de a
corrente elétrica ser desligada, sendo a distância mínima recomendada de quatro metros, somente
depois de desligada é que você deverá prestar socorro.

Dependendo das condições da vítima e das características da corrente elétrica o acidentado


pode apresentar:
 Sensação de formigamento;
 Contrações musculares fracas que poderão tornar-se fortes e dolorosas;
 Inconsciência;
 Dificuldade respiratória ou parada respiratória;
 Alteração do ritmo cardíaco ou parada cardíaca;
 Queimaduras;
 Traumatismos como fraturas e rotura de órgãos internos;

No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada à distância.

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19.6 Parada Cardiorrespiratória - PCR

A parada cardiorrespiratória é a parada dos movimentos cardíacos e respiratórios, ou seja, é


a ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência isolada
de uma delas só existe em curto espaço de tempo, a parada de uma acarreta a parada da outra. A
parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3 a 5 minutos.

19.6.1 Parada Respiratória


Como sabemos o ser humano não vive sem o ar (oxigênio), quando ocorre por alguma razão
uma parada respiratória, a pessoa pára de respirar ou sofre uma asfixia, essa ultima pode ocorrer em
ambientes confinados, um dos riscos indiretos em trabalhar com eletricidade.
A parada respiratória pode correr por diversas situações como afogamento, sufocação,
aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores químicos, soterramento, presença de corpo
estranhos na garganta, choque elétrico entre outros.
Há um modo bem simples para perceber os movimentos respiratórios da vitima, chegando
bem próximo da boca e do nariz da vítima e verificar:
 Se o tórax se expande
 Se há algum ruído de respiração
 Sentir na sua própria face se há saída de ar

Sinais de Parada Respiratória

 Inconsciência
 Tórax imóvel
 Ausência de saída de ar pelas vias aterias (nariz e boca)

19.6.2 Parada Cardíaca

Ocorrendo uma parada respiratória temos que ficar atentos, pois pode ocorrer uma parada
cardíaca simultaneamente, ou seja, pode parar os batimentos do coração.
As pulsações cardíacas indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o
sangue para o corpo, estas pulsações seguem sempre o mesmo ritmo e força em situações normais.

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Porém quando isso não ocorre, pode estar havendo um problema com a circulação do sangue, ou
seja, pode estar havendo uma parada cardíaca.

Sinais de Parada Cardíaca

 Inconsciência
 Ausência de pulsação (batimentos cardíacos)
 Ausência de som de batimentos cardíacos

Para verificar as pulsações é necessário senti-las nas artérias principais que passam pelo
corpo, as mais utilizadas é a que passam pelo pescoço, denominadas carótidas. Quando ocorre uma
ausência de pulsação nessas artérias é um dos sinais mais evidentes que ocorreu uma parada
cardíaca.

Quando ficar com dúvida ou não conseguir verificar as pulsações, deve-se observar se a
vítima apresenta algum sinal de circulação como:
 Respiração
 Tosse ou emissão de som
 Movimentação
Em casos onde esses sinais não são evidentes, deve-se considerar que a vítima esta sem
circulação e iniciar as compressões torácicas.

19.6.3 Procedimentos para Parada Cardiorrespiratória

Primeiramente deve-se verificar a segurança do local, em seguida, deve falar com a vítima
buscando saber se ela esta consciente ou não. Após confirmação do estado de inconsciência a
prioridade é pedir auxilio qualificado.
Lembre-se antes de avaliar as condições da vítima, usar os dispositivos de proteção possíveis
ou improvisados como; luvas, panos ou sacos plásticos.
A iniciação deve começar com o ABC da vida, que consiste em avaliar:
 A - Vias Aérias
 B - Boca ( Respiração) ou Boa respiração
 C - Circulação

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Caso se confirme uma parada cardiorrespiratória (PCR), ela deverá ser tratada com a
Reanimação cardiopulmonar (RCP).

19.6.3.1 Obstrução das Vias Aéreas

A obstrução das vias aéreas é uma das principais causas de morte em pessoas
inconscientes, as vias aéreas podem estar obstruídas por várias maneiras como; sangue, secreções
e corpos estranhos, mas a principal causa de obstrução é a “queda da língua”. Quando a pessoa
esta inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a língua caia para trás,
impedindo a passagem do ar.

O que fazer em casos de obstrução

 Remover dentadura, pontes dentárias, excesso de secreção, dentes soltos etc.


 Na obstrução por presença de sangue ou secreção, deve-se limpar a boca e nariz da
vítima com um pano limpo e virar sua cabeça para o lado facilitando a saída do liquido.
 Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e com a outra elevar o queixo; essa
manobra reposicionará corretamente a língua, desobstruindo as vias aéreas.
 Em casos de suspeitas de a vítima ter sofrido algum tipo de traumatismo, por queda
acidente de transito, agressão entre outros fatores, é necessário proteger a coluna
cervical (pescoço). A manobra a ser aplicada é a de “elevação modificada da
mandíbula”, que consiste simplesmente no posicionamento dos dedos bilateralmente
por detrás dos ângulos da mandíbula do paciente, seguido do deslocamento destes
para frente, ou seja mantendo a cabeça e o pescoço em uma posição neutra abrindo
somente a boca da vítima.
 Em caso de presença de secreção com suspeita de traumatismo, para retirar esta
secreção deve-se virar a cabeça junto com o corpo (sendo necessários três
socorristas ou pessoas treinadas), mantendo assim a coluna cervical alinhada.

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A pessoa que presta os primeiros socorros deve ver, ouvir e sentir a respiração, caso a vitima
esteja respirando deverá avaliar a pulsação.
Em parada cardiorrespiratória o tempo é fundamental, pois dependendo do tempo pode levar
a vítima a ter lesão cerebral.
ATENDIMENTO LESÃO CEREBRAL
Até 4 minutos Improvável
De 4 a 6 minutos Provável
Em mais de 6 minutos Muito provável

19.6.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP).

Se os procedimentos de obstrução das Vias Aéreas, não foram suficientes para a vítima
retornar a respirar, ou até mesmo a vitima não apresenta pulsação, será necessário a reanimação
cardiopulmonar (RCP).
Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca, leigos não precisam fazer
respiração boca a boca, essa nova regra começou a valer a partir de 2010.
Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três vezes as
chances de vida. Até então no Brasil 95% dos que sofreram ataque repentino, morreram antes de
chegar ao hospital.
A mudança se deu com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de
fazê-lo pelo receio de encostar sua boca na boca de desconhecidos.
Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas
normas, as chances de sucesso de uma pessoa que faz a massagem cardíaca corretamente são
praticamente as mesmas de quem opta pela massagem e respiração artificial, além de contar com a
vantagem de se ganhar tempo – essencial no processo.
Pela nova norma, a respiração artificial deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde,
que sabem fazê-la com a qualidade e agilidade adequada, além de possuir os equipamentos de
proteção necessários.
Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito minutos, a chance de
ela sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance aumenta para quase 50%
até a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.

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19.6.5 Modo de fazer a massagem cardíaca:

A massagem cardíaca deve ser realizada no meio do peito (entre os dois mamilos), com o
movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da outra) sob braços retos, que devem fazer ao
menos cem movimentos de compressão por minuto, de forma rápida e forte.

Os movimentos servem para retomar a circulação do sangue e, consequentemente de


oxigênio, para o coração e o cérebro, interrompida quando o coração para. Não espere mais de dez
segundos para começar a compressão e a faça até o resgate chegar, sem qualquer interrupção.
Como demanda esforço físico, tente revezar com outra pessoa, de forma coordenada, se
puder

Procedimentos.

 Realizar somente quando tiver certeza de que o coração da vítima parou


 Colocar a vítima sobre uma superfície rígida
 Ajoelhar-se ao lado da vítima
 Entrelaçar os seus dedos, estendendo-os de forma que não toquem no meio do peito
da vítima (entre os dois mamilos).

 Posicionar seus ombros diretamente acima de suas mãos sobre o peito da vítima
 Manter os braços retos e os cotovelos estendidos
 Pressionar o osso esterno para baixo, aproximadamente 5 centímetros;

 Fazer as compressões uniformemente e com ritmo;


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 Faça até o resgate chegar, sem qualquer interrupção


 Durante as compressões, flexionar o tronco ao invés dos joelhos
 Evitar que os seus dedos apertem o peito da vítima durante as compressões.

ATENÇÃO: As manobras de Primeiros Socorros sempre são reformuladas sendo necessário


o aluno sempre estar buscando se atualizar.

19.7 Estado de Choque

As principais causas do estado de choque são: hemorragias e queimaduras graves, choque


elétrico, ataque cardíaco, dor intensa de qualquer origem, infecção grave e envenenamento por
produtos químicos.
O estado de choque é um complexo grupo de síndromes cardiovasculares agudas que não
possui, uma definição única que compreenda todas as suas diversas causas e origens.
Didaticamente, o estado de choque se dá quando há mal funcionamento entre o coração, vasos
sanguíneos (artérias ou veias) e o sangue, instalando-se um desequilíbrio no organismo.
O estado de choque se caracteriza pela falta de circulação e oxigenação dos tecidos do
corpo, provocada pela diminuição do volume de sangue ou pela deficiência do sistema
cardiovascular.
O estado de choque põe em risco a vida da vítima, sendo assim uma grave emergência
médica. O correto atendimento exige ação rápida e imediata.

19.7.1 Sinais e sintomas


O estado de choque pode se manifestar de diferentes formas. A vítima pode apresentar
diversos sinais de sintomas ou apenas alguns deles, dependendo da intensidade em cada caso. O
quadro clínico, portanto, é praticamente o mesmo, não importando a causa que desencadeou o
estado de choque.

A vítima de estado de choque ou na iminência de entrar em choque apresenta geralmente os


seguintes sintomas:

 Pele pálida, úmida, pegajosa e fria. Cianose (arroxeamento) de extremidades, orelhas,


lábios e pontas dos dedos.
 Suor intenso na testa e palmas das mãos.
 Fraqueza geral.
 Pulso rápido e fraco.
 Sensação de frio, pele fria e calafrios.
 Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil.
 Expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo, com pupilas dilatadas,
agitação.
 Medo (ansiedade).
 Sede intensa.
 Visão nublada.
 Náuseas e vômitos.
 Respostas insatisfatórias a estímulos externos.
 Perda total ou parcial de consciência.
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 Taquicardia
 Queda de pressão arterial
 Tonturas e calafrios

19.7.2 Providencias a serem tomadas

Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. Mas infelizmente
não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima do choque.

Deitar a Vitima

 A primeira atitude é tentar acalmar a vítima que esteja consciente.


 Vítima deve ser deitada de costas, com as pernas elevadas (30cm) e a cabeça virada
para o lado, evitando assim, caso ela vomite, que aspire podendo provocar
pneumonia. (caso não houver suspeita de lesão ou fraturas na coluna)
 No caso de ferimentos no tórax que dificultem a respiração ou de ferimento na cabeça,
os membros inferiores não devem ser elevados.
 Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura, para facilitar a respiração e a
circulação
 Verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar.
No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca
ou nariz, deitá-la na posição lateral de segurança (PLS), para evitar asfixia, conforme demonstrado
na Figura.

Obs: se a vitima sofreu alguma lesão grave que possa ter causado algum dando na coluna a
vitima não deve ser movimentada.

Respiração
Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar
a reanimação cardiopulmonar, caso a vítima pare de respirar.

Pulso
Enquanto as providências já indicadas são executadas, observar o pulso da vítima. No
choque o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco (taquisfigmia).

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Conforto
Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da
melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se
for preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou
casacos.

Tranquilizar a Vítima
Se o socorro médico estiver demorando, tranquilizar a vítima, mantendo-a calma sem
demonstrar apreensão quanto ao seu estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe
segurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.

Atenção: Em todos os casos de reconhecimento dos sinais e sintomas de estado de choque,


providenciar imediatamente assistência especializada. A vítima vai necessitar de tratamento
complexo que só pode ser feito por profissionais e recursos especiais para intervir nestes casos. Não
se deve dar nada para beber.

19.8 Distúrbios causados pela Temperatura

A temperatura, calor ou frio, e os contatos com gases, eletricidade, radiação e produtos


químicos, podem causar lesões diferenciadas no corpo humano.
A temperatura do corpo humano, em um determinado momento, é o resultado de vários
agentes que atuam como fatores internos ou externos, aumentando ou reduzindo a temperatura.
Mecanismos homeostáticos internos atuam para manter a vida com a constância da temperatura
corporal dentro de valores ideais para a atividade celular. Estes valores oscilam entre 34,4 e 40,0C.
O contato com chamas e substancias superaquecidas, a exposição excessiva ao sol e até
mesmo à temperatura ambiente muito elevada, provocam reações no organismo humano que podem
se limitar à pele ou afetar funções orgânicas vitais.

19.8.1 Queimaduras

Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente calor, que podem atingir
graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de sua
localização, extensão e grau de profundidade.
A tabela a seguir, se refere à extensão da área lesada, ajudando assim a avaliar a gravidade
de uma queimadura.
ÁREA ATINGIDA EXTENSÃO
Cabeça 7%
Pescoço 2%
Tórax e Abdome 18%
Costas e Região Lombar 18%
Cada Braço 9%
Cada Perna 18%
Genitália 1%

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Profundidade ou Grau das Queimaduras

Dependendo da profundidade queimada do corpo, as queimaduras são classificadas em


graus para melhor compreensão e adoção de medidas terapêuticas adequadas.
São consideradas grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 15% do corpo, no caso
de adultos, e mais de 10% do corpo, no caso de crianças de até 10 anos.

19.8.1.1 Queimadura de Primeiro Grau

É a mais comum, deixa a pele avermelhada, além de provocar


ardor e ressecamento, sendo a lesão é superficial.
Trata-se de um tipo de queimadura causado quase sempre por
exposição prolongada à luz solar ou por contando breve com líquidos
ferventes.

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Providências

As queimaduras de 1º grau podem ser tratadas sem recurso ao hospital, a não ser que
atinjam uma área muito grande ou sejam em bebês e idosos. Este tipo de queimadura melhora em 3
dias.

19.8.1.2 Queimadura de Segundo Grau

Mais grave do que a de primeiro grau, essa queimadura é aquela


que atinge as camadas um pouco mais profundas da pele.
Caracteriza-se pelo surgimento de bolhas, desprendimento das
camadas superficiais da pele, com formação de feridas avermelhadas e
muito dolorosas.

Providências

Queimaduras do 1º e 2º grau (de baixa gravidade) podem ser tratadas sem recurso ao
hospital. Os casos mais graves a vítima deve ser encaminhada ao hospital.

Deve-se:

 Aplicação de água fria até alivio da dor, pelo menos 5 minutos;


 Secagem da zona afetada com compressa esterilizada;
 Cobrir com um pano limpo
 Aplicação de gaze vaselinada (não aderente) sobre a queimadura e um penso
absorvente para absorver exsudado (deve ser mudado regularmente):
 Não deve-se estourar as bolhas.
 Os cremes/loções calmantes só estão indicados para as queimaduras de 1º grau.
 Não colocar nenhum produto caseiro.

Nota: Não se deve usar algodão porque aderir à ferida

19.8.1.3 Queimadura de Terceiro Grau

Queimaduras de terceiro grau são aquela em que todas as


camadas da pele são atingidas, podendo ainda alcançar músculos e
ossos. Essas queimaduras apresentam-se secas, esbranquiçadas ou de
aspecto carbonizado, fazendo com que a pele se assemelhe ao couro,
diferentemente do que acontece nas queimaduras de primeiro e segundo
graus.

Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, já que provoca a destruição dos nervos que
transmitem a sensação de dor.

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Geralmente a queimadura de terceiro grau é causada por contato direto com chamas, líquidos
inflamáveis ou eletricidade. É grave e representa sérios riscos para a vítima, sobretudo se atingir
grande extensão do corpo.

Providências

O tratamento de queimaduras de modo geral pode ser feita da seguinte forma, podendo ser
de Primeiro, Segundo ou Terceiro grau.

 Deve-se resfriar com água o local atingido, pelo menos 5 minutos.


 Proteger o local com um pano limpo.
 Providenciar atendimento médico.

Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras de primeiro
e segundo grau, em que a área lesada não seja muito extensa.

Queimaduras elétricas:

Requer urgência hospitalar porque podem afetar áreas não visíveis, como órgãos internos.

19.8.2 Insolação
A insolação é uma enfermidade provocada pela exposição excessiva aos raios solares,
podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém,
a pulsação e a respiração.
A insolação acontece quando o organismo fica incapacitado de controlar sua temperatura.
Quando a pessoa tem insolação, sua temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de
transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma pessoa
com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em 10 a 15 minutos. Insolação pode causar morte
ou incapacitação permanente se o tratamento de emergência não for providenciado.

Sinais e Sintomas:

 Tontura
 Enjoo
 Dor de cabeça
 Pele seca e quente
 Rosto avermelhado
 Febre alta
 Pulso rápido
 Respiração difícil

Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo, geralmente observam-se
apenas alguns deles.

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Providências

 Remover a vítima para lugar fresco e arejado;


 Aplicar compressas frias sobre sua cabeça;
 Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas
umedecidas;
 Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma frequente;
 Mantê-la deitada;
 Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
 Providenciar transporte adequado;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

O ideal é deixar que a temperatura vá diminuindo bem lentamente, para não ocorrer um
colapso, divido quedas bruscas de temperatura.

19.8.3 Intermação
Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (nas fundições, padarias,
caldeiras etc.) com temperaturas muito altas. A intermação acarreta uma série de alterações no
organismo, com graves consequências para a saúde da vítima.

Sinais e Sintomas:

 Temperatura do corpo elevada;


 Diferentes níveis de consciência;
 Pele úmida e fria
 Palidez ou tonalidade azulada no rosto
 Cansaço
 Calafrios
 Respiração superficial
 Diminuição da pressão arterial

Para prevenir a intermação, o trabalhador não deve permanecer por longos períodos de
tempo em ambientes quentes e fechados, é necessário ingerir muito líquido e alimentos que
contenham sal.

Providências

 Remover a vítima para lugar fresco e arejado;


 Mantê-la deitada com o tronco ligeiramente elevado;
 Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, aplicando compressas de pano
umedecido com água;
 Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;

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 Encaminhar imediatamente para atendimento hospitalar.

19.9 Intoxicações

A intoxicação resulta da penetração de substância tóxica/nociva no organismo através da


pele, aspiração e ingestão.

Sinais e sintomas de Inalação:

 Dor de cabeça
 Sonolência
 Enjoo
 Fraqueza muscular
 Respiração difícil
 Inconsciência (em casos graves)
 Mudança da cor da pele ( em casos graves)

Em atendimentos a vítimas de intoxicação, deve-se tomar cuidado para não se transformar


em mais uma vítima, expondo-se a intoxicação.

Providências

 Afastar imediatamente a vítima do ambiente contaminado e levá-la para um local


arejado.
 Observar o pulso e respiração, adotando os procedimentos adequados caso haja
necessidade.
 Manter a vítima quieta e agasalhada
 Encaminhá-la imediatamente para o atendimento médico

19.10 Picadas de animais

Em ambientes há presença de animais peçonhentos, e é muito importante tomar certos


cuidados com eles, pois suas picadas podem provocar intoxicação ou envenenamento.
Animais peçonhentos ou venenosos são todos aqueles que expelem substâncias tóxicas
(venenos) e que têm órgãos específicos para sua inoculação. Entre eles, os mais importantes, pelo
número de acidentes que provocam, são as serpentes (cobras), os escorpiões e as aranhas.

19.10.1 Serpentes

As serpentes são classificadas em venenosas e não-venenosas. A picada das não-venenosas


não provoca manifestações gerais, mas pode causar alterações locais, como dor moderada e,
eventualmente, discreta inchação. Já uma picada de cobra venenosa, se não forem tomadas
providências imediatas pode levar a vítima à morte. Por isso é tão importante que todos aqueles que
trabalham em espaços confinados, onde estão sujeitos à aparição de cobras, tenham informações
suficientes que permitam identificá-las.

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As cobras venenosas distinguem-se das não-venenosas por vários fatores. Um deles tem a
ver com o comportamento: enquanto as venenosas ficam agressivas e tomam posição para dar o
bote na presença de outro animal ou pessoa, as não venenosas tornam-se medrosas e fogem.
Segundo o Instituto Butantan aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas é fatal
quando a vítima não é socorrida a tempo.

Principais diferenças entre cobras venenosas e não-venenosas:

Venenosas Não Venenosas

Cabeça chata, triangular, bem destacada. Cabeça estreita, alongada, mal destacada.

Olhos pequenos, com pupila em fenda Olhos grandes, com pupila circular, fosseta
vertical e fosseta loreal entre os olhos e as lacrimal ausente.
narinas (quadradinho preto).

Escamas do corpo alongadas, pontudas, Escamas achatadas, sem carena, dando ao


imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio.
tato uma impressão de aspereza.

Cabeça com escamas pequenas Cabeça com placas em vez de escamas.


semelhantes às do corpo.

Cauda curta, afinada bruscamente. Cauda longa, afinada gradualmente.

Quando perseguida, toma atitude de ataque, Quando perseguida, foge.


enrodilhando-se.

Tudo poderá ser facilmente verificado, se tivermos um animal morto ou imobilizado que
poderá ser examinado com calma e minuciosamente. Na prática, quando ocorrem os acidentes, a
situação é bem outra, no entanto há algumas observações que geralmente dá para fazer.

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1) Verifique a coloração do corpo do animal que lhe mordeu. Os característicos anéis


coloridos das cobras corais são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma
cobra coral. A confusão com as serpentes corais falsas é irrelevante, pois não trará
nenhum perigo à sua saúde.
2) Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o chocalho típico da cascavel.
O chocalho também se ouve: antes de dar o bote, a cascavel balança vigorosamente a
cauda para lhe espantar com o ruído. Repetimos que o chocalho é muito óbvio e fácil de
reconhecer. Já as escamas eriçadas da cauda da surucucu é muito mais difícil de ver.

As serpentes crescem rapidamente após o nascimento e alcançam


a maturidade após 2 anos (as grandes cobras, jiboia e sucuri, após
4 ou 5). Durante suas vidas os ofídios mudam a pele regularmente
e é comum encontrar-se cascas de serpentes abandonadas no
Chocalho campo. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair
completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na
cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos
anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos
que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído
característico. A finalidade é de advertir a sua presença e espantar
os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma
ótima chance de evitar o confronto.

3) Tome nota da hora em que você foi picado. É uma informação preciosa ao posto de
socorro. Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da
falsa: se após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de
envenenamento ofídico, ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo
decorrido entre o acidente e a intensidade dos sintomas também é fundamental para
avaliar a gravidade do caso e guiará a terapêutica a ser aplicada.
4) Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local
em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc...

Procedimentos

Como o veneno se difunde para os tecidos nos primeiros 30 minutos após a picada, a ação
precisa ser rápida, seja qual for a cobra que tenha provocado o acidente.

 Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário
procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma
 Retirar anéis se o dedo for atingindo, pois o edema pode tornar-se intenso e produzir
garroteamento.
 Lavar o local com bastante água corrente.
 Compressas de gelo ou água fria retardam os efeitos do veneno.
 Mantenha o local da mordida sempre que possível, abaixo do nível do coração.
 Remover a vítima rapidamente para o local mais próximo que disponha de soro
antiofídico – único tratamento eficiente para combater os males causados por
serpentes venenosas.

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O que não deve ser feito

 Não dê álcool a vítima, sedativos ou aspirinas


 Nunca faça cortes ou incisões
 O uso do torniquete é contra-indicado
 Não deixe a vítima ir caminhando em busca de atendimento médico, pois quanto mais
ela se movimentar mais risco há de o veneno se espalhar pelo organismo.

Os primeiros socorros são úteis e importantes até 30 minutos depois da picada, portanto
encaminhar a vítima para atendimento médico, com a maior rapidez, é fundamental.

19.10.2 Escorpiões e Aranhas

Tanto os escorpiões quanto as aranhas representam perigo não só para o homem, mas
também para suas próprias espécies, pois devoram-se mutuamente. São também sues inimigos
naturais: pássaros, galinhas, seriemas, corvos e alguns anfíbios (principalmente sapos), no caso dos
escorpiões: e lagartos, camaleões, sapos e pássaros, no caso das aranhas. Ambos tem como
característica comum o fato de não serem agressivos e de picarem somente quando molestados ou
para se defender. As picadas que provocarem dor intensa podem ser graves.
Segundo o instituto Butantã, cerca de 4% das vítimas de ferroadas de escorpião morrem.
Quanto maior for o número de ferroadas, mais grave será o envenenamento.

19.10.2.1 Aranhas

Nem todas as aranhas representam perigo de vida. Isto nos faz tomar pouco cuidado com
elas.
Algumas espécies, porém, são muito venenosas.
Devemos dar ênfase às precauções, para que as picadas não ocorram.

Armadeira não tem pelos; fica na posição de


bote para atacar, apoiada nas pernas de trás e
Caranguejeira é preta e peluda. com as da frente levantadas. Sua cor é
marrom-café.

Tarântula é marrom-clara e peluda. Vive nos


gramados e jardins. A aranha marrom tem o corpo escuro e as
pernas mais claras. É pouco agressiva e não
causa dor local; sua mordida pode passar
despercebida. Os sintomas aparecem depois
de oito a 20 horas: inchaço local e bolhas são
os mais comuns. Nos casos graves, a urina do
acidentado fica com uma cor marrom escura.
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Sintomas

Configura acidente grave o aparecimento de tremores, vômitos, espasmos musculares e


dificuldade respiratória.
Neste caso, procure assistência médica imediata.

Procedimentos

 Em caso de acidente com aracnídeos, se conseguir apanhar o animal, leve-o com


você, quando for ao hospital. Dele será extraído o antídoto que poderá salvar a vida
do acidentado.
 Nunca faça torniquete em um membro picado.
 Manter a vítima no mais completo repouso para que o veneno não se espalhe em seu
organismo, e providencie ou aguarde atendimento médico.
 Lavar o local afetado com água corrente.

19.10.2.2 Escorpiões

Seu veneno pode levar crianças e pessoas desnutridas à morte. Eles têm hábitos noturnos e
não são agressivos.

Sintomas de uma picada:

Os sintomas de uma picada de escorpião são:

 Formigamento no local, podendo espalhar-se por todo o corpo.


 Dor moderada a intensa.
 Se aparecerem outros sintomas, como taquicardia, aumento da pressão arterial,
temperatura baixa, suores intensos seguidos de tremores ou salivação exagerada,
enjoos ou vômitos, procure um pronto-socorro.
 Nas primeiras 24 horas após a picada do escorpião, a pessoa corre risco de vida.

Procedimentos

 Se conseguir pegar o escorpião, guarde-o para levar ao médico, que extrairá dele o
antídoto contra o veneno da picada.
 O repouso é importante para que o veneno não se espalhe pelo corpo da vítima.
 Torniquete não é aconselhado.
 Aplique compressas frias nas primeiras horas.
 Ir imediatamente à procura de atendimento médico, não espere o aparecimento dos
sintomas mais graves.
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A pessoa acidentada deverá ficar em observação por um período de seis a oito horas.

19.11 Ferimentos

19.11.1 Contusão
A contusão é uma lesão sem o rompimento da pele, tratando-se de uma forte compressão
dos tecidos moles, como pele, camada de gordura e músculos, conta os ossos.
Em alguns casos quando a batida é muito forte, pode ocorrer rompimento de vasos
sanguíneos na região, originando um hematoma.

Procedimentos

 Manter em repouso a parte contundida


 Aplicar compressas frias ou saco de gelo até que a dor melhore e a inchação se
estabilize.
 Caso utiliza o gelo, proteger a parte afetada com um pano limpo para evitar
queimaduras na pele.

19.11.2 Escoriações

São lesões simples da camada superficial da pele ou mucosas, apresentando solução de


continuidade do tecido, sem perda ou destruição do mesmo, com sangramento discreto, mas
costumam ser extremamente dolorosas. Não representam risco à vítima quando isoladas.
Geralmente são causadas por instrumento cortante ou contundente.
As escoriações acontecem quando o objeto atinge apenas as camadas superficiais da pele.
Esse tipo de ferimento acontece geralmente em consequência de quedas, quando a pele de certas
partes do corpo, sofre arranhões em contato com as asperezas do chão, que são as escoriações
mais frequente.

Procedimentos

 Lavar as mãos com água e sabão e protegê-las para não se contaminar.


 Lavar a ferida com água e sabão para não infeccionar
 Secar a região machucada com um pano limpo
 Verificar se existe algum vaso com sangramento. Se houver, comprimir o local até
cessar o sangramento.
 Proteger o ferimento com uma compressa de gaze ou um curativo pronto. Caso não
seja possível, usar um lenço ou pano limpo.

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 Prender o curativo ou pano com cuidado, sem apertar nem deixar que algum nó fique
sobre o ferimento.
 Manter o curativo limpo e seco.
As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e também evitar contaminação.
Lembre-se: Em casos graves, depois do curativo feita deve-se encaminhar a vítima para
atendimento médico.

19.11.3 Amputações

As amputações são definidas como lesões em que há a separação de um membro ou de uma


estrutura protuberante do corpo. Podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou
por forças de tração.
O reimplante é a primeira opção para pessoas que perderam um membro (se houver
esmagamento em qualquer parte do membro, as chances de reimplante diminuem). A primeira
providência, ao presenciar esse tipo de acidente, é ligar para 193 (serviço de resgate móvel). Se a
cidade dispuser de Samu (Serviço de Atendimento Municipal ao Usuário), ligar 192

Procedimentos

 Chamar ajuda: tempo é crucial nesse tipo de trauma. Quanto mais


rápido for feito o atendimento, maiores as chances de sucesso no
reimplante. Primeiro chamar o socorro e depois cuidar da vítima

 Assistência À vítima: Se a vitima estiver consciente fazer o possível


para acalmá-la. Providenciar compressas (panos limpos) e fazer
compressão no local da amputação, isso evita grandes perdas
sanguíneas, pois com a ruptura de vasos a hemorragia é constante.

 Compressas: Envolver a parte amputada em panos limpos. Muito


Importante: não trocar os panos usados para fazer a compressão.
Desse modo, a equipe médica poderá dimensionar a perda
sanguínea

 Recuperar o membro: Colocar o membro dentro de dois sacos


plásticos

 Isopor e Gelo: Colocar o membro embalado dentro de um isopor


com gelo e tampar, caso haja tampa. Nunca colocar a parte
amputada diretamente em contato com o gelo, pois isso pode
causar morte celular e não haverá possibilidade de reimplante

 Encaminhar para hospital: Enviar o seguimento com a vítima na


ambulância. Caso isso não seja possível, ter o cuidado de enviar a

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parte amputada para o mesmo hospital onde a vítima está sendo


atendida

É bom sempre lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, mesmo nos casos de
ferimentos que pareçam sem importância. Uma pequena contusão pode indicar a presença de lesões
internas graves, com rompimento de vísceras, hemorragia interna e estado de choque.

19.11.4 Ferimentos no Tórax

Os ferimentos no Tórax podem ser muito graves, principalmente se os pulmões forem


atingidos.
Quando o pulmão é atingindo de forma a ter um orifício de tamanho considerável na parede
do tórax, pode-se ouvir o ar saindo ou ver o sangue que sai borbulhando por esse mesmo orifício.

Procedimentos

 Utilizar um pedaço de plástico limpo ou gazes


 Fazer curativo de três pontas (três lados fechados e um lado aberto)
 Encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico.

O curativo impedirá a entrada de ar na inspiração, mas permitirá a saída de ar na expiração.

Caso não consiga fazer o curativo de três pontas, cubra o ferimento todo com uma compressa
ou um pano limpo e leve a vítima imediatamente para o hospital.
Atenção: a ferida só deve ser totalmente coberta no momento exato em que terminou uma
expiração, ou seja, após a saída do ar.

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19.11.5 Ferimentos no Abdome


Os ferimentos profundos no abdome costumam ser graves, podendo atingir algum órgão
abdominal. Dependendo do ferimento pode perfurar a parede abdominal, deste modo, partes de
algum órgão (ex: intestino) podem vir para o exterior. Neste caso, não tente de forma alguma colocá-
los no lugar.

Procedimentos

 Chamar atendimento especializado (Samu 192, Bombeiros 193)


 Cobrir as partes expostas com panos limpos, umedecidos com água e mantidos
úmidos.
 Nunca cubra os órgãos expostos com material aderentes (papel, toalha, papel
higiênico, algodão), que deixam resíduos difíceis de remover.
 Caso tenha algum objeto encravado não tente retira-lo.

19.11.6 Ferimentos nos Olhos


Os olhos são órgãos muitos sensíveis e, quando feridos, somente um especialista dispõe de
recursos para tratá-los. Portanto, tomar muito cuidado para não ferir ainda mais os olhos que estiver
sendo tratado.

Procedimentos

 Nunca retirar dos olhos um objeto que esteja entranhado ou encravado.


 Cobrir os olhos com gazes ou pano limpo.
 Prenda o curativo com duas tiras de esparadrapos o que evitará mais irritação

Cubra o olho não acidentado para evitar a movimentação do olho atingido. Essa manobra não
deve ser feita quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar.

19.12 Hemorragia

É a perda de sangue através de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, boca, etc;
ela pode ser também, interna, resultante de um traumatismo.
As hemorragias podem ser classificadas inicialmente em arteriais e venosas, e, para fins de
primeiros socorros, em internas e externas.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos.

19.12.1 Hemorragia Externa


Sinais e Sintomas

 Sangramento visível;
 Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea;
 Palidez de pele e mucosa.

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Procedimentos

 Comprimir o local usando um pano limpo. (quantidade excessiva de pano pode


mascarar o sangramento);
 Manter a compressão até os cuidados definitivos;
 Se possível, elevar o membro que está sangrando;
 Não utilizar qualquer substância estranha para coibir o sangramento;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

19.12.2 Hemorragia Interna


Sinais e Sintomas

 Sangramento geralmente não visível;


 Nível de consciência variável dependente da intensidade e local do sangramento.
 Sangramento pela urina;
 Sangramento pelo ouvido;
 Fratura de fêmur;
 Dor com rigidez abdominal;
 Vômitos ou tosse com sangue;
 Traumatismos ou ferimentos penetrantes no crânio, tórax ou abdome.

Procedimentos

 Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais e atuando


adequadamente nas intercorrências;
 Chamar urgente o atendimento hospitalar especializado.

19.12.3 Hemorragia Nasal


Sinais e Sintomas

 Sangramento nasal visível

Procedimentos

 Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe
a(s) narina(s) durante cinco minutos;
 Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que está
sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco
com gelo;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

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19.13 Entorses, Luxações e Fraturas

Quedas, pancadas e encontrões podem lesar nosso ossos e articulações e provocar


entorses, luxações ou fraturas.

19.13.1 Entorse
É a separação momentânea das superfícies ósseas articulares, provocando o estiramento ou
rompimento dos ligamentos, quando há um movimento brusco.
Caso no local afetado apareça mancha escura 24 ou 48 horas após o acidentem pode ter
havido fratura, deve-se procurar atendimento médico de imediato.

Procedimentos:
 Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas
 Após este tempo aplicar compressas mornas.
 Imobilizar o local (por meio de enfaixamento, usando ataduras ou lenços).
 A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado.
 Dependendo do caso, encaminhar para atendimento médico.

19.13.2 Luxações
É a perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas numa articulação.
Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum
ocorrer junto com a luxação uma fratura.

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Sinais e Sintomas

 Dor local intensa;


 Dificuldade ou impossibilidade de movimentar a região afetada;
 Hematoma;
 Deformidade da articulação;
 Inchaço;
Procedimentos

 Manipular o mínimo possível o local afetado;


 Não colocar o osso no lugar;
 Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário)
 Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

19.13.3 Fraturas
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso.
Como nem sempre é fácil identificar uma fratura, o mais recomendável é que as situações de
entorse ou luxação sejam atendidas como possíveis fraturas.
Existem dois tipos de fratura:
 Fechadas: sem exposição óssea.
 Expostas: o osso está ou esteve exposto.

Procedimentos

 Manipular o mínimo possível o local afetado;


 Não colocar o osso no lugar;
 Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas;
 Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário)
 Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado (fratura fechada);
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

19.14 Técnicas Para Remoção e Transporte de Acidentados

O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de
Bombeiros, Samu entre outros).
O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando sequelas
irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde não
é possível contar com equipes especializadas em resgate ou se o local apresenta um grande risco de
morte.

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OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte


seguro.
A melhor forma de transporte de uma vítima é feito por maca. Se por acaso não houver uma
disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões
resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga.
Porém em alguns casos, na impossibilidade de uso de maca o transporte pode ser feito de
outra maneira, porém tomando-se todos cuidados para não agravar o estado da vítima.
A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não há suspeita de
lesões na coluna vertebral e bacia.

19.14.1 Transporte em Maca

A maca é a melhor maneira de transportar uma vítima. Dependendo do local onde o acidente
tenha acontecido, muitas vezes será necessário improvisar uma. O mais importante é saber colocar
a vítima sobre a maca.
A maca improvisada com uma porta ou uma tábua de aproximadamente 50 cm de largura é
muito eficiente, usada nos casos de suspeita de lesão da coluna vertebral, com a vítima imobilizada.

Maca improvisada com porta. Fonte: Senac

Exceto a maca improvisada com porta ou tábua, todas as demais têm como base cabos de
vassouras ou galhos de árvores, varas, guarda-chuvas grandes entre outros. O que irá variar é a
superfície sobre a qual a vítima será colocada.
Para utilizarmos o transporte em maca feita por varas, é imprescindível que as mesmas sejam
resistentes para suportar do peso da vítima

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Para transportar para a maca uma vítima com indícios de lesão na coluna ou na bacia, são
necessários três socorristas ou pessoas altamente treinadas.

Como deve ser feito o transporte para maca:


 Em primeiro lugar, alguém coloca a maca bem perto da vítima.
 Estando a vítima deitada de barriga pra cima, os socorristas se ajoelham ao lado dela
e todos, ao mesmo tempo, passam os braços por sobe o corpo da vítima, de modo
que ele fique todo no mesmo nível.
 Com bastante cuidado, vão levantando a vitima, sem deixar que ele dobre qualquer
parte de seu corpo, e a colocam sobre a maca.
Caso a suspeita da coluna seja na cervical, um dos socorristas ou pessoa treinada deverá
cuidar exclusivamente da cabeça da vítima, de forma a mantê-la estabilizada.
Deve-se suspeitar de lesão na coluna quando a vítima apresentar marcas de trauma no
tronco ou ainda das clavículas, ou, ainda, se estiver inconsciente.
Se houver suspeitas de fratura na coluna ou na bacia, a vítima deverá, necessariamente, ser
transportada em maca plana e rígida ( do tipo porta ou tábua)

Vamos ver alguns exemplos de macas improvisadas com cabo(s):

 Pegue camisas ou paletós e enfie as mangas para dentro, no caso de paletós ou


similares, abotoe-os inteiramente e passe os cabos pelas mangas.
 Consiga cobertores, toalhas, colchas ou lençóis e enrole o tecido em torno dos cabos
ou dobre as laterais do tecido sobre eles.
 Usando sacos de estopa, de aniagem ou náilon trançado, enfie um cabo em cada
lateral do saco.
 Peque cintos, cordas ou tiras largas de tecido e amarre-os aos dois cabos, em cada
lateral.

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Fonte: Senac

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19.14.2 Transporte Sem Maca

Na impossibilidade do uso de maca ou padiola e sendo vital a remoção de uma pessoa


acidentada, o transporte terá que ser feito de outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados
para não agravar o estado em que a vitima esta.

19.14.2.1 Transporte com Um Socorrista

Transporte de Apoio

Esses são recursos a ser adotado quando o acidentado está


consciente e tem apenas ferimentos leves:

 Passar um dos braços da vítima em torno do seu pescoço.

 Colocar um de seus braços em torno da cintura da vítima e segurá-la


pelo punho. Dessa forma, a vítima pode caminhar apoiada no
socorrista.

Transporte nas Costas

 De costas para a vítima (que deve estar de pé),


passar os braços dela em torno do seu pescoço.
 Com seu corpo um pouco inclinado para frente,
levantar e carregar a vítima.

Se a pessoa tiver condições de se firmar no


tronco do socorrista, ele poderá usar os braços para
segurá-la pelas pernas, o que proporciona maior
firmeza durante o transporte.

Transporte nos Braços


Esse recurso é adequado quando a vítima está
consciente, porém com ferimentos nos pés ou nas pernas que
impedem de caminhar.

 Colocar um braço sob os joelhos e o outro em


torno da parte superior do tórax da vítima, e
levantá-la. Quanto mais alta for a posição da
vítima no colo do socorrista menos ele vai se
cansar.

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19.14.2.2 Transporte com Dois Socorristas

Transporte em cadeirinha

Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento, para a vítima, que deverá se
manter segura.

 Faça a cadeirinha conforme figura.


Passe os braços da vítima o redor do seu
pescoço e levante a vítima.

Transportes pelas extremidades

 Um socorrista segura a vítima por debaixo


dos braços e o outro pelas pernas.

Esse tipo de transporte só deve ser


feito se não houver suspeita de fraturas na
coluna ou nos membros da vítima.

Transporte por cadeira

 Sentar a vítima em uma cadeira.


 Um socorrista segura a cadeira pelas pernas e o outro pelo encosto.

Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas
que apresentam problemas respiratórios.

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19.14.2.3 Transporte com Três Socorristas

Transporte no Colo

Para esse transporte é exigido a presença de três socorristas, e só é valido caso a vítima não
tenha suspeitas de fratura na coluna ou na bacia.

 Estando a vítima deitada de barriga pra cima, os três socorristas se ajoelham ao lado
dela: um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo
aos pés.
 Pegando a vítima por baixo, a um tempo só, os três a carregam juntos ao tórax.

17.14.2.4 Transporte com Quatro Socorristas

Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima impedindo


qualquer tipo de deslocamento.

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19.15 Telefones Úteis

CORPO DE BOMBEIROS (RESGATE) ................................................................................ 193


AMBULÂNCIA SAMU............................................................................................................ 192
POLÍCIA MILITAR.................................................................................................................. 190

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20 REFERÊNCIAS
ARAUJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas: Legislação de
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Editora Gerenciamento Verde Consultoria. 4a ed.,
2003/2004. 1.540 p.
AYRES, J. A., NITSCHE, M. J. T. - Primeiros socorros: guia básico. São Paulo: UNESP, 2000, 33
p.
BRASIL. Código de Processo Civil. Colaboração de Antonio L. de Toledo Pinto, Márcia V. dos
Santos.
BRASIL. Código Penal. Colaboração de Antonio L. de Toledo Pinto, Márcia V. dos Santos Wíndt e
Lívia Céspedes. 39. ed. São Paulo: Saraiva 2001, 794.p.
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Colaboração de Antonio L. de Toledo Pinto, Mércia
V. dos Santos Windt e Lívia Céspedes. 29. ed. atual e aum. São Paulo: Saraiva, 2002. 1167p.
BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. Colaboração de Antonio L. de Toledo
Pinto.
Caderno de Primeiros Socorros – Cruz Vermelha Brasileira – São Paulo - 1996
Camilo Junior, Abel Batista - Manual de Prevenção e Combate a Incêndios – 5ª ed. - São Paulo –
Editora SENAC São Paulo, 2004.
CERJ. Manual e Procedimentos de Segurança. Rio de Janeiro. 2003.
CETESB. Manual de orientação para a elaboração de estudos de análise de riscos; São Paulo,
1994
Denipotti, Cláudio Sergio - Os Aspectos legais da responsabilidade do trabalho e a saúde
ocupacional dos seus empregados. / Monografia: Bacharelado em Direito, Centro Universitário de
Araras – Doutor Edmundo Ulson, 2004.
DINIS, Ana P. 5. Machado. Saúde no Trabalho - Prevenção, Dano, Reparação, São Paulo: LTR,
2003.
DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado, São Paulo: Saraiva, 2002. 1526p.
Farber, José Henrique - Técnicas de Análise de Risco - Ed 1991.
FORD. Atendimento pré-hospitalar: suporte básico da vida. São Bernardo do Campo, SP, [s.d.]. 39
p.
IMAP - Instituto Municipal de Administração Pública: Manual Básico - Segurança do Trabalho em
Prevenção de Acidentes em Alturas, Curitiba 2009
INTERNATIONAL SAFETY COUNCIL. First aid and CPR: procedimentos em situação de
emergência. 2ª Ed - São Paulo - Randal Fonseca. 1993. 92 p.
Manual de Fundamentos de Bombeiros / Corpo de Bombeiros - São Paulo - 1998
MARTINS, Felipe José Aidar. Manual do socorro básico de emergência. 7a ed. Belo Horizonte,
2004.
MTE. NR-23. Proteção contra incêndios. Brasília, 1978
SENAC, Primeiros Socorros, como agir em situações de emergência, Rio de Janeiro, 2002 – Senac
SÉRIE DIDÁTICA. São Paulo, Instituto Butantan, n. 1-8, [s,d].

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