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Assim um el�tron vibra mais ou menos quinhentos trilh�es de vezes por segundo.
Vibra��o produz som e cor. O universo seria, pois, uma sinfonia de sons e cores.
Das supercordas chegou-se, por fim, � energia de fundo, ao v�cuo qu�ntico.
Neste contexto, sempre lembro de uma frase dita por W.Heisenberg, um dos pais da
mec�nica qu�ntica, num semestre que deu na Universidade de Munique em 1968, que me
foi dado seguir e que ainda me soa aos ouvidos : �O universo n�o � feito por coisas
mas por redes de energia vibracional, emergindo de algo ainda mais profundo e
sutil�. Portanto, a mat�ria perdeu seu foco central em favor da energia que se
organiza em campos e redes.
N�o � algo que possa ser representado nas categorias convencionais de espa�o-tempo,
pois � algo anterior a tudo o que existe, anterior ao espa�o-tempo e �s quatro
energias fundamentais, a gravitacional, a eletromagn�tica, a nuclear fraca e forte.
Astrof�sicos imaginam-no como uma esp�cie de vasto oceano, sem margens, ilimitado,
inef�vel, indescrit�vel e misterioso no qual, como num �tero infinito, est�o
hospedadas todas as possibilidades e virtualidades de ser.
De l� emergiu, sem que possamos saber porqu� e como, aquele pontozinho extremamente
prenhe de energia, inimaginavelmente quente que depois explodiu (big bang) dando
origem ao nosso universo.
Nada impede que daquela energia de fundo tenham surgido outros pontos, gestando
tamb�m outras singularidades e outros universos paralelos ou em outra dimens�o.
Esta Energia talvez constitua a melhor met�fora daquilo que significa Deus, cujos
nomes variam, mas que sinalizam sempre a mesma Energia subjacente.
Leonardo Boff com Mark Hathaway � autor de The Tao of Liberation. N.York(2010)