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Transcrição Concepção

Prof. Velber
(30/09 - Parte 2)
TRADUÇÃO, INTRODUÇÃO À CITOGENÉTICA
Tradução
A tradução é iniciada pela decodificação das bases nitrogenadas organizadas
em trincas (grupamentos de 3 bases) do RNA mensageiro no sítio ativo do
Ribossomo.

O RNA transportador associado á um aminoácido ‘encaixa’ no sítio ativo do


Ribossomo associado ao RNA mensageiro na trinca que lhe é correspondente
OBS: As trincas de bases nitrogenadas não são superpostas, ou seja, depois
de ‘decodificadas’ elas não voltam, nem a trinca completa, nem uma base que
faz parte dessa trinca; O processo de tradução passa adiante.
OBS: Alguns códons são redundantes, pois alguns aminoácidos podem ter
códons (trincas) diferentes, diferindo apenas na ultima base da trinca. Ex:
Leucina pode ser decodificada pelos códons UUA e UUG
 Essa característica é uma proteção contra mutações, pode ter uma
mutação pequena no RNA mensageiro, mas isso não muda a cadeia de
aminoácidos.
OBS: Primeiro Códon é o da Metionina, AUG, é o start-códon, o Ribossomo vê
nele onde começar a síntese. Mas depois esse aminoácido pode ser retirado
da cadeia polipeptídica.
 Também existem os STOP-CÓDONS: UAA, UAG, e UGA.
Não codificam nenhum aminoácido mas determinam o fim da síntese no
Ribossomo
Detalhe: o DNA está no Nucleoplasma, que fica no núcleo, é separado do
Citoplasma

Estabilidade:
O DNA é uma molécula muito mais estável que o RNA, é uma molécula mais
segura tanto em sua estrutura, quanto na prevenção de mutações, pois o RNA
deixa as bases nitrogenadas livres. Além da hidroxila livre no RNA que dá uma
maior reatividade a esta molécula.

Vocês estão vendo um adaptador que nos chamamos de aminoacil RNAt


síntetase, ela tem função de unir o aminoácido com a extremidade 3’-OH do
RNA transportador, nos eucariontes precisa de pelo menos 20 adaptadores
desse, devido os 20 aminoácidos essenciais.
OBS: é um aminoacil para cada aminoácido diferente.

Essa enzima tem 2 sítios, um para o aminoácido e outro para o RNAt, é


baseado no anticódon do transportador que essa enzima sabe qual AA deve se
ligar ao RNAt. Ela é responsável para fazer a ligação certa, dos aa
correspondentes.
Em alguns casos um mesmo aminoácido pode codificar diferentes trincas,
como por exemplo a prolina ( CCU, CCC, CCA e CCG)
Para esses casos, existe RNAt que possui a última base flexível, isso permite
que o códon se adapte ao aminoácido que chegar, seja ele a prolina CCU ou a
prolina CCC, por exemplo. Alguns RNAs podem ter isso, essa posição
oscilante.

Depois desse processo a proteína ainda não ta pronta, ainda precisa passar
um processamento pós-tradicionais: retirada de alguns aminoácidos ou
colocação de outros ou alteração na sua forma tridimensional
OBS: quem participa muito dessa alteração na forma tridimensional é o
complexo de golgi, ele empacota e faz alterações na proteínas e essas
alterações são baseadas nas sequencias de aminoácidos.
OBS: Maioria das proteínas são derivadas de modificações pós tradicionais e
todas são compostas pelos 20 aminoácidos.

RIBOSSOMO

Possui 2 subunidades (maior e menor), são parecidos tanto no eucarionte


quanto do procarionte. Se assemelham com os spliceossomo, também são
ribonucreoproteinas.
é uma das poucas organelas que não é envolvidapor membrana.
São compostos por RNAribossomal + conjunto de proteínas.
A diferença do ribossomo procariótico pro eucariótico é o peso(taxe de
sedimentação ) molecular. Eu é mais pesado. São muito parecidos, se você
colocar um ribossomo euacironte em uma célula procarionte a síntese proteica
ocorrerá da mesma forma.
A sub unidade maior (60s) é formado por 3 grande RNAr o 28s, 58s eo 5s mais
proteínas
a subunidade menor (40s)
OBS: as subunidades só se unem na presença do RNA mensageiro, quando
não está ocorrendo a síntese, as subunidades ficam separadas e dispersas no
citoplasma.

RNA RIBOSSOMICO
Forma o ribossomo

OBS: Toda síntese proteica é feita por ribossomos livres. Até a síntese
do RER, os grânulos dele são ribossomos que após a fabricação da proteína,
encaminha elas para dentro do retículo.

COMO ACONTECE O PROCESSO DA TRADUÇÃO:


Dentro do ribossomo existe 3 sitios que cabe 3 RNAt , a subunidade menor
se liga ao mensageiro pela região CAP, depois dela tem uma região que é
transcrita e não é traduzida, e depois chega ao primeiro códon ( AUG) que é
onde começa a síntese, quando encontra o AUG, ai sim que a subunidade
maior chega.
OBS: A proteína vai ser menor que o mensageiro pois nem todo mensageiro é
traduzido.
Existem três sítios ativos dentro do ribossomo, eles são chamados de
EPA, o E indica o sítio de saída, o P é o primeiro códon e o A é o segundo
códon, por exemplo no P vai chegar um códon e vai se ligar a ele, já no A
chegará o segundo códon, com o movimento do ribossomo cada códon muda
de sítio ativo, dessa forma o códon que for para o sítio E será liberado na forma
de RNAt ( RNA transportador). Assim, a cadeia polipeptídica vai começar a
crescer; o ribossomo irá sintetizar essa ligação que acontece entre os
aminoácidos, vai catalizar essa reação. O primeiro códon a chegar no P é a
metionina, o próximo a chegar irá para o sítio A, esses dois aminoácidos serão
unidos pelas ligações peptídicas que é catalisada pela subunidade maior do
ribossomo, após essa união o ribossomo anda o que faz com que os dois
RNAs transportadores saiam dos seu sítio. Lembre que o códon do P sairá da
sua posição e irá para o E, o do A vai para o P e o A ficará livre para chegar
outro códon.
Quimicamente a ligação peptídica não é possível entre os aminoácidos e
por isso ela é catalisada por uma enzima, a peptidil transferase, ela faz parte
da subunidade maior do ribossomo (lembre que o ribossomo é formado por
RNAs ribossômicos e proteínas). Essa enzima catalisa a reação de
desidratação da ligação peptídica, isso acontece no sítio P.

Pergunta: O ribossomo ele vai percorrer o RNA mensageiro no sentido


3'->5' do RNA mensageiro ?
Resposta: Vai percorrer no sentido 5'->3' e lembre que o ribossomo não
tem polaridade, a extremidade 5' vai abrigar o códon de iniciação e na 3' estará
o códon de terminação.

Fatores de reprodução: conjunto de proteínas que irão a auxiliar por


exemplo a ligação do transportador, a ligação do anticódon com o códon, vão
auxiliar a montagem do complexo. Aquando o RNAt entra no stop códon que é
o códon de finalização o ribossomo entende que não tem mais RNA
mensageiro e o complexo se desmonta, esses RNAs transportadores podem
ser reutilizados, já os mensageiros não. Se a célula quiser 10 proteínas iguais
ela terá que produzir 10 RNAs mensageiros, isso é uma medida de segurança
porque se esse RNA ficar na célula por muito tempo ele pode passar a produzir
uma proteína em excesso.
Esses processos são muito importantes no processo saúde- doença,
pois quase todo cuidado médico será voltado para interferir nesse processo.
Para representar a importância prática desse processo e da citogenética vamos
ver primeiro a importância prática disso através de um
vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=qf9FDFgHr-8

Aconselhamento genético: é necessário conversar com um casal que


quer ter filho, é preciso saber se existe alguma doença recorrente na família, no
caso do vídeo não houve esse aconselhamento e devido a isso ela teve um
filho que nasceu com câncer de cérebro, já quando eles decidiram ter o
segundo filho eles fizeram um teste pré implantacional, nesse teste são criados
vários embriões em vitro, esses embriões chegam ao estado de mórula e
nesse estado retiram uma célula e a partir dessa célula é extraído o DNA e
será feito um sequenciamento do DNA, por esse sequenciamento você
identifica se você tem ou não as mutações e ai é possível selecionar um
embrião que não tenha mutação. Como a célula é retirada no estado inicial do
embrião não há nenhum prejuízo para ele pois suas células têm capacidade de
regenerar. Após isso o embrião escolhido é implantado no endométrio do útero
da mãe e ai nasceu essa criança que foi selecionada geneticamente, a única
investigação que foi feita no caso do vídeo foi procurar se ele tinha ou não a
mutação do gene P53 não procurou mais nada.
Pergunta: Então você não irá selecionar os genes em que ( parte ruim
de ouvir)
Resposta: Não só identificar se há mutação, porque como é mendeliano
é uma característica recessiva, se você criar vários embriões com certeza
haverá um embrião que não herdou aquela característica específica.
Pergunta: Mas se você fizer isso para selecionar características físicas?
Se fossem três características por exemplo, você teria que fazer (parte ruim de
ouvir)
Resposta:A mesma coisa. Isso mesmo. Mas por exemplo, você sabe
que a memória é genética, existem genes relacionados a memória então no
caso você poderia desenvolver embriões e escolher aquele que, por exemplo,
tem o gene para uma boa memória ou o gene para ser um bom jogador de
futebol. Isso de uma forma simples, sem manipular (tirar ou botar gene), pois
seria mais complicado. Portanto, atualmente, a avaliação do material genético
pode ser feita de uma forma relativamente fácil, simplesmente fazendo o teste
pré-implantacional.

Diagnóstico Pré-implantacional – PGD

 Realiza exame genético dos embriões antes da implantação, para o


diagnóstico precoce de doenças genéticas.

 Permite a análise de no máximo 11 cromossomos, 13, 14, 15, 16, 17, 18,
20, 21, 22 e pelos sexuais X e Y.

Para realizar o teste pré-implantacional é necessário ter um conhecimento


prévio da citogenética.
Provavelmente no futuro as crianças não vão ser geradas como devem ser.
Sempre existirá o risco de doenças genéticas, atualmente existem mais de 500
doenças genéticas que são transmissíveis, e se um casal começar a pensar e
se preocupar com isso desiste de ter filhos.
Professor:
Inclusive tem uma amiga minha que tem um problema de audição crônica
genético, ela disse que o pai dela também tem e, portanto, ela não queria
engravidar, pois tem medo de passar isso para o filho.
Ela queria que a gente fizesse um aconselhamento genético, como se fosse
um cálculo mendeliano, para analisar qual é a probabilidade de a criança
herdar isso. Porém aqueles cálculos mendelianos só servem pra doenças
monogênicas, no caso de doenças multifatoriais são dez genes envolvidos e
ainda tem o fator ambiente.
E eu disse isso para ela: “Se você for calcular o que o seu filho pode ter de
ruim você nem pensa em ter filho, pois existem tantas doenças recessivas,
nessa geração, que se for pensar nisso você desiste de engravidar. ”
Então, isso vai mudar a nossa evolução. Seleção natural? O ser humano que
está fazendo a seleção natural, chamada de seleção artificial e isso não é
bom, estamos evoluindo para uma geração cada vez mais homogênea e isso é
extremamente perigoso, desse modo futuramente poderemos ser dizimados
por um apocalipse viral.
Hoje não são todas as pessoas que tem condições de fazer, por exemplo, um
teste pré-implantacional, porém as próximas gerações vão fazer esse
procedimento rotineiramente.
Temos como exemplo a fertilização in vitro que antes era algo restrito a poucas
pessoas, mas hoje em dia é um procedimento comum, faz parte da rotina e
custa em torno de 14 mil reais com três tentativas de implantação; por que com
a implantação artificial geralmente o corpo rejeita e só funciona na terceira
tentativa. Esse é o motivo pelo qual eles colocam dois até quatro embriões
para ver se um fica. Por isso é muito comum em implantação artificial ter casos
de irmãos que foram gerados aos mesmo tempo (não são gêmeos).
O teste pré-implantacional obviamente é feito antes de implantar e você pode
analisar os 23 pares de cromossomos-homólogos, investiga-los e construir
sondas para identificar as principais doenças genéticas e, desse modo,
escolher um embrião “limpo”.
As principais doenças genéticas já estão mapeadas. E isso é feito atualmente
principalmente para os cromossomos 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, o X e o
Y, pois são aqueles que carregam uma quantidade de doenças genéticas
hereditárias cada vez maior.
Essas sondas podem identificar qualquer ser que tenha material genético (Não
importa se é fungo, se é planta, se é vírus ou ser-humano). Porém, esse teste
pré-implantacional não pode ser utilizado só por querer ter um filho legal, para
o seu uso é necessário ter uma prerrogativa como, por exemplo:

1) Problemas precoces de crescimento e de desenvolvimento


 Retardo no desenvolvimento, malformações múltiplas, baixa estatura,
genitália ambígua etc.

2) Natimortos e morte neonatal


3) Problemas de Fertilidade
 Infertilidade, abortos recorrentes.

4) História familiar
5) Gestação em uma mulher em idade avançada.
I) Quando você tem um ou dois filhos e eles apresentam uma doença
em comum, como ter retardo mental ou má formação múltipla, por
exemplo. Se isso acontece na família de forma repetitiva você ganha
o direito de fazer um teste pré-implantacional por que de certa forma
você pode ter quase que certeza que existe uma doença hereditária
na sua família.

II) Dois filhos, duas gestações que são nativivos ou natimortos.


OBS: Mesmo se nascer, der somente um suspiro e morrer, é
nativivo.

III) Gestação em mulher de idade avançada pela idade dos ovócitos.

Mas esse é um serviço que, apesar de ter tantos pré-requisitos para ser feito
hoje em dia, futuramente será oferecido igual ao exame de sangue, passando a
fazer parte da nossa rotina da mesma forma que já ocorre em outros países.
No Brasil, se uma mulher perde o primeiro filho aos 8 meses de gestação,
depois perde o segundo, o que acontece é dizer que foi uma fatalidade, é
tratado como algo comum, natural. Isso é errado. Deve ser feita uma
investigação, um estudo para saber o motivo pelo qual isso está acontecendo.
No entanto, essa pesquisa não é feita e, muitas vezes, para justificar a causa
do óbito são colocados motivos bem genéricos, como, por exemplo: causas
naturais ou falência múltipla dos órgãos.
Não se estuda isso nas famílias, não se sabe por exemplo entre as pessoas
qual é a prevalência de doenças genéticas responsáveis por aborto
espontâneo.
+ IMAGEM (Ele não disponibilizou a foto da menina no slide que enviou
pra turma) – Menina aparentemente normal, a síndrome foi identificada
somente pela formação dos pés, os dedos separados.
No caso dessa menina, por exemplo, vocês diriam pelo fenótipo que ela tem
alguma alteração, algum problema?
Ela tem Síndrome de Down, portadora da trissomia do 21. Ela tem um
cromossomo a mais no 21 (por que as vezes alguns down não é um
cromossomo a mais do 21, é só uma translocação).
Ás vezes a criança está no quarto ano na escola e tem uma dificuldade
cognitiva, mas em nenhum momento os pais associam a uma doença genética.
Vão ao pediatra e o que ele faz? Mede a cabeça, ver a boca e o ouvido, porém
não há um caráter investigativo nessa classe médica, pois isso não é
implantado desde a faculdade. Falta o estímulo para investigar algo maior.
Exemplo: Crianças que provavelmente tem uma doença genética e sofrem
bullying por serem mais lentas, durante o colégio o problema é agravado; os
pais e os médicos não percebem a possibilidade de a causa ser genética, pois
não tem caráter investigativo.
Fazer a análise dos cromossomos não é pedido como rotina quando nasce
uma criança, em vez disso o que se é requisitado é o teste do pezinho. Apesar
de ser tão barato se fazer um teste de cariótipo e de esse tipo de teste
proporcionar a descoberta prévia de possíveis problemas genéticos que uma
criança pode ter, possibilitando, dessa forma, o tratamento de doenças desde o
início em vez de deixar o problema se agravar.

Vocês entendem que essa menina (da foto) poderia estar sem diagnóstico até
hoje?
Por que na nossa sociedade quando alguém estar com dificuldades cognitivas,
por exemplo, para aprender a ler, é dito que ela é “lenta mesmo”, tratada de
uma forma trivial. Em nenhum momento é avaliado que essa incapacidade
cognitiva está associada a um problema genético.
Para essa menina, só foi descoberto devido à separação maior entre os dedos
dos pés, esse afastamento é como se fosse um padrão para os portadores de
síndrome de Down.
+ IMAGEM (de outra criança portadora de Síndrome de Down, mas com
características fenotípicas não tão aparentes)
E essa outra criança, parece que ela tem Síndrome de Down? Já é criado um
tipo de estereótipo para portadores desse tipo de doença: cabelos lisos,
pescoço alado, olhos achatados, baixa implantação da orelha. É quase que um
pré-conceito, por que há um padrão, mas há casos que fogem dos padrões,
pois não se sabe o quanto aquele cromossomo a mais está sendo eficiente ou
não.
Pergunta: Professor, mas aí nesse caso dessa criança de Síndrome de Down
pela expressão fenotípica ser mais branda, a manifestação da doença também
é?
Resposta: Isso, é muito variável o fenótipo, o caráter genético é o mesmo, mas
a expressão disso (o fenótipo) é muito variável. Essas crianças que tem a
expressão fenotípica menos aparentes (como o caso da primeira menina que
fisicamente não aparentava ser portadora, a não ser pelo formato dos pés)
provavelmente são mais “desenroladas”, tem menos dificuldades cognitivas.
Nesses casos, eles geralmente apresentam dificuldades cognitivas em áreas
isoladas, em algo especifico.
Qual o sinal clínico de uma doença neurodegenerativa em uma criança?
Resp.: Quando ela perde uma habilidade que ela ganhou.
Ex.: aprendeu a andar, mas passa a engatinhar de novo.

Pergunta: Professor, então é errado quando faz o exame morfológico e só pelo


osso nasal diz se ela tem ou não?
Resposta: O morfológico não vai confirmar nada, mesmo que ele tenha
certeza, ele não pode afirmar o que não foi feito exame. O que ele faz são as
medições do nariz, do pescoço... Aqueles comprimentos que o próprio
computador faz. O trabalho do médico é só dizer onde começa e onde terminar
o fêmur, por exemplo, daí ele vai medindo e dá automaticamente suspeita de
síndrome de Down.
Quando se faz o morfológico com 13/14 semanas é só pra preparar a família,
mas não há nada que possa ser feito, pois não há como reverter isso.
Exemplo: Se a criança nasceu e tá com suspeita de down, não se faz o teste
do cariótipo, pois não há como reverter isso, além de ser muito invasivo tirar
líquido amniótico para fazer esse tipo de teste.
Mas por que é importante fazer um teste do cariótipo assim que a criança
nasce? Para, caso ela seja portadora de alguma doença, estimular
previamente a sua recuperação, de tal forma que ela tenha menos problemas
do que uma criança não estimulada.

Para que esse problema não acontecesse, seria necessário fazer um teste pré-
implantação.
Quantas pessoas hoje não sabem que são portadoras de doenças genéticas e
vão passar isso para seus filhos ?! Muitas.
Se a medicina quer se livrar dessas doenças, precisa-se identificar qual o
padrão de hereditariedade para fazer o aconselhamento genético e evitar a a
transmissão para as novas proles. Atualmente, entretanto, permite-se que
crianças com doenças genéticas cresçam e perpetuam esse gene, é por isso
que existe, cada vez mais na geração, um número maior de doenças.
A medicina busca, portanto, contrariando até mesmo a evolução, dar mais
qualidade de vida e longevidade.
Pergunta: Não tem como solucionar essas doenças com um diagnóstico
prévio?
Resposta: Só se for um doença genética que coloque em risco a mãe. Não é
muito pedida a coleta de células de um embrião, pois não há nada o que fazer
para reverter. Por exemplo, na s. de Down, ou o zigoto já foi formado assim ou
ela acontece nas primeiras divisões mitóticas, não há possibilidade de, por
exemplo, dar um hormônio para que reverta.. não há como!
Por isso não é muito comum o exame citogenético pré-natal. É muito mais
comum implantação e pós-natal. Eu defendo a citogenética pós natal, por meio
do exame cariótipo, juntamente com o teste do pézinho.
Existem pessoas que sofrem muito com abortos espontâneos e, às vezes, a
pessoa nem sabe que teve um aborto espontâneo, acha que foi uma
menstruação mais intensa, por exemplo. Mas 50% dos abortos acontecem por
causa de aberrações cromossômicas (euploidias) que não mudam só o número
de cromossomos individuais, muda os conjuntos.
Essa criança é triploide (3n) (incompatível com a vida)

Qual a importância do exame citogenético?


Mapear o cromossomo, identificar alterações genéticas numéricas
(cromossomos a mais ou a menos) aneuploidias, euploidias, ou conjunto
aploides a mais ou a menos, identificar mutações específicas, como
translocações, inserções, deleções.. Tudo isso através de um teste muito
simples.Então, é esse bandeamento cromossômico consegue identificar
centenas de doenças genéticas. Chamamos isso aqui de ideograma , que é o
padrão de bandeamento cromossômico:
Então, a citogenética quando foi “concebida” era algo mais científico, não tinha
tanta conotação clínica, hoje não, ela já é tratada como citogenética clínica. A
citogenética é a genética da célula, porque analisa, geralmente,
cromossomos, cuja forma está relacionada ao ciclo em que a célula esteja.
Logo, é um estudo que está, diretamente, relacionado à célula, estudo do
cromossomo, de sua estrutura e da sua herança aplicada à prática da genética
médica, então é muito útil na medicina.
Eu já falei sobre isso, mas o cromossomo é o resultado da compactação da
cromatina, que é o DNA associado a proteínas histônicas (proteínas esféricas).
O Dna se enrola com essas proteínas e forma aquelas estruturas em forma de
colar -os nucleossomos- e esses, como estão compactados, originam os
cromossomos, que só são visíveis no ciclo celular durante a mitose,
,principalmente, durante a prófase e metáfase.

Os cromossomos só são visíveis dentro do ciclo celular durante a mitose


(na prófase e metáfase, principalmente), onde terão grau de condensação
máximo. Depois da metáfase, no final da anáfase, eles já começam a
descondensar e já não dá mais para individualizar os cromossomos. Por isso
que a citogenética estuda os genes, os cromossomos sempre relacionados
com o estágio da célula.
O nosso DNA é cromatina (DNA + histonas). Essa compactação vai dar
origem aos cromossomos. O cromossomo tem uma constrição primária, que é
o centrômero, e de acordo com a posição do centrômero vai haver a
constituição de braços curtos e/ou longos.

Os braços curtos SEMPRE vão estar em cima. E os longos SEMPRE em


baixo. O braço curto representamos pela letra P, e o longo é Q. Isso é
importante para o cariótipo.
Alguns cromossomos, além da constrição primária, possuem também a
constrição secundária, que são as regiões satélites. As extremidades são
chamadas TELÔMEROS.

Esses são os tipos de cromossomos que existem.


OBS: Mesmo o metacêntrico tendo braços de mesmo tamanho, os
curtos são os de cima e os longos os de baixo.
Esses cromossomos precisam ser organizados no nosso cariótipo.
Essa organização é feita pelo tamanho e pela posição do centrômero. Cariótipo
= 22 pares autossômicos + 1 par sexual.

Esses 22 pares são enumeros de 1 a 22. De onde vem essa


numeração? Do maior ao menor. Mas, na verdade, o menor é o 21, mas os
pesquisadores só foram perceber isso depois, e deixaram assim mesmo.
Existem os grupos dos cromossomos.
Esses grupos são muito importantes na identificação de doenças.
Por que essa classificação é feita? Nós sabemos que os homólogos são
iguais. Pela semelhança sabemos quem é o par de quem, e isso é importante
porque os cromossomos estão todos misturados no núcleo. Pela semelhança
conseguimos identificar quem é meta, sub, acrocêntrico etc. e juntar eles. E
mesmo assim é difícil fazer isso, pois, por exemplo, o par 4 e o par 5 são muito
parecidos e se fosse só pela posição do centrômero ou pelo tamanho do
cromossomo não conseguiríamos classificar. Por isso a citogenética criou uma
tinta, na qual cada par de cromossomo reage diferente a ela, sendo esse um
critério usado na padronização dos pares (BANDEAMENTO).
OBS: Essa padronização só ocorre na METÁFASE. A COLCHICINA
(substância utlizada) é usada para “parar” a divisão celular na metáfase. Na
metáfase, os cromossomos estão 100% visíveis.
Graças ao BANDEAMENTO, conseguimos identificar os pares de cada
cromossomo.
Existem vários tipos de bandeamento. G, Q, R são os tipos clássicos.
Citogenética molecular é o de mais atualizado que há na citogenética
atualmente, com bandeamentos cada vez mais específicos, com melhores
resultados.
Vamos por partes:
1 – Centrômero deve ser identificado
2 – Identificando os braços curtos e longos
3 – Identificar regiões variáveis, a partir da coloração de corantes.
A partir do centrômero, o cromossomo é dividido por regiões. Região 1, 2
e 3, com bandas 1, 2 e 3
Essas regiões e bandas servem para descrever um cariótipo.
-Por exemplo: “paciente tem doença genética e seu gene está localizado na
região 14Q21”
O que é isso? Cromossomo 14, na banda 1, da região 2 do braço longo
(em baixo). Desse modo é mapeado a localização das doenças.

Nessa designação observamos que houve uma deleção que ocorreu no


cromossomo X. Na deleção temos a perda de uma parte do cromossomo e
designação vai nos informar de que parte até que parte essa deleção ocorreu.
Nesse caso a deleção ocorreu no braço curto entre a região 11.23 e 22.1.
OBS: A numeração inicia a partir da proximidade do centrômero. Logo, após o
centrômero temos a região 1 e a medida que nos afastamos deste a
numeração das regiões crescem.
Agora temos uma inversão (troca de pedaços) ocorrida no cromossomo 9.
Ocorreu entre um pedaço do braço curto e um pedaço do braço longo.
Obs: A inversão também pode ocorrer entre pedaços do braço curto ou entre
pedaços do braço longo.
Pergunta: A inversão poderia acontecer entre uma cromátide e outra?
Resposta: Essa história de cromátide é outra coisa. Quando vemos um
cromossomo com duas cromátides devemos levar em consideração que este
cromossomo está duplicado (se duplica na intérfase – fase S). Nós
normalmente vemos os cromossomos na fase da metáfase e por isso ele está
duplicado mas, na maior parte da vida do cromossomo ele tem apenas uma
cromátide. Então não precisamos saber qual é a cromátide pois elas são
idênticas, se sofrer mutação a sua cópia será feita também com a mutação,
então o par de cromátides vão estar com o mesmo padrão.
Lembrando que os nossos cromossomos não são homólogos por conta disso,
mas porque um é proveniente do pai e outro da mãe, tendo a mesma função
(se um traz informação para cor do olho e dedo do pé o outro também traz
informação para cor do olho e dedo do pé. “Mas um pode ser rosa choque e pé
80 enquanto o outro pode ser verde limão e pé 10, ou podem ser as mesmas
características”). É por isso que falamos que nossas células são diploides (2n).
E o que acontece com esses cromossomos homólogos na meiose? São
separados, é por isso que o resultado da meiose são células haploides (n).
Aqui já temos o envolvimento de dois cromossomos numa translocação (troca
entre cromossomos). A translocação ocorreu entre o cromossomo 7 e o 19. A
região q22 se refere ao cromossomo 7 enquanto que a região q13.1 se refere
ao cromossomo 19 (A designação é respectiva). Essas regiões dos
cromossomos trocaram de lugar.

 Bandas adicionais
Quando foram realizadas as primeiras técnicas de citogenética eles
perceberam que somando todos os cromossomos já havia um mapeamento
conhecido. Quando começaram a fazer o bandemento, foram identificadas 400
bandas para a primeira técnica de citogenética. Com a evolução da
citogenética observou-se a existência de 850 bandas na realidade.
Então o que aconteceu, antes tínhamos a região 1 que possuia 3 bandas. Com
a percepção de que dentro dessas bandas haviam outras bandas a numeração
aumentou e passou a ser separada por um ponto.
Ex: 12.3 – Região 1/ Banda 2/ Sub-banda 3
Após isso houve a percepção de que essas sub-bandas também possuiam
sub-bandas, que é o máximo que podemos encontrar hoje (4 números).
Ex: 12.33 – Sub-banda 3 da sub- banda 3 da banda 2 da região 1
 Temos tabelas com as abreviações dos termos utilizados para
descrever o cariótipo.

Tem uma que é muito importante vocês saberem chamada de ish, mas esta se
refere a uma técnica de citogenética mais avançada, a citogenética molecular.
Obs.: Não é preciso decorar a tabela, precisamos saber apenas o exemplo de
cariótipo, como funciona, e para ish.
 Técnicas

Temos várias técnicas que podemos realizar, tanto pré-natal como pós-
natal. Não se faz muito pré-natal porque é muito invasivo.
 Pré natal:

- Células do canal cervical


- Células do cordão umbilical
- Células que ficam em suspensão no líquido aminiótico (porque
muitas células da criança saem e ficam em suspensão no
líquido).
- Células das vilosidades coriônicas;
Tudo para avaliar os cromossomos da criança. Depende muito do
estágio de desenvolvimento da criança e da emergência de se
fazer isso (será que é realmente necessário?), por isso não é
muito solicitado.
Então fazemos a coleta de células, que pode ser pré-natal ou pós-natal e essas
células vão sofrer uma preparação para receber a coloração.
Existem vários tipos de coloração, a mais baratas e mais simples são as
colorações R, Q e G.
Bandeamento G
- Utiliza um corante Giemsa, que dá um padrão preto e branco.

Na segunda imagem observa-se que ele coloca lado a lado esquema e vida real – uma das cromátides é o esquema e
a outra a imagem na vida real (muito parecido).

- Percebemos que ele causa um bandeamento específico para o cromossomo


1, por exemplo, a partir desse bandeamento preto e branco conseguimos
identificar o homólogo dele, porque é idêntico. Então conseguimos fazer um
padrão e assim saber quem é o cromossomo 1, quem é o 2, quem é o 3...
- Não necessariamente os cromossomos aparecem retinho, isso não é uma
mutação é só a forma quando ele foi fixado. Então batemos um “foto”,
“recortamos” e vamos juntando quem seriam os pares e assim montando o
cariótipo.
- Isso seria o cariótipo, o conjunto dos nossos 23 pares de cromossomos.
Bandeamento Q
- Existem outras técnicas, como esta, que usa a quinacrina.
- Diferente do bandeamento G, este é fluorescente. Tanto que o fundo do
bandeamento G era branco enquanto este é preto.
- Utilizamos o microscópio de fluorescência.
Obs: todos esses microscópios são ópticos (de luz).
- Então vemos bandas brilhosas ou opacas.
- Não são as mesmas bandas, a técnica causa um padrão específico dela.

Como escolher a técnica? Depende do que queremos visualizar. Percebemos


que a técnica mais cara é a que utiliza o microscópio de fluorescência e
corantes de fluorescência (Bandeamento Q).
Pergunta: Professor, caso eu coloque um corante fluorescente e apague a luz
do laboratório teria essa visualização?
Resposta: O corante fluorescente ele vai responder quando jogarmos luz nele,
na ausência de luz não conseguimos ver. Por isso pegamos um corante
fluorescente, colocamos DNA e incidimos uma luz UV nele e aí ele reflete essa
luz, ficando visível.
Essa é a citogenética clássica, como ela se surgiu nos seus primórdios. Com o
advento de novas tecnologias se desenvolveu uma citogenética molecular, ou
seja, muito mais específica. Das técnicas moleculares uma das mais famosas é
a FISH.

FISH (Hibridação in situ por Fluorescência):


É uma técnica de citogenética molecular que utiliza sondas de DNA marcadas
com fluorescência para detectar anomalias cromossômicas como
microdeleções e rearranjos complexos,
que estão além do poder de resolução da
citogenética clássica.
SONDA: É um DNA fita simples que é
complementar. A sonda vai procurar a sequência complementar e se liga a ela,
como essa sonda é fluorescente ela manda uma luz que vai servir para ajudar
a identificar a região que se quer localizar.
Isso não é esquema. É um cariótipo real. Eles dão cor às regiões desejadas.
Isso é técnica de FISH.
Ele usa uma instrumentação muito parecida
com a técnica de bandeamento q, porém essas
sondas são muito mais específicas. Para fazer
essas sondas, precisa-se, antes, conhecer a
sequência do DNA, que está no Projeto
Genoma, disponível na internet. A partir desse
conhecimento, pode-se, por exemplo, construir
sondas para uma pontinha de tal cromossomo,
e dar uma cor específica para ela, facilitando,
assim, o processo de identificação dos
cromossomos homólogos (já que eles estarão
da mesma cor e não vai precisar separar por
tamanho).
Essas sondas aí são para que região? Centrômero.
Aí por exemplo, pode-se contar os centrômeros para ver se houve algum
problema. Uma pessoa normal tem que ter 46. Se tiver só 45, significa que
houve uma aneuploidia.
Como eles conseguem fazer isso? Porque eles vão dar a mesma cor para
todos os centrômeros. Os centrômeros possuem regiões altamente
conservadas, regiões repetitivas, que são conservadas entre os mais diferentes
cromossomos, então você consegue construir quase que uma sonda universal
para todos os centrômeros.
E as outras regiões? Como você consegue colorir? Você constrói sondas
específicas para todos os cromossomos e aí você coloca a mesma cor para
todos.
OBS: Quando vem ISH no cariótipo, a técnica utilizada foi FISH.
OBS: Caso não venha nada na frente, foi utilizada técnica da citogenética
CLÁSSICA. (Ex: bandeamento G).
As vezes o paciente pode ter câncer (não é só causado por mutação gênica,
pode ser causado por mutação cromossômica) e apresentar no cariótipo. Ex: O
par 7 devia ser formado por apenas 2 cromossomos, mas pode haver dele ter
mais de 2.
Aqui houve uma deleção de um cromossomo na verdade era para ter dois já que
os cromossomos estão aos pares, tem um par de 7 e um par de 8, então nessa célula
ela está normal pois tem um par de 7, já a outra está com um cromossomo 7 a mais.
A outra vantagem das técnicas moleculares em relação aos métodos
convencionais (como o bandeamento Q e R) é que os bandeamentos clássicos só
podem ser feitos na prófase e na metáfase, já em FISH você pode fazer em
qualquer estado da células, além disso nesse método não é preciso cultivar as
células, pois nos métodos convencionais é preciso cultivas as células e esperar elas
começarem a se dividir para jogar uma substância e parar a divisão e ai sim fazer a
coloração. Em FISH basta coletar, fazer a coloração e já pode observar, pois nesse
método pode ser observado em qualquer estágio, seja interfase ou mitose
A preparação do fish é rápida em 3 ou 4 horas você consegue visualizar. Ele te dá
sequência especifica de uma região, esse bandeamento é altamente especifico. Uma
sonda é enorme.

PERGUNTA: O QUE É ISSO? (APONTOU PARA A


IMAGEM DO QUADRO)
RESPOSTA: são 3 células que ele quer identificar a
presença do cromossomo 7 e ver se são células
cancerígenas ou não.
Você pode fazer isso para qualquer coisa, pode corar os cromossomos
individualmente como você queira. É um processo mais caro, no entanto é
mais informativo.
 Uma vantagem em relação a fish do que o método convencional?
- agilidade;

- você consegue ver em qualquer estágio da célula;

- enxerga pequenas alterações no gene.


Nos bandeamentos G e Q você não consegue identificar mutações genicas
de um gene, por exemplo, ele perdeu 4 bases, são mudanças moleculares,
você não consegue ver. No fish, devido ás sondas, você enxerga as
alterações facilmente.

Mais exemplos: o que ele quer ver com isso? identificar delações. A segunda
imagem perdeu esse pontinho vermelho do primeiro.

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