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Análise Numérica de Lajes Nervuradas pelo Método

dos Elementos Finitos usando o Software Femap


Mário Sérgio Silva Marques
Aluno de Pós-Graduação em Engenharia de Estruturas
Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Sorocaba, Brasil
engenhariaestrutural.marques@gmail.com

Resumo – Este trabalho mostra a análise numérica estrutural de do aço e do concreto.


lajes nervuradas utilizando o Método dos Elementos Finitos Desta forma, são crescentes os estudos de lajes nervuradas e
usando o software comercial FemapV11 NX Nastran. São cogumelo nervuradas pelas suas expressivas vantagens em
estudados dois modelos de lajes cogumelo nervuradas de concreto
armado, modelados com elementos finitos tridimensionais. São relação às lajes convencionais. Neste sentido, o presente estudo
encontradas respostas como deslocamento e momentos fletores em se propõe em fazer análise numérica estrutural de duas lajes
alguns pontos determinados que são comparados e avaliados em cogumelo nervuradas por meio do Método dos Elementos
relação aos resultados numéricos disponíveis na bibliografia, Finitos usando o software comercial Femap V11 NX Nastran,
chegando assim às conclusões deste estudo. modelados com elementos tridimensioanais, para encontrar as
respostas em alguns pontos definidos e comparar os resultados
Palavras-chave — Lajes Nervuradas. Femap. Elementos
(deslocamentos e momentos fletores) com as respostas da
Finitos. Estruturas de Concreto. NBR 6118.
“Aplicação 02”, estudados por Donin [2].
Abstract - This work exposes the structural numerical analysis
of ribbed slabs using the Finite Element Method with application II. OBJETIVOS
of the commercial software Femap V11 NX Nastran. Two Realizar a modelagem computacional de duas lajes
reinforced concrete ribbed mushroom slabs models are studied
and modeled with three-dimensional finite elements. Answers such
cogumelo nervuradas no software Femap V11 NX Nastran,
as displacement and bending moments are found in some denominadas na dissertação de Donin [2] de MEF-04 e MEF-
determined points that are compared and evaluated in relation to 05.
the numerical results available in the bibliography, thus reaching Obter as respostas (deslocamentos e momentos fletores) em
the conclusions of this study. alguns pontos das lajes.
Comparar e avaliar os resultados encontrados no Femap em
Index Terms — Ribbed slabs. Femap. Finite Element Method. relação aos resultados encontrados no Ansys feitas por Donin
Concrete Structures. NBR 6118.
[2].
I. INTRODUÇÃO
III. MATERIAIS E MÉTODOS
engenharia civil tem enfrentado o desafio de minimizar
A custos, prazos e satisfazer as demandas arquitetônicas,
como por exemplo maiores vãos livres em lajes. Estas
Utilizou-se o Software Femap V11.01 para modelagem e
obtenção das respostas estruturais em notebook Inspiron 14R –
3450, Intel Cor i5-3210M, CPU @ 2.50 GHz, 6GB (RAM),
exigências têm levado o meio técnico científico a considerar
Windows 7 Home Premium e pesquisa bibliográfica de normas
novas formas construtivas, uma vez que o uso de lajes maciças
técnicas, livros, artigos e publicações técnico-científicas na
é considerado desvantajoso e pouco eficaz para grandes vãos,
fundamentação e critérios de análise estrutural de lajes
pois acaba resultando em espessuras elevadas, provocando
nervuradas.
elevado consumo de concreto, alto custo com formas, mão-de-
obra e aumento considerável no peso próprio da estrutura.
IV. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste cenário, se destaca o desempenho de lajes nervuradas
e lajes cogumelo nervuradas do ponto de vista técnico e Aqui são descritos breves conceitos de lajes nervuradas, lajes
econômico. De acordo com Franca e Fusco [1], o sistema cogumelo nervuradas, módulo de deformação longitudinal do
nervurado representa uma evolução natural das lajes maciças, concreto e conceitos gerais do Método dos Elementos Finitos,
pois resulta na eliminação da maior parte de concreto abaixo da que são assuntos base para a fundamentação teórica do presente
linha neutra ou sua substituição por material inerte, que não trabalho.
colabora com a resistência. Assim, há um aumento econômico
da espessura total da laje pela criação de vazios arranjados em A. Lajes Nervuradas
um padrão, ao mesmo tempo que se proporciona a redução do
Segundo a NBR 6118 [3] as lajes nervuradas são as lajes
peso próprio da estrutura e um aproveitamento mais eficiente
moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de
tração para momentos positivos esteja localizada nas nervuras
entre as quais podem ser colocados materiais inertes.
De acordo com Pinheiro [4], uma laje nervurada é constituída
por um conjunto de vigas que se cruzam solidarizadas por uma
mesa.
Os principais objetivos de lajes nervuradas são economizar
concreto, reduzir o peso próprio e vencer grandes vãos. A
Figura 1 mostra um exemplo de laje nervurada.

Fig. 3. Laje nervurada cogumelo (Fonte: próprio autor)

Segundo Donin [2], laje cogumelo pode ser de 3 tipos, quanto


ao tipo de apoio: laje cogumelo com capitel aparente, com
capitel invertido, e sem capitel, conforme pode ser visto na
Figura 4.

a) b)

Fig. 1. Laje nervurada (Fonte: próprio autor)

c)
A Figura 2 mostra a seção transversal de uma laje nervurada.
Entre as nervuras pode-se colocar ou não material para tornar a
superfície inferior da laje plana. Caso se coloque este material
(isopor, tijolos ou blocos) ele será inerte, isto é, não participará
dos componentes resistentes da laje.

Fig. 4. Lajes Cogumelo: a) Com Capitel Aparente; b) Com Capitel Invertido e


c) Sem Capitel (Donin [2])

C. Módulo de Deformação Longitudinal do Concreto


Segundo Araújo [5], o concreto apresenta um
comportamento não-linear, quando submetido a tensões de
Fig. 2. Seção transversal de uma laje nervurada (Fonte: próprio autor) certa magnitude. Esse comportamento é decorrente da
microfissuração progressiva que ocorre na interface entre o
agregado graúdo e a pasta de cimento.
B. Lajes Cogumelo Nervuradas A partir de ensaios de corpos de prova à compressão
É um tipo de laje que é apoiada diretamente sobre os pilares, centrada, pode se obter um diagrama tensão x deformação,
ou seja, sem a utilização de vigas, podendo ter capitéis sobre os como mostrado na Figura 5, onde se percebe que não há
pilares. A Figura 3 mostra um exemplo de laje cogumelo proporcionalidade entre tensões e deformações desde o início
nervurada. do carregamento.
Segundo Soriano [8], o MEF é uma eficiente ferramenta
numérica de resolução de meio contínuo e teve seu início em
análise estrutural, onde mais se desenvolveu.
Assan [9] fala que o MEF prevê a divisão do meio contínuo,
em número finito de pequenas regiões, denominadas Elementos
Finitos, tornando o meio contínuo em discreto. A aplicação
desse método em análise estrutural pode-se obter respostas
como tensão, deflexão, flambagem, etc.
A utilização dos programas que utilizam MEF se justifica
quando a geometria das peças é complexa ou se tem a interação
de materiais diferentes. Neste caso, as lajes nervuradas e lajes
cogumelo nervuradas se enquadram bem no propósito do
Método dos Elementos Finitos por possuírem geometria
complexas e por não ter soluções analíticas capazes de obter as
Fig. 5. Diagrama tensão-deformação de compressão para o concreto (Araújo
[5]) diversas respostas em todos os pontos da estrutura.
Com a crescente velocidade de processamento e da facilidade
Devido a não linearidade do concreto, foram introduzidos os de compra dos computadores nas últimas décadas, há um
conceitos de “módulo de deformação longitudinal secante” nos aumento significativo da utilização de programas que utilizam
quais se substitui o diagrama real por um diagrama linear o MEF na execução de análises para resolução de problemas de
fictício da origem até o ponto de carregamento previsto e de engenharia.
“módulo de deformação longitudinal tangente” no qual se Nos software de MEF a geometria da peça, que é
substitui o diagrama real por uma reta paralela à tangente ao originalmente contínua, é subdividida pelo programa em
diagrama verdadeiro. pequenos elementos, em uma quantidade finita, mantendo os
O módulo de deformação longitudinal tangente Ec é elementos interligados por nós, formando o que se denomina
representado pela inclinação da reta tangente à curva na origem malha, processo chamado de discretização (Azevedo [10]).
do diagrama. De maneira análoga, o módulo secante Ecs O tempo de processamento para encontrar os resultados
representa a inclinação da reta que passa pela origem e corta o depende diretamente da quantidade de nós e de elementos
diagrama no ponto correspondente a uma tensão da ordem de existentes no modelo. Quanto maior a quantidade de nós e
0,4 fc, sendo fc a resistência à compressão simples (Araújo [5]). elementos, maior o tempo de processamento do computador
Já a NBR 6118 [3] afirma que pode-se admitir uma relação processar os resultados.
linear entre tensões e deformações para tensões de compressão Segundo Azevedo [10], a análise se divide em três etapas
menores que 0,5 fc. distintas: o pré-processamento, solução e pós-processamento.
Este artifício pode ser usado visando o cálculo de elementos No pré-processamento é feita a geometria, definindo tipo de
de concreto armado no regime elástico. A avaliação do análise, a malha, as propriedades dos materiais, os
comportamento de um elemento estrutural ou seção transversal, carregamentos e restrições. Esta é a etapa que demanda maior
pode ser adotado módulo de elasticidade único, à tração e à tempo de operação do engenheiro. Na solução se define o tipo
compressão, igual ao módulo de deformação secante Ecs (NBR de solução desejada (equações lineares ou não lineares) para se
6118 [3]). obter os deslocamentos nodais. Nesta fase é onde acontece a
A determinação experimental do módulo de deformação do solução computacional, exigindo mais da máquina do que o
concreto é prevista na NBR 8522 [6] engenheiro. No pós-processamento são obtidos os resultados
Segundo Donin [2], usualmente o módulo de deformação tais como tensões, deslocamentos, flambagem e outros. Aqui o
longitudinal depende do valor da resistência à compressão do engenheiro lista e avalia as respostas encontradas.
concreto. Algumas normas estabelecem a relação em função da Existem vários tipos de análises estruturais, entre estas as
resistência média fcm, como é o caso do CEB-FIP90 [7] e mais comuns são: análise estática, flambagem, modal,
outras normas em função da resistência característica fck do harmônica, dinâmica transiente, etc.
concreto, como é o caso da NBR 6118 [3]. O presente trabalho se restringirá em análise estrutural
estática (Static Structural), comportamento linear.
Segundo Azevedo [10], a análise estrutural estática calcula
D. Método dos Elementos Finitos - MEF os efeitos de condições de carregamento estático na estrutura,
O Método dos Elementos Finitos (MEF) é basicamente um ignorando efeitos de inércia e amortecimento, tais como aquelas
método matemático aproximado para resolução de equações causadas por cargas que variam em função do tempo. A análise
diferenciais. A maioria dos fenômenos físicos podem ser estática pode, entretanto, incluir cargas de inércia estática,
descritos matematicamente por equações diferenciais, daí o como a aceleração gravitacional ou a velocidade rotacional.
porquê de os software de engenharia utilizarem o MEF para
resolução dos diversos problemas de engenharia, tais como: V. ANÁLISE NUMÉRICA (ESTUDO DE CASO)
mecânica dos sólidos, mecânica dos fluídos, transferência de O presente estudo mostra a análise numérica de lajes
calor e magnetismo. cogumelo nervuradas usando software Femap NX Nastran V11.
São consideradas e modeladas duas Lajes da Aplicação 02 da
dissertação de Donin [2], feitas no software Ansys,
denominados MEF-04 e MEF-05, e os resultados obtidos são
comparados e avaliados em relação aos resultados encontrados
no Femap. As dimensões para os dois modelos estudados são
mostradas na Figura 7 e na Figura 8.

Fig. 9. Propriedades dos Materiais no Femap – Laje MEF-04 (Fonte: próprio


autor)

Fig. 7. Vista em Planta da Laje (unidades em metros) - MEF-04 e MEF-05


(Donin [2])
Fig. 10. Propriedades dos Materiais no Femap – Laje MEF-05 (Fonte: próprio
autor)

B. Malha de Elementos Finitos


A malha de elementos Finitos é mostrada na Figura 11 e na
Figura 12. O modelo possui 14891 elementos e 25872 nós. São
utilizados elementos sólidos, CHEXA do NX Nastran, com 6
faces e 8 nós. Cada nó possui 3 graus de liberdade, ou seja,
translação em X, Y e Z.
Fig. 8. Seção Transversal da Lajem (unidades em centímetros) – MEF-04 e
MEF-05 (Donin [2])

A diferença entre a Laje MEF-04 e a Laje MEF-05 é o


módulo de elasticidade utilizado no modelo, sendo que a Laje
MEF-04 é analisada com o módulo de elasticidade longitudinal
do concreto Ec = 33690 MPa, obtido nos ensaios do micro-
concreto utilizado nas lajes experimentais e a Laje MEF-05 é
analisada com o módulo de elasticidade longitudinal secante
Ecs = 27993,041 MPa, calculado de acordo com o CEB-FIP90
[7].

A. Propriedades do Material aplicadas no Modelo de


Elementos Finitos
As propriedades do material aplicadas no software Femap Fig. 11. Malha de Elementos Finitos no Femap – Vista Superior da Laje MEF-
para a Laje MEF-04 são mostradas na Figura 9 e para a Laje 04 e MEF-05 (Fonte: próprio autor)
MEF-05 são mostradas na Figura 10.
As restrições nas direções X e Y deste último pilar foram
aplicadas para que o software usado encontre solução para o
modelo utilizado, pois sem elas o programa apresenta erro de
movimento de corpo rígido.

D. Tipo de análise
Para este modelo foi realizada análise estática elástico-linear,
conforme mostrado na Figura 15.

Fig. 12. Malha de Elementos Finitos no Femap – Vista Inferior da Laje MEF-
04 e MEF-05 (Fonte: próprio autor)

C. Carregamentos e Restrições
Em toda a superfície superior da laje foi aplicada uma carga
distribuída de 5 kN/m2, conforme mostrado na Figura 13. Neste
modelo não foi considerado o efeito da gravidade para
encontrar apenas o deslocamento da laje referente ao
carregamento distribuído, uma vez que na análise experimental
foi medido o deslocamento a partir da aplicação da carga de
serviço.

Q = 5kN/m2

Fig. 15. Análise no Femap - Laje MEF-04 e MEF-05 (Fonte: próprio autor)

E. Resultados Encontrados
Neste trabalho, foram escolhidos 3 pontos de cada laje
(MEF-04 e MEF-05) para encontrar os deslocamentos e
compará-los com os deslocamentos verticais apresentados na
Fig. 13. Carregamento no Femap - Laje MEF-04 e MEF-05 (Fonte: próprio dissertação do Donin [2] e em um desses pontos é encontrada a
autor)
tensão normal, na parte inferior da laje MEF-04, para calcular
o momento fletor. Os pontos escolhidos são A4, C1 e C2,
Para simular as condições de apoio no modelo de elementos
conforme mostrados na Figura 16. Os momentos são avaliados
finitos, foram aplicadas restrições de deslocamentos verticais,
no ponto C1.
translação na direção Z, na base de oito pilares e restrições na
base de um pilar com impedimento de deslocamento
translacional nas direções X, Y e Z do sistema de coordenadas
adotado, conforme mostrado na Figura 14.

TZ=0

TZ=0

TX=TY=TZ=0
Fig. 14. Restrições no Femap - Laje MEF-04 e MEF-05 (Fonte: próprio autor) Fig. 16. Pontos Avaliados – Laje MEF-04 e Laje MEF-05 (Donin [2] adaptado)
Na Figura 17 é mostrado o gráfico de cores dos
deslocamentos na direção Z da Laje MEF-04, onde o
deslocamento máximo encontrado é de 2,92 mm (-Z).

Fig. 19. Tensão Normal na Direção Y no Femap – Face Superior da Laje MEF-
04

Zmáx = 2,92mm (-Z)

Fig. 17. Deslocamento Z no Femap - Laje MEF-04 (Fonte: próprio autor)

A Figura 18 mostra os deslocamentos para a Laje MEF-05,


onde o deslocamento máximo encontrado é 3,52 mm.

Fig. 20. Tensão Normal na Direção Y no Femap – Face Inferior da Laje MEF-
04 (Fonte: próprio autor)

O resultado da tensão normal na direção Y no ponto C1, parte


inferior da Laje MEF-04, é mostrado na Tabela 9.

TABELA 9
Zmáx = 3,52mm (-Z) TENSÃO NORMAL Y NO PONTO C1 – LAJE MEF-04
Ponto Face da laje Tensão (MPa)
Fig. 18. Deslocamento Z no Femap - Laje MEF-05 (Fonte: próprio autor) C1 Inferior 2,28

Os resultados dos deslocamentos nos pontos A4, C1 e C2 são Para encontrar o momento fletor, utiliza-se a seguinte
mostrados na Tabela 8. equação:
σI
TABELA 8 M (1)
DESLOCAMENTOS VERTICAIS (DIREÇÃO Z) NOS PONTOS – LAJE MEF-04 E y
LAJE MEF-05 Onde:
Pontos
Deslocamentos Z (mm) : é a tensão normal;
MEF-04 MEF-05 I: é o momento de inércia da seção transversal da laje
A4 -1,3799 -1,6619 nervurada de um metro de largura;
C1 -2,9103 -3,5030 y: distância da linha neutra (baricentro da seção transversal)
C2 -1,5118 -1,8197 até a fibra na qual se deseja calcular a tensão.

Na Figura 19 é mostrado o gráfico de cores da tensão normal Para a seção transversal mostrada na Figura 21, encontra-se
na direção Y da face superior da Laje MEF-04, onde a tensão o momento de inércia I = 636566046,1 mm4, a distância da
máxima de tração encontrada é 4,26 MPa. E na Figura 20 linha neutra até a face inferior y = 168,9 mm, onde a tensão é
mostra a tensão normal na direção Y da face inferior da Laje 2,28 MPa. Com estes valores encontra-se o momento fletor M
MEF-04, onde a tensão máxima de compressão encontrada é = 8,59 kN.m/ m.
4,87 MPa.
numéricas ficou com 96,20% no ponto A4, 96,78% no ponto
C1 e 93,18% no ponto C2, conforme mostrado na Figura 25.

Fig. 21. Seção Transversal da Laje em 1 m - Dimensões em Milímetros (Fonte:


próprio autor)

F. Comparação e Análise dos Resultados


A Figura 22 mostra a comparação entre os deslocamentos
verticais encontrados neste trabalho e na dissertação do Donin
Fig. 25. Relação entre Deslocamentos – Laje MEF-05 (Fonte: próprio autor)
[2] para os modelos da Laje MEF-04.
Na Figura 26 é mostrada a comparação entre os momentos
fletores encontrados. A relação entre os momentos das análises
numéricas (MEF-04 de DONIN e MEF-04 do presente
trabalho) é 96,16%.

Fig. 22. Comparação dos Deslocamentos – Laje MEF-04 (Fonte: próprio autor)

A relação entre os resultados dos deslocamentos encontrados


na análise numérica de Donin [2] e o presente trabalho, em Fig. 26. Comparação dos Momentos Fletores em C1 – Laje MEF-04 (Fonte:
próprio autor)
porcentagem, ficou com 96,13% no ponto A4, 96,76% no ponto
C1 e 93,17% no ponto C2, conforme mostrado na Figura 23.
Os resultados entre as análises numéricas encontram-se
relativamente próximos, com poucas diferenças, mostrando a
coerência entre as considerações dos modelos. As diferenças
entre resultados numéricos devem-se principalmente pelo
número de elementos e restrições aplicados nos modelos, pois
no modelo de Donin [2] tem 32304 elementos e as restrições
nas colunas foram apenas verticais, pois no Ansys permite esta
análise sem travar os deslocamentos horizontais, uma vez que
possui apenas carregamento na vertical. Já o modelo desta
análise, feito no Femap, possui 14891 elementos e em uma das
colunas foi necessário travar os deslocamentos horizontais para
Fig. 23. Relação entre Deslocamentos – Laje MEF-04 (Fonte: próprio autor) permitir o programa processar o modelo.

A Figura 24 mostra a comparação dos deslocamentos para os VI. CONCLUSÃO


modelos da Laje MEF-05. Mostrou-se, neste estudo, a análise estrutural por meio da
modelagem tridimensional de lajes nervuradas e cogumelo
nervuradas de alguns modelos estudados no trabalho da
dissertação de Donin [2] com o objetivo de comparar os
resultados encontrados.
Na análise estrutural foi utilizado o software comercial
Femap V11NX Nastran que utiliza o Método dos Elementos
Finitos para modelar e obter os resultados (deslocamentos e
momentos).
As análises consistem de duas lajes cogumelo nervuradas
(Laje MEF-04 e Laje MEF-05) simplesmente apoiadas com
Fig. 24. Comparação dos Deslocamentos – Laje MEF-05 (Fonte: próprio autor) carregamentos distribuído em toda superfície superior das lajes.
Elas possuem a mesmas dimensões geométricas, variando
A relação entre os resultados dos deslocamentos das análises apenas o módulo de elasticidade.
As análises foram realizadas para os modelos propostos e os
resultados encontrados foram comparados e analisados.
Obteve-se pouca diferença entre os resultados numéricos, onde
os principais motivos por essas diferenças foram o número de
elementos e restrições aplicados nos modelos.
Acredita-se que, desta forma, o estudo apresentado auxilie no
entendimento dos assuntos tratados, atingindo assim, o objetivo
proposto da análise estrutural de lajes cogumelo nervuradas
utilizando o Método dos Elementos Finitos.

REFERÊNCIAS

[1] A. B. M. Franca; P. B Fusco. (1997, dezembro). As Lajes Nervuradas na


Moderna Construção de Edifícios. [Online]. Disponível em:
http://escalaprojetos.com.br/gallery/LIVRO-LAJES.pdf [dezembro 19,
2017].

[2] C. Donin. “Análise Numérica de Lajes Nervuradas por meio do Método


dos Elementos Finitos” M.S. dissertação, Fac. Engenharia Civil, Univ.
Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2007.

[3] Projeto de estruturas de concreto - Procedimento, ABNT NBR 6118,


2014.

[4] L. M. Pinheiro. (2007, maio). Fundamentos do Concreto e Projetos de


Edifícios. [Online]. Disponível em: http://coral.ufsm.br/decc/ECC1006/
Downloads/Apost_EESC_USP_Libanio.pdf [dezembro18, 2017].

[5] J. M. de Araújo. (2001, outubro). Estruturas de concreto: o módulo de


deformação longitudinal do concreto. (Número 3). [Online]. Disponível
em: http://www.editoradunas.com.br/dunas/Numero_03.pdf [janeiro 10,
2018].

[6] Concreto – Determinação do módulo estático de elasticidade à


compressão, ABNT NBR 8522, 2008.

[7] Comité Internacional du Betón – Model Code 1990, CEB-FIP 90, 1990

[8] H. L. Soriano. Método de Elementos Finitos em Análise de Estruturas.


São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003.

[9] A. E. Assan. Método de Elementos Finitos: Primeiros Passos. São Paulo:


Editora da Unicamp, 2003.

[10] D. F. de O. Azevedo. (2016, janeiro 1). Análise Estrutural com Ansys


Workbench: Static Structural. [Online]. Disponível em:
ftp://ftpaluno.umc.br/Aluno/Domingos/ENGENHARIA%20AUXILIAD
A%20POR%20COMPUTADORES/PROJETO%20DE%20SISTEMAS
%20MEC%C2NICOS%20III/An%E1lise%20Estrutural%20com%20A
NSYS%20Workbench%202016.pdf [janeiro 4, 2018].

Autor: Bacharel em Engenharia


Mecânica pela Universidade Estadual do
Maranhão (2003). Possui MBA em
Produção e Logística pela Universidade
de Sorocaba (2010). É especialista em
Análise Numérica Estrutural utilizando
o Método dos Elementos Finitos pelo
Instituto ESSS de Educação, Pesquisa e
Desenvolvimento (2014). Mestrando em Estruturas pela
Universidade Estadual de Campinas - Unicamp como aluno
especial. Tem experiência em projetos mecânicos, análise
estrutural e dimensionamento de estruturas Metálicas e
Materiais Compósitos com uso de ferramentas computacionais
pelo Método dos Elementos Finitos (Ansys, Femap, SAP 2000,
Simulation e Metálica 3D).

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