Vous êtes sur la page 1sur 4

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RJV
Nº 70010114650
2004/CÍVEL

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. LEI


9.506/97. AUSÊNCIA DE PREVISÃO CONSTITUCIONAL.
Somente após a entrada em vigor da EC n.º 20/98, é
exigível contribuição previdenciária dos exercentes de
mandatos eletivos. Precedentes do STF e do TRF.
À unanimidade, negaram provimento ao apelo, nos
termos do voto do Relator.

APELAÇÃO CÍVEL SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

Nº 70010114650 COMARCA DE PALMEIRA DAS


MISSÕES
MUNICIPIO DE NOVO BARREIRO APELANTE

PAULO CEZAR KLEIN APELADO

ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos.
Acordam os Magistrados integrantes da Segunda Câmara Cível
do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, negar provimento ao apelo,
nos termos do voto do Relator.
Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento, além do signatário (Presidente), os
eminentes Senhores DES. ADÃO SERGIO DO NASCIMENTO CASSIANO E
DR. TÚLIO DE OLIVEIRA MARTINS.
Porto Alegre, 06 de julho de 2005.

DES. ROQUE JOAQUIM VOLKWEISS,


Relator.

R E L AT Ó R I O
DES. ROQUE JOAQUIM VOLKWEISS (RELATOR)

1
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RJV
Nº 70010114650
2004/CÍVEL

MUNICÍPIO DE NOVO BARREIRO interpõe apelação à sentença


de fls. 131/133 que julgou parcialmente procedente a ação por ele aforada em
face de PAULO CEZAR KLEIN, condenando-o ao pagamento das contribuições
previdenciárias não recolhidas quando do mandato de Vereador, a contar da
EC nº 20/98.
Sustenta que, diferentemente do asseverado pelo juízo a quo, a
constitucionalidade da Lei 9.506/97 não está condicionada à edição da EC nº
20/98. Colaciona julgados no sentido da tese esposada.
Requer, portanto, o provimento do apelo para que sejam
restituídas as parcelas não descontadas durante todo o mandato, ou seja, de
02/98 à 02/02.
Conforme certidão de fl. 152 verso, o prazo para contra-razões
fluiu in albis.
Manifesta-se o douto Procurador de Justiça pelo desprovimento
do recurso.
É o relatório.

VOTOS
DES. ROQUE JOAQUIM VOLKWEISS (RELATOR)
Cinge-se a presente controvérsia acerca da constitucionalidade,
anteriormente à EC n.º 20/98, do § 1º do art. 13 da Lei nº 9.506/97, que
modificou o art. 12, “h” da Lei 8.212/91, estabelecendo que os exercentes de
mandatos eletivos, desde que não vinculados a regimes próprios de
previdência, passariam a recolher contribuição previdenciária.
Filio-me ao entendimento de que, anteriormente ao advento da
EC n.º 20/98, inexistia previsão constitucional para a referida exigência.

2
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RJV
Nº 70010114650
2004/CÍVEL

Nesse sentido, a Primeira Turma do egrégio Tribunal Regional


Federal da Quinta Região, julgando apelação cível em mandado de segurança
n.º 200183000158049.
O STF também já apreciou o tema e, no RE nº 35171/PR, não
destoou desse entendimento: julgou inconstitucional a alínea h do inciso I do
art. 12 da Lei 8.212/91, introduzido pelo § 1º do art. 13 da Lei 9.506/97.
Assim, pela ausência de previsão constitucional, incabível a
cobrança de contribuição previdenciária de agentes políticos antes da entrada
em vigor da EC n.º 20/98.
Porém, com o advento da mencionada emenda ao texto
constitucional e a consagração do princípio da universalidade da fonte de
custeio, passou a ser exigível tal contribuição, também dos agentes políticos
como no caso dos autos.
Portanto, no caso concreto, como bem decidiu a julgadora a quo,
deve o apelado ressarcir aos cofres municipais as parcelas não recolhidas
após decorridos 90 dias, conforme estabelece o § 6º do art. 195 da CF/88, da
vigência da EC n.º 20/98.
Ante o exposto, nego provimento ao apelo.

DES. ADÃO SERGIO DO NASCIMENTO CASSIANO (REVISOR) - De acordo.


DR. TÚLIO DE OLIVEIRA MARTINS - De acordo.

DES. ROQUE JOAQUIM VOLKWEISS - Presidente - Apelação Cível nº


70010114650, Comarca de Palmeira das Missões: "À UNINIMIDADE,
NEGARAM PROVIMENTO AO APELO, NOS TERMOS DO VOTO DO
RELATOR."

3
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RJV
Nº 70010114650
2004/CÍVEL

Julgador(a) de 1º Grau: LIA GEHRKE BRANDAO

Vous aimerez peut-être aussi