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PJ. TRIBUNAL DE JUSTIGA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITORIOS, Tribunal dé’ Justiga do Distrito Federal CT : a Taino e Territérios JUIZO DE DIREITO DA 4’ VARA DE FAMILIA DA_ CIRCUNSCRIGAO ESPECIAL JUDICIARIA DE BRASILIA Proc. n® 401695-7/2011 || Feito | CONVERSAO DA UNIAO ESTAVEL EM CASAMENTO (MM: Juizd de Direito Substitata: | |Dra. JUNIA DE SOUZA ANTUNES Ministério)Publico:.. ii") | 1] [Dr. ROMUALDO COVRE ‘TERMO_DE AUDIENCIA DE JUSTIFICACAQ Brasilia/DF, em 28 de junho de 2011, as 13h40 FEITO O PREGAO, a ele responderam as Requerentes, acompanhadas das Advogadas, Dra. MARIA BERENICE DIAS — OAB/DF 32.863 e Dra. ELIENE FERREIRA BASTOS ~ OABIDF 11.781. Presente, ainda, o ilustre representante do Ministério Publico. Abertos os trabalhos, i. [EEE informou que seu estado civil é 0 de solteira, que seus pais so brasileiros, vivos, 0 pai nascido em 14/02/1931 @ a mae em 16/03/1935, residentes © domiciliados (0s pais) na cidade do Rio de Janeiro-RJ, Rua Ms, © BB. Disse que pretende passar a se chamar SS a 2 que seu estado civil é o de solteira, que seus pais sao brasileiros, vivos, 0 pai nascido em 22/10/1926 e a mae. em 08/05/1933, residentes e domiciliados (0s pais) na cidade de Natal-RN, Rua A 0° HEE Disse que nao pretende alterar 0° seu nome. Informaram as requerentes que desejam se casar sob o regime da comunho parcial de bens. Foram tomados os depoimentos de duas testemunhas, conforme termos em apartado, tendo as requerentes, erm seguida, reiterado pela PJ. - TRIBUNAL. DE JUSTIGA DO DISTRITO FEDERAL E 00S TERRITORIOS. procedéncia do pedido. Dada a palavra_ao ilustre representante do Ministério Publico, este assim se manifestou: “Conforme narrativa da nica, 2s (or - TEE com tundamento em recente decisio do STF reconhecendo as uniées homoatetivas corio entidades familiares equiparadas as uniées estaveis, esto pleiteando reconhecimento. da uniao estével:com a consegiiente converséo em casamento. Nesta assentada, as testemunhas demonstraram de forma clara, segura e convincente que as autoras mantém uniéo estavel homoafetiva, de forma duradoura, puiblica e continua, como se casadas fossem. Na auséncia de dispositive legal que autorize 0 casamento civil de pessoas do mesmo sexo, a Suprema Corte, em decisao hist6rica, deferiu o tratamento isonémico as referidas unides, idéntico ao das uniées estaveis heteroafetivas, nos tormos do art. 1723 seguintes do Cédigo Civil. Naquele julgamento, 0 eminente Ministro Ayres Britto assim concluiu: Pelo que dou ao artigo 1723 do. CC interpretagéo conforme a Constituigéo para dele excluir qualquer significado que impega 0 reconhecimento da unido continua, publica e duradoura entre pessoas do mesmo sexo, como entidade familiar, entendida esta como sinénimo perieito de familia. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas.regras © com as mesmas conseqiléncias da uniéo estavel heteroafetiva.’ RessalteSe, ainda, que, nos termos do art. 4° da LICC, na omisséio da lei, 0 juiz deve decidir de acordo com os costumes @ os principios gerais de direito, objetivando atityir o fim social a que se destina. Assim, com fuloro no § 3° do art. 226 da CF, combinado com o. art. 1726 do CC, @ ratificando integralmente a manifestacao de fis. 38/93, oficio no sentido de que o pedide deduzido seja julgado’ procedente, reconhecendo-se a existéncia da unido estével enre_ EE - co 2 ores. converséo em casamento civil.” Pela MM. Juiza foi proferida a sequinte sentenca: Visio: tc I ig HEE. ‘evicamente qualificadas, propdem agao de conversdo da Unido estével em casamento. Aduzem que vivem em Unido homoafetiva desde 20.de fevereiro de 2000, de maneira ptiblica, continua e duradora, com intuito de constituir familia, que lavraram eseritura <2. PJ. TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITORIOS publica declaratéria de reconhecimento de unido estavel, que residem sob 0 mesmo teto em imével adquirido com esforgo financeiro de ambas, que firmaram testamentos tendo uma e outra como herdéiras, que sao consideradas como casadas perante amigos e familiares ¢ que [II é nica beneficiria de no Plano de Aposentadoria EEE c de Satide do Senado. Mencionam a decisio do Supremo Tribunal Federal prolatada na ADI 4277 e ADPF 132, com efeito vinculante e erga omnes, que reconheceu a ‘uniéio homoafetiva como entidade familiar, assegurando aos casais do mesmo sexo os mesmo direitos e deveres dos companheiros heterossexuais que vivem em unio estavel’, que a ‘Constituigéo Federal, ao assegurar especial protego a familia, no faz referéncia ao sexo de seud integrantes’, e desse modo, ‘quando refere a0 casamento, nada diz sobre a identidade sexual dos cénjuges’. Que ‘inexiste qualquer vedagéo constitucional our legal’ que impega o tratamento igualitério aos casals homoafetivos e, ao se vedar a conversdo dessa uniéo ém casamento, haveria discriminagdo em razéo da orientago sexual. Por fim, requerem a procedéncia do pedido para que seja deferida a conversdo da unido estavel homoafetiva em casamento @ que seja oficiado. ao Registro Civil para a lavratura da certiddo de casamento pelo regime da comunhao parcial de bens. Juntam documentos, entre eles, certidSes de nascimento, escrituras publicas de declarago de unido estavel e testamentos, proposta de inscrigao de dependente no Plano de Satide da [EEE certiddo do Senado Federal, da qual se extrai a autorizagéo de incluso de dependente, e fotografias. Parecer do Ministério Publico em que opina pelo recebimento da ag&o ‘como Reconhecimento da Existéncia da Unido Estavel Homoafetiva cic Conversao em Casamento, pela possibilidade juridica do pedido, necessidade de intervengao ministerial, competéncia do |uizo de familia @ procedéncia do pleito. Na audiénciz colhidos os depoimentos pessoai de justificagdo, foram e se promoveu a oitiva de duas testemunhas. A requerente [MM requereu 2 modificagéo do nome para HE. © > etetsrio. DECIDO. DA EFICACIA VINCULANTE E ERGA OMNES NAS ACOES DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: Dispée 0 artigo 28, paragrafo nico, da Lei

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