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EXTRA
Saraiva
profissionais dali acabam ficando também na linha de tiro, podendo virar alvos.
Aluna do 2º ano do Ensino Médio noturno, Y., de 19 anos, diz ter “perdido as contas” de
quantas aulas perdeu por causa de confrontos na região:
— Quando sei que está tendo tiroteio entre bandidos e policiais, nem venho para a
escola. Se estou em casa, não saio. Se estou na rua, faço hora até as coisas melhorarem.
Nunca passei nenhum aperto dentro da sala, estudando, mas procuro evitar.
Estudante do 1º ano da tarde, Z., de 16 anos, também reclama da proximidade com o
posto da UPP Nova Brasília:
— Durante o dia, nunca vi problemas por aqui. Mas é claro que não é nada bom ver
nossa escola metralhada.
Uma funcionária da unidade concorda:
— Antes da instalação da base da UPP dentro do terreno da escola, nunca sofremos com
tiros ou qualquer tipo de violência. De lá para cá, entramos literalmente na zona de
risco. Basta olhar para a fachada da escola que você perde a conta de quantos buracos
de tiros há. Imagine se um desses disparos acerta uma criança ou um funcionário
daqui? Seria uma tragédia. Mas uma tragédia anunciada. Porque, desde o começo,
sabíamos que os PMs não trariam segurança alguma para quem estivesse na escola. E
acontece agora justamente o contrário, infelizmente: os PMs que buscam abrigo nas
dependências do colégio quando a situação aperta.
Tiros nas paredes e nos vidros
Em toda a parte da Caic Theóphilo Pinto Souza que fica de frente para a Nova Brasília
há marcas de tiros. Além da parede, há perfurações em estruturas de madeira e até em
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15/05/2018 Número de alunos caiu pela metade em escola no mesmo terreno de UPP no Alemão - Jornal O Globo
uma das vidraças laterais. Nos muros que cercam a área também existem buracos feitos
por balas de fuzil, assim como a base da UPP que fica no mesmo terreno.
Em fotos enviadas para o WhatsApp do EXTRA (21 99809-9952 e 99644-1263), há
marcas da violência dentro das salas de aula e nos corredores. Em uma das imagens, os
alunos escreveram: “O que se aprende com isso? Revolta”, ao lado de um tiro.
Procurada pelo EXTRA, a Secretaria estadual de Educação informou que só a
Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) poderia se pronunciar sobre o assunto. A
assessoria da pasta, entretanto, enviou a mesma nota da última sexta-feira. O
documento diz que as UPPs estão em “processo de aperfeiçoamento". “Há uma
reorganização em curso para avançarmos e garantirmos à população o objetivo de
todos: a paz. Recuar, jamais", informou, na nota, o comandante-geral da Polícia Militar,
o coronel Alberto Pinheiro Neto. A Secretaria de Segurança do Rio sequer respondeu ao
e-mail.
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15/05/2018 Número de alunos caiu pela metade em escola no mesmo terreno de UPP no Alemão - Jornal O Globo
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