Convolução

Definição:
∞ ∞
𝑓(𝑡) ∗ 𝑔(𝑡) = ∫ 𝑓(𝑡) 𝑔(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 = ∫ 𝑓(𝑡 − 𝜏) 𝑔(𝑡) 𝑑𝜏 = 𝑔(𝑡) ∗ 𝑓(𝑡)
−∞ −∞

Propriedades:

“As mesmas da multiplicação usual.”

(Distributiva, Comutativa, Associativa e Elemento Neutro)

Relação com a Transformada de Laplace:

“A Transformada de Laplace de um produto de convolução no domínio do tempo é igual ao

produto (usual) das Transformadas de Laplace.”

ℒ{𝑓(𝑡) ∗ 𝑔(𝑡)} = 𝐹(𝑠) 𝐺(𝑠)

ℒ −1 {𝐹(𝑠) 𝐺(𝑠)} = 𝑓(𝑡) ∗ 𝑔(𝑡)

Relação com a Transformada de Fourier:

“A Transformada de Fourier de um produto de convolução no domínio do tempo é igual ao

produto (usual) das Transformadas de Fourier.”

𝐹{𝑓(𝑡) ∗ 𝑔(𝑡)} = 𝐹(𝑓) 𝐺(𝑓)

“O produto de convolução de Transformadas de Fourier é igual ao produto (usual) das funções

no domínio do tempo.”

𝐹(𝑓) ∗ 𝐺(𝑓) = 𝑓(𝑡)𝑔(𝑡)

Interpretação geométrica:

𝑦(𝑡) = 𝑓(𝑡) ∗ 𝑔(𝑡)

Primeiro vemos que dentro da integral temos a multiplicação de duas funções: 𝑓(𝑡) e
𝑔(𝑡) espelhada com relação ao eixo vertical e deslocada para a esquerda.

Como acontece com toda integral, primeiro multiplicamos 𝑓(𝑡) por 𝑔(𝑡 − τ), gerando assim
uma nova função, e depois calculamos a área embaixo dessa nova função.

Em um dado tempo 𝑡𝑜 , a integral (e consequentemente 𝑦(𝑡)) terá um dado valor (lembrando

que a integral é em relação a τ e não a t.

Mudando de to para t1, estamos deslocando o gráfico de 𝑔(𝑡 − τ) e assim, obtemos um outro
valor de integral e consequentemente um outro valor de 𝑦 = 𝑦(𝑡1).

Assim, a medida que vamos variando t e deslocando o gráfico de 𝑔(𝑡 – 𝜏), obtemos a função
𝑦(𝑡) = 𝑓(𝑡) ∗ 𝑔(𝑡).

GIF da Wikipédia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Convolu%C3%A7%C3%A3o#/media/File:Convolution_of_box_sig
nal_with_itself2.gif

Consultar também vídeo na pasta de Controle e Faculdade no Youtube.

Veja que, enquanto os sinais quadrados não se cruzam, o produto entre as duas funções é
zero, assim como a integral e a função 𝑦(𝑡). A partir do momento que os sinais se cruzam, o
produto deixa de ser nulo (formando um quadrado bem maior com uma área maior abaixo
dele) e a integral começa a aumentar a medida que deslocamos o sinal para a direita.

Obs.: Nesse caso, quando aumentamos 𝑡 estamos deslocando o sinal para a direita, pois τ é
negativo.

É como se todas as propriedades fossem espelhadas. O sentido natural seria da direita para a
esquerda, no sentido em que τ fica negativo. Se considerarmos que houve um espelhamento,
percebemos que quando 𝑡 é positivo ele trás o sinal para trás (para a direita).
Exemplo:

Determinar 𝑣(𝑡) = 𝑢(𝑡) ∗ 𝑔(𝑡) graficamente.

Resposta:

Distribuição Delta Dirac:

1. Multiplicar uma função por 𝛿(𝑡 − 𝑡𝑜 ) é equivalente a multiplicar 𝛿(𝑡 − 𝑡𝑜 ) por essa dada
função no ponto 𝑡𝑜 .

𝑣(𝑡) 𝛿(𝑡 − 𝑡𝑜 ) = 𝑣(𝑡𝑜 )𝛿(𝑡 − 𝑡𝑜 )

Caso especial:

𝑣(𝑡)𝛿(𝑡) = 𝑣(0) 𝛿(𝑡)

2. Quando fazemos o produto de convolução de 𝛿(𝑡) por uma outra função, temos como
resultado a própria função.

𝑣(𝑡) ∗ 𝛿(𝑡) = 𝑣(𝑡)

Prova:
∞ ∞
𝑣(𝑡) ∗ 𝛿(𝑡) = ∫ 𝑣(𝜏) 𝛿(𝑡 − 𝜏) 𝑑𝜏 = 𝑣(𝑡) ∫ 𝛿(𝑡 − 𝜏) = 𝑣(𝑡)
−∞ −∞

E é por isso que nas Transformadas de Laplace e Fourier, por exemplo, a transformação do
Delta Dirac é 1.

Caso geral

𝑣(𝑡) ∗ 𝛿(𝑡 − 𝑇) = 𝑣(𝑡 − 𝑇)