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Semana de Arte Moderna

O final do século XIX e a primeira metade do século XX foram períodos de grandes


e significativas transformações na arte, especialmente nas artes visuais, na
literatura, na música e na arquitetura, visando desprender-se de antigos valores
estéticos. As novas tendências artísticas que vigoravam na Europa não demoraram
muito para espalhar-se pelo mundo e chegar ao Brasil por artistas que estudavam
na Europa e voltavam influenciados por essas novas ideias. Um bom exemplo são
as primeiras exposições de Anita Malfatti, que recém voltada da Alemanha, trazia
ao Brasil uma série de quadros de influências expressionistas que escandalizaram
a elite brasileira. Monteiro Lobato não poupou críticas a jovem artista e este fato
colaborou como incentivo para a realização de um evento como a Semana de
Arte Moderna.

No início da década de 20 num contexto cheio de agitações políticas, culturais e


sociais, artistas, poetas e intelectuais brasileiros, entusiasmados com as novas
tendências artísticas, organizaram um evento cultural que marcaria para sempre
a história da arte brasileira. O evento conhecido como Semana de Arte Moderna
ocorreu no período de 11 a 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal da cidade
de São Paulo. O principal objetivo desse evento era desvencilhar-se do passadismo
academicista e conservador que ainda controlavam o repertório artístico-literário
brasileiro, fundindo as influências do exterior e elementos da cultura do Brasil afim
de criar uma arte essencialmente brasileira.

A Semana de Arte Moderna era um evento que estaria inserido nas comemorações
do centenário de Independência do Brasil, de maneira um tanto restrita, porém o
bom acolhimento da ideia fez com que o evento tomasse maiores proporções,
reunindo mais artistas e sendo realizado no Theatro Municipal de São Paulo.

No evento realizaram-se exposições contando com cerca de cem obras e três


sessões literárias-musicais. Entre os artistas plásticos participantes estavam Anita
Malfatti, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Victor Brecheret e Di Cavalcanti,
entre outros, este último foi um dos principais idealizadores do evento. No campo
da arquitetura a Semana de Arte Moderna contou com Antônio Moya e Georg
Przyrembel. Entre os poetas estavam presentes Graça Aranha, Guilherme de
Almeida, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade, Manoel
Bandeira entre outros. O poema “Os Sapos” de Manoel Bandeira recitado na
abertura do evento foi duramente vaiado e criticado. A programação musical
contou com composições de Villa-Lobos e outros.

Ainda que pouco aceito pela elite conservadora de São Paulo e recebendo inúmeras
críticas a Semana de Arte Moderna configurou-se como um episódio cultural
fundamental para a compreensão do desenvolvimento da arte moderna no Brasil.
No entanto as ideias inovadoras que o evento propunha só foram adquirir real
importância ao longo do tempo, ampliando-se por meio de revistas como Klaxon e
a Revista Antropofagia e alguns movimentos como o Movimento Pau-Brasil,
Movimento Verde-Amarelo e o Movimento Antropofágico.

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