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Bioquímica Definição
UFJF
Finalidade Classificação
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Aspectos Históricos Sistema Nacional de Informações
Intoxicações no Brasil Tóxico-Farmacológicas
Dados refletem apenas parcialmente a realidade do país, já que, segundo estimativas do Medicamentos – 26,4% Praguicidas – 47,8%
Animais Peçonhentos – 24,9% Medicamentos – 16,6%
Ministério da Saúde, para cada evento de intoxicação por agrotóxico notificado, existem BRASIL
Praguicidas – 14,9% Animais Peçonhentos – 12,7%
outros cinqüenta não notificados .
Fonte:MS/FIOCRUZ/SINITOX
Fonte:MS/FIOCRUZ/CICT/DECT/SINITOX
Fonte:MS/FIOCRUZ/CICT/DECT/SINITOX
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% de Casos registrados de Intoxicação por Praguicidas % de Óbitos registrados de Intoxicação por Praguicidas
segundo Circunstância - 1993 a 2001 segundo Circunstância - 1993 a 2001
Fonte:MS/FIOCRUZ/CICT/DECT/SINITOX Fonte:MS/FIOCRUZ/CICT/DECT/SINITOX
Toxicidade
Toxicidade
Classe 1 A: Extremamente tóxico. Algumas gotas podem
matar uma pessoa.
Classe 1 B: Altamente tóxico. De uma pitada a uma colher
mata uma pessoa.
Classe 2: Regularmente tóxico. Uma colher de chá a duas
colheres de sopa pode matar.
Classe 3: Pouco tóxico. Duas colheres de sopa a dois
copos pode matar uma pessoa.
Classe 4: Praticamente atóxicos. De dois copos a um litro
podem matar
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Classificação Inseticidas
Organofosforados e
Inseticidas Organofosforados
Carbamatos
carbamatos
Organoclorados
Piretróides
Fungicidas
Herbicidas
Raticidas
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Inseticidas Organofosforados e Mecanismo de ação TOXICODINÂMICA
carbamatos
Biomolécula: Proteína
Toxicodinâmica:
Mecanismo de ação: Organofosforados:
Inibição enzimática das esterases: Acetilcolinesterase Inibição irreversível da AChE
através da fosforilação da
(AchE)
enzima
A AchE hidrolisa a acetilcolina (Ach) produzindo a colina e o
ácido acético
A inibição da AchE leva a um acúmulo de acetilcolina nas Carbamatos:
terminações nervosas Inibição reversível rápida e
espontânea
Hidrólise dos carbamatos
Acetilcolinesterase (AChE): É encontrada no tecido nervoso,
na junção neuromuscular e nos glóbulos vermelhos
Inseticidas Organofosforados e
carbamatos – Manifestações clínicas
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Inseticidas Organofosforados e Inseticidas Organofosforados e
carbamatos – Manifestações clínicas carbamatos – Diagnóstico e Tratamento
3. Manifestações no SNC
Medidas gerais:
Inquietação, instabilidade emocional, cefaléia, tremores, Manter a função cardio-respiratória! Manter ventilação
sonolência, confusão mental, marcha incoordenada, fraqueza adequada através da desobstrução das vias aéreas, aspiração
generalizada, depressão do centro respiratório, hipotonia, de secreções e se necessário ventilação assistida
hiporeflexia, convulsões e coma
Exposição dérmica:
Descontaminação local com água fria e sabão neutro por 20-30 min
Exposição ocular:
Água e solução salina morna durante 15-20min
Inseticidas Organofosforados e
carbamatos – Diagnóstico e Tratamento
Diagnóstico laboratorial
Inseticidas
Medida da atividade da colinesterase: Organoclorados
Plasmática (pseudocolinesterase) e eritrocitária
Eletromiografia
Hemograma, eletrólitos, gasometria arterial, uréia,
creatinina
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Organoclorados Organoclorados
São insolúveis em água, o que facilita sua absorção pela pele.
Uso progressivamente reprimido ou proibido devido à sua lenta
degradação, gerando acúmulo no meio ambiente. Podem
persistir até 30 anos no solo, contaminando o homem pela Lipossolubilidade e lenta degradação acúmulo na cadeia
cadeia alimentar. alimentar e no tecido adiposo humano
Organoclorados Organoclorados
1. Diclorodifeniltricloroetano (DDT e análogos)
2. Hexaclorociclohexano (lindano)
3. Ciclodienos (aldrin,dieldrin, endrin, endosulfano, clordano,
heptacloro, e mirex)
4. Toxafeno e compostos relacionados
Organoclorados
Organoclorados
Toxicocinética:
Toxicodinâmica:
Altamente lipossolúveis, são absorvidos pela pele,
inalação ou ingestão. Mecanismo de ação:
Após absorvidos, os organoclorados e seus produtos de Estimulantes do SNC - Hiperexcitabilidade
biotransformação são distribuídos por todos os tecidos e
depositados no tecido adiposo. Membranas dos axonios (neurônios) nas enzimas
Biotransformação ocorre principalmente no fígado. São Na- K- ATPases, prolongando a abertura dos canais
fortes indutores das enzimas hepáticas. de sódio e alterando o fluxo de íons.
Eliminação ocorre principalmente pela bile, urina e
fezes
Atua na membrana plasmática e proteína
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Organoclorados Organoclorados
Manifestações clínicas Manifestações clínicas
A sintomatologia pode iniciar em 30 minutos a várias Náuseas, vômitos, diarréia
horas após a exposição. Fraqueza, entorpecimento de extremidades
A intensidade do quadro clínico dependerá da natureza Apreensão, excitabilidade, desorientação
do composto, da via e do grau de exposição e do tipo de
Contrações palpebrais, tremores musculares,
diluente utilizado na formulação. convulsões generalizadas – coma – depressão
respiratória- acidose – arritmias - morte
Pneumonite química causada pelos diluente do
organoclorado (solventes)
Organoclorados
Tratamento:
Inseticidas Piretróides
Não há antídoto específico.
Assistência respiratória, Diazepan para convulsões,
monitorização cardíaca.
Medidas de descontaminação: Cutânea e gástrica
quando pertinente.
Avaliação hepática, renal e hematológica.
Inseticidas piretróides
Inseticidas piretróides
Toxicocinética:
Irritantes para os olhos e mucosas. Altamente lipossolúveis
Hipersensibilizantes alergia Distribuição para todos os tecidos
asma crônica Metabolização no plasma e fígado
Eliminação pelos rins
Estimulantes do SNC (canal de sódio).
Lesões no SNP (desorganiza a bainha de mielina e
rompe axônios). Toxicodinâmica:
Utilizados na agricultura, na pecuária, no domicílio. • Tóxico seletivo de canais de sódio (prolonga abertura).
• Causa paralisia temporária em insetos voadores
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Inseticidas piretróides Inseticidas piretróides
Manifestações Clínicas
Tratamento:
Dermatite de contato
Urticária
Secreção nasal aumentada Medidas de descontaminação (pele, gástrica)
Broncoespasmo Anti-histamínicos, broncodialtadores, corticóides, anti-
Irritação ocular, lesão de córnea, convulsivantes
Intoxicação grave: manifestações neurológicas como
hiperexcitabilidade, parestesia e convulsões
Fungicidas
Fungicidas
Utilizados amplamente na indústria, na agricultura, na
jardinagem e no ambiente doméstico com vários
propósitos:
Proteção de sementes durante a armazenagem, transporte e
germinação
Proteção de culturas maduras, de mudas, de frutos, de flores,
de culturas em geral e de pastagens
Proteção de paredes, carpetes e móveis
Fungicidas Fungicidas
Etileno-bis-ditiocarbamatos (Maneb, mancozeb, Intoxicações via oral, respiratória e absorção cutânea
Dithane, Zineb, Thiran Efeitos carcinogênicos e mutagênicos
Trifenil estânico (Duter, Brestan, Mertin) Pode determinar parkinsonismo, devido à sua ação no
Captan (Orthocide, e Merpan) SNC
Hexaclorobenzeno
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Herbicidas
Herbicidas
Herbicidas - Dipiridilos
Herbicidas
Paraquat (Gramoxone)
1. Dipiridilos: Paraquat (Gramoxone, Gramocil) Sal de amônia quaternário – Altamente hidrossolúvel
2. Glifosato (Round-up, Glifosato, Nortox) Extremamente tóxico se ingerido (ação rápida)
3. Pentaclorofenol Ingestão de 10-15ml solução 20% é fatal
4. Derivados do ácido Fenóxiacético
1. 2,3 diclorofenoxiacético (Tordon 2,4D) e 2,4,5 (Adição de odores desagradáveis,
triclorofenoxiacético (2,4,5T). Mistura é o agente
Substâncias eméticas potentes...)
laranja
5. Dinitrofenóis (Dinoseb e DNOC)
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Herbicidas - Dipiridilos
Herbicidas - Dipiridilos
Paraquat (Gramoxone)
Paraquat (Gramoxone)
Tratamento:
Lavagem gástrica, CA, hemodiálise ou hemoperfusão
Assistência respiratória
Não existe antídoto
Raticidas
Raticidas anticoagulantes
Raticidas anticoagulantes
Manifestações clínicas
Warfarinas e análagos:
Inicio é assintomático,
Warfarin (Ratox, Mat-Rat, Mata-Rato)
sintomas poderão aparecer após dias: sangramento
Mais utilizados e envolvidos em intoxicações de diversos órgãos. Casos de intox. Severa: choque
Inibem a síntese da vitamina K no fígado e e coma
consequentemente a síntese dos fatores de Tratamento:
coagulação dependentes de vitamina K (II, VII, IX,
Esvaziamento gástrico
X)
Antídoto: Vitamina K (kanakion)
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Prevenção das intoxicações
Prevenção das
guardar inseticidas em armários com chaves.
Intoxicações usar equipamentos de proteção ao manipular substâncias
tóxicas.
Seguir sempre a orientação de um técnico. Ler o rótulo
com atenção, seguindo rigorosamente as instruções do
fabricante.
Abrir as embalagens com cuidado, para evitar respingos,
derramamento do produto, ou levantamento de pó.
Primeiros socorros
Prevenção das intoxicações
Ao preparar e aplicar produtos químicos utilizar Retirar a vítima de intoxicação do local de trabalho.
macacão ou camisa de manga comprida, chapéu de
abas largas e botas impermeáveis, utilizando banhar a vítima com água fria e sabão, trocar sua roupa,
também luvas, óculos, e mascaras adequadas, de procurar imediatamente assistência médica, juntamente
acordo com a recomendação do rótulo. com o rótulo.
Não efetuar misturas de produtos. Em caso de ingestão acidental só provocar vômito com
recomendação e instruções constantes no rótulo do produto.
Não retirar os defensivos de suas embalagens
Em caso de contato com os olhos, lavar em água corrente
originais.
por 15 minutos.
Não aplicar defensivos quando houver ventos fortes.
Primeiros socorros
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