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Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.

CAPÍTULO 5

Escoamentos Viscosos Internos

Introdução
Neste capítulo serão estudados os efeitos viscosos para fluidos incompressíveis no escoamento em dutos. Os escoamentos
internos são aqueles escoamentos que estão envolvidos pelos contornos de interesse, por exemplo, escoamentos no
interior de dutos, tubos e bocais. A equação da energia deduzida anteriormente para regime permanente será deduzida
para uma nova aproximação que leva em consideração o atrito viscoso. A viscosidade é a responsável pela rotação e
deformação das partículas fluidas no escoamento. Quando a viscosidade é considerada, a hipótese de escoamento
irrotacional não pode ser mais usada, nas equações da conservação da quantidade de movimento e de energia, uma vez
que estes efeitos (rotação e deformação) são extremamente importantes quando considerado fluido viscoso.

Levando-se em conta as tensões normais, as forças de corpo e as tensões de cisalhamento devido à viscosidade, a equação
da quantidade de movimento denominada de equação de Navier-Stokes governa a sua análise. Sua resolução, atualmente
é realizada com ajuda de computadores de grande porte, mas soluções aproximadas podem ser realizadas quando feitas
algumas simplificações, a primeira delas, era ignorar os efeitos viscosos, considerando o fluido ideal, esta equação,
conhecida como equação de Euler foi deduzida anteriormente.

Um aspecto importante a salientar antes de dar início ao estudo do escoamento viscoso incompressível diz respeito ao tipo
de escoamento estudado. No Escoamento Potencial, a rotação e a deformação da partícula fluida não foi considerada e
admitiu-se o conceito matemático de irrotacionalidade, onde os efeitos da viscosidade não foram considerados nas
equações de movimento. Dependendo do grau de instabilidade do movimento das partículas fluidas, os escoamentos
podem ser classificados como laminares e turbulentos. No escoamento laminar, os efeitos viscosos são significativos ao
ponto de impedir movimentos laterais macroscópicos das partículas fluidas entre lâminas adjacentes. No escoamento
turbulento as forças viscosas não são significativas para impedir tais movimentos.

Neste capítulo, serão apresentadas formulações gerais relativas ao escoamento viscoso incompressível no interior de tubos.
No estudo de escoamentos no interior de dutos é necessário determinar a perda de carga hL que a tubulação impõe ao
fluido. Esta perda de carga aparece quando consideramos o atrito devido à viscosidade do fluido e pode ser determinada
pela soma dos efeitos do atrito viscoso na tubulação e dos componentes secundários que ligam as tubulações como curvas,
tês, joelhos, válvulas e outros componentes montados na linha junto com a tubulação.

O escoamento no interior de tubos é de grande importância na engenharia, principalmente no transporte de fluidos


incompressíveis em distancias consideráveis como tubulações de água e oleodutos, onde o escoamento é sempre
considerado viscoso. Para o caso de transporte de gases considerados compressíveis, como tubulações de ar condicionado
o efeito viscoso é desprezado na maioria das vezes.
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.2

5.1 Perfis de Velocidade do Fluido no interior dos dutos


No escoamento interno, o fluido se encontra confinado pela superfície interna do duto e portanto, existe a limitação do
diâmetro no crescimento da camada limite.

Regimes de Escoamento em um Tubo


No escoamento laminar, o fluido move-se em camadas e cada partícula fluida segue um caminho suave e contínuo. As
partículas do fluido permanecem, em cada camada, numa seqüência ordenada, sem que uma ultrapasse a outra.
Em contraste ao movimento ordenado do movimento laminar, o movimento individual das partículas de fluido, no
escoamento turbulento é irregular e aleatório. O movimento turbulento de um fluido é definido por Hinze como uma
condição irregular de escoamento em que várias quantidades (velocidade e pressão) mostram variação aleatória com
tempo e espaço, de modo que se possam verificar valores médios estatisticamente distintos. Nestes escoamentos observa-
se que existe um movimento flutuante superposto ao escoamento principal ou médio.

Os escoamentos turbulentos são instantaneamente tridimensionais, mesmo em escoamentos confinados por paredes que
apresentam formatos muito simples. Na região de escoamento turbulento não são mais observadas camadas distintas de
fluido. A experiência tem mostrado que a diferença essencial entre escoamento laminar e turbulento está na pequena
flutuação macroscópica da velocidade superposta ao escoamento ordenado.

O Número de Reynolds
O escoamento em um tubo pode ser laminar ou turbulento, dependendo das condições de escoamento e é definido pela
relação entre as forças de inércia e as forças viscosas, este valor adimensional é conhecido como número de Reynolds (Re).
Para um tubo circular de diâmetro (D) temos:
ρVD
Re =
μ
onde V é a velocidade média do fluidos e  é a viscosidade dinâmica do fluido (Pa.s).
No caso do escoamento laminar, os números de Reynolds baixos, indicam que as forças viscosas são suficientemente
grandes para suprimir as flutuações naturais e manter o fluxo aparentemente ordenado. Para o escoamento turbulento as
velocidades são altas de maneira que as forças de inércia são grandes comparadas com as forças viscosas, de maneira que
as flutuações aleatórias e caóticas predominam no escoamento.

O número de Reynolds no qual o escoamento se torna turbulento é chamado de número de Reynolds crítico. Para
escoamentos em tubos circulares, onde o escoamento muda de laminar para turbulento é geralmente aceito o Reynolds
crítico como Recrit = 2300. A transição de escoamento laminar para turbulento depende de muitos fatores, entre os quais
a rugosidade superficial é o mais importante. Assim, na prática, para escoamentos em tubos circulares temos:

Re < 2300 Escoamento laminar


2300< Re < 4000 Transição para turbulento
Re > 4000 Escoamento turbulento.

O número de Reynolds aumenta continuamente com o aumento da velocidade, que depende do diâmetro do tubo, da
massa específica e principalmente da viscosidade. Em condições controladas os experimentos tem mostrado, que é possível
manter o escoamento laminar para valores de Reynolds perto de 40.000. Para valores de Reynolds abaixo de 2300 o
escoamento é somente laminar, assim, acima de 2300 pode ocorrer uma transição dependendo das perturbações no
escoamento, chamamos este valor de número de Reynolds crítico. Valores abaixo deste valor, o amortecimento presente
no escoamento é suficiente para eliminar os efeitos de qualquer perturbação local, desta forma, o escoamento é sempre
macroscopicamente ordenado. Acima do Reynolds crítico, o escoamento pode ser considerado instável, devido à aparição
de perturbações que provocam a aparição de flutuações aleatórios provocando o escoamento turbulento.
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.3

5.1.1 A Região de Entrada do Tubo


Devido ao atrito entre o fluido e a parede rugosa da superfície interna do tubo, se desenvolve uma camada limite
hidrodinâmica de velocidade. A espessura  desta camada limite aumenta na direção do escoamento até a camada limite
alcançar o centro do tubo, como mostrado na figura abaixo, de maneira que toda a seção transversal do escoamento
apresenta um perfil de velocidade constante na direção do escoamento. Esta condição é denominada de escoamento
totalmente desenvolvido.

Comprimento de entrada
A região de entrada do tubo até o ponto no qual a camada limite atinge o centro do tubo é chamada de região de entrada
fluido-dinâmica e o comprimento desta região é chamado de comprimento hidrodinâmico de entrada ( L h). A região, além
do ponto onde o perfil de velocidade é completamente desenvolvido é chamado de região hidrodinamicamente
desenvolvida.
Para escoamento laminar, o comprimento de entrada hidrodinâmico é dado por:
Lhlam 0,05Re. D
Para o escoamento turbulento:
Lhturb 10. D
Na maioria dos casos, a região de entrada e a região de transição, é relativamente curta quando comparada com o
comprimento do tubo onde ocorre o escoamento, de maneira que podemos considerar que a maior parte do escoamento
é totalmente desenvolvido.

Figura 5.1 Perfil de velocidades na entrada de um tubo


Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.4

5.2 Escoamento em Tubos e Dutos


Escoamento em dutos e tubos ocorrem em muitas situações da engenharia, como por exemplo, o transporte de água ou
transporte de petróleo e derivados em distancias muitos grandes. A perda de energia decorrente do atrito viscoso, deve
ser considerada, pois implica o projeto de equipamento de transporte para estes fluidos como bombas.

Durante o transporte os fluidos tendem a permanecer a temperaturas próximas da vizinhança, durante longos percursos,
mantendo essencialmente a massa especifica constante, embora haja grandes variações de pressão. Deve-se considerar
que a perda de calor por unidade de massa e a variações de energia interna decorrentes do atrito viscoso para grandes
distancias podem ser consideráveis.

Nos escoamentos reais em tubos e dutos, a influencia do atrito é significativa e são freqüentemente turbulentos, de modo
que a equação da energia estudada até agora, considerando somente a Equação de Bernoulli, não pode ser mais utilizada.
Quando consideradas as perdas, observa-se que diferentemente da equação de Bernoulli, para um escoamento laminar,
há uma queda de pressão mesmo para um tubo horizontal de diâmetro constante. Para escoamentos turbulentos a perda
de pressão é ainda maior.
A Equação da energia para regime permanente numa tubulação entre dois pontos pode ser expressão assim:
P1 V12 P V2
+ + g z1 = 2 + 2 + g z 2 + hL
ρ 2 ρ 2

Q
Onde o termo hL = ( u2 - u1 ) - • representa as perdas
m
Observa-se nesta equação que os efeitos de atrito levam a uma continua redução no valor da constante de Bernoulli de um
valor de hL , que representa uma perda de energia mecânica. Também não faz sentido utilizar a velocidade V, ao invés
disso, devemos usar uma velocidade média Vm para representar a velocidade média em um ponto ao longo do tubo.

A velocidade média pode ser calculada da vazão volumétrica dividida pela área, Vm = V/ A , isto porque no escoamento
laminar, a parte da variação da carga de energia cinética será pequena quando comparada com os outros termos da
equação da energia. Para o caso do escoamento turbulento, o perfil de velocidade é bem mais uniforme do que no
escoamento laminar, e embora ocorram grandes variações no termo da carga cinética o uso de correlações experimentais
no escoamento turbulento superam, em muito, qualquer pequeno erro devido a esta aproximação.

5.2.1 Coeficiente de energia cinética


O coeficiente de energia cinética ( α ) pode ser entendido como um fator de correção que permite o uso da velocidade
média, na equação da energia para calcular a energia cinética numa seção transversal do tubo. A expressão é dada por:

2 2
V2 V • V

A
2
ρV . dA = α

A
2
ρV . dA = α m
2

Para escoamento laminar completamente desenvolvido em um tubo o valor do coeficiente de energia cinética é igual a α
= 2,0.
No escoamento turbulento o perfil de velocidade é um pouco diferente do laminar e varia para valores entre α = 1,03 a α
= 1,08. Para números de Reynolds altos podemos usar um valor aproximado de α = 1,0, visto que a variação da energia
cinética é pequena comparada com a variação de energia de pressão.
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.5

5.3 A equação da Energia para escoamento viscoso em tubos


O estudo inicial da equação da energia aplicada a um tubo de corrente, para um escoamento laminar em regime
permanente e sem trabalho de eixo, entre um ponto (1) na entrada e o ponto (2) na saída do tubo considerando a
velocidade média, pode ser escrito da seguinte maneira:
P1 V 12 P V 22
+ α1 + g z1 - 2 + α2 + g z 2 = hL (5.3.1)
ρ 2 ρ 2

Q
onde: hL = ( u2 - u1 ) - • (5.3.2)
m
O termo do lado direito da equação (5.3.1) representa a perda de energia mecânica por unidade de massa no escoamento.
Matematicamente este termo indica a conversão irreversível de energia mecânica em energia térmica, dada pela variação
da energia interna do fluido e a transferência de calor do fluido, no interior do volume de controle para o exterior, devido
ao atrito viscoso. Esta equação é chamada algumas vezes de equação de Bernoulli para fluidos reais.

A perda de carga por unidade de peso é dada dividindo a equação da energia por g, que tem unidade de comprimento (m)
dada por ( HLt ). Como o termo perda de carga é de uso generalizado, usaremos a equação abaixo:
P1 V 12 P V 22 h
+ α1 + z1 - 2 + α2 + z 2 = L = HLt (5.3.3)
ρg 2g ρg 2g g
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.6

5.4 A Perda de Carga


A perda de carga é de interesse na engenharia uma vez que está relacionada com a potência necessária para manter o
escoamento em ventiladores e bombas.

É conveniente dividir as perdas de energia ocasionadas pelo atrito viscoso em duas parcelas: as perdas distribuídas, ou
principais, causadas pelo atrito nas seções de área constante do tubo e as perdas secundárias ou localizadas decorrentes
das perdas que ocorrem nas junções, válvulas e outros elementos de junção nas tubulações.

No projeto e análise de escoamentos viscosos em dutos, onde é necessário o cálculo do fator de atrito, é comum encontrar
três tipos de problemas; a) dado o comprimento e o diâmetro do tubo será necessário encontrar a vazão mássica do fluido
b) dada a vazão mássica para um comprimento e diâmetro de tubo será necessário calcular a perda de carga c) para uma
perda de carga e dada uma vazão mássica será necessário determinar o diâmetro da tubulação

5.4.1 Perda de carga num tubo considerando escoamento laminar


Para um tubo horizontal, onde as linhas de corrente são horizontais e paralelas, sendo o escoamento em regime
permanente e o fluido assumido como incompressível. Temos:
P1 - P2
= hL uma vez que, V1= V2 e z1= z2
ρ
Se o escoamento não é paralelo e sim inclinado em relação ao eixo vertical, a equação da energia será neste caso:
P1 - P2
= g(z 2 - z1 ) + hL
ρ
Suponhamos agora que o tubo seja ligado a outro tubo de menor diâmetro, como mostrado na Figura 5.2 (b). A perda de
pressão para este caso entre as seções 1 e 2 inclui o efeito da variação de velocidade, da mudança de elevação e da perda
de carga. O escoamento passa a ser tratado como sendo dois escoamentos paralelos distintos nas seções do tubo e uma
região de escoamento complicado na curva de redução. Esta perda é chamada de perda secundária hLS e pode ser
considerada presente em todos aos acessórios de tubos, válvulas, etc. Assim teremos três perdas de carga, um para cada
seção do tubo e um para a curva que liga os tubos. Assim a equação da energia será:
P1 - P2 V2 V2
= g(z 2 - z1 ) + 2 - 1 + hL1 + hL + hL2
ρ 2 2 S

No escoamento laminar, o termo da carga da velocidade será uma quantidade pequena, comparada com os outros termos
da equação, portanto, é comum selecionar uma velocidade média V m dada a vazão volumétrica e a área e elevá-la ao
quadrado para formar o termo da energia cinética.
Para escoamento laminar, podemos deduzir uma expressão teórica para a perda de pressão. A equação será:

128 μ L V
Δp =
π D4

Figura 5.2 Perda de carga num tubo horizontal, inclinado e em dois tubos ligados por uma junção
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.7

5.4.2 Perda de carga num tubo considerando escoamento turbulento


O escoamento turbulento pode ser considerado como a superposição do escoamento aleatório sobre um escoamento
ordenado. Infelizmente, a natureza da parte aleatória é pouco conhecida e nenhuma teoria adequada foi formulada para
analisar com precisão o escoamento turbulento. Uma expressão teórica similar à obtida para escoamento laminar não é
possível de ser feita analiticamente, no lugar serão utilizadas correlações experimentais.

A análise experimental realizada de forma a contabilizar os efeitos da viscosidade num escoamento turbulento pode ser

Q
realizada considerando o termo do atrito no escoamento na equação da energia, h L = ( u2 - u1 ) - • chamado de perda de
m
carga é encontrado mediante uma análise dimensional de maneira a correlacionar as variáveis no escoamento turbulento
em tubos.

Assim, sabe-se que variações de pressão ao longo de um tubo, no escoamento turbulento, dependem das seguintes
varáveis: diâmetro do tubo, (D), comprimento do tubo (L), velocidade média (V) e a rugosidade interna da parede ( ε )
p = f(D, L, V, ρ , μ, ε)
Mediante uma análise dimensional podem obter quatro grupos adimensionais:
p1 - p2 ρVD L ε
= F( , , )
ρV 2 μ D D
sabendo que: Δp = p1 - p2 é diretamente proporcional ao comprimento do tubo, podemos escrever a equação acima como:
p1 - p2 L ' ρVD ε
2 = F ( , )
ρV D μ D
Δp p1 - p2
substituindo = por h L obtemos:
ρ ρ
V2 L
hL = . .f
2 D
ρVD ε
Onde o fator de atrito f = K ( , ) é a função desconhecida que será determinada experimentalmente. O número 2 é
μ D
inserido na equação para formar o termo da energia cinética, pois ainda existe uma função indeterminada na equação.

Para obtermos a energia perdida por atrito em unidades de comprimento, isto é a carga em (m) dividimos por g
V2 L
Assim obtemos a equação de Darcy-Weisbach: hL = f . .
2g D

5.4.3 O Fator de Atrito


Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.8

O cálculo da perda de carga em tubos e dutos depende da natureza do fluido, laminar ou turbulento. O parâmetro
adimensional que define se um escoamento é laminar ou turbulento é dado pelo número de Reynolds, que relacionas as
forças de inércia com as forças viscosas. Um número baixo de Reynolds (Re < 2300) significa que o escoamento é laminar,
números de Reynolds acima 4000, definem os escoamentos turbulentos. A transição ocorre para números de Reynolds
entre 2300 <Re <4000. O número de Reynolds é definido da seguinte maneira:
ρ .V . D V .D
Re = =
μ ν
onde, ρ é a massa específica do fluido, V representa a velocidade média do escoamento, D é o diâmetro do tubo, μ é a
viscosidade dinâmica (Pa.s) e ν = μ/ρ é a viscosidade cinemática.

O fator de atrito é a medida da rugosidade do tubo, e pode ser medido experimentalmente para um grande número de
tubos (diâmetros e rugosidades diferentes). Para números de Reynolds Re < 2100 o escoamento no tubo deve ser laminar
e o fator de atrito f é somente função do número de Reynolds e pode ser calculado por:
64
f=
Re D
Para números de Reynolds entre 2300 e 4000 o fluido é instável devido ao início do escoamento turbulento (região crítica).
Nesta região é impossível determinar com exatidão as perdas devido ao atrito, assim, é muito difícil encontrar um valor
único para o fator de atrito f. Para Re > 4000 o escoamento é plenamente turbulento e o fator de atrito f é função da
número de Reynolds ( Re ) e da rugosidade relativa do tubo ε / D . Para altos números de Reynolds o fator de atrito
depende unicamente da rugosidade relativa.

A rugosidade do tubo pode variar com o tempo e este valor depende dos componentes e impurezas do fluido que formam
depósitos sólidos orgânicos nas paredes do tubo e também dos processos de manufatura que originam variações no
diâmetro do tubo. Desta forma o fator de atrito f pode ser parcialmente aproximado.

Para calcular o fator de atrito usando o diagrama de Moody é necessário conhecer o número de Reynolds (conhecida a
temperatura e velocidade do fluido e o diâmetro do tubo) e a rugosidade relativa. A dificuldade maior é encontrar valores
reais da rugosidade ( ε ). Tabelas são utilizadas para listar alguns matérias e tubos de diâmetros diferentes. Os valores
obtidos nestas tabelas devem ser considerados somente como guias de ajuda.

Existem na literatura uma centena de equações, que podem ser usadas de forma alternativa ao diagrama de Moody. A
equação de Wood (1966) calcula o fator de atrito para Re> 4000 e rugosidade relativa entre 10-5 < ε < 0,04 .
88 ( ε/D)0,44
f = 0,094 .( ε/D)0,225 + 0,53 ( ε/D) + onde c = 1,62 . ( ε/D)0,134
Rec

Uma solução exata usando a equação de Darcy-Weisbach requer uma solução por tentativa e erro devido à dependência
do fator de atrito f com o número de Reynolds se a velocidade do fluido no escoamento ou diâmetro do tubo não for
conhecido. Uma aproximação conhecida para resolver este problema é estimar a velocidade do fluido para calcular o
número de Reynolds e obter assim o fator de atrito do diagrama de Moody ou através das equações acima para fator de
atrito. O próximo passo é estimar a nova velocidade e repetir o processo até a equação convergir. A convergência pode ser
mais facilmente encontrada com o uso de calculadores e softwares disponíveis.

Material do tubo Rugosidade ε (mm)


Aço rebitado 0,9 – 9,0
Concreto 0,3 -3,0
Ferro fundido 0,26
Ferro galvanizado 0,15
Tubo estirado 0,0015
Plástico 0,0
Vidro 0,0 (liso)
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.9

O fator de atrito num escoamento turbulento completamente desenvolvido depende do número de Reynolds e da
rugosidade relativa ( ε/D ) que relaciona a altura média da rugosidade no interior do tubo com o diâmetro interno. Muitos
experimentos foram realizados com a finalidade de determinar o fator de atrito.
A equação de Colebrook apresenta numa equação implícita dados experimentais para a transição de escoamentos
turbulentos de tubos lisos e rugosos.
1 ε/D 2,51
= - 2,0 log ( + )
f 3,7 Re f

O Diagrama de Moody é provavelmente o mais aceito e utilizado diagrama para calcular o fator de atrito, embora
desenvolvido para tubos circulares, pode ser aplicado para dutos não circulares, utilizando o diâmetro hidráulico. Utiliza o
fator de atrito de Darcy para escoamentos em tubos como função do número de Reynolds e da rugosidade relativa ( ε/D ).
A Figura (5.5) abaixo mostra o Diagrama de Moody, obtido originalmente do diagrama proposto por Rouse em 1942.

O propósito desta seção é determinar mudanças de pressão resultantes do escoamento de fluidos incompressíveis em
tubulações. Uma vez que os tubos de diâmetro circular são os mais comuns na aplicação de engenharia, a análise deve
priorizar áreas de seção circular. No entanto, os resultados podem ser generalizados para geometrias não circulares
substituindo o diâmetro do tubo circular pelo diâmetro hidráulico D h definido como:

Área de seçãotransversal
Dh = 4 .
perímetromolhado
Lembre a análise nesta seção pode ser aplicada para gases desde que o número de Mach no interior do tubo não exceda o
valor de M =0,3, para valores maiores que este número de Mach, os efeitos da compressibilidade tornam-se significativos.
O estudo para este caso é feito separado num assunto chamado de escoamento compressível.
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.10

5.4.4 Perdas de carga localizadas ou secundárias


O escoamento através de válvulas, orifícios, junções e reduções de área causam a separação do escoamento que resultam
na geração e dissipação de vórtices turbulentos. Para sistemas pequenos contendo muitos retornos, válvulas, tês, etc.
causam perdas que podem exceder as perdas por atrito nas tubulações. A perda de carga associada com a dissipação
causada pelas perdas secundárias é proporcional a carga de velocidade expresso pela seguinte equação:

(V )2 V2
hL = K 2 =K
2 ( Am ) 2
onde, K é o coeficiente de perda de carga e Am é a área do tubo entre a entrada e a saída da perda local. O coeficiente de
perda K é análogo á relação f L /D. O método de cálculo através do K é mais geral, pois o valor do coeficiente K não depende
do diâmetro do tubos usado como ocorre quando utilizado o comprimento equivalente.

Quando as perdas localizadas são expressas como um comprimento de tubo equivalente L/D = K/f que simplesmente
representa o comprimento de tubo que produz a mesma perda local. Este método simples não é completamente preciso
para incluir as perdas localizadas, uma vez que o coeficiente de fator de atrito (f) varia de tubo para tubo, portanto, assim
o comprimento equivalente não poderia ter um mesmo valor. Quando estas perdas locais são pequenas estes fatores não
tem tanta influencia na perda total do sistema. Se o tubo é longo, as perdas por atrito podem ser grandes, quando
comparadas com as perdas secundárias assim, um valor aproximado de K pode ser suficiente. No entanto para sistemas de
curtos de tubulações com muitos retornos e curvas , as perdas locais podem representar uma porção significativa das
perdas totais por atrito do sistema, portanto, valores de K devem ser cuidadosamente determinados. Muitos fatores
influenciam o valor De K, por exemplo para cotovelos e curvas de 90° o valor de K é influenciado pela forma do conduto
(circular ou retangular) pelo raio e pelo ângulo da curvatura, pelo número de Reynolds e também pelo comprimento do
tubo de saída. Para o caso de Tês e curvas em Y os valores de K são influenciados pelo vazão circulante no escoamento de
cada seção e pela mudança de diâmetro. Finalmente, um outro fator importante na escolha do K que pode ocasionar perdas
localizadas importantes é a interação entre componentes no sistema. Dependendo do tipo, orientação e espaçamento
entre os componentes, os coeficientes totais de perdas localizadas podem ser maiores ou menores do que a simples somas
dos valores individuais de K.

Componente Fator K
Curvas
90° (raio normal) flangeada 0,3
90° raio normal 1,5
90° (raio longo) flangeada 0,2
90° (raio longo) rosqueada 0,7
45° (raio longo) flangeada 0,2
45 ° (raio normal) 0,4
Retornos (curvas com 180°)
flangeado 0,2
rosqueado 1,5
TêS
Escoamento alinhado, flange 0,2
Escoamento alinhado, rosca 0,9
Escoamento derivado, flange 1,0
Escoamento derivado, rosca 2,0
Válvulas
Globo, totalmente aberta 10
Gaveta, totalmente aberta 0,15
Gaveta, 3 / 4 fechada 17
Gaveta, 1/4 fechada 0,26
Gaveta, 1/2 fechada 2,1
Retentora 2
Esfera, totalmente aberta 0,05
Esfera, 1 /3 fechada 5,5
Esfera, 2 /3 fechada
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.11

Exercícios Resolvidos
Exercício resolvido 5.1:
Calcular a potência da bomba e o diâmetro do tubo necessário para provocar o escoamento de 0,002 m 3/s de água através de um
tubo de aço comercial de comprimento total L= 100 m no sistema mostrado na figura. A carga da bomba é de H B= 36,7 m transporta
o fluido do tanque pressurizado a P= 2,0 bar para o tanque B aberto para a atmosfera. Considere o fator de atrito viscoso f= 0,02 e
despreze as perdas secundárias (K=0) a viscosidade cinemática da água ν = 0,0113 x 10-4 m2/s.

A equação da energia entre: o ponto (0) na superfície da água pressurizada e o ponto (1) na superfície do tanque livre.
Hipóteses: P0 = P1 = Patm , V0 = V1= 0 ; e K= 0 desprezando as perdas localizadas.
Po Vo2 P V2
HB + + + z0 = 1 + 1 + z1 + hL obtemos: z1 - z 0 = 30 m onde: hL = htubos + hacess
ρg 2g ρg 2g
Po L V 12 • . 0,002 m3 s
HB = (0 - ) + ( z1 - zo ) + f 1 Da vazão volumétrica: V = A.V obtemos a velocidade: V1 =
ρg D1 2g π(D )2 / 4
2x 10 5 Pa 100 m 0,002 m3 s
36,7 m = 0 - + 30 m + 0,02 ( )2 obtemos o diâmetro: D= 0,03 m
103 kg/m3 x 9,81m/s 2 2 x 9,81 m/s 2 x D πD2 / 4

WB 
HB 

WB  10 3 kg m3 x0,002 x9,81m s 2 x36,7m  720 W
ρ Vg

Exercício resolvido 5.2:


Calcular a pressão manométrica PA necessária para provocar o escoamento de 0,20 m3/s de água através de um tubo de aço
comercial no sistema mostrado na figura. Admita o reservatório muito grande. Considere a rugosidade relativa do tubo de ε/D
=0,0002 e a viscosidade cinemática da água ν = 0,0113 x 10-4 m2/s.

A equação da energia entre: o ponto (A) na superfície da água pressurizada e o ponto (B) na saída da água no tubo
Hipóteses: PB = Patm ; VA = 0 ; e HB= 0 ; z B - z A = 20 m ; L1 = 230 m
PA VA 2 P V 2 L V2 V2
+ + z A = B + B + z B + hL (1) onde: hL = htubos + hacess ; hL = f 1 1 + K 1
ρg 2g ρg 2g D1 2g 2g
A velocidade 1 nos tubos pode ser encontrada através da vazão volumétrica dada. Onde VB = V1
• 0,20 m3 s
Da vazão volumétrica: V = A.V obtemos a velocidade: V1 = = 6,37 m/s
π(0,2m)2 / 4
V .D 6,37 m s x 0,2m
Com o número de Reynolds: Re = = 4 2
= 1,13 x 10 6 e a rugosidade relativa dada: ε D = 0,0002
ν 0,0113 x10 m s
Obtemos no diagrama de Moody : f = 0,0155
PA V 2 L V2 V2
Na equação da energia (1) obtemos: = B + zB - z A + f 1 1 + K 1 PA = 578 kPa
ρg 2g D1 2g 2g
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.12

Exercício resolvido 5.3:


A figura mostra dois reservatórios abertos para a atmosfera contendo água (ρ=1000 kg/m 3). O fluido é descarregado a uma vazão

volumétrica de V = 0,1 m3/s para o outro reservatório em B por uma bomba de potencia de 40,0 kW. Considere o diâmetro das
tubulações de D= 0,20 m, o fator de atrito viscoso f= 0,015 e as perdas secundárias (K) são dadas na figura. A viscosidade cinemática
da água ν = 0,0113 x 10-4 m2/s. Calcular: a) o desnível dos reservatórios Δh b) a rugosidade do tubo de aço comercial c) a altura H para
que a pressão efetiva na entrada da bomba seja nula.

A equação da energia entre: o ponto (0) na superfície da água e o ponto (1) na superfície do tanque livre do tanque.
Hipóteses: P0 = P1 = Patm ; V0 = V1= 0 onde: Δh = z 1 - z 0
Po Vo 2 P V2 L1 V1 2 V 2
+ + z 0 = 1 + 1 + z1 - HB + hL obtemos: H B = Δh + f +K 1
ρg 2g ρg 2g D1 2g 2g
• 0,10 m3 s
Da vazão volumétrica: V = A.V obtemos a velocidade: V1 = = 3,18 m/s
π(0,2m)2 / 4

WB L1 V1 2 V2 40x10 3 W 130 m (3,18 m s)2
Δh = •
- f +K 1 Δh = - ( 0,015 x + 4,1 ) x = 33,64 m
ρ Vg
D1 2g 2g 10 3 kg m 3 x 0,1 m 3 s x 9,81 m2 s 0,2 m 2x 9,81m s 2
b) A rugosidade do tubo de aço comercial pode ser encontrada diretamente em gráficos em função do diâmetro, ou através do
diagrama de Moody ou na equação de Coolebrok.
ρVD V .D 3,18 m s x 0,2 m
Re = = = = 5,6 x 10 5 com f = 0,015 obtemos: ε D = 0,0002 ou ε = 0,0002 x 0,2m = 4 x10 -5 m
μ ν 0,0113x10 4 m 2 s
c) equação da energia entre: o ponto (0) na superfície da água e o ponto (A). P0 = PA = 0 ; V0 = 0

VA 2 L (3,18 m s)2 30 m
z0 =H = (1 + f + K ) H= (1 + 0,015 + 0,5) = 1,93 m
2g D 2x 9,81m s 2 0,2 m

Exercício resolvido 5.4:



Calcular a vazão volumétrica ( V ) em m3/s na saída do sistema mostrado na figura.

A equação da energia entre: o ponto (0) na superfície da água e o ponto (2) na saída do tubo.
Hipóteses: P0 = P2 = Patm , V0 = 0 e HT= 0 e desprezando a perda localizada em 1 (K=0).
Po Vo 2 P V2 V2
+ + z 0 = 2 + 2 + z2 + HT + hL obtemos: z 0 z2 = 2 + hL onde: hL = htubos + hacess
ρg 2g ρg 2g 2g
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.13

L V2 V2 L V2 V2
hL = f 1 1 + K 1 + f 2 2 + K 2
D1 2g 2g D2 2g 2g
• •
A relação de velocidades entre 1 e 2 pode ser encontrada através da equação da conservação da massa: m1 = m2 obtemos:
V2 V12 L V2 L
V1 = Assim: hL = [ f 1 +K + 2 f 2 +K
4 2g D1 2g D2
V2 2
Na equação da energia entre 0 e 2: z 0 - z2 = + hL
2g
m V22 65m 25m
(30m - 15m). 9,81 2 = (1+ f + 0,4 + f + 0,4 )
s 2 0,3m 0,15m

294 ,3 m2 s 2
294,3 m2 s 2 = V2 2 [(0,5 + 6,77. f + 83,3. f + 0,4)] obtemos: V2 =
1,425 + 180 ,21 . f
achamos V2 por tentativas para diferentes valores de f
1° tentativa: para f = 0,015 obtemos: V2 = 8,44 m s
D2 = 0,3m = 12" e D1 = 0,15m = 6" obtemos a rugosidade para um tubo médio de aço comercial: D2 = 9" ε D = 0,00018
ρVD V.D 8,44 m s x 0,225 m
O número de Reynolds: Re = = = = 1,68 x 10 6
μ ν 0,0113x10 4 m2 s
Com o número de Reynolds: Re = 1,68 x 10 6 e a rugosidade relativa: ε D = 0,00018 obtemos no diagrama de Moody : f = 0,014
2° tentativa: para f = 0,014
Re = 1,72 x 10 6 e a rugosidade relativa:  D  0 ,00028
No diagrama de Moody : f = 0,014, este valor converge rapidamente na segunda tentativa
294,3 m 2 s 2 V .D 8,63m s x 0,225m
V2 = = 8,63 m / s obtemos: Re =
= = 1,72 x 10 6 e ε D = 0,00018
1,425 + 180,21 . f ν 0,0113x10 4 m 2 s
obtemos f= 0,014 confere com o valor utilizado como segunda aproximação.
• • π(0,15m)2 .8,63 m s
Assim, a vazão volumétrica será: V = A.V V= = 0,152 m3 s
4

Exercício resolvido 5.5:


A figura mostra um reservatório fechado muito grande contendo óleo (ρ=800 kg/m 3) e água (ρ=1000 kg/m3) a uma pressão

manométrica desconhecida. O fluido é descarregado a uma vazão volumétrica de V = 0,03 m3/s para um reservatório em B a uma
pressão de P= 40 kPa. Assuma K =0.5 para as junções. Com os dados da figura, calcular: a) A velocidade na saída do tubo de aço
comercial em B b) O fator de atrito f c) A pressão na entrada do tanque em A.

A equação da energia entre: o ponto (0) no tanque com água e o ponto (2) na saída do tubo em B.
P0 V0 2 P V2 L1 V2 L V2
+ + z 0 = 2 + 2 + z2 + 0 + hL onde : hL = f +K 1 + f 2 +K 2
ρg 2g ρg 2g D1 2g D2 2g
Hipóteses: V0 = 0
P0 P V 2 V2 L V 2 L
= 2 + 2 + z2 - z 0 + 1 ( f 1 + K 1 ) + 2 ( f 2 + K 2 )
ρg ρg 2g 2g D1 2g D2
 4 . 0,03 m 3 s 4 . 0,03m3 s
Dada a vazão volumétrica: V  A.V obtemos V1 e V2 : V2 = = 3,82 m / s V1 = = 0,955 m / s
π(0,1 m)2 π(0,2 m)2
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.14

V.D 0,955m s x 0,20 m


Para D1= 8” = 0,20 m e o material aço comercial, obtemos: ε D = 0,0002 Re = = = 1,69 x 10 5
ν 0,0113x10 4 m2 s
e no diagrama de Moody: f1= 0,016
V.D 3,82 m s x 0,10 m
e para D2= 4” = 0,10 m obtemos: ε D = 0,00042 sendo: Re = = = 3,38 x 10 5
ν 0,0113x10 4 m2 s
No diagrama de Moody : f2 = 0,018
P0 40 x10 3 Pa (0,955 m s)2 125m (3,82 m s)2 60m
3 3 2
= 3 3 2
- 5,0 m + 2
( 0,016 + 0,5 ) + (1 + 0,018 + 0,5)
10 kg m x9,81 m s 10 kg m x9,81 m s 2x9,81 m s 0,2m 2x9,81 m s 2 0,1m
Obtemos na equação de energia: P0 = 81,3 kPa
Admitindo que óleo se encontra em repouso. Usamos a equação de Bernoulli entre o nível do óleo no ponto (A) e a água no ponto (0).
Po Vo 2 PA V 2
+ + z0 = + A + zA
ρ oleo g 2g ρ oleo g 2g
Hipóteses: V0 = 0 z0= 0 no óleo e na água e VA=0 no óleo (fluido em repouso na superfície)
Po PA 81,3x10 3 Pa PA
= + zA = + 5,0 m
ρ oleo g ρ oleo g 800 kg m 3 x 9,81m s 2 800kg / m 3 .9,81m / s 2
PA = 42,06 kPa

Exercício resolvido 5.6


Calcule a vazão mássica que escoa pelo trocador de calor no circuito mostrado na figura. A tubulação tem um diâmetro interno de
5,08 cm (2”) e o comprimento total da tubulação é de 100 m. Considere a rugosidade relativa do tubos como ɛ= e/D = 0,001. A potencia
da bomba é de 373 W (0,5 HP).

A equação da energia entre os pontos (0) e (1) na superfície da água.


Hipóteses: P0 = P1 = Patm e V0 = V1 ; z0= z1 e com as perdas localizadas K=26,6.
Po Vo 2 P V2
+ + z 0 = 1 + 1 + z1 - HB + hL obtemos: HB = hL
ρg 2g ρg 2g

WB L1 V12 V2
HB = • = f +K 1
D1 2g 2g
ρVg
achamos V por tentativas para diferentes valores de f
1° tentativa: com ɛ= 0,001 obtemos: f = 0,02
373W 100 m V13
3 3 2 2 = (0,02 + 26,6)
10 kg m x 9,81 m s xπ.(0,0508m) / 4 0,0508 m 2x 9,81 m s2
obtemos: V1 = 1,77 m/s ;
Com este valor, o número de Reynolds será: Re = 7,96 x 10 4 com ɛ= 0,001 obtemos no diagrama de Moody : f = 0,023
2° tentativa: para f = 0,023
obtemos: V2 = 1,723 m/s ;
Re = 7,75 x 10 4 e a rugosidade relativa: ɛ= 0,001, obtemos no diagrama de Moody : f = 0,023 (OK!)
• • 10 3 kg m 3 . π(0,0508m) 2 .1,723 m s
Assim, a vazão mássica será: m = ρA.V m= = 3,4 kg s
4
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.15

Exercício resolvido 5.7


Água do tanque de altura h = 1,5 m é bombeada através de uma tubulação de aço comercial de diâmetro D= 0,15 m e comprimento
total de L=150 m. A bomba descarrega a água através de um bocal para formar um jato livre como mostrado na figura. A rugosidade
relativa para este tubo de aço comercial é de ε = e D = 0,00028 . Calcule a potencia da bomba para uma eficiência de 75%

Solução:
A equação da energia entre: o ponto (0) na superfície da água e o ponto (2) na saída do bocal da mangueira.
Hipóteses: P0 = P2 = Patm ; V0 = 0 z2 = 0 e desprezando as perdas localizadas K=0.
P V2 P V2 L V12 V2 V22 L V2
HB + 0 + 0 + z0 = 2 + 2 + z2 + f +K 1 obtemos: HB = - z0 + f1 1 1
ρg 2g ρg 2g D 2g 2g 2g D1 2g
Para obter a velocidade do jato livre na saída do bocal usamos a relação:
g.x2
x = V2.t e y = gt 2 / 2 obtemos: V2 = = 8,58 m/s
2.y
A velocidade em 2 pode ser encontrada da vazão volumétrica dada :

• •
2 3 V 0 ,038 m3 /s . •
V = A.V V = π.0,075m) .8,58m / s = 0,038m / s V1 = = = 2,15m / s m = 38 kg/s
A π (0,15 m)2 / 4
VD 2,15 m/s .0,15m
Re = = = 3,22 x10 5 o fator de atrito pelo diagrama de Moody f = 0,017
ν 1x10 -6 m2 /s
V22 L V2 (8,58 m/s)2 150 m (2,15 m/s)2
A carga da bomba HB = - z0 + f1 1 1 HB = 2
- 1,5m + 0,017 . = 6,25m
2g D1 2g 2. 9,81m/s 0,15m 2. 9,81m/s2

• ρg V HB 38 kg/s . 9,81 m/s2 .6,25 m
WB = = = 3,1 kW
η 0,75

Exercício resolvido 5.8


Um pequeno escorregador deve ser instalado ao lado de uma piscina. O fabricante do escorregador recomenda uma vazão

volumétrica de água de V =2,0 x10-3 m3/s para evitar que as pessoas não esquentem os seus traseiros. Uma bomba com uma
eficiência de 80% deve ser instalada debaixo do escorregador. Esta bomba se encontra completamente submersa a 1,0 m abaixo da
superfície da água e liga uma mangueira de 5,0 m de comprimento e 4,0 cm de diâmetro interno fornecendo água da piscina para o
escorregador. A rugosidade interna da mangueira é de aproximadamente ε= 0,008 cm. Na saída da mangueira que se encontra 4,0
m acima da superfície da água, é acoplado um bocal de D= 2,0 cm de diâmetro que descarrega a água no topo do escorregador como
um jato livre aberto à atmosfera com 30° de inclinação, como mostrado na figura abaixo. Para a vazão volumétrica dada, a pressão
relativa na área da rosca do bocal é de 40 kPa. Dados: água a 20°C: viscosidade cinemática da água ν = 1,0 x 10 -6 m2/s e massa
específica =1000 kg/m3.. Hipótese: despreze a pequena perda de carga no bocal. Calcular: a) A potência de acionamento da bomba
(W) b) A força vertical sobre a mangueira para manter o bocal com o jato de água na posição indicada. c) Calcule o problema
considerando o comprimento L do bocal de 4 cm e rugosidade ε= 0,006 cm e o peso do conjunto água-bocal de 5 N.
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.16

Item A)
A equação da energia entre: o ponto (1) na superfície da água e o ponto (2) na saída do bocal da mangueira.
Hipóteses: P1 = P2 = Patm e desprezando as perdas localizadas K=0.
P1 V1 2 P V2 L V2 2 V2
HB + + + z 0 = 2 + 2 + z2 + f +K 2 obtemos:
ρg 2g ρg 2g D 2g 2g
V22 V2 L V22 V2 L V2 V2
HB = - 1 + (z2 - z1) + f2 + K 2 + f1 1 1 + K 1 L2 do bocal é desprezível e sem atrito
2g 2g D2 2g 2g D1 2g 2g

• V 0,0020 m3 / s. x 4
A velocidade em 2 pode ser encontrada da vazão volumétrica dada : V = A.V V2 = = = 6,37 m / s
A π (0,02 m)2

V 0,0020 m3 / s. x 4
A velocidade em 1 obtemos da vazão volumétrica dada: V1 = = = 1,59 m / s
A π (0,04 m)2
ρV1D1 1000 kg / m3 x 1,59 m / s x 0,04m
Encontramos para o tubo rugoso o número de Reynolds: Re = = = 63600
μ 0,001Pa.s
e 0,008 cm
Rugosidade relativa: ε = = = 0 ,002 Diagrama de Moody: f = 0,026
D1 4 cm
V2 2 - V12 L V2 V2
HB = + (z2 - z1 ) + f 1 1 + K 1 onde: K1 = 0
2g D1 2g 2g
(6,37 m/s)2 - (1,59m / s)2 5,0 m (1,59 m/s)2
HB = 2
+ (4 - 0)m + 0,026 = 6,36 m
2 x 9,81m / s 0,04 m 2 x 9,81m/s2

ρg V HB 1000 kg / m3 x 9,81 m/s2 x 0,0020 m3 s x 6,36 m

A potencia da bomba será: WB = = = 155,98 W
η 0,80
Item B)
A eq, da conservação da quantidade de movimento:
Hipóteses: Regime permanente; P2=Patm
• •
A vazão mássica: m = ρV = 103 kg / m3x 2,0x10 3 m3 / s = 2,0 kg / s

Fy + P1 A1 = V1 ρVA1 cos 180° + V2 sen.30°ρVA2 cos 0° = m(V2 sen.30° V1 )
• 40 x103 Pa π. (0,04 m)2 kg
Fy + P1A1 = m(V2sen.30° V1) Fy = - 2,0 [(6,37.sen30° - 1,59)m / s] = 47,08 N
4 s
Item c)
e 0,006 cm
Fator de atrito no bocal rugoso. Para D2= 0,002 m obtemos: Rugosidade relativa: ε = = = 0 ,003
D1 2 cm
Re = 1,27x10 5 obtemos no Diagrama de Moody: f = 0,027
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.17

V22 L V2 V2 L V2 V2
HB = + (z2 - z0 ) + f 2 2 + K + f 1 1 +K = 6,49 m
2g D2 2g 2g D1 2g 2g

• ρg V HB 1000 kg / m3 x 9,81 m/s2 x 0,0020 m3 s x 6,49 m
WB = = = 159 W
η 0,80

-Fy + P1A1 - Wagua-bocal = V1ρVA1 cos 180° + V2sen.30°ρVA2 cos 0° = m(V2sen.30° - V1)

Fy = P1 A1 - m(V2 sen.30° - V1 ) - Wbocal = 42,07 N

Exercício resolvido 5.9


Um barco succiona água de massa especifica 1000 kg/m3 do fundo do mar que se encontra a 6,0 m de profundidade e joga esta água
para um bote. Considere o escoamento viscoso e as perdas por atrito originadas devido ao escoamento da água ao longo de uma
mangueira de diâmetro interno de 0,3 m. Considere a rugosidade da mangueira como e = 0,003 cm. Coloque claramente as hipóteses
assumidas e com os dados da figura abaixo: a) Calcule a potencia da bomba em kW supondo inicialmente o barco e o bote
estacionários. b) Calcule a força sobre a bote, que inicialmente está em repouso, que tende a afastá-lo do barco. c) Se o bote vai ao
encontro do barco com uma velocidade V=10 m/s qual será a força resultante sobre o bote? d) Supondo velocidade inicial de Vo=10
m/s em to=0 e massa do bote de m= 30000 kg obtenha o tempo necessário para o jato de líquido provocar a parada do bote. Considere
o jato de água estacionário e com uma velocidade de 30 m/s

P1 V1 2 P V2 L V2 2 V2
HB + + + z 0 = 2 + 2 + z2 + f +K 2
ρg 2g ρg 2g D 2g 2g

ρV1D1 1000 kg / m3 x 1,59 m / s x 0,04m


Encontramos para o tubo rugoso o número de Reynolds: Re = = = 63600
μ 0,001Pa.s
e 0,003 cm
Rugosidade relativa:  = = = 0 ,0001 Diagrama de Moody: f = 0,026
D1 30 cm
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.18

Exercício resolvido 5.10


Água escoa de um tanque pressurizado a uma pressão de P = 2,0 bar através das tubulações de aço comercial mostradas na figura
abaixo. A água que sai preenche o reservatório de 1,2 m 3 em um tempo de 2 minutos. Determine: a) O diâmetro do tubo de aço
comercial e o fator de atrito f c) o coeficiente de perda de carga (K) na válvula se a água alcança uma altura de 1,5 m acima da
seção de descarga do tubo.

Exercício resolvido 5.11


A figura mostra um tanque com água pressurizado a P = 30 kPa e uma vazão volumétrica de água de V = 0,2 m 3/s. Calcule a potencia
da bomba que tem uma eficiência de 80% . Considere os efeitos da viscosidade e do atrito para tubo de aço comercial. Assumaa
rugosidade relativa de ambos os tubo como ε = 0,002.

P2 - P0 V22 V02 L V12 V2 L V2 V2


HB = + - + (z2 - z0 ) + f1 + K 1 + f2 2 2 + K 2
ρ.g 2g 2g D1 2g 2g D1 2g 2g
Hipóteses: P02= Patm ; V0 = 0 ; K2 =0
• •
V 0,20 m 3 / s. x 4 V 0,20 m 3 / s. x 4
V2 = = 2 = 11,32 m / s ; V1 = = = 2,65 m/s
A π (0,15 m) A π (0,31 m)2
VD 2,65 m/s .0,31m
Re 1 = = = 8,21 x10 5 com a rugosidade relativa
ν 1x10 - 6 m2 /s
O fator de atrito pelo diagrama de Moody f = 0,023
VD 11,32 m/s .0,15 m
Re2 = = = 1,7 x10 6 o fator de atrito pelo diagrama de Moody será: f2 = 0,023
ν 1x10 - 6 m 2 /s
0 - 30.103 Pa (11,32 m/s)2 - 0 40,3 m (2,65 m/s)2 10 m (11,32 m/s)2
HB = + + (15,3m - 20,3 m) + (0,023 . + 0,8) + 0,023 .
103 kg/m3 9,81 m/s2 2 x 9,81m / s2 0,31 m 2 x 9,81 m/s2 0,15 m 2 x 9,81 m/s2
HB = 9,63m

• ρg V HB 1000 kg/m3 x 9,81 m/s 2 x 0,2 m3 s x 9,63 m
WB = = = 23,62 kW
η 0,80
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.19

Exercício resolvido 5.12


Uma bomba centrífuga com uma eficiência de 80% é utilizada para recalcar água de um reservatório subterrâneo a 5,0 m de
profundidade até a caixa d’água no topo do edifício localizado 30,0 m acima. A tubulação de diâmetro D= 0,10 m e rugosidade relativa
de ɛ/D = 0,002 tem um comprimento total de 45,0 m. A bomba se encontra ao nível da superfície e bombeia água a uma vazão de 10
litros/s. Despreze as perdas localizadas nas junções dos tubos. Dados: água a 20°C; viscosidade cinemática, ν = 1,0 x 10-6 m2/s e massa
específica, =1000 kg/m3.. Calcular: a) A carga HB e o fator de atrito f b) A potência de acionamento da bomba (W) c) A força F
resultante atuando no suporte da bomba para mantê-la fixa na posição indicada.

A equação da energia entre a entrada de água em (0) e a saída da água em (2) no topo do prédio.
P V2 P V2 L1 V2 L V2
HB + o + o + zo = 2 + 2 + z2 + hL onde : hL = f +K 1 + f 2 +K 2
ρg 2g ρg 2g D1 2g D2 2g

A velocidade em 2 pode ser encontrada da vazão volumétrica dada : V = A.V

V 0,01 m3/s x 4
V2 = = = 1,273 m/s
A π . (0,1 m)2
Encontramos para o tubo rugoso o número de Reynolds:
ρV2D 1000 kg / m3 x 1,273 m / s x 0,1m
Re = = = 127300 = 1,27x105
μ 0,001Pa.s
e
Rugosidade relativa: ε = = 0 ,002 Diagrama de Moody: f = 0,025
D1
V22 L V2 V2
HB = + (z2 - z1) + f 2 2 + K2 onde: K2 = 0
2g D2 2g 2g
(1,273 m/s)2 45,0 m (1,273 m/s)2
HB = + (30,0 - 5,0) m + 0,025 = 26,01 m
2 . 9,81m/s2 0,1m 2 x 9,81m/s2

ρg V HB 1000 kg/m3 . 9,81 m/s2x 0,01 m3 s . 26,01 m

A potencia da bomba será: WB = = = 3189 ,5 W
η 0,80
A equação da conservação da quantidade de movimento em regime permanente.
• •
A vazão mássica: mo = ρ V = 1000 kg/m3 . 0,01m3/s = 10 kg/s

Fy = V2y (ρ V A2 cos 0°) = m. V2y = 10 kg/s . 1,273m/s = 12,73 N

Fx = -V1x (ρ V A1 cos 180°) = - m. (-V1x) = 10 kg/s . 1,273m/s = 12,73 N

A força resultante no suporte da bomba será: F = Fx2 + Fy2 = 18,0 N


Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.20

Exercício resolvido 5.13


Um barco possui uma bomba que aspira água do fundo do mar que se encontra a 6,0 m de profundidade e lança um jato a 10m de
distância. Com os dados da figura abaixo: Calcular: a) A vazão volumétrica do jato de água. b) A potência da bomba em kW supondo
inicialmente o barco estacionário. c) A força resultante em kN que sustenta o bocal ligado à mangueira na posição mostrada na figura.
considere o comprimento do bocal de L= 4 cm com rugosidade e= 0,006 cm e o peso do conjunto água-bocal de 5 N. Assuma somente
para este item, que a pressão relativa na entrada do bocal é de 150 kPa. Dados: água a 20°C: viscosidade cinemática da água ν = 1,0 x
10-6 m2/s e massa específica =1000 kg/m3..

a) A equação da energia entre: o ponto (0) no fundo do mar e o ponto (2) na saída do bocal do tubo.
Hipóteses: Regime permanente. z0 = 0; P2 = Patm = 0 ; V0 = 0 ; z2= 10 m
P V2 P V2 L V2 L V2
HB + o + o + zo = 2 + 2 + z2 + hL onde : hL = f 1 + K 1 + f 2 + K 2
ρg 2g ρg 2g D1 2g D2 2g

P V2 L V2 L V2 V2
HB + 0 = 2 + z2 + f 1 1 + f 2 2 + K 2
ρg 2g D1 2g D2 2g 2g
A velocidade em 2 obtém-se da equação de Bernoulli entre os pontos (2) e (3) da cinemática do jato livre
x = Vcos30°.t (componente horizontal de V2) y = V sen 30° .t - 1/2 g. t2
Na componente horizontal x= 10 m e y = 0 , assim: V sen 30° = 1/2 g. t onde t = x3 / V cos 30°
g.x3 9,81m / s2 .10m •
V22 = = = 10 ,64 m / s ; A vazão volumétrica será: V = 0,047 m3/s ;
2sen30. cos 30° 2.sen30. cos 30°
• •
A equação da conservação da massa: m2 = m1 obtemos a velocidade V2 = 16 V1 V1 = 0,665 m/s
ρV1D1 0 ,665m / s.0 ,3m e 0,006 cm
Encontramos para o tubo rugoso: Re = = = 2 x10 5 ; Rugosidade relativa: ε = = = 0 ,0002
μ 1x10 6 m2 / s D1 30 cm
Diagrama de Moody: f1 = 0,017
Para o bocal: Re = 8 x105 ; ε = 0,0008 obtemos: Diagrama de Moody: f2 = 0,021
A carga da bomba será: HB = 9,864 m
• •
A potência da bomba: WB = = ρg V HB = 1000 kg/m3 , 0,047 m3/s . 9,81m/s2. 9,864 m = 4,55 k W

c) A equação da conservação da quantidade de movimento: Fs  Fc 
t
VC

V d  V V  d A
SC
• •
A força que sustenta o bocal em( x) : Fx = V1 cos 30° . ( m) - V2 cos30 ° . ( m) + p1 A1 cos 30° ; Fx = 8,77kN
• •
A força que sustenta o bocal em( y) : Fy = V2 sen 30° . ( m) - V1 sen30° . ( m) - p1 A1sen30° + W ; Fy = - 5,06 kN ;

Obtemos: A força resultante no suporte da bomba será: F = Fx2 + Fy2 = 10,13k N


Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.21

Referências
1. Fox, R; McDonald, A.T ; Pritchard, P. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 8th Ed. LTC ISBN 978-1-118-02641-0
2. Çengel, Y. A.; Cimbala, J.M.; Mecânica dos Fluidos. Fundamentos e Aplicações. 2th Ed. McGraw Hill.
3. Potter, M.C.; Wiggert, D.C; Mecânica dos Fluidos. 3th Ed. Thomson Pionera.
4. Post, S. Applied and Computational Fluid Mechanics 1th ed. Jones & Bartlett Learning Inc., 2011
5. White, F.; Mecânica dos Fluidos. 4th. Mc Graw Hill.

Perguntas:

Exercícios propostos:
Escoamento viscoso em tubos:
5.1 A figura mostra dois reservatórios ligados por uma tubulação de aço comercial de diâmetro D= 0,2 m e comprimento total L= 50
m. A vazão volumétrica é de V =0,01 m3/s . Desprezando as perdas secundárias. Assuma a viscosidade da água como μ = 0,001 Pa.s.
Calcule a potencia da bomba.


5.2.- O escoamento do sistema provocado por uma bomba é de V = 0,02 m3/s de água através de um tubo de aço comercial de
comprimento total L= 100 m e diâmetro D= 0,2 m como mostrado na figura. A bomba transporta o fluido do tanque A para o tanque B
ambos abertos para a atmosfera. As singularidades originam perdas secundárias no sistema de K= 2,0. Considere a viscosidade da água
μ = 0,001Pa.s. Calcular: a) o fator de atrito f b) a carga da bomba b) a potência da bomba para uma eficiência de 80%.


5.3.- Para uma vazão volumétrica V =0,002 m3/s de água através de um tubo de ferro forjado de comprimento total L= 100 m no
sistema mostrado na figura. A carga da bomba é de HB= 20m transporta o fluido do tanque pressurizado A a P= 1,5 bar para o tanque B
aberto para a atmosfera cuja superfície se encontra h=20 m acima. Considere o fator de atrito viscoso f= 0,02 e despreze as perdas
secundárias (K=0) e a viscosidade cinemática da água é de ν = 0,0113 x 10-4 m2/s. Calcular a potência da bomba o diâmetro do tubo
necessário para provocar este escoamento.
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.22


5.4.- Calcular a pressão manométrica PA necessária para provocar o escoamento de V = 0,50 m3/s de água através de um tubo de aço
comercial do sistema mostrado na figura. Admita o reservatório muito grande e a viscosidade da água μ = 0,001 Pa.s.

5.5.- A figura mostra dois reservatórios abertos para a atmosfera contendo água (ρ=1000 kg/m 3). O fluido é descarregado a uma vazão

volumétrica de V = 0,1 m3/s para o outro reservatório em B por uma bomba de potencia de 50,0 kW. Considere o diâmetro das
tubulações de D= 0,15 m, o fator de atrito viscoso f= 0,012 e as perdas secundárias (K) são dadas na figura. A viscosidade da água μ =
0,001 Pa.s. Calcular: a) o desnível dos reservatórios Δh b) a rugosidade do tubo de aço comercial c) a altura H para que a pressão efetiva
na entrada da bomba seja nula.

5.6 A bomba da figura transfere uma carga de 76,2 m para a água. Determine a potencia transferida ao fluido sabendo que a diferença
entre as cotas das superfícies livres da água dos lagos é de 60,0 m. O diâmetro interno dos tubos é de 0,20 m e o comprimento total
dos tubos é de 150 m. Considere o caso de tubos sem rugosidade e com rugosidade relativa de ɛ=0,002.

5.7.- Calcule a vazão mássica que escoa pelo trocador de calor no circuito mostrado na figura. A tubulação tem um diâmetro interno
de 0,05 m (2”) e o comprimento total da tubulação é de 100 m. Considere a rugosidade relativa do tubos como ɛ = 0,001. A potencia da
bomba é de 500 W
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.23

5.8.- Água do tanque de altura h = 1,5 m é bombeada através de uma tubulação de aço comercial de diâmetro D= 0,15 (6”) m e
comprimento total de L=150 m. A bomba descarrega a água através de um bocal para formar um jato livre como mostrado na figura. A
rugosidade relativa para este tubo de aço comercial é dada no gráfico anexo. Calcular: a) A vazão volumétrica b) A potencia da bomba
para uma eficiência de 75%

5.9.- Um barco succiona água de massa especifica 1000 kg/m3 do fundo de um lago que se encontra a 6,0 m de profundidade e joga
esta água para um bote localizado a 100m de distancia. Considere o escoamento viscoso e as perdas por atrito originados, devido ao
escoamento da água ao longo de um tubo rugoso de diâmetro interno de 0,2 m e comprimento total L= 11,0 m. Considere a rugosidade
do tubo como ɛ = 0,003 cm e a constante devido as perdas localizadas como K = 1,8. Coloque claramente as hipóteses assumidas e com
os dados da figura abaixo: a) Calcule a potencia da bomba em kW supondo inicialmente o barco e o bote estacionários. b) Obtenha o
tempo necessário para o jato de líquido encher um tanque de V= 5 m3 localizado no bote estacionário.

5.10.- Para bombear 0,05 m3/s de água de um reservatório baixo (A) para outro, de elevação maior (B), foi construído o sistema da
figura. O reservatório A é pressurizado com ar na pressão efetiva P0 e o reservatório B é aberto para a atmosfera e ligado por um tubo
de diâmetro d=0,2 m. Só há perda de carga distribuída no trecho L12 = 20.000 m (admitir um fator de atrito constante, igual a f= 0,02). A
pressão da atmosfera no local é de 100 kPa (ou seja, Patm efetiva = 0). O trecho L 1-x = 5000 m. Calcular: a) a pressão efetiva P0 em A b) a
leitura h no piezômetro.
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.24

5.11.- Se a vazão volumétrica é de Q = 0,1416 m3/s calcule a perda de carga total desenvolvida pelo tubo.

5.12.- Calcular a perda de carga do sistema mostrado na figura, admitindo elevação constante na superfície livre quando a vazão é de
0,20 m3/s e considerando a massa específica de óleo como 900 kg/m3. Resolva para os seguintes casos: a) Quando o escoamento é
laminar e desprezando as perdas singulares b) Para escoamento turbulento considerando as perdas singulares (K=0,4)

5.13.- Qual a pressão manométrica p1 necessária para provocar o escoamento de 0,1416 m3/s de água através do sistema mostrado
na figura. Admitindo o reservatório muito grande calcular: a) desprezando as perdas singulares b) assumindo as perdas singulares como
K=0,4
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.25

5.14.- Qual é a pressão necessária para que 0,0283 m3/s de água escoe pelo dispositivo da figura onde a pressão P2 é igual a 34,48
kPa. Admita que o reservatório é muito grande

5.15.- Qual a potência necessária para bombear 8,5x 10-4 m3/s de água para o dispositivo da figura, onde a pressão P2 é igual a 137,9
kPa ? Os tubos são de aço comercial e o tubo da primeira seção é de 6 cm e das outras duas é de 7,6 cm. Calcular as perdas de carga
para cada seção considerando as perdas secundárias como K=0,8 e K=0,4 para os tubos de menor diâmetro.

5.16.- Qual a vazão no sistema mostrado na figura? Considere o tubo de aço comercial de 6 polegadas de diâmetro (15,2 cm). Coloque
uma bomba no sistema de 10 HP (7,46kW) qual é a nova vazão do sistema? A posição da bomba afeta a vazão em massa?

5.17.- Calcular a quantidade de água que escoa pelo tubo de aço comercial de 15,2 cm (6 polegadas)na figura abaixo.
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.26

5.18.- Qual a quantidade de água que escoa do reservatório através do sistema mostrado na figura. A água aciona uma turbina de
água que desenvolve uma potência de 74,6 kW (100 HP). Determine o diâmetro de um tubo comercial que transportará 1,416 m 3/s
de água quando a turbina desenvolve 74,6 kW.

5.19.- Qual é o diâmetro da primeira extensão do tubo de 61 m da figura abaixo se é permitida uma vazão volumétrica de 0,1416 m 3/s?
o tubo considerado é aço comercial.

5.20.- Nos sistema de tubos mostrado na figura temos no ponto A a vazão de 0,2832 m3/s à pressão de 344,75 kPa. No tubo de 15,2
cm (6pol) existe uma bomba de 1,492 kW (2HP) determinar a pressão no ponto B.
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.27

5.21.- Água escoa do recipiente mostrado na Fig. abaixo. Determine o coeficiente de perda de carga (K) na válvula se a água
alcança uma altura de 76 mm acima da seção de descarga do tubo.

5.22.- A mangueira de diâmetro de 12,7 mm mostrada na figura, suporta sem romper, uma pressão de 13,8 bar. Calcule o comprimento
máximo, sabendo que o fator de atrito é igual a f= 0,022 quando a vazão é de 2,83 x 10-4 m3/s. Despreze as perdas de carga secundárias
nas junções.

5.23.- Um tanque cheio de água possui em sua base um tubo horizontal com diâmetro de 8 mm, por intermédio do qual sai água. Na
ponta do tubo é instalado um bocal, no qual o diâmetro é reduzido para 5 mm. Deseja-se que a velocidade na seção “4” de saída seja de
13 m/s. Só há perda de carga distribuída no trecho 1-2 do tubo (desprezar as perdas de carga localizadas). Para conseguir a velocidade
de saída mencionada, foi instalada uma bomba, conforme figura 1. a) Determinar a vazão volumétrica Q do escoamento b) a velocidade
da água no trecho 1-3 c) a perda de carga no escoamento e a carga da bomba d) a medida “X” no manômetro U com mercúrio, conforme
indicado.
Capítulo 5: Prof. Alex Huerta Escoamentos Viscosos Internos 5.28

5.24.- Considere a instalação hidráulica da figura que transfere água entre dois reservatórios. Pretende-se esgotar o reservatório em 2
horas. Admitindo que a vazão na tubulação seja constante.a) Determinar a vazão volumétrica na tubulação b) Impondo uma velocidade
de escoamento de 4 m/s, qual deve ser o diâmetro da linha?c) Determinar a perda de carga localizada total, assim como a distribuída. d)
Determinar a carga manométrica requerida da bomba para a situação da figura para hdistr = 15 m e hloc;total = 22 m.
Daqui em diante utilize hbomba = 23 m e) Determinar a potência consumida pela bomba para a situação da figura. Considere que a bomba
tenha rendimento de 100 %. f) Determinar a pressão na seção 2 de sucção da bomba. Considere tubo de aço galvanizado. μ = 0,001 Pa.s

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