Vous êtes sur la page 1sur 218

Relatório de Justificativa.

Página1

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
MEDIAÇÃO PREVENTIVA COM PERSPECTIVAS DE IMPLANTAÇÃO DE
PROJETO DE INTERESSE PÚBLICO.

Procedimento Preparatório 2018.2.282.920.

Sumário

1. Relatório de Justificativa.
2. Preliminares.
3. Do Conselho Comunitário “RADCOM” da ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA
DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-
RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ.
4. As características de uma rádio comunitária.
5. As características da Portaria nº 4334, de 17 de setembro de 2015.
6. Procedimentos junto ao Ministério das Comunicações.
7. Habilitação para a prestação do Serviço: RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA.
8. Do processo de escolha da entidade vencedora.
9. Vamos teorizar uma situação especifica.

10. Da programação da RÁDIO COMUNITÁRIA.


11. Das publicidades nas RÁDIOS COMUNITÁRIAS.
12. O que não é licito transmitir em RÁDIO COMUNITÁRIA.
13. Da frequência da RÁDIO COMUNITÁRIA.
14. Tempo de validade da autorização para EXPLORAÇÃO DE SERVIÇOS NA
Página2

MODALIDADE RÁDIO COMUNITÁRIA.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
15. Atenção para as restrições na concessão com fins de PRESTAR O SERVIÇO
DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA.
16. A avaliação da documentação e do cumprimento das exigências
17. Como deve ser a aquisição dos equipamentos?
18. O local ideal para a Rádio Comunitária.
19. Da programação.
20. Captação de Recursos para operar.
21. ANEXOS
22. ANEXO I - Das Leis Federais.
23. ANEXO II - Dos Decretos Federais.
24. Nota Técnica.
25. ANEXO III - Das Portarias Ministeriais.
26. Portaria 1.976/2018/SEI-MCTIC (Altera a Portaria nº 4.334/2015/SEI-MC).
27. Pesquisa Normativa –
28. MAPA DO SITE - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações.
29. Pesquisa Normativa –
30. MAPA DO SITE - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações.
31. Da finalização.
32. Das reuniões virtuais na Associação.
33. Referências e Bibliografias apontadas nesta justificativa.
34. Termos cadastro de aprovações.
35. Proposta de Estatuto para a Associação
36. Proposta de Estatuto para a Associação
37. Roteiro para criar uma associação.
38. MODELO DE ESTATUTO DE RÁDIO COMUNITÁRIA.
39. 1ª fase: Sensibilização
40. LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Institui o Código Civil.

41. DAS PESSOAS NATURAIS - CAPÍTULO I - DA PERSONALIDADE E DA


CAPACIDADE - TÍTULO II - DAS PESSOAS JURÍDICAS - CAPÍTULO I -
DISPOSIÇÕES GERAIS
Página3

42. CAPÍTULO II - DAS ASSOCIAÇÕES

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
43. 2ª fase: Constituição.
44. A Lei Federal nº 6.015/1973
45. TÍTULO III - Do Registro Civil de Pessoas Jurídicas

46. CAPÍTULO II - Da Pessoa Jurídica


47. CAPÍTULO III - Do Registro de Jornais, Oficinas Impressoras, Empresas de
Radiodifusão e Agências de Notícias
48. 3ª fase: Pré-operacional
49. 4 ª Fase: Operacional
50. LEI FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre a
mediação.
51. As reuniões da diretoria e demais órgão podem ser via internet, ou sistema
virtual, conforme recomendações na justificativa.
52. Diretoria Executiva.
53. Conselho de Curadores.

Página4

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
,

Procedimento Preparatório 2018.2.282.920.

MEDIAÇÃO PREVENTIVA COM PERSPECTIVAS DE IMPLANTAÇÃO DE


PROJETO DE INTERESSE PÚBLICO.

Relatório de Justificativa.
Os (a, as) Senhor (es, a, as) FRANCISCO EMANUEL
RODRIGUES DE SOUSA, brasileiro, João Paulo Rodrigues de Sousa, brasileiro,
Expedito Alves de Melo, brasileiro, Iranilce Alexandre Costa Melo, brasileiro(a), todos
no exercício da(s) sua(s) cidadania(s) e com base no ordenamento jurídico vigente, em
particular LEI FEDERAL Nº 9.612, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 iniciaram um
expediente de Mediação PREVENTIVA com fins de definir acordos objetivando a
implementação de uma entidade associativa com fins de almejar outorga do SERVIÇO
PÚBLICO DE TELECOMUNICAÇÃO na categoria RÁDIO COMUNITÁRIA.

No presente procedimento afeto a Comissão de Justiça e


Cidadania, em curso, certos atos serão privativos dos convocadores da Mediação, entre
estes o edital que foi publicado na data de sexta-feira, 9 de novembro de 2018, no link:
http://wwwnovasrussas.blogspot.com/.

Prova da efetiva publicação do edital acima referenciado


foi colado aos autos as folhas ___/_____ do Procedimento citado na epígrafe.
Página5

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Preliminares.
Para iniciar o presente relatório como justificativa da
implementação da associação e da mediação preventiva, hoje, e sempre na instituição a
ser fundada, buscaremos “repetimos, justificar” através das seguintes considerações, as
suas razões no plano jurídico e sociocooperativo.

Assim, descrevemos:

I. CONSIDERANDO que a legislação


permite que a Comissão de Justiça e Cidadania possa proceder da forma
como está procedendo em relação a MEDIAÇÃO, observando os princípios
da legalidade.
II. CONSIDERANDO o que dispõe a LEI
FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre a
mediação no seu CAPÍTULO I - DA MEDIAÇÃO - Seção I - Disposições
Gerais - Art. 2o A mediação será orientada pelos seguintes princípios: I -
imparcialidade do mediador; II - isonomia entre as partes; III - oralidade; IV
- informalidade; V - autonomia da vontade das partes; VI - busca do
consenso; VII - confidencialidade; VIII - boa-fé. § 1o Na hipótese de existir
previsão contratual de cláusula de mediação, as partes deverão comparecer à
primeira reunião de mediação. § 2o Ninguém será obrigado a permanecer
em procedimento de mediação. Art. 3o Pode ser objeto de mediação o
conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis
que admitam transação. § 1o A mediação pode versar sobre todo o conflito
ou parte dele. § 2o O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis,
mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do
Ministério Público.
III. CONSIDERANDO o que dispõe a LEI
FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre a
mediação no seu CAPÍTULO I - Subseção II - Dos Mediadores
Extrajudiciais - Art. 9o Poderá funcionar como mediador extrajudicial
qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada
para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de
Página6

conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. Art. 10.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
As partes poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos.
Parágrafo único. Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado
ou defensor público, o mediador suspenderá o procedimento, até que todas
estejam devidamente assistidas.
IV. CONSIDERANDO o que dispõe a LEI
FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre a
mediação no seu CAPÍTULO I - Subseção II - Da Mediação Extrajudicial.
Art. 21. O convite para iniciar o procedimento de mediação extrajudicial
poderá ser feito por qualquer meio de comunicação e deverá estipular o
escopo proposto para a negociação, a data e o local da primeira reunião.
Parágrafo único. O convite formulado por uma parte à outra considerar-se-á
rejeitado se não for respondido em até trinta dias da data de seu
recebimento. Art. 22. A previsão contratual de mediação deverá conter, no
mínimo: I - prazo mínimo e máximo para a realização da primeira reunião
de mediação, contado a partir da data de recebimento do convite; II - local
da primeira reunião de mediação; III - critérios de escolha do mediador ou
equipe de mediação; IV - penalidade em caso de não comparecimento da
parte convidada à primeira reunião de mediação. § 1o A previsão contratual
pode substituir a especificação dos itens acima enumerados pela indicação
de regulamento, publicado por instituição idônea prestadora de serviços de
mediação, no qual constem critérios claros para a escolha do mediador e
realização da primeira reunião de mediação. § 2o Não havendo previsão
contratual completa, deverão ser observados os seguintes critérios para a
realização da primeira reunião de mediação: I - prazo mínimo de dez dias
úteis e prazo máximo de três meses, contados a partir do recebimento do
convite; II - local adequado a uma reunião que possa envolver informações
confidenciais; III - lista de cinco nomes, informações de contato e
referências profissionais de mediadores capacitados; a parte convidada
poderá escolher, expressamente, qualquer um dos cinco mediadores e, caso
a parte convidada não se manifeste, considerar-se-á aceito o primeiro nome
da lista; IV - o não comparecimento da parte convidada à primeira reunião
de mediação acarretará a assunção por parte desta de cinquenta por cento
das custas e honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em
Página7

procedimento arbitral ou judicial posterior, que envolva o escopo da

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
mediação para a qual foi convidada. § 3o Nos litígios decorrentes de
contratos comerciais ou societários que não contenham cláusula de
mediação, o mediador extrajudicial somente cobrará por seus serviços caso
as partes decidam assinar o termo inicial de mediação e permanecer,
voluntariamente, no procedimento de mediação. Art. 23. Se, em previsão
contratual de cláusula de mediação, as partes se comprometerem a não
iniciar procedimento arbitral ou processo judicial durante certo prazo ou até
o implemento de determinada condição, o árbitro ou o juiz suspenderá o
curso da arbitragem ou da ação pelo prazo previamente acordado ou até o
implemento dessa condição. Parágrafo único. O disposto no caput não se
aplica às medidas de urgência em que o acesso ao Poder Judiciário seja
necessário para evitar o perecimento de direito. Diante da faculdade
permitida em lei, visando uma paz social, autua-se o presente expediente
nesta data, e para tanto autuamos as peças que adiante seguem, na Cidade de
Fortaleza, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018.
V. CONSIDERANDO o que dispõe a LEI
FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre a
mediação no que se refere à CONFIDENCIALIDADE - Seção IV - Da
Confidencialidade e suas Exceções. Art. 30. Toda e qualquer informação
relativa ao procedimento de mediação será confidencial em relação a
terceiros, não podendo ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial
salvo se as partes expressamente decidirem de forma diversa ou quando sua
divulgação for exigida por lei ou necessária para cumprimento de acordo
obtido pela mediação. § 1o O dever de confidencialidade aplica-se ao
mediador, às partes, a seus prepostos, advogados, assessores técnicos e a
outras pessoas de sua confiança que tenham, direta ou indiretamente,
participados do procedimento de mediação, alcançando: I - declaração,
opinião, sugestão, promessa ou proposta formulada por uma parte à outra na
busca de entendimento para o conflito; II - reconhecimento de fato por
qualquer das partes no curso do procedimento de mediação; III -
manifestação de aceitação de proposta de acordo apresentada pelo
mediador; IV - documento preparado unicamente para os fins do
procedimento de mediação. § 2o A prova apresentada em desacordo com o
Página8

disposto neste artigo não será admitida em processo arbitral ou judicial. § 3o

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Não está abrigada pela regra de confidencialidade a informação relativa à
ocorrência de crime de ação pública. § 4o A regra da confidencialidade não
afasta o dever de as pessoas discriminadas no caput prestarem informações à
administração tributária após o termo final da mediação, aplicando-se aos
seus servidores a obrigação de manterem sigilo das informações
compartilhadas nos termos do art. 198 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de
1966 - Código Tributário Nacional.
VI. CONSIDERANDO o que dispõe a LEI
FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre a
mediação no que se referem à CONFIDENCIALIDADE AS PARTES
RECLAMANTES DECIDEM QUE ESTE PROCESSO NÃO DEVE
CORRER EM SEGREDO DE JUSTIÇA, porém após a manifestação das
partes reclamadas o mediador ouvindo as reclamantes poderá decidir pela
CONFIDENCIALIDADE – OU SEGREDO DE JUSTIÇA.
VII. CONSIDERANDO o que dispõe a LEI
FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre a
mediação no que se referem à CONFIDENCIALIDADE as partes
reclamantes nos termos do Art. 31(Será confidencial a informação prestada
por uma parte em sessão privada, não podendo o mediador revelá-la às
demais, exceto se expressamente autorizado) autoriza o mediador a publicar
no sitio oficial da entidade e do processo.

Considerando finalmente o entendimento do mediador de


que: MEDIAÇÃO – PARA FINS: (...) ”Edital Convocatório 1/2018, de 6 de dezembro
de 2018. EMENTA: Dispõe sobre a convocação dos interessados para tomar ciência da
institucionalização da ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO
SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ
e dá outras providencias” Não pode ser sigilosa. E a mediação veem com fins de
prevenir conflitos de poder no futuro, razão pela “qual desde já é considerada
mediação preventiva com fins de implementar entidade associativa”.

É importante entender que os critérios adotados nesta


forma de elaborar um projeto associativo com fins de manter uma futura outorga
pública de rádio comunitária, educativa, ou outra modalidade, seguem os princípios da
Página9

Legislação Federal vigente.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Os instituidores já apontados brasileiro (a), todos no
exercício da(s) sua(s) cidadania(s) e com base no ordenamento jurídico vigente, em
particular LEI FEDERAL Nº 9.612, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 argumentam
que a entidade pretende desenvolver serviços de Radiodifusão Comunitária,
radiodifusão sonora, em frequência modulada, operada em baixa potência e cobertura
restrita, outorgada a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com
sede na localidade de prestação do serviço; a entidade deve se organizar juridicamente
para tais serviços (Serviço de Radiodifusão Comunitária)e desde já observará ao
disposto no art. 223 da Constituição, aos preceitos da Lei Federal que instituiu o serviço
e, no que couber, aos mandamentos da Lei Federal nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, e
demais disposições legais, bem como das medidas introduzidas pela Medida Provisória
nº 2.216-37, de 2001).

A associação deve primar pelos objetivos institucionais:

a) Atendimento à comunidade beneficiada pelos seus


serviços, com vistas a:

I - dar oportunidade à difusão de ideias, elementos de


cultura, tradições e hábitos sociais da comunidade;

II - oferecer mecanismos à formação e integração da


comunidade, estimulando o lazer, a cultura e o convívio
social;

III - prestar serviços de utilidade pública, integrando-se


aos serviços de defesa civil, sempre que necessário;

IV - contribuir para o aperfeiçoamento profissional nas


áreas de atuação dos jornalistas e radialistas, de
conformidade com a legislação profissional vigente;

V - permitir a capacitação dos cidadãos no exercício do


direito de expressão da forma mais acessível possível.

A associação deve observar as diretrizes desde já fixadas


quando da implantação do Serviço de Radiodifusão,
Página10

devendo atender em sua programação:

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais
e informativas em benefício do desenvolvimento geral da
comunidade;

II - promoção das atividades artísticas e jornalísticas na


comunidade e da integração dos membros da comunidade
atendida;

III - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da


família, favorecendo a integração dos membros da
comunidade atendida;

IV - não discriminação de raça, religião, sexo, preferências


sexuais, convicções político-ideológico-partidárias e
condição social nas relações comunitárias.

Quando da primeira reunião os instituidores decidiram que


inicialmente teria inicio um Procedimento Preventivo de Mediação de Interesses dos
futuros associados fundadores.

Fundamenta-se que (...) “Considerando que os associados


que subscrevem este edital decide junto a Comissão de Justiça e Cidadania, a
INSTAURAÇÃO DE UM PROCESSO DE MEDIAÇÃO PREVENTIVA para que no
presente e no futuro SE EVITE DISCUSSÕES JUDICIAIS DE TEMAS DE
INTERESSE INTERNO DA ASSOCIAÇÃO, facilitando assim as decisões jurídicas no
encaminhamento de dificuldades presente e futuras de forma extrajudicial sem traumas
para a comunidade associativa”.

Decidiram ainda que “o PROCESSO DE MEDIAÇÃO


PREVENTIVA se faz com base na legislação federal vigente que dispõe sobre a
instauração e convocação de atos para mediação, em particular a lei federal – LEI
FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre a mediação entre
particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de
conflitos no âmbito da administração pública; altera a Lei no 9.469, de 10 de julho de
1997, e o Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972; e revoga o § 2o do art. 6o da Lei
no 9.469, de 10 de julho de 1997”.
Página11

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Na data de 24 dias do mês de outubro do ano de 2018, na
sede da Comissão de Justiça e Cidadania, os membros que subscreveram o Edital
debateram as diretrizes que devem ficar no Projeto de Estatuto que segue em ANEXO
elaborado pela Assessoria Técnica de Projetos Virtuais.

Na data de 24 dias do mês de outubro do ano de 2018, na


sede da Comissão de Justiça e Cidadania, os membros que subscreveram decidiram que
os procedimentos afetos a Comissão de Justiça e Cidadania estão em curso, e que este
ato, e os demais serão privativo dos fundadores da entidade, que na data de primeiro de
dezembro elegerão seu presidente e os demais membros da diretoria.

Na data de 24 dias do mês de outubro do ano de 2018, na


sede da Comissão de Justiça e Cidadania, os membros que subscreveram o Edital
acataram “o entendimento do mediador de que: MEDIAÇÃO – NOTIFICAÇÃO E
CIÊNCIA no caso presente, bem como o convite para a sociedade de Nova Russas-
Ceará deve ser formalizado via Edital de Ciência e Convocação”.

O lapso temporal entre a publicação do Edital(na data de


sexta-feira, 9 de novembro de 2018, no link: http://wwwnovasrussas.blogspot.com/) e o
“prazo de 15 dias para que os interessados possam sugerir propostas de adequação ou
emendas ao estatuto...” termina em 24 de novembro de 2018.

A entidade “... Associação e suas bases são reguladas na


norma... Artigos Art. 40 ao Art. 61 do Código Civil... A Associação (...) é um
agrupamento de pessoas, organizado e permanente que tem como objetivo uma
finalidade não econômica. Finalmente com o presente ato jurídico (EDITAL
CONVOCATÓRIO) fica manifestada a pretensão de criar, como de fato já está criada a
associação em questão: ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO
SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ.
Quem desejar tornar-se sócio pode manifestar sua adesão para fins de admissibilidade
nos termos do estatuto a ser aprovado e registrado até 20 de dezembro do ano de dois
mil e dezoito”.

O presente termo de justificativa é parte integrante da


manifestação do mediador.
Página12

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Comparando o Brasil aos outros países, vimos que
estávamos atrasados com relação às leis que definiam as regras das telecomunicações.

Com a criação da ANATEL, houve uma modernização em


tais leis, o que possibilitou a implantação da Lei Geral de Telecomunicação (L.G.T.).

Posteriormente criou-se a lei que regulamenta o serviço de


rádio comunitária no Brasil, com a aprovação da Lei Federal número 9.612 de 1998,
surge então a oportunidade de termos no Brasil, emissoras de rádio de pequeno porte,
definidas como Rádio Comunitária (RadCom), oportunidade essa devido às dificuldades
que anteriormente haviam para se conseguir uma concessão de uma emissora em FM,
por ser um investimento de alto valor que dependia da aprovação do Congresso
Nacional e liberação de canal na cidade proposta. As concessões deste tipo de emissora
são destinadas para fundações ou associações comunitárias.

Neste momento se cria no mundo jurídico e social uma


entidade que se denominará: ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO
SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ.
E por conta uma corrida para que a entidade possa vir a ter uma concessão deste tipo de
serviço(Rádio Comunitária). Com base nas normas citadas nesta justificativa, inicia-se
este trabalho que visa implantar a rádio comunitária de nome fantasia: RÁDIO NOVA-
RUSSAS. O NOVO RUMO. Ressaltando que os fundadores podem alterar, a
recomendação do nome é uma ponta pé inicial para externar nomes. A emissora no
futuro estará localizada no Estado do Ceará, na cidade de NOVA-RUSSAS.

Do Conselho Comunitário “RADCOM” da ASSOCIAÇÃO


COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO
MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ.

No período de nove de novembro a primeiro de dezembro


ocorreram alguns encontros virtuais entre o mediador e os futuros gestores da
associação, e o mediador recomendou a criação do Conselho Comunitário da
“Radcom”. Embora não tenha ocorrido resistência entenderam os futuros gestores que
talvez este colegiado fosse complexo e não funcionaria. O mediador fez sentir aos
fundadores que o conselho em questão é uma previsão legal.
Página13

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
O Conselho Comunitário “RADCOM” da
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO
MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ é órgão autônomo de
fiscalização e encarregado de zelar pelo cumprimento das finalidades e princípios do
Serviço de Radiodifusão Comunitária estabelecidos nos artigos 3º e 4º da Lei Federal nº
9.612, de 1998. A entidade ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO
SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ,
estando autorizada a desenvolver atividade de Radiodifusão deve instituir um Conselho
Comunitário, composto por no mínimo cinco pessoas representantes de entidades
legalmente instituídas. Poderão indicar representantes para compor o Conselho
Comunitário, dentre outras, entidades de classe, beneméritas, religiosas ou de
moradores, excluída a própria executora do serviço e a Administração Pública direta e
indireta. As pessoas jurídicas e seus representantes, enquanto participantes do Conselho
Comunitário, não poderão ser associados da entidade autorizada nem poderão participar
da produção ou do financiamento de programas, ressalvados os informes pontuais à
comunidade. Cada entidade que tenha a intenção de indicar componente para o
Conselho Comunitário poderá apresentar apenas um representante, ressalvada a hipótese
de inexistir um número mínimo de entidades que queiram participar do Conselho.

Independente da vontade dos fundadores da associação, o


estatuto ou e regimento geral devem definir a competência do Conselho Comunitário.

Assim, o mediador que foi designado relator do estatuto


recomenda para a aprovação o texto da competência do Conselho na forma que segue:

Estatuto.

“Capitulo ?”

Do Conselho Comunitário “RADCOM” da ASSOCIAÇÃO


COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL
NO MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO DO
CEARÁ

Artigo. Compete ao Conselho Comunitário, no exercício de


suas funções:
Página14

I – fiscalizar a programação da emissora;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
II – solicitar ao órgão de direção da entidade autorizada
informações e esclarecimentos concernentes à gestão das
atividades, área editorial, direção da programação, dentre
outros;

III – fazer recomendações ao órgão de direção da entidade


autorizada;

IV – realizar pesquisa de satisfação ou opinião junto à


comunidade atendida;

V – receber reclamações, denúncias e elogios; e

VI – submeter ao Ministério das Comunicações e aos órgãos


de direção da entidade autorizada relatório circunstanciado
acerca da programação.

Artigo. Sempre que solicitado pelo Ministério das


Comunicações, a entidade deverá apresentar relatório
circunstanciado, elaborado pelo Conselho Comunitário,
contendo a descrição e a avaliação a respeito da grade de
programação, considerando as finalidades legais do Serviço
de Radiodifusão Comunitária.

Artigo. O Conselho Comunitário é órgão autônomo de


fiscalização e encarregado de zelar pelo cumprimento das
finalidades e princípios do Serviço de Radiodifusão
Comunitária estabelecidos nos artigos 3º e 4º da Lei Federal
nº 9.612, de 1998.
Artigo. A entidade autorizada deverá instituir um Conselho
Comunitário, composto por no mínimo cinco pessoas
representantes de entidades legalmente instituídas.
§ 1º Poderão indicar representantes para compor o Conselho
Comunitário, dentre outras, entidades de classe, beneméritas,
religiosas ou de moradores, excluída a própria executora do
serviço e a Administração Pública direta e indireta.

§ 2º As pessoas jurídicas e seus representantes, enquanto


participantes do Conselho Comunitário, não poderão ser
Página15

associados da entidade autorizada nem poderão participar da

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
produção ou do financiamento de programas, ressalvados os
informes pontuais à comunidade.

§ 3º Cada entidade que tenha a intenção de indicar


componente para o Conselho Comunitário poderá apresentar
apenas um representante, ressalvada a hipótese de inexistir
um número mínimo de entidades que queiram participar do
Conselho.

Artigo. Compete ao Conselho Comunitário, no exercício de


suas funções:
I – fiscalizar a programação da emissora;

II – solicitar ao órgão de direção da entidade autorizada


informações e esclarecimentos concernentes à gestão das
atividades, área editorial, direção da programação, dentre
outros;

III – fazer recomendações ao órgão de direção da entidade


autorizada;

IV – realizar pesquisa de satisfação ou opinião junto à


comunidade atendida;

V – receber reclamações, denúncias e elogios; e

VI – submeter ao Ministério das Comunicações e aos órgãos


de direção da entidade autorizada relatório circunstanciado
acerca da programação.

Artigo. Sempre que solicitado pelo Ministério das


Comunicações, a entidade deverá apresentar relatório
circunstanciado, elaborado pelo Conselho Comunitário,
contendo a descrição e a avaliação a respeito da grade de
programação, considerando as finalidades legais do Serviço
de Radiodifusão Comunitária.
Página16

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Fundamentação descritiva: pré-projeto
Radiocomunitária.
O presente tópico tem como principal objetivo mostrar
uma sinopse da trajetória para implantar uma rádio comunitária.

É importante afirmar que os técnicos que vão desenvolver


o projeto teórico e prático, devam conhecer com profundidade as características básicas
das Rádios Comunitárias e os aspectos regulatórios do serviço. Entendemos ainda que
deve compreender os aspectos técnicos das tecnologias relacionadas com a sua
implementação e faz uma breve incursão no futuro das emissoras de rádio a partir da
sua implementação digital.

Instrumentos de comunicação às rádios comunitárias


costumam ser objeto de bastante discussão e, apesar das controvérsias, são veículos que
utilizam de forma estratégica a radiodifusão, se objetiva nesta modalidade encaminhar
soluções de problemas locais e atuando de forma proativa e corretiva na sociedade. Em
termos de estrutura, as comunitárias diferem um pouco das rádios tradicionais.

Apenas associações e fundações comunitárias sem fins


lucrativos e com sede na localidade da prestação do serviço podem se tornar rádios
comunitárias. Dado que o objetivo dessas rádios é dar voz aos moradores da
comunidade, refletindo suas necessidades, desejos e talentos, as rádios comunitárias
devem ter programação pluralista (informação, lazer, cultura), sem censuras ou
manifestação de preconceitos de qualquer espécie, e precisam ser abertas à expressão
desses moradores. As rádios comunitárias devem ser livres, são proibidas comercializar
propagandas, mas as publicidades de apoio cultural estão liberadas.

O relator desta mediação foi escolhido por conta de sua


experimentação no assunto, tendo desenvolvido para a REDE CECU INESPEC
“cálculos concernentes ao projeto de implantação de uma emissora do serviço de
RADCOM em acordo com a Lei Federal número 9.612 de 1998 e com a Norma
complementar N° 1 de 2004”.
Página17

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Neste projeto futuro não pode ser diferente e a equipe deve
refletir “no desenvolvimento do trabalho os passos para a implantação de uma emissora
comunitária na Cidade de Nova-Russas”.

Ressalte que o prévio estudo deve compreender primeiro o


estudo de viabilidade técnica, considerando um desnível máximo do terreno de 30
metros dentro do raio de cobertura da emissora, a escolha do melhor transmissor e da
linha de transmissão de R.F. que ofereça menor perda considerando suas características
técnicas de comprimento e diâmetro, e, finalizando, a definição do sistema irradiante a
ser utilizado. O relator, que não é o projetista do projeto técnico recomenda atenção
especial ao texto da Norma Federal quando o projeto for de fato desenvolvido.
Recomendando, pois, a Lei Federal nº 9.612 de 1998, obedecendo a todos seus itens,
bem como as observações da norma complementar, do serviço de rádio comunitária Nº
1 de 2004, que regulamenta as características técnicas para implantação da emissora.

Projeto desta natureza é importante e relevante, sendo que


para exemplificar a importância deste tipo de emissora, vamos voltar no tempo, em
1997, a imprensa “Gazeta Mercantil desenvolveu uma reportagem” sobre rádios
comunitárias ilustrava o caráter das rádios comunitárias: "Uma emissora comunitária
tem como característica principal o fato de operar em via de duas mãos: ela não apenas
fala como ouve, principalmente, assegurando assim à comunidade o direito de se fazer
ouvir, em seus reclamos e em suas manifestações culturais e artísticas de natureza
local".

É importante afirmar que os técnicos que vão desenvolver


o projeto teórico e prático, devam conhecer com profundidade as características básicas
das Rádios Comunitárias e os aspectos regulatórios do serviço. Entendemos ainda que
deve compreender os aspectos técnicos das tecnologias relacionadas com a sua
implementação e faz uma breve incursão no futuro das emissoras de rádio a partir da
sua implementação digital.

As características de uma rádio comunitária.

Tecnicamente, as rádios comunitárias são serviços de


radiodifusão sonora, em frequência modulada (FM), de baixa potência (25 Watts), que
Página18

possuem cobertura restrita a um raio de 1 km a partir da antena transmissora (a

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
depender do ambiente de propagação e mantidas as características técnicas da
autorização, o sinal eletromagnético pode ter um nível adequado para recepção além dos
limites da cobertura restrita, conforme consta na Portaria nº 4334, de 17 de setembro de
2015).

As características da Portaria nº 4334, de 17 de setembro de 2015.

A Portaria visa regulamentar as disposições relativas ao


Serviço de Radiodifusão Comunitária, instituído pela Lei Federal nº 9.612, de 19 de
fevereiro de 1998. Denomina-se Serviço de Radiodifusão Comunitária a radiodifusão
sonora, em frequência modulada, operada em baixa potência e cobertura restrita,
outorgada a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na
localidade de prestação do serviço. A Portaria regerá a relação jurídica entre o
Ministério das Comunicações e as entidades interessadas em obter autorização ou que já
prestem o Serviço de Radiodifusão Comunitária. A relação jurídica terá início com o
protocolo do pedido de outorga e terminará com a extinção do processo administrativo
ou da autorização, sem prejuízo de eventual apuração de infração. Todos os processos
regidos por essa Portaria são públicos, sendo livre a vista deles a qualquer pessoa,
observadas as disposições da Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
Deverão ser sanadas todas as irregularidades meramente formais, entendidas como
aquelas a a Portaria, o Decreto nº 2.615, de 1998, ou a Lei nº 9.612, de 1998, não
cominem inabilitação ou indeferimento. As entidades credenciadas para a utilização do
Sistema Eletrônico de Informações – SEI - serão notificadas por meio eletrônico, na
forma prevista na regulamentação. No caso de entidades não credenciadas na forma do
caput, a comunicação dos atos se dará na forma prevista pela Lei Federal nº 9.784, de
29 de janeiro de 1999. Os documentos solicitados poderão ser apresentados em cópia
simples. Havendo dúvida fundada quanto à sua autenticidade, o Ministério das
Comunicações poderá solicitar a apresentação do documento original ou de cópia
autenticada. Não será exigida prova de fato já comprovada pela apresentação de outro
documento válido. Documentos comprobatórios que constem em base de dados oficial
da administração pública federal serão obtidos diretamente pelo Ministério das
Comunicações. Serão aceitos requerimentos apresentados em desconformidade com os
modelos previstos nesta Portaria, desde que contenham todas as informações essenciais
Página19

constantes do respectivo formulário padrão. Para os fins da Portaria, considera-se:

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
I – Entidade interessada: a associação civil ou fundação
que pretende obter autorização para prestar o Serviço de
Radiodifusão Comunitária;

II – Caráter comunitário: o conjunto de características


da entidade que, dando cumprimento ao que determina a
normatização aplicável ao Serviço de Radiodifusão
Comunitária, assegura a participação democrática e
isonômica dos associados nos foros de deliberação,
inclusive mediante a garantia ampla de direito de voz e
voto, da possibilidade de ingresso de novos associados e
da alternância dos membros de seu corpo diretivo;

III – Vínculo: a manutenção ou o estabelecimento de


qualquer ligação que subordine ou sujeite a entidade,
inclusive por meio de seus dirigentes, à gerência, à
administração, ao domínio, ao comando ou à orientação
de outrem, em especial mediante compromissos ou
relações financeiras, religiosas, familiares, político-
partidárias ou comerciais;

IV – Proselitismo: todo empenho ativista que, por meio da


programação da emissora comunitária, objetive conseguir
adeptos para uma doutrina, filosofia, religião ou
ideologia;

V – Concorrência: a relação que se estabelece entre


entidades concorrentes, tidas como todas as interessadas
cujos processos possam influir ou ser influenciados
mutuamente em razão da proximidade entre os sistemas
irradiantes, sendo de duas espécies:

a) Direta: quando os sistemas irradiantes distem menos de


4 (quatro) quilômetros; e
Página20

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
b) Indireta: quando entidades que não concorram
diretamente tenham pelo menos uma concorrente direta
em comum;

VI – Cessão: o ato que, sem necessidade de instrumento


formal, transfere a titularidade da emissora ou de
horários da programação de modo definitivo;

VII – Arrendamento: o ato que, sem necessidade de


instrumento formal, transfere o uso e gozo da emissora ou
de horários da programação sem transferência da
titularidade;

VIII – Cobertura restrita: a área compreendida pela


circunferência de raio igual ou inferior a 1.000 (mil)
metros (em cujo centro está) esteja situada à antena
transmissora.

A depender do ambiente de propagação e mantidas as


características técnicas da autorização, o sinal eletromagnético pode ter um nível
adequado para recepção além dos limites da cobertura restrita.

Introdução ao processo de a habilitação para o serviço.

Para que uma fundação ou associação possa realizar o


serviço de transmissão de uma rádio comunitária, ela precisa, antes de tudo, ter em seu
estatuto o objetivo de “executar o Serviço de Radiodifusão Comunitária”.

As entidades interessadas deverão acessar no site do


Ministério das Comunicações: http://www.mcti.gov.br/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost, o

formulário específico que evidencia o interesse em instalar uma rádio comunitária.

Deve ainda observar os termos da Portaria Federal nº


4334, de 17 de setembro de 2015. Observação: Este texto não substitui o publicado no
DOU de 21/9/2015.

CAPÍTULO II
Página21

DO PROCESSO DE OUTORGA

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Seção I

Das Fases da Seleção Pública

Art. 8º O processo de outorga de autorização para prestar o


Serviço de Radiodifusão Comunitária obedecerá às seguintes
fases:

I – publicação do edital;

II – habilitação;

III – seleção da entidade com maior representatividade;

IV – instrução do processo selecionado; e

V – procedimentos para finalizar a outorga de autorização.

Art. 9º A seleção pública obedecerá aos seguintes princípios:

I – isonomia, vinculação ao edital e julgamento objetivo;

II – presunção de boa-fé;

III – duração razoável do processo administrativo;

IV – adoção de formas simples, suficientes para propiciar


adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos
dos administrados;

V – racionalização de métodos e padronização de


procedimentos;

VI – eliminação de exigências desproporcionais ou cujo custo


econômico ou social seja superior ao risco envolvido; e

VII – interpretação da norma administrativa da forma que


melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige,
vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

Seção II

Do Cadastro de Demonstração de Interesse


Página22

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 10. O Cadastro de Demonstração de Interesse – CDI - é o
instrumento pelo qual a entidade demonstra ao Ministério das
Comunicações interesse na publicação de edital de seleção
pública para localidade específica.

§ 1º O objetivo do CDI é, exclusivamente, o de identificar a


demanda por outorgas e fornecer subsídios para a elaboração
do Plano Nacional de Outorgas – PNO -, não gerando direito à
autorização ou ao funcionamento de estação de rádio
comunitária.

§ 2º A publicação de editais com o fim de atender ao CDI fica


sujeita à análise de conveniência e oportunidade do Ministério
das Comunicações.

§ 3º A apresentação de CDI não dá início ao processo de


outorga, não confere direito de preferência e não dispensa a
entidade interessada de atender ao edital nas condições e
prazos estabelecidos.

Art. 11. O CDI deverá ser apresentado mediante a utilização do


formulário padronizado (Anexo 1), disponível no sítio
eletrônico do Ministério das Comunicações, e deverá ser
entregue preferencialmente por meio eletrônico.

Art. 12. O CDI não será registrado pelo Ministério das


Comunicações quando:

I – for formulado por pessoa física ou por pessoa jurídica que


não seja associação civil ou fundação;

II – o local proposto para instalação do sistema irradiante:

a) estiver a uma distância inferior a 4 (quatro) quilômetros do


sistema irradiante de uma entidade autorizada a prestar o
Serviço de Radiodifusão Comunitária no mesmo Município;

b) se encontrar em área que não atenda a qualquer


comunidade; ou
Página23

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
c) estiver fora do limite geográfico do Município para onde
estiver sendo solicitada a outorga;

III – for ininteligível;

IV – apresentar incorreções quanto ao CNPJ, ao endereço


pretendido para instalação do sistema irradiante ou à
assinatura do representante legal da entidade.

Parágrafo único. A existência de processo de outorga em


andamento para a localidade não é óbice ao registro do CDI.

Art. 13. Da decisão que nega o registro do CDI não cabe


recurso.

Art. 14. As entidades que não lograrem o registro poderão


apresentar novo CDI a qualquer tempo.

Art. 15. O Ministério das Comunicações disponibilizará na


internet uma listagem dos Municípios com CDI registrado, mas
ainda não atendido.

Procedimentos junto ao Ministério das Comunicações.

O formulário completo deve ser remetido para o


Ministério das Comunicações por carta registrada. Será despachada uma declaração às
entidades requerentes sobre o número de seu processo. Restará, então, aguardar o
resultado, que será publicado no Diário Oficial da União (DOU), na seção “Avisos de
Habilitação”. Se o município das entidades requerentes estiver na relação, essas deverão
apresentar, no prazo estipulado, os documentos pedidos.

Habilitação para a prestação do Serviço: RADIODIFUSÃO


COMUNITÁRIA.

Para o primeiro passo necessário à habilitação de


emissoras de radiodifusão comunitária, as entidades competentes para pleitear tal
Serviço, associações comunitárias e fundações também com essa finalidade, ambas sem
fins lucrativos, deverão fazer constar em seus respectivos estatutos o objetivo "executar
Página24

o Serviço de Radiodifusão Comunitária". Depois dessa providência, deverão as


interessadas retirar da página na Internet do Ministério das Comunicações o "formulário

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
de demonstração de interessa em instalar rádio comunitária" no seguinte endereço:
http://www.mc.gov.br/rc/formularios/rc_anexo01_requerimento.pdf.

Esse formulário deve ser preenchido e enviado para o


seguinte endereço, por via postal, em carta registrada:

Ministério das Comunicações.

Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica.

Departamento de Outorga de Serviços.

Esplanada dos Ministérios, Bloco R, Anexo, Sala 300 - Ala Oeste

CEP: 70044-900.

Brasília – DF.

Após a efetivação do cadastro da interessada junto ao


Ministério das Comunicações, a partir do recebimento do "formulário de demonstração
de interesse em instalar rádio comunitária", será enviado um comunicado à requerente,
com o intuito de informá-la acerca do número do seu respectivo processo. A partir daí, a
interessada deverá aguardar a publicação no Diário Oficial da União dos "Avisos de
Habilitação", nos quais haverá uma lista de municípios habilitados à prestação do
Serviço de Radiodifusão Comunitária. Caso o Município da interessada esteja na lista,
ela deverá apresentar ao seu processo os seguintes documentos, dentro do prazo
estabelecido:

I. Estatuto da entidade, devidamente registrado;


II. Ata da constituição da entidade;
III. Ata da eleição dos dirigentes, devidamente registrada;
IV. Prova de que seus diretores são brasileiros natos ou naturalizados há mais de
10 anos;
V. Comprovação da maioridade dos diretores;
VI. Declaração assinada de cada diretor, comprometendo-se ao fiel cumprimento
das normas estabelecidas para o Serviço;
VII. Manifestação em apoio à iniciativa, formulada por entidades associativas e
Página25

comunitárias, legalmente constituídas e sediadas na área pretendida para a

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
prestação do Serviço, e firmada por pessoas naturais ou jurídicas que tenham
residência, domicílio ou sede nessa área.

Depois de recebidos o documento de todas as entidades


candidata a prestarem o Serviço de Radiodifusão Comunitária na localidade, o
Ministério das Comunicações irá iniciar a análise dos processos.

Do processo de escolha da entidade vencedora.

Os profissionais da Secretaria de Serviços de


Comunicação Eletrônica (SSCE) conferem se houve o cumprimento das exigências
legais por parte das entidades interessadas em prestar o Serviço de Radiodifusão
Comunitária. Caso exista apenas uma entidade com processo regular, o Ministério
comunica ao requerente para que este encaminhe o projeto técnico da estação. Já para as
localidades com mais de uma interessada em situação regular, caso não exista a
possibilidade técnica de coexistência dessas emissoras, a SSCE propõe a associação
entre as interessadas. Se não houver acordo, utiliza-se o critério da representatividade,
que consiste na escolha da requerente que tiver mais manifestações de apoio da
comunidade. Caso haja empate no caso da utilização desse último critério, o Ministério
realizará um sorteio para escolher a entidade vencedora.

Vamos teorizar uma situação especifica.

A RÁDIO DA ENTIDADE ASSOCIAÇÃO


COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE
NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ FOI AUTORIZADA A FUNCIONAR. Ela
pode imediatamente entrar no ar? Resposta é Não.

Somente após a análise do Congresso Nacional e a


publicação de um Decreto Legislativo, as rádios comunitárias recebem uma licença
definitiva de funcionamento. Contudo, desde a publicação da Medida Provisória 2.143,
o Ministério das Comunicações pode emitir uma licença provisória para funcionamento
das rádios comunitárias se o Congresso não avaliar o respectivo processo dentro do
prazo de 90 dias contado a partir da data do recebimento dos autos. Transcorrido esse
prazo, a entidade deverá requerer ao MC a emissão da licença provisória. Antes, porém,
Página26

será formalizado um Termo de Operação entre a entidade e o ministério.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Da programação da RÁDIO COMUNITÁRIA.

A programação diária de uma rádio comunitária deve


conter informação, lazer, manifestações culturais, artísticas, folclóricas e tudo aquilo
que possa contribuir para o desenvolvimento da comunidade, sem discriminação de
raça, religião, sexo, convicções político-partidárias e condições sociais. A programação
deve respeitar sempre os valores éticos e sociais da pessoa e da família, prestar serviços
de utilidade pública e contribuir para o aperfeiçoamento profissional nas áreas de
atuação dos jornalistas e radialistas. Além disso, qualquer cidadão da comunidade
beneficiada terá o direito de emitir opiniões sobre quaisquer assuntos abordados na
programação da emissora, bem como manifestar ideias, propostas, sugestões,
reclamações ou reivindicações.

Das publicidades nas RÁDIOS COMUNITÁRIAS.

As prestadoras do Serviço de Radiodifusão Comunitária


podem transmitir patrocínio sob a forma de apoio cultural, desde que restritos aos
estabelecimentos situados na área da comunidade atendida. Entende-se por apoio
cultural o pagamento dos custos relativos à transmissão da programação ou de um
programa específico, sendo permitida, por parte da emissora que recebe o apoio, apenas
veicular mensagens institucionais da entidade apoiadora, sem qualquer menção aos seus
produtos ou serviços.

O que não é licito transmitir em RÁDIO COMUNITÁRIA.

É proibido a uma rádio comunitária utilizar a programação


de qualquer outra emissora simultaneamente, a não ser quando houver expressado
determinação do Governo Federal. Não poderá ela, também, em hipótese alguma:
veicular qualquer tipo de defesa de doutrinas, ideias ou sistemas sectários; e inserir
propaganda comercial, a não ser sob a forma de apoio cultural, de estabelecimentos
localizados na sua área de cobertura.
Página27

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Da frequência da RÁDIO COMUNITÁRIA.

A Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL)


definirá uma frequência para ser utilizada pelas emissoras prestadoras do Serviço de
Radiodifusão Comunitária em todo o País. Em caso de impossibilidade técnica quanto
ao uso desse canal em determinada região, a ANATEL designará um canal alternativo,
que pode variar de 88 a 108 Mhz, em FM.

Portanto se recomenda a ENTIDADE ASSOCIAÇÃO


COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE
NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ FOI AUTORIZADA A FUNCIONAR, que
antes de adquirir os equipamentos para a sua futura Rádio Comunitária, observe antes
no Plano Básico de Distribuição de Canais, qual a frequência indicada para o município
de Nova-Russas -Ceará.

Tempo de validade da autorização para EXPLORAÇÃO DE SERVIÇOS


NA MODALIDADE RÁDIO COMUNITÁRIA.

A Lei Federal 9.612 previa que a cada autorização para a


execução do Serviço de Radiodifusão Comunitária teria validade de 3 anos. Contudo, a
Lei Federal número 10.597, de 2002, ampliou esse prazo de 3 para 10 anos, renováveis
por iguais períodos, se cumpridas as exigências legais vigentes.

Atenção para as restrições na concessão com fins de PRESTAR O


SERVIÇO DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA.

Apenas associações e fundações comunitárias que tenham


esse objetivo em seus respectivos estatutos. A cada entidade será outorgada apenas uma
autorização para a execução do Serviço de Radiodifusão Comunitária. Não podem obter
essa outorga entidade prestadora de qualquer outra modalidade de serviço de
radiodifusão ou entidade que tenha como integrantes de seus quadros de sócios e
administradores pessoas que, nestas condições, participem de outra entidade detentora
de outorga para a exploração de qualquer dos serviços mencionados.
Página28

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
A avaliação da documentação e do cumprimento das exigências

O Ministério das Comunicações avaliará a documentação


de todas as entidades concorrentes, conferindo o cumprimento de todas as exigências.
Quando há somente uma candidata regular, exige-se o encaminhamento de seu projeto
técnico. Se existir mais de uma entidade regular, e não for possível a existência de mais
de uma emissora no local, o Serviço de Radiodifusão proporá a associação entre elas. Se
isso não for plausível, a entidade com mais manifestações de apoio será a vencedora. Se
ainda assim houver empate, um sorteio definirá o resultado. O funcionamento da rádio
vencedora só acontecerá depois que o Congresso Nacional analisar e publicar um
decreto legislativo, emitindo a licença definitiva para operar. A partir da data de
autorização de funcionamento como rádio comunitária, a habilitação tem validade de 10
anos (conforme a Lei nº 10.597/2002), e pode ser renovada.

Como deve ser a aquisição dos equipamentos?

Depois de autorizada, é preciso realizar a montagem física


da emissora. Para isso, são necessários equipamentos de radiodifusão, microfones,
transmissores, cabines etc. Para garantir o funcionamento dos equipamentos e evitar
surpresas, é melhor não comprar artigos importados, mas buscar no mercado nacional.

Especialmente no caso do transmissor, é importante que


ele seja homologado pela Anatel. Uma opção mais viável, principalmente para as
associações menores, é adquirir produtos financiados ou usados, até que a rádio gere
renda suficiente para comprar novos.

Recomenda-se a ENTIDADE ASSOCIAÇÃO


COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE
NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ os equipamentos essenciais: o transmissor, o
gerador de estéreo, uma mesa de áudio e microfones. Um computador com uma boa
placa de áudio vai permitir a informatização da rádio, dispensando a maior parte dos
equipamentos analógicos e também possibilitando que a rádio invista em outras formas
de interação com os ouvintes, por exemplo, por uma página no Facebook, com
streamings de vídeo, leitura de comentários ao vivo etc.
Página29

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Acreditamos que com aproximadamente R$ 5 mil reais é
possível montar uma rádio comunitária com equipamentos de qualidade. Para isso, basta
fazer um planejamento eficaz, com pesquisas de preço, avaliação de financiamentos e
busca de patrocínios culturais.

O local ideal para a Rádio Comunitária.

Recomenda-se a ENTIDADE ASSOCIAÇÃO


COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE
NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ analisar com prudência o local da sede da
rádio como um fator central, pois uma boa localização vai garantir a qualidade do sinal
e maior cobertura da área.

A topografia é um aspecto importante para se levar em


conta, porque ela afeta totalmente o alcance dos sinais. Se for possível, escolha um local
mais no alto para instalar o estúdio, o transmissor e a antena. Lembre-se que a antena
deve ter a altura máxima de 30 metros e morros, prédios, serras, muros podem ser
obstáculos para a propagação do sinal.

Além disso, a ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE


RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS –
ESTADO DO CEARÁ, tenha em mente que o estúdio tem equipamentos caros, que
podem atrair a atenção de ladrões. Por isso é preciso escolher também um local seguro.
Nesse sentido, o imóvel deverá ter portões fortes e janelas protegidas com grades.

Da programação.

Na hora de montar a programação da rádio, é preciso se


fazer algumas perguntas. Por exemplo, qual será o horário de funcionamento da
emissora? De madrugada terá algum locutor para apresentar programas específicos? Se
não, é possível preencher esse tempo com músicas ou reprises de programas já
gravados?

Durante o dia, é importante balancear as doses de


informação, músicas e programas exclusivos. É aconselhável que se tenha pelo menos
três momentos por dia para as notícias, nas quais se devem equilibrar as novidades no
Página30

plano nacional, municipal e também da própria comunidade.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Na hora das músicas, que tal dar oportunidade para os
músicos locais ter suas canções tocadas no rádio?

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO


SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ
a nosso ver, deve sempre convidar artistas da comunidade a levarem suas músicas, e se
for possível, por que não chamá-los para uma entrevista?

Pense nos interesses diversos da comunidade: nos projetos


que estão acontecendo e muitas vezes também não tem verba para divulgação, nos
diferentes talentos dos moradores que podem ser aproveitados como pauta ou até para
que tenham seu próprio programa.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO


SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ
deve ser criativa: a programação da rádio deverá ser voltada para a comunidade, de
forma que os moradores não escutem as mesmas coisas — mesmas músicas, mesmas
notícias, mesmas chamadas — que nas rádios comerciais mais conhecidas.

Captação de Recursos para operar.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO


SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ,
deve logo nos primeiros ter uma receita que possa garantir meses ou até anos de
funcionamento, é comum que as rádios comunitárias enfrentem dificuldades financeiras.
Uma das opções para driblar esses impedimentos é o apoio cultural, que pode ser
solicitado desde que a emissora se situe na mesma área da comunidade acolhida.

Infelizmente, muitas rádios comunitárias não conseguem


esses apoios e, por falta de capital, param de funcionar. Uma forma de lidar com isso
pode ser justamente a relação com a comunidade: se os moradores acreditarem que a
rádio está fazendo um trabalho importante naquela região, é possível que as pessoas
estejam mais propícias a colaborar com a rádio.

A verdade é que criar e manter uma rádio comunitária não


é um trabalho fácil. É preciso ter paciência, ser diferente do resto das emissoras e
Página31

persistir para que ela funcione e chegue aos ouvidos dos moradores.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
ANEXOS

ANEXO I - Das Leis Federais.


Observação: ADIN - TEXTO INTEGRAL - AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE (Med. Liminar) - 2566.

Origem: DISTRITO FEDERAL Entrada no STF: 19/11/2001

Relator: MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES Distribuído: 20011119

Partes:Requerente: PARTIDO LIBERAL - PL ( CF 103 , VIII )

Requerido :PRESIDENTE DA REPÚBLICA, CONGRESSO NACIONAL

Dispositivo Legal Questionado: Art. 004 º , parágrafo 001 º , da Lei n º 9612 , de


19 de

fevereiro de 1998. Lei nº 9612, de 19 de fevereiro de 1998. Institui o Serviço de


Radiodifusão. Comunitária e dá outras providências.

Art. 004 º - As emissoras do Serviço de Radiodifusão Comunitária atenderão , em sua


programação , aos seguintes princípios: ( . . . ) § 001 ° - É vedado o proselitismo de
qualquer natureza na programação das emissoras de radiodifusão comunitária.
Fundamentação Constitucional: - Art. 005 º , 0IV , 0VI e 0IX - Art. 220.

Resultado da Liminar: Indeferida.

Decisão Plenária da Liminar. O Tribunal, por maioria de votos, indeferiu a


medida acauteladora, vencidos os Senhores Ministros Celso de Mello e o
Presidente, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausentes, justificadamente, os
Senhores Ministros Ilmar Galvão e Carlos Velloso. - Plenário, 22.05.2002. - Acórdão,
DJ 27.02.2004. Data de Julgamento Plenário da Liminar. Plenário. Data de
Publicação da Liminar. Acórdão, DJ 27.02.2004. Resultado Final. Procedente. Decisão
Final. Retirado de pauta ante a aposentadoria do Ministro Cezar Peluso (Relator).
Ausentes, nesta assentada, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim.
Página32

Barbosa. Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. - Plenário, 12.09.2012. O

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Tribunal, por maioria , vencidos os Ministros Alexandre de Moraes ( Relator ) e
Luiz Fux , julgou procedente a ação , para declarar a inconstitucionalidade do §
1º do art. 4º da Lei 9.612/1998 . Redator para o acórdão o Ministro Edson Fachin.
Ausente, justificadamente , o Ministro Dias Toffoli, em face de participação, na
qualidade de representante do Supremo Tribunal Federal, no VIII Fórum Jurídico
Internacional de São Petersburgo , a realizar-se na Rússia. Impedido o Ministro
Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia. - Plenário,
16.5.2018. - Acórdão, DJ 23.10.2018. Data de Julgamento Final. Plenário. Data de
Publicação da Decisão Final. Acórdão, DJ 23.10.2018.

Ementa:

- DIREITO CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE


DO PARÁGRAFO 1º DO ARTIGO 4º DA LEI Nº 9.612, DE 19 DE FEVEREIRO DE
1988, QUE DIZ: “§ 1º - É VEDADO O PROSELITISMO DE QUALQUER NATUREZA
NA PROGRAMAÇÃO DAS EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA".
ALEGAÇÃO DE QUE TAL NORMA INFRINGE O DISPOSTO NOS ARTIGOS 5º,
INCISOS VI, IX, E 220 E SEGUINTES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

MEDIDA CAUTELAR.

1. Para bem se conhecer o significado que a norma impugnada adotou,ao vedar o


proselitismo de qualquer natureza, nas emissoras de radiodifusão comunitária, é
preciso conhecer todo o texto da Lei em que se insere.

2. Na verdade, o dispositivo visou apenas a evitar o desvirtuamento da radiodifusão


comunitária, usada para fins a ela estranhos, tanto que, ao tratar de sua programação,
os demais artigos da lei lhe permitiram a maior amplitude e liberdade, compatíveis com
suas finalidades.

3. Quis, portanto, o artigo atacado, tão-somente, afastar o uso desse meio de


comunicação como instrumento, por exemplo, de pregação político-partidária,
religiosa, de promoção pessoal, com fins eleitorais, ou mesmo certos sectarismos e
partidarismos de qualquer ordem.

4. Ademais, não se pode esquecer que não há direitos absolutos, ilimitados e


Página33

ilimitáveis.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
5. Caberá, então, ao intérprete dos fatos e da norma, no contexto global em que se
insere, no exame de casos concretos, no controle difuso de constitucionalidade e
legalidade, nas instâncias próprias, verificar se ocorreu, ou não, com o proselitismo,
desvirtuamento das finalidades da lei. Por esse modo, poderão ser coibidos os abusos,
tanto os das emissoras, quanto os do Poder Público e seus agentes. 6. Com essas
ponderações se chega ao indeferimento da medida cautelar, para que, no final, ao
ensejo do julgamento do mérito, mediante exame mais aprofundado, se declare a
constitucionalidade, ou inconstitucionalidade, da norma em questão.

7. Essa solução evita que, com sua suspensão cautelar, se conclua que todo e qualquer
proselitismo, sectarismo ou partidarismo é tolerado, por mais facciosa e tendenciosa
que seja a pregação, por maior que seja o favorecimento que nela se encontre.

- Mérito.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.

DIREITO CONSTITUCIONAL. LEI N. 9.612/98. RÁDIODIFUSÃO

COMUNITÁRIA. PROBIÇÃO DO PROSELITISMO.

INCONSTITUCIONALIDADE. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO DIRETA.

1. A liberdade de expressão representa tanto o direito de não ser arbitrariamente


privado ou impedido de manifestar seu próprio pensamento quanto o direito coletivo de
receber informações e de conhecer a expressão do pensamento alheio.

2. Por ser um instrumento para a garantia de outros direitos, a jurisprudência do


Supremo Tribunal Federal reconhece a primazia da liberdade de expressão.

3. A liberdade religiosa não é exercível apenas em privado, mas também no espaço


público, e inclui o direito de tentar convencer os outros, por meio do ensinamento, a
mudar de religião. O discurso proselitista é, pois, inerente à liberdade de expressão
religiosa.

Precedentes.

4. A liberdade política pressupõe a livre manifestação do pensamento e a formulação


Página34

de discurso persuasivo e o uso dos argumentos críticos. Consenso e debate público

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
informado pressupõem a livre troca de ideias e não apenas a divulgação de
informações.

5. O artigo 220 da Constituição Federal expressamente consagra a liberdade de


expressão sob qualquer forma, processo ou veículo, hipótese que inclui o serviço de
radiodifusão comunitária.

6. Viola a Constituição Federal a proibição de veiculação de discurso proselitista em


serviço de radiodifusão comunitária.

7. Ação direta julgada procedente.

Indexação. LEI FEDERAL. Fim do Documento.

http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=256
6&processo=2566

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 9.612, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998

Regulamento Institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária e dá


outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional


decreta eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Denomina-se Serviço de Radiodifusão Comunitária a radiodifusão sonora,


em freqüência modulada, operada em baixa potência e cobertura restrita, outorgada a
fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de
prestação do serviço.

§ 1º Entende-se por baixa potência o serviço de radiodifusão prestado a


comunidade, com potência limitada a um máximo de 25 watts ERP e altura do sistema
irradiante não superior a trinta metros.
Página35

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 2º Entende-se por cobertura restrita aquela destinada ao atendimento de
determinada comunidade de um bairro e/ou vila.

Art. 2º O Serviço de Radiodifusão Comunitária obedecerá aos preceitos desta Lei


e, no que couber, aos mandamentos da Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962,
modificada pelo Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967, e demais disposições
legais.
Parágrafo único. O Serviço de Radiodifusão Comunitária obedecerá ao disposto
no art. 223 da Constituição Federal.
Art. 2o O Serviço de Radiodifusão Comunitária obedecerá ao disposto no art. 223
da Constituição, aos preceitos desta Lei e, no que couber, aos mandamentos da Lei nº
4.117, de 27 de agosto de 1962, e demais disposições legais. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.143-32, de 2001)
Parágrafo único. Autorizada a execução do serviço, o Poder Concedente expedirá
licença de funcionamento, em caráter provisório, que perdurará até a apreciação do ato
de outorga pelo Congresso Nacional. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.143-
32, de 2001)

Art. 2o O Serviço de Radiodifusão Comunitária obedecerá ao disposto no art. 223


da Constituição, aos preceitos desta Lei e, no que couber, aos mandamentos da Lei nº
4.117, de 27 de agosto de 1962, e demais disposições legais. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

Parágrafo único. Autorizada a execução do serviço e, transcorrido o prazo


previsto no art. 64, §§ 2o e 4o da Constituição, sem apreciação do Congresso Nacional, o
Poder Concedente expedirá autorização de operação, em caráter provisório, que
perdurará até a apreciação do ato de outorga pelo Congresso Nacional. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

Art. 3º O Serviço de Radiodifusão Comunitária tem por finalidade o atendimento


à comunidade beneficiada, com vistas a:

I - dar oportunidade à difusão de idéias, elementos de cultura, tradições e hábitos


sociais da comunidade;
Página36

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
II - oferecer mecanismos à formação e integração da comunidade, estimulando o
lazer, a cultura e o convívio social;

III - prestar serviços de utilidade pública, integrando-se aos serviços de defesa


civil, sempre que necessário;

IV - contribuir para o aperfeiçoamento profissional nas áreas de atuação dos


jornalistas e radialistas, de conformidade com a legislação profissional vigente;

V - permitir a capacitação dos cidadãos no exercício do direito de expressão da


forma mais acessível possível.

Art. 4º As emissoras do Serviço de Radiodifusão Comunitária atenderão, em sua


programação, aos seguintes princípios:

I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas em


benefício do desenvolvimento geral da comunidade;

II - promoção das atividades artísticas e jornalísticas na comunidade e da


integração dos membros da comunidade atendida;

III - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família, favorecendo a


integração dos membros da comunidade atendida;

IV - não discriminação de raça, religião, sexo, preferências sexuais, convicções


político-ideológico-partidárias e condição social nas relações comunitárias.

§ 1º É vedado o proselitismo de qualquer natureza na programação das emissoras


de radiodifusão comunitária. (Vide ADIN Nº 2566)

§ 2º As programações opinativa e informativa observarão os princípios da


pluralidade de opinião e de versão simultâneas em matérias polêmicas, divulgando,
sempre, as diferentes interpretações relativas aos fatos noticiados.

§ 3º Qualquer cidadão da comunidade beneficiada terá direito a emitir opiniões


sobre quaisquer assuntos abordados na programação da emissora, bem como manifestar
Página37

idéias, propostas, sugestões, reclamações ou reivindicações, devendo observar apenas o

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
momento adequado da programação para fazê-lo, mediante pedido encaminhado à
Direção responsável pela Rádio Comunitária.

Art. 5º O Poder Concedente designará, em nível nacional, para utilização do


Serviço de Radiodifusão Comunitária, um único e específico canal na faixa de
freqüência do serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada.

Parágrafo único. Em caso de manifesta impossibilidade técnica quanto ao uso


desse canal em determinada região, será indicado, em substituição, canal alternativo,
para utilização exclusiva nessa região.

Art. 6º Compete ao Poder Concedente outorgar à entidade interessada autorização


para exploração do Serviço de Radiodifusão Comunitária, observados os procedimentos
estabelecidos nesta Lei e normas reguladoras das condições de exploração do Serviço.

Parágrafo único. A outorga terá validade de três anos, permitida a renovação por
igual período, se cumpridas as exigências desta Lei e demais disposições legais
vigentes.

Parágrafo único. A outorga terá validade de dez anos, permitida a renovação por
igual período, se cumpridas as exigências desta Lei e demais disposições legais
vigentes. (Redação dada pela Lei nº 10.597, de 2002)

Art. 6o-A. A entidade autorizada a prestar serviços de radiodifusão comunitária


que desejar a renovação da outorga deverá dirigir requerimento para tal finalidade ao
Poder Concedente entre os doze e os dois meses anteriores ao término da vigência da
outorga. (Incluído pela Lei nº 13.424, de 2017)

§ 1o Caso expire a outorga de radiodifusão sem decisão sobre o pedido de


renovação, o serviço poderá ser mantido em funcionamento em caráter precário.
(Incluído pela Lei nº 13.424, de 2017)

§ 2o A autorizada com funcionamento em caráter precário mantém todos os seus


deveres e direitos decorrentes da prestação do serviço. (Incluído pela Lei nº 13.424,
de 2017)
Página38

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 3o Não havendo solicitação de renovação da outorga no prazo previsto
no caput deste artigo e não havendo resposta tempestiva à notificação prevista no art.
6o-B, o Poder Concedente aplicará a perempção, nos termos da legislação
vigente. (Incluído pela Lei nº 13.424, de 2017)

Art. 6o-B. A autorizada de serviço de radiodifusão comunitária que não


apresentar o pedido de renovação de outorga no prazo previsto no caput do art. 6o-A
será notificada pelo Poder Concedente, a partir do penúltimo mês da vigência da
outorga, para que se manifeste em tal sentido, sendo-lhe concedido o prazo de trinta dias
para resposta. (Incluído pela Lei nº 13.424, de 2017)

§ 1o Caso expire a outorga de radiodifusão sem o recebimento da notificação pela


entidade ou sem decisão sobre o pedido de renovação, o serviço poderá ser mantido em
funcionamento em caráter precário. (Incluído pela Lei nº 13.424, de 2017)

§ 2o A autorizada com funcionamento em caráter precário mantém todos os seus


deveres e direitos decorrentes da prestação do serviço. (Incluído pela Lei nº 13.424,
de 2017)

§ 3o Na hipótese prevista no caput deste artigo, em caso de resposta solicitando a


renovação da outorga, a autorizada sujeitar-se-á à sanção de multa enquadrada como
infração média, segundo as regras do art. 59 da Lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962.
(Incluído pela Lei nº 13.424, de 2017)

§ 4o A aplicação da sanção prevista no § 3o não será elidida caso a autorizada


apresente requerimento de renovação antes de receber a notificação. (Incluído pela
Lei nº 13.424, de 2017)

§ 5o Não havendo resposta à notificação de renovação da outorga, ou sendo


intempestiva a resposta, o Poder Concedente aplicará a perempção, nos termos da
legislação vigente. (Incluído pela Lei nº 13.424, de 2017)

§ 6o Os pedidos intempestivos de renovação de autorização de serviços de


radiodifusão comunitária protocolizados ou postados até a data de publicação desta Lei
serão conhecidos pelo órgão competente do Poder Executivo, que dará prosseguimento
Página39

aos processos e avaliará a sua conformidade com os demais requisitos previstos na


legislação em vigor. (Incluído pela Lei nº 13.424, de 2017)

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 7o Também será dado prosseguimento aos processos de renovação de outorga
de entidades que, por terem apresentado seus pedidos de renovação intempestivamente,
tiveram suas outorgas declaradas peremptas, desde que o ato não tenha sido aprovado
pelo Congresso Nacional até a data de promulgação desta Lei. (Incluído pela Lei nº
13.424, de 2017)

§ 8o As entidades que se encontram com a autorização vencida e que não


apresentaram nenhum requerimento de renovação, terão o prazo de sessenta dias para
encaminhá-lo, contados da data de publicação desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.424,
de 2017)

Art. 7º São competentes para explorar o Serviço de Radiodifusão Comunitária as


fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, desde que legalmente
instituídas e devidamente registradas, sediadas na área da comunidade para a qual
pretendem prestar o Serviço, e cujos dirigentes sejam brasileiros natos ou naturalizados
há mais de 10 anos.

Parágrafo único. Os dirigentes das fundações e sociedades civis autorizadas a


explorar o Serviço, além das exigências deste artigo, deverão manter residência na área
da comunidade atendida.

Art. 8º A entidade autorizada a explorar o Serviço deverá instituir um Conselho


Comunitário, composto por no mínimo cinco pessoas representantes de entidades da
comunidade local, tais como associações de classe, beneméritas, religiosas ou de
moradores, desde que legalmente instituídas, com o objetivo de acompanhar a
programação da emissora, com vista ao atendimento do interesse exclusivo da
comunidade e dos princípios estabelecidos no art. 4º desta Lei.

Art. 9º Para outorga da autorização para execução do Serviço de Radiodifusão


Comunitária, as entidades interessadas deverão dirigir petição ao Poder Concedente,
indicando a área onde pretendem prestar o serviço.

§ 1º Analisada a pretensão quanto a sua viabilidade técnica, o Poder Concedente


publicará comunicado de habilitação e promoverá sua mais ampla divulgação para que
as entidades interessadas se inscrevam.
Página40

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 2º As entidades deverão apresentar, no prazo fixado para habilitação, os
seguintes documentos: I - estatuto da entidade, devidamente registrado;

II - ata da constituição da entidade e eleição dos seus dirigentes, devidamente


registrada;

Ill - prova de que seus diretores são brasileiros natos ou naturalizados há mais de
dez anos;

IV - comprovação de maioridade dos diretores;

V - declaração assinada de cada diretor, comprometendo-se ao fiel cumprimento


das normas estabelecidas para o serviço;

VI - manifestação em apoio à iniciativa, formulada por entidades associativas e


comunitárias, legalmente constituídas e sediadas na área pretendida para a prestação do
serviço, e firmada por pessoas naturais ou jurídicas que tenham residência, domicílio ou
sede nessa área.

§ 3º Se apenas uma entidade se habilitar para a prestação do Serviço e estando


regular a documentação apresentada, o Poder Concedente outorgará a autorização à
referida entidade.

§ 4º Havendo mais de uma entidade habilitada para a prestação do Serviço, o


Poder Concedente promoverá o entendimento entre elas, objetivando que se associem.

§ 5º Não alcançando êxito a iniciativa prevista no parágrafo anterior, o Poder


Concedente procederá à escolha da entidade levando em consideração o critério da
representatividade, evidenciada por meio de manifestações de apoio encaminhadas por
membros da comunidade a ser atendida e/ou por associações que a representem.

§ 6º Havendo igual representatividade entre as entidades, proceder-se-á à escolha


por sorteio.

Art. 10. A cada entidade será outorgada apenas uma autorização para exploração
do Serviço de Radiodifusão Comunitária.
Página41

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. É vedada a outorga de autorização para entidades prestadoras de
qualquer outra modalidade de Serviço de Radiodifusão ou de serviços de distribuição de
sinais de televisão mediante assinatura, bem como à entidade que tenha como integrante
de seus quadros de sócios e de administradores pessoas que, nestas condições,
participem de outra entidade detentora de outorga para exploração de qualquer dos
serviços mencionados.

Art. 11. A entidade detentora de autorização para execução do Serviço de


Radiodifusão Comunitária não poderá estabelecer ou manter vínculos que a subordinem
ou a sujeitem à gerência, à administração, ao domínio, ao comando ou à orientação de
qualquer outra entidade, mediante compromissos ou relações financeiras, religiosas,
familiares, político-partidárias ou comerciais.

Art. 12. É vedada a transferência, a qualquer título, das autorizações para


exploração do Serviço de Radiodifusão Comunitária.

Art. 13. A entidade detentora de autorização pala exploração do Serviço de


Radiodifusão Comunitária pode realizar alterações em seus atos constitutivos e
modificar a composição de sua diretoria, sem prévia anuência do Poder Concedente,
desde que mantidos os termos e condições inicialmente exigidos para a outorga da
autorização, devendo apresentar, para fins de registro e controle, os atos que
caracterizam as alterações mencionadas, devidamente registrados ou averbados na
repartição competente, dentro do prazo de trinta dias contados de sua efetivação.

Art. 14. Os equipamentos de transmissão utilizados no Serviço de Radiodifusão


Comunitária serão pré-sintonizados na freqüência de operação designada para o serviço
e devem ser homologados ou certificados pelo Poder Concedente.

Art. 15. As emissoras do Serviço de Radiodifusão Comunitária assegurarão, em


sua programação, espaço para divulgação de planos e realizações de entidades ligadas,
por suas finalidades, ao desenvolvimento da comunidade.

Art. 16. É vedada a formação de redes na exploração do Serviço de Radiodifusão


Comunitária, excetuadas as situações de guerra, calamidade pública e epidemias, bem
Página42

como as transmissões obrigatórias dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo


definidas em leis.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 17. As emissoras do Serviço de Radiodifusão Comunitária cumprirão tempo
mínimo de operação diária a ser fixado na regulamentação desta Lei.

Art. 18. As prestadoras do Serviço de Radiodifusão Comunitária poderão admitir


patrocínio, sob a forma de apoio cultural, para os programas a serem transmitidos, desde
que restritos aos estabelecimentos situados na área da comunidade atendida.

Art. 19. É vedada a cessão ou arrendamento da emissora do Serviço de


Radiodifusão Comunitária ou de horários de sua programação.

Art. 20. Compete ao Poder Concedente estimular o desenvolvimento de Serviço


de Radiodifusão Comunitária em todo o território nacional, podendo, para tanto,
elaborar Manual de Legislação, Conhecimentos e Ética para uso das rádios comunitárias
e organizar cursos de treinamento, destinados aos interessados na operação de emissoras
comunitárias, visando o seu aprimoramento e a melhoria na execução do serviço.

Art. 21. Constituem infrações - operação das emissoras do Serviço de


Radiodifusão Comunitária:

I - usar equipamentos fora das especificações autorizadas pelo Poder Concedente;

II - transferir a terceiros os direitos ou procedimentos de execução do Serviço;

III - permanecer fora de operação por mais de trinta dias sem motivo justificável;

IV - infringir qualquer dispositivo desta Lei ou da correspondente


regulamentação;

Parágrafo único. As penalidades aplicáveis em decorrência das infrações


cometidas são:

I - advertência;

Il - multa; e

III - na reincidência, revogação da autorização.


Página43

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 22. As emissoras do Serviço de Radiodifusão Comunitária operarão sem
direito a proteção contra eventuais interferências causadas por emissoras de quaisquer
Serviços de Telecomunicações e Radiodifusão regularmente instaladas, condições estas
que constarão do seu certificado de licença de funcionamento.

Art. 23. Estando em funcionamento a emissora do Serviço de Radiodifusão


Comunitária, em conformidade com as prescrições desta Lei, e constatando-se
interferências indesejáveis nos demais Serviços regulares de Telecomunicações e
Radiodifusão, o Poder Concedente determinará a correção da operação e, se a
interferência não for eliminada, no prazo estipulado, determinará a interrupção do
serviço.

Art. 24. A outorga de autorização para execução do Serviço de Radiodifusão


Comunitária fica sujeita a pagamento de taxa simbólica, para efeito de cadastramento,
cujo valor e condições serão estabelecidos pelo Poder Concedente.

Art. 25. O Poder Concedente baixará os atos complementares necessários à


regulamentação do Serviço de Radiodifusão Comunitária, no prazo de cento e vinte
dias, contados da publicação desta Lei.

Art. 26. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 27. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 19 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Sergio Motta

Este texto não substitui o publicado no DOU de 20.2.1998

*
Página44

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
ANEXO II - Dos Decretos Federais.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 2.615, DE 3 DE JUNHO DE 1998.

Aprova o Regulamento do Serviço de


Radiodifusão Comunitária.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art.


84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.612, de 19 de
fevereiro de 1998,

DECRETA:

Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo a este Decreto, o Regulamento do


Serviço de Radiodifusão Comunitária, que com este baixa.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 3 de junho de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Luiz Carlos Mendonça de Barros

Este texto não substitui o publicado no DOU de 04.06.1998

ANEXO

REGULAMENTO DO SERVIÇO DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA

CAPÍTULO I

DAS GENERALIDADES
Página45

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 1º. Este Regulamento dispõe sobre o Serviço de Radiodifusão
Comunitária - RadCom, instituído pela Lei n° 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, como
um Serviço de Radiodifusão Sonora, com baixa potência e com cobertura restrita, para
ser executado por fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede
na localidade de prestação do Serviço.

Art. 2º. As condições para execução do RadCom subordinam-se ao disposto


no art. 223 da Constituição Federal, à Lei n° 9.612, de 1998 e , no que couber, á Lei n°
4.117, de 27 de agosto de 1962, modificada pelo Decreto-Lei n° 236, de 28 de fevereiro
de 1967; e à regulamentação do Serviço de Radiodifusão Sonora, bem como a este
Regulamento, às normas complementares, aos tratados, aos acordos e aos atos
internacionais.

Art. 3º. O RadCom tem por finalidade o atendimento de determinada


comunidade, com vistas a:

I - dar oportunidade á difusão de idéias, elementos de cultura, tradições e


hábitos sociais da comunidade;

II - oferecer mecanismos à formação e integração da comunidade, estimulando


o lazer, a cultura e o convívio social;

III - prestar serviços de utilidade pública, integrando-se aos serviços de defesa


civil, sempre que necessário;

IV - contribuir para o aperfeiçoamento profissional nas áreas de atuação dos


jornalistas e radialistas, de conformidade com a legislação profissional vigente;

V - permitir a capacitação dos cidadãos no exercício do direito de expressão,


da forma mais acessível possível.

Art. 4º. A agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL designará um


único e específico canal na faixa de freqüências do Serviço de Radiodifusão Sonora em
Freqüência Modulada, para atender, em âmbito nacional, ao Serviço de que trata este
Regulamento.
Página46

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. Em caso de manifesta impossibilidade técnica quanto ao uso
desse canal em determinada região, a ANATEL indicará, em substituição, canal
alternativo, para utilização exclusiva naquela região, desde que haja algum que atenda
aos critérios de proteção dos canais previstos nos Planos Básicos de Distribuição de
Canais de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada, de Televisão em VHF e de
Retransmissão de Televisão em VHF.

Art. 5º. A potência efetiva irradiada por emissora do RadCom será igual ou
inferior a vinte e cinco watts.

Art. 6º. A cobertura restrita de uma emissora do RadCom é a área limitada por
um raio igual ou inferior a mil metros a partir da antena transmissora, destinada ao
atendimento de determinada comunidade de um bairro, uma vila ou uma localidade de
pequeno porte.

Art. 7º. O Ministério das Comunicações estabelecerá, no comunicado de


habilitação de que trata o § 1° do art.9° da Lei n° 9.612, de 1998, o valor da taxa
relativa ao cadastramento da emissora, bem como as condições de seu pagamento.

CAPÍTULO II

DAS DEFINIÇÕES

Art. 9º. Compete ao Ministério das Comunicações:

I - Licença para Funcionamento de Estação: é o documento que habilita a


estação a funcionar em caráter definitivo, e que explicita a condição de não possuir a
emissora direito à proteção contra interferências causadas por estações de
telecomunicações e de radiodifusão regularmente instaladas;

II - Localidade de pequeno porte: é toda cidade ou povoado cuja área urbana


possa estar contida nos limites de uma área de cobertura restrita;

III - Interferência indesejável: é a interferência que prejudica, de modo


levemente perceptível, o serviço prestado por uma estação de telecomunicações ou de
Página47

radiodifusão regularmente instalada;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
IV - Interferência prejudicial: é a interferência que, repetida ou continuamente,
prejudica ou interrompe o serviço prestado por uma estação de telecomunicações ou de
radiodifusão regularmente instalada.

CAPÍTULO III

DA COMPETÊNCIA

Art. 9º. Compete ao Ministério das Comunicações:

I - estabelecer as normas complementares do RadCom, indicando os


parâmetros técnicos de funcionamento das estações, bem como detalhando os
procedimentos para expedição de autorização e licenciamento;

II - expedir ato de autorização para a execução do Serviço, observados os


procedimentos estabelecidos na Lei n° 9.612, de 1998 e em norma complementar;

III - fiscalizar a execução do RadCom, em todo o território nacional, no que


disser respeito ao conteúdo da programação, nos termos da legislação pertinente.

Art. 10. Compete à ANATEL:

I - designar, em nível nacional, para utilização do RadCom, um único e


específico canal na faixa de freqüências do Serviço de Radiodifusão Sonora em
Freqüência Modulada;

II - designar canal alternativo nas regiões onde houver impossibilidade técnica


de uso do canal em nível nacional;

III - certificar os equipamentos de transmissão utilizados no RadCom;

IV - fiscalizar a execução do RadCom, em todo o território nacional, no que


disser respeito ao uso do espectro radioelétrico.

CAPÍTULO IV
Página48

DA AUTORIZAÇÃO

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 11. São competentes para executar o RadCom fundações e associações
comunitárias, sem fins lucrativos, desde que legalmente instituídas e devidamente
registradas, sediadas na área da comunidade para a qual pretendem prestar o Serviço, e
cujos dirigentes sejam brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos.

Parágrafo único. Os dirigentes das fundações e sociedades civis autorizadas a


executar o Serviço, além das exigências deste artigo, deverão manter residência na área
da comunidade atendida.

Art. 12. As entidades interessadas em executar o RadCom deverão apresentar


requerimento ao Ministério das Comunicações, demonstrando seu interesse, indicando a
área onde pretendem prestar o Serviço e solicitando a designação de canal para a
respectiva prestação.

Parágrafo único. A ANATEL procederá a análise de viabilidade técnica para


uso do canal nacionalmente designado para o RadCom ou de canal alternativo,
conforme disposto no art. 4° e no inciso I do art. 10 deste regulamento.

Art. 13. Havendo possibilidade técnica, para o uso do canal específico ou de


canal alternativo, o Ministério das Comunicações publicará, no Diário Oficial da União,
comunicado de habilitação para inscrição das entidades interessadas, estabelecendo
prazo para que o façam, bem como informando o valor e as condições de pagamento da
taxa relativa às despesas de cadastramento.

Art. 14. As entidades interessadas na execução do RadCom, inclusive aquela


cuja petição originou o comunicado de habilitação, deverão apresentar ao Ministério das
Comunicações, no prazo fixado no comunicado de habilitação, os documentos a seguir
indicados, além de atender as disposições estabelecidas em norma complementar:

I - estatuto da entidade, devidamente registrado;

II - ata da constituição da entidade e eleição dos seus dirigentes, devidamente


registrada;

III - prova de que seus diretores são brasileiros natos, ou naturalizados há mais
Página49

de dez anos;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
IV - comprovação de maioridade dos diretores;

V - declaração assinada de cada diretor, comprometendo-se ao fiel


cumprimento das normas estabelecidas para o Serviço;

VI - manifestação em apoio à iniciativa, formulada por entidades associativas e


comunitárias, legalmente constituídas e sediadas na área pretendida para a prestação do
Serviço, e firmada por pessoas naturais ou jurídicas que tenham residência, domicílio ou
sede nessa área.

Art. 15. Se apenas uma entidade se habilitar para a prestação do Serviço,


estando regular a documentação apresentada, o Ministério das Comunicações expedirá
autorização à referida entidade.

Art. 16. Havendo mais de uma entidade habilitada para a prestação do Serviço,
o Ministério das Comunicações promoverá o entendimento entre elas, objetivando que
se associem. Não alcançando êxito, será procedida a escolha pelo critério de
representatividade, evidenciada por meio de manifestações de apoio encaminhadas por
membros ou por associações da comunidade a ser atendida.

Parágrafo único. Havendo igual representatividade entre as entidades,


proceder-se-á à escolha por sorteio.

Art. 17. A autorização terá validade de três anos, permitida a renovação por
igual período, se cumpridas as disposições legais vigentes.

Art. 18. A cada entidade será expedida apenas uma autorização para execução
do RadCom.

Parágrafo único. É vedada a expedição de autorização para entidades


prestadoras de qualquer outra modalidade de serviço de radiodifusão ou de serviços de
distribuição de sinais de televisão mediante assinatura, bem como a entidade que tenha
como integrante de seus quadros de sócios e de administradores pessoas que, nestas
condições, participem de outra entidade detentora de outorga para execução de qualquer
dos serviços mencionados.
Página50

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
CAPÍTULO V

DA FORMALIZAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO

Art. 19. A autorização para execução do RadCom será formalizada mediante ato
do Ministério das Comunicações, que deverá conter, pelo menos, a denominação da
entidade, o objeto e o prazo de autorização, a área de cobertura da emissora e o prazo
para início da execução do Serviço.

Art. 20. O Ministério das Comunicações providenciará a publicação, no Diário


Oficial da União, do resumo do ato de autorização, como condição indispensável para
sua eficácia, nos termos dos instrumentos aplicáveis.

CAPÍTULO VI

DA INSTALAÇÃO DE EMISSORA DO SERVIÇO DE RADIODIFUSÃO


COMUNITÁRIA

Art. 21. As condições necessárias à instalação da emissora, bem como o prazo


para o início efetivo da execução do RadCom, serão estabelecidos pelo Ministério das
Comunicações em norma complementar.
Parágrafo único. O prazo mencionado neste artigo será contado a partir da data de
publicação do ato de autorização.

Art. 22. Dentro do prazo que lhe é concedido para iniciar a execução do
Serviço, a entidade deverá requerer a emissão de Licença para Funcionamento de
Estação, devendo instruir o requerimento de acordo com o estabelecido em norma
complementar.

CAPÍTULO VII

DA EXECUÇÃO DO SERVIÇO

Art. 23. O Ministério das Comunicações disporá, em norma complementar,


sobre as características de operação das emissoras do RadCom.
Página51

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 24. Os equipamentos utilizados no RadCom serão certificados pela
ANATEL, devendo ser pré-sintonizados na freqüência de operação consignada à
emissora.

Art. 25. A emissora do RadCom operará sem direito a proteção contra


eventuais interferências causadas por estações de Serviços de Telecomunicações e de
Radiodifusão regularmente instaladas.

Art. 26. Caso uma emissora do RadCom provoque interferência indesejável


nos demais Serviços regulares de Telecomunicações e de Radiodifusão, a ANATEL
determinará a interrupção do serviço da emissora de RadCom interferente, no prazo
fixado em norma complementar, até a completa eliminação da causa da interferência.

Art. 27. Caso uma emissora do RadCom provoque interferência prejudicial nos
demais Serviços regulares de Telecomunicações e de Radiodifusão, a ANATEL
determinará a imediata interrupção do seu funcionamento, até à completa eliminação da
causa da interferência.

Art. 28. As emissoras do RadCom cumprirão período de oito horas, contínuas


ou não, como tempo mínimo de operação diária.

Art. 29. É vedada a formação de redes na execução do RadCom, excetuadas as


situações de guerra, calamidade pública e epidemias, bem como as transmissões
obrigatórias dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, definidas em lei.

CAPÍTULO VIII

DA PROGRAMAÇÃO

Art. 30. As emissoras do RadCom atenderão, em sua programação, aos


seguintes princípios:

I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas, em


benefício do desenvolvimento geral da comunidade;
Página52

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
II - promoção das atividades artísticas e jornalísticas na comunidade, e da
integração dos membros da comunidade atendida;

III - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família, favorecendo a


integração dos membros da comunidade atendida;

IV - não discriminação de raça, religião, sexo, preferências sexuais, convicções


político-ideológico-partidárias e condição social nas relações comunitárias.

§ 1° É vedado o proselitismo de qualquer natureza na programação das


emissoras de radiodifusão comunitária.

§ 2° As programações opinativa e informativa observarão os princípios da


pluralidade de opinião e de versão simultânea em matérias polêmicas, divulgando
sempre as diferentes interpretações relativas aos fatos noticiados.

§ 3° Qualquer cidadão da comunidade beneficiada terá direito a emitir opiniões


sobre quaisquer assuntos abordados na programação da emissora, bem como manifestar
idéias, propostas, sugestões, reclamações ou reivindicações, devendo observar apenas o
momento adequado da programação para faze-lo, mediante pedido encaminhado à
direção responsável pela rádio comunitária.

Art. 31. As emissoras do RadCom assegurarão, em sua programação, espaço


para divulgação de planos e realizações de entidades ligadas, por suas finalidades, ao
desenvolvimento da comunidade.

Art. 32. As prestadoras do RadCom poderão admitir patrocínio, sob a forma de


apoio cultural, para os programas a serem transmitidos, desde que restritos aos
estabelecimentos situados na área da comunidade atendida.

Art. 33. É vedada a cessão ou arrendamento da emissora do RadCom ou de


horários de sua programação.

CAPÍTULO IX
Página53

DA TRANSFERÊNCIA DA AUTORIZAÇÃO

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 34. É vedada a transferência da autorização para execução do RadCom, a
qualquer título, nos termos do art. 12 da Lei n° 9.612, de 1998.

Art. 35. A entidade autorizada a executar o RadCom pode, sem anuência do


Ministério das Comunicações, realizar alterações em seus atos constitutivos e modificar
a composição de sua diretoria, desde que essas operações não impliquem alteração nos
termos e condições inicialmente exigidos para a autorização, devendo apresentar ao
Ministério das Comunicações os atos que caracterizam as alterações mencionadas,
devidamente registrados ou averbados na repartição competente, para fins de registro e
controle, no prazo de trinta dias contado de sua efetivação.

CAPÍTULO X

DA RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO

Art. 36. A autorização para execução do RadCom poderá ser renovada por um
outro período de três anos, desde que a autorizada apresente solicitação neste sentido
com antecedência de três a um mês do seu termo final e que cumpra as exigências
estabelecidas para tanto pelo Ministério das Comunicações.

Art. 37. A renovação da autorização para execução do RadCom implicará


pagamento de valor relativo às despesas decorrentes deste ato.

CAPÍTULO XI

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 38. As penalidades aplicáveis em razão de infringência a qualquer


dispositivo da Lei n° 9.612, de 1998, deste Regulamento e das normas aplicáveis ao
RadCom são:

I - advertência;

II - multa; e

III - na reincidência, revogação da autorização.


Página54

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 1° A pena de advertência poderá ser aplicada ao infrator primário quando
incorrer em infração considerada de menor gravidade.

§ 2° Os valores das multas a serem aplicadas obedecerão aos critérios


estabelecidos no art. 59 da Lei n° 4.117, de 1962, com a redação que lhe deu o art. 3° do
Decreto-Lei n° 236, de 1967.

Art. 39. Antes da aplicação de penalidades, a autorizada será notificada para


exercer seu direito de defesa, conforme o estabelecido na Lei n° 4.117, de 1962, sem
prejuízo da apreensão cautelar de que trata o parágrafo único do seu art. 70, com a
redação que lhe deu o art. 3° do Decreto-Lei n° 236, de 1967.

Art. 40. São puníveis com multa as seguintes infrações na operação das
emissoras do RadCom:

I - transferência a terceiros dos direitos ou procedimentos de execução do


Serviço;

II - permanência fora de operação por mais de trinta dias sem motivo


justificável;

III - uso de equipamentos não certificados ou homologados pela ANATEL;

IV - manutenção pela autorizada, no seu quadro diretivo, de dirigente com


residência fora da área da comunidade atendida;

V - não manutenção do Conselho Comunitário, nos termos da Lei;

VI - estabelecimento ou manutenção de vínculos que subordinem a entidade ou


a sujeitem à gerência, à administração, ao domínio, ao comando ou à orientação de
qualquer outra entidade, mediante compromissos ou relações financeiras, religiosas,
familiares, político-partidárias ou comerciais;

VII - não comunicação ao Ministério das Comunicações, no prazo de trinta


dias, das alterações efetivadas nos atos constitutivos ou da mudança de sua diretoria;
Página55

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
VIII - modificação dos termos e das condições inicialmente atendidos para a
expedição do ato de autorização;

IX - não destinação de espaço na programação disponível à divulgação de


planos e realizações de entidades ligadas, por suas finalidades, ao desenvolvimento da
comunidade;

X - formação de redes na exploração do RadCom;

XI - não integração a redes quando convocadas em situações de guerra,


calamidade pública e epidemias;

XII - não integração a redes para as transmissões obrigatórias dos Poderes


Executivo, Judiciário e Legislativo;

XIII - cessão ou arrendamento da emissora ou de horários de sua programação;

XIV - transmissão de patrocínio em desacordo com as normas legais


pertinentes;

XV - transmissão de propaganda ou publicidade comercial a qualquer título;

XVI - desvirtuamento das finalidades do RadCom e dos princípios


fundamentais da programação;

XVII - utilização de denominação de fantasia diversa da comunicada ao


Ministério das Comunicações;

XVIII - imposição de dificuldades à fiscalização do Serviço;

XIX - não manutenção em dia os registros da programação em texto e fitas,


nos termos da regulamentação;

XX - uso de equipamentos fora das especificações constantes dos certificados


emitidos pela ANATEL;
Página56

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
XXI - não obediência ao tempo de funcionamento da estação comunicado ao
Ministério das Comunicações;

XXII - alteração das características constantes da Licença para Funcionamento


de Estação, sem observância das formalidades estabelecidas;

XXIII - não solicitação, no prazo estabelecido, da expedição de Licença para


Funcionamento de Estação; (Revogado pelo Decreto nº 8.061, de 2013)

XXIV - não observância do prazo estabelecido para início da execução do


Serviço;

XXV - utilização de freqüência diversa da autorizada;

XXVI - início da execução do Serviço pela autorizada sem estar previamente


licenciada;

XXVII - início da operação em caráter experimental pela autorizada, sem ter


comunicado o fato no prazo estabelecido em norma complementar; (Revogado pelo
Decreto nº 8.061, de 2013)

XXVIII - não comunicação de alteração do horário de funcionamento;

XXIX - não cumprimento pela autorizada, no tempo estipulado, de exigência


que lhe tenha sido feita pelo Ministério das Comunicações ou pela ANATEL.

CAPÍTULO XII

DA INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO

Art. 41. A execução do RadCom será interrompida nos seguintes casos:

I - de imediato, na ocorrência de interferências prejudiciais;

II - no prazo estipulado pela ANATEL, na constatação de interferências


indesejáveis, caso estas não tenham sido eliminadas;
Página57

III - quando estiver configurada situação de perigo de vida.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
CAPÍTULO XIII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 42. As entidades autorizadas a executar o RadCom estão sujeitas ao


pagamento das taxas de fiscalização das telecomunicações previstas em lei.

Art. 43. A entidade detentora de autorização para execução do RadCom não


poderá estabelecer ou manter vínculos que a subordinem ou a sujeitem á gerência, à
administração, ao domínio, ao comando ou à orientação de qualquer outra entidade,
mediante compromissos ou relações financeiras, religiosas, familiares, político-
partidárias ou comerciais.

Página58

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 8.061, DE 29 DE JULHO DE 2013

Altera o Decreto nº 5.820, de 29 de junho


de 2006, o Regulamento dos Serviços de
Radiodifusão, aprovado pelo Decreto
nº 52.795, de 31 de outubro de 1963, e dá
outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o


art. 84, caput, inciso IV, combinado com o art. 223 da Constituição, e tendo em vista o
disposto na Lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962, e na Lei no 9.472, de 16 de julho de
1997,

DECRETA:

Art. 1o O Decreto no 5.820, de 29 de junho de 2006, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

“Art. 7o ..........................................................................

................................................................................................

§ 3º Quando não houver canal de radiofrequência disponível para a consignação


de que trata o caput, o Ministério das Comunicações poderá autorizar:

I - a transmissão do sinal digital no mesmo canal analógico já outorgado; ou

II - a execução do Serviço de Retransmissão de Televisão (RTV) em tecnologia


Página59

digital por concessionária do serviço de radiodifusão de sons e imagens.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 4o A autorização de que trata o inciso II do § 3o fica condicionada à
desistência voluntária da respectiva concessão do serviço de radiodifusão de sons e
imagens.” (NR)

“Art. 10. O Ministério das Comunicações estabelecerá cronograma de transição


da transmissão analógica dos serviços de radiodifusão de sons e imagens e de
retransmissão de televisão para o SBTVD-T, com início em 1o de janeiro de 2015 e
encerramento até 31 de dezembro de 2018.

...............................................................................................

§ 2º Os canais utilizados para transmissão analógica serão devolvidos à União


após o prazo fixado no cronograma previsto no caput.” (NR)

“Art. 11. A concessão de outorgas para a exploração dos serviços em


tecnologia analógica ocorrerá, em relação:

I - aos serviços de radiodifusão de sons e imagens, até 31 de agosto de 2013; e

II - aos serviços de retransmissão de televisão, até a data correspondente a três


anos antes do desligamento do sinal na respectiva localidade, conforme previsto no
cronograma de que trata o art. 10.” (NR)

Art. 2o O Anexo ao Decreto no 5.371, de 17 de fevereiro de 2005, que aprova o


Regulamento do Serviço de Retransmissão de Televisão e do Serviço de Repetição de
Televisão passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 19. A autorização de uso de radiofrequência para a execução do Serviço


de RTV ou de RpTV será outorgada a título oneroso, cabendo à Anatel promover a
cobrança do respectivo preço público.” (NR)

Art. 3o O Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto


no 52.795, de 31 de outubro de 1963, passa a vigorar com as seguintes alterações:
Página60

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
“Art. 28. ........................................................................

..............................................................................................

12 - ...............................................................................

...............................................................................................

m) irradiar informações meteorológicas, em conformidade com a


regulamentação;

......................................................................................” (NR)

“Art. 45. A licença será substituída quando sobrevierem alterações em


quaisquer dos seus dizeres.” (NR)

“Art. 47. Toda emissora é obrigada a irradiar indicativo de chamada, o nome da


entidade detentora da outorga ou o seu nome fantasia, na forma do regulamento.

§ 2º ................................................................................

......................................................................................” (NR)

“Art. 55. Sempre que os serviços de radiodifusão forem interrompidos por


período superior a setenta e duas horas, as concessionárias e permissionárias de tais
serviços deverão, no prazo de até quarenta e oito horas, comunicar ao Ministério das
Comunicações o tempo e a causa de interrupção.

......................................................................................” (NR)

Art. 4o Ficam revogados os seguintes dispositivos:

I - do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto


Página61

no 52.795, de 31 de outubro de 1963:

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
a) as alíneas “i” e “j” do item 12 do art. 28;

b) o § 6º do art. 31-A;

c) o § 1º do art. 47; e

d) o art. 130;

II - do Decreto no 5.820, de 29 de junho de 2006:

a) o art. 8o; e

b) o § 1º do art. 9º;

III - o parágrafo único do art. 19 do Regulamento do Serviço de Retransmissão


de Televisão e do Serviço de Repetição de Televisão, aprovado pelo Decreto no 5.371,
de 17 de fevereiro de 2005; e

IV - os incisos XXIII e XXVII do caput do art. 40 do Regulamento do Serviço


de Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto no 2.615, de 3 de junho 1998.

Art. 5o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de julho de 2013; 192º da Independência e 125º da República.

DILMA ROUSSEFF
Paulo Bernardo Silva

Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.7.2013


Página62

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 6.634, DE 2 DE MAIO DE 1979.

Dispõe sobre a Faixa de Fronteira, altera o


Regulamento Decreto-lei nº 1.135, de 3 de dezembro de
1970, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta


e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º. - É considerada área indispensável à Segurança Nacional a faixa interna de


150 Km (cento e cinqüenta quilômetros) de largura, paralela à linha divisória terrestre
do território nacional, que será designada como Faixa de Fronteira.

Art. 2º. - Salvo com o assentimento prévio do Conselho de Segurança Nacional,


será vedada, na Faixa de Fronteira, a prática dos atos referentes a:

I - alienação e concessão de terras públicas, abertura de vias de transporte e


instalação de meios de comunicação destinados à exploração de serviços de
radiodifusão de sons ou radiodifusão de sons e imagens;

II - Construção de pontes, estradas internacionais e campos de pouso;

III - estabelecimento ou exploração de indústrias que interessem à Segurança


Nacional, assim relacionadas em decreto do Poder Executivo.

IV - instalação de empresas que se dedicarem às seguintes atividades:

a) pesquisa, lavra, exploração e aproveitamento de recursos minerais, salvo aqueles


de imediata aplicação na construção civil, assim classificados no Código de Mineração;

b) colonização e loteamento rurais;


Página63

V - transações com imóvel rural, que impliquem a obtenção, por estrangeiro, do


domínio, da posse ou de qualquer direito real sobre o imóvel;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
VI - participação, a qualquer título, de estrangeiro, pessoa natural ou jurídica, em
pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel rural;

§ 1º. - O assentimento prévio, a modificação ou a cassação das concessões ou


autorizações serão formalizados em ato da Secretaria-Geral do Conselho de Segurança
Nacional, em cada caso.

§ 2º. - Se o ato da Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional for


denegatório ou implicar modificação ou cassação de atos anteriores, da decisão caberá
recurso ao Presidente da República.

§ 3º. - Os pedidos de assentimento prévio serão instruídos com o parecer do órgão


federal controlador da atividade, observada a legislação pertinente em cada caso.

§ 4o Excetua-se do disposto no inciso V, a hipótese de constituição de direito real


de garantia em favor de instituição financeira, bem como a de recebimento de imóvel
em liquidação de empréstimo de que trata o inciso II do art. 35 da Lei nº 4.595, de 31 de
dezembro de 1964. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)

Art. 3º. - Na faixa de Fronteira, as empresas que se dedicarem às indústrias ou


atividades previstas nos itens III e IV do artigo 2º deverão, obrigatoriamente, satisfazer
às seguintes condições:

I - pelo menos 51% (cinqüenta e um por cento) do capital pertencer a brasileiros;

II - pelo menos 2/3 (dois terços) de trabalhadores serem brasileiros; e

III - caber a administração ou gerência a maioria de brasileiros, assegurados a estes


os poderes predominantes.

Parágrafo único - No caso de pessoa física ou empresa individual, só a brasileiro


será permitido o estabelecimento ou exploração das indústrias ou das atividades
referidas neste artigo.

Art. 4º. - As autoridades, entidades e serventuários públicos exigirão prova do


assentimento prévio do Conselho de Segurança Nacional para prática de qualquer ato
Página64

regulado por esta lei.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único - Os tabeliães e Oficiais do Registro de Imóveis, bem como os
servidores das Juntas Comerciais, quando não derem fiel cumprimento ao disposto neste
artigo, estarão sujeitos à multa de até 10% (dez por cento) sobre o valor do negócio
irregularmente realizado, independentemente das sanções civis e penais cabíveis.

Art. 5º. - As Juntas Comerciais não poderão arquivar ou registrar contrato social,
estatuto ou ato constitutivo de sociedade, bem como suas eventuais alterações, quando
contrariarem o disposto nesta Lei.

Art. 6º. - Os atos previstos no artigo 2º., quando praticados sem o prévio
assentimento do Conselho de Segurança Nacional, serão nulos de pleno direito e
sujeitarão os responsáveis à multa de até 20% (vinte por cento) do valor declarado do
negócio irregularmente realizado.

Art. 7º. - Competirá à Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional


solicitar, dos órgãos competentes, a instauração de inquérito destinado a apurar as
infrações às disposições desta Lei.

Art. 8º. - A alienação e a concessão de terras públicas, na faixa de Fronteira, não


poderão exceder de 3000 ha (três mil hectares), sendo consideradas como uma só
unidade as alienações e concessões feitas a pessoas jurídicas que tenham
administradores, ou detentores da maioria do capital comuns.

§ 1º. - O Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional e


mediante prévia autorização do Senado Federal, poderá autorizar a alienação e a
concessão de terras públicas acima do limite estabelecido neste artigo, desde que haja
manifesto interesse para a economia regional.

§ 2º. - A alienação e a concessão de terrenos urbanos reger-se-ão por legislação


específica.

Art. 9º. - Toda vez que existir interesse para a Segurança Nacional, a união poderá
concorrer com o custo, ou parte deste, para a construção de obras públicas a cargo dos
Municípios total ou parcialmente abrangidos pela Faixa de Fronteira.
Página65

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 1º. - A Lei Orçamentaria Anual da União consignará, para a Secretaria-Geral do
Conselho de Segurança Nacional, recursos adequados ao cumprimento do disposto
neste artigo. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 31.8.2001)

§ 2º. - Os recursos serão repassados diretamente às Prefeituras Municipais,


mediante a apresentação de projetos específicos.

Art. 10. - Anualmente, o Desembargador - Corregedor da Justiça Estadual, ou


magistrado por ele indicado, realizará correção nos livros dos Tabeliães e Oficiais do
Registro de Imóveis, nas comarcas dos respectivos Estados que possuírem municípios
abrangidos pelo Faixa de Fronteira, para verificar o cumprimento desta Lei,
determinando, de imediato, as providências que forem necessárias.

Parágrafo único - Nos Territórios Federais, a correção prevista neste artigo será
realizada pelo Desembargador - Corregedor da Justiça do Distrito Federal e dos
Territórios.

Art. 11 - O § 3º do artigo 6º do Decreto-lei nº 1.135, de 3 de dezembro de


1970, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 6º -......................................................................................

...................................................................................................

§ 3º. Caberá recurso ao Presidente da República dos atos de que trata o parágrafo
anterior, quando forem denegatórios ou implicarem a modificação ou cassação de atos
já praticados."

Art. 12 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas a Lei nº
2.597, de 12 de setembro de 1955, e demais disposições em contrário.

Brasília, 2 de maio de 1979; 158º da Independência e 91º da República.

JOÃO B. DE FIGUEIREDO
Petrônio Portela - Danilo Venturini
Página66

Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.5.1979 e retificado em 11.5.1979

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO No 85.064, DE 26 DE AGOSTO DE 1980.

Regulamenta a Lei nº 6.634, de 2 de


maio de 1979, que dispõe sobre a Faixa
de Fronteira

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art.


81, item III, da Constituição,

DECRETA:

CAPíTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art 1º - Este regulamento estabelece procedimentos a serem seguidos para a prática


de atos que necessitem de assentimento prévio do Conselho de Segurança Nacional
(CSN), na Faixa de Fronteira, considerada área indispensável à segurança nacional e
definida pela Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979, como a faixa interna de cento e
cinqüenta (150) quilômetros de largura, paralela à linha divisória terrestre do território
nacional.

Art 2º - O assentimento prévio será formalizado, em cada caso, em ato da


Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional (SG/CSN), publicado no, Diário
Oficial da União e comunicado ao órgão federal interessado.

Parágrafo único - A modificação ou a cassação das concessões ou autorizações já


efetuadas também serão formalizadas, em cada caso, através de ato da SG/CSN,
publicado no Diário Oficial da União.

Art 3º - Somente serão examinados pela SG/CSN os pedidos de assentimento


prévio instruídos na forma deste regulamento.
Página67

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único - Os pedidos serão apresentados aos órgãos federais indicados
neste regulamento aos quais incumbirá:

I - exigir do interessado a documentação prevista neste regulamento relativa ao


objeto do pedido;

II - emitir parecer conclusivo sobre o pedido, à luz da legislação específica;

III - encaminhar o pedido à SG/CSN; e

IV - adotar, após a decisão da SG/CSN, todas as providências cabíveis, inclusive as


relativas à entrega, ao requerente, da documentação expedida por aquela Secretaria-
Geral.

Art 4º - Das decisões denegatórias ou que implicarem modificação ou cassação de


autorizações já concedidas, caberá recurso ao Presidente da República, no prazo de
cento e vinte (120) dias, contados da sua publicação no Diário Oficial da União.

§ 1º - O recurso não terá efeito suspensivo salvo se o Presidente da República


expressamente o determinar.

§ 2º - O recurso será apresentado à SG/CSN que a submeterá, nos sessenta (60)


dias seguintes ao seu recebimento, ao Presidente da República.

CAPÍTULO II

DA ALIENAÇÃO E CONCESSÃO DE TERRAS PÚBLICAS

Art 5º - Para a alienação e a concessão de terras públicas na Faixa de Fronteira, o


processo terá início no instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Art 6º - As empresas que desejarem adquirir terras públicas na Faixa de Fronteira


deverão instruir seus pedidos com a cópia do estatuto ao contrato social e respectivas
alterações além de outros documentos exigidos pela legislação agrária específica.

Art 7º - Os processos para a alienação ou concessão de terras públicas na Faixa de


Página68

Fronteira serão remetidos pelo INCRA à SG/CSN, com o respectivo parecer, sendo
restituídos aquela autarquia após apreciados.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
CAPÍTULO III

DOS SERVIÇOS DE RADIODIFUSÃO

Art 8º - Para a execução dos serviços de radiodifusão de sons e radiodifusão de


sons e imagens, na Faixa de Fronteira, serão observadas as prescrições gerais da
legislação específica de radiodifusão e o processo terá início no Departamento Nacional
de Telecomunicações (DENTEL).

Art 9º - O assentimento prévio do CSN, para a instalação de meios de comunicação


destinados à exploração de serviços de radiodifusão de sons ou radiodifusão de sons e
imagens, será necessário apenas na hipótese de as estações geradoras se localizarem
dentro da Faixa de Fronteira.

Art 10. - Na hipótese do artigo anterior, as empresas deverão fazer constar


expressamente de seus estatutos ou contratos sociais que:

I - O capital social, na sua totalidade, pertencerá sempre a pessoas físicas


brasileiras;

II - O quadro do pessoal será sempre constituído, ao menos, de dois terços (2/3) de


trabalhadores brasileiros;

III - a responsabilidade e a orientação intelectual e administrativa da empresa


caberão somente a brasileiros natos;

IV - as cotas ou ações representativas do capital social serão inalienáveis e


incaucionáveis a estrangeiros ou a pessoas jurídicas; e

V - a empresa não poderá efetuar nenhuma alteração do seu instrumento social sem
prévia autorização dos órgãos competentes.

Parágrafo único - As empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima


deverão, ainda, fazer constar em seu estatuto social, que as ações representativas do
capital social serão sempre nominativas.
Página69

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art 11. - As empresas pretendentes à execução dos serviços de radiodifusão, na
Faixa de Fronteira, deverão instruir suas propostas com os seguintes documentos, além
dos exigidos pela legislação específica de radiodifusão:

I - cópia dos atos constitutivos (se ainda em formação) ou cópia do estatuto,


contrato social e respectivas alterações (se empresa já constituída), em que constem as
cláusulas mencionadas no artigo anterior;

II - prova de nacionalidade de todos os administradores ou sócios-cotistas (cópia


da Certidão de Nascimento para os solteiros; cópia da Certidão de Casamento para os
casados; cópia da Certidão de Casamento, com respectiva averbação, para os
desquitados ou separados judicialmente ou divorciados e cópia da Certidão de
Casamento e de Óbito do cônjuge, para os viúvos);

III - prova de estarem em dia com as suas obrigações referentes ao Serviço Militar
de todos os administradores ou sócios-cotistas; e

IV - prova de estarem em dia com as suas obrigações relacionadas com a Justiça


Eleitoral de todos os administradores ou sócios-cotistas.

Parágrafo único - As empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima


deverão, ainda, apresentar relação nominal dos acionistas, com os respectivos números
de ações.

Art 12 - O procedimento para a obtenção do assentimento prévio do CSN, pelas


empresas de radiodifusão, será o seguinte:

I - para empresas em formação ou para aqueIas que desejarem, pela primeira vez,
executar o serviço na Faixa de Fronteira - requerimento instruído com os documentos
exigidos pela legislação específica de radiodifusão e os mencionados no artigo anterior,
dirigido ao DENTEL que, após emitir parecer, encaminhará o respectivo processo à
SG/CSN, para apreciação e posterior restituição àquele Departamento; e

II - para empresas que já possuem o assentimento prévio para executar o serviço na


Faixa de Fronteira e que desejem efetuar alteração em seu instrumento social, para
Página70

posterior registro, referente a alteração do objeto social; mudança do nome comercial ou

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
endereço da sede; eleição de novo administrador; admissão de novo sócio-cotista;
transformação, incorporação, fusão e cisão; ou reforma total dos estatutos ou contrato
social - requerimento instruído com os documentos exigidos pela legislação específica
de radiodifusão, a proposta de alteração estatutária ou contratual e as cópias dos
documentos pessoais, mencionados no art. 11, dos novos administradores ou sócios-
cotistas, quando for o caso, dirigido ao DENTEL, seguindo-se o processamento descrito
no item I.

Parágrafo único - Caberá ao DENTEL o encaminhamento dos atos constitutivos,


instrumentos sociais e respectivas alterações estatutárias e contratuais à empresa
requerente, para posterior registro nas Juntas Comerciais dos Estados e Territórios
Federais.

Art 13 - Às Universidades e Fundações que desejarem executar os serviços de


radiodifusão na Faixa de Fronteira, serão aplicadas, no que couber, as disposições deste
regulamento.

CAPÍTULO IV

DAS ATIVIDADES DE MINERAÇÃO

Art 14 - Para a execução das atividades de pesquisa, lavra, exploração e


aproveitamento de recursos minerais, salvo aqueles de imediata aplicação na construção
civil, na Faixa de Fronteira, serão obedecidas as prescrições gerais da legislação
específica de mineração e o processo terá início no Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM).

Art 15 - Entende-se por empresa de mineração, para os efeitos deste regulamento, a


firma ou sociedade constituída e domiciliada no País, qualquer que seja a sua forma
jurídica e entre cujos objetivos esteja o de realizar a pesquisa, lavra, exploração e
aproveitamento dos recursos minerais no território nacional.

§ 1º - Os componentes da firma ou sociedade a que se refere o presente artigo


podem ser pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, mas nominalmente,
representadas no ato, constitutivo da empresa.
Página71

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 2º - No caso de pessoa física ou empresa individual, só a brasileiro será permitido
o estabelecimento ou exploração das atividades previstas neste capítulo.

§ 3º - É vedada a delegação de poderes direção ou gerência a estrangeiro, ainda que


por procuração outorgada pela sociedade ou empresa individual.

Art 16 - O assentimento prévio do CSN, para a execução das atividades de


pesquisa, lavra, exploração e aproveitamento de recursos minerais, será necessário:

I - para as empresas que se estabelecerem na Faixa de Fronteira; e

II - para as empresas que irão operar dentro da Faixa de Fronteira.

Art 17 - Nas hipóteses do artigo anterior, as empresas deverão fazer constar


expressamente de seus estatutos ou contratos sociais que:

I - pelo menos 51% (cinqüenta e um por cento) do capital pertencerá sempre a


brasileiros;

II - o quadro de pessoal será sempre constituído de, pelo menos, 2/3 (dois terços)
de trabalhadores brasileiros; e

III - a administração ou gerência caberá sempre a maioria de brasileiros,


assegurados a estes poderes predominantes.

Parágrafo único - As empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima


deverão, ainda, fazer constar em seu estatuto social que as ações representativas do
capital social revestirão sempre a forma nominativa.

Art 18. - As empresas individuais deverão fazer constar em suas declarações de


firmas que:

I - o quadro de pessoal será sempre constítuído de, pelo menos, 2/3 (dois terços) de
trabalhadores brasileiros; e

II - a administração ou a gerência caberá sempre a brasileiros.


Página72

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art 19. - As sociedades enquadradas no art. 16 deverão instruir seus pedidos com
os seguintes documentos, além dos exigidos pela legislação específica de mineração:

I - cópia dos atos constitutivos (se ainda em formação) ou cópia do estatuto,


contrato social e respectivas alterações (se empresa já constituída), em que constem as
cláusulas mencionadas no art. 17;

II - prova de nacionalidade de todos os administradores ou sócios-cotístas (cópia


da Certidão de Nascimento para os solteiros; cópia da Certidão de Casamento para os
casados; cópia da Certidão de Casamento, com respectiva averbação, para os
desquitados ou separados judicialmente ou divorciados e cópia da Certidão de
Casamento e de Óbito do cônjuge, para os viúvos);

III - prova de estarem em dia com as suas obrigações referentes ao Serviço Militar
de todos os administradores ou sócios-cotístas; e

IV - prova de estarem em dia com as suas obrigações relacionadas com a Justiça


Eleitoral de todos os administradores ou sócios-cotistas.

Parágrafo único - As empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima


deverão, ainda, apresentar relação nominal, contendo a nacionalidade e número de ações
de todos os acionistas.

Art 20 - As pessoas físicas ou empresas individuais deverão instruir seus pedidos


com os seguintes documentos, além dos exigidos pela legislação específica de
mineração:

I - cópia da declaração de firma, em que constem as cláusula mencionadas no art.


18, quando empresa, individual;

II - cópia da Certidão de Nascimento ou de Casamento, conforme o caso;

III - prova de estarem em dia com as suas obrigações referentes ao Serviço Militar;
e

IV - prova de estarem em dia com as suas obrigações relacionadas com a Justiça


Página73

Eleitoral.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art 21 - O procedimento para a obtenção do assentimento prévio do CSN, pelas
empresas de mineração, será o seguinte:

I - para empresas em formação ou para aqueIas que desejarem, pela primeira vez,
executar as atividades na Faixa de Fronteira - requerimento instruído com os
documentos exigidos pela legislação específica de mineração e os mencionados nos
artigos 19 ou 20, conforme o caso, dirigido ao DNPM que, após emitir parecer,
encaminhará o respectivo processo à SG/CSN, para apreciação e posterior restituição
àquele Departamento; e

II - para empresas que já possuem o assentimento prévio para executar as


atividades na Faixa de Fronteira e que desejem efetuar alteração em seu instrumento
social, para posterior registro, referente a alteração do objeto social; mudança do nome
comercial ou endereço da sede; eleição ou substituição de diretores na administração ou
gerência; alteração nas atribuições e competências de administradores; modificação na
participação do capital social; aumento de capital social nos casos de emissão e/ou
subscrição pública ou particular de ações; mudança na forma das ações; entrada ou
retirada de novos acionistas; transformação, incorporação, fusão e cisão; retirada e/ou
admissão de sócios-cotistas; ou reforma total dos estatutos ou contrato social -
requerimento instruído com os documentos exigidos pela legislação específica de
mineração a proposta de alteração estatutária ou contratual e as cópias dos documentos
pessoais mencionados no art. 19 dos novos administradores ou sócios-cotistas, quando
for o caso, dirigido ao DNPM, seguindo-se o processamento descrito no Item I.

Parágrafo único - Caberá ao DNPM o encaminhamento dos atos constitutivos,


instrumentos sociais e respectivas alterações estatutárias e contratuais à empresa
requerente, para posterior registro nas Juntas Comerciais dos Estados e Territórios
Federais.

CAPÍTULO V

DA COLONIZAÇÃO E LOTEAMENTOS RURAIS

Art 22 - Para a execução das atividades de colonização e loteamentos rurais, na


Página74

Faixa de Fronteira, serão observadas as prescrições gerais da legislação agrária

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
específica e o processo terá início no Instituto Nacional de Colonização e Reforme
Agrária (INCRA).

Art 23 - Entende-se por empresa particular de colonização, para os efeitos deste


regulamento, as pessoas físicas ou jurídicas, estas constituídas e domiciliadas no País,
que tiverem por finalidade executar programa de valorização de área ou distribuição, de
terras.

§ 1º - No caso de pessoa física ou empresa individual, só a brasileiro será permitido


executar as atividades previstas neste artigo.

§ 2º - É vedada a delegação de poderes de direção ou gerência a estrangeiro, ainda


que por procuração outorgada pela sociedade ou empresa individual.

Art 24 - O assentimento prévio do CSN para a execução das atividades de


colonização e loteamentos rurais, na Faixa de Fronteira, será necessário:

I - na alienação de terras públicas, para a empresa vencedora de licitação publicada


no Diário Oficial da União; e

II - na alienação de terras particulares, para as empresas que as desejarem adquirir,


quando da apresentação dos respectivos projetos.

Art 25 - Nas hipóteses do artigo anterior, as empresas deverão fazer constar de seus
estatutos ou contratos sociais as cláusulas mencionadas nos artigos 17 ou 18, conforme
o caso.

Art 26 - As empresas enquadradas no art. 24 deverão instruir seus processos com


os documentos discriminados nos artigos 19 ou 20, conforme o caso.

Art 27 - As empresas de colonização e loteamento rurais que já possuem


autorização para operar na Faixa de Fronteira necessitarão do assentimento prévio do
CSN para efetuarem alterações em seu instrumento social, para posterior registro nos
casos previstos no item II do art. 21.
Página75

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art 28 - Após instruídos pelo INCRA, os processos de colonização e loteamentos
rurais, na Faixa de Fronteira, serão encaminhados a SG/CSN para apreciação e posterior
restituição àquela autarquia.

Parágrafo único - Caberá ao INCRA o encaminhamento dos atos constitutivos,


instrumentos sociais e respectivas alterações estatutárias e contratuais à empresa
requerente, para posterior registro nas Juntas Comerciais dos Estados e Territórios
Federais.

CAPÍTULO VI

DAS TRANSAÇÕES COM IMÓVEIS RURAIS, ENVOLVENDO ESTRANGEIROS

Art 29. - Os negócios jurídicos que, direta ou indiretamente, implicarem obtenção


da posse, do domínio ou de qualquer outro direito real sobre imóvel rural situado na
Faixa de Fronteira, dependerão do assentimento prévio do CSN e o processo terá início
no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), quando adquirente
de titularidade daqueles direitos:

I - pessoa física estrangeira residente no Brasil;

II - pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País; ou

III - pessoa jurídica brasileira da qual participe, a qualquer título, detendo a maioria
de seu capital social, pessoa física estrangeira aqui não residente ou pessoa jurídica
estrangeira sediada no exterior.

Art 30. - As pessoas jurídicas referidas nos itens II e III do artigo anterior somente
poderão obter o assentimento prévio quando o imóvel rural pretendido se destinar a
implantação de projeto agrícola, pecuário, industrial ou de colonização, vinculado aos
seus objetivos estatutários.

Art 31. - As pessoas físicas estrangeiras que desejarem adquirir imóvel rural, na
Faixa de Fronteira, deverão instruir seus pedidos com os seguintes documentos, além
dos exigidos pela legislação agrária específica:
Página76

I - cópia da Carteira de Identidade para Estrangeiro;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
II - declaração do interessado, de que não está respondendo a inquérito ou ação
penal, nem foi condenado pela justiça de seu País ou do Brasil;

III - prova de propriedade do imóvel pretendido, incluindo sua cadeia dominial; e

IV - cópia do Certificado de Cadastro do INCRA, referente ao exercício em vigor.

Parágrafo único - No texto do requerimento para a aquisição do imóvel rura, o


interessado deverá declarar sua residência e o endereço para correspondência.

Art 32 - As pessoas jurídicas estrangeiras referidas nos itens II e III do art. 29 que
desejarem adquirir imóvel rural, na Faixa de Fronteira, deverão instruir seus pedidos
com os seguintes documentos, além dos exigidos pela legislação agrária específica:

I - cópia do estatuto ou contrato social da empresa;

II - autorização para a peticionaria funcionar no Brasil, em se tratando de empresa


estrangeira;

III - cópias dos atos de eleição da diretoria e da alteração do nome comercial da


empresa, se for o caso;

IV - relação nominal, contendo a nacionalidade e número de ações dos acionistas


da empresa, quando se tratar de sociedade anônima, em se tratando de empresa
brasileira;

V - prova de propriedade do imóvel pretendido, incluindo sua cadeia dominial; e

VI - cópia do Certificado de Cadastro do INCRA, referente ao exercício em vigor.

Art 33 - Os processos para transação de imóveis rurais com estrangeiros, na Faixa


de Fronteira, serão remetidos pelo INCRA à SG/CSN, com o respectivo parecer, sendo
restituídos àquela autarquia após apreciados.
Página77

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
CAPÍTULO VII

DA PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIROS EM PESSOA JURÍDICA BRASILEIRA

Art 34 - A participação, a qualquer título, de estrangeiro, pessoa natural ou


jurídica, em pessoa jurídica brasileira que seja titular de direito real sobre imóvel rural
localizado na Faixa de Fronteira, dependerá do assentimento prévio do CSN.

§ 1º - São direitos reais, assim definidos no Código Civil Brasileiro, além da


propriedade e da posse, a enfiteuse ou aforamento, as servidões, o usufruto, o uso, a
habitação, as rendas expressamente constituídas sobre imóveis, a anticrese e a hipoteca.

§ 2º - A pessoa jurídica que desrespeitar a exigência deste artigo sujeitar-se-á à


dissolução, na forma da legislação pertinente.

Art 35 - Para a lavratura e o registro de escritura de alienação ou de constituição de


direito real, que tiver por objeto imóvel rural situado na Faixa de Fronteira, em que o
outorgado for pessoa jurídica, será indispensável verificar se dela participa, como sócio
ou acionista, pessoa física ou jurídica estrangeira.

Parágrafo único - A verificação de que trata este artigo far-se-á da seguinte


maneira:

I - em se tratando de sociedade anônima - à vista da relação nominal dos acionistas,


contendo a nacionalidade, o número de ações com direito a voto e a soma das
participações, a qual deverá coincidir com o capital declarado no estatuto social da
empresa; a relação será firmada pelos diretores da empresa, responsáveis pela exação da
informação, com a declaração de que foi feita de conformidade com os dados existentes
no Livro de Registro de Ações da sociedade; e

II - em se tratando de sociedade de outro tipo - à vista do contrato social e de suas


alterações.

Art 36 - O assentimento prévio para os atos previstos neste capítulo será dado
mediante solicitação do interessado à SG/CSN.
Página78

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
CAPÍTULO VIII

DO AUXÍLIO FINANCEIRO AOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA

Art 37 - Para habilitar-se ao auxílio financeiro destinado à execução de obras


públicas, previsto no art. 9º da Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979, os municípios total
ou parcialmente localizados na Faixa de Fronteira deverão, até 31 de julho do ano
anterior ao da concessão, encaminhar à SG/CSN dados sucintos sobre a obra que
pretendem realizar e seu orçamento estimado.

Parágrafo único - Em casos especiais, devidamente justificados, poderá ser


concedido auxílio para aquisição de máquinas e equipamentos.

Art 38 - A SG/CSN estudará os pedidos de auxílio e, a partir de 1º de setembro,


informará às Prefeituras Municipais da concessão ou não do auxílio solicitado.

Art 39 - Os recursos serão repassados diretamente às Prefeituras Municipais por


intermédio da agência do Banco do Brasil S.A.

Art 40 - A aplicação dos recursos está sujeita a comprovação perante o Tribunal de


Contas da União, por Intermédio da SG/CSN.

§ 1º - O emprego dos recursos limitar-se-á no exercício financeiro em que foram


concedidos, podendo ser aproveitados no exercício imediato, como Restos a Pagar,
desde que devidamente empenhados no exercício do recebimento.

§ 2º - Enquanto as prestações de contas não forem apresentadas, as Prefeituras


Municipais não estarão habilitadas ao recebimento de auxílios posteriores.

Art 41 - A SG/CSN baixará instruções detalhadas, visando a orientar as Prefeituras


Municipais quanto à habilitação e repasse dos auxílios, aplicação dos recursos e
prestação de contas.
Página79

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
CAPÍTULO IX

DA INSCRIÇÃO NOS ÓRGÃOS DO REGISTRO DO COMÉRCIO

Art 42 - As Juntas Comerciais dos Estados e dos Territórios Federais exigirão


prova do assentimento prévio de CSN nos seguintes casos:

I - execução dos serviços de radiodifusão, de que trata o Capítulo III:

a) para inscrição dos atos constitutivos, estatutos ou contratos sociais das empresas
que desejarem, pela primeira vez, executar o serviço na Faixa de Fronteira; e

b) para inscrição das alterações nos instrumentos sociais, listadas no Item II do art.
12; e

II - execução das atividades de mineração, de que trata o Capítulo IV e de


colonização e loteamentos rurais, de que trata o Capítulo V:

a).para inscrição dos atos constitutivos, declarações de firma, estatutos ou contratos


sociais das empresas que desejarem, pela primeira vez, executar as atividades na Faixa
de Fronteira; e

b) para inscrição das alterações nos instrumentos sociais, listadas no item II do art.
21.

Art 43 - A abertura de filiais, agências, sucursais, postos ou quaisquer outros


estabelecimentos com poder de representação ou mandato da matriz, na Faixa de
Fronteira, relacionados com a prática de atos que necessitam do assentimento prévio,
implicará o cumprimento das prescrições deste regulamento.

Art 44 - Será dispensado ato formal da SG/CSN, nos casos de dissolução,


liquidação ou extinção das empresas que obtiveram o assentimento prévio para
exercerem atividades na Faixa de Fronteira, na forma deste regulamento, cabendo ao
Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) comunicar tais ocorrências
àquela Secretaria-Geral, para fins de controle.
Página80

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
CAPÍTULO X

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art 45 - As entidades da administração indireta, da União, dos Estados e dos


Municípios, aplicam-se, no que couber, as disposições deste regulamento, não lhes
sendo exigível, porém, que adotem para suas ações a forma nominativa.

Art 46 - Os Cartórios de Notas e de Registro de Imóveis exigirão prova do


assentimento prévio do CSN para as transações com imóveis rurais, envolvendo
estrangeiros, de que trata o Capítulo VI e obedecidas as prescrições da legislação que
regula a aquisição de imóvel rural por estrangeiro residente no País ou pessoa jurídica
estrangeira autorizada a funcionar no Brasil.

Art 47 - Trimestralmente, os Cartórios de Registro de Imóveis remeterão à


Corregedoria da Justiça Estadual a que estiverem subordinados ou à Corregedoria da
Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, à repartição estadual do INCRA e à
SG/CSN, relação das aquisições de imóveis rurais por pessoas físicas ou jurídicas
estrangeiras, situados na Faixa de Fronteira, do qual constarão os seguintes dados:

I - menção do documento de identidade das partes contratantes ou dos respectivos


atos constitutivos, se pessoas jurídicas;

II - memorial descritivo do imóvel, com área, características, limites e


confrontações; e

III - transcrição da autorização do órgão competente.

Art 48 - A SG/CSN solicitará, das autoridades e órgãos competentes, a instauração


de inquérito destinado a apurar as infrações ao disposto neste regulamento.

Art 49 - Os atos previstos neste regulamento, se praticados sem o assentimento


prévio do CSN, serão nulos de pleno direito e sujeitarão os responsáveis à multa de até
vinte por cento (20%) do valor declarado do negócio irregularmente realizado.

Art 50 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as


Página81

disposições em contrário.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Brasília, 26 de agosto de 1980; 159º da Independência e 92º da República.

JOÃO FIGUEIREDO
Danilo Venturini

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 27.8.1980

Nota Técnica.

Para entender a Portaria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e


Comunicações, PORTARIA Nº 1.909, DE 6 DE ABRIL DE 2018. Altera a Portaria nº
4.334/2015/SEI-MC, que dispõe sobre o serviço de radiodifusão comunitária. Publicada
no Diário Oficial da União - Nº 67, segunda-feira, 9 de abril de 2018 1 ISSN 1677-
7042.

Os Avisos de Habilitação passaram a ser chamados "Editais de Seleção Pública" a partir


da Portaria nº. 4334/2015/SEI-MC (Diário Oficial da União de 21/09/2015), que
revogou a Norma 1/2011 e passou a reger o Serviço de Radiodifusão Comunitária.

O Serviço de Radiodifusão Comunitária – RadCom é regido pela Lei Federal nº.


9.612/1998, que criou o serviço, e pelo Decreto nº. 2.615/1998, que regulamentou
referida lei. No âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações, o Serviço de Radiodifusão Comunitário tem como norma a Portaria nº
4.334/2015/SEI-MC, alterada pela Portaria nº 1.909/2018/SEI-MCTIC e pela Portaria
1.976/2018/SEI-MCTIC, que traz todas as regras sobre como serão processados os
pedidos de outorga e, igualmente, como o Serviço deverá ser prestado.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, visando traçar um


planejamento, de tal maneira a dar maior transparência e eficiência às concessões de
outorgas para prestar o Serviço de Radiodifusão Comunitária, acabou por instituir
o Plano Nacional de Outorgas – PNO.

O PNO conterá, essencialmente, a informação acerca de quais serão os futuros Editais a


serem publicados e quais os Municípios e Estados que serão contemplados em cada um
deles.
Página82

E como o Ministério escolhe quais Municípios serão incluídos no PNO?

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Simples! São usados para tanto dois critérios: (1) incluem-se Municípios que ainda não
tenham nenhuma entidade autorizada a executar o Serviço e; (2) incluem-se Municípios
onde existem pessoas que manifestaram interesse em prestar o Serviço.

Assim, qualquer pessoa que tenha interesse em prestar o Serviço, com o fim de auxiliar
o Ministério a criar o PNO, poderá enviar um requerimento de Cadastro de
Demonstração de Interesse – CDI utilizando-se para tanto de formulário disponível
neste sítio eletrônico, no tópico Publicações.

Publicado um Edital contemplando o Município de interesse, a entidade deverá se


inscrever no Edital seguindo suas instruções e tomando o cuidado para enviar todos os
documentos necessários no prazo.

ATENÇÃO!!!

Antes de enviar os documentos para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e


Comunicações, tome o cuidado de conferir se todos eles estão corretos, conforme o que
exige a Lei nº. 9.612/1998 e a Portaria nº 4.334/2015/SEI-MC, alterada pela Portaria nº
1.909/2018/SEI-MCTIC e pela Portaria 1.976/2018/SEI-MCTIC. Essa precaução
simples, além de evitar que o pedido seja inabilitado ou indeferido, faz com que o
processo tenha andamento mais ágil, garantindo que a autorização para prestar o
Serviço de RadCom saia o mais breve possível.

A seguir, de maneira resumida constam os principais passos do processo de outorga:

a) Publicação do Plano Nacional de Outorgas – PNO: será publicado o PNO


contendo previsão com todos os Editais que serão publicados nos meses subsequentes e
quais serão os Municípios contemplados em cada um deles.

b) Publicação do Edital de Seleção Pública: o Ministério da Ciência, Tecnologia,


Inovações e Comunicações publica Edital contemplando certos Municípios e
especificando, dentre outras coisas, os documentos que as entidades interessadas devem
encaminhar para se inscreverem na Seleção Pública e qual o prazo para tanto.

c) Habilitação: uma vez recebidos os documentos, eles serão transformados em um


processo e, já na Coordenação-Geral de Radiodifusão Comunitária – CGRC passarão
por criteriosa análise inicial, em que será verificado se todos os documentos foram
Página83

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
encaminhados, se a requerente já executou a Radiodifusão sem outorga do Poder
Concedente ou se é vinculada.

d) Seleção: para essa fase passarão apenas as entidades que foram habilitadas e somente
se existir concorrência. Nesse momento o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações tentará fazer com que as entidades concorrentes se associem para
prestar conjuntamente o Serviço e, apenas caso reste fracassada essa possibilidade é que
se verificará a quantidade de manifestações em apoio que cada concorrente tem,
selecionando-se assim aquela que obtiver maior representatividade.

e) Instrução: nessa fase, o processo de outorga da entidade selecionada terminará de ser


instruído com os documentos que não precisavam obrigatoriamente ser enviados na
habilitação (comprovante de recolhimento da taxa de cadastramento e Formulário de
dados de Funcionamento da Estação).

f) Proclamação do resultado: finda a fase de instrução e estando a entidade


selecionada regular (isto é, sendo ela comunitária e sem vínculos), o Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações a proclamará vencedora e declarará
encerrada a Seleção Pública, de tudo comunicando às entidades interessadas.

g) Portaria de autorização: proclamado o resultado, o processo será enviado ao


Ministro de Estado das Comunicações para que decida acerca da regularidade do
processo e expeça de Portaria de Autorização.

h) Fase externa: após a publicação da Portaria de Autorização no Diário Oficial da


União – DOU, o Ministério encaminhará o processo à Presidência da República, que
fará uma revisão e, em seguida, encaminhará os autos ao Congresso Nacional.

Por sua vez o Congresso deliberará acerca da outorga e, caso se manifeste pela sua
regularidade, expedirá Decreto Legislativo autorizando a que a entidade interessada
preste o Serviço de Radiodifusão Comunitária durante 10 (dez) anos, contado a partir da
publicação de tal ato no DOU.

ATENÇÃO!!!

A emissora não poderá funcionar apenas com a publicação da Portaria de Autorização,


devendo aguardar a deliberação do Congresso Nacional. Todavia, após decorridos 90
Página84

(noventa) dias sem deliberação do Congresso, o Ministério expedirá automaticamente

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
autorização de operação, em caráter provisório, que terá duração até a apreciação final
do ato de outorga pelo Congresso Nacional.

FLUXOGRAMA - RADCOM

É muito importante esclarecer que a entidade autorizada a prestar o Serviço deverá


instituir um Conselho Comunitário. Esse órgão, composto por no mínimo 5 (cinco)
pessoas representantes de pessoas jurídicas da comunidade local (a exemplo de
associações de classe, beneméritas, religiosas, de moradores, etc.), devidamente
constituídas, será o responsável por verificar se a emissora atende em sua programação
os princípios que regem a Radiodifusão Comunitária, conforme estabelecido pelo art.
4º da Lei nº. 9.612/1998.

Mais informações sobre a Radiodifusão Comunitária podem ser obtidas a partir


da leitura da Cartilha Eletrônica, da Lei nº. 9.612/1998 e da Portaria nº
4.334/2015/SEI-MC, alterada pela Portaria nº 1.909/2018/SEI-MCTIC e pela Portaria
1.976/2018/SEI-MCTIC ou por meio do e-mail duvidasradcom@mcti.gov.br

Página85

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
ANEXO III - Das Portarias Ministeriais.
Nova norma amplia alcance da transmissão para raio de
até quatro mil metros. Portaria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações, PORTARIA Nº 1.909, DE 6 DE ABRIL DE 2018. Altera a Portaria nº
4.334/2015/SEI-MC, que dispõe sobre o serviço de radiodifusão comunitária. Publicada
no Diário Oficial da União - Nº 67, segunda-feira, 9 de abril de 2018 1 ISSN 1677-
7042. O instrumento jurídico REFORÇA A PROIBIÇÃO DE QUE “proíbe vinculo dos
dirigentes de rádios comunitárias com políticos, religiosos, titulares de órgãos públicos,
como secretarias municipais ou participar de outra entidade detentora de outorga do
serviço. Além disso impede que a diretoria tenha metade dos membros da

mesma família. Além disso, abre a possibilidade para que a área pretendida para
prestação do serviço (área da comunidade atendida) seja limitada por um raio igual ou
inferior a quatro mil metros a partir da antena transmissora. A norma, que disciplina o
serviço de radiodifusão comunitária, também estabelece as condições para divulgação
do Plano Nacional de Outorga (PNO RadCom) do serviço. Assim como cria condições
para que alguns vícios nos processos de outorgas sejam sanados, especialmente durante
a renovação. http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=09/04/2018&jornal=515&pagina=23&totalArquivos=130

Página86

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
https://espectro.org.br/sites/default/files/downloads-legislacao/Portaria%201909%20-
Radiodifusao%20Comunitaria%20-%2020180406.pdf

O Serviço de Radiodifusão Comunitária no âmbito do Ministério da Ciência,


Tecnologia, Inovações e Comunicações, têm como normas (que traz todas as regras sobre
como serão processados os pedidos de outorga e, igualmente, como o Serviço deverá ser prestado):

Portaria nº 4.334/2015/SEI-MC. 17 de setembro de 2015. Dispõe sobre o


serviço de radiodifusão comunitária. Observação: Este texto não substitui o
publicado no DOU de 21/9/2015.

O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES, no uso das atribuições que


lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e considerando o
disposto na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, e no Decreto nº 2.615, de 3 de
Página87

junho de 1998,
RESOLVE:

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Portaria visa regulamentar as disposições relativas ao Serviço de
Radiodifusão Comunitária, instituído pela Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998.
Parágrafo único. Denomina-se Serviço de Radiodifusão Comunitária a radiodifusão
sonora, em frequência modulada, operada em baixa potência e cobertura restrita,
outorgada a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na
localidade de prestação do serviço.

Art. 2º A presente Portaria regerá a relação jurídica entre o Ministério das


Comunicações e as entidades interessadas em obter autorização ou que já prestem o
Serviço de Radiodifusão Comunitária.
Parágrafo único. A relação jurídica terá início com o protocolo do pedido de outorga e
terminará com a extinção do processo administrativo ou da autorização, sem prejuízo de
eventual apuração de infração.

Art. 3º Todos os processos regidos por essa Portaria são públicos, sendo livre a vista
deles a qualquer pessoa, observadas as disposições da Lei nº 12.527, de 18 de novembro
de 2011.
Art. 4º Deverão ser sanadas todas as irregularidades meramente formais, entendidas
como aquelas a que esta Portaria, o Decreto nº 2.615, de 1998, ou a Lei nº 9.612, de
1998, não cominem inabilitação ou indeferimento.
Art. 5º As entidades credenciadas para a utilização do Sistema Eletrônico de
Informações – SEI - serão notificadas por meio eletrônico, na forma prevista na
regulamentação.
Parágrafo único. No caso de entidades não credenciadas na forma do caput, a
comunicação dos atos se dará na forma prevista pela Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de
1999.
Art. 6º Os documentos solicitados poderão ser apresentados em cópia simples.
§ 1º Havendo dúvida fundada quanto à sua autenticidade, o Ministério das
Comunicações poderá solicitar a apresentação do documento original ou de cópia
autenticada.

§ 2º Não será exigida prova de fato já comprovado pela apresentação de outro


Página88

documento válido.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 3º Documentos comprobatórios que constem em base de dados oficial da
administração pública federal serão obtidos diretamente pelo Ministério das
Comunicações.

§ 4º Serão aceitos requerimentos apresentados em desconformidade com os modelos


previstos nesta Portaria, desde que contenham todas as informações essenciais
constantes do respectivo formulário padrão.

Art. 7º Para os fins desta Portaria, considera-se:


I – Entidade interessada: a associação civil ou fundação que pretende obter autorização
para prestar o Serviço de Radiodifusão Comunitária;

II – Caráter comunitário: o conjunto de características da entidade que, dando


cumprimento ao que determina a normatização aplicável ao Serviço de Radiodifusão
Comunitária, assegura a participação democrática e isonômica dos associados nos foros
de deliberação, inclusive mediante a garantia ampla de direito de voz e voto, da
possibilidade de ingresso de novos associados e da alternância dos membros de seu
corpo diretivo;

III – Vínculo: a manutenção ou o estabelecimento de qualquer ligação que subordine ou


sujeite a entidade, inclusive por meio de seus dirigentes, à gerência, à administração, ao
domínio, ao comando ou à orientação de outrem, em especial mediante compromissos
ou relações financeiras, religiosas, familiares, político-partidárias ou comerciais;

IV – Proselitismo: todo empenho ativista que, por meio da programação da emissora


comunitária, objetive conseguir adeptos para uma doutrina, filosofia, religião ou
ideologia;

V – Concorrência: a relação que se estabelece entre entidades concorrentes, tidas como


todas as interessadas cujos processos possam influir ou ser influenciados mutuamente
em razão da proximidade entre os sistemas irradiantes, sendo de duas espécies:

a) Direta: quando os sistemas irradiantes distem menos de 4 (quatro) quilômetros; e

b) Indireta: quando entidades que não concorram diretamente tenham pelo menos uma
concorrente direta em comum;

VI – Cessão: o ato que, sem necessidade de instrumento formal, transfere a titularidade


Página89

da emissora ou de horários da programação de modo definitivo;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
VII – Arrendamento: o ato que, sem necessidade de instrumento formal, transfere o uso
e gozo da emissora ou de horários da programação sem transferência da titularidade;

VIII – Cobertura restrita: a área compreendida pela circunferência de raio igual ou


inferior a 1.000 (mil) metros em cujo centro está situada a antena transmissora.

Parágrafo único. A depender do ambiente de propagação e mantidas as características


técnicas da autorização, o sinal eletromagnético pode ter um nível adequado para
recepção além dos limites da cobertura restrita.

CAPÍTULO II
DO PROCESSO DE OUTORGA
Seção I
Das Fases da Seleção Pública
Art. 8º O processo de outorga de autorização para prestar o Serviço de Radiodifusão
Comunitária obedecerá às seguintes fases:
I – publicação do edital;

II – habilitação;

III – seleção da entidade com maior representatividade;

IV – instrução do processo selecionado; e

V – procedimentos para finalizar a outorga de autorização.

Art. 9º A seleção pública obedecerá aos seguintes princípios:


I – isonomia, vinculação ao edital e julgamento objetivo;

II – presunção de boa-fé;

III – duração razoável do processo administrativo;

IV – adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,


segurança e respeito aos direitos dos administrados;

V – racionalização de métodos e padronização de procedimentos;

VI – eliminação de exigências desproporcionais ou cujo custo econômico ou social seja


superior ao risco envolvido; e
Página90

VII – interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento


do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Seção II
Do Cadastro de Demonstração de Interesse
Art. 10. O Cadastro de Demonstração de Interesse – CDI - é o instrumento pelo qual a
entidade demonstra ao Ministério das Comunicações interesse na publicação de edital
de seleção pública para localidade específica.
§ 1º O objetivo do CDI é, exclusivamente, o de identificar a demanda por outorgas e
fornecer subsídios para a elaboração do Plano Nacional de Outorgas – PNO -, não
gerando direito à autorização ou ao funcionamento de estação de rádio comunitária.

§ 2º A publicação de editais com o fim de atender ao CDI fica sujeita à análise de


conveniência e oportunidade do Ministério das Comunicações.

§ 3º A apresentação de CDI não dá início ao processo de outorga, não confere direito de


preferência e não dispensa a entidade interessada de atender ao edital nas condições e
prazos estabelecidos.

Art. 11. O CDI deverá ser apresentado mediante a utilização do formulário padronizado
(Anexo 1), disponível no sítio eletrônico do Ministério das Comunicações, e deverá ser
entregue preferencialmente por meio eletrônico.
Art. 12. O CDI não será registrado pelo Ministério das Comunicações quando:
I – for formulado por pessoa física ou por pessoa jurídica que não seja associação civil
ou fundação;

II – o local proposto para instalação do sistema irradiante:

a) estiver a uma distância inferior a 4 (quatro) quilômetros do sistema irradiante de uma


entidade autorizada a prestar o Serviço de Radiodifusão Comunitária no mesmo
Município;

b) se encontrar em área que não atenda a qualquer comunidade; ou

c) estiver fora do limite geográfico do Município para onde estiver sendo solicitada a
outorga;

III – for ininteligível;

IV – apresentar incorreções quanto ao CNPJ, ao endereço pretendido para instalação do


sistema irradiante ou à assinatura do representante legal da entidade.
Página91

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. A existência de processo de outorga em andamento para a localidade
não é óbice ao registro do CDI.

Art. 13. Da decisão que nega o registro do CDI não cabe recurso.
Art. 14. As entidades que não lograrem o registro poderão apresentar novo CDI a
qualquer tempo.
Art. 15. O Ministério das Comunicações disponibilizará na internet uma listagem dos
Municípios com CDI registrado, mas ainda não atendido.
Seção III
Do Plano Nacional de Outorga e dos Editais de Seleção Pública
Art. 16. O Ministério das Comunicações divulgará, anualmente, um PNO, contendo o
cronograma dos editais a serem publicados nos períodos subsequentes.
§ 1º A qualquer tempo, o Ministério das Comunicações poderá publicar novos editais,
em paralelo ao PNO, com o fim de atender comunidades ribeirinhas, quilombolas,
indígenas, assentamentos rurais, de matriz africana e colônias agrícolas, além de outras
consideradas tradicionais, e municípios onde não haja entidades autorizadas.

§ 2º O cronograma deverá indicar as datas prováveis para publicação dos editais e os


Municípios contemplados.

§ 3º A escolha dos municípios observará, prioritariamente, os seguintes critérios:

I – atendimento a localidades onde não existam entidades autorizadas para a execução


do Serviço de Radiodifusão Comunitária; e

II – atendimento a Cadastros de Demonstração de Interesse registrados.

Art. 17. Observado o disposto no PNO, o Ministério das Comunicações publicará no


Diário Oficial da União extrato de edital com a finalidade de convocar as entidades
interessadas a participarem da Seleção Pública.
Parágrafo único. O edital será disponibilizado integralmente na Internet.

Art. 18. A qualquer tempo, poderão ser excluídos do PNO ou de edital os Municípios
que apresentem inviabilidade técnica.
Art. 19. Do edital constará no mínimo:
I – os Municípios contemplados e os Estados correspondentes;

II – o canal de operação designado para cada Município;


Página92

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
III – o prazo de sessenta dias para apresentação da documentação, com a indicação
expressa da data do início e do fim do prazo;

IV – a relação circunstanciada de toda a documentação a ser apresentada pelas entidades


interessadas, indicando aquela cuja ausência implica a inabilitação;

V – o valor da taxa relativa às despesas de cadastramento, bem como o banco, a agência


e a conta na qual deverá ser efetuado o depósito;

VI – as condições técnicas especiais, nos casos em que se constatar limitação técnica no


Município;

VII – as regras de seleção e os critérios de contagem e validade das manifestações em


apoio; e

VIII – o método de contagem de prazo; e

IX - os meios de divulgação oficial dos atos decisórios.

Parágrafo único. Qualquer modificação ou correção do edital exige divulgação pela


mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo incialmente estabelecido,
exceto quando a alteração não afete as condições gerais de habilitação ou seleção.

Art. 20. Findo o prazo de que trata o inciso III do art. 19, o Ministério das
Comunicações disponibilizará dentro de um mês, em sua página na internet, a relação
nominal das entidades que solicitaram autorização para executar o Serviço de
Radiodifusão Comunitária em cada Município.
Seção IV
Da Habilitação
Art. 21. A habilitação é a fase do processo de outorga em que o Ministério das
Comunicações verifica a tempestividade da apresentação dos documentos habilitantes e
se estes atendem ao definido no edital.
Art. 22. São documentos habilitantes:
I – requerimento de outorga (Anexo 2);
II – estatuto social da entidade atualizado;

III – ata de constituição da entidade;

IV – ata de eleição dos atuais dirigentes;


Página93

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
V – prova de que todos os diretores são brasileiros natos ou naturalizados há mais de
dez anos;

VI – comprovação de maioridade de todos os diretores; e

VII – manifestações em apoio à iniciativa firmadas por pessoas físicas ou jurídicas


domiciliadas na área pretendida para a prestação do serviço (Anexos 3 e 4).

§ 1º As coordenadas indicadas no Requerimento de Outorga devem respeitar o art. 23,


estar situadas dentro da área do Município e obedecer à padronização GPS-WGS84, na
forma GGº MM’ SS”, com apenas dois dígitos inteiros, em que tanto os minutos (MM’)
como os segundos (SS”) na latitude e na longitude não deverão ultrapassar o limite
máximo de 59.
§ 2º Todas as atas bem como as eventuais alterações do estatuto social devem estar
registradas no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

§ 3º A prova da maioridade e nacionalidade se dará por meio dos seguintes documentos:

I – certidão de nascimento ou casamento;

II – certificado de reservista;

III – cédula de identidade;

IV – certificado de naturalização expedido há mais de dez anos;

V – carteira profissional;

VI – carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); ou

VII – passaporte.

§ 4º A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não será aceita para comprovar a


nacionalidade e o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) não servirá para comprovar a
maioridade ou a nacionalidade.

§ 5º As manifestações em apoio, para serem tidas como válidas, deverão ser


apresentadas na forma do art. 34.
Art. 23. As coordenadas geográficas do sistema irradiante propostas pelas entidades
interessadas deverão guardar uma distância mínima de 4 (quatro) quilômetros do
sistema irradiante de entidade autorizada a executar o Serviço de Radiodifusão
Página94

Comunitária.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. A distância mínima de 4 (quatro) quilômetros poderá ser excepcionada
quando, cumulativamente:

I – as duas emissoras estiverem em Municípios vizinhos; e

II – forem atribuídos canais distintos para a execução do Serviço nos Municípios.

Art. 24. Em caso de não envio ou de envio irregular dos documentos previstos no art.
22, será conferida à entidade uma única oportunidade para apresentar a documentação
faltante, a ser cumprida no prazo improrrogável de trinta dias.
§1º As manifestações em apoio corrigidas ou enviadas após o prazo do art. 19, III, a
requerimento deste Ministério ou não, serão desconsideradas para fins de aplicação do
critério da representatividade (art. 9º, §5º, Lei nº. 9.612, de 1998).
§2º. O prazo fixado para habilitação, de que trata o art. 9º, § 2º da Lei nº 9.612, de 1998,
encerra-se com o fim do prazo para cumprimento da exigência indicada no caput.
Art. 25. São hipóteses de inabilitação:
I - a inscrição na Seleção Pública por entidade que não seja associação civil ou
fundação;

II - a inscrição intempestiva na Seleção Pública;

III - o estabelecimento ou a manutenção de vínculos de qualquer natureza;

IV – o não atendimento de solicitação feita nos termos do art. 24; ou


V – a execução de Serviço de Radiodifusão sem a outorga do Poder concedente e após a
publicação do edital.

§ 1º A inscrição na Seleção Pública será intempestiva quando o envio dos documentos


não obedecer ao prazo previsto no art. 19, III.
§ 2º Considera-se vinculada, em infração ao art. 11 da Lei nº 9.612, de 1998, a entidade
que, enquanto perdurar a relação jurídica com o Ministério das Comunicações, se
enquadre no descrito no artigo 7º, inciso III, notadamente:
I – quando membro de órgão de direção da entidade, individualmente considerado:

a) exerce mandato eletivo no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo, nas esferas
federal, estadual, distrital ou municipal;

b) exerce cargo ou função em órgão de direção de partido político, a nível municipal,


Página95

estadual, distrital ou federal;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
c) exerce cargo de Ministro de Estado, Secretário de Estado ou Secretário Municipal,
independente da denominação que recebem;

d) é dirigente de entidade outorgada ou de outra interessada na execução do Serviço de


Radiodifusão Comunitária ou Comercial; ou

e) exerce cargo de dignidade eclesiástica ou de sacerdócio.

II – quando a diretoria da entidade for composta majoritariamente por parentes entre si,
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, incluídos o cônjuge ou
companheiro.

III – quando estatuto social, ata de fundação, de eleição ou de assembleia geral ou


qualquer outro documento da entidade apresente claramente disposições que explicitem
a vinculação;

IV – quando a localização da sede da entidade, do seu sistema irradiante ou do seu


estúdio coincida com o endereço de entidade religiosa, de partido político ou outra
emissora comercial ou comunitária; e

V – quando a entidade, por qualquer meio, anuncie que realiza ou realizará proselitismo.

§ 3º A existência de vínculo, verificada no curso do processo, é vício de caráter


insanável.

Art. 26. O resultado prévio da habilitação será comunicado às entidades interessadas,


que poderão interpor recurso administrativo na forma da Seção VII deste Capítulo.
Art. 27. Finalizada a análise dos recursos, as entidades serão comunicadas do resultado
definitivo da fase de habilitação.
Seção V
Da Seleção
Art. 28. Seleção é a fase na qual serão escolhidas, dentre as concorrentes habilitadas,
aquela que passará à fase de instrução processual, tendo em consideração a pontuação
em manifestações em apoio válidas e as relações de concorrência direta e indireta.
Parágrafo único. A fase de seleção somente ocorrerá quando houver concorrência.

Art. 29. As entidades habilitadas poderão mudar as coordenadas propostas para


instalação do sistema irradiante, inclusive durante a fase de instrução, desde que haja
Página96

viabilidade técnica.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. Se a mudança de coordenadas fizer com que a entidade requerente
tenha outras concorrentes, estas não serão prejudicadas e a entidade que propôs a
mudança perderá, em relação a essas novas concorrentes, a pontuação obtida com
manifestações em apoio.

Art. 30. Antes de se aferir a representatividade de cada concorrente, por ocasião da


comunicação do resultado definitivo da seleção, o Ministério das Comunicações
promoverá o entendimento entre elas, instando-as a entrarem em acordo para prestarem
o Serviço de Radiodifusão Comunitária em conjunto.
§ 1º No prazo improrrogável de trinta dias, as concorrentes deverão se manifestar sobre
a proposta de acordo, apresentando, caso aceitem prestar conjuntamente o Serviço,
requerimento assinado pelos representantes legais das entidades habilitadas, com firma
reconhecida, conforme o modelo do Anexo 8 desta Portaria.

§ 2º A ausência de manifestação das entidades interessadas será considerada como


recusa à prestação conjunta do Serviço.

§ 3º Uma vez firmado o acordo, as manifestações em apoio apresentadas pelas entidades


participantes serão consideradas em conjunto.

Art. 31. Não alcançando êxito a iniciativa de acordo ou caso este não abranja todas as
concorrentes, a classificação no certame será definida conforme a representatividade de
cada entidade.
Art. 32. A representatividade será obtida a partir da contagem das manifestações em
apoio de pessoas jurídicas sem fins lucrativos que tenham domicílio na área pretendida
para a prestação do serviço
§ 1º As manifestações em apoio das pessoas físicas que tenham domicílio na área
pretendida para a prestação do serviço serão contabilizadas apenas como critério de
desempate.

§ 2º Persistindo o empate, a escolha será efetuada por sorteio público, a ser realizado na
sede do Ministério das Comunicações, em data previamente comunicada às entidades,
acompanhado por pelo menos três servidores.

Art. 33. As manifestações em apoio se dividem em duas modalidades:


I – manifestações em apoio de pessoas jurídicas sem fins lucrativos; e
Página97

II – manifestações em apoio das pessoas físicas.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 34. Cada modalidade de manifestação em apoio deve ser encaminhada
separadamente, conforme os modelos indicados nesta Portaria (Anexos 3 e 4),
acompanhada da seguinte documentação:
I - manifestações em apoio de pessoas jurídicas sem fins lucrativos: cópia do
comprovante de inscrição junto ao CNPJ, cópia da ata de eleição ou termo de posse do
representante legal da declarante e comprovante de endereço; e

II – manifestações em apoio de pessoas físicas: cópia da identidade e comprovante de


endereço do declarante.

§ 1º Não serão aceitas manifestações em apoio na forma de abaixo-assinado.

§ 2º As manifestações em apoio deverão ser apresentadas no original, excetuados os


documentos a elas anexados.

Art. 35. Aferida a representatividade de cada concorrente, o Ministério das


Comunicações informará o resultado prévio da fase de seleção.
Art. 36. As concorrentes poderão interpor um único recurso, relativo a toda a matéria de
fato e de direito concernente à fase de seleção, no prazo de trinta dias, contados da data
de notificação do resultado.
Art. 37. Analisados os recursos, as entidades interessadas serão comunicadas do
resultado definitivo da fase de seleção, do qual constará a classificação final das
concorrentes de acordo com a representatividade de cada uma e a convocação da
entidade selecionada para apresentar os documentos previsto no art. 39, no prazo de
trinta dias.
Seção VI
Da Instrução
Art. 38. A fase de instrução é o momento em que a entidade selecionada deve apresentar
documentos ainda não encaminhados, desde que não sejam habilitantes, ou retificar
vícios sanáveis.
§ 1º A entidade selecionada que tenha executado o serviço de radiodifusão antes da
publicação do edital deverá regularizar junto à Agência Nacional de Telecomunicações
– ANATEL - os débitos daí decorrentes, antes do término da fase de instrução.

§ 2º Será juntada ao processo certidão negativa de débitos das receitas administradas


pela ANATEL.
Página98

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 3º O Ministério das Comunicações poderá solicitar a apresentação do documento
referido no parágrafo 2º na impossibilidade de obtê-lo diretamente pela internet.

Art. 39. São documentos necessários à instrução:


I – comprovante de recolhimento da taxa de cadastramento;

II – Formulário de Dados de Funcionamento da Estação.

§ 1º A taxa de cadastramento deverá ser recolhida conforme as especificações


constantes do edital de seleção pública.

§ 2º O Formulário de Dados de Funcionamento da Estação (Anexo 6) deve vir


acompanhado por Anotação de Responsabilidade Técnica – ART -, devendo ambos os
documentos ser apresentados com as assinaturas de profissional habilitado para a
execução de projeto técnico de radiodifusão e do representante legal da entidade,
juntamente com a comprovação de pagamento da ART.
§ 3º O Formulário de Dados de Funcionamento da Estação, de responsabilidade
exclusiva da entidade interessada, deverá obedecer às características especificadas no
Capítulo IV e contar com as declarações constantes no item 11 do Anexo 6 desta
Portaria.
§4º Na hipótese do §1º do art. 16, o edital poderá prever documentação técnica
simplificada.
Art. 40. O estatuto social da entidade deverá conter as seguintes disposições:
I – indicação da finalidade de executar o Serviço de Radiodifusão;

II – garantia de ingresso gratuito, como associado, de toda e qualquer pessoa física ou


jurídica;

III – garantia do direito de voz e voto aos associados nas instâncias deliberativas;

IV – garantia às pessoas físicas associadas do direito de votar e ser votado para os


cargos de direção;

V – especificação do órgão administrativo da entidade e do Conselho Comunitário, bem


como o modo de funcionamento, notadamente no que concerne:

a) aos cargos que compõem a estrutura administrativa, bem como as suas respectivas
atribuições;
Página99

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
b) ao tempo de mandato dos membros que compõem a diretoria, limitado ao máximo de
quatro anos, sendo admitida uma recondução.

Parágrafo único. O estatuto social não será considerado irregular, na forma do inciso I
do caput, se da leitura do seu conjunto for possível depreender que a entidade tem a
finalidade de prestar o Serviço de Radiodifusão.

Art. 41. Com o objetivo de instruir o processo, o Ministério das Comunicações fará
solicitação, a ser cumprida no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável uma única vez e por
igual período a requerimento da entidade interessada.
§ 1º Caso a entidade apresente resposta, mas não envie todos os documentos ou os envie
com alguma deficiência, o Ministério das Comunicações fará apenas mais uma
solicitação a ser cumprida no prazo improrrogável de trinta dias.

§ 2º Na hipótese do art. 16, § 1º, ou em Município que não possua entidade autorizada a
prestar o Serviço de Radiodifusão Comunitária, poderão ser encaminhadas até duas
notificações adicionais à entidade, cada qual a ser cumprida no prazo improrrogável de
trinta dias.
Art. 42. O Ministério das Comunicações poderá, ainda, fazer ou determinar diligências,
solicitar outros documentos bem como esclarecimentos, quando imprescindível ao
regular cumprimento das disposições normativas que regem o Serviço de Radiodifusão
Comunitária.
Art. 43 São casos de indeferimento:
I – o descumprimento de solicitação feita nos termos do art. 41;
II – o estabelecimento ou a manutenção de vínculos de qualquer natureza; e

III – após a publicação do edital, a entidade tenha executado Serviço de Radiodifusão


sem a outorga do Poder concedente.

Art. 44. Instruído o processo, o Ministério das Comunicações proclamará vencedora a


entidade selecionada e declarará encerrada a Seleção Pública, de tudo comunicando às
entidades interessadas.
Art. 45 Indeferido o pedido de outorga, a entidade selecionada poderá interpor recurso
na forma do art. 47.
§ 1º No caso de não provimento do recurso, o processo será arquivado e serão
Página100

convocadas para a fase de instrução as entidades remanescentes, observada a ordem de


classificação.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 2º No caso de provimento do recurso, será observado o procedimento do art. 50.
Seção VII
Do Recurso
Art. 46. Das decisões administrativas cabe recurso para impugnar as razões de
legalidade e de mérito.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
reconsiderar, o encaminhará, sem necessidade de provocação, à autoridade superior.

§ 2º O prazo para interposição de recurso administrativo é de trinta dias, contado a partir


da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

§ 3º O prazo recursal é improrrogável, mas pode ser suspenso nos termos da Lei nº.
9.784, de 1999.

Art. 47. O recurso interpõe-se por meio de requerimento, no qual o recorrente deverá
expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar
convenientes.
§ 1º Na análise do recurso, não serão considerados documentos apresentados na fase
recursal e que deveriam ter sido apresentados em outro momento processual.

§ 2º O disposto no §1º não se aplica:

I – quando todas as concorrentes forem inabilitadas; ou

II – no caso de decisão que inabilita a entidade por descumprimento do §1º do art. 22;
§3º Na hipótese do art. 47, §2º, II, eventual alteração das coordenadas não prejudicará o
andamento de outros processos já habilitados e a entidade perderá toda a pontuação
obtida com manifestações em apoio.
Art. 48. O recurso não será conhecido quando interposto:
I – fora do prazo;

II – por quem não seja legitimado; ou

III – após exaurida a esfera administrativa.

Parágrafo único. O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever


de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.
Página101

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 49. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular
ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua
competência.
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo a decisão puder ser mantida,
mas por outros fundamentos, a recorrente deverá ser cientificada para que formule suas
alegações antes da decisão.

Art. 50. Havendo uma entidade vencedora e concluída a análise dos recursos
eventualmente interpostos, o processo será remetido à Consultoria Jurídica para análise
quanto à regularidade do procedimento.
Seção VIII
Dos Prazos
Art. 51. Todos os prazos mencionados nesta Portaria serão contados a partir da ciência
do ato por qualquer meio, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o
do vencimento, observado o disposto nos artigos 66 e 67 da Lei nº 9.784, de 1999.
Art. 52. No caso de intimação por meio eletrônico, a contagem do prazo será efetuada
na forma prevista na regulamentação do SEI.
Art. 53. A tempestividade dos atos praticados pelas entidades interessadas é aferida pela
data do registro no protocolo junto ao Ministério das Comunicações ou pela data da
postagem da correspondência junto aos Correios, aquela que for mais benéfica para a
entidade
Art. 54. O pedido de prorrogação de prazo, quando tempestivo, suspende a contagem do
prazo até o momento em que a entidade é notificada da resposta à solicitação.
Parágrafo único. Os pedidos de prorrogação de prazo terão prioridade na tramitação.

Seção IX
Dos Procuradores
Art. 55. À entidade interessada é facultado se fazer representar por procurador
devidamente constituído
Art. 56. É vedada a procuração que outorgue poderes de gerência ou administração.
Art. 57. É vedada a atuação de servidor público federal como procurador ou
intermediário junto ao Ministério das Comunicações.
Página102

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Seção X
Das Denúncias
Art. 58. A denúncia é o instrumento apto para qualquer pessoa impugnar o andamento
de qualquer processo sob o fundamento de ilegalidade.
Parágrafo único. Uma vez recebida, a denúncia será autuada em apenso aos autos
principais.

Art. 59. A denúncia deverá conter a individualização e o endereço do denunciante e do


denunciado, a narração dos fatos impugnados, o dispositivo legal, regulamentar ou
editalício que está sendo violado, caso seja possível, e os documentos que sirvam de
prova do alegado.
§ 1º Caso a denúncia não preencha tais requisitos ou apresente irregularidades capazes
de dificultar sua apreciação, o denunciante será intimado para que a emende ou
complete no prazo de dez dias.

§ 2º Na impossibilidade de se apresentar documentos que sirvam de prova do alegado, o


denunciante indicará onde é possível obtê-los.

Art. 60. Não será conhecida a denúncia que não obedeça ao disposto no art. 59.
Parágrafo único. Será sumariamente indeferida a denúncia manifestamente protelatória
ou improcedente.

Art. 61. Constatada a regularidade da denúncia, a denunciada será notificada para que se
manifeste no prazo de dez dias, ocasião em que poderá apresentar alegações e juntar
documentos.
Parágrafo único. Versando a denúncia sobre vício sanável, a denunciada será intimada
desde logo para retificá-lo.

Art. 62. O ônus da prova incumbe ao denunciante, quanto aos fatos que alega.
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput, a Administração Pública
deverá diligenciar no sentido de verificar a procedência das denúncias, caso note a sua
plausibilidade.

Art. 63. A denunciada será presumida inocente até que se prove o contrário.
Art. 64. Decorrido o prazo para manifestação da denunciada, com ou sem defesa, será
realizada a análise da denúncia.
Página103

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§1º Se a denúncia for julgada procedente, o processo da denunciada deverá ser saneado
e, na impossibilidade, o pedido será indeferido.§ 2º Se a denúncia for julgada
improcedente, será arquivada, operando-se a preclusão acerca do alegado, que poderá
ser rediscutido apenas se apresentados fatos novos.

Art. 65. O processo de outorga não será decidido sem que todas as denúncias sejam
devidamente apreciadas.
Seção XI
Da Preclusão
Art. 66. Não serão conhecidas as manifestações acerca de questões já decididas
definitivamente, a cujo respeito se operou a preclusão.
CAPÍTULO III
DOS PROCEDIMENTOS DE AUTORIZAÇÃO
Seção I
Do Assentimento Prévio para a Execução do Serviço na Faixa de Fronteira
Art. 67. No caso de fundação selecionada para executar o Serviço na faixa de 150 (cento
e cinquenta) quilômetros da fronteira com outros países, deverá ser obtido o
assentimento prévio junto ao Conselho de Defesa Nacional – CDN.
Parágrafo único. Ao se inscrever na Seleção Pública, a entidade que se enquadre na
hipótese do caput autoriza o Ministério das Comunicações a solicitar, em seu nome, o
assentimento prévio ao CDN, em conformidade com a Lei nº 6.634, de 2 de maio de
1979, e o Decreto n° 85.064, de 26 de agosto de 1980.
Art. 68. A solicitação mencionada no parágrafo único do art. 67 deverá ser instruída
com a seguinte documentação:
I – cópia autenticada do estatuto social da entidade interessada e suas alterações em que
constem artigos dispondo que:

a) a responsabilidade e a orientação intelectual e administrativa da entidade caberão


sempre a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos;

b) o quadro de pessoal será constituído de, pelo menos, dois terços de trabalhadores
brasileiros; e

c) a entidade não poderá efetuar nenhuma alteração do seu estatuto social sem prévia
autorização da Secretaria Executiva do Conselho de Defesa Nacional;
Página104

II – prova de nacionalidade de todos os dirigentes;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
III – prova de que os dirigentes estão em dia com as obrigações referentes ao serviço
militar;

IV – prova de que os dirigentes estão em dia com as obrigações relacionadas com a


Justiça Eleitoral;

V – atas de constituição e de eleição registradas em cartório; e

VI – CNPJ da entidade.

Art. 69. O assentimento prévio, dado pela Secretaria Executiva do Conselho de Defesa
Nacional, para instalação de estação na faixa de fronteira, é condição imprescindível
para a outorga da autorização para executar o Serviço.
Parágrafo único. A remessa do processo ao Conselho de Defesa Nacional será efetuada
após a instrução do processo de outorga.

Seção II
Da Autorização para Executar o Serviço de Radiodifusão Comunitária
Art. 70. A autorização para a execução do Serviço de Radiodifusão Comunitária será
formalizada mediante portaria do Ministro de Estado das Comunicações, a ser publicada
no Diário Oficial da União.
§ 1º A portaria a que se refere o caput deverá indicar, no mínimo:

I – razão social da entidade;

II – número de registro no CNPJ da entidade;

III – serviço objeto da outorga;

IV – Município e Unidade da Federação de execução do serviço;

V – prazo de outorga e;

VI – frequência e canal de operação.

§ 2º A portaria de outorga terá efeitos tão somente a partir da deliberação do Congresso


Nacional, ressalvado o disposto no art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 9.612, de 1998.
Art. 71. O Ministério das Comunicações disponibilizará a lista de entidades autorizadas
no seu sítio eletrônico.
Página105

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Seção III
Da Autorização para Operação em Caráter Provisório
Art. 72. Transcorrido o prazo previsto no art. 64, §§ 2º e 4º da Constituição Federal, sem
apreciação do Congresso Nacional, o Ministério das Comunicações expedirá
autorização de operação, em caráter provisório, que perdurará até a publicação do
Decreto Legislativo expedido pelo Congresso Nacional.
Parágrafo único. Da autorização de operação em caráter provisório deverão constar as
informações mencionadas no art. 74.
Seção IV
Da Licença para Funcionamento da Estação
Art. 73. Após a deliberação pelo Congresso Nacional e a expedição de Decreto
Legislativo, o Ministério das Comunicações emitirá a licença para funcionamento de
estação, com prazo de vigência de dez anos.
Art. 74. Da licença para funcionamento de estação, constarão:
I – razão social da entidade;

II – nome fantasia da emissora;

III – número do Fistel;

IV – número da estação;

V – CNPJ;

VI – número do processo;

VII – coordenadas geográficas do sistema irradiante;

VIII – endereço da estação ou local de operação;

IX – horário de funcionamento;

X – canal e frequência de operação;

XI – indicativo de chamada;

XII – fabricante, modelo e código de certificação do transmissor;

XIII – potência de operação do transmissor;

XIV – polarização, ganho e altura da antena transmissora em relação ao solo; e


Página106

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
XV – informação de que a emissora não tem direito à proteção contra interferências
causadas por estações de telecomunicações e de radiodifusão regularmente instaladas.

Art. 75. O prazo para o início efetivo da execução do Serviço de Radiodifusão


Comunitária é de seis meses a contar da data de autorização para operação em caráter
provisório ou do licenciamento para funcionamento da estação, o que ocorrer primeiro,
podendo ser prorrogado uma única vez por igual período.
Parágrafo único. O pedido de prorrogação a que se refere o caput deverá:

I – ser apresentado pela entidade dentro do prazo de seis meses para início efetivo da
execução do serviço; e

II – indicar as razões que justificam a prorrogação.

CAPÍTULO IV
DA INSTALAÇÃO DA ESTAÇÃO
Seção I
Da Emissão
Art. 76. A emissão deverá ter as seguintes características técnicas:
I – Designação: monofônica: 180KF3EGN estereofônica: 256KF8EHF;

II – Polarização: a polarização da onda eletromagnética emitida pela antena poderá ser


linear (horizontal ou vertical), circular ou elíptica;

III – Tolerância de frequência: a frequência central da estação de Radiodifusão


Comunitária não poderá variar mais que ±2000 Hz de seu valor nominal; e

IV – Espúrios de radiofrequência: qualquer emissão presente em frequências afastadas


de 120 a 240 kHz, inclusive, da frequência da portadora deverá estar pelo menos 25 dB
abaixo do nível da portadora sem modulação; as emissões em frequências afastadas de
mais de 240 kHz até 600 kHz, inclusive, da frequência da portadora deverão estar pelo
menos 35 dB abaixo do nível da portadora sem modulação; as emissões em frequências
afastadas de mais de 600 kHz da frequência da portadora deverão estar pelo menos (73
+ P) dB (P= potência de operação do transmissor, em dBk) abaixo do nível da portadora
sem modulação.

Art. 77. É estabelecida a referência de 75 kHz no desvio de frequência da portadora para


Página107

definir o nível de modulação de 100%.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Seção II
Das Emissoras
Art. 78. A potência efetiva irradiada – ERP - por emissora do Serviço de Radiodifusão
Comunitária será de, no máximo, 25 watts.
Art. 79. O máximo valor de intensidade de campo que a estação poderá ter a uma
distância de 1 (um) quilômetro da antena e a uma altura de 10 metros sobre o solo será
de 91 dBu, obtido a partir da expressão:
E (dBu ) = 107 + ERP (dBk) – 20 log d (km), onde:

ERP (dBk) – potência efetiva irradiada, em dB relativos a 1 kW (tomado o valor


máximo, de - 16 dBk, correspondentes a 25 W), sendo:

ERP (dBk) = 10 log ( Pt x Ght x Gvt x ), em que:

Pt – potência do transmissor, em kW;

Ght – ganho da antena, no plano horizontal, em relação ao dipolo de meia onda, em


vezes;

Gvt – ganho da antena, no plano vertical, em relação ao dipolo de meia onda, em vezes;

– eficiência da linha de transmissão;

d – distância da antena transmissora ao limite da área de serviço, em km, (tomado o


valor máximo de um km).

Parágrafo único. Em nenhuma direção o valor da intensidade de campo, a um


quilômetro da estação transmissora, poderá ser superior à indicada neste artigo.

Art. 80. O diagrama de irradiação da antena utilizada por estação do Serviço de


Radiodifusão Comunitária deverá ser omnidirecional.
Art. 81. O ganho da antena transmissora será de, no máximo, 0 dB, em relação ao
dipolo de meia onda.
Art. 82. A altura da antena com relação ao solo será de, no máximo, 30 (trinta) metros
Art. 83. A cota do terreno (solo) no local de instalação do sistema irradiante não poderá
ser superior a 30 (trinta) metros, com relação à cota de qualquer ponto do terreno no
raio de um quilômetro em torno do local do sistema irradiante.
Página108

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 84. Caso a condição estabelecida no art. 83 não seja satisfeita, a instalação proposta
será analisada como situação especial, dependendo de estudo específico realizado pela
entidade e assinado por profissional habilitado, que deverá conter:
I – levantamento do perfil do terreno mostrado em pelo menos 12 (doze) direções, a
partir do local da antena, num raio de 4 quilômetros. As radiais devem ser traçadas com
espaçamento angular de 30º entre si e com passos de 100 metros em cada radial; e

II – demonstração da adequação do sistema irradiante no que se refere à altura da torre e


potência do transmissor que garantam os valores de intensidade de campo máximo
sobre a área de cobertura restrita.

Art. 85. A emissora não pode ferir os gabaritos de zona de proteção aos aeródromos,
estabelecidos na Portaria nº 256/GC5 de 13 de maio de 2011, do Ministério da Defesa –
Comando da Aeronáutica.
Art. 86. A estação transmissora deve atender ao disposto em regulamentação da
ANATEL
sobre limitação à exposição a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos na faixa
de radiofrequências entre 9 kHz e 300 GHz, não submetendo a população a campos
eletromagnéticos de radiofrequências com valores superiores aos estabelecidos.

Art. 87. Não é permitida a instalação de estúdio auxiliar.


Art. 88. Caso o estúdio e o transmissor não estejam instalados na mesma edificação e
haja interesse em fazer a ligação utilizando radiofrequência, deverá ser solicitada,
diretamente à ANATEL, autorização para execução de serviço auxiliar de radiodifusão
e correlato para interligação das duas instalações.
Art. 89. É vedada às estações do Serviço de Radiodifusão Comunitária a transmissão no
canal secundário prevista no subitem 3.2.9 do Regulamento Técnico para Emissoras de
Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada, aprovado pela Resolução ANATEL nº
67, de 12 de novembro de 1998.
Art. 90. A distância entre duas coordenadas será calculada com base na teoria dos
cossenos da geometria esférica considerando cada grau como 111,185 km.
Seção III
Dos Transmissores
Art. 91. Somente será permitida a utilização de equipamentos transmissores com
Página109

potência de saída de no máximo 25 watts, específicos para o Serviço de Radiodifusão


Comunitária e certificados pela ANATEL.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. Os equipamentos transmissores utilizados no Serviço de Radiodifusão
Comunitária deverão ser pré-sintonizados na frequência de operação consignada à
emissora e deverão ter sua potência de saída inibida à potência de operação constante da
Licença para Funcionamento de Estação.

Art. 92. As especificações dos transmissores deverão atender aos requisitos mínimos a
seguir indicados:
I – os transmissores não poderão ter dispositivos externos que permitam a alteração da
frequência e da potência de operação; e

II – os transmissores devem estar completamente encerrados em gabinete metálico e


todas as partes expostas ao contato dos operadores serão eletricamente interligadas e
conectadas a terra.

Art. 93. Todo o transmissor deve ter fixado no gabinete uma placa de identificação onde
conste, no mínimo, o nome do fabricante, o modelo, o número de série, a potência
nominal de operação.
Art. 94. O dispositivo de controle da frequência deve ser tal que permita a manutenção
automática da frequência de operação entre os limites de mais ou menos 2000 Hz da
frequência nominal.
Art. 95. Qualquer emissão presente em frequências afastadas de 120 a 240 kHz
,inclusive, da frequência da portadora deverá estar pelo menos 25 dB abaixo do nível da
portadora sem modulação.
Art. 96. As emissões em frequências afastadas da frequência da portadora de 240 kHz
até 600 kHz, inclusive, deverão estar pelo menos 35 dB abaixo do nível da portadora
sem modulação.
Art. 97. As emissões em frequências afastadas de mais de 600 kHz da frequência da
portadora deverão estar abaixo do nível da portadora sem modulação de (73 + P) dB,
onde P é a potência de operação do transmissor em dBk.
Art. 98. A distorção harmônica total das frequências de áudio, introduzidas pelo
transmissor, não deve ultrapassar o valor eficaz de 3% na faixa de 50 a 15.000 Hz para
percentagens de modulação de 25, 50 e 100%.
Art. 99. O nível de ruído, por modulação em frequência, medido na saída do
transmissor, na faixa de 50 a 15.000 Hz, deverá estar, pelo menos, 50 dB abaixo do
Página110

nível correspondente a 100% de modulação da portadora por um sinal senoidal de 400


Hz.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 100. O nível de ruído, por modulação em amplitude, medido na saída do
transmissor, na faixa de 50 a 15.000 Hz, deverá estar, pelo menos, 50 dB abaixo do
nível que represente 100% de modulação em amplitude.
CAPÍTULO V
DA EXECUÇÃO DO SERVIÇO
Seção I
Das Regras Gerais para a Execução do Serviço
Art. 101. As entidades não poderão estabelecer ou manter, inclusive por meio de seus
dirigentes, qualquer espécie de vínculo.
Parágrafo único. O Ministério das Comunicações manterá atualizado em seu sítio
eletrônico rol exemplificativo de quais são os fatos e características que configuram
vínculo (art. 11, Lei nº. 9.612, de 1998).
Art. 102. É vedada qualquer espécie de proselitismo, devendo a entidade autorizada
prezar pela pluralidade de ideias e opiniões por meio da divulgação de diferentes
interpretações sobre temas controversos
Art. 103. Com o intuito de dar cumprimento aos princípios e finalidades dispostos nos
artigos 3º e 4º da Lei nº 9.612, de 1998, é recomendável que as entidades autorizadas
adotem as seguintes condutas:
I – difundir e estimular a produção de conteúdo local;

II – divulgar eventos culturais, desportivos, de lazer ou quaisquer outros ligados à


formação e integração da comunidade;

III – dar preferência a programas que permitam a participação do ouvinte;

IV – noticiar fatos de utilidade pública, como condições do trânsito ou do tempo,


informes da defesa civil e do Poder Público;

V – criar programas de estágio e de serviço voluntário, nos termos das Leis 11.788, de
25 de setembro de 2008, e 9.608, de 18 de fevereiro de 1998;
VI – promover debates e palestras acerca de temas de interesse público local;

VII – desenvolver atividades que permitam a integração entre a sociedade local e a


entidade autorizada, incentivando a adesão de novos associados;

VIII – informar à comunidade, notadamente durante a sua programação, que a emissora


Página111

é comunitária; e

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
IX – informar aos ouvintes do direito que assiste a qualquer cidadão da comunidade
beneficiada de emitir opiniões sobre quaisquer assuntos abordados na programação da
emissora, bem como manifestar ideias, propostas, sugestões, reclamações ou
reivindicações, mediante pedido encaminhado à direção da entidade.

Art. 104. A entidade autorizada deverá estar a serviço da comunidade atendida, sendo
vedado que ela se conduza como propriedade privada de uma pessoa ou de um grupo.
Art. 105. A entidade autorizada deverá assegurar transparência na sua gestão e
promover mecanismos que privilegiem a participação da comunidade na sua
administração.
Art. 106. A entidade autorizada poderá veicular mensagem institucional de patrocinador
domiciliado na área de comunidade atendida que colaborar na forma de apoio cultural,
vedada a transmissão de propaganda ou publicidade comercial a qualquer título.
Parágrafo único. Para fins do Serviço de Radiodifusão Comunitária, configura
propaganda ou publicidade comercial a divulgação de preços e condições de pagamento.

Art. 107. A entidade autorizada a executar o Serviço de Radiodifusão Comunitária


deverá manter atualizado o endereço de sua sede e o nome e o endereço de
correspondência de cada um de seus dirigentes, para qualquer solicitação ou inspeção
do Ministério das Comunicações.
Art. 108. Toda a irradiação deverá ser gravada e mantida em arquivo durante as vinte e
quatro horas subsequentes ao encerramento dos trabalhos diários da emissora, devendo
também ser conservados em arquivo, durante sessenta dias, os textos dos programas,
inclusive noticiosos, devidamente autenticados pelo responsável legal da entidade.
Art. 109. As gravações dos programas políticos, de debates, entrevistas,
pronunciamentos da mesma natureza e qualquer irradiação não registrada em texto
deverão ser conservadas em arquivo pelo prazo de vinte dias, a partir da transmissão.
Art. 110. Enquanto durarem casos de calamidade pública, oficialmente reconhecidos
como tal pela autoridade competente, as emissoras de Radiodifusão Comunitária
poderão se organizar em rede, em âmbito estadual, para transmitir exclusivamente
conteúdos de auxílio às vítimas, ainda que não tenham sido convocadas pela autoridade.
Parágrafo único. Uma vez ocorrida a convocação, as emissoras ficam obrigadas a operar
em rede.
Página112

Art. 111. É vedada a cessão ou o arrendamento, a qualquer título, da emissora e de


horários de sua programação.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput, a entidade autorizada poderá
veicular programas produzidos por terceiros, assumindo a responsabilidade pelo seu
conteúdo.

Art. 112. À entidade outorgada é vedada a transferência dos poderes de gerência ou


administração por meio de contrato de mandato ou qualquer outro meio.
Seção II
Do Conselho Comunitário
Art. 113. O Conselho Comunitário é órgão autônomo de fiscalização e encarregado de
zelar pelo cumprimento das finalidades e princípios do Serviço de Radiodifusão
Comunitária estabelecidos nos artigos 3º e 4º da Lei nº 9.612, de 1998.
Art. 114. A entidade autorizada deverá instituir um Conselho Comunitário, composto
por no mínimo cinco pessoas representantes de entidades legalmente instituídas.
§ 1º Poderão indicar representantes para compor o Conselho Comunitário, dentre outras,
entidades de classe, beneméritas, religiosas ou de moradores, excluída a própria
executora do serviço e a Administração Pública direta e indireta.

§ 2º As pessoas jurídicas e seus representantes, enquanto participantes do Conselho


Comunitário, não poderão ser associados da entidade autorizada nem poderão participar
da produção ou do financiamento de programas, ressalvados os informes pontuais à
comunidade.

§ 3º Cada entidade que tenha a intenção de indicar componente para o Conselho


Comunitário poderá apresentar apenas um representante, ressalvada a hipótese de
inexistir um número mínimo de entidades que queiram participar do Conselho.

Art. 115. Compete ao Conselho Comunitário, no exercício de suas funções:


I – fiscalizar a programação da emissora;

II – solicitar ao órgão de direção da entidade autorizada informações e esclarecimentos


concernentes à gestão das atividades, área editorial, direção da programação, dentre
outros;

III – fazer recomendações ao órgão de direção da entidade autorizada;

IV – realizar pesquisa de satisfação ou opinião junto à comunidade atendida;


Página113

V – receber reclamações, denúncias e elogios; e

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
VI – submeter ao Ministério das Comunicações e aos órgãos de direção da entidade
autorizada relatório circunstanciado acerca da programação.

Art. 116. Sempre que solicitado pelo Ministério das Comunicações, a entidade deverá
apresentar relatório circunstanciado, elaborado pelo Conselho Comunitário, contendo a
descrição e a avaliação a respeito da grade de programação, considerando as finalidades
legais do Serviço de Radiodifusão Comunitária.
Seção III
Dos Canais de Operação das Estações
Art. 117. Os canais de operação das emissoras são os constantes do Plano de Referência
para Distribuição de Canais do Serviço de Radiodifusão Comunitária – PRRadCom -,
elaborado pela ANATEL, a quem cabe a administração exclusiva do espectro de
radiofrequências.
CAPÍTULO VI
DOS PROCESSOS DE PÓS-OUTORGA
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 118. O processo de pós-outorga terá início quando o Ministério das Comunicações
receber pedido da entidade autorizada com o fim de alterar características técnicas ou
jurídicas.
§ 1º Os pedidos de alterações deverão ser feitos preferencialmente por intermédio de
formulário padronizado (Anexo 7).
§ 2º Os pedidos referidos no caput serão autuados em processos específicos,
relacionados aos autos principais, e conterão a qualificação da entidade requerente e os
documentos necessários à realização da alteração.

§ 3º Compete ao Coordenador-Geral de Radiodifusão Comunitária a decisão acerca dos


pedidos realizados em processos de pós-outorga.

Art. 119. Para fins de instrução processual cabe uma única solicitação, a ser cumprida
no prazo de trinta dias, prorrogável por igual período, a pedido da entidade interessada.
Art. 120. O pedido de alteração será indeferido nas hipóteses de inviabilidade técnica ou
jurídica e no caso de descumprimento de solicitação.
Art. 121. Da decisão que negue o pedido de alteração não cabe recurso, mas a entidade
Página114

poderá apresentar a qualquer tempo novo pedido de alteração, desde que apresente

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
viabilidade técnica e jurídica e esteja devidamente instruído com os documentos
necessários.
Art. 122. Aprovado o pedido de alteração que importe modificação de característica
expressa na licença para funcionamento da estação em caráter provisório ou definitivo,
será emitida nova licença, mantendo-se o prazo originário da outorga.
Parágrafo único. A nova licença não será emitida enquanto a entidade autorizada estiver
em débito junto à ANATEL.

Art. 123. Acatado o pedido, lavra-se o extrato das alterações realizadas, incluindo-o ao
processo principal para fins de registro.
Seção II
Das Alterações de Caráter Jurídico
Art. 124. As alterações de caráter jurídico deverão ser informadas ao Ministério das
Comunicações no prazo de trinta dias a contar da realização do ato, acompanhadas dos
seguintes documentos:
I – no caso de modificação de quadro diretivo:

a) ata de eleição registrada junto ao Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas; e

b) prova de maioridade e nacionalidade de todos os dirigentes;

II – no caso de modificação do estatuto social: cópia do estatuto social consolidado e


registrado junto ao Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas;

III – no caso de alteração da composição do Conselho Comunitário: termo de posse do


novo Conselho com a indicação e qualificação de todos os conselheiros e das entidades
que representam;

IV – no caso de alteração do horário de funcionamento: documento simples indicando o


novo horário de funcionamento, com a hora de início e de fim da programação;

V – para as alterações da razão social da entidade ou do seu nome fantasia: cópia do


estatuto social consolidado e registrado junto ao Cartório de Registro de Pessoas
Jurídicas;

VI – no caso de alteração da localização da sede: comprovante do novo endereço.

Parágrafo único. A sede poderá ter sua localização alterada para qualquer local do
Página115

Município.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Seção III
Das Alterações de Caráter Técnico
Art. 125. Os pedidos de alteração de caráter técnico deverão ser acompanhados do
Formulário de Dados de Funcionamento da Estação.
§1º O sistema irradiante poderá ter sua localização alterada para qualquer local do
Município, desde que observada a distância mínima de quatro quilômetros a partir do
sistema irradiante de outra entidade autorizada.

§2º O pedido de alteração da localização do sistema irradiante não prejudicará processo


de outorga em andamento.

Art. 126. As alterações de caráter técnico deverão ser submetidas à prévia anuência do
Ministério das Comunicações.
Art. 127. Os pedidos de alteração de canal do Município deverão ser enviados
diretamente para a ANATEL.
Art. 128. A operação da estação em novo local de instalação só poderá ser realizada
após emissão de nova licença com as informações correspondentes.
CAPÍTULO VII
DO PROCESSO DE RENOVAÇÃO
Art. 129. A outorga para execução do Serviço de Radiodifusão Comunitária tem
validade de dez anos e poderá ser renovada por igual período, desde que obedecida esta
Portaria e as disposições legais vigentes.
Art. 130. O procedimento de renovação será processado eletronicamente e iniciado por
ato do Ministério das Comunicações no prazo de até doze meses antes do termo final da
outorga.
Parágrafo único. O Ministério das Comunicações instruirá o processo com os seguintes
documentos:

I - portaria de autorização da entidade e demais documentos cadastrais;

II - comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério


da Fazenda – CNPJ;

III - certidão negativa de débitos de receitas administradas pela Anatel; e

IV - relatório de apuração de infrações, referente ao período de vigência da outorga.


Página116

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 131. Instaurado o processo de renovação, a entidade será notificada para, no prazo
de trinta dias, manifestar interesse na renovação, mediante a apresentação dos seguintes
documentos:
I - requerimento de renovação, conforme modelo constante do Anexo V;
II - estatuto social atualizado;

III - ata de eleição da diretoria em exercício;

IV - prova de maioridade e nacionalidade de todos os dirigentes;

V - último relatório do Conselho Comunitário; e

VI - declaração, assinada pelo representante legal da interessada, atestando que a


emissora encontra-se com suas instalações e equipamentos em conformidade com a
última autorização do Ministério das Comunicações, de acordo com os parâmetros
técnicos previstos na regulamentação vigente, constantes da respectiva licença de
funcionamento.

§ 1º O estatuto social e a ata de eleição da diretoria deverão estar registrados no Cartório


de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

§ 2º O Ministério das Comunicações poderá solicitar a apresentação dos documentos


referidos nos incisos II e III do art. 130 na impossibilidade de obtê-los diretamente pela
internet.
§ 3º A interessada será notificada para suprir, no prazo de trinta dias, eventuais
omissões ou irregularidades constatadas na documentação apresentada.

§ 4º Independentemente da notificação de que trata o caput deste artigo, a entidade


interessada poderá dirigir requerimento ao Ministério das Comunicações, observado o
prazo de até um mês antes do vencimento da respectiva outorga.

Art. 132. A renovação será indeferida nos casos em que:


I – não tenha sido observado o prazo do §4º do art. 131;
II - não tenham sido apresentados os documentos ou regularizadas as pendências,
conforme solicitação do Ministério das Comunicações;

III – constatada a existência de vínculo;

IV – o estatuto social atualizado não observa os requisitos do art. 40 desta Portaria; e


Página117

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
V – aplicação de pena de revogação de autorização por decisão administrativa
definitiva.

Parágrafo único. A existência de vínculo, verificada no curso do processo, é vício de


caráter insanável.[IGP1] -

Art. 133. O processo de renovação será concluído mediante a edição de Decreto


Legislativo pelo Congresso Nacional. [SAGNM2]
Art. 134. Expirado o prazo de vigência da outorga, as entidades poderão manter suas
emissoras em funcionamento até a conclusão do processo de renovação.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 135. As disposições sobre o processo de outorga, constantes nesta Portaria, serão
aplicadas tão somente aos processos inscritos em editais publicados após o início de sua
vigência.
§1º As disposições que tratam de conceitos, definições e do modo de prestação do
Serviço devem ser aplicadas desde logo, inclusive às entidades já outorgadas.

§2º Os processos de apuração de infração pendentes de decisão definitiva deverão


observar as disposições desta Portaria, inclusive no que concerne às definições de
vínculo e de publicidade comercial.

Art. 136. Os pedidos de renovação de outorga de serviço de radiodifusão comunitária


em trâmite no Ministério das Comunicações na data de publicação desta Portaria serão
processados em conformidade com as disposições desta Portaria.
§ 1º No prazo de noventa dias, serão instaurados, na forma dos arts. 131 a 133,
processos de renovação e encaminhadas notificações às entidades que detenham outorga
cuja vigência se encerre em prazo inferior a doze meses, a contar da data de publicação
desta Portaria.,
§2º O disposto no § 1º não se aplica:

I - quando já tiver transcorrido o prazo legal para entidade requerer a renovação

II - nos casos em que a entidade já tenha apresentado requerimento solicitando a


renovação, observado o prazo de que trata o art. 36 do decreto nº 2.615, de 1998.
Art. 137. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Página118

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. O parágrafo único do art. 132 entra em vigor um ano após a publicação
da Portaria.
Art. 138. Fica revogada a Portaria nº 462, de 14 de outubro de 2011, e a norma por ela
aprovada.
RICARDO BERZOINI
ANEXO 1
CADASTRO DE DEMONSTRAÇÃO DE INTERESSE – RADIODIFUSÃO
COMUNITÁRIA

Qualificação da entidade
Razão social:

Nome Fantasia:

CNPJ:

Endereço de Sede: Nº:

Bairro: CEP:

Cidade: UF:

Nome do representante legal:

Endereço eletrônico (e-mail):

Localização proposta para instalação do Sistema Irradiante


Endereço: Nº:

Bairro: CEP:

Cidade: UF:

Coordenadas do Sistema Irradiante Latitude: º (N/S)


(Padrão GPS-WGS 84):

Longitude: º W
Página119

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado das Comunicações,

A entidade acima qualificada, regularmente constituída na forma da lei, vem perante


Vossa Excelência, por intermédio do seu representante legal, com fundamento no art.
9º da Lei nº. 9.612/1998 – Lei da Radiodifusão Comunitária, SOLICITAR A
ABERTURA DE EDITAL DE SELEÇÃO PÚBLICA para o Município acima
identificado, onde se pretende instalar o sistema irradiante.
____________________(Município)/____(UF), ____ de _______________ de
________

______________________________ Assinatura do representante legal da entidade

Endereço de correspondência:

Bairro: CEP:

Cidade: UF:

ATENÇÃO:
- Esta solicitação serve para que o Ministério das Comunicações possa identificar os
locais em que existe interesse em prestar o Serviço de Radiodifusão Comunitária e que
ainda não foram atendidos, definindo-se assim quais serão os Municípios contemplados
em futuros editais.

- A abertura de editais com o fim de atender esta solicitação fica sujeita à análise de
discricionariedade do Ministério das Comunicações.

- A apresentação desta solicitação é facultativa, não dá início ao processo de outorga,


não gera direito à autorização ou ao funcionamento de estação de Rádio Comunitária e
não dispensa a entidade interessada de atender às condições e prazos do edital, quando
publicado.

- As coordenadas geográficas devem ser apresentadas na padronização GPS – WGS84,


na forma GG° MM’ SS” com apenas 02 (dois) dígitos inteiros, em que tanto os minutos
(MM') como os segundos (SS”) na latitude e na longitude não deverão ultrapassar o
Página120

limite máximo de 59

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
ANEXO 2
REQUERIMENTO DE OUTORGA – RADCOM
Qualificação da entidade
Razão social:

Nome Fantasia:

CNPJ:

Endereço de Sede: Nº:

Bairro: CEP:

Cidade: UF:

Endereço eletrônico (e-mail):

Localização proposta para instalação do Sistema Irradiante


Endereço: Nº:

Bairro: CEP:

Cidade: UF:

Coordenadas do Sistema Irradiante Latitude: º (N/S) ‘


(Padrão GPS-WGS 84):
Longitude: º W

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado das Comunicações,

A entidade acima qualificada requer inscrição no Edital de Seleção Pública nº


_________, publicado no D.O.U. de ____/____/______, para outorga do SERVIÇO DE
RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA.

E, neste momento, os dirigentes, abaixo qualificados, comprometem-se ao fiel


cumprimento de todas as normas aplicáveis ao Serviço de Radiodifusão Comunitária,
Página121

em especial da Lei nº 9.612, de 1998, da Portaria do Ministério das Comunicações que


regulamenta o Serviço e do edital que rege o processo seletivo.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Declaramos ainda que os dirigentes da entidade residem nos endereços abaixo, todos
eles localizados na área da comunidade a ser atendida, e que os mesmos têm bons
antecedentes, não tendo sido condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida
por órgão judicial colegiado, em qualquer dos ilícitos indicados no art. 1º, inciso I,
alíneas “e”, “g”, “h”, “j”, “l”, “n”, “o” e “p” da Lei Complementar nº. 64/1990 – Lei da
Ficha Limpa.

Cientes de que a falsidade das informações aqui prestadas pode configurar infração
penal e administrativa, sujeitando os responsáveis à aplicação das sanções cabíveis, é
que os dirigentes abaixo-assinados firmam este Requerimento de Outorga.

Nome do dirigente:

Cargo: Tit. Eleitor:

RG: Órgão Emissor: CPF:

Endereço: Nº:

Bairro: CEP:

Assinatura:

Nome do dirigente:

Cargo: Tit. Eleitor:

RG: Órgão Emissor: CPF:

Endereço: Nº:

Bairro: CEP:

Assinatura:
Página122

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Endereço de correspondência:

Bairro: CEP:

Cidade: UF:

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS NECESSÁRIOS – RADIODIFUSÃO


COMUNITÁRIA

DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO
1 – Requerimento de Outorga (contendo a declaração de fiel
cumprimento);

2 – Estatuto Social registrado no Cartório de Pessoas Jurídicas;

3 – Ata de Constituição registrada no Cartório de Pessoas Jurídicas;

4 – Ata de eleição da diretoria registrada no Cartório de Pessoas


Jurídicas;

5 – Prova de que todos os diretores são brasileiros natos ou brasileiros


naturalizados há mais de dez anos;

6 – Prova de que todos os diretores são maiores;

7 – Manifestações em apoio, firmadas por pessoas físicas e jurídicas,


apresentadas necessariamente na forma do art. 34 desta Portaria.

DOCUMENTOS DE INSTRUÇÃO
1 – Comprovante de recolhimento da taxa de cadastramento;

2 – Formulário de Dados de Funcionamento da Estação.

ANEXO 3
MODELO DE MANIFESTAÇÃO EM APOIO DE PESSOA JURÍDICA
Página123

Qualificação da entidade apoiadora

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Razão social:

CNPJ:

Endereço:

Bairro: Nº.
Cidade: UF:
Nome do representante legal:

A entidade acima qualificada, pessoa jurídica de direito privado, legalmente constituída,


vem, nos termos do art. 9º, §2º, VI da Lei nº. 9.612/1998, demonstrar o seu apoio à
iniciativa da
___________________________________________________________________,
(razão social da entidade que está recebendo o apoio), que tem interesse em receber
autorização do Ministério das Comunicações para prestar o Serviço de Radiodifusão
Comunitária nesta localidade.
Declaro, ainda, que a entidade apoiadora tem domicílio na área pretendida para a
prestação do serviço.

_______________________________ , _____ de _______________ de


_______(local/UF)

_______________________________________

Assinatura

ATENÇÃO:
- Para ser considerada válida, esta declaração deverá ser acompanhada de cópia do
comprovante de inscrição no cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e da ata de
eleição ou Termo de Posse do Declarante.

ANEXO 4
MODELO DE MANIFESTAÇÃO EM APOIO DE PESSOA FÍSICA

Qualificação do apoiador
Página124

Nome:

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
RG: Órgão Emissor: CPF:
Endereço: Nº:
Bairro: CEP:

Eu, acima qualificado (a), venho, nos termos do art. 9º, §2º, VI da Lei nº. 9.612/1998,
demonstrar o meu apoio à iniciativa da
______________________________________________________________________
____________, (razão social da entidade que está recebendo o apoio), que tem interesse
em receber autorização do Ministério das Comunicações para prestar o Serviço de
Radiodifusão Comunitária nesta localidade.
Declaro, ainda, que tenho domicílio na área na área pretendida para a prestação do
serviço.

_______________________________ , _____ de _______________ de _______


(local/UF)

_______________________________________

Assinatura

ATENÇÃO:
- Para ser considerada válida, esta declaração deverá ser acompanhada de cópia da
identidade e do comprovante de endereço do apoiador.

ANEXO 5
MODELO DE REQUERIMENTO DE RENOVAÇÃO DE OUTORGA –
RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA
Qualificação da entidade
Razão social:

Nome Fantasia:

CNPJ:

Endereço de Sede: Nº:


Página125

Bairro: CEP:

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Cidade: UF:

Nome do representante legal:

Endereço eletrônico (e-mail):

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado das Comunicações,

A entidade acima qualificada, regularmente autorizada a prestar o Serviço de


Radiodifusão Comunitária, vem perante Vossa Excelência, por intermédio do seu
representante legal, com fundamento no art. 6º, parágrafo único da Lei nº. 9.612/1998 –
Lei da Radiodifusão Comunitária, solicitar a RENOVAÇÃO DA OUTORGA, o que o
faz com a apresentação dos documentos listados abaixo, todos no original ou em cópia
autenticada.
_______________________________ , _____ de _______________ de _______
(local/UF)

______________________________

Assinatura do representante legal da entidade

Endereço de correspondência:

Bairro: CEP:

Cidade: UF:

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS NECESSÁRIOS À RENOVAÇÃO DE


OUTORGA – RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA

1 – Estatuto social atualizado.

2 – Ata de eleição da diretoria em exercício, registrada no Cartório de


Registro de Pessoas Jurídicas
Página126

3 – Prova de maioridade e nacionalidade de todos os dirigentes.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
4 – Último relatório do Conselho Comunitário

5 – Declaração, assinada pelo representante legal da entidade


interessada, atestando que a emissora encontra-se com suas
instalações e equipamentos em conformidade com a última
autorização do Ministério das Comunicações, de acordo com os
parâmetros técnicos previstos na regulamentação vigente, constantes
da respectiva licença de funcionamento.

ANEXO 6
FORMULÁRIO DE DADOS DE FUNCIONAMENTO DA ESTAÇÃO DE
RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA
MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES

Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica


Coordenação-Geral de Radiodifusão Comunitária

SERVIÇO DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA - RADCOM

1 – ASSINALE A SOLICITAÇÃO DE INTERESSE:


Solicitação de análise de documentação necessária à fase de
instrução – Processo de Outorga

Solicitação de alteração de características anteriormente aprovadas –


Processo de Pós-Outorga
Página127

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
2 – IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE
RAZÃO SOCIAL

RAZÃO SOCIAL CNPJ


(CONTINUAÇÃO)

3 – LOCALIZAÇÃO DA SEDE DA ENTIDADE


LOGRADOURO

BAIRRO CIDADE

CIDADE UF COORDENADAS
(CONTINUAÇÃO) GEOGRÁFICAS

(Especifique o hemisfério da Latitude: N - Norte ou S - Sul)

º ' " ° ' " W

4 – LOCALIZAÇÃO DO SISTEMA IRRADIANTE / TRANSMISSOR


LOGRADOURO
Página128

BAIRRO CIDADE

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
CIDADE UF COORDENADAS
(CONTINUAÇÃO) GEOGRÁFICAS

(Especifique o hemisfério da Latitude: N - Norte ou S - Sul)

º ' " ° ' " W

5 – LOCALIZAÇÃO DO ESTÚDIO
LOGRADOURO

BAIRRO CIDADE

CIDADE UF COORDENADAS
(CONTINUAÇÃO) GEOGRÁFICAS

(Especifique o hemisfério da Latitude: N - Norte ou S - Sul)

º ' " ° ' " W

6 – TRANSMISSOR

FABRICANTE
Página129

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
MODELO POTÊNCIA Nº

HOMOLOGAÇÃO/CERTIFICAÇÃO

' W

7 – ANTENA/TORRE

FABRICANTE DA ANTENA

MODELO POLARIZAÇÃO

V CE

TIPO

MODELO GANHO ALTURA EM ALTURA DA TORRE


max (Gt) RELAÇÃO AO SOLO

ALTITUDE DO LOCAL

dBd , m ' m , m

8 – LINHA DE TRANSMISSÃO

FABRICANTE

MODELO
Página130

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
COMPRIMENTO (L) ATENUAÇÃO EM PERDAS NA LINHA
100 m (AL) (PL)

EFICIÊNCIA DA LINHA (h)

' m , dB ' dB '

Perdas na linha (PL) =

Eficiência da linha ( ) =

9 – POTÊNCIA EFETIVA IRRADIADA (ERP)


ERP(dBk) = 10 log (Pt. Ght. Gvt . h) = 10 log ( ____x____x____x____) = _______
dBk

Pt = Potência do transmissor, em kW

Ght = Ganho da antena, no plano horizontal, em vezes.

Gvt = Ganho da antena, no plano vertical, em vezes

h = Eficiência da linha de transmissão.

*OBS: A potência efetiva irradiada (ERP) por emissora de RadCom deverá ser igual ou
inferior a 25 watts.

10 – INTENSIDADE DE CAMPO (E) NO LIMITE DA ÁREA DE COBERTURA


RESTRITA

E(dBu) = 107 + ERP(dBk) - 20 log d(km) = 107 + _____- 20 log ______ = ______ dBu

ERP(dBk) = potência efetiva irradiada, em dBk.

d(km) = distância da antena transmissora ao limite da área de cobertura restrita

*OBS: O máximo valor de intensidade de campo que a estação poderá ter a uma
distância de 1 km da antena, com base nessa equação, deverá ser 91 dBu.
Página131

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
11 – DECLARAÇÕES REFERENTES AO PROJETO DE INSTALAÇÃO DA
EMISSORA

NÃO SIM DECLARAÇÃO

A cota do terreno (solo) no local de instalação do sistema


irradiante não é superior a 30 (trinta) metros, com relação à
cota de qualquer ponto do terreno no raio de um quilômetro
em torno do local do sistema irradiante.

Caso a condição acima não seja atendida, declara-se que os


valores de intensidade de campo máximo sobre a área de
cobertura restrita são garantidos, conforme estudo
específico encaminhado em anexo.
A emissora obedece aos parâmetros indicados na Portaria
nº. 256/GC5, de 13 de maio de 2011, do Ministério da
Defesa – Comando da Aeronáutica, correspondente aos
gabaritos de zona de proteção aos aeródromos.

O contorno de 91 dBu da emissora não fica situado a mais


de um quilômetro de distância da antena transmissora em
nenhuma direção.

A estação transmissora atende ao disposto em


regulamentação da ANATEL sobre limitação à exposição a
campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos na faixa de
radiofrequências entre 9 kHz e 300 GHz, não submetendo a
população a campos eletromagnéticos de radiofrequências
com valores superiores aos estabelecidos.
Página132

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
12 – HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA EMISSORA
DIA DA SEMANA HORÁRIO DE HORÁRIO DE
INÍCIO TÉRMINO

Domingo

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Sábado

13 - OUTRAS INFORMAÇÕES DE INTERESSE

14 – DADOS DO(A) ENGENHEIRO(A) PROJETISTA


NOME COMPLETO

REG.CREA ENDEREÇO
Página133

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
ENDEREÇO (CONTINUAÇÃO) BAIRRO

CIDADE

UF

CEP TELEFONE

FAX

E-MAIL

LOCAL

DATA

ASSINATURA

15 – DADOS DO(A) REPRESENTANTE LEGAL DA ENTIDADE


NOME COMPLETO
Página134

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
LOCAL

DATA

ASSINATURA

Endereço de correspondência:

Bairro: CEP:

Cidade: UF:

ATENÇÃO:

- Este Formulário deve necessariamente contar com as assinaturas do representante


legal da entidade e de profissional habilitado para a execução de projeto técnico de
radiodifusão.

ANEXO 7
FORMULÁRIO DE PÓS-OUTORGA

Qualificação da entidade
Denominação:

Nome Fantasia:

CNPJ:

Endereço de Sede: Nº:

Bairro: CEP:

Cidade: UF:
Página135

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Nome do representante legal:

Endereço eletrônico (e-mail):

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado das Comunicações,

A entidade acima qualificada, regularmente autorizada a prestar o Serviço de


Radiodifusão Comunitária, vem perante Vossa Excelência, por intermédio do seu
representante legal, solicitar o início de PROCESSO DE PÓS-OUTORGA para o fim
de alterar as características da prestação do Serviço, conforme os dados e solicitações
que seguem abaixo.

____________________(Município)/____(UF), ____ de _______________ de


________

______________________________ Assinatura do representante legal da entidade

Endereço de correspondência:

Bairro: CEP:

Cidade: UF:

Marque um “X” abaixo na(s) ALTERAÇÃO DE CARÁTER


opção(ões) desejada(s) JURÍDICO

Alteração de quadro diretivo


Nome e cargo dos novos dirigentes:

1 – Presidente:

2 – Vice-Presidente:
Página136

3 – Tesoureiro:

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
4 – Secretário:

Alteração do estatuto social

Alteração da composição do
conselho comunitário

Nome e cargo dos novos


conselheiros:

1 – Conselheiro:

2 – Conselheiro:

3 – Conselheiro:

4 – Conselheiro;

5 – Conselheiro.

Alteração da localização da sede

Novo endereço:

Alteração da denominação da
entidade

Novo nome:

Alteração do nome fantasia


Página137

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Novo nome:

Alteração do horário de
funcionamento

DIA HORÁRIO HORÁRIO


DE DE
INÍCIO TÉRMINO
Domingo

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

ALTERAÇÃO DE CARÁTER
TÉCNICO

Marque um “X” abaixo na(s)


Alteração da localização do
opção(ões) desejada(s)
sistema irradiante
Alteração das características do
transmissor
Alteração das características do
sistema irradiante
Página138

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
ATENÇÃO:
- Este Formulário deve estar acompanhado dos documentos cabíveis indicados nos
artigos 124 e 125 desta Portaria, quando for o caso.
ANEXO 8
FORMULÁRIO DE ACORDO ASSOCIATIVO
As entidades abaixo assinadas, neste ato representadas por seus respectivos dirigentes,
habilitadas no Edital de Seleção Pública nº. _______, referente à prestação do serviço
de radiodifusão comunitária na localidade de (CIDADE, ESTADO), vem, nos termos
do que prevê a legislação em vigor, INFORMAR A REALIZAÇÃO DE ACORDO
ASSOCIATIVO, de forma que a(s) entidade(s) [NOME DA(s) ENTIDADE(s)]
desiste(m), de forma irretratável e irrevogável, de continuar no processo de seleção
pública, passando a apoiar a entidade [NOME DA ENTIDADE], a qual, sendo
proclamada vencedora ao final do certame, será responsável pela autorização e
prestação do serviço.

____________________(Município)/____(UF), ____ de _______________ de


________

______________________________

Assinatura do representante legal da NOME DA ENTIDADE

______________________________

Assinatura do representante legal da NOME DA ENTIDADE

______________________________

Assinatura do representante legal da NOME DA ENTIDADE

NOTA TÉCNICA.

- As assinaturas constantes neste Formulário deverão estar com firma reconhecida.

[1] Art. 27. Os assuntos que constituem áreas de competência de cada Ministério são os
seguintes: (...)
Página139

V - Ministério das Comunicações:

a) política nacional de telecomunicações;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
b) política nacional de radiodifusão;

c) serviços postais, telecomunicações e radiodifusão;

[2] Art. 10. O Cadastro de Demonstração de Interesse – CDI - é o instrumento pelo qual
a entidade demonstra ao Ministério das Comunicações interesse na publicação de edital
de seleção pública para localidade específica.

§ 1º O objetivo do CDI é, exclusivamente, o de identificar a demanda por outorgas e


fornecer subsídios para a elaboração do Plano Nacional de Outorgas – PNO -, não
gerando direito à autorização ou ao funcionamento de estação de rádio comunitária.

§ 2º A publicação de editais com o fim de atender ao CDI fica sujeita à análise de


conveniência e oportunidade do Ministério das Comunicações.

§ 3º A apresentação de CDI não dá início ao processo de outorga, não confere direito de


preferência e não dispensa a entidade interessada de atender ao edital nas condições e
prazos estabelecidos.

[3] Art. 19. Do edital constará no mínimo:

I – os Municípios contemplados e os Estados correspondentes;

II – o canal de operação designado para cada Município;

III – o prazo de sessenta dias para apresentação da documentação, com a indicação


expressa da data do início e do fim do prazo;

IV – a relação circunstanciada de toda a documentação a ser apresentada pelas entidades


interessadas, indicando aquela cuja ausência implica a inabilitação;

V – o valor da taxa relativa às despesas de cadastramento, bem como o banco, a agência


e a conta na qual deverá ser efetuado o depósito;

VI – as condições técnicas especiais nos casos em que se constatar limitação técnica no


Município;

VII – as regras de seleção e os critérios de contagem e validade das manifestações em


apoio; e

VIII – o método de contagem de prazo e os meios de divulgação oficial dos atos


Página140

decisórios. IX – rol exemplificativo de quais são os fatos e características que


configuram vínculo (art. 11, Lei nº 9.612, de 1998)

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. Qualquer modificação ou correção do edital exige divulgação pela
mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo incialmente estabelecido,
exceto quando a alteração não afete as condições gerais de habilitação ou seleção.

[4] Art. 9º Para outorga da autorização para execução do Serviço de Radiodifusão


Comunitária, as entidades interessadas deverão dirigir petição ao Poder Concedente,
indicando a área onde pretendem prestar o serviço.

§ 1º Analisada a pretensão quanto a sua viabilidade técnica, o Poder Concedente


publicará comunicado de habilitação e promoverá sua mais ampla divulgação para que
as entidades interessadas se inscrevam.

§ 2º As entidades deverão apresentar, no prazo fixado para habilitação, os seguintes


documentos:

I - estatuto da entidade, devidamente registrado;

II - ata da constituição da entidade e eleição dos seus dirigentes, devidamente registrada;

III - prova de que seus diretores são brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez
anos;

IV - comprovação de maioridade dos diretores;

V - declaração assinada de cada diretor, comprometendo-se ao fiel cumprimento das


normas estabelecidas para o serviço;

VI - manifestação em apoio à iniciativa, formulada por entidades associativas e


comunitárias, legalmente constituídas e sediadas na área pretendida para a prestação do
serviço, e firmada por pessoas naturais ou jurídicas que tenham residência, domicílio ou
sede nessa área.

[5] Art. 25. São hipóteses de inabilitação: (...)

II - a inscrição intempestiva na Seleção Pública;

[6] Art. 24. Em caso de não envio ou de envio irregular dos documentos previstos no
art. 22, Portaria 4334 \(0719385\) SEI 53900.034865/2015-87 / pg. 46 será conferida à
entidade uma única oportunidade para apresentar a documentação faltante, a ser
cumprida no prazo improrrogável de trinta dias.
Página141

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§1º As manifestações em apoio corrigidas ou enviadas após o prazo do art. 19, III, a
requerimento deste Ministério ou não, serão desconsideradas para fins de aplicação do
critério da representatividade (art. 9º, §5º, Lei nº. 9.612, de 1998).

§2º. O prazo fixado para habilitação, de que trata o art. 9º, § 2º da Lei nº 9.612, de 1998,
encerra-se com o fim do prazo para cumprimento da exigência indicada no caput.

[7]Art. 9º (...)
§ 5º Não alcançando êxito a iniciativa prevista no parágrafo anterior, o Poder
Concedente procederá à escolha da entidade levando em consideração o critério da
representatividade, evidenciada por meio de manifestações de apoio encaminhadas por
membros da comunidade a ser atendida e/ou por associações que a representem.

[8] Art. 25. São hipóteses de inabilitação: (...) IV – o não atendimento de solicitação
feita nos termos do art. 24; (...)

[9] Art. 25. São hipóteses de inabilitação: (...)

III - o estabelecimento ou a manutenção de vínculos de qualquer natureza; (...)

§ 2º Considera-se vinculada, em infração ao art. 11 da Lei nº 9.612, de 1998, a entidade


que, enquanto perdurar a relação jurídica com o Ministério das Comunicações, se
enquadre no descrito no artigo 7º, inciso III, notadamente:
I – quando membro de órgão de direção da entidade, individualmente considerado:

a) exerce mandato eletivo no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo, nas esferas
federal, estadual, distrital ou municipal;

b) exerce cargo ou função em órgão de direção de partido político, a nível municipal,


estadual, distrital ou federal;

c) exerce cargo de Ministro de Estado, Secretário de Estado ou Secretário Municipal,


independente da denominação que recebem;

d) é dirigente de entidade outorgada ou de outra interessada na execução do Serviço de


Radiodifusão Comunitária ou Comercial; ou

e) exerce cargo de dignidade eclesiástica ou de sacerdócio


Página142

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
II – quando a diretoria da entidade for composta majoritariamente por parentes entre si,
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, incluídos o cônjuge ou
companheiro.

III – quando estatuto social, ata de fundação, de eleição ou de assembleia geral ou


qualquer outro documento da entidade apresente claramente disposições que explicitem
a vinculação;

IV – quando a localização da sede da entidade, do seu sistema irradiante ou do seu


estúdio coincida com o endereço de entidade religiosa, de partido político ou outra
emissora comercial ou comunitária; e

V – quando a entidade, por qualquer meio, anuncie que realiza ou realizará proselitismo.

§ 3º A existência de vínculo, verificada no curso do processo, é vício de caráter


insanável.

[10] Art. 26. O resultado prévio da habilitação será comunicado às entidades


interessadas, que poderão interpor o competente recurso administrativo na forma da
Seção VII deste Capítulo.

[11] Art. 27. Finalizada a análise dos recursos, as entidades serão comunicadas do
resultado definitivo da fase de habilitação.

[12] Art. 28. Seleção é a fase na qual serão escolhidas, dentre as concorrentes
habilitadas, aquela que passará à fase de instrução processual, tendo em consideração a
pontuação em manifestações em apoio válidas e as relações de concorrência direta e
indireta.

Parágrafo único. A fase de seleção somente ocorrerá quando houver concorrência.

[13] Art. 29. As entidades habilitadas poderão mudar as coordenadas propostas para
instalação do sistema irradiante, inclusive durante a fase de instrução, desde que haja
viabilidade técnica. Parágrafo único. Se a mudança de coordenadas fizer com que a
entidade requerente tenha outras concorrentes, estas não serão prejudicadas e a entidade
que propôs a mudança perderá, em relação a essas novas concorrentes, a pontuação
obtida com manifestações em apoio.

[14] Art. 30. Antes de se aferir a representatividade de cada concorrente, por ocasião da
Página143

comunicação do resultado definitivo da seleção, o Ministério das Comunicações

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
promoverá o entendimento entre elas, instando-as a entrarem em acordo para prestarem
o Serviço de Radiodifusão Comunitária em conjunto. § 1º No prazo improrrogável de
trinta dias, as concorrentes deverão se manifestar sobre a proposta de acordo,
apresentando, caso aceitem prestar conjuntamente o Serviço, requerimento assinado
pelos representantes legais das entidades habilitadas, com firma reconhecida, conforme
o modelo do Anexo 8 desta Portaria. § 3º A ausência de manifestação das entidades
interessadas será considerada como recusa à prestação conjunta do Serviço. § 4º Uma
vez firmado o acordo as manifestações em apoio apresentadas pelas entidades
participantes serão consideradas em conjunto.

[15] Art. 9º (...)

§ 4º Havendo mais de uma entidade habilitada para a prestação do Serviço, o Poder


Concedente promoverá o entendimento entre elas, objetivando que se associem.

[16] Art. 32. A representatividade será obtida a partir da contagem das manifestações
em apoio de pessoas jurídicas sem fins lucrativos. § 1º As manifestações em apoio das
pessoas físicas, cada qual valendo um ponto, serão contabilizadas apenas como critério
de desempate. § 2º Persistindo o empate, a escolha será efetuada por sorteio público, a
ser realizado na sede do Ministério das Comunicações, em data previamente
comunicada às entidades, acompanhado por pelo menos três servidores.

[17] Art. 35. Aferida a representatividade de cada concorrente, o Ministério das


Comunicações informará o resultado prévio da fase de seleção. Art. 36. As concorrentes
poderão interpor um único recurso, relativo a toda a matéria de fato e de direito
concernente à fase de seleção, no prazo de trinta dias, contados da data de notificação
do resultado. Art. 37. Analisados os recursos, as entidades interessadas serão
comunicadas do resultado definitivo da fase de seleção, do qual constará a classificação
final das concorrentes de acordo com a representatividade de cada uma e a convocação
da entidade selecionada para apresentar os documentos previsto no art. 39, no prazo de
trinta dias.

[18] Art. 38. A fase de instrução é o momento em que a entidade selecionada deve
apresentar documentos ainda não encaminhados, desde que não sejam habilitantes, ou
retificar vícios sanáveis.
Página144

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
1º. A entidade selecionada que tenha executado o serviço de radiodifusão antes da
publicação do edital deverá regularizar junto à Agência Nacional de Telecomunicações
– ANATEL os débitos daí decorrentes, antes do término da fase de instrução.

§2º O Ministério das Comunicações juntará ao processo certidão negativa de débitos das
receitas administradas pela ANATEL.

Art. 39. São documentos necessários à instrução: I – comprovante de recolhimento da


taxa de cadastramento; II – Formulário de Dados de Funcionamento da Estação.
§ 1º A taxa de cadastramento deverá ser recolhida conforme as especificações
constantes do edital de seleção pública.

§ 2º O Formulário de Dados de Funcionamento da Estação (Anexo 6) deve vir


acompanhado por Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, devendo ambos os
documentos ser apresentados com as assinaturas de profissional habilitado para a
execução de projeto técnico de radiodifusão e do representante legal da entidade,
juntamente com a comprovação de pagamento da ART.

§ 3º O Formulário de Dados de Funcionamento da Estação, de responsabilidade


exclusiva da entidade interessada, deverá obedecer às características especificadas no
Capítulo IV e contar com as declarações constantes no item 11 do Anexo 6 desta
Portaria.

Art. 40. O estatuto social da entidade deverá conter as seguintes disposições:


I – indicação da finalidade de executar o Serviço de Radiodifusão;

II – garantia de ingresso gratuito, como associado, de toda e qualquer pessoa física ou


jurídica;

III – garantia do direito de voz e voto aos associados nas instâncias deliberativas, bem
como, nas eleições e para as pessoas físicas, do direito de votar e ser votado para os
cargos de direção;

IV – especificação do órgão administrativo da entidade e do Conselho Comunitário,


bem como o modo de funcionamento, notadamente no que concerne: a) aos cargos que
compõem a estrutura administrativa, bem como as suas respectivas atribuições; b) ao
tempo de mandato dos membros que compõem a diretoria, limitado ao máximo de
Página145

quatro anos, sendo admitida uma recondução.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. O estatuto social não será considerado irregular, na forma do inciso I
do caput, se da leitura do seu conjunto for possível depreender que a entidade tem a
finalidade de prestar o Serviço de Radiodifusão.

[19] Art. 41. Com o objetivo de instruir o processo, o Ministério das Comunicações fará
solicitação, a ser cumprida no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável uma única vez e por
igual período a requerimento da entidade interessada. §1º Caso a entidade apresente
resposta, mas não envie todos os documentos ou os envie com alguma deficiência, o
Ministério das Comunicações fará apenas mais uma solicitação a ser cumprida no prazo
improrrogável de trinta dias. §2º Na hipótese do art. 16, § 1º, ou em Município que não
possua entidade autorizada a prestar o Serviço de Radiodifusão Comunitária, poderão
ser encaminhadas até duas notificações adicionais à entidade, cada qual a ser cumprida
no prazo improrrogável de trinta dias.

[20] Art. 43 São casos de indeferimento: I – o descumprimento de solicitação feita nos


termos do art. 41; II – o estabelecimento ou a manutenção de vínculos de qualquer
natureza; e III – após a publicação do edital, a entidade tenha executado Serviço de
Radiodifusão sem a outorga do Poder concedente.

[21] Art. 45 Indeferido o pedido de outorga da entidade selecionada e arquivado o


processo, serão convocadas para a fase de instrução as entidades remanescentes,
observada a ordem de classificação.

[22] Art. 44. Instruído o processo, o Ministério das Comunicações proclamará


vencedora a entidade selecionada e declarará encerrada a Seleção Pública, de tudo
comunicando às entidades interessadas.

[23] Art. 46. Das decisões administrativas cabe recurso para impugnar as razões de
legalidade e de mérito.

§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a


reconsiderar, o encaminhará, sem necessidade de provocação, à autoridade superior.

§2º O prazo para interposição de recurso administrativo é de trinta dias, contado a partir
da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

§ 3º O prazo recursal é improrrogável, mas pode ser suspenso nos termos da Lei nº.
Página146

9.784, de 1999.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
[24] Art. 47. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente
deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que
julgar convenientes.

§1º Os documentos que deveriam ter sido encaminhados em outro momento processual,
quando enviados na fase recursal, não levam à procedência do recurso.

§2º. Quando todas as entidades concorrentes forem inabilitadas, o recurso será julgado
procedente caso seja apresentado com os documentos que corrijam o motivo da
inabilitação, ressalvados os casos de vício insanável.

[25] Art. 50. Quando a entidade for inabilitada por ter desrespeitado o art. 22, § 1º, terá
provimento o recurso em que a entidade retificar tais pendências. Parágrafo único. Se as
novas coordenadas acatadas em recurso puderem prejudicar o andamento de outros
processos já habilitados, a entidade perderá toda a pontuação obtida com manifestações
em apoio.

[26] Art. 48. O recurso não será conhecido quando interposto: I – fora do prazo; II – por
quem não seja legitimado; ou III – após exaurida a esfera administrativa. Parágrafo
único. O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o
ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.

[27]Art. 49. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar,
anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua
competência. Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo a decisão puder
ser mantida, mas por outros fundamentos, a recorrente deverá ser cientificada para que
formule suas alegações antes da decisão.
[28] Art. 51. Todos os prazos mencionados nesta Portaria serão contados a partir da
ciência do ato por qualquer meio, excluindo-se da contagem o dia do começo e
incluindo-se o do vencimento, observado o disposto nos artigos 66 e 67 da Lei nº 9.784,
de 1999. Art. 52. No caso de intimação por meio eletrônico, a contagem do prazo será
efetuada na forma prevista na regulamentação do SEI. Art. 53. A tempestividade dos
atos praticados pelas entidades interessadas é aferida pela data do registro no protocolo
junto ao Ministério das Comunicações ou pela data da postagem da correspondência
junto aos Correios, aquela que for mais benéfica para a entidade
Página147

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
[29] Art. 54. O pedido de prorrogação de prazo, quando tempestivo, suspende a
contagem do prazo até o momento em que a entidade é notificada da resposta à
solicitação. Parágrafo único. Os pedidos de prorrogação de prazo terão prioridade na
tramitação.

[30] Art. 55. À entidade interessada é facultado se fazer representar por procurador
devidamente constituído. Art. 56. É vedada a procuração que outorgue poderes de
gerência ou administração.

[31] Art. 57. É vedada a atuação de servidor público federal como procurador ou
intermediário junto ao Ministério das Comunicações.

[32] Art. 19. A autorização para execução do RadCom será formalizada mediante ato do
Ministério das Comunicações, que deverá conter, pelo menos, a denominação da
entidade, o objeto e o prazo de autorização, a área de cobertura da emissora e o prazo
para início

[33] Art. 2o O Serviço de Radiodifusão Comunitária obedecerá ao disposto no art. 223


da Constituição, aos preceitos desta Lei e, no que couber, aos mandamentos da Lei nº
4.117, de 27 de agosto de 1962, e demais disposições legais. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

Parágrafo único. Autorizada a execução do serviço e, transcorrido o prazo previsto no


art. 64, §§ 2o e 4o da Constituição, sem apreciação do Congresso Nacional, o Poder
Concedente expedirá autorização de operação, em caráter provisório, que perdurará até
a apreciação do ato de outorga pelo Congresso Nacional. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.216-37, de 2001)

[34] Art. 75. O prazo para o início efetivo da execução do Serviço de Radiodifusão
Comunitária é de seis meses a contar da data de publicação da autorização para
operação em caráter provisório ou do licenciamento para funcionamento da estação,
podendo ser prorrogado uma única vez por igual período. Parágrafo único. O pedido de
prorrogação a que se refere o caput deverá: I – ser apresentado pela entidade dentro do
prazo de seis meses para início efetivo da execução do serviço; e II – indicar as razões
que justificam a prorrogação.

[35] Art. 101. As entidades não poderão estabelecer ou manter, inclusive por meio de
Página148

seus dirigentes, qualquer espécie de vínculo. Parágrafo único. O Ministério das

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Comunicações manterá atualizado em seu sítio eletrônico rol exemplificativo de quais
são os fatos e características que configuram vínculo (art. 11, Lei nº. 9.612, de 1998).
Art. 102. É vedada qualquer espécie de proselitismo, devendo a entidade autorizada
prezar pela pluralidade de ideias e opiniões por meio da divulgação de diferentes
interpretações sobre temas controversos.

[36] Art. 103. Com o intuito de dar cumprimento aos princípios e finalidades dispostos
nos artigos 3º e 4º da Lei nº 9.612, de 1998, é recomendável que as entidades
autorizadas adotem as seguintes condutas: I – difundir e estimular a produção de
conteúdo local; II – divulgar eventos culturais, desportivos, de lazer ou quaisquer outros
ligados à formação e integração da comunidade; III – dar preferência a programas que
permitam a participação do ouvinte; IV – noticiar fatos de utilidade pública, como
condições do trânsito ou do tempo, informes da defesa civil e do Poder Público; V –
criar programas de estágio e de serviço voluntário, nos termos das Leis 11.788, de 25 de
setembro de 2008, e 9.608, de 18 de fevereiro de 1998; VI – promover debates e
palestras acerca de temas de interesse público local; VII – desenvolver atividades que
permitam a integração entre a sociedade local e a entidade autorizada, incentivando a
adesão de novos associados; VIII – informar à comunidade, notadamente durante a sua
programação, que a emissora é comunitária; e IX – informar aos ouvintes do direito que
assiste a qualquer cidadão da comunidade beneficiada de emitir opiniões sobre
quaisquer assuntos abordados na programação da emissora, bem como manifestar
ideias, propostas, sugestões, reclamações ou reivindicações, mediante pedido
encaminhado à direção da entidade.

[37] Art. 104. A entidade autorizada deverá estar a serviço da comunidade atendida,
sendo vedado que ela se conduza como propriedade privada de uma pessoa ou de um
grupo.

[38] Art. 105. A entidade autorizada deverá assegurar transparência na sua gestão e
promover mecanismos que privilegiem a participação da comunidade na sua
administração.

[39] Art. 108. Toda a irradiação deverá ser gravada e mantida em arquivo durante as
vinte e quatro horas subsequentes ao encerramento dos trabalhos diários da emissora,
devendo também ser conservados em arquivo, durante sessenta dias, os textos dos
Página149

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
programas, inclusive noticiosos, devidamente autenticados pelo responsável legal da
entidade.

Art. 109. As gravações dos programas políticos, de debates, entrevistas,


pronunciamentos da mesma natureza e qualquer irradiação não registrada em texto
deverão ser conservadas em arquivo pelo prazo de vinte dias, a partir da transmissão.
Art. 110. Enquanto durarem casos de calamidade pública, oficialmente reconhecidos
como tal pela autoridade competente, as emissoras de Radiodifusão Comunitária
poderão se organizar em rede, em âmbito estadual, para transmitir exclusivamente
conteúdos de auxílio às vítimas, ainda que não tenham sido convocadas pela autoridade.
Parágrafo único. Uma vez ocorrida a convocação, as emissoras ficam obrigadas a operar
em rede.
[40] Art. 111. É vedada a cessão ou o arrendamento, a qualquer título, da emissora e de
horários de sua programação. Parágrafo único. Sem prejuízo do caput, a entidade
autorizada poderá veicular programas produzidos por terceiros, assumindo a
responsabilidade pelo seu conteúdo.

Art. 112. À entidade outorgada é vedada a transferência dos poderes de gerência ou


administração por meio de contrato de mandato ou qualquer outro meio.
[41] Art. 113. O Conselho Comunitário é órgão autônomo de fiscalização e encarregado
de zelar pelo cumprimento das finalidades e princípios do Serviço de Radiodifusão
Comunitária estabelecidos nos artigos 3º e 4º da Lei nº 9.612, de 1998.

Art. 114. A entidade autorizada deverá instituir um Conselho Comunitário, composto


por no mínimo cinco pessoas representantes de entidades legalmente instituídas. § 1º
Poderão indicar representantes para compor o Conselho Comunitário, dentre outras,
entidades de classe, beneméritas, religiosas ou de moradores, excluída a própria
executora do serviço e a Administração Pública direta e indireta. § 2º As pessoas
jurídicas e seus representantes, enquanto participantes do Conselho Comunitário, não
poderão ser associados da entidade autorizada nem poderão participar da produção ou
do financiamento de programas, ressalvados os informes pontuais à comunidade. § 3º
Cada entidade que tenha a intenção de indicar componente para o Conselho
Comunitário poderá apresentar apenas um representante, ressalvada a hipótese de
inexistir um número mínimo de entidades que queiram participar do Conselho.
Página150

Art. 115. Compete ao Conselho Comunitário, no exercício de suas funções: I –


fiscalizar a programação da emissora; II – solicitar ao órgão de direção da entidade

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
autorizada informações e esclarecimentos concernentes à gestão das atividades, área
editorial, direção da programação, dentre outros; III – fazer recomendações ao órgão de
direção da entidade autorizada; IV – realizar pesquisa de satisfação ou opinião junto à
comunidade atendida; V – receber reclamações, denúncias e elogios; e VI – submeter ao
Ministério das Comunicações e aos órgãos de direção da entidade relatório
circunstanciado acerca da programação. Art. 116. Sempre que solicitado pelo Ministério
das Comunicações, a entidade deverá apresentar relatório circunstanciado, elaborado
pelo Conselho Comunitário, contendo a descrição e avaliação a respeito da grade de
programação, considerando as finalidades legais do Serviço de Radiodifusão
Comunitária.
[42] Art. 129. A outorga para execução do Serviço de Radiodifusão Comunitária tem
validade de dez anos e poderá ser renovada por igual período, desde que obedecida esta
Portaria e as disposições legais vigentes. Art. 130. O procedimento de renovação será
processado eletronicamente e iniciado por ato do Ministério das Comunicações no prazo
de até doze meses antes do termo final da outorga. Parágrafo único. O Ministério das
Comunicações instruirá o processo com os seguintes documentos: I - portaria de
autorização da entidade e demais documentos cadastrais; II - comprovante de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda – CNPJ; III -
certidão negativa de débitos de receitas administradas pela Anatel; e IV - relatório de
apuração de infrações, referente ao período de vigência da outorga.

[43] Art. 131. Instaurado o processo de renovação, a entidade será notificada para, no
prazo de trinta dias, manifestar interesse na renovação, mediante a apresentação dos
seguintes documentos: I - requerimento de renovação, conforme modelo constante do
Anexo V; II - estatuto social atualizado; III - ata de eleição da diretoria em exercício; IV
- prova de maioridade e nacionalidade de todos os dirigentes; V - último relatório do
Conselho Comunitário; e VI - declaração, assinada pelo representante legal da
interessada, atestando que a emissora encontra-se com suas instalações e equipamentos
em conformidade com a última autorização do Ministério das Comunicações, de acordo
com os parâmetros técnicos previstos na regulamentação vigente, constantes da
respectiva licença de funcionamento. § 1º O estatuto social e a ata de eleição da
diretoria deverão estar registrados no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. §
2º O Ministério das Comunicações poderá solicitar a apresentação dos documentos
Página151

referidos nos incisos II e III do art. 130 na impossibilidade de obtê-los diretamente pela

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
internet. § 3º A interessada será notificada para suprir, no prazo de trinta dias, eventuais
omissões ou irregularidades constatadas na documentação apresentada. § 4º
Independentemente da notificação de que trata o caput deste artigo, a entidade
interessada poderá dirigir requerimento ao Ministério das Comunicações, observado o
prazo de até um mês antes do vencimento da respectiva outorga.

[44] Art. 132. A renovação será indeferida nos casos em que: I – não tenham sido
apresentados os documentos ou regularizadas as pendências, nos prazos referidos no art.
131; II – constatada a existência de vínculo ou de não comprovação do caráter
comunitário da entidade; e III – aplicação de pena de revogação de autorização por
decisão administrativa definitiva.

[45] Art. 133. Concluído o processo de renovação no âmbito do Ministério das


Comunicações, o pedido será encaminhado à apreciação do Congresso Nacional.

[46] Art. 134. Expirado o prazo de vigência da outorga, as entidades poderão manter
suas emissoras em funcionamento até a conclusão do processo de renovação.

Portaria nº 1.909/2018/SEI-MCTIC (Altera a Portaria nº


4.334/2015/SEI-MC).

Portaria MCTIC nº 1.909, de 05.04.2018 –

Altera a Portaria nº 4.334/2015/SEI-MC, que dispõe sobre o serviço de radiodifusão


comunitária.

O MINISTRO DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E


COMUNICAÇÕES, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único,
inciso II, da Constituição, e considerando o disposto na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro
de 1998, e no Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998, resolve:
Página152

Art. 1º A Portaria nº 4.334/2015/SEI-MC, de 17 de setembro de 2015, passa a vigorar


com as seguintes alterações:

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
"Art. 1º .....

Parágrafo único. Denomina-se Serviço de Radiodifusão Comunitária a radiodifusão


sonora, em frequência modulada, operada em baixa potência e cobertura restrita,
outorgada a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, sediadas na área
da comunidade para a qual pretendem prestar o Serviço." (NR) "

Art. 5º As entidades credenciadas para a utilização do Sistema Eletrônico de


Informações - SEI - serão notificadas apenas por meio eletrônico, na forma prevista na
regulamentação.

Parágrafo único. No caso de entidades não credenciadas na forma do caput, a


comunicação dos atos se dará na forma prevista pela Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de
1999, de modo que, caso uma notificação efetuada via postal seja devolvida por erro ou
inconsistência no endereço cadastrado, será realizada apenas mais uma tentativa de
comunicação, em endereço diverso informado pela entidade, antes do indeferimento ou
do arquivamento do processo." (NR)

"Art. 7º.....

III - vínculo: a manutenção ou o estabelecimento de qualquer ligação que subordine ou


sujeite a entidade, inclusive por meio de seus dirigentes, à gerência, à administração, ao
domínio, ao comando ou à orientação de outrem, mediante compromissos ou relações
financeiras, religiosas, familiares, político-partidárias ou comerciais, quando,
notadamente:

a) algum membro de órgão de direção da entidade, individualmente considerado:

1. exercer cargo ou função em órgão de direção de partido político a nível municipal,


estadual, distrital ou federal;

2. exercer cargo de Ministro de Estado, Secretário de Estado ou Secretário Municipal,


independente da denominação;

3. exercer mandato eletivo no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo, nas esferas
Página153

federal, estadual, distrital ou municipal;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
4. for suplente de cargo eletivo no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo, nas
esferas federal, estadual, distrital ou municipal;

5. for dirigente de outra entidade detentora de outorga de serviços de radiodifusão;

6. exercer cargo de dignidade eclesiástica ou de sacerdócio;

ou 7. exercer cargo de administração ou gerência de entidade religiosa.

b) mais da metade da diretoria da entidade for composta por parentes entre si, em linha
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, incluídos o cônjuge ou companheiro;

c) o estatuto social, a ata de fundação, de eleição ou de assembleia geral, ou qualquer


outro documento da entidade, apresente claramente disposições que explicitem ou
possibilitem a caracterização da vinculação; ou

d) a localização da sede da entidade, do seu sistema irradiante ou do seu estúdio


coincida com o endereço de partido político ou outra emissora executante de serviços de
radiodifusão.

IV - .....

V - .....

VI - .....

VII - .....

VIII - cobertura restrita: a área limitada por um raio igual ou inferior a mil metros a
partir da antena transmissora, destinada ao atendimento de determinada comunidade de
um bairro, uma vila ou uma localidade de pequeno porte;

IX - localidade de pequeno porte: toda cidade ou povoado cuja área urbana possa estar
contida nos limites de uma área de cobertura restrita;
Página154

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
X - área pretendida para prestação do serviço (área da comunidade atendida): a área
limitada por um raio igual ou inferior a quatro mil metros a partir da antena
transmissora;

XI - localidade de prestação do serviço: o município onde o Serviço será executado; e

XII - execução clandestina de serviço de radiodifusão: a execução de serviço de


radiodifusão sem a outorga do Poder Concedente." (NR)

"Art. 7º-A Durante o curso dos processos de pós-outorga ou de renovação, de que trata
esta Portaria, será conferida uma única oportunidade, em cada tipo de processo, para
saneamento dos seguintes vícios, sob pena de indeferimento da solicitação:

I - quando algum membro de órgão de direção da entidade, individualmente


considerado, tiver sido condenado, em decisão transitada em julgado ou proferida por
órgão judicial colegiado, por qualquer infração de natureza penal ou nos ilícitos
previstos nas alíneas b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p e q do inciso I do art. 1º da Lei
Complementar nº64, de 18 de maio de 1990; ou

II - o estabelecimento ou manutenção de vínculo, nos termos do inciso III do art. 7º."


(NR)

"Art. 16. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações divulgará,


periodicamente, o PNO RadCom, contendo o cronograma dos editais a serem
publicados nos períodos subsequentes." (NR)

"Art. 17. Observado o disposto no PNO RadCom, o Ministério da Ciência, Tecnologia,


Inovações e Comunicações publicará extrato do edital de seleção pública no Diário
Oficial da União e disponibilizará o texto integral em seu sítio eletrônico na Internet.

Parágrafo único. As entidades interessadas em participar da seleção pública deverão


apresentar toda a documentação de habilitação dentro do prazo previsto em edital, sob
pena de inabilitação." (NR)

"Art. 19 .....
Página155

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
III - o prazo para apresentação da documentação;" (NR)

"Art. 20. O prazo constante do edital para inscrição no processo seletivo é


improrrogável e insuscetível de suspensão, sendo considerada intempestiva a
apresentação de qualquer documento após sua finalização, ressalvada a hipótese do art.
24.

Parágrafo único. Findo o prazo constante do edital, o Ministério da Ciência, Tecnologia,


Inovações e Comunicações disponibilizará, em até trinta dias, em seu sítio eletrônico na
Internet, a relação nominal das entidades que solicitaram autorização para executar o
Serviço de Radiodifusão Comunitária em cada Município." (NR)

"Art. 22 .....

I - requerimento de outorga (Anexo 2), com as declarações nele elencadas;

II - .....

III - .....

IV - .....

V - .....

VI - .....

VII - .....

VIII - comprovante de recolhimento da taxa de cadastramento.

§ 1º .....

§ 2º .....

§ 3º .....
Página156

§ 4º .....

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 5º As manifestações em apoio somente serão consideradas se apresentadas na forma
do art. 34, e servirão para aferição dos critérios de representatividade.

§ 6º A taxa de cadastramento deverá ser recolhida conforme as especificações


constantes do edital de seleção pública." (NR)

"Art. 24. Caso algum dos documentos constantes do art. 22 seja enviado em desacordo
com as disposições desta Portaria, será conferida uma única oportunidade, a ser
cumprida no prazo improrrogável de sessenta dias, para que a irregularidade encontrada
seja saneada, sob pena de inabilitação.

§ 1º .....

§ 2º .....

§ 3º O disposto no caput não se aplica nos casos de ausência completa de qualquer um


dos documentos previstos nos incisos do art. 22." (NR)

"Art. 25 .....

II - apresentação intempestiva ou ausência completa de qualquer um dos documentos


previstos nos incisos do art. 22;

III - .....

IV - o não saneamento de irregularidades, após a diligência prevista no caput do art. 24;

V - a execução clandestina de serviço de radiodifusão nos cinco anos anteriores à data


de publicação do edital até a publicação da portaria que autoriza a execução do serviço;
ou

VI - quando algum membro de órgão de direção da entidade, individualmente


considerado, tiver sido condenado, em decisão transitada em julgado ou proferida por
órgão judicial colegiado, por qualquer infração de natureza penal ou nos ilícitos
previstos nas alíneas b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p e q do inciso I do art. 1º da Lei
Página157

Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 1º .....

§ 2º .....

§ 3º As hipóteses dos incisos III e VI, quando constatadas no curso do processo de


outorga, são vícios insanáveis." (NR)

"Art. 29. As entidades habilitadas poderão mudar as coordenadas propostas para


instalação do sistema irradiante, inclusive durante a fase de instrução, desde que haja
viabilidade técnica e que o novo local escolhido esteja dentro da área pretendida para
prestação do serviço." (NR)

"Art. 33 .....

I - manifestações em apoio de pessoas jurídicas; e

II - .....

§ 1º A representatividade será obtida a partir da contagem das manifestações em apoio


de pessoas jurídicas ou de pessoas físicas que tenham domicílio na área pretendida para
a prestação do serviço.

§ 2º Serão contabilizadas, primeiramente, o número de manifestações em apoio de


pessoas jurídicas e, em caso de empate, serão contabilizadas as manifestações em apoio
de pessoas físicas.

§ 3º Persistindo o empate, a escolha será efetuada por sorteio público, a ser realizado na
sede do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, em data
previamente comunicada às entidades, acompanhado por pelo menos três servidores."
(NR)

"Art. 34 .....

I - manifestações em apoio de pessoas jurídicas: cópia do comprovante de inscrição


junto ao CNPJ, cópia da ata de eleição ou termo de posse do representante legal da
Página158

declarante e comprovante de endereço; e" (NR)

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
"Art. 38 .....

§ 1º A entidade selecionada que tenha débitos junto à Agência Nacional de


Telecomunicações - ANATEL - deverá regularizá-los antes do término da fase de
instrução, sob pena de indeferimento.

§ 2º O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações instruirá o


processo com os documentos previstos nos incisos III, IV, V, VI e VII do art. 39.

§ 3º Poderá ser solicitada a apresentação dos documentos referidos no parágrafo 2º na


impossibilidade de obtê-los diretamente pela Internet." (NR)

"Art. 39 .....

III - comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério


da Fazenda - CNPJ;

IV - certidão negativa de débitos de receitas administradas pela ANATEL;

V - certidão que comprove a regularidade da entidade com a Seguridade Social e com o


Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

VI - certidão conjunta negativa de débitos da entidade, relativa aos tributos federais e à


dívida ativa da União, expedida pela Receita Federal, que comprove a regularidade
perante a Fazenda federal; e

VII - certidão que prove a inexistência de débitos inadimplidos da entidade perante a


Justiça do Trabalho, por meio da apresentação de certidão negativa, nos termos do
disposto no Título VII-A do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 -
Consolidação das Leis do Trabalho.

§ 1º .....

§ 2º O Formulário de Dados de Funcionamento da Estação (Anexo 6) deve vir


acompanhado por Anotação de Responsabilidade Técnica - ART -, devendo ambos os
Página159

documentos ser apresentados com as assinaturas de profissional habilitado para a

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
execução de projeto técnico de radiodifusão e do representante legal da entidade,
juntamente com o comprovante de pagamento da ART." (NR)

"Art. 40. O estatuto social da entidade deverá estar de acordo com o Código Civil e
conter as seguintes disposições:

I - .....

II - garantia de ingresso gratuito, como associado, de toda e qualquer pessoa física ou


jurídica, vedado o condicionamento do ingresso à aprovação pela diretoria ou à
indicação por outro associado;

III - .....

IV - garantia às pessoas físicas do direito de votarem e serem votadas para os cargos de


direção, e às pessoas jurídicas do direito de votarem para os cargos diretivos; e

V - .....

a) .....

b) ao tempo de mandato dos membros que compõem a diretoria, limitado ao máximo de


quatro anos, sendo admitida uma recondução, após a qual será vedada a permanência
dos mesmos dirigentes, ainda que em cargos diversos.

§ 1º .....

§ 2º O estatuto social não poderá conter cláusula de que a entidade, por qualquer meio,
realize ou realizará proselitismo." (NR)

"Art. 43 .....

I - o descumprimento de solicitação para instrução processual;

II - .....
Página160

III - .....

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
IV - a não quitação dos débitos que a entidade tenha junto à ANATEL até o término da
fase de instrução;

V - o não saneamento de irregularidades fiscais e trabalhistas; ou

VI - quando algum membro de órgão de direção da entidade, individualmente


considerado, tiver sido condenado, em decisão transitada em julgado ou proferida por
órgão judicial colegiado, por qualquer infração de natureza penal ou nos ilícitos
previstos nas alíneas b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p e q do inciso I do art. 1º da Lei
Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990." (NR)

"Art. 101 .....

§ 1º .....

§ 2º Constatado o vínculo, a entidade outorgada será notificada, observando-se as


disposições do art. 7º-A, para sanear a irregularidade, sem prejuízo das sanções
previstas na legislação." (NR) "

Art. 114. A entidade autorizada deverá instituir um Conselho Comunitário, composto


por representantes de, no mínimo, cinco entidades legalmente instituídas.

§ 1º .....

§ 2º .....

§ 3º Cada entidade que tenha a intenção de indicar componente para o Conselho


Comunitário poderá apresentar apenas um representante, ressalvada a hipótese de
inexistir um número mínimo de entidades que queiram participar do Conselho, sendo
permitido, neste caso, que uma mesma entidade indique mais de um representante, até
totalizar, no mínimo, cinco Conselheiros Comunitários.

§ 4º A entidade autorizada deverá encaminhar cópia do comprovante de inscrição e de


situação cadastral no CNPJ de cada entidade que vier a compor o Conselho." (NR)
Página161

"Art. 116. Sempre que solicitado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações, a entidade deverá apresentar relatório, elaborado pelo Conselho

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Comunitário, contendo a grade de programação com a descrição e a avaliação dos
programas veiculados, considerando as finalidades legais do Serviço de Radiodifusão
Comunitária.

Parágrafo único. O relatório deverá ser assinado por todos os Conselheiros


Comunitários e devem estar indicadas as entidades representadas por cada um deles."
(NR)

"Art. 124. As alterações de caráter jurídico deverão ser informadas ao Ministério da


Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações no prazo de trinta dias, a contar da
realização do ato, acompanhadas do requerimento de pós-outorga jurídico (Anexo 7),
assinado por todos os dirigentes, e dos seguintes documentos:

I - .....

a) .....

b) prova de maioridade, nacionalidade e o comprovante de inscrição no CPF, de todos


os dirigentes; e

c) declaração, firmada por cada um dos dirigentes, indicando que residem na área da
comunidade atendida, com os respectivos endereços de domicílio.

II - .....

III - no caso de alteração da composição do Conselho Comunitário: termo de posse do


novo Conselho com a indicação e qualificação de todos os conselheiros e das entidades
que representam, acompanhado do CNPJ atualizado de cada uma dessas entidades; e

IV - .....

V - para as alterações da razão social da entidade ou do seu nome fantasia: cópia do


estatuto social consolidado e registrado junto ao Cartório de Registro de Pessoas
Jurídicas, acompanhado do CNPJ atualizado." (NR)
Página162

"Art. 125. Caso a entidade deseje alterar qualquer característica constante da Licença
para Funcionamento da Estação, deverá encaminhar pedido de alteração de caráter

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
técnico, acompanhado do Formulário de Dados de Funcionamento da Estação (Anexo
6), juntamente com a documentação constante do respectivo formulário.

§ 1º O sistema irradiante poderá ter sua localização alterada para qualquer local dentro
da área da comunidade atendida, desde que previamente autorizado pelo Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e observada a distância mínima de
quatro quilômetros a partir do sistema irradiante de outra entidade autorizada ou
participante de edital em andamento.

§ 2º Deferida a mudança, nos temos do § 1º, será publicada Portaria de Alteração de


Características Técnicas, tendo a entidade um prazo de sessenta dias, contado da
publicação da Portaria, para concretizar a modificação do local do sistema irradiante e
adequar o quadro diretivo e a sede para a nova área da comunidade atendida, sob pena
das sanções previstas na legislação.

§ 3º Caso haja necessidade de alteração do quadro diretivo, deverão ser encaminhados


os documentos e observadas as formalidades previstas no art. 124." (NR)

"Art. 126. Com exceção dos pedidos de alteração de local do sistema irradiante, as
demais alterações de caráter técnico não dependem de prévia anuência do Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Parágrafo único. As alterações de que trata o caput devem ser comunicadas ao


Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações no prazo máximo de
trinta dias, contado da realização do ato, acompanhadas do Formulário de Dados de
Funcionamento da Estação (Anexo 6) e da respectiva documentação necessária." (NR)

"Art. 127. Os pedidos de alteração de canal do Município deverão ser enviados ao


Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que os analisará e, caso
cumpridas as formalidades necessárias, os encaminhará à ANATEL.

§ 1º Os pedidos de alteração de canal somente serão processados caso haja anuência da


maioria das entidades autorizadas a executar o serviço no Município.
Página163

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 2º Para comprovação da anuência, nos termos do § 1º, o solicitante da alteração
pleiteada deverá encaminhar o formulário de alteração de canal (Anexo 9) juntamente
com os seguintes documentos das demais entidades que concordarem com a alteração:

I - declaração, firmada por cada representante legal, indicando que a entidade


representada concorda com a alteração de canal no Município; e

II - ata de eleição e documento de identificação de cada representante legal." (NR)

"Art. 128-A. As alterações de características técnicas sujeitas à publicação em órgão


oficial dependerão de pagamento, pela entidade, de valor relativo às despesas
decorrentes do ato." (NR)

"Art. 130. A entidade autorizada a prestar serviços de radiodifusão comunitária que


desejar a renovação da outorga deverá dirigir requerimento para ao Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações entre os doze e os dois meses
anteriores ao término da vigência da outorga.

§ 1º A entidade interessada na renovação deverá instruir o requerimento de renovação


com os seguintes documentos:

I - requerimento de renovação (Anexo 5), assinado por todos os dirigentes;

II - estatuto social atualizado, nos termos do art. 40;

III - ata de eleição da diretoria em exercício;

IV - prova de maioridade, nacionalidade e o comprovante de inscrição no CPF, de todos


os dirigentes;

V - último relatório do Conselho Comunitário, observado o disposto no art. 116; e

VI - declaração, assinada pelo representante legal da entidade, atestando que a emissora


encontra-se com suas instalações e equipamentos em conformidade com a última
autorização do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, de
Página164

acordo com os parâmetros técnicos previstos na regulamentação vigente, constantes da


respectiva licença de funcionamento.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 2º O estatuto social e a ata de eleição da diretoria deverão estar registrados no Cartório
de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

§ 3º A interessada será notificada para suprir, no prazo de trinta dias, eventuais


omissões ou irregularidades constatadas na documentação apresentada.

§ 4º O disposto no § 3º está limitado ao máximo de três notificações, sob pena de


indeferimento do pedido, excetuados os casos do art. 7º-A, que seguirão as suas próprias
disposições.

§ 5º Em caso de indeferimento do pedido, a entidade poderá apresentar um único


recurso, que será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
reconsiderar, o encaminhará à autoridade superior.

§ 6º O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações instruirá o


processo de renovação com os seguintes documentos:

I - portaria de autorização da entidade e demais documentos cadastrais;

II - relatório de apuração de infrações, referente ao período de vigência da outorga;

III - comprovante de inscrição no CNPJ;

IV - certidão negativa de débitos de receitas administradas pela ANATEL;

V - certidão que comprove a regularidade da entidade com a Seguridade Social e com o


Fundo de Garantia do Tempo de Serviço- FGTS;

VI - certidão conjunta negativa de débitos da entidade, relativa aos tributos federais e à


dívida ativa da União, expedida pela Receita Federal, que comprove a regularidade
perante a Fazenda federal; e

VII - certidão que prove a inexistência de débitos inadimplidos da entidade perante a


Justiça do Trabalho, por meio da apresentação de certidão negativa, nos termos do
disposto no Título VII-A do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 -
Página165

Consolidação das Leis do Trabalho.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 7º Poderá ser solicitada à entidade a apresentação dos documentos referidos nos
incisos III, IV, V, VI e VII do § 6º na impossibilidade de obtê-los diretamente pela
Internet.

§ 8º O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações poderá, ainda,


fazer ou determinar diligências, solicitar outros documentos bem como esclarecimentos,
quando imprescindível ao regular cumprimento das disposições normativas que regem o
Serviço de Radiodifusão Comunitária." (NR)

"Art. 131. Caso não haja manifestação de interesse na renovação, até o prazo limite
previsto no caput do art. 130, a entidade será notificada, a partir do penúltimo mês da
vigência da outorga, para que se manifeste em tal sentido, sendo-lhe concedido o prazo
de trinta dias para resposta.

§ 1º Na hipótese prevista no caput, em caso de resposta solicitando a renovação da


outorga, a autorizada sujeitar-se-á à sanção de multa enquadrada como infração média,
segundo disposições da legislação em vigor.

§ 2º A sanção prevista no § 1º será aplicada ainda que a autorizada apresente


requerimento de renovação antes de receber a notificação de que trata o caput.

§ 3º Não havendo resposta à notificação de renovação da outorga, ou sendo ela


intempestiva, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações aplicará
a perempção, nos termos da legislação vigente." (NR)

"Art. 132. A renovação será indeferida, além das hipóteses previstas na legislação em
vigor aplicáveis ao serviço de que trata essa norma, nos casos em que:

I - a entidade manifestar intempestivamente interesse na renovação;

II - .....

III - seja constatado o estabelecimento ou a manutenção de vínculo, ou que algum


membro de órgão de direção da entidade, individualmente considerado, tenha sido
condenado, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
Página166

por qualquer infração de natureza penal ou nos ilícitos previstos nas alíneas b, c, d, e, f,

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
g, h, i, j, k, l, m, n, o, p e q do inciso I do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de
maio de 1990, observado o disposto no art. 7º-A; ou IV - .....

V - .....

Parágrafo único. Na hipótese de existência de processos em curso, nos termos do inciso


V, a decisão sobre a renovação de outorga, no âmbito do Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações, ficará sobrestada até a conclusão dos referidos
processos." (NR)

"Art. 136-A. Os pedidos de extinção da autorização, encaminhados pelas entidades que


não desejarem mais executar o Serviço de Radiodifusão Comunitária, deverão estar
acompanhados dos seguintes documentos:

I - ata da Assembleia na qual se deliberou acerca da extinção da autorização, assinada


por todos os dirigentes, registrada no Livro A do Cartório de Pessoas Jurídicas;

II - ata de eleição da diretoria em exercício; e

III - prova de regularidade dos débitos administrados pela ANATEL." (NR)

"Art. 136-B. As disposições sobre prazos, procuradores, denúncias e preclusão,


previstas, respectivamente, nas seções VIII, IX, X e XI, aplicam-se a todos os
procedimentos regulados por esta Portaria." (NR)

"Art. 136-C. Os prazos previstos nesta Portaria somente poderão ser prorrogados por
motivo de caso fortuito ou de força maior, devidamente comprovados, e desde que a
solicitação de prorrogação do prazo seja tempestiva.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos prazos para apresentação dos
requerimentos iniciais de outorga e de renovação, que são improrrogáveis e
insuscetíveis de suspensão, e aos prazos recursais, que são improrrogáveis." (NR)

Art. 2º Ficam revogados os seguintes dispositivos da Portaria nº 4.334/2015/SEI-MC,


de 2015:
Página167

I - o art. 2º;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
II - o parágrafo único do art. 7º;

III - os § 1º e § 2º do art. 24;

IV - os § 1º e § 2º do art. 25;

V - o art. 32;

VI - o inciso I e o § 1º do art. 39;

VII - o § 1º do art. 118;

VIII - os incisos IV e VI do art. 124;

IX - o inciso IV do art. 132;

X - o art. 135;

XI - o art. 136; e

XII - o parágrafo único do art. 137.

Art. 3º Ficam retificados os seguintes dispositivos da Portaria nº 4.334/2015/SEI-MC,


de 2015:

I - no § 1º do art. 10, no § 1º do art. 16 e no caput do art. 18, onde se lê "PNO", leia-se


"PNO RadCom";

II - no art. 40, onde se lê "parágrafo único" leia-se "§ 1º"; e

III - no art. 101,

onde se lê:

"parágrafo único",

leia-se:
Página168

"§ 1º".

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 4º Na Portaria nº 4.334/2015/SEI-MC, de 2015,

onde se lê

"Ministério das Comunicações",

leia-se

"Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações".

Art. 5º Os anexos da Portaria nº 4.334/2015/SEI-MC, de 2015, passam a vigorar na


forma dos anexos desta Portaria.

Art. 6º As disposições desta Portaria aplicam-se:

I - aos processos de outorga cujos editais foram publicados sob a égide da Portaria nº
4.334/2015/SEI-MC, de 2015;

II - a todos os processos de pós-outorga em andamento; e

III - a todos os processos de renovação de outorga em andamento e que não possuem


decisão definitiva.

Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

GILBERTO KASSAB

Publicada no D.O.U. de 09.04.2018, Seção I, Pág. 23.

OS TEXTOS AQUI PUBLICADOS NÃO SUBSTITUEM AS RESPECTIVAS


PUBLICAÇÕES NO D.O.U.
Página169

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
https://www.mctic.gov.br/mctic/export/sites/institucional/legislacao/Arquivos/Anexos_
Portaria_MCTIC_1909_2018.pdf

Portaria 1.976/2018/SEI
2018/SEI-MCTIC
MCTIC (Altera a Portaria nº 4.334/2015/SEI-
4.334/2015/SEI
MC).

Portaria MCTIC nº 1.976, de 12.04.2018.


12.04.2018

Altera a Portaria nº 4.334/2015/SEI-MC,


4.334/2015/SEI MC, que dispõe sobre o serviço de radiodifusão
comunitária.

O MINISTRO DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E


COMUNICAÇÕES,
ICAÇÕES, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único,
inciso II, da Constituição, e considerando o disposto na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro
fevere
de 1998, e no Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998,
1998 resolve:

Art. 1º O art. 43, inciso VI da Portaria nº 4.334/2015/SEIMC, de 17 de setembro de


2015, incluído pela Portaria nº 1.909/2018/SEI-MCTIC,
1.909/201 MCTIC, de 6 de abril de 2018,
2018 passa a
vigorar com a seguinte redação:

"Art. 43......

VI - a não substituição imediata de membro de órgão de direção da entidade,


individualmente considerado, quando, após a fase de habilitação, tiver sido condenado,
em
m decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por
qualquer infração de natureza penal ou nos ilícitos previstos nas alíneas b, c, d, e, f, g, h,
Página170

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL


CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS
NOVA – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO
ATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
i, j, k, l, m, n, o, p e q do inciso I do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio
de 1990. " (NR)

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

GILBERTO KASSAB

Publicada no D.O.U. de 13.04.2018, Seção I, Pág. 40.

OS TEXTOS AQUI PUBLICADOS NÃO SUBSTITUEM AS RESPECTIVAS


PUBLICAÇÕES NO D.O.U.

Pesquisa Normativa –

MAPA DO SITE - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e


Comunicações.

https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/legislacao/index.html?tagParam
=Radiodifus%C3%A3o
iodifus%C3%A3o
Página171

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL


CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS
NOVA – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO
ATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Pesquisa Normativa –

MAPA DO SITE - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e


Comunicações.

https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/publicacao/publicaco
https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/publicacao/publicacoes.html Página172

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL


CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS
NOVA – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO
ATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Da finalização.

Diferentemente da arbitragem onde o árbitro decide. Na


mediação as partes devem avaliar as recomendações. O mediador recebeu a
incumbência de elabora o anteprojeto de norma estatutária para a associação em
comento.

Publique-se e dê ciência às partes, empós retorne-me os


autos para dar continuidade às próximas fases.

I. Ata de fundação.
II. Ata de eleição.
III. Ata de posse.
IV. Registro da Associação no Cartório da Comarca onde funcionara a
entidade associativa.

Das reuniões virtuais na Associação.

É comum ouvirmos dizer o quanto a tecnologia modificou a rotina dentro das


empresas. Inúmeras ferramentas facilitam o dia a dia, tornando a execução de
tarefas mais simples e eficientes.
Página173

Nos dias modernos com a ampliação da Tecnologia já se


permite as reuniões virtuais. Os Tribunais Superiores de Justiça já estão adotando estes

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
procedimentos. Além da redução de custos é possível ainda “aperfeiçoar” as
deliberações associativas. Numa época em que somos inundados com ideias cada vez
menos otimizadas de uma sociedade em crise, muitas empresas preocupam-se em
direcionar cada vez mais as suas prioridades para a redução de custos e uma maior
produtividade. Reuniões tradicionais, onde os participantes se organizam e reúnem num
só lugar, consomem recursos que podem tornar a sua participação e presença mais
complicada. É por isso imperativo pensar em alternativas e direcionar o orçamento
disponível, tempo e energia despendidos numa reunião cara a cara, para outras áreas da
organização. Isto é possível se a empresa começar a implementar estratégias para levar a
cabo reuniões virtuais eficazes.

Reuniões virtuais produtivas e COMUNICAÇÕES ADMNISTRATIVAS.

“Assistimos hoje a quarta revolução industrial, em que a tecnologia


somada a informação já são capazes de feitos extraordinários, como é o
caso das avançadas aplicações com inteligência artificial. O Parlamento,
por óbvio, não pode assistir a essa transformação como mero espectador.
Há muito espaço para a otimização do trabalho parlamentar por meio de
novas tecnologias. Com efeito, a máquina púbica necessita de uma melhor
gestão de seus processos de trabalho e a sociedade clama, cada vez mais,
por uma democracia mais transparente e participativa. É neste ponto que
a tecnologia se mostra como a ferramenta adequada para trazer maior
eficiência para o serviço público. As reuniões virtuais de deliberação, isto
é, não presenciais, já são uma realidade que avança no âmbito do Poder
Judiciário, em que, apesar da revogação do art. 945 do Código de
Processo Civil pela Lei nº 13.256, de 4 de fevereiro de 2016, não se acha
proibido tal procedimento, sendo comuns sessões não presenciais tanto no
Supremo Tribunal Federal como em outras cortes, a exemplo dos
Tribunais de Justiça de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e
Rondônia, além do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES). A
propósito, deve ser anotado que, em setembro de 2015, o CNJ reconheceu
a prática após consulta feita pela 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Rio Grande do Sul, mediante decisão unânime, que, aliás, foi proferida
Página174

pelo Plenário Virtual do Conselho (http://www.conjur.com.br/2016-fev-

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
17/julgamento-virtual-sai-cpccontinuar-tribunais, acessado em 25/11/2018).
Sendo assim, não vemos porque não aproveitar essa ideia nas deliberações
desta Casa, ao menos nas suas comissões, quando se tratar de projetos de
lei não terminativos, permitindo assim melhor fluência de matérias que,
muitas vezes, ainda que oportunas e relevantes, deixam de ser apreciadas
devido ao atropelo causado pelo imenso volume de matérias que
aguardam deliberação nas comissões. Para melhor regular o
procedimento, não deixamos de nos cercar de cautelas como a publicidade
das deliberações virtuais, a exigência assinaturas com certificações
digitais, vedação de pautas concomitantes na mesma comissão, prazo
mínimo razoável para deliberação e, por fim, possibilidade de exclusão de
matérias da pauta mediante simples requerimento. Além disso, estamos
certos de que a vacatio legis que estamos propondo, de 180 dias, é
suficiente para o Senado Federal se preparar, estruturalmente, para o
funcionamento desse novo sistema. Acreditando que se trata de medida
qualificada e relevante para o aprimoramento do trâmite de matérias
nessa Casa legislativa, esperamos contar com o apoio dos ilustres pares
para a sua aprovação.
Parte integrante do Avulso do PRS nº 32 de 2017. SENADO FEDERAL –
BRASIL.

https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=7153943&disposition=inline

CONVENCIONAIS E ELETRÔNICAS. Nos dias atuais


aos poucos vamos evoluindo das comunicações administrativas gerenciais escritas como
regra, ao desenvolvimento “implementativo” das demais formas de comunicações, entre
elas: a comunicação via eletrônica. Da faculdade ao ato compulsório, será uma questão
de tempo. Alcançaremos ainda nesta década (20i8-2028) a compulsoriedade da
organização, pelos entes privados e públicos dos serviços de comunicações eletrônicas.
Exemplos: ENDEREÇO E DOMICÍLIO ELETRÔNICOS, talvez esta associação venha
a ser a primeira a implantar no Brasil de forma institucional, regulamentada, “os atos de
gestões POR MEIO ELETRÔNICO e passar adotar uma sistemática VIRTUAL”.

As reuniões virtuais querem sejam em sistemas de áudio


Página175

ou vídeo, podem ser facilmente realizáveis com recurso a um computador comum.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Adicionalmente é necessário possuir placa de som, webcam, microfone, alto-falantes e
uma boa conexão à Internet para que os participantes debatam qualquer assunto, durante
a reunião, no conforto da sua localização.

Contudo, não são apenas os aspectos tecnológicos que


tornam uma reunião virtual bem sucedida. É preciso efetuar um planejamento cuidado e
respeitar algumas regras de etiqueta para que seja possível cativar os participantes.

Seguem-se alguns exemplos:

Interatividade: As reuniões virtuais podem ser bastante


impessoais devido ao distanciamento entre os participantes. Por esta razão, torna-se
fundamental cativar os intervenientes mostrando-se interativo. Antes do inicio da
reunião comece por desligar o seu telemóvel (celular), pois este vai perturbar a reunião
e causar demasiada interferência.

Em seguida cumprimente todos os presentes e dedique os


minutos iniciais a quebrar o gelo numa conversa informal. Siga o plano de reunião, mas
permita que os restantes intervenientes da reunião participem de forma produtiva, dando
as suas ideias e desenvolvendo os seus argumentos. Afinal de contas, se convocou a
reunião é porque estava interessado na sua participação. Caso apenas quisesse
comunicar algo, um simples e-mail seria suficiente. Se nas reuniões ao vivo o monólogo
é monótono, numa reunião virtual é um verdadeiro convite ao sono.

Inteligente uso da tecnologia: Hoje em dia existem ao


nosso dispor imensas ferramentas que podem ser utilizadas para tornar reuniões e
apresentações mais eficazes e produtivas. Sempre que possível faça uso destas, mas não
exagere! Utilize-as apenas para o que for estritamente necessário e sempre que se
justifique. Lembre-se também que é fundamental que teste os equipamentos que irá
utilizar antes do início da reunião.

Não interprete o silêncio: Como saber se o silêncio no


final de uma apresentação de ideias é sinal de concordância, discordância ou falta de
motivação? Ao vivo, é possível identificar a natureza do silêncio pelas reações corporais
e faciais. Num meio virtual, não arrisque. Em caso de dúvida, a melhor opção é
Página176

proceder a uma votação anônima, de forma a averiguar concretamente qual é a opinião


de todos os participantes da reunião virtual da empresa.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
ALEXANDRE JEAN DAOUN e RENATO OPICE
BLUM afirmam, em uníssono, que “temos, hoje, uma sociedade virtual parcialmente
constituída, onde os personagens, ou melhor, os sujeitos, não só atuam como também
dependem direta ou indiretamente da rede, sociedade essa fruto do galopante avanço da
tecnologia...”. Nesse universo, é claro, estão incluídos os advogados, e a propósito da
importância do e-mail na vida do causídico (público ou privado) moderno, com imenso
reflexo positivo na qualidade da defesa dos litígios postos a julgamento, é oportuna a
citação de ALEXANDRE ATHENIENSE:

“Assim, o uso do correio eletrônico torna a


comunicação do advogado com o mundo jurídico
mais eficiente por vários motivos.”.
Prosseguindo, diz o comentarista mineiro
algumas das vantagens do uso do e-mail,
especialmente sob o ângulo do exercício da
advocacia, máxime em razão da comunicação
escrita ser “mais compreensível do que a verbal,
além de ser menor o tempo gasto para enviar uma
mensagem por meio de correio tradicional. O seu
custo é inferior ao selo e à transmissão via fax.
Além disso a confiabilidade de que a mensagem
vai ser realmente entregue ao destinatário final,
em poucos segundos, qualifica este meio de
comunicação como o mais apropriado para os
profissionais que lutam contra o relógio.”

Tribunais de Contas também estão desenvolvendo


reuniões virtuais:

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA -


RESOLUÇÃO N. 222/2016/TCE-RO Aprova o Regimento
Página177

Interno do Comitê Estratégico de Tecnologia da

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Informação e Comunicação. TÍTULO IV DO
FUNCIONAMENTO DO COMITÊ ESTRATÉGICO DE
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Art. 9º
As decisões e deliberações do Comitê serão tomadas em
reuniões presenciais ou virtuais a serem realizadas na
sede do Tribunal de Contas. CAPÍTULO I DAS REUNIÕES
PRESENCIAIS E VIRTUAIS Art. 10. Para o desempenho de
suas atribuições, o Comitê reunir-se-á ordinariamente por
convocação de seu Presidente, conforme previsto no
artigo 6º, inciso I, segundo calendário a ser definido, nos
termos do art. 5º, inciso XII, deste Regimento. Art. 11.
Poderá ser convocada reunião extraordinária pelo
Presidente do Comitê, sempre que houver assunto
urgente a ser deliberado, de ofício, ou por solicitação dos
seguintes interessados: I – Presidente da Corte de Contas;
II – um terço de seus membros. Art. 12. As reuniões
realizar-se-ão em horários e dias fixados, conforme
calendário definido pelo Comitê e convocação por seu
Presidente e aviso por sua Secretaria. §1º As convocações
para as reuniões serão encaminhadas aos membros do
Comitê por sua Secretaria, a quem incumbe, igualmente,
a distribuição prévia da pauta e cópia dos documentos
necessários às discussões, nos termos do art. 9º e incisos.
§2º Para a realização de reunião é necessária a presença
mínima da maioria simples dos membros do Comitê, no
horário designado, com tolerância máxima de 15 (quinze)
minutos, sob pena de suspensão, nova convocação e
registro em Ata com a indicação dos membros ausentes.
§3º Dar-se-á abertura à reunião independentemente do
quórum presente quando se tratar de segunda
Página178

convocação. §4º Salvo quando exigido quórum especial,


as deliberações e decisões do Comitê em reunião serão

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
tomadas por maioria simples dos membros presentes. §5º
As reuniões terão votação nominais e abertas e deverão
ser registradas em ata a ser aprovada e assinada pelos
membros participantes em até 5 (cinco) dias úteis após a
aprovação, nos termos do art. 9º, inciso II, deste
Regimento. Art. 13. A utilização do meio virtual
institucional para a realização de reuniões deve seguir
naquilo que couber, as regras aplicáveis às reuniões
presenciais. Parágrafo único. No caso do caput deste
artigo, os membros integrantes do Comitê deverão
manifestar-se sobre o assunto objeto da deliberação ou
decisão no prazo improrrogável de 48 horas, sob pena de
ser registrada em ata sua ausência na reunião. Art. 15.
Este Regimento entra em vigor na data de sua publicação,
revogando-se as disposições contrárias. Porto Velho, 12
de setembro de 2016.

Tribunais de Justiça no Brasil já adotam esta


plataforma, vejamos alguns exemplos:

Videoconferência com todos tribunais da Justiça do


Trabalho lança o projeto Rompendo Distâncias
Uma videoconferência realizada ontem (10) à
tarde marcou mais uma conquista em direção
ao uso pleno dos recursos de informática para
aumentar a qualificação, celeridade e
economia na prestação jurisdicional
trabalhista. Foi o lançamento do projeto
“Rompendo Distâncias”, que permitirá a
magistrados e servidores da Justiça do
Página179

Trabalho o uso da videoconferência para o

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
treinamento e comunicação à distância. A
reunião virtual, coordenada pelo
Presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), Ministro Rider Nogueira
de Brito, conectou por áudio e vídeo
representantes dos 24 tribunais regionais
do trabalho.
Representando a Administração do TRT
gaúcho, a Corregedora, Desembargadora
Beatriz Zoratto Sanvicente, observou que
“pela primeira vez torna-se possível a
integração dos diversos órgãos desta
gigantesca estrutura do Poder Judiciário
trabalhista”. Para a magistrada, “o avanço
tecnológico que hoje permite a realização
desse evento vem se somar às diversas
iniciativas que permitiram uma maior
agilização nas atividades internas de nossos
tribunais”.
Pelo TRT-RS, além do Vice-Corregedor,
Desembargador Juraci Galvão Júnior, também
estiveram presentes à ocasião os
Desembargadores João Alfredo Borges
Antunes de Miranda, Ana Luiza Heineck Kruse,
Milton Carlos Varela Dutra, Maria Inês Cunha
Dornelles, Cleusa Regina Halfen, Ricardo
Tavares Gehling, Denise Maria de Barros,
Ricardo Carvalho Fraga, Hugo Carlos
Scheuermann, José Felipe Ledur, Flávia
Lorena Pacheco, João Pedro Silvestrin e
Carmen Izabel Centena Gonzalez e o Juiz-
Página180

Convocado Marçal Henri dos Santos

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Figueiredo. (Assessoria de Comunicação Social
do TRT-RS, 11/12/2008) Voltar ao início

No Senado da República Federativa, tramitou o o


PROJETO DE RESOLUÇÃO DO SENADO Nº , DE 2017: “Altera a
Resolução nº 93, de 27 de novembro de 1970, do Senado Federal
(Regimento Interno do Senado Federal), a fim de possibilitar a realização
de reuniões virtuais de deliberação eletrônica”.

O SENADO FEDERAL resolve: Art. 1º A Resolução nº 93, de 27


de novembro de 1970, do Senado Federal (Regimento Interno
do Senado Federal), passa a vigorar acrescida do seguinte art.
117-A: “Art. 117-A. As deliberações sobre projetos de lei não
terminativos poderão ocorrer em reuniões virtuais, a juízo dos
respectivos presidentes das comissões. § 1º As reuniões
virtuais serão públicas e poderão ser acompanhadas na
respectiva página da comissão na internet. § 2º Os votos do
relator e dos demais membros da comissão serão lançados
mediante assinatura com certificação digital até a data
prevista para a conclusão da votação, considerando-se
concluída esta no dia e horário previamente previsto para o
seu encerramento, caso seja atingido o quórum regimental. §
3º Na primeira reunião ordinária após a inclusão do relatório
em pauta, a comissão deverá ler o relatório divulgado no
ambiente virtual em reunião presencial, podendo ser
designado relator ad-hoc para tanto. § 4º O relator da
matéria poderá realizar vídeo de até 5 minutos sobre o
relatório, para postagem no ambiente virtual. § 5º As
deliberações eletrônicas em reuniões virtuais observarão o
prazo mínimo de quinze dias úteis de duração, a partir da
Página181

divulgação da pauta na página da comissão na internet e


notificação eletrônica dos membros da comissão, iniciando-se

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
a contagem do prazo a partir do primeiro dia útil subsequente
à divulgação e notificação. § 6º O prazo assinalado no
parágrafo anterior poderá ser dilatado pelo Presidente da
Comissão, a depender da complexidade e extensão da
matéria. § 7º Depois de divulgada a pauta, nenhuma
modificação, ainda que de redação, poderá ser feita no
relatório, o qual, se modificado, deverá ser oportunamente
incluído em nova pauta. § 8º Somente por meio da assinatura
de três Senadores poderá ser requerida a exclusão de projetos
de lei da pauta de reunião virtual, no prazo de cinco dias após
a sua divulgação, em requerimento escrito protocolado
perante a respectiva comissão, caso em que as matérias
serão retiradas automaticamente de pauta e passarão a
integrar a pauta da reunião presencial da semana
subsequente. § 9º Na primeira reunião ordinária após a
inclusão do relatório em pauta, a comissão deverá, para dar
publicidade, ler o relatório divulgado no ambiente virtual em
reunião presencial, podendo ser designado relator ad-hoc
para tanto.” Art. 2º Esta Resolução entra em vigor decorridos
cento e oitenta dias da data de sua publicação.

Senador ROBERTO MUNIZ.

Entre as muitas facilidades proporcionadas pela


tecnologia no mundo corporativo está a videoconferência. E são muitas as
empresas que adotam a reunião virtual no seu dia a dia, fazendo com que
seus funcionários economizem tempo e, consequentemente, produzam
mais. Embora fique mais à vontade, o profissional precisa lembrar que o
contato virtual é tão “ao vivo” quanto aquele em que estamos cara a cara
com o interlocutor. Por isso, o cuidado com a aparência é fundamental, e o
profissional deve preparar uma pauta e o material a ser usado durante a
Página182

reunião.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Marcele Goes(Consultora de imagem pessoal e
corporativa e membro da Associação Internacional de Consultoria de
Imagem -AICI)... AFIRMA QUE “apesar de não ser uma obrigação usar o
vídeo, a comunicação virtual é uma ferramenta que deixa a relação
igualmente próxima e eficiente. Por isso, é tão recomendado que o
profissional esteja preparado para participar das discussões e ter uma boa
aparência”.

Considerando que tal procedimento será adotado


na Associação ora em via de constituição, aos membros da futura diretoria,
não estando acostumado a participar de conferências virtuais e não sabe a
melhor forma de agir frente às câmeras, preste atenção nas dicas, que
recomendamos que seja internamente regulada no futuro:

Prepare o material a ser usado na reunião com


antecedência — Para facilitar a compreensão e o acompanhamento das
ideias, prepare e envie antes do encontro uma pauta a ser seguida. Caso seja
necessário apresentar relatórios, arquivos ou fotos são indicados mandar
antes e confirmar o recebimento, para aperfeiçoar o tempo da reunião.

Organize o ambiente — O fundo que vai aparecer


na câmera deve ser neutro ou corporativo. Ou seja, pode conter livros,
deixar a cortina fechada ou somente a parede. Se o formato é home office e
o computador fica na sala ou no quarto, vale a pena reorganizar o espaço
para colocar o aparelho em um cenário melhor.

Atenção ao vestuário — Coloque uma blusa ou


camisa de acordo e arrume os cabelos. As mulheres podem fazer uma
maquiagem suave, já que o impacto causado pela imagem não deixa de
existir pelo fato de a reunião ser virtual.
Página183

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Na Justiça Arbitral e na Mediação já se podem
usar as reuniões processuais pela via “virtual”. Um instrumento a ser
regulamentado. Porém, para evoluir com fins de alcançar as
ASSEMBLÉIAS VIRTUAIS, teremos que também fazer uso dos “e-
mails”. Necessária se faz, nesta quadra, uma visita ao campo da telemática,
para a rememoração do que em vernáculo chamamos de “correio
eletrônico”.

É assim que leciona SÉRGIO CHARLAB:

“O correio eletrônico é o bloco de base da


arquitetura da Internet, e deverá permanecer
nesta posição por mais algum tempo. Tanto tempo
quanto decidirmos que o mais importante ainda é
o relacionamento e a troca de informações entre
as pessoas...”.

Mais adiante enfatiza SÉRGIO CHARLAB:

“Você deve considerar o e-mail como uma


categoria à parte na expressão da linguagem
humana, embora esteja naturalmente próximo da
linguagem escrita, pressupõe um tempo de
efetivação (período entre o momento que se
escreve a leitura do destinatário e sua subsequente
ação – eventualmente, de resposta) muito menor
do que uma correspondência enviada
tradicionalmente pelo correio.”.
Página184

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Referências e Bibliografias apontadas nesta justificativa.

I. ANTENAS, Ideal Antenas Profissionais. Antenas para Emissoras de Rádio


Comunitárias. Disponível em:
II. www.idealantenas.com.br/produto/fm%20plano%20terra58/fm_plano_terra58.p
df
III. Acesso em: 30 DE NOVEMBRO DE 2018.
IV. ANTENAS, Teletronix Indústria e Comercio. Antenas para Emissoras de Rádio
Comunitárias. Disponível em:
www.teletronix.com.br/pt/inside.php?g=produtos&p=antenas
V. Acesso em: 06 de abril de 2008.
VI. ATHENIENSE, Alexandre. Internet e o Direito. Belo Horizonte: Inédita Editoria
de Arte Ltda, 2000.
VII. BRASIL, Planalto Central. Lei 9612 de 19 de Fevereiro de 1998 - Institui o
Serviço de Radiodifusão Comunitária e dá outras providências. Disponível em:
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9612.htm Acesso em: 06 de abril de 2008.
VIII. BRASIL, Ministério das Comunicações. Cartilha mostrando como fazer para se
conseguir uma concessão de Radio Comunitária. Disponível em:
www.mc.gov.br/sites/600/695/00000537.pdf Acesso em: 06 de dezembro de
2018. https://teletronix.com.br/blog/radios-comunitarias-entenda-como-sao-
estruturadas/
IX. BRASIL, Planalto Central. Lei Federal 9472 de 16 de Julho de 1997 - Dispõe
sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e
funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais, nos
termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995. Disponível em:
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9472.htm - 06 de dezembro de 2018.
X. BRASIL, Planalto Central. Lei 10.597 de 11 de Dezembro de 2002 - Altera o
parágrafo único do art. 6º da Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, que
Institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária, para aumentar o prazo de
outorga. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10597.htm Acesso
em: 06 de dezembro de 2018.
XI. BRASIL, Planalto Central. Norma Complementar N.º 1/2004 - SERVIÇO DE
RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA. Disponível em:
Página185

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
www.redevivafavela.com.br/pdf/norma_complementar_comentada.pdf. Acesso
em: 06 de dezembro de 2018.
XII. BRASIL, Senado Federal. Rádio Digital no Brasil – Implantação do Rádio
Digital no Brasil. Disponível em:
www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=64670&codAplicativo
=2 - 06 de dezembro de 2018.
XIII. BRASIL, Inovação tecnológica. Rádio Digital Chega ao Brasil em 2008.
Disponível em:
www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=radio-digital-no-
brasil. 06 de dezembro de 2018.
XIV. BLUM, Renato Opice. DAOUN, Alexandre Jean. Cybercrimes. Direito &
Internet – Aspectos jurídicos relevantes, São Paulo, Edipro, Org. DE LUCCA,
Newton. SIMÕES FILHO, Adalberto p. 118. 2000.
XV. CARVALHO, Ivan Lira de. A Internet e o acesso à Justiça. Doutrina, n° 10. Rio
de Janeiro, Instituto de Direito, 2000.
XVI. CHARLAB, Sérgio. Você e a Internet no Brasil. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.
XVII. FIGUEIRA JÚNIOR, Joel Dias. LOPES, Maurício Antonio Ribeiro.
Comentários à Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. São Paulo: RT,
1995.
XVIII. IMBRIZI, Marcos. ACEC, uma alternativa cultural para São Caetano do Sul.
2000, 60p. Disponível em: www.cultivox.com.br. Acesso em: 24 de outubro de
2018.
XIX. IMBRIZI, Marcos. Rádios comunitárias e democratização dos meios de
comunicação no Brasil. Dissertação de mestrado. Universidade Metodista de
São Paulo - (UMESP), 2002. 164p.
XX. MACHADO, Agapito. Juizados especiais federais. Diário do Nordeste,
Fortaleza, 19 jul.2001. Opiniões, p. 1.
XXI. PIRELLI, Cabos Pirelli. Cabos Pirelli para Radio Frequência. Disponível em:
www.pirellicabos.com.br/RGC 213. Acesso em: 24 de outubro de 2018.
XXII. IMBRIZI, Marcos. Rádios Comunitárias e o Acesso à Cultura. Disponível em:
www.unilestemg.br/revistacomplexus/textos_revista01/02artigo01_imbrizzi.doc
Acesso em: 24 de outubro de 2018.
Página186

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Salvo Melhor Juízo. Publique-se e dê ciência às
partes.

Processo Virtual, Sala Virtual do Mediador, em Fortaleza, Ceará, segunda-


feira, 3 de dezembro de 2018, as 02:41:59AM

César Augusto Venâncio da Silva

Árbitro em Direito/Mediador

CPF 16554124349.

Página187

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Nós, abaixo assinado, nos termos da exigência prevista na Norma, subscrevemos o projeto de
Justificativa de criação da entidade citada no edital (...) Convocatório 1/2018 - EMENTA:
Dispõe sobre a convocação dos interessados para tomar ciência da institucionalização da
ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO
MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ e dá outras providencias.

SEQUÊNCIA 0001

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.

SEQUÊNCIA 0002

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.

SEQUÊNCIA 0003

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................
Página188

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO
DO CEARÁ.

SEQUÊNCIA 0004

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.

SEQUÊNCIA 0005

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.

SEQUÊNCIA 0004

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.
Página189

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
SEQUÊNCIA ______/_____

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.

SEQUÊNCIA ______/_____

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.

SEQUÊNCIA ______/_____

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.
Página190

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
SEQUÊNCIA ______/_____

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.

SEQUÊNCIA ______/_____

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.

SEQUÊNCIA ______/_____

NOME:

ENDEREÇO - Rua (.....); Avenida(.....); Travessa(.....)

.............................................................................................................................................

Número:.........................................................................Bairro:..........................................

TELEFONE:(DDD_____)__/____________) MUNICÍPIO DE NOVA RUSSAS – ESTADO


DO CEARÁ.
Página191

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Proposta de Estatuto para a Associação

Página192

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Procedimento Preparatório 2018.2.282.920.

MEDIAÇÃO PREVENTIVA COM PERSPECTIVAS DE IMPLANTAÇÃO DE


PROJETO DE INTERESSE PÚBLICO.

PRT 2.440.436/2018

Proposta de Estatuto para a Associação


Entramos agora na segunda fase. A primeira, no olhar do
relator, representa a justificativa da criação da entidade associativa que foi devidamente
publicada para fins de ciência e transparência coletiva.

Esta segunda fase como referenciado é o REGISTRO


CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS.

Então, para que os fundadores possam deliberar é


importante entender esta fase, pois, definirão no futuro várias pretensões da entidade.

O Registro Civil das Pessoas Jurídicas (RCPJ) é uma das


espécies de Registros Públicos. A principal finalidade dos Registros Públicos é garantir
a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos (conforme artigo 1º
da Lei nº 6.015/73 (Lei dos Registros Públicos), bem como artigo 1º da Lei nº 8.935/94.
Esta regulamenta o artigo 236 da Constituição Federal, dispondo sobre serviços
notariais e de registro.
Página193

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
O Novo Código Civil (Lei-Federal n° 10.406/2002) dispõe
que começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização
ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que
passar o ato constitutivo (Art.45).

O que são pessoas jurídicas de direito Privado? Segundo o


art. 44 da Lei 10.406/02, são pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II -
as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; V - os partidos
políticos. VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada – EIRELI. Os
partidos políticos serão registrados em Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas
da Capital Federal (Art. 114 da Lei nº 6.015/73). Além das pessoas jurídicas acima
relacionadas também são registras no RCPJ em consonância com o art. 8º Lei
5.250/1967. I - os jornais e demais publicações periódicas; II - as oficinas, impressoras
de quaisquer naturezas, pertencentes a pessoas naturais ou jurídicas; III - as empresas
de radiodifusão que mantenham serviços de notícias, reportagens, comentários, debates
e entrevistas; IV - as empresas que tenham por objeto o agenciamento de notícias. Art.
115 da Lei 6015/1973, não poderão ser registrados os atos constitutivos de pessoas
jurídicas, quando o seu objeto ou circunstâncias relevantes indiquem destino ou
atividades ilícitos ou contrários, nocivos ou perigosos ao bem público, à segurança do
Estado e da coletividade, à ordem pública ou social, à moral e aos bons costumes.
Parágrafo único. Ocorrendo qualquer dos motivos previstos neste artigo, o oficial do
registro, de ofício ou por provocação de qualquer autoridade, interromperá no processo
de registro e suscitará dúvida para o juiz, que a decidirá.

A entidade ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE


RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS –
ESTADO DO CEARÁ é considerada “ENTIDADE CIVIL SEM FINS
LUCRATIVOS”. Associação é uma organização resultante da reunião legal entre duas
ou até mais pessoas, com ou sem personalidade jurídica, sem fins lucrativos para a
realização de um objetivo comum.

A entidade ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE


RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS –
Página194

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
ESTADO DO CEARÁ é baseada no “Princípio da Autonomia e Independência”, e se
entende que:

“As associações são organizações autônomas de ajuda


mútua, controlada pelos seus sócios”. Podem entrar “num
acordo operacional com outras entidades, inclusive
governamentais, ou recebendo capital de origem externa,
devendo fazê-lo de forma a preservar o seu controlo
democrático pelos sócios e manter a sua autonomia”.

Assim, devemos ficar atentos para “(...) OS


DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA O REGISTRO DE UMA ENTIDADE CIVIL
SEM FINS LUCRATIVOS, DE ACORDO COM O PREVISTO NO ARTIGO 121 DA
LEI 6.015/73 SÃO: a) Estatuto social em 2 vias, rubricado em todas as páginas pelo
re¬presentante legal. No final, a assinatura do representante deve ter a firma
reconhecida. De acordo com a Lei Federal 8.906/1994, figurará ainda o visto do
advo¬gado com o número do registro na OAB; b) 02 (duas) vias da Ata que terá como
pauta a constituição, a aprovação do estatuto e a eleição e posse da primeira diretoria
com prazo determinado de mandato. A diretoria executiva deverá ter qualificados todos
os seus membros; (qualificação completa: NOME, ESTADO CIVIL, PROFISSÃO, RG,
CPF E ENDEREÇO). c) requerimento ao cartório, assinado pelo representante legal; d)
lista de presença da Assembleia, contendo nomes, assinaturas e cabeçalho completo
(nome da associação, data, local e hora)...

A entidade se fulcra na regra natural do Princípio do


Interesse pela Comunidade:

“As associações trabalham pelo desenvolvimento


sustentável das suas comunidades, municípios, regiões,
estados e país através de políticas aprovadas pelos seus
membros”.

Estes princípios são importantes não só, para as


associações, mas também, para a construção da sociedade. Estes contribuem para o
desenvolvimento econômico e social de uma sociedade cada vez mais solidária,
Página195

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
democrática e com autonomia de gestão, como preconizado pelo Princípio do Interesse
pela Comunidade.

A forma de organizar que determina é o estatuto.


Vejamos o que regra a norma civil:

Como ficou explicitado no relatório de justificativa da


implementação da associação,
associação, temos que vivenciar fases neste processo. Evoluímos da
primeira fase. A sensibilização, entrando agora na segunda fase que é a constitutiva.
constit

Nesta fase surge um questionamento que desde já deve


ficar esclarecido. A entidade é obrigada a seguir estatutos preestabelecidos?

A resposta é Não.

Inicialmente é bom esclarecer aos fundadores da


associação em questão, que a lei não impõe os organismos
organismos que devem constituir a
associação para fins de gesta.

Pergunta-se.
se. Somos obrigados a institucionalmente se
organizar da forma sugerida por algumas associações de rádios no Brasil. Inicialmente
vejamos: "Associação de Difusão Comunitária" "É livre a expressão
expressão da atividade
intelectual artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença".
Previsão Constitucional. Inciso IX do Art. 5º - Constituição Brasileira de 1988.

Assim, os fundadores receberam a seguinte sugestão:


Página196

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL


CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS
NOVA – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO
ATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
MODELO DE ESTATUTO DE RÁDIO
COMUNITÁRIA.

Capítulo “x”

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ENTIDADE

Artigo - São órgãos da Associação de Difusão Comunitária:


Assembléia Geral, Diretoria Executiva, Conselho comunitário e
Conselho Fiscal.

Artigo - A Assembléia Geral, órgão máximo de decisão, será


convocada ordinariamente uma vez ao ano, sempre no primeiro
trimestre, para avaliação dos trabalhos desenvolvidos,
prestação de contas do exercício anterior pela Diretoria
Executiva, aprovação do plano-ação anual, homologação da
composição do Conselho Comunitário e discussão de assuntos
gerais da Entidade e/ou das comunidades envolvidas.

Artigo - A Diretoria Executiva será composta de onze cargos, a


saber: Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral, Segundo
Secretário, Tesoureiro, Segundo Tesoureiro, Diretor de
Operações, Vice - Diretor de Operações, Diretor Cultural e de
Comunicação Social, Vice – Diretor Cultural e de
Comunicação social e Diretor de Patrimônio.

Artigo - O Conselho Fiscal será constituído por cinco membros


efetivos e três suplentes e será coordenado por um Presidente e
um Secretário.

Artigo - O Conselho Comunitário será constituído por, no


mínimo, cinco representantes da comunidade, indicados pela
Diretoria Executiva e homologados pela AG, para mandato de
um ano, e definirão sua organização interna.

Conforme foi definida, a vontade dos fundadores é que a


associação tenha uma Diretoria Executiva composta dos cargos:

a) Diretor Geral.
Página197

b) Diretor Secretário Geral.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
c) Diretor Financeiro.

d) Diretor Cultural.

(e) Diretor de Radio Jornalismo.

Os fundadores da associação desejam que o comando


fique assim definido:

I - Assembleia Geral.

II - Diretoria Executiva.

III – Conselho de Curadores.

IV – Conselho da Comunidade.

V – Conselho de Programação.

Os cargos e funções ficam assim distribuídos para fins de


organização e lotação:

I - Assembleia Geral.

a) Plenário Deliberativo.
b) Presidente da Assembleia Geral.
c) Secretário “Ah doc” da Assembleia Geral.

II - Diretoria Executiva.

a) Diretor Geral.

b) Diretor Secretário Geral.

c) Diretor Financeiro.

d) Diretor Cultural.

(e) Diretor de Radio Jornalismo.

III – Conselho de Curadores.


Página198

a) Presidente do Conselho de Curadores.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
b) Primeiro Conselheiro.
c) Segundo Conselheiro.
d) Terceiro Conselheiro.
e) Secretário “Ah doc” do Conselho.

IV – Conselho da Comunidade.

V – Conselho de Programação.

Na primeira fase – SENSIBILIZAÇÃO o assunto


Conselho Comunitário veio a tona, tendo na justificativa a seguinte posição: “ a criação
do Conselho Comunitário da “Radcom é uma previsão legal. O Conselho Comunitário
“RADCOM” da ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-
CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ é órgão
autônomo de fiscalização e encarregado de zelar pelo cumprimento das finalidades e
princípios do Serviço de Radiodifusão Comunitária estabelecidos nos artigos 3º e 4º da
Lei Federal nº 9.612, de 1998. A entidade ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE
RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS –
ESTADO DO CEARÁ, estando autorizada a desenvolver atividade de Radiodifusão
deve instituir um Conselho Comunitário, composto por no mínimo cinco pessoas
representantes de entidades legalmente instituídas. Poderão indicar representantes para
compor o Conselho Comunitário, dentre outras, entidades de classe, beneméritas,
religiosas ou de moradores, excluída a própria executora do serviço e a Administração
Pública direta e indireta. As pessoas jurídicas e seus representantes, enquanto
participantes do Conselho Comunitário, não poderão ser associados da entidade
autorizada nem poderão participar da produção ou do financiamento de programas,
ressalvados os informes pontuais à comunidade. Cada entidade que tenha a intenção de
indicar componente para o Conselho Comunitário poderá apresentar apenas um
representante, ressalvada a hipótese de inexistir um número mínimo de entidades que
queiram participar do Conselho. Independente da vontade dos fundadores da associação,
o estatuto ou e regimento geral devem definir a competência do Conselho Comunitário.
Assim, o mediador que foi designado relator do estatuto recomenda para a aprovação o
texto da competência do Conselho na forma que segue:
Página199

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Estatuto.

“Capitulo ?”

Do Conselho Comunitário
“RADCOM” da ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE
RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE
NOVA RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ

Artigo. Compete ao Conselho


Comunitário, no exercício de suas funções:

I – fiscalizar a programação
da emissora;

II – solicitar ao órgão de
direção da entidade autorizada informações e esclarecimentos
concernentes à gestão das atividades, área editorial, direção
da programação, dentre outros;

III – fazer recomendações ao


órgão de direção da entidade autorizada;

IV – realizar pesquisa de
satisfação ou opinião junto à comunidade atendida;

V – receber reclamações,
denúncias e elogios; e

VI – submeter ao Ministério
das Comunicações e aos órgãos de direção da entidade
autorizada relatório circunstanciado acerca da programação.

Artigo. Sempre que solicitado


pelo Ministério das Comunicações, a entidade deverá
apresentar relatório circunstanciado, elaborado pelo
Conselho Comunitário, contendo a descrição e a avaliação a
respeito da grade de programação, considerando as
finalidades legais do Serviço de Radiodifusão Comunitária.
Página200

Artigo. O Conselho
Comunitário é órgão autônomo de fiscalização e encarregado

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
de zelar pelo cumprimento das finalidades e princípios do
Serviço de Radiodifusão Comunitária estabelecidos nos
artigos 3º e 4º da Lei Federal nº 9.612, de 1998.
Artigo. A entidade autorizada
deverá instituir um Conselho Comunitário, composto por no
mínimo cinco pessoas representantes de entidades legalmente
instituídas.
§ 1º Poderão indicar
representantes para compor o Conselho Comunitário, dentre
outras, entidades de classe, beneméritas, religiosas ou de
moradores, excluída a própria executora do serviço e a
Administração Pública direta e indireta.

§ 2º As pessoas jurídicas e seus


representantes, enquanto participantes do Conselho
Comunitário, não poderão ser associados da entidade
autorizada nem poderão participar da produção ou do
financiamento de programas, ressalvados os informes
pontuais à comunidade.

§ 3º Cada entidade que tenha a


intenção de indicar componente para o Conselho Comunitário
poderá apresentar apenas um representante, ressalvada a
hipótese de inexistir um número mínimo de entidades que
queiram participar do Conselho.

Artigo. Compete ao Conselho


Comunitário, no exercício de suas funções:
I – fiscalizar a programação
da emissora;

II – solicitar ao órgão de
direção da entidade autorizada informações e esclarecimentos
concernentes à gestão das atividades, área editorial, direção
da programação, dentre outros;

III – fazer recomendações ao


órgão de direção da entidade autorizada;
Página201

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
IV – realizar pesquisa de
satisfação ou opinião junto à comunidade atendida;

V – receber reclamações,
denúncias e elogios; e

VI – submeter ao Ministério
das Comunicações e aos órgãos de direção da entidade
autorizada relatório circunstanciado acerca da programação.

Artigo. Sempre que solicitado


pelo Ministério das Comunicações, a entidade deverá
apresentar relatório circunstanciado, elaborado pelo
Conselho Comunitário, contendo a descrição e a avaliação a
respeito da grade de programação, considerando as
finalidades legais do Serviço de Radiodifusão Comunitária.

É importante neste relatório para fins de aprovação


estatutária assemblar, compreender as fases da elaboração de uma organização
associativa, a exemplo desta que estamos a relatar.

Apenas para fins didáticos comentaremos. O subscritor


como relator estará presente nas duas primeiras fases.

1ª fase: Sensibilização

Contato inicial: é importante que as pessoas envolvidas


tenham o maior número possível de informações sobre o tema (legislação,
funcionamento, direitos e deveres dos associados, etc.). Essas informações devem
orientar a escolha das pessoas em seguir ou não com o processo organizativo da
associação. Se houver interesse, o grupo deve mobilizar mais pessoas, pois são
necessários pelo menos 10 integrantes para organizar uma associação. É importante
organizar uma palestra ou discussão com um especialista no tema ou com pessoas que
já fazem parte de alguma associação bem-sucedida.

Palestra de sensibilização: como o nome sugere, o objetivo


Página202

é sensibilizar as pessoas para o tema, explorando principalmente as responsabilidades


individuais e coletivas no processo e a necessidade de se imprimir um caráter

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
empresarial e transparente na gestão da associação. Caso haja concordância em avançar
com o trabalho, é fundamental designar os responsáveis por levantar informações sobre
a legalização da associação, e outras pessoas que se responsabilizem por estudar a
viabilidade econômica e as necessidades de infra-estrutura e recursos financeiros.

Apresentação dos resultados da etapa anterior: com base


nas informações sobre a documentação e tramitação legal para constituição da
associação e, principalmente, no estudo da viabilidade econômica, caso a decisão seja
por constituir a associação, passa-se para a fase seguinte.

Para questionar o presente relatório de apresentação de


estatuto (anteprojeto) para deliberação se faz necessário entender os seguintes aspectos
do Código Civil brasileiro, que seguem: LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE
2002. Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:

P A R T E G E R A L - LIVRO I - DAS PESSOAS -


TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS - CAPÍTULO I - DA
PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE - TÍTULO II -
DAS PESSOAS JURÍDICAS - CAPÍTULO I -
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou


externo, e de direito privado.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

I - as associações;

§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se


subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da
Parte Especial deste Código, Incluído pela Lei nº 10.825, de
22.12.2003).
Página203

CAPÍTULO II - DAS ASSOCIAÇÕES

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas
que se organizem para fins não econômicos.

Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e


obrigações recíprocos.

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações


conterá:

I - a denominação, os fins e a sede da associação;

II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos


associados;

III - os direitos e deveres dos associados;

IV - as fontes de recursos para sua manutenção;

V - o modo de constituição e funcionamento dos


órgãos deliberativos e administrativos;

V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos


deliberativos; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de
2005)

VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias


e para a dissolução.

VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das


respectivas contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005)

Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto


poderá instituir categorias com vantagens especiais.

Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o


estatuto não dispuser o contrário.

Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração


Página204

ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não


importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do
estatuto.
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa
causa, obedecido o disposto no estatuto; sendo este omisso,
poderá também ocorrer se for reconhecida a existência de
motivos graves, em deliberação fundamentada, pela maioria
absoluta dos presentes à assembléia geral especialmente
convocada para esse fim.

Parágrafo único. Da decisão do órgão que, de conformidade


com o estatuto, decretar a exclusão, caberá sempre recurso à
assembléia geral (Revogado pela Lei nº 11.127, de 2005)

Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa


causa, assim reconhecida em procedimento que assegure
direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.
(Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer


direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a
não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.

Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral:

I - eleger os administradores;

II - destituir os administradores;

III - aprovar as contas;

IV - alterar o estatuto.

Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem


os incisos II e IV é exigido o voto concorde de dois terços dos
presentes à assembléia especialmente convocada para esse fim,
não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a
maioria absoluta dos associados, ou com menos de um terço
nas convocações seguintes.
Página205

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral:
(Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

I – destituir os administradores; (Redação dada pela Lei


nº 11.127, de 2005)

II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127,


de 2005)

Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os


incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembléia
especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o
estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos
administradores. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de
2005)

Art. 60. A convocação da assembléia geral far-se-á na forma


do estatuto, garantido a um quinto dos associados o direito de
promovê-la.

Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na


forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o
direito de promovê-la. (Redação dada pela Lei nº 11.127,
de 2005)

Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu


patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as
quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art.
56, será destinado à entidade de fins não econômicos
designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos
associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins
idênticos ou semelhantes.

§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por


deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação
do remanescente referida neste artigo, receber em restituição,
atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem
Página206

prestado ao patrimônio da associação.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito
Federal ou no Território, em que a associação tiver sede,
instituição nas condições indicadas neste artigo, o que
remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do
Estado, do Distrito Federal ou da União.

2ª fase: Constituição.

Assembleia de Constituição: é uma etapa formal do


processo de legalização. É realizada no ato de constituição da associação, na presença
de todos os associados. Nessa Assembleia, será escolhido o nome da associação e a
sede. Será discutido, definido e aprovado o Estatuto Social, e também serão eleitos os
representantes dos órgãos de direção (Conselho de Administração, Diretoria e Conselho
Fiscal, se for este o caso). Após essa etapa, deve-se encaminhar a documentação para
registro, que é feito no cartório de registro de pessoas jurídicas. Nas cidades maiores,
existem cartórios específicos para essa finalidade. Nas menores, é feito no cartório de
registro geral. De acordo com a Lei nº 6.015/1973 (artigos 120 e 121), são necessários
os seguintes documentos para se registrar uma associação: Ata de Fundação; Duas vias
do Estatuto; A relação dos associados fundadores e dos membros da diretoria eleita;
Ofício encaminhado ao cartório. O passo seguinte é providenciar o Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto à Receita Federal. Esse cadastro permitirá à associação
realizar transações financeiras, contratos, convênios e contratação de empregados.

A Lei Federal nº 6.015/1973 é uma lei federal que trata de


registros públicos como o registro civil e outros. Atenção para os detalhes que seguem
por conta da necessidade de uma gestão eficiente da associação. A LEI FEDERAL Nº
6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973 foi atualizada a partir da republicação, assim é
importante observar os detalhes, pois, no futuro breve alguns atos deverão ser
averbados. Diz o texto da lei em comento (Dispõe sobre os registros públicos, e dá
outras providências):

TÍTULO III

Do Registro Civil de Pessoas Jurídicas


Página207

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
CAPÍTULO II

Da Pessoa Jurídica

Art. 120. O registro das sociedades e fundações consistirá na

declaração, feita no livro, pelo oficial, do número de ordem, da data

da apresentação e da espécie do ato constitutivo, com as seguintes

indicações:

Art. 120. O registro das sociedades, fundações e partidos

políticos consistirá na declaração, feita em livro, pelo oficial, do

número de ordem, da data da apresentação e da espécie do ato

constitutivo, com as seguintes indicações: (Redação dada pela Lei nº

9.096, de 1995)

I - a denominação, o fundo social, quando houver, os fins e a

sede da associação ou fundação, bem como o tempo de sua duração;

II - o modo por que se administra e representa a sociedade, ativa

e passivamente, judicial e extrajudicialmente;

III - se o estatuto, o contrato ou o compromisso é reformável, no

tocante à administração, e de que modo;

IV - se os membros respondem ou não, subsidiariamente, pelas

obrigações sociais;

V - as condições de extinção da pessoa jurídica e nesse caso o

destino do seu patrimônio;

VI - os nomes dos fundadores ou instituidores e dos membros da

diretoria, provisória ou definitiva, com indicação da nacionalidade,

estado civil e profissão de cada um, bem como o nome e residência do


Página208

apresentante dos exemplares.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Parágrafo único. Para o registro dos partidos políticos, serão

obedecidos, além dos requisitos deste artigo, os estabelecidos em lei

específica. (Incluído pela Lei nº 9.096, de 1995)

Art. 121. Para o registro serão apresentados dois exemplares do

jornal oficial, em que houver sido publicado o estatuto, compromisso

ou contrato, além de um exemplar deste, quando a publicação não for

integral. Por aqueles se fará o registro mediante petição, com firma

reconhecida, do representante legal da sociedade, lançando o oficial,

nos dois exemplares, a competente certidão do registro, com o

respectivo número de ordem, livro e folha, um dos quais será entregue

ao representante e o outro arquivado em cartório, rubricando o

oficial as folhas em que estiver impresso o contrato, compromisso ou

estatuto.

Art. 121. Para o registro serão apresentadas duas vias do

estatuto, compromisso ou contrato, pelas quais far-se-á o registro

mediante petição do representante legal da sociedade, lançando o

oficial, nas duas vias, a competente certidão do registro, com o

respectivo número de ordem, livro e folha. Uma das vias será

entregue ao representante e a outra arquivada em cartório,

rubricando o oficial as folhas em que estiver impresso o contrato,

compromisso ou estatuto. (Redação dada pela Lei nº 9.042, de 1995)

CAPÍTULO III

Do Registro de Jornais, Oficinas Impressoras, Empresas de

Radiodifusão e Agências de Notícias

Art. 122. No registro civil das pessoas jurídicas serão

matriculados:
Página209

I - os jornais e demais publicações periódicas;

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
II - as oficinas impressoras de quaisquer natureza, pertencentes

a pessoas naturais ou jurídicas;

III - as empresas de radiodifusão que mantenham serviços de

notícias, reportagens, comentários, debates e entrevistas;

IV - as empresas que tenham por objeto o agenciamento de

notícias.

Art. 123. O pedido de matrícula conterá as informações e será

instruído com os documentos seguintes:

I - no caso de jornais ou outras publicações periódicas:

a) título do jornal ou periódico, sede da redação, administração

e oficinas impressoras, esclarecendo, quanto a estas, se são próprias

ou de terceiros, e indicando, neste caso, os respectivos proprietários;

b) nome, idade, residência e prova da nacionalidade do diretor

ou redator-chefe;

c) nome, idade, residência e prova da nacionalidade do

proprietário;

d) se propriedade de pessoa jurídica, exemplar do respectivo

estatuto ou contrato social e nome, idade, residência e prova de

nacionalidade dos diretores, gerentes e sócios da pessoa jurídica

proprietária.

II - nos casos de oficinas impressoras:

a) nome, nacionalidade, idade e residência do gerente e do

proprietário, se pessoa natural;


Página210

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
b) sede da administração, lugar, rua e número onde funcionam

as oficinas e denominação destas;

c) exemplar do contrato ou estatuto social, se pertencentes a

pessoa jurídica.

III - no caso de empresas de radiodifusão:

a) designação da emissora, sede de sua administração e local

das instalações do estúdio;

b) nome, idade, residência e prova de nacionalidade do diretor

ou redator-chefe responsável pelos serviços de notícias, reportagens,

comentários, debates e entrevistas.

IV no caso de empresas noticiosas:

a) nome, nacionalidade, idade e residência do gerente e do

proprietário, se pessoa natural;

b) sede da administração;

c) exemplar do contrato ou estatuto social, se pessoa jurídica.

§ 1º As alterações em qualquer dessas declarações ou

documentos deverão ser averbadas na matrícula, no prazo de oito

dias.

§ 2º A cada declaração a ser averbada deverá corresponder um

requerimento.

Art. 124. A falta de matrícula das declarações, exigidas no artigo

anterior, ou da averbação da alteração, será punida com multa que


Página211

terá o valor de meio a dois salários mínimos da região.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
§ 1º A sentença que impuser a multa fixará prazo, não inferior a

vinte dias, para matrícula ou alteração das declarações.

§ 2º A multa será aplicada pela autoridade judiciária em

representação feita pelo oficial, e cobrada por processo executivo,

mediante ação do órgão competente.

§ 3º Se a matrícula ou alteração não for efetivada no prazo

referido no § 1º deste artigo, o Juiz poderá impor nova multa,

agravando-a de 50% (cinqüenta por cento) toda vez que seja

ultrapassado de dez dias o prazo assinalado na sentença.

Art. 125. Considera-se clandestino o jornal, ou outra publicação

periódica, não matriculado nos termos do artigo 122 ou de cuja

matrícula não constem os nomes e as qualificações do diretor ou

redator e do proprietário.

Art. 126. O processo de matrícula será o mesmo do registro

prescrito no artigo 121.

Texto compilado

Das próximas fases.

Empós as etapas consignadas, as demais serão levadas a


termo pela entidade associativa... “Devendo doravante implementar as demais fase” a
saber:

3ª fase: Pré-operacional

É a fase da estruturação: definição de localização,


aquisição de móveis e equipamentos, contratação de funcionários e contadores, abertura
de conta no banco, licenças e alvarás, etc.
Página212

4 ª Fase: Operacional

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Início das atividades: começam os desafios reais da
associação. Como toda organização, para ser bem-sucedida, a associação também
precisará de gestão eficiente e comprometida com os propósitos da instituição.

Observação: este roteiro foi desenvolvido com fins de


fundamentar as propostas do relator que estão definidas no anteprojeto de estatuto, é
uma sugestão facultada a outras organizações que desejem criar uma associação e
apresenta alguns pontos a serem seguidos e observados. As etapas devem ser adaptadas
conforme a necessidade de cada grupo.

Considerando o avanço das resoluções de conflitos através


da arbitragem e da mediação a Associação passa a fazer uso ostensivo quando a
Diretoria autorizar, do meios de arbitragem ou e da mediação preventiva, hoje, e sempre
na instituição a ser fundada.

A instituição em via de legalização leva em consideração


o que dispõe a LEI FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015. Dispõe sobre a
mediação no seu CAPÍTULO I - DA MEDIAÇÃO - Seção I - Disposições Gerais - Art.
2o A mediação será orientada pelos seguintes princípios: I - imparcialidade do
mediador; II - isonomia entre as partes; III - oralidade; IV - informalidade; V -
autonomia da vontade das partes; VI - busca do consenso; VII - confidencialidade; VIII
- boa-fé. § 1o Na hipótese de existir previsão contratual de cláusula de mediação, as
partes deverão comparecer à primeira reunião de mediação. § 2o Ninguém será
obrigado a permanecer em procedimento de mediação. Art. 3o Pode ser objeto de
mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis
que admitam transação. § 1o A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte
dele. § 2o O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis,
deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público.

Fundamenta-se ainda:

(...)LEI FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE


2015. Dispõe sobre a mediação no seu CAPÍTULO I - Subseção II - Dos Mediadores
Extrajudiciais - Art. 9o Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer pessoa
capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação,
Página213

independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
associação, ou nele inscrever-se. Art. 10. As partes poderão ser assistidas por
advogados ou defensores públicos. Parágrafo único. Comparecendo uma das partes
acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador suspenderá o
procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas.

(...)LEI FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE


2015. Dispõe sobre a mediação no seu CAPÍTULO I - Subseção II - Da Mediação
Extrajudicial. Art. 21. O convite para iniciar o procedimento de mediação extrajudicial
poderá ser feito por qualquer meio de comunicação e deverá estipular o escopo proposto
para a negociação, a data e o local da primeira reunião. Parágrafo único. O convite
formulado por uma parte à outra considerar-se-á rejeitado se não for respondido em até
trinta dias da data de seu recebimento. Art. 22. A previsão contratual de mediação
deverá conter, no mínimo: I - prazo mínimo e máximo para a realização da primeira
reunião de mediação, contado a partir da data de recebimento do convite; II - local da
primeira reunião de mediação; III - critérios de escolha do mediador ou equipe de
mediação; IV - penalidade em caso de não comparecimento da parte convidada à
primeira reunião de mediação. § 1o A previsão contratual pode substituir a
especificação dos itens acima enumerados pela indicação de regulamento, publicado por
instituição idônea prestadora de serviços de mediação, no qual constem critérios claros
para a escolha do mediador e realização da primeira reunião de mediação. § 2o Não
havendo previsão contratual completa, deverão ser observados os seguintes critérios
para a realização da primeira reunião de mediação: I - prazo mínimo de dez dias úteis e
prazo máximo de três meses, contados a partir do recebimento do convite; II - local
adequado a uma reunião que possa envolver informações confidenciais; III - lista de
cinco nomes, informações de contato e referências profissionais de mediadores
capacitados; a parte convidada poderá escolher, expressamente, qualquer um dos cinco
mediadores e, caso a parte convidada não se manifeste, considerar-se-á aceito o
primeiro nome da lista; IV - o não comparecimento da parte convidada à primeira
reunião de mediação acarretará a assunção por parte desta de cinquenta por cento das
custas e honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em procedimento arbitral
ou judicial posterior, que envolva o escopo da mediação para a qual foi convidada. § 3o
Nos litígios decorrentes de contratos comerciais ou societários que não contenham
cláusula de mediação, o mediador extrajudicial somente cobrará por seus serviços caso
Página214

as partes decidam assinar o termo inicial de mediação e permanecer, voluntariamente,

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
no procedimento de mediação. Art. 23. Se, em previsão contratual de cláusula de
mediação, as partes se comprometerem a não iniciar procedimento arbitral ou processo
judicial durante certo prazo ou até o implemento de determinada condição, o árbitro ou
o juiz suspenderá o curso da arbitragem ou da ação pelo prazo previamente acordado ou
até o implemento dessa condição. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às
medidas de urgência em que o acesso ao Poder Judiciário seja necessário para evitar o
perecimento de direito. Diante da faculdade permitida em lei, visando uma paz social,
autua-se o presente expediente nesta data, e para tanto autuamos as peças que adiante
seguem, na Cidade de Fortaleza, quinta-feira, 6 de dezembro de 2018.

(...)LEI FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE


2015. Dispõe sobre a mediação no que se refere à CONFIDENCIALIDADE - Seção IV
- Da Confidencialidade e suas Exceções. Art. 30. Toda e qualquer informação relativa
ao procedimento de mediação será confidencial em relação a terceiros, não podendo ser
revelada sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as partes expressamente
decidirem de forma diversa ou quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária
para cumprimento de acordo obtido pela mediação. § 1o O dever de confidencialidade
aplica-se ao mediador, às partes, a seus prepostos, advogados, assessores técnicos e a
outras pessoas de sua confiança que tenham, direta ou indiretamente, participados do
procedimento de mediação, alcançando: I - declaração, opinião, sugestão, promessa ou
proposta formulada por uma parte à outra na busca de entendimento para o conflito; II -
reconhecimento de fato por qualquer das partes no curso do procedimento de mediação;
III - manifestação de aceitação de proposta de acordo apresentada pelo mediador; IV -
documento preparado unicamente para os fins do procedimento de mediação. § 2o A
prova apresentada em desacordo com o disposto neste artigo não será admitida em
processo arbitral ou judicial. § 3o Não está abrigada pela regra de confidencialidade a
informação relativa à ocorrência de crime de ação pública. § 4o A regra da
confidencialidade não afasta o dever de as pessoas discriminadas no caput prestarem
informações à administração tributária após o termo final da mediação, aplicando-se aos
seus servidores a obrigação de manterem sigilo das informações compartilhadas nos
termos do art. 198 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário
Nacional.
Página215

(...)LEI FEDERAL Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE


2015. Dispõe sobre a mediação no que se referem à CONFIDENCIALIDADE AS

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
PARTES RECLAMANTES DECIDEM QUE ESTE PROCESSO NÃO DEVE
CORRER EM SEGREDO DE JUSTIÇA, porém após a manifestação das partes
reclamadas o mediador ouvindo as reclamantes poderá decidir pela
CONFIDENCIALIDADE – OU SEGREDO DE JUSTIÇA.

Considerando o que dispõe a legislação vigente: Art. 47.


Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de
seus poderes definidos no ato constitutivo, CCB/2002, as assembléias gerais podem
ser pelo sistema virtual teleconferência.

Na Justiça Arbitral e na Mediação já se podem usar as


reuniões processuais pela via “virtual”. Um instrumento a ser regulamentado.
Porém, para evoluir com fins de alcançar as ASSEMBLÉIAS VIRTUAIS, teremos
que também fazer uso dos “e-mails”. Necessária se faz, nesta quadra, uma visita ao
campo da telemática, para a rememoração do que em vernáculo chamamos de
“correio eletrônico”.

As reuniões da diretoria e demais órgão podem ser via


internet, ou sistema virtual, conforme recomendações na justificativa...
CONVENCIONAIS E ELETRÔNICAS. Nos dias atuais aos poucos vamos evoluindo
das comunicações administrativas gerenciais escritas como regra, ao desenvolvimento
“implementativo” das demais formas de comunicações, entre elas: a comunicação via
eletrônica. Da faculdade ao ato compulsório, será uma questão de tempo. Alcançaremos
ainda nesta década (20i8-2028) a compulsoriedade da organização, pelos entes privados
e públicos dos serviços de comunicações eletrônicas. Exemplos: ENDEREÇO E
DOMICÍLIO ELETRÔNICOS, talvez esta associação venha a ser a primeira a
implantar no Brasil de forma institucional, regulamentada, “os atos de gestões POR
MEIO ELETRÔNICO e passar adotar uma sistemática VIRTUAL”.

PAUTA Assembleia de Constituição. Essa sessão é uma


etapa formal do processo de legalização. Os participes recebem nesta data cópia dos
instrumentos acostados aos autos da mediação.

Nessa assembleia será homologada a razão social da


associação e a sede.
Página216

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
A nomeação de membro do Conselho de Programação
fica a critério do Diretor Geral não sendo indicados por processo eleitoral e não tem
prazo de mandato podendo ser afastado a critério da Direção Geral independente de
procedimento administrativo, salvo a exclusão por acusação de atos improbidos, o
que lhe será garantido o devido processo legal com ampla defesa.

Será discutido, definido e aprovado o Estatuto Social, e


também serão eleitos os representantes dos órgãos de direção para um mandato de cinco
anos, tendo início no dia 2 de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2023, podendo ser
reconduzido para mais um mandato, sem posterior admissibilidade de reeleição.

II - Diretoria Executiva.

a) Diretor Geral.

b) Diretor Secretário Geral.

c) Diretor Financeiro.

d) Diretor Cultural.

(e) Diretor de Radio Jornalismo.

Fica desde já convocada uma sessão Assemblar Geral para


o dia 31 de julho de 2019, visando realizar a eleição dos membros dos cargos:

III – Conselho de Curadores.

f) Presidente do Conselho de Curadores.


g) Primeiro Conselheiro.
h) Segundo Conselheiro.
i) Terceiro Conselheiro.
j) Secretário “Ah doc” do Conselho.

Para o Conselho da Comunidade o Diretor-Geral da


Associação expedirá ofício para as entidades selecionadas, solicitando a indicação de
seus representantes junto a Associação nos termos da legislação vigente.
Página217

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018
Cada membro do Conselho da Comunidade terá mandato
de hum ano, podendo ser reconduzido até duas vezes, a critério da entidade que o
indica.

Fica desde já convocada uma sessão Assemblar Geral para


o dia 31 de julho de 2019, visando realizar a eleição dos membros dos cargos:

O Diretor Geral pode nesta primeira gestão nomear os


membros do Conselho de Curadores, depois da primeira gestão os membros para os
cargos: Presidente do Conselho de Curadores; Primeiro Conselheiro;. Segundo
Conselheiro; Terceiro Conselheiro; e Secretário “Ah doc” do Conselho devem
observar as regras estatutárias vigente.

Fica esclarecido que estando a ATA DA ASSEMBLEIA


GERAL devidamente assinada pelos membros significa que os termos da reunião
virtual foram homologados.

SALVO MELHOR JUÍZO apresento aos membros da


entidade ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-
CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ a
presente justificativa acompanhada do texto de anteprojeto de estatuto.

Repete-se e reafirma-se que “(...) é importante entender


que os critérios adotados nesta forma de elaborar um projeto associativo com fins de
manter uma futura outorga pública de rádio comunitária, educativa, ou outra
modalidade, seguem os princípios da Legislação Federal vigente”.

Salvo Melhor Juízo. Publique-se e dê ciência às partes.

Processo Virtual, Sala Virtual do Mediador, em Fortaleza, Ceará, segunda-feira, 3 de


dezembro de 2018, as 10:41:59AM

César Augusto Venâncio da Silva - Árbitro em Direito/Mediador


Página218

CPF 16554124349.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE RADIODIFUSÃO SÓCIO-CULTURAL NO MUNICÍPIO DE NOVA-RUSSAS – ESTADO DO CEARÁ. ESTATUTO PROJETO FINAL PRT 2.440.438/2018

Vous aimerez peut-être aussi