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DACS

QUINTA-FEIRA / 6 DEZEMBRO / 2018  WWW.ARQUIDIOCESE-BRAGA.PT

ENTREVISTA

SEMINARISTAS
DE PEMBA:
Este suplemento faz parte integrante da edição n.º 31966 do Diário do Minho. Não pode ser vendido separadamente.

INTEGRAÇÃO E
OBJECTIVOS
JAIMITO CHINA E GUILHERME ANDENI

P. 04-05
2  IGREJA VIVA  //  QUINTA-FEIRA | 6 DE DEZEMBRO | 2018 

opinião
Breves

Papa deseja líderes mundiais Olhares (20) - Prepara o berço


com “nova mentalidade”
O Papa recebeu esta semana no Vaticano um ticamente espantado para um nós, os cristãos, nos transfor-
grupo de jovens oriundos de zonas de conflito ou Amor louco: esse amor que memos no caminho que con-
marcadas pela pobreza e afirmou que a comuni- revelou Deus e nos revelou duz a Belém. É necessário
dade internacional precisa de líderes com “uma a nós próprios – porque “se que cada um de nós emane
nova mentalidade”. “Os líderes de paz não são os Deus se fez homem, ser ho- o perfume da pobreza alegre
políticos que não sabem dialogar ou confrontar- mem é a coisa mais impor- e bendita, o perfume da sim-
-se: um líder que não se esforça em ir ao encon- tante que se pode ser»! Re- plicidade sem ouropéis nem
tro do «inimigo», nem consegue sentar-se à me- zo, por isso, com a Liturgia: máscaras, o perfume da hos-
sa e discutir, como vocês o fazem, não pode levar «Despertai, Senhor, os nos- pitalidade que não se abre às
o seu próprio povo para a paz. Para isso é preciso sos corações para preparar personagens mas às pessoas,
humildade e não arrogância”, assinalou Bergoglio João Aguiar Campos os caminhos do vosso Filho o perfume da alegria que não
no encontro que foi transmitido em directo pelo Padre Unigénito, a fim de que, pelo precisa de estonteamentos
Vaticano. Entre os presentes estiveram uma jo- mistério da sua vinda, possa- mas de um inebriamento sus-
vem palestina e um jovem israelita, que apresen- mos servir-Vos com espírito citado pela surpresa do Natal:

A
taram o apelo que a associação católica vai fazer renovado”. o berço ocupado, de forma
na ONU, por ocasião do 70.º aniversário da De- inda o mês de No- Escrito tudo o que escrevi, imprevista e inesperada, pelo
claração Universal dos Direitos Humanos. vembro apenas bal- é obrigatório sublinhar o tra- Deus Menino!”.
buciava, já havia es- balho pastoral de quem pro- Temos de o fazer: eliminar
cadas lançadas às ár- pôs subsídios para melhor vi- detritos e atritos!
vores, postes e fachadas para vermos Advento e Natal; ou Há anos, escrevi este de-
as decorações de Natal. Sub- de quem, nas suas montras safio que hoje repito; porque
tilmente, nos média anuncia- ou nos espaços aconchegados importa limpar percursos:
va-se que as câmaras vão gas- dos lares, encontrou lugar pa- Vamos sonhar
tar quatro milhões de euros ra o Presépio e – mais do que caminhos aplanados
com tais sinais festivos. isso – tem vindo a preparar o e tardes musicadas
Os títulos parece não te- berço do coração. com palhetas de erva:
rem escandalizado ninguém. “Prepara o berço: é Na- para a festa dos simples
Talvez porque, feitas bem as tal” é mesmo o título de um basta um palmo de eira
contas, os autarcas podem livro de Angelo Comastri, e uma roda de sol.
sempre dizer que de investi- que nestes dias me tem feito Vamos à procura
mento se trata : há que apro- companhia. do monte do arco-íris,
veitar a ocasião para atrair vi-
sitantes e compradores. Aliás,
nem os que defendem um
Instituições católicas levam nome verdadeiramente laico

preocupações relacionadas
para a “quadra” se atrevem a
eliminá-la como oportunida-
com as alterações climáticas à de de receitas!… Acontece, po-

Cimeira do Clima (COP24)


rém, que se o Natal ainda não
foi eliminado, vai sendo, pro-
gressivamente, escondido nos
O Vaticano e várias instituições católicas estão sinais e nos costumes.
presentes na Cimeira do Clima (COP 24), que de- Basta constatar quão ra-
corre na Polónia até dia 14 de Dezembro, com ras são as decorações que re-
um apelo global contra os efeitos das alterações velam claramente as razões
climáticas. íntimas da alegria lumino-
Em cima da mesa encontra-se uma proposta que sa que desce das fachadas ou
defende a limitação do aquecimento global a 1,5 nos chama das montras: es-
graus celsius, a adopção de estilos de vida sus- tão ali desenhos e cores facil-
tentáveis, o respeito pelas comunidades indíge- mente adequáveis a qualquer
nas, o fim da era dos combustíveis fósseis com outra data ou festivo feriado,
a transição para formas renováveis de energia e dos muitos que o calendário
a reforma do sistema agrícola, de forma a existir inscreve!...
um fornecimento saudável e acessível de alimen- Alguém lê, na esmagado-
tos para todos. ra maioria destes painéis de
cor, a memória histórica do
Natal?…
Afinal, iluminam-se as
ruas, mas oculta-se que Deus Comastri não esconde — faixa folclórica
visitou o Seu povo... Ou, se que o caminho de Belém es- na saia negra da tarde.
quisermos, revela-se apenas tá realmente obstruído por Vamos ouvir harpejos
metafórica e cuidadosamente, muitos “detritos”, de modo nas cordas da chuva
numa interpretação forçada. que “muitas pessoas não con- onde escorre a antífona de
Faço-a, por exemplo, seguem chegar a Belém para vésperas.
cheio de boa vontade, quan- se abastecerem de esperança
do olho estrelas e cascatas; e de paz”. Cantarão os pastores
e, sobretudo, os corações de Insistente, afirma que é mais alto que os ralos
néon. Nestes, de facto, ainda preciso fazer “qualquer coi- a paz de Belém:
tento descobrir o alerta este- sa”. Explica: “é necessário que o Senhor vai chegar!…
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opinião

Ser Criança Missionária...

centes levou-nos a alterar o Uma vez que a maior ne-


Emerenciana Silva nome do movimento para cessidade, neste momen-
Papa francisco Isabel Morim IAM (Infância e Adolescên- to, são os bens alimentares,
Paulo Morim cia Missionária). entendemos por bem fazer
4 DE DEZEMBRO 2018 · Neste Adven- animadores da Infância Missionária da Paróquia Muito temos aprendido uma recolha de alimentos
to, faça-se pequeno, humilde, faça-se de Balasar com as crianças da IAM, pois para esta causa. Para além
servidor dos outros e o Senhor lhe da- na sua ingenuidade de pe- desta recolha, temos vin-
rá a capacidade de entender como se queninos nos têm mostrado do a elaborar nas sessões da

T
faz a paz. #SantaMarta o quão grande é o seu cora- IAM algumas peças alusi-
odos nós somos cha- ção e generosidade. vas ao Natal (velas, pinheiri-
mados a ser missio- Temos trabalhado no nhos, meninos Jesus e tam-
nários, porém esta é sentido de incutir às nossas bém dezenas). Estas peças
uma difícil tarefa! crianças e adolescentes o es- serão vendidas numa feiri-
D. Jorge Ortiga No egocentrismo em que vi- pírito missionário, despertan- nha e o valor angariado re-
vemos, não é fácil estarmos do neles a preocupação e a so- verterá também para a mes-
2 DE DEZEMBRO 2018 · Se tu vens, por atentos ao que nos rodeia e, lidariedade para com outro. ma instituição.
exemplo, às quatro da tarde, desde as normalmente, é preciso tão Consideramos importan- É com grande alegria que
três eu começarei a ser feliz. Quanto pouco... te que os Traquinas enten- constatamos o entusiasmo
mais a hora for chegando, mais eu me No início de 2017 fomos dam que este “outro” não é das crianças e adolescentes
sentirei feliz. chamados para um novo de- apenas aquele que está lon- neste projecto!
(O #Principezinho, Antoine de safio. O de constituir um ge e em países mais pobres. Temos de estar mais aten-
Saint-Exupéry) grupo da Santa Infância Mis- Mas que este espírito mis- tos, sensibilizar as nossas
sionária na nossa paróquia, sionário deve começar nas crianças para esta realida-
Santa Eulália de Balasar. Para suas casas, na sua paróquia, de que nada custa. Apenas
isso fizemos formação e sen- diocese… E que é importan- é preciso parar de olhar pa-
timo-nos muito motivados. te estarmos atentos e traba- ra nós mesmos e estarmos
Através da chamada “pesca lhar este contacto mais pes- atentos aos que estão ao nos-
à linha” formamos um grupo soal com a realidade que nos so redor.
Inclusão de Infância Missionária cons- rodeia. Ser missionário é com
tituído por 12 crianças, com Deste modo, estabele- pouco fazer muito, é dar um
idades compreendidas entre cemos como objectivo dos sorriso de bom dia (mostran-
Diocese de Bragança-
Miranda organiza actividades
para pessoas com deficiência
De 1 a 12 de Dezembro, o Serviço de Pastoral a
Pessoas com Deficiência da Diocese de Bragan-
ça-Miranda, em parceria com outras instituições
com acção na mesma área, comemora o Dia In-
ternacional da Pessoa com Deficiência, assina-
lado a 3 de Dezembro, com diversas actividades
sociais, culturais e desportivas.
O responsável do Serviço de Pastoral a Pessoas
com Deficiência da Diocese, Jorge Novo, expli-
cou à Agência Ecclesia que ainda há “muita mu-
dança a fazer” no pensamento das pessoas so-
bre uma sociedade com cultura de inclusão.
“A cultura de inclusão não é estar a fazer um fa-
vor para incluir a pessoa que tem deficiência
visto que ela não precisa de favores porque tem
a mesma dignidade de qualquer outro cidadão”,
continuou, em declarações à mesma Agência.

os 4 e os 12 anos. Desta for- Traquinas Missionários pa- do que vimos a pessoa), é dar
ma iniciamos as nossas reu- ra este Natal ajudar uma um abraço (num gesto de
niões notando desde início instituição. estou aqui para ti), é parti-
um grande entusiasmo nos Queremos trabalhar o es- lhar o pouco que temos com
nossos meninos. pírito missionário dos nos- quem nada tem!
Neste momento, o gru- sos IAM e ir ao encontro das Porque ser missionário é
po dos Traquinas Missioná- necessidades desta institui- celebrar Natal todos os dias e
rios, conta com 16 crianças ção, para podermos levar um em todos os momentos.
e adolescentes. O facto de pouco de todos nós a quem Ser Missionário é sem dúvi-
contarmos com duas adoles- tanto precisa… da Semear ESPERANÇA!
4  IGREJA VIVA  //  QUINTA-FEIRA | 6 DE DEZEMBRO | 2018 

ENTREVISTA

“QUANDO CHEGAMOS
TIVEMOS MUITAS
DIFICULDADES,
PRINCIPALMENTE
NA ADAPTAÇÃO”
JOÃO PEDRO QUESADO (TEXTO E FOTOS)

tura, a forma de interagir com


Guilherme Andeni e Jaimito CHina são os as pessoas... Os portugueses fa-
primeiros seminaristas de pemba a chegar a lam de forma diferente da nos-
sa e então, para perceber o que
braga, fruto da cooperação missionária entre uma pessoa diz, era preciso um
a Arquidiocese de Braga e a diocese de pemba. grande esforço, tanto com os
Ao iGREJA vIVA, OS DOIS JOVENS FALARAM SOBRE A colegas como nas aulas da fa-
culdade. Mas acredito que os
INTEGRAÇÃO E AS EXPERIÊNCIAS EM bRAGA. nossos dias têm sido marca-
dos por bons momentos. Difi-
culdades nunca faltam, mas o
[Igreja Viva] Como é que se [Igreja Viva] Como é que re- bom é saber que temos apoio
deram as condições para a ceberam a notícia de que ti- e que nos querem bem.
vossa vinda para Braga? nham sido escolhidos para vir
[Guilherme Andeni] Come- para Braga? [Igreja Viva] Como é que
çando naquilo que nós vive- [Jaimito China] Lembro-me passam os vossos dias? O que
mos lá em Pemba até che- muito bem, foi no dia 11 de fazem para além das aulas?
garmos cá... De um modo es- Novembro que o meu forma- [Jaimito China] Nós estamos
pecial, o bispo e a equipa de dor perguntou, quase a brin- divididos entre o seminário e [Igreja Viva] E aqui em Bra- [Guilherme Andeni] É qua-
Braga foram quem se respon- car, como me sentiria se um a faculdade. Temos aulas na ga, já foram visitar o Sameiro se o mesmo. No caso da inte-
sabilizou. Houve também a dia me dissessem que vou faculdade à Segunda, Quarta e o Bom Jesus? gração cada pessoa pode sen-
integração dos padres que nos estudar em Portugal. Lá em e Sexta e no seminário temos [Jaimito China] Sim! tir uma coisa diferente mas,
ajudaram na nossa viagem. Moçambique temos uma se- aulas todos os dias. Na facul- [Guilherme Andeni] No meu na verdade, foi muito difí-
mana de missão, em que to- dade temos quatro cadeiras. caso também já fui visitar Fa- cil a nossa integração. No ca-
[Igreja Viva] Foi um convite dos os seminaristas se encon- No seminário, contando com fe, São Bento da Porta Aberta, so da fala, vocês falam muito
ou candidataram-se de algu- tram, em Dezembro, e são aquelas cadeiras que não são que é um sítio muito bonito... rápido e a nossa percepção fi-
ma forma a vir para cá? enviados para algumas comu- práticas, temos cerca de on- ca um pouco diminuída. Não
[Jaimito China] Não foi op- nidades. E então foi no tercei- ze cadeiras. Nós temos missa, [Igreja Viva] Como é que é tão rápida. Quando chega-
ção nossa, foi opção do bis- ro dia do encontro, no dia 6, depois tomamos o pequeno- foi, então, a vossa integra- mos, o nosso primeiro pro-
po da diocese. Como sabe- que o nosso bispo anunciou a -almoço, vamos para a facul- ção? Já referiram algumas blema foi esse, de mantermos
mos, a cooperação missio- nossa escolha e o nosso envio dade, voltamos e temos algu- dificuldades... a atenção àquilo que as pes-
nária que a Arquidiocese de para cá a todos os seminaris- mas actividades ali no semi- [Jaimito China] No início soas diziam. Quando falavam,
Braga tem com a Diocese de tas da diocese. nário, incluindo os estudos e foi difícil, mas agora a inte- ficávamos sempre um pou-
Pemba prevê o envio de pa- tempos de convívio. gração está a ser muito boa. co perdidos. Mas ao mesmo
dres. Como neste momen- [Igreja Viva] Chegaram a Bra- Porque, na verdade, esta ex- tempo tínhamos a atenção de
to a nossa diocese não tem ga no dia 14 de Setembro. Des- [Igreja Viva] Já conhecem periência que nós estamos escutar e tentar compreender
muitos padres para enviar de aí, como é que é o vosso Braga? a ter agora... Estamos numa o que nos diziam. Às vezes
para cá, decidiu enviar se- dia-a-dia? [Jaimito China] Minimamen- comunidade onde quase to- perguntávamos três, quatro
minaristas. Inicialmente era [Jaimito China] Primeiro, o te. Aqui em Braga acho que dos, posso dizer, somos dife- vezes para perceber o que di-
para enviar seminaristas do nosso dia-a-dia é feito por não fomos a muitos lugares... rentes. E nós, sendo diferen- ziam, incluindo com os pro-
Seminário Maior, que já ti- muitas dificuldades. Inicial- [Guilherme Andeni] O lugar tes, aprendemos a viver com fessores na faculdade.
nham terminado o Prope- mente, quando chegamos, ti- que foi mais importante não os outros, o outro que é dife-
dêutico, para concluir a teo- vemos muitas dificuldades, foi em Braga, foi Vila Viçosa, rente de mim e que eu tenho [Igreja Viva] Quais são as
logia cá. Porém, decidiram principalmente na adapta- no Alentejo. Ficamos a conhe- que compreender e aceitar. maiores diferenças que no-
escolher seminaristas do Se- ção, que não foi fácil. Graças a cer a história de Portugal. Então eu acredito que agora tam a nível cultural no vosso
minário Menor. E foi assim Deus que chegamos num tem- [Jaimito China] Também já a integração está equilibrada dia-a-dia?
que o bispo, com a equipa po em que estava calor, não es- fomos a Vila Verde, já fomos e está boa.. [Guilherme Andeni] Noto
formadora, escolheu as pes- tava frio, porque se estivesse, conhecer Vila Nova de Cer- muita diferença, no meu ca-
soas. Neste caso fomos nós a acredito que a dificuldade se- veira, o Santuário de Santa [Igreja Viva] E contigo, so. Quando estamos a passear,
primeira equipa. ria maior. A mudança da cul- Luzia... Guilherme? por exemplo. A nossa realida-
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riente, e eu acho que depois de missas solenes, leva per- pero mesmo receber aquilo
vou poder transmitir isso. to de três horas, quatro horas, que é essencial para mim, pa-
talvez, principalmente se for ra a minha vida e para a mi-
[Igreja Viva] Achas que vive- uma grande festa. nha formação, neste caso. Fo-
Em Moçambique mos com mais intensidade,
então? [Igreja Viva] E essa diferença
ra da minha formação, passa
mais por ganhar conhecimen-
é frequente ver [Guilherme Andeni] A vos-
sa consideração pelas festas é
na duração deve-se ao quê?
[Jaimito China] Deve-se à
to da realidade em Portugal e
dos hábitos das pessoas. E,
um cristão que maior, sim. animação. Por exemplo, aqui,
numa missa, encontramos
por exemplo, a parte da in-
formática é muito difícil para
dificilmente passa em [Igreja Viva] Achas o mesmo,
Jaimito?
quatro cânticos: entrada, San-
to, Comunhão e saída. Ao pas-
mim, mas gostava de sair de
Portugal a saber aquilo que é
frente a uma igreja [Jaimito China] Sim. An-
tes gostava de sublinhar uma
so que em Moçambique en-
contramos entrada, acto peni-
essencial para poder depois
partilhar esse conhecimen-
sem fazer o sinal da coisa. Quando nós saímos de
Moçambique e viemos para
tencial cantado, o Kyrie tam-
bém é cantado, assim como o
to. Também espero aprender
mais na parte da cultura, do
Santa Cruz. E isso é cá, um dos conselhos que o
nosso bispo, D. Luís, nos deu,
Glória, a Comunhão – que são
dois ou três cânticos – e a Ac-
canto, da liturgia. Quando eu
entro na igreja e vejo as pes-
difícil de encontrar foi o seguinte: “Ides a Portu-
gal não para viver como mo-
ção de Graças. soas a cantarem, fico muito
emocionado.
aqui em Portugal. çambicanos, mas sim como
moçambicanos portugueses”.
[Igreja Viva] E sobre a práti-
ca religiosa fora da eucaristia?
[Jaimito China] Antes, subli-
nhava só que nós vamos fi-
Mesmo eu posso não Isso quer dizer que, quando
viemos para cá, devíamos as-
[Jaimito China] Ainda não te-
nho muito bem a percepção
car cá durante seis anos e, por
mais tempo que nós ficásse-
fazer, porque já estou sumir aquilo que se vive aqui,
sem ignorar a nossa cultu-
de como as pessoas fazem cá
mas, por exemplo, à refeição,
mos aqui, mesmo que fossem
10 anos, voltando a Moçambi-
habituado. ra. Por exemplo, em Moçam-
bique, seja no seminário ou
nenhum cristão em Moçam-
bique come antes de rezar.
que não seríamos capazes de
mudar a igreja de Moçambi-
no dia-a-dia, depois de jan- Mas aqui é frequente tomares que. Pelo contrário, o que nos
tar não há actividades. Quan- as refeições sem fazeres uma podemos fazer é ajudar a en-
to termina o jantar, todos vão
descansar. Aqui é diferente,
há muitas actividades que se
fazem depois do jantar. Reu-
niões, convívio, muita coisa.
Essa também foi uma das di-
ficuldades e uma grande dife-
rença desde que chegamos cá.

[Igreja Viva] E ao nível da


prática religiosa, que diferen-
ças é que vocês notam?
[Jaimito China] Na verda-
de, o povo de Portugal ainda
mantém aquela cultura que
os nossos patriarcas, os cris-
tãos primitivos, viviam acer-
ca da liturgia, ao passo que
em Moçambique acho que
não, acabou por se perder is-
so. Por exemplo, a liturgia de
Moçambique está integrada
com a cultura. As pessoas le-
vam a sua própria cultura pa- oração. Essa foi uma grande riquecer a igreja de Moçambi-
ra a liturgia. Quando digo isso diferença que notei. que. Por vezes eu tenho ima-
falo, por exemplo, das danças. ginado a igreja de Moçambi-
Nós dançamos a liturgia. É di- [Igreja Viva] Acham que a re- que a viver a liturgia de Por-
ferente daqui. Se eu for falar ligião não está tão presente na tugal. Muito mais na forma de
dos usos e costumes da cultu- vida dos portugueses como cantar a liturgia da eucaristia,
ra dentro da liturgia, vou falar está na dos moçambicanos? por exemplo. Não quer dizer
de danças e outras coisas que [Jaimito China] Pode estar que a forma de cantar em Mo-
aqui não se fazem. Foi uma presente, mas de outras for- çambique é pior que a forma
grande diferença que eu no- mas. Por exemplo, em Mo- portuguesa. As duas formas
tei. Outra coisa: a animação da çambique é frequente ver um são boas, mas em Portugal é
missa. Aqui temos missas que cristão que dificilmente pas- mais sentimental, ajuda o es-
nos ajudam a rezar, porque sa em frente a uma igreja sem pírito humano a rezar. E às
não tem barulho que não se- fazer o sinal da Santa Cruz. E vezes eu tenho pensado: du-
ja de um órgão. Em Moçam- isso é difícil de encontrar aqui rante todo este tempo em que
bique, não. Lá toca-se batu- em Portugal. Mesmo eu posso eu vou estar cá e depois de
que, bateria, piano, guitarras, não fazer, porque já estou ha- terminar o curso e, se essa for
de em Moçambique é mui- termos da vivência com os muita coisa. E muito barulho bituado, já estou a ganhar os a vontade de Deus, chegar a
to diferente daqui, as pessoas outros, acho que as pessoas não ajuda, às vezes, à oração. hábitos e costumes de cá. ser padre, o que é que eu vou
aqui, sendo ou não mais ve- aqui se dedicam muito mais E depois há diferenças na du- fazer com essa experiência?
lhas, têm a capacidade de an- às festas, começam a preparar ração da missa. Em Moçambi- [Igreja Viva] Que aprendiza- O que eu espero é transmitir
dar muito, enquanto lá não, com grande antecedência. O que, uma missa que aqui du- gens é que vocês esperam re- aquilo que eu estou a apren-
não têm capacidade de per- que eu vejo aqui é uma gran- raria 45 minutos, lá são duas tirar do vosso tempo cá? der, como forma de enrique-
correr caminhos longos. Em de preparação, mais expe- horas. Quanto estamos a falar [Guilherme Andeni] Eu es- cer a igreja de Moçambique.
6  IGREJA VIVA  //  QUINTA-FEIRA | 6 DE DEZEMBRO | 2018 

“Mestre, que devemos fazer?”


III DOMINGO aDVENTO

itinerário ATITUDE
Avaliar

ILUSTRAÇÃO DA ARQ. MARIA TAVARES


CONCRETIZAÇÃO: Neste Domingo da Alegria, acrescentar aos elementos já
existentes (vaso/luz/círio, água, terra e um saco de sementes), um saco com
adubo.

EVANGELHO Lc 3, 10-18 nos. Recordemos o sentido do Advento: e que não tem nada de directamente
Evangelho de Nosso Senhor Cristo preparação do Natal de Jesus Cristo, religioso. Trata-se de assumir a sua
segundo São Lucas anúncio da presença gozosa de Deus na própria humanidade e a dos outros, de
Naquele tempo, as multidões nossa vida, a certeza da vinda definitiva dominar os seus próprios apetites, de
LITURGIA da palavra perguntavam a João Baptista: “Que
devemos fazer?”. Ele respondia-lhes:
do Salvador para instaurar a plenitude
do Reino de Deus. Por isso, Advento é
assumir os seus limites e de ter como
medida da sua liberdade a liberdade
“Quem tiver duas túnicas reparta com o tempo por excelência da esperança dos outros” (Luciano Manicardi). Eis
LEITURA I Sof 3, 14-18a quem não tem nenhuma; e quem tiver cristã. É esse dom divino da esperança o itinerário para todos os que aceitam
Leitura da Profecia de Sofonias mantimentos faça o mesmo”. Vieram que nos dá a coragem para ultrapassar um processo de conversão para acolher
Clama jubilosamente, filha de Sião; solta também alguns publicanos para serem todas as situações de desânimo próprias o Salvador nos seus corações!
brados de alegria, Israel. Exulta, rejubila baptizados e disseram: “Mestre, que da fragilidade da condição humana. A exigência contida nas respostas é,
de todo o coração, filha de Jerusalém. devemos fazer?”. João respondeu-lhes: na realidade, uma boa notícia: os que
O Senhor revogou a sentença que te “Não exijais nada além do que vos foi “Mestre, que devemos fazer?” vivem segundo esses ensinamentos
condenava, afastou os teus inimigos. O prescrito”. Perguntavam-lhe também os A passagem do Evangelho segundo estão preparados para receber o
Senhor, Rei de Israel, está no meio de ti soldados: “E nós, que devemos fazer?”. Lucas proposta para o Terceiro Messias que vem renovar o coração,
e já não temerás nenhum mal. Naquele Ele respondeu-lhes: “Não pratiqueis Domingo de Advento (Ano C) não renovar o mundo. Esta boa nova
dia, dir-se-á a Jerusalém: “Não temas, violência com ninguém nem denuncieis tem paralelo com outros textos é fonte de paz interior e de serena
Sião, não desfaleçam as tuas mãos. O injustamente; e contentai-vos com o evangélicos. Trata-se de um alegria. Permite começar, desde já, a
Senhor teu Deus está no meio de ti, como vosso soldo”. Como o povo estava na ensinamento ético, apoiado numa saborear a presença divina.
poderoso salvador. Por causa de ti, Ele expectativa e todos pensavam em seus estrutura de pergunta e resposta,
enche-Se de júbilo, renova-te com o seu corações se João não seria o Messias, em diálogo com João Baptista. Há Avaliar
amor, exulta de alegria por tua causa, ele tomou a palavra e disse a todos: diversidade de interlocutores, mas a Nem sempre estamos disponíveis, mas
como nos dias de festa”. “Eu baptizo-vos com água, mas está a pergunta é sempre a mesma: “Mestre, o ser humano precisa de tempos de
chegar quem é mais forte do que eu, e que devemos fazer?”. reflexão sobre o sentido das opções,
Salmo responsorial eu não sou digno de desatar as correias Nas personagens que interrogam sobre o caminho a seguir nos mais
Salmo 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 6) das suas sandálias. Ele baptizar-vos-á o Baptista (multidões, publicanos, diversos âmbitos da existência. Há
Refrão: Exultai de alegria, com o Espírito Santo e com o fogo. Tem soldados) podemos ver espelhadas momentos em que percebemos o
porque é grande no meio de vós na mão a pá para limpar a sua eira e as actuais diversificadas situações da benefício da mudança. Mas nem todos
o Santo de Israel. recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, vida. Não existe uma resposta única conseguimos entrar nesse processo
porém, queimá-la-á num fogo que não válida para todos. E, mais do que de renovação e conversão. Em modo
LEITURA II Filip 4, 4-7 se apaga”. Assim, com estas e muitas “coisas a fazer”, o apelo direcciona para de oração, acolho a pergunta: O que
Leitura da Epístola do apóstolo São outras exortações, João anunciava ao a liberdade da condição pessoal, tendo avalio como urgente fazer ainda para me
Paulo aos Filipenses povo a Boa Nova. como horizonte, não o próprio, mas o preparar interiormente bem para deixar
Irmãos: Alegrai-vos sempre no Senhor. outro. germinar em mim o Salvador neste
Novamente vos digo: alegrai-vos. Seja As respostas sugerem uma ética Natal?
de todos conhecida a vossa bondade. marcada pela justa aquisição e bom
O Senhor está próximo. Não vos REFLEXÃO uso dos bens. Não é uma mensagem Reflexão preparada por Laboratório
inquieteis com coisa alguma; mas em inovadora, mas resume bem as da Fé in www.laboratoriodafe.net
todas as circunstâncias, apresentai os Dizei aos desanimados: Tende coragem e indicações propostas pelos profetas e
vossos pedidos diante de Deus, com não temais. pelas leis divinas, segundo a tradição
orações, súplicas e acções de graças. Eis o nosso Deus que vem salvar-nos. recolhida pelo Antigo Testamento.
E a paz de Deus, que está acima de cf. Isaías 35, 4 “João não pede gestos radicais, como
toda a inteligência, guardará os vossos fará Jesus, não pede que deixem
corações e os vossos pensamentos em A meio do tempo de Advento destaca- tudo e o sigam, mas mostra um
Cristo Jesus. se uma mensagem que visa reforçar a nível imprescindível e perene da
esperança e a alegria. Deus vem salvar- conversão, um nível muito humano
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Eucologia Viver na esperança Sugestão de cânticos


Orações presidenciais: Orações próprias do III Vamos, nesta semana, ter um gesto concreto — Entrada: Alegrai-vos sempre no Senhor , F.
Domingo do Advento (Missal Romano, 117) com uma pessoa ou família. Fazer algo muito Santos
Prefácio: Prefácio de Advento I/A (Missal concreto por alguém. — Apresentação dos Dons: Alegrai-vos sempre no
Romano, 454) Senhor, F. Santos
Oração Eucarística: Oração Eucarística III — Comunhão: Eis que vem o nosso Rei, F. Silva
(Missal Romano, 529ss) — Final: Cantai um cântico novo, J. Santos

Elementos nesta alegria, precisamos de manter com o sacramento do perdão, para que partilha, à alegria e ao perdão, dizendo
viva esta esperança. Por isso, vamos frutifique uma vida nova, alegre, pacífica e cheios de confiança:
celebrativos adubar o terreno da nossa vida, para sem mancha. R. Senhor, fazei-nos crescer na alegria e
a destacar fazer crescer em todos a esperança da na esperança!
vinda do Salvador. 1. Envio missionário
Ser comunidade acolhedora V. Ide: sede testemunhas da alegria que o 1. Para que no rosto da Igreja e dos seus
Equipa de acolhimento Ser comunidade missionária Pai vos concede. filhos transpareça a alegria do Evangelho
Este passo da caminhada de Advento pode 1. Homilia/Catequese R. Ámen. que os anima e a bondade do Espírito que
ser uma oportunidade para promover na . O que avalio como urgente fazer ainda V. Ide: exultai de alegria pela os conduz à esperança, oremos.
comunidade as equipas de acolhimento para para me preparar interiormente bem para proximidade da vinda de Jesus Cristo,
as celebrações da Eucaristia. Uma equipa deixar germinar em mim o Salvador neste nosso Salvador. 2. Para que os homens do poder e da
estará a saudar e dar as boas vindas aos fiéis Natal? R. Ámen. riqueza não pratiquem violências com
que chegam, com um sorriso, uma palavra. . A Palavra de Deus deste Domingo faz um V. Ide: alegrai-vos com os frutos que o ninguém, mas sejam justos e repartam
convite veemente à alegria e à esperança: Espírito Santo gera em vós para uma com os que nada têm, oremos.
Ritos iniciais “não temas”, “o Senhor teu Deus está no verdadeira preparação do Natal.
Ao celebrar a proximidade do Natal, neste meio de ti” e “exulta de alegria por tua R. Ámen. 3. Para que os que vão festejar este
Domingo da Alegria, o presidente deverá causa”. Deus vem de novo ao encontro do Natal se disponham a uma verdadeira
cantar a saudação inicial da celebração. Além seu Povo para lhe oferecer o seu perdão, a conversão do coração e se abram à paz
disso, deverá colocar, durante a introdução alegria, a paz, bastando, para isso, a nossa Oração Universal que vem de Cristo, oremos.
ao espírito celebrativo, o adubo no terreno abertura de coração e conversão.
cultivado, com estas ou outras palavras . João Baptista, no Evangelho, indica qual Irmãs e irmãos, à pergunta que fizeram a 4. Para que todos os que sofrem e
semelhantes: o caminho para uma verdadeira conversão João Baptista: “Mestre, que devemos fazer?”, desanimam encontrem corações que
Alegrai-vos e exultai! O nosso Salvador mais agradável a Deus: fazei obras de João respondeu: “quem tiver duas túnicas os acolham e mãos amigas que se lhes
está próximo de nós para nos renovar arrependimento, praticai a caridade, a reparta com quem não tem nenhuma; e estendam, oremos.
com o seu amor. Todos estamos alegres solidariedade e a justiça; não useis de quem tiver mantimentos faça o mesmo”.
e expectantes para acolhermos o violência. Aproveitemos este tempo de Peçamos, para nós e para o mundo inteiro, (...)
Messias. Mas para não desfalecermos Advento para adubarmos a nossa vida a graça de termos um coração aberto à
8  IGREJA VIVA  //  QUINTA-FEIRA | 6 DE DEZEMBRO | 2018 

Concerto Solidário em barcelos doa Agenda


alimentos aos mais necessitados FM 101.1 Mhz
AM 576Khz.

É já este Sábado, dia 8 de De-


zembro, que tem lugar na Igreja 7 dez
de Santo António, em Barcelos,
ESPAÇO
um Concerto Solidário de reco- CONCE
VITA

R
DE NATATO
lha de alimentos para o GASC
(Grupo de Acção Social Cristã), L
21H30
uma IPSS local. O concerto co-
meça às 21h30.
Organizado pelo Grupo ADO-
NAI – um grupo de jovens da
comunidade dos Francisca-
nos Capuchinhos –, o concerto Sexta-feira, das 23h00 às 24h00
conta com actuações do Grupo
de Jovens de Santiago de Ca- O programa Ser Igreja entrevista esta
rapeços (KYRIOS), do Grupo semana o Pe. Tiago Freitas sobre o
Shallom de Barcelos e da Fa- seu livro “Colégio de Paróquias”.
mília ADONAI, formada por ex- A entrada no concerto é li-
-elementos do Grupo ADONAI.
Na Igreja de Santo António vai
vre, pedindo-se em troca ape-
nas alimentos para entre-
8 DEZ
BASÍLIC
Livraria
também ecoar a voz de Diana gar ao GASC, uma instituição A DOS
diário do minho
LANÇAM
CONGR
EGADO

livro da
S

"COLÉG ENTO:
Isabel Martins, jovem barce- de solidariedade social que
lense vencedora da edição para apoia várias famílias e pessoas
PARÓQU IO DE
semana
crianças do concurso A Tua Ca- em especial necessidade em
ra Não Me É Estranha. Barcelos. IAS"
18H 15

10% 16,50€
"Do Clique ao Toque" está de volta
Desconto

O IV encontro “Do Clique ao Hugo Martins, Ir. Jaime Barbo- Papa


Toque” está de volta e realiza-
-se nos dias 26 de Janeiro e 9
sa e Pe. Rui Alberto.
“Este evento tem como objec-
9 dez francisco
a de amor
BASÍLIC
de Fevereiro, no Campus Ca- tivo debater o ensino religioso A DOS

CELEBR
CONGR
EGADO

DO CRIS AÇÃO
S
mões da Universidade Católi- nas escolas, bem como divul-

FIÉIS SU MA DE
ca Portuguesa, em Braga. gar práticas de ensino com re-
Esta edição conta com os con- curso às tecnologias emergen-
ferencistas Gemma Serrano, tes e resultados de investigação
RDOS
12H 00
da Universidade de Notre- sobre a utilização do digital em
-Dame, Bruno Nobre, da UCP contexto educativo”, explicou a
e Ana Amélia Carvalho, da organização. Este livro recolhe em forma de dicionário
Universidade de Coimbra. O As inscrições podem ser reali- algumas das mais belas frases e
encontro também inclui co- zadas através do site “Do Clique ensinamentos do Sumo Pontífice.
“Nenhuma voz permanece por si mesma,
municações e workshops, di- ao Toque”, tendo preços reduzi-
mas cada uma se refere a outra, em uma
namizados pelos professores dos apenas até ao dia 21 de Ja-
cadeia de significados que ajudam a
Adelina Moura, Idalina Santos, neiro de 2019. encontrar as respostas para as grandes
questões que surgem no decorrer da vida”.
São mensagens simples e
simultaneamente inspiradoras.
Director: Damião A. Gonçalves Pereira · Coordenação: Departamento Arquidiocesano
da Comunicação Social (Pe. Paulo Terroso, Pe. Tiago Freitas, João Pedro Quesado) Fale connosco no
Design: Romão Figueiredo · Multimédia: Ana Marques Pinheiro · Contacto: comunicacao@arquidiocese-braga.pt * Na entrega deste cupão. Campanha válida
de 6 a 13 de Dezembro de 2018.

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