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INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Luísa Theme
Nutricionista
Grupo de Interesse Especial Tel@ Amazonia:
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA PRIMEIRA INFANCIA
themeluisa@gmail.com

Financiamento: 443182/2016-7
MARIA LUÍSA MIRANDA THEME
• Graduação: Nutrição. Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ/1984)
• Mestrado: Ciências de Alimentos. Universidade Federal do
Amazonas (UFAM/2002)
• Instituto Nacional de Pesquisa da Amazonia (INPA/ 2002)
• Docente do curso de graduação em Nutrição e Enfermagem. Centro
Universitário Nilton Lins – Manaus – AM ( UNINILTONLINS
2002/2006)
• Especialização: Obesidade e Emagrecimento. Universidade Gama
Filho (UGF / 2013) RJ
• Centro de Atenção Integral a Melhor Idade .CAIMI. SUSAM/Manaus,
AM (2002-2006)
• Centro de Referência de Saúde da Família Policlínica Anna Barreto -
SEMSA – Secretaria Municipal de Saúde de Manaus – Manaus ,AM
(2005-2006)
• Grupo de Pesquisa em Saúde Materna e Infantil da Maternidade
Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro GPSMI(UFRJ/
2008-2011)
• Membro do Núcleo de Pesquisa em Micronutrientes (NPqM) /
Grupo de Pesquisa em Saúde Materna e Infantil (GPSMI) do
Instituto de Nutrição Josué de Castro – INJC/UFRJ (2008-2011)
• Nutricionista do Hospital Universitário Pedro Ernesto. HUPE/RJ
(2012-2013)
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

1. Situação da criança indígena < 5 anos:


• Panorama da alimentação;
• Hospitalização por diarreia e IRA;

2. Recomendações Nutricionais;

3.Desafios;

4.Propostas de melhoria do estado nutricional.


INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

1. Situação da criança indígena < 5 anos


Panorama da alimentação
• Disponibilidade de dados bastante limitada sobre os perfis de saúde indígena

• (Coimbra Jr. e Santos, 2000, p. 131)

Trata-se aqui do que já foi caracterizado como uma “danosa invisibilidade,


demográfica e epidemiológica” dos povos indígenas no Brasil

Fonte: saude_indigena_uma_introducao_tema.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

• (Verdun, 1994; INESC/PETI-MN/ANAÍ-BA, 1995) primeiro e segundo “Mapas da


Fome em Terras Indígenas”, buscaram identificar a ocorrência de fome e escassez
de alimentos ;
• Coimbra Jr. & Santos (2000), Santos & Coimbra Jr. (2003), Leite et al. (2007) e Lício
(2009);
• 2007 - O SISVAN Indígena;
• SIASI (Sistema de Informações sobre Saúde Indígena) não disponibiliza
informações atualizadas sobre os perfis de nutrição dos povos indígenas;
• SISVAN - Descreve as coberturas atingidas e as prevalências encontradas para
diversos indicadores, sem o aprofundamento necessário às análises;
• (2009) Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas (estudo de
representatividade nacional).

Fonte: saude_indigena_uma_introducao_tema.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

(2008-2009) Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas

ACHADOS

• Déficit de peso para idade: < 5 anos mais elevado na região Norte (11,4%)
• Déficit de estatura: (41,1%) região Norte
• Anemia : (51,3%) todas as macrorregiões
• Regiao Norte: a prevalência entre as crianças indígenas foi cerca de seis vezes maior (66,0%
vs 10,4%) do que a observada na PNDS
• Tuberculose, malária, doenças parasitarias

Fonte: Relatório Final (Análise dos dados) nº 7


INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

(Gugelmin, 2001) Transição nutricional ¨polarização do estado nutricional¨

LIMITAÇÕES DOS ESTUDOS

• Reduzido número de pesquisas sobre o tema;


• Soma-se o grande número de etnias;
• Caráter local da maior parte dos levantamentos;
• Diferenças nos métodos utilizados pelos mesmos.

ACHADOS
• Elevada prevalência de baixa estatura para idade entre menores de cinco anos
• Martins & Menezes Parakanã (PA) 1991 50,6% déficit est/idade;
• Leite et al. Pakaanóva-Warí (RO) 2003 62,7 % ;

(Gugelmin e Santos, 2001; Morais et al., 2003; Morais, Alves, Fagundes Neto, 2005;
Baruzzi et al., 2001; Orellana et al., 2006; Lourenço, 2006).
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

• Alguns estudos recentes têm revelado que as gastroenterites podem responder por
quase metade das internações hospitalares de crianças indígenas e por até 60% das
mortes em crianças menores de um ano (Escobar et al. 2003; Lunardi et al., 2007;
Orellana et al., 2007).

• Entre crianças indígenas menores de 1 ano de idade, a mortalidade por IRA chega a
ser 2 vezes maior do que em crianças não indígenas (Simen et al., 2009).

• Entre os Xavánte, 74% das crianças menores de 10 anos tiveram anemia


diagnosticada, percentual que se elevava a 97% entre os 6 e 24 meses (Leite et al.,
2003). Nesta mesma faixa etária, 82% das crianças Guaraní (Serafim, 1997), 86% das
Teréna (Morais et al., 2000) e 92% das Suruí encontravam-se anêmicas (Orellana et al.,
2006).
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Situação Nutricional

1 – A desnutrição energético-protéica em crianças continua sendo um problema de saúde


pública, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, nas áreas rurais e em grupos menos
privilegiados.
2 – O principal tipo de desnutrição é o retardo no crescimento linear, reflexo de períodos
prolongados de alimentação deficiente e episódios freqüentes de infecções.
3 – A proporção de crianças com baixo peso ao nascer é alta.
4 – Os índices de obesidade estão aumentando.
5 – A anemia é altamente prevalente em todas as regiões, especialmente em populações
de baixa renda.

Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_criancas_menores_2anos.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Panorama da alimentação – Fatores Agravantes

• Circunscrição territorial;
• Progressivo esgotamento dos recursos naturais disponíveis;
• Rápido crescimento demográfico;
• Presença de posseiros;
• Demarcação das áreas após intensa exploração pela atividade agropecuária
• Retirada ilegal de recursos das reservas por não índios;
• Degradação ambiental resultante de atividades como a mineração, o desmatamento e o
uso de agrotóxicos;
• Mudanças nos estilos de vida, perfis de morbidade e mortalidade caracterizados pelo
predomínio de doenças infecciosas;
• Condições sanitárias precárias, resultam em ambientes amplamente desfavoráveis não
apenas para o crescimento infantil.

Fonte: saude_indigena_uma_introducao_tema.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE CRIANÇAS <5 ANOS HOSPITALIZADAS POR MACRO REGIÃO

DIARREIA IRA/PNEUMONI MALARIA


LOCAL
% A% %
NORTE 8,0 9,0 0,5
CENTRO -
11,8 10,9 0,1
OESTE
NORDESTE 3,4 4,8 0,0
SUL/SUDESTE 5,6 11,0 0,1
BRASIL 7,1 9,0 0,2

Fonte: Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas, Brasil, 2008-2009.
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Faixas etárias:

0 m < 6m AME ( excepcionalmente) mãe soropositiva,


óbito materno, doenças infecto contagiosas
6m – 12 m Aleitamento Materno +
12m – 24 m Alimentação Complementar
>24 m < 5 anos Alimentação da familia
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Nas seguintes situações o aleitamento materno não deve ser


recomendado:
• Mães infectadas pelo HIV;
• Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2;
• Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação.
• antineoplásicos e radiofármacos. (BRASIL, 2010b)
• Criança portadora de galactosemia

Recomenda-se a interrupção temporária da amamentação:


• Infecção herpética, varicela, Doença de Chagas (na fase aguda da doença )
• Consumo de drogas de abuso: anfetaminas, ecstasy, cocaína, maconha e
opióides não são contraindicadas durante a amamentação.
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

De 0 – 6 m

• O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que
nos primeiros 6 meses, o bebê receba somente leite materno, sem necessidade de sucos,
chás, água e outros alimentos.
• As pesquisas demonstram que a maioria das mães indígenas não apresenta dificuldade
para o início da amamentação.
• Se houver qualquer impedimento ou obstáculo para amamentação, todos os cuidados
devem ser feitos em parceria com o pajé.

Fonte: Manual de Atenção à Saúde da Criança Indígena Brasileira – pág. 43


http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-da-crianca/aleitamento-materno
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Como saber se o leite materno está sendo o suficiente para o recém-nascido?

• Avaliar crescimento e desenvolvimento, considerando uma perda


ponderal normal de até 15% nos primeiros dez dias de vida e a partir daí um ganho de
peso em torno de 20g/dia.

• Considerar todos os aspectos durante o primeiro mês de vida, evitando oferecer


qualquer tipo de alimentação alternativa que possa interferir no sucesso da
amamentação.

Fonte: Manual de Atenção à Saúde da Criança Indígena Brasileira – pág. 45


INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
6 m – 12 m
Após o sexto mês, a criança deve receber duas frutas por dia e nenhuma fruta é contra-indicada.

Exemplos:
• Banana nanica – ½ ud, Abacaxi – ½ fatia (3 porções)
• Leite artificial – 150ml (1 copo americano) 3porções + Leite materno: LIVRE DEMANDA
• Carnes (frango, gado, peixe, porco etc.) e miúdos (50g) – 2 colheres das de sopa Ovo
(50g) – 1 unidade (2 porções)
• Arroz (60g) – 2 colheres das de sopa; Mandioca (70g) – 1 colher das de servir Batata
(100g) – 1 unidade média; Macarrão (50g) – 2 colheres das de sopa; Amido de
milho/farinhas (20g) – 1 colher das de sopa de amido de milho ; Pão francês (25g) – ½
unidade (3 porções)
• Grãos cozidos – 1 colher das de sopa (1porção)
• Óleo vegetal (5g) – 1 colher das de sobremesa
Fonte: Caderno de Atenção Básica, nº 23.Saúde da Criança, aleitamento Materno e Alimentação Complementar Brasilia, 2009
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
12m -24m
• Banana nanica – ½ ud, Abacaxi – ½ fatia (5 porções)
• Leite artificial – 150ml (1 copo americano) 3porções + Leite materno: LIVRE DEMANDA
• Carnes (frango, gado, peixe, porco etc.) e miúdos (50g) – 2 colheres das de sopa Ovo
(50g) – 1 unidade (2 porções)
• Arroz (60g) – 2 colheres das de sopa Mandioca (70g) – 1 colher das de servir Batata
(100g) – 1 unidade média; Macarrão (50g) – 2 colheres das de sopa; Amido de
milho/farinhas (20g) – 1 colher das de sopa de amido de milho ; Pão francês (25g) – ½
unidade (5 porções)
• Grãos cozidos – 1 colher das de sopa (1porção)
• Óleo vegetal (5g) – 1 colher das de sobremesa

Fonte: Caderno de Atenção Básica, nº 23.Saúde da Criança, aleitamento Materno e Alimentação Complementar Brasilia, 2009
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS

>24m – < 5anos

•Alimentação da família

•A partir de 2 anos utiliza-se o Guia Alimentar da População Brasileira

Fonte: MS (2014)
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Esquema alimentar para crianças menores de 2 anos não amamentadas

< 4m 4-8m >8m


manhã Alim. lactea leite +cereal / tuberculo leite +cereal / tuberculo

intervalo Alim. lactea papa de fruta fruta


Papa salgada ou refeição da
almoço ¨ Papa salgada
familia
lanche ¨ Papa de fruta Fruta/pão/bolacha s/recheio
Papa salgada ou refeição da
Jantar ¨ Papa salgada
familia
Noite ¨ Leite+cereal / tuberculo Leite+cereal / tuberculo
Fonte: MS (2014)
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Esquema alimentar para crianças menores de 2 anos não amamentadas

É importante!

1.Lavar as mãos em água corrente e sabão antes de preparar e oferecer a alimentação


para a criança;

2.Manter os alimentos sempre cobertos;

3.Usar água tratada, fervida e filtrada para oferecer à criança e também para o preparo das
refeições;

4.Não oferecer à criança sobra de alimentos da refeição anterior.


Fonte: MS (2013-2014)
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Alimentação complementar

• É a oferta de alimentos à criança que recebe leite materno, no momento em que o AME
não é capaz de suprir as necessidades nutricionais da criança

• É determinante direto da sobrevivência, do crescimento e desenvolvimento da criança

• É fornecer energia, proteínas, vitaminas e sais minerais

Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro. 2009.
Pag. 301
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Alimentação complementar deve ser:

• OPORTUNA – Aumento das necessidades energéticas;


• ADEQUADA – fornecimento adequado de micro e macro nutrientes;
• SEGURA – armazenamento e preparo de forma higiênica, não utilização de mamadeiras
e chupetas.

Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro.
2009. Pag. 302
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Esquema alimentar para crianças menores de 2 anos não amamentadas

Sugestões para as diferentes combinações de papas salgadas.

Região Norte

1. Açaí com farinha de tapioca e peixe desfiado;


2. Peixe com alfavaca e papa de batata com pupunha;
3. Arroz e feijão com tucumã e frango desfiado;
4. Carne desfiada com maxixe e mandioca.

Fonte: MS (2013-2014)
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
10 passos da alimentação saudável para crianças menores de 2 anos de idade

Passo 1 - Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou
qualquer outro alimento.
Passo 2 - A partir dos 6 meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos,
mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
Passo 3- A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares três vezes ao dia, se a
criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada.
Passo 4- A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários,
respeitando-se sempre a vontade da criança.
Passo 5 -A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de
colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente,
aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Passo 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma


alimentação variada é uma alimentação colorida.
Passo 7 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes
nas refeições.
Passo 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas,
salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de
vida. Usar sal com moderação.
Passo 9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos;
garantir o armazenamento e a conservação adequados.
Passo 10 - Estimular a criança doente e convalescente a se
alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus
alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

Fonte: MS (2002)
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Tecnicas de alimentação complementar

• Recomendar utilização dos vários grupos alimentares:


• ENERGIA: arroz, macarrão, farinha de mandioca, batata;
• PTN AVB Fe e Zn: carnes bovina, caça, frango, peixe, ovos e vísceras;
• VITAMINAS E MINERAIS: Frutas e verduras.

EVITAR:

Café, chá, refrigerante, consumo excessivo de sucos, leite de vaca ( no 1º. ano de
vida), chocolate, açúcar refinado, alimentos que possam provocar engasgo, mel
(criança menor de 1 ano – Clostridium botulinum).

Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro. 2009. Pag. 306
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Utensilios: colher, prato, copo (permite treino a coordenação, preensão de objetos e


conhecimentos de texturas)
Utilizar condimentos naturais: cebola, sal ( qtdes mínimas)
Em caso de doença: aumentar fluidos, frequência da amamentação, alterar a consistência
– purês.

HIGIENE:
Das mãos: com água e sabão
Dos utensílios
Das frutas e verduras
Ao provar o alimento com colher, lava-la
Não assoprar os alimentos qdo servidos a criança

Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro. 2009.
Pag. 310
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS COMPLEMENTARES

1º. DIA: arroz, macaxeira ou batata


2º. DIA: abobora ou fruta
3º. DIA: carne, peixe, frango, feijão
A partir do 4º. Dia: mistura de um alimento de cada grupo
Consistência: pastosa, peneira ou garfo
Posteriormente: picados, desfiados
Alimentação da família: exceto alto teor de gordura saturada, sódio, açúcar

Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro. 2009. Pag. 307
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

RISCOS ASSOCIADOS A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

• Maior prevalência de doenças diarreicas


• Contaminação microbiana dos alimentos está relacionada a:
Ausência de sanitário na residência
Não utilização de sanitários pelas crianças
Presença de caso de diarreia no domicilio
Utilização de mamadeiras

• Alergias alimentares
Curto período de aleitamento materno
Introdução precoce de alimentos com potencial alergênico

Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro. 2009. Pag. 304
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS

• Antes do primeiro ano de vida não é recomendado o oferecimento de açúcar, pois a


criança está formando seus hábitos alimentares, que perpetuarão para a vida toda. Sabe-
se que os alimentos oferecidos nos primeiros anos de vida, com freqüência, passam a
fazer parte do hábito alimentar.
• Oferecer alimentos adicionados de açúcar ou alimentos com grandes quantidades de
energia faz com que a criança se desinteresse pelos cereais, verduras e legumes,
alimentos que têm outros sabores e são fontes de nutrientes importantes.

Fonte: Caderno de Atenção Básica, nº 23.Saúde da Criança, aleitamento Materno e Alimentação Complementar Brasilia, 2015
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Desafios
SUS:

DOENÇAS CRONICAS

DOENÇAS INFECTO AGRAVOS POR CAUSAS


CONTAGIOSAS E EXTERNAS
DESNUTRIÇÃO
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Desafios

• Conduzir adequadamente processo do contexto da alimentação complementar


auxiliando a mãe e os cuidadores da criança de forma adequada

• Estar atento às necessidades da criança, da mãe e da família, acolhendo dúvidas,


preocupações, dificuldades, conhecimentos prévios e também os êxitos

• Empatia e a disponibilidade do profissional, integração da equipe de saúde, no


acolhimento e nas orientações repassadas

Fonte: Série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção Básica – n.º 23, Brasilia.2009
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

PROPOSTAS DE MELHORIAS DA SAUDE DA CRIANÇA

Para o enfrentamento desse cenário, é emergente:

• Ampliação de ações intersetoriais que repercutam positivamente sobre os diversos


determinantes da saúde e nutrição.

• Promoção da alimentação adequada e saudável, pela Política Nacional de Alimentação


e Nutrição (PNAN) e na Política Nacional de Promoção da Saúde.

Fonte: MS (2014)
bvms.saúde.gov.br/bvs/publicações/guia_alimentar_população_brasileira_2ed.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

PROPOSTAS DE MELHORIAS DA SAUDE DA CRIANÇA


Faz-se necessário:

• Conhecimento do perfil nutricional antes, durante e após a implementação das


intervenções.

• Monitoramento das atividades, a avaliação dos resultados obtidos e o aprimoramento e


redirecionamento dos programas e ações de saude

• Acompanhamento – como o registro de dados de peso e estatura ou comprimento no


atendimento em postos de saúde e em visitas domiciliares por Agentes Indígenas de
Saúde ou outros profissionais de saúde

• Identificação da ocorrência de mudanças nas condições nutricionais da população, bem


como o caráter das mesmas.
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

REFLEXÕES

• Dificuldade de percepção (entre povos indígenas), das mudanças de tendências pela


carência de dados consistentes sobre a saúde e nutrição indígena

• Quantidade insuficiente de informações disponíveis nos serviços de saúde que limita


os resultados de ações e o implemento das politicas e programas

• Estado nutricional – boas condições de saúde, alimentação e nutrição

• O perfil nutricional - indicador das condições de vida da população

Fonte: saude_indigena_uma_introducao_tema.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Quais as consequências?

• Desnutrição > doenças infecciosas > óbito;

• Obesidade > DCV> DM e outros tipos de doenças.

X
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA

Exemplo de alimentos consumidos pelos Baniwa

1. vegetais
• Buriti, wará, umari, ucuqui, açaí, patawá, bacaba (vitaminas, minerais e fibras);
• Cará, batata, cucura, cana, abacaxi, abiu e mandioca;
• Beiju, farinha, goma, tapioca, curadá e massoca (fontes de carboidratos).

2. Ptn de origem animal


• Peixe, quelônios, uirapuca, jacaré, rã, macaco, anta, cutia, paca, veado;

3. Insetos
• Formigas (maniwara e saúva).

Fonte: saude_indigena_uma_introducao_tema.pdf
O sucesso da alimentação complementar depende de paciência, afeto e suporte por
parte da mãe e de todos os cuidadores da criança. Toda a família deve ser estimulada a
contribuir positivamente nessa fase. Se durante o aleitamento materno exclusivo a
criança é mais intensamente ligada à mãe, a alimentação complementar permite maior
interação do pai, dos avôs e avós, dos outros irmãos e familiares, situação em que não
só a criança aprende a comer, mas também toda a família aprende a cuidar da
alimentação. Tal interação deve ser ainda mais valorizada em situações em que a mãe,
por qualquer motivo, não é a principal provedora da alimentação à criança. Assim, o
profissional de saúde deve ser hábil em reconhecer novas formas de organização
familiar e ouvir, demonstrar interesse e orientar todos os cuidadores da criança, para
que ela compreenda sua alimentação como ato prazeroso, o que evita, precocemente, o
aparecimento de possíveis transtornos psíquicos e distúrbios nutricionais.

Fonte: Ministério da Saúde | Secretaria de Atenção à Saúde | Departamento de Atenção Básica


O QUE SE ESPERA?

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