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Luísa Theme
Nutricionista
Grupo de Interesse Especial Tel@ Amazonia:
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA PRIMEIRA INFANCIA
themeluisa@gmail.com
Financiamento: 443182/2016-7
MARIA LUÍSA MIRANDA THEME
• Graduação: Nutrição. Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ/1984)
• Mestrado: Ciências de Alimentos. Universidade Federal do
Amazonas (UFAM/2002)
• Instituto Nacional de Pesquisa da Amazonia (INPA/ 2002)
• Docente do curso de graduação em Nutrição e Enfermagem. Centro
Universitário Nilton Lins – Manaus – AM ( UNINILTONLINS
2002/2006)
• Especialização: Obesidade e Emagrecimento. Universidade Gama
Filho (UGF / 2013) RJ
• Centro de Atenção Integral a Melhor Idade .CAIMI. SUSAM/Manaus,
AM (2002-2006)
• Centro de Referência de Saúde da Família Policlínica Anna Barreto -
SEMSA – Secretaria Municipal de Saúde de Manaus – Manaus ,AM
(2005-2006)
• Grupo de Pesquisa em Saúde Materna e Infantil da Maternidade
Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro GPSMI(UFRJ/
2008-2011)
• Membro do Núcleo de Pesquisa em Micronutrientes (NPqM) /
Grupo de Pesquisa em Saúde Materna e Infantil (GPSMI) do
Instituto de Nutrição Josué de Castro – INJC/UFRJ (2008-2011)
• Nutricionista do Hospital Universitário Pedro Ernesto. HUPE/RJ
(2012-2013)
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
2. Recomendações Nutricionais;
3.Desafios;
Fonte: saude_indigena_uma_introducao_tema.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
Fonte: saude_indigena_uma_introducao_tema.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
ACHADOS
• Déficit de peso para idade: < 5 anos mais elevado na região Norte (11,4%)
• Déficit de estatura: (41,1%) região Norte
• Anemia : (51,3%) todas as macrorregiões
• Regiao Norte: a prevalência entre as crianças indígenas foi cerca de seis vezes maior (66,0%
vs 10,4%) do que a observada na PNDS
• Tuberculose, malária, doenças parasitarias
ACHADOS
• Elevada prevalência de baixa estatura para idade entre menores de cinco anos
• Martins & Menezes Parakanã (PA) 1991 50,6% déficit est/idade;
• Leite et al. Pakaanóva-Warí (RO) 2003 62,7 % ;
(Gugelmin e Santos, 2001; Morais et al., 2003; Morais, Alves, Fagundes Neto, 2005;
Baruzzi et al., 2001; Orellana et al., 2006; Lourenço, 2006).
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
• Alguns estudos recentes têm revelado que as gastroenterites podem responder por
quase metade das internações hospitalares de crianças indígenas e por até 60% das
mortes em crianças menores de um ano (Escobar et al. 2003; Lunardi et al., 2007;
Orellana et al., 2007).
• Entre crianças indígenas menores de 1 ano de idade, a mortalidade por IRA chega a
ser 2 vezes maior do que em crianças não indígenas (Simen et al., 2009).
Situação Nutricional
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_criancas_menores_2anos.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
• Circunscrição territorial;
• Progressivo esgotamento dos recursos naturais disponíveis;
• Rápido crescimento demográfico;
• Presença de posseiros;
• Demarcação das áreas após intensa exploração pela atividade agropecuária
• Retirada ilegal de recursos das reservas por não índios;
• Degradação ambiental resultante de atividades como a mineração, o desmatamento e o
uso de agrotóxicos;
• Mudanças nos estilos de vida, perfis de morbidade e mortalidade caracterizados pelo
predomínio de doenças infecciosas;
• Condições sanitárias precárias, resultam em ambientes amplamente desfavoráveis não
apenas para o crescimento infantil.
Fonte: saude_indigena_uma_introducao_tema.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
Fonte: Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas, Brasil, 2008-2009.
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
Faixas etárias:
De 0 – 6 m
• O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que
nos primeiros 6 meses, o bebê receba somente leite materno, sem necessidade de sucos,
chás, água e outros alimentos.
• As pesquisas demonstram que a maioria das mães indígenas não apresenta dificuldade
para o início da amamentação.
• Se houver qualquer impedimento ou obstáculo para amamentação, todos os cuidados
devem ser feitos em parceria com o pajé.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
6 m – 12 m
Após o sexto mês, a criança deve receber duas frutas por dia e nenhuma fruta é contra-indicada.
Exemplos:
• Banana nanica – ½ ud, Abacaxi – ½ fatia (3 porções)
• Leite artificial – 150ml (1 copo americano) 3porções + Leite materno: LIVRE DEMANDA
• Carnes (frango, gado, peixe, porco etc.) e miúdos (50g) – 2 colheres das de sopa Ovo
(50g) – 1 unidade (2 porções)
• Arroz (60g) – 2 colheres das de sopa; Mandioca (70g) – 1 colher das de servir Batata
(100g) – 1 unidade média; Macarrão (50g) – 2 colheres das de sopa; Amido de
milho/farinhas (20g) – 1 colher das de sopa de amido de milho ; Pão francês (25g) – ½
unidade (3 porções)
• Grãos cozidos – 1 colher das de sopa (1porção)
• Óleo vegetal (5g) – 1 colher das de sobremesa
Fonte: Caderno de Atenção Básica, nº 23.Saúde da Criança, aleitamento Materno e Alimentação Complementar Brasilia, 2009
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
12m -24m
• Banana nanica – ½ ud, Abacaxi – ½ fatia (5 porções)
• Leite artificial – 150ml (1 copo americano) 3porções + Leite materno: LIVRE DEMANDA
• Carnes (frango, gado, peixe, porco etc.) e miúdos (50g) – 2 colheres das de sopa Ovo
(50g) – 1 unidade (2 porções)
• Arroz (60g) – 2 colheres das de sopa Mandioca (70g) – 1 colher das de servir Batata
(100g) – 1 unidade média; Macarrão (50g) – 2 colheres das de sopa; Amido de
milho/farinhas (20g) – 1 colher das de sopa de amido de milho ; Pão francês (25g) – ½
unidade (5 porções)
• Grãos cozidos – 1 colher das de sopa (1porção)
• Óleo vegetal (5g) – 1 colher das de sobremesa
Fonte: Caderno de Atenção Básica, nº 23.Saúde da Criança, aleitamento Materno e Alimentação Complementar Brasilia, 2009
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
•Alimentação da família
Fonte: MS (2014)
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
É importante!
3.Usar água tratada, fervida e filtrada para oferecer à criança e também para o preparo das
refeições;
Alimentação complementar
• É a oferta de alimentos à criança que recebe leite materno, no momento em que o AME
não é capaz de suprir as necessidades nutricionais da criança
Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro. 2009.
Pag. 301
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro.
2009. Pag. 302
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
Região Norte
Fonte: MS (2013-2014)
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
10 passos da alimentação saudável para crianças menores de 2 anos de idade
Passo 1 - Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou
qualquer outro alimento.
Passo 2 - A partir dos 6 meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos,
mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
Passo 3- A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares três vezes ao dia, se a
criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada.
Passo 4- A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários,
respeitando-se sempre a vontade da criança.
Passo 5 -A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de
colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente,
aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
Fonte: MS (2002)
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
EVITAR:
Café, chá, refrigerante, consumo excessivo de sucos, leite de vaca ( no 1º. ano de
vida), chocolate, açúcar refinado, alimentos que possam provocar engasgo, mel
(criança menor de 1 ano – Clostridium botulinum).
Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro. 2009. Pag. 306
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
HIGIENE:
Das mãos: com água e sabão
Dos utensílios
Das frutas e verduras
Ao provar o alimento com colher, lava-la
Não assoprar os alimentos qdo servidos a criança
Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro. 2009.
Pag. 310
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro. 2009. Pag. 307
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
• Alergias alimentares
Curto período de aleitamento materno
Introdução precoce de alimentos com potencial alergênico
Fonte: Accioly E, Saunders C, Lacerda E. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Cultura Medica. Rio de Janeiro. 2009. Pag. 304
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Fonte: Caderno de Atenção Básica, nº 23.Saúde da Criança, aleitamento Materno e Alimentação Complementar Brasilia, 2015
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
Desafios
SUS:
DOENÇAS CRONICAS
Desafios
Fonte: Série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção Básica – n.º 23, Brasilia.2009
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
Fonte: MS (2014)
bvms.saúde.gov.br/bvs/publicações/guia_alimentar_população_brasileira_2ed.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
REFLEXÕES
Fonte: saude_indigena_uma_introducao_tema.pdf
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
Quais as consequências?
X
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA 1ª. INFÂNCIA
1. vegetais
• Buriti, wará, umari, ucuqui, açaí, patawá, bacaba (vitaminas, minerais e fibras);
• Cará, batata, cucura, cana, abacaxi, abiu e mandioca;
• Beiju, farinha, goma, tapioca, curadá e massoca (fontes de carboidratos).
3. Insetos
• Formigas (maniwara e saúva).
Fonte: saude_indigena_uma_introducao_tema.pdf
O sucesso da alimentação complementar depende de paciência, afeto e suporte por
parte da mãe e de todos os cuidadores da criança. Toda a família deve ser estimulada a
contribuir positivamente nessa fase. Se durante o aleitamento materno exclusivo a
criança é mais intensamente ligada à mãe, a alimentação complementar permite maior
interação do pai, dos avôs e avós, dos outros irmãos e familiares, situação em que não
só a criança aprende a comer, mas também toda a família aprende a cuidar da
alimentação. Tal interação deve ser ainda mais valorizada em situações em que a mãe,
por qualquer motivo, não é a principal provedora da alimentação à criança. Assim, o
profissional de saúde deve ser hábil em reconhecer novas formas de organização
familiar e ouvir, demonstrar interesse e orientar todos os cuidadores da criança, para
que ela compreenda sua alimentação como ato prazeroso, o que evita, precocemente, o
aparecimento de possíveis transtornos psíquicos e distúrbios nutricionais.