Inicialmente o capitulo começa introduzindo sobre a pericial contábil, onde
informa que o estudo da prova pericial contábil pressupõe desenvolver uma abordagem interdisciplinar, inter-relacionando diversos aspectos do direito Processual Civil com nossa área de estudo. A prova no processo deve ser bastante robusta e eficaz, com força suficiente para trazer a luz da ciência o que não se consegue ver de forma clara dentro dos autos. O perito deve, portanto, estar atento a todos os detalhes e pontos chave da lide judicial. Para se obter êxito no trabalho a realizar deve-se usar de meios eficientes no seu trabalho, buscando investigar com minuciosidade desde a inicial até o momento em que se encontra nos autos os quesitos. O perito tem necessidade de aprender algumas noções fundamentais quanto ao instituto da prova, qual a função da prova, aquém compete o ônus da prova, os meios de prova contábeis disponíveis, bem assim os tipos de prova. Sobre os quais estará desenvolvendo seu mister. A busca da prova pericial contábil materializada no laudo do perito contador na seara jurídica é o exame técnico realizado por um profissional de nível universitário com profundo conhecimento na matéria a ser periciada para dirimir controvérsias em discussões judiciais a respeito de questões sugeridas pelas partes, Ministério Público e Juiz. Ao perito não é permitido externar sua opinião pessoal sobre o que se debate nos autos do processo judicial ou arbitral. Quer se do perito contador o relato dos fatos patrimoniais objeto da lide tal qual os observou, de conformidade com os princípios fundamentais da contabilidade e sua técnica. A função primordial da prova pericial é a de transformar os fatos relativos á lide, de natureza técnica ou científica, em verdade formal, em certeza jurídica. Significando provar os fatos técnicos-científicos, em nossa área de estudo, os fatos patrimoniais. O capitulo segue falando sobre o ônus da prova. Existe ônus da prova quando um determinado comportamento é exigido da parte para alcançar um fim jurídico desejado. O ônus é aquilo que implica uma sobrecarga, que se tornou uma incumbência ou compromisso de alguém, um dever. Daí pode-se concluir que o ônus da prova é a incumbência que a parte possui de demonstrar a verdade de um fato ou de uma alegação feita no processo penal. Já se tratando sobre meios de prova, podemos entender que meio de prova é expressão de duplo significado. Tanto pode designar a atividade do juiz ou das partes para a produção das provas, como também os instrumentos ministrados ao juiz no processo para formar o seu convencimento. De acordo com o art. 332 do CPC, “todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. (verdade formal)”. Dessa forma, o compromisso do juiz é com a verdade formal, revelada pela prova. O CPC admite todos os meios legais, entretanto, especifica em seu art. 342 a 443 diversos tipos de provas, assim como o Código de Processo Penal, nos artigos 158 a 250. De acordo com o art. 332 do CPC, existem provas consideradas moralmente legítimas, que embora não previstas em lei, não ferem os princípios éticos de captação, tais como: escuta telefônica, gravação em meio magnético, filmagens, dentre outras. As provas produzidas com a interveniência de perito são qualificadas pelo Código de Processo Civil como prova pericial, dividida em quatro modalidades: a) exame; b) vistoria; c) arbitramento; e d) avaliação. No segundo capitulo o livro fala sobre o objetivo da perícia contábil. A Perícia tem como objetivo fundamentar as informações demandadas, mostrando a veracidade dos fatos de forma imparcial e merecedora de fé, tornando- se meios de prova para o juiz de direito resolveras questões propostas. A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente. É da regra processual que, no rito ordinário, o autor na inicial deva indicar as provas que pretende produzir, assim como é exigido do réu o mesmo procedimento quando da contestação. Santos afirma que a admissão é ato do juiz, exclusivamente seu, como o é a avaliação ou estimação da prova. Aliás, é ato de direção do processo, que lhe cabe no processo baseado nos princípios do sistema dispositivo e, com mais força de razão, baseado no sistema em que predomina o princípio da autoridade.