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COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM
EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
POSSIBILIDADES PARA INOVAR
NAS PRÁTICAS FORMATIVAS
Manoel dos Santos1
Cristiana Saddy Martins2
Marlene Francisca Tabanez3
Suzana Machado Padua4
o
educação
Revbea, São Paulo, V. 10, N 3 – Anais do IX FBEA: 01-03, 2017. ambiental
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conceituais. A concepção de aprendizagem dialógica está pautada em sete
princípios, a saber: diálogo igualitário, inteligência cultural, transformação,
dimensão instrumental, criação de sentido, solidariedade e igualdade de
diferenças (FLECHA, 1997; AUBERT et al., 2016). A aprendizagem dialógica
representa uma oportunidade para a utilização de “habilidades comunicativas”,
onde a “[...] aprendizagem dos elementos fundamentais de nossa realidade é
focalizada, mas os objetivos a serem alcançados e os conteúdos a serem
desenvolvidos são consensualizados coletivamente entre profissionais, familiares
e estudantes” (MELLO, et al., 2012, p. 65). Os fundamentos e princípios da
aprendizagem dialógica estão sustentados no referencial teórico da ação
comunicativa, de Jurgen Habermas ([1981]2001), a qual parte do pressuposto que
todas as pessoas têm a capacidade de linguagem e ação. E, na abordagem
sociocultural/teoria da ação dialógica, desenvolvida pelo educador brasileiro,
Paulo Freire. Para Freire (1979), a dialogicidade é algo “[...] cheia de curiosidade,
de inquietação e de respeito mútuo entre os sujeitos que dialogam. Comunidade
de Aprendizagem é uma proposta educativa de transformação social e cultural que
inicia na escola, mas que se expande para toda a comunidade a partir da
participação de familiares e voluntários nas decisões e atividades da escolar
(AUBERT et al., 2016). Neste sentido, a Comunidade de Aprendizagem para
formação de professores em educação ambiental representa, conforme Orellana
(2001, p. 44) “[…] un paso significativo hacia importantes cambios educacionales,
entre los que destacan los cambíos en las condiciones de aprendizaje y las
estructuras de formación”. Em educação ambiental, possibilita um processo
reflexivo e profundo que extrapola a sala de aula e favorece a articulação entre
teoria e prática e propicia a visão crítica diante do mundo. Os resultados parciais
indicam que, os professores que assumem um compromisso pelas transformações
socioambientais tendo como base uma proposta metodológica fundamentada em
um conjunto de atuações educativas de êxito, tomando como referência as
estratégias da tertúlia pedagógica dialógica, para formação de professores em
educação ambiental, pautadas na concepção da aprendizagem dialógica, devem
ser participativos e “[...] consensualizados coletivamente, entre profissionais
envolvidos nas práticas educativas” (MELLO, et al. 2012, p. 65) socioambientais,
bem como considerar o envolvimento do alunado e de membros da comunidade
neste processo. A formação de professores em educação ambiental no contexto
da comunidade de aprendizagem poderá favorecer a construção de situações
inovadoras de aprendizagem e de reflexões que valorizem a formação humana
para a emancipação dos seus educandos. E dessa forma, pode possibilitar a
problematização das estruturas de desigualdades sociais apresentadas e permitir
a construção de uma visão crítica para a inserção dos conhecimentos dentro deste
pressuposto nas respectivas áreas de atuação (FRANCO, 2003).
Agradecimentos
revista brasileira
de
educação o
Revbea, São Paulo, V. 10, N 3 – Anais do IX FBEA: 01-03, 2017.
ambiental
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À Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, e ao Colegiado de
Pedagogia, por tornarem possível a realização da pesquisa.
Ao Instituto Arapyaú, à Fibria e ao IPÊ, por terem viabilizado a concessão
de bolsa de estudos para eu cursar o mestrado.
Referências
AUBERT, Adriana [et al.]. Aprendizagem Dialógica na Sociedade da
Informação. São Paulo: São Carlos, EDUFSCar, 2016.
revista brasileira
de
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educação
Revbea, São Paulo, V. 10, N 3 – Anais do IX FBEA: 01-03, 2017. ambiental
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