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1- Observe que no contrato de comodato, que é o empréstimo de uso, o comodatário

recebe o bem infungível (aquele não passível de substituição por outro de mesma espécie,
quantidade e qualidade…o carro é um, posto que individualizado pelo número do chassi)
gratuitamente comprometendo-se a restituí-lo no prazo convencionado ou naquele
considerado presumidamente o necessário para o uso do bem concedido. Tem o comodatário
a obrigação de conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la
senão de acordo com o contrato ou a natureza dela. Violando esse dever de cuidado,
responderá por perdas e danos.

O empréstimo (seja o comodato ou o mútuo) trata-se de um contrato em que o princípio da


autonomia privada permite às partes estipular outras cláusulas, como por exemplo, uma
que previsse a obrigação do comodatário contratar seguro sob pena de indenizar o bem
eventualmente roubado ou danificado.

No caso da questão, não havendo as referidas cláusulas adicionais, prevalecerá o que está
disposto na lei, ou seja, somente haverá a responsabilidade em caso de uso da coisa em
desconformidade com o seu uso ou, ainda, aplicando-se a regra geral da
responsabilidade civil decorrente do ato ilícito (por exemplo, o agente dolosamente causa o
dano ou contribui para que ele ocorra).

Como o direito é um sistema interligado, vocês precisam recordar das disposições gerais
referentes ao inadimplemento contratual, em particular o disposto no Art. 399, CC, o qual prevê
que o devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o
atraso. Somente não será responsabilizado se provar isenção de culpa ou que o dano
sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.

No caso da questão, se João não devolvesse o bem no prazo de 30 dias estaria em mora e
deveria indenizar Tício pela perda, exceto se conseguisse comprovar a sobredita isenção de
culpa ou que o dano sobreviria ainda que a obrigação fosse oportunamente desempenhada.

A questão nos deixa claro que:

a) João (comodatário – o que recebeu o bem emprestado) assegurou-se de ter o zelo


necessário com o bem;

b) que ele não deu causa ao assalto (imagine que ele de alguma forma contribuísse para a
subtração do bem…a situação seria diferente…ele seria responsabilizado);

c) que não existe nenhuma cláusula adicional ao contrato de comodato que imponha o dever
de indenizar ou outros deveres acessórios.

Desse modo, diante das colocações acima e considerando-se que o comodato trata-se de
contrato unilateral (em que apenas uma das partes se obriga) e gratuito (apenas uma das
partes é onerada não havendo contraprestação do comodatário) não subsistirá qualquer
responsabilidade para João que nada deve a Tício.

Desse modo, está correta a alternativa A.

2- Alternativa B - Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros
do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante,
responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior.
3- Alternativa E - Diz o art. 734, do CC/02 que “o transportador responde pelos danos
causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula
qualquer cláusula excludente de responsabilidade”.

Pela leitura do artigo em estudo, podemos concluir que o legislador, ao normatizar as regras do
contrato de transporte, imputou ao transportador a responsabilidade civil objetiva no caso dos
danos causados. Chegamos facilmente a essa conclusão ao analisar a primeira parte do artigo,
onde apenas atribui a responsabilidade ao transportador, não se preocupando em avaliar se o
nexo causal existente entre a ação/omissão e o dano efetivamente causado foi eivado de culpa
ou dolo.

Inclusive institui que qualquer cláusula que exclua tal responsabilidade será considerada nula,
seguindo orientação transcrita pela sumula 161 do STF, in verbis:

“Em contrato de transporte, é inoperante a cláusula de não indenizar.”

O art. 735, também do Código Civil, vem para reforçar a atribuição da responsabilidade objetiva
ao transportador, ao afirmar que “a responsabilidade contratual do transportador por acidente
com o passageira não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.”.
Nesse aspecto, o legislador apenas trasladou para o Código Civil um entendimento já
sumulado pelo STF, através de sua sumula n.º 187. Um exemplo clássico para essa situação é
aquele em que um passageiro sofre danos materiais decorrente de um acidente com o ônibus
que o transportava, acidente esse provocado por veículo de um terceiro que avançou o
semáforo fechado em seu sentido. Nesse caso, o passageiro recorre judicialmente à empresa
de transporte, cabendo a ela uma ação regressiva em face do motorista causador do acidente.

Assim, está claro que o objetivo do legislador é proteger o hiposuficiente da relação contratual.

4- Alternatica D - É importante observar que de acordo com o artigo 556 do CC, Sônia não
poderia ter feito constar no instrumento particular cláusula de irrevogabilidade da doação
por eventual ingratidão de seu sobrinho.

Artigo 556:" Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por
ingratidão do donatário."

5- Alternativa D - ITEM II - correto - O depósito necessário não se presume gratuito.


De acordo com o CC/02:
Art. 651. O depósito necessário não se presume gratuito.

ITEM IV - correto - O contrato de depósito só poder ter por objeto coisa móvel.

Art. 627. Pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel, para guardar,
até que o depositante o reclame

ITEM V - correto V. O depósito voluntário provar-se-á por escrito.


Art. 646. O depósito voluntário provar-se-á por escrito.

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