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FONTES DE ENERGIA PARA A CÉLULA

CASO 1
Identificação: J.N.P., 28 anos, lixeiro.
Deu entrada no serviço de emergência, por volta das 8:00 h da manhã, trazido por colegas após ter
desmaiado no trabalho. Conta que saiu de casa ainda de madrugada, sem comer nada e iniciou o trabalho
as 6:00 h. Após 30 min. de atividade começou a sentir dor de cabeça e tonturas. Esses sintomas se
intensificaram e sentiu “suor frio e fraqueza” que o impediram de se equilibrar no caminhão (desceu com
ajuda de colegas); já no chão a tontura ficou forte e perdeu a consciência. Ao ser atendido referia forte
dor de cabeça e estava pálido, sudoreico e com extremidades frias.
CASO 2
Identificação: M.A.D., 75 anos, sexo feminino, aposentada.
A paciente é diabética de longa data, sempre com maus controles. Apresenta os pés com uma
coloração pálida, com temperatura inferior ao resto do corpo. Apresenta ferimento na parte frontal da
perna esquerda de cicatrização não consolidada. O 5o dedo do pé esquerdo, segundo a paciente, está
amortecido (“pé diabético”). Esse conjunto de sintomas resulta de uma deficiência da circulação, chamada
de neuropatia diabética, em que os vasos periféricos são acometidos pelo diabetes. Relata que há alguns
dias, notou que esse 5o dedo começou a ficar escurecido. Quando procurou o serviço médico, o dedo já
se encontrava totalmente enegrecido, com odor fétido e o mesmo processo iniciava-se no 3o e 4o artelhos.
Devido ao grave acometimento dos vasos sanguíneos a paciente sofreu amputação desses dedos (que já
não tinham mais como receber nutrição sanguínea).
CASO 3
Identificação: J.P.F., 42 anos, sexo masculino, executivo, fumante.
O paciente iniciou há 6 meses um quadro de dor no peito, em aperto, com duração de cinco a dez
minutos, no máximo, sempre que fazia algum esforço físico, como subir uma ladeira caminhando, ou ao
sentir emoções. A dor melhorava com o repouso. Fazendo exames de avaliação cardíaca, foi constatada
obstrução parcial de uma das artérias coronárias que irrigam o coração. Desde então vinha fazendo uso
de remédios que promovem dilatação das coronárias. Há uma hora, logo ao sair para o trabalho, o filho
que o acompanhava relata que o paciente sentiu forte dor no peito e de início abrupto, que seu pai ficou
pálido, começou a suar frio e em poucos minutos perdeu a consciência e caiu. Com esse quadro foi trazido
ao pronto socorro e embora fossem tentadas todas as manobras e medicações para a reanimação
cardíaca, o paciente foi a óbito.
CASO 4
Identificação: C.C.D.R., 20 anos, sexo masculino.
O paciente sofre de bronquite (uma patologia que provoca estreitamento dos brônquios de menor
calibre) crônica que geralmente evolui em crises e é desencadeada por alérgenos. Após brincar com o
gato da namorada chegou ao serviço médico com a face aflita e sudoreico, apresentando intensa falta de
ar e com muito esforço respiratório. Estava levemente confuso. Notava-se certa cianose periférica
(arroxeamento dos lábios) e a ausculta pulmonar revelou sibilos (chiados) disseminados por ambos os
pulmões, ruído característico do estreitamento dos brônquios. Assim que começaram a atendê-lo, ele
vomitou Após cerca de 30 min. de tratamento, o chiado havia desaparecido, as extremidades corpóreas
já estavam rosadas, e o nível de consciência restabelecido.
CASO 5
Identificação: L.M.S., 19 anos, sexo feminino.
A paciente passou por uma situação de quase-afogamento após ingerir grande quantidade de bebida
alcoólica em festa da faculdade. Ao chegar ao pronto-socorro estava agitada, confusa e com lábios
arroxeados. Apresentava 37 movimentos respiratórios por minuto (taquipneia), com batimento das asas
do nariz e tiragem intercostal (retração inspiratória dos espaços intercostais). Foi diagnosticada com
insuficiência respiratória do tipo I (hipoxêmica), caracterizada por incapacidade do sistema respiratório
em promover adequada oxigenação arterial e eliminação do gás carbônico.
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Sugestões de tratamento para os casos:


Caso 1: Um copo de café com leite e pão.
Caso 2: Bons hábitos alimentares, como prevenção.
Caso 3: Tratamento preventivo: atividade física moderada, bons hábitos alimentares e deixar de fumar.
Caso 4: Drogas que promovem a dilatação dos brônquios, por via inalatória e venosa.
Caso 5: Oxigenoterapia por cânula nasal e elevação da cabeceira da cama (para facilitar os movimentos
respiratórios).
QUESTÕES:
1. Por que oferecer / qual o fundamento do tratamento sugerido ao paciente do Caso 1?
2. Para os casos 2 e 3 foi sugerido um tratamento preventivo que visa conservar a boa circulação
sanguínea dos pacientes. O fundamento deste tratamento preventivo tem algo em comum com o do
tratamento proposto para o Caso 1?
3. Algumas bactérias podem viver em aerobiose ou anaerobiose. O homem pode viver em anaerobiose?
Por quê?
4. Por que a falta de irrigação sanguínea leva à morte de células e tecidos?
5. Que substância é transportada pelas hemácias, para as células e que tipos de compostos são
transportados pelo plasma, para as células?
6. Que tipo de reação celular ocorre entre a substância trazida pelas hemácias e os compostos trazidos
pelo plasma? (ver também Marzzoco & Torres, capítulo 8).
7. Que finalidades biológicas têm estes compostos para as células?
8. Que compostos são produzidos como consequência desta reação? (entre os compostos produzidos,
quais são excretados e qual é aproveitado pelas células?)
9. Resuma: por que é necessário comer e por que é necessário respirar?
10. No caso clínico 3, parte da musculatura cardíaca ficou
inoperante. Por quê?
11. No caso clínico 2, quando a terapêutica instituída é
bem sucedida, há reperfusão sanguínea e pode haver
regeneração da lesão. Por quê?
12. O que há em comum entre os casos 1 e 4-5 e qual a
finalidade bioquímica dos tratamentos prescritos?
13. As concentrações intracelulares de Na+ e K+ são,
respectivamente 12 meq/dL e 140 meq/dL e as
concentrações plasmáticas são 145 meq/dL e 4
meq/dL. À custa de que composto o organismo
consegue manter estas concentrações? (ver também
a Figura 10 - ao lado - e item 7.4 do livro texto
Marzzoco & Torres).
14. Esquematize a estrutura química do ATP.
15. Generalize as funções do ATP a partir das respostas
às questões 08 a 13.
Figura 10 - Bomba de Na+/K+
16. Adicione ATP, O2, ADP e HPO42- (Pi) ao esquema
abaixo.
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INTRODUÇÃO AO METABOLISMO

O Material abaixo resume os princípios de termodinâmica (contidos no


cap. 4 do livro texto) introduzindo conceitos como o das reações
acopladas e Compostos Ricos em Energia (como a Fosfocreatina),
importantes para entender como - através das reações químicas - é
possível produzir energia para a sobrevivência do organismo como um
todo. Atente também para as reações de óxido-redução que respondem
por mais de 90% do ATP produzido nas células!
Ao lado: Enzima creatina quinase (de acordo com o Protein Data Bank http://www.wwpdb.org/)

PRINCÍPIOS DE TERMODINÂMICA
1. Se as concentrações iniciais de cada espécie na reação abaixo forem 1 M, quando a reação
atingir o equilíbrio, a concentração de glicose 6-fosfato será maior ou menor do que 1M? O
equilíbrio foi atingido com a reação ocorrendo em que sentido? (Marzzoco & Torres, cap. 4)
Glicose + Pi glicose 6-fosfato Keq < 1
2. Se as concentrações iniciais de cada espécie na reação abaixo forem 1 M, quando a reação
atingir o equilíbrio, a concentração de glicose 6-fosfato será maior ou menor do que 1M? O
equilíbrio foi atingido com a reação ocorrendo em que sentido?
Glicose + ATP glicose 6-fosfato + ADP Keq > 1
3. Qual das duas reações acima lhe parece mais conveniente para a fosforilação da glicose
(obtenção celular de glicose 6-fosfato a partir de glicose)?
Obs: Reações como a da questão 2 são ditas espontâneas, pois ocorrem com liberação de energia, já
que o conteúdo energético (G) dos produtos é menor que o dos reagentes. Portanto, a variação de energia
livre (G dos produtos - G dos reagentes) é menor do que zero: G0’ < 0. Uma reação é praticamente
irreversível quando G0’ é mais negativo que -25 kJ/mol ( veja o Quadro 1)
4. Observe as reações abaixo e, tendo em mente as respostas anteriores, explique como a
reação de produção de frutose 6-fosfato dentro das células pode ser termodinamicamente
favorecida.
Glicose 6-fosfato Frutose 6-fosfato G0’ > 0
Frutose 6-fosfato + ATP Frutose 1,6 bisfosfato + ADP G0’ < 0
5. Sabendo que ADP + Pi ATP + H2O tem um G0’ = +31 kJ/mol, explique como nós,
seres humanos, podemos sintetizar ATP?
6. Prever o valor de G0’ ( < ou > 0) para os seguintes processos:
a) síntese de uma proteína a partir de aminoácidos (in vitro).
b) degradação de proteínas até aminoácidos (in vitro).
c) transferência de um íon de um compartimento onde ele está mais concentrado para outro,
onde sua concentração é menor.
d) manutenção das concentrações plasmáticas e celulares de Na+ e K+.
e) difusão de um composto hidrofílico através da membrana (sem transportador).
f) levantamento de um peso de 5 kg por um indivíduo.
7. Identifique os compostos ricos em energia da Tab. 11 e explique sua importância

Obs.: Ver material adicional sobre FOSFOCREATINA, um composto rico em energia e presente em
nossos músculos, no site do Moodle e capítulo 22 do livro texto.
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Quadro 1 – G0’, REAÇÕES ACOPLADAS, COMPOSTOS RICOS EM ENERGIA

A TERMODINÂMICA estuda a energia associada aos processos (reações químicas).

REAÇÕES ESPONTÂNEAS: são aquelas com G negativos

G = energia capaz de realizar trabalho G = H - T. S


Calor de reação   Entropia do sistema

G = -2,3 R.T. log Keq


R = 8,31 J/mol.K (ou 1,98 cal/mol.K) T = 298 K
Na reação:
[C].[ D]
A+B C+D Keq 
[A].[ B]

Quando Keq << 1 Produto é mais energético G0’ é positivo


que o substrato (reação não acontece espontaneamente)
Quando Keq >> 1 Energia do Produto << G0’ é negativo
Energia do Substrato (reação espontânea)
(As anotações 0 e ’ referem-se a condições padrão: 1 M de reagente e pH 7,0)
Exemplo:
A TP ADP + Pi G0’ = –31 kJ/mol (ou -7,3 kcal/mol)
(espontânea)
A DP + Pi ATP G0’ = +31 kJ/mol (ou +7,3 kcal/mol)
(esta reação não acontece espontaneamente, mas só se for acoplada a outra reação de G0’ bem negativo, como
a quebra de um composto rico em energia)
REAÇÕES ACOPLADAS: Permitem que reações com G0’ + possam ocorrer, associadas a reações espontâneas
(como a hidrólise de compostos ricos em energia). Exemplo:
Reação 1: Fosfoenolpiruvato Piruvato + Pi G0’ = -62,0 kJ/mol (-14,6 kcal/mol)
Reação 2: ADP + Pi ATP G0’ = +31,0 kJ/mol (+7,3 kcal/mol)
Reação Fosfoenolpiruvato + ADP Piruvato + ATP G0’ = -31,0 kJ/mol (-7,3 kcal/mol)
acoplada:  Espontânea

Tabela 4 - ENERGIA LIVRE DE HIDRÓLISE DE COMPOSTOS FOSFORILADOS E DA ACETIL-CoA


G0´ kJ/mol ou (kcal/mol)
Fosfoenolpiruvato ( Piruvato + Pi) -62,0 (-14,8)
1,3 – bisfosfoglicerato ( 3-fosfoglicerato + Pi) -49,0 (-11,8)
PPi (  2 Pi) -33,5 (- 7,9)
Fosfocreatina ( Creatina + Pi) -43,0 (-10,3)
Acetil-CoA -32,0 (- 7,5)
ATP ( ADP + Pi) -31,0 (- 7,3)
ADP ( AMP + Pi) -31,0 (- 7,3)
Frutose 6-fosfato ( Frutose + Pi) -14,0 (- 3,8)
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Quadro 2 - G0’ E REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO


OXIDAÇÃO: é a perda de elétrons pela forma reduzida de um composto, que se converte em forma oxidada
Ared Aox
Exemplo de oxidação: FADH2 FAD + 2e- + 2H+

REDUÇÃO: é a conversão da forma oxidada em forma reduzida, com ganho de elétrons


Box Bred
Exemplo de redução: NAD+ + 2e- + 2H+ NADH + H+

REAÇÕES REDOX: redução e oxidação são processos acoplados:


Ared + Box Aox + Bred (REAÇÃO REDOX)

- Nas reações redox orgânicas em geral o próton acompanha o elétron (transfere-se um átomo de Hidrogênio).
Assim, para identificar a forma reduzida (que ganhou elétrons) identifique para cada par redox quem tem mais
hidrogênios.... por exemplo, na reação abaixo: NAD+= oxidado; NADH = reduzido enquanto Gliceraldeído 3-fosfato
= reduzido e 1,3 Bisfosfoglicerato =oxidado.

Gliceraldeído 3-
fosfato
Gliceraldeído 3-fosfato + fosfato inorgânico desidrogenase 1,3 Bisfosfoglicerato

PARES REDOX: o composto, em suas formas reduzida e oxidada, constitui um par redox.
- A tendência de um par Redox a ganhar/perder elétrons é expressa pelo seu POTENCIAL DE ÓXIDO-
REDUÇÃO (E0’). Quanto mais positivo E0, maior a tendência do par Redox em receber elétrons.
Exemplo:
Par Redox 1: NAD+ + 2e- + 2H NADH + H+ E0’ = - 0,32 V
Par Redox 2: Piruvato + 2e- + 2H+ Lactato E0’ = - 0,19 V

- O potencial de redução mais positivo do Piruvato/Lactato indica que esse par tem maior tendência a se reduzir
(ficar com os elétrons). Assim, o par de potencial redox mais negativo (NAD+/NADH+H+), irá se oxidar:

Reação: Piruvato + NADH + H+ Lactato + NAD+ E0’ = + 0,13 V

Para calcular E0’:


E0’ = E0’ do agente oxidante (par que se reduz) - E0’ do agente redutor (par que se oxida)
(Obs. Notar que sempre é: o par de potencial mais positivo menos o de potencial mais negativo)
Na reação acoplada acima: E0’ = - 0,19 - (- 0,32) = 0,13 V

AS REAÇÕES DE ÓXIDO REDUÇÃO SÃO ESPONTÂNEAS (tem G0’’ negativo), porque:

G0’ = -n.F. E0’


F (constante de Faraday) = 96,5 kJ/V.mol (ou 23,06 kcal/V.mol), n = n ox (2 nas reações envolvendo NAD e FAD)

Neste caso: G0’’ = - 2 . 96,5. 0,13 = - 25,1 kJ (ou G0’’ = - 2 . 23,06 . 0,13 = - 5,99 kcal)

Obs.: Como E0’ tem sinal inverso a G0’ as reações REDOX são sempre espontâneas.
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DEGRADAÇÃO DO GLICOGÊNIO
CASO CLÍNICO 1
Identificação: A. M. J., 4 anos, masculino, branco.
História pregressa do problema: A mãe procurou o pediatra por achar que seu filho estava menor que os
demais meninos de sua idade e apresentava uma barriga muito saliente.
Exame físico: estado geral regular, estatura menor que o padrão para a idade. Abdômen globoso, com
fígado bastante aumentado de tamanho.
Exames laboratoriais:
Glicemia de jejum: 60 mg/dL (Referência = 70 a 100 mg/dL)
Tratamento: Infusão nasogástrica noturna contínua de uma dieta rica em carboidratos.
CASO CLÍNICO 2
Identificação: J. L. N., 16 anos, masculino.
Queixa e Duração: Há 6 meses sente cãibras ao realizar exercícios mais intensos.
História pregressa do problema: O paciente relata que nunca teve o hábito de realizar exercícios físicos,
porém, há seis meses, começou a praticar treinamentos para corridas de 400 metros. Desde que começou
essa atividade apresenta cãibras durante os treinamentos, que o obrigam a parar com os exercícios. Seu
médico pediu a dosagem dos níveis plasmáticos de lactato e da enzima creatina quinase (CK)
imediatamente e em outros tempos após realização de exercícios intensos. Após 3 dias de análises o
paciente foi levado ao departamento médico, com fortes dores musculares.
Exames laboratoriais:
Glicemia de jejum: 85 mg/dL (valores de referência=70 a 100 mg/dL)
Lactato sanguíneo 1,8 (1,8) mmol/L antes (pós) exercício (Ref.repouso < 2 mM, exercício intenso >> 2mM)
Creatina quinase plasmática: 1150 U/L (Ref.= 35 a 120 U/L) Urina tipo I:mioglobina +/++++
Uréia plasmática: 97 mg/ dL (10 a 45 mg/dL) Creatinina plasmática: 3,7 mg/dL (0,8 a 1,3 mg/dL)
- Biópsia muscular: aumento da concentração de glicogênio estruturalmente normal
Tratamento: Foi aconselhado a se abster de exercícios mais intensos e melhorou.

QUESTÕES
1. Os glicogênios citados nos casos 1 e 2 estão situados em quais tecidos? Com isso responda se os
casos 1 e 2 estão relacionados à síntese ou degradação do glicogênio.
2. Qual o principal papel do glicogênio que ocupa o tecido ao qual se refere o caso 1?
3. Qual o principal papel do glicogênio que ocupa o tecido ao qual se refere o caso 2?
Obs.: A glicemia é mantida pelo glicogênio hepático até 8-12 h após a última refeição.
4. O paciente do caso clínico 2 mantém níveis baixos de lactato sanguíneo, mesmo realizando exercícios
anaeróbios. Formule uma explicação bioquímica para esse fato.
5. O caso clínico 2 pode levar a duas hipóteses diagnósticas: uma patologia envolvendo a glicólise ou
uma patologia do metabolismo do glicogênio. Qual é o dado que diferencia esse problema metabólico?
6. Nos casos 1 e 2, responda: qual a enzima defeituosa, em que reação ela atua e qual o produto dessa
catálise?
7. Sendo o glicogênio uma macromolécula intensamente ramificada, mostre em quais pontos da molécula
atua a enzima defeituosa no caso 2 (ver item 6.1 do livro texto).
8. Essa enzima tem um ponto limite de atuação sobre a molécula do glicogênio. Que ponto é esse e
como a enzima desramificadora ajuda na degradação total do glicogênio?
9. Por que não há gasto de ATP na produção de glicose-1-fosfato a partir do glicogênio ?
10. Qual o saldo de ATP quando a glicólise inicia-se pela quebra de glicogênio muscular e acontece em
condições anaeróbias? Compare com o saldo de ATP produzido pela quebra de uma molécula de
glicose provinda diretamente da alimentação.
11. Explique a causa da impossibilidade de manter a glicemia, no paciente do caso 1.
12. Por que a glicemia não se altera no paciente do caso 2?
13. Qual o papel da insulina e do glucagon sobre a enzima glicogênio fosforilase?
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LIPÓLISE
Identificação:
A. C., 35 anos, casada.
Queixa e Duração:
Aumento de peso após as gestações.
História Pregressa da Moléstia Atual:
Na admissão a um centro de emagrecimento, a paciente relata que casou há 5 anos, pesando 60
kg. Após 2 anos de casamento nasceu o primeiro filho e, naquela gestação a paciente engordou
cerca de 20 kg e perdeu muito pouco após o parto. Quando o primeiro filho completava 1 ½ ano,
a paciente engravidou novamente, e após esse segundo parto, seu peso chegou na casa dos 105
kg. Por esse motivo deu entrada num SPA. Não apresenta nenhum problema de saúde e não se
queixa de nenhum mal estar.
Exame Físico:
Peso na admissão 105,4 kg. Altura de 1,67 m. Apresenta boa função cardíaca e pulmonar.
Encontra-se com leve edema dos membros inferiores.
Exames Laboratoriais: Glicemia = 95mg % (Referência = 70 – 100 mg%)
Colesterol = 357 mg/dL (Referência = 120-200 mg/dL)
Soro lipêmico
Triacilgliceróis ou triglicérides= 680mg/dL (Ref.=40–150 mg/dL)
Evolução:
A partir da admissão a paciente foi submetida a uma dieta de 600 quilocalorias/dia,
distribuída em 5 refeições. Após passar por avaliação médica e de capacidade física, iniciou um
treinamento adequado à sua capacidade, com cerca de 4 horas diárias de exercícios, feitos de
maneira fracionada e diversificada, dando ênfase nas caminhadas.
Por volta do 4o dia de estadia, a paciente sentiu-se com sonolência, sensação de enjoo e
gosto amargo na boca, tendo sido orientada quanto ao caráter reversível desses sintomas. No
10o dia da estadia a paciente pesava 94,8 kg, demonstrando perda de cerca de 10% do peso
inicial.
A partir daí foi aconselhada a aumentar o ritmo dos exercícios físicos, para 6 h/dia,
dispensando mais tempo para as caminhadas (2 vezes ao dia, com 1 h/ cada vez), dança (1
h/dia) e atividades na piscina como jogos, hidroginástica e natação (no mínimo 1 h/dia). Nesse
ritmo, após completar 30 dias de estadia a paciente retornou para casa pesando 85,7 kg,
totalizando uma perda de 19,7 kg (18,7% de perda total).
MANUTENÇÃO: A paciente continuou em regime alimentar, com dieta de 900 calorias/dia, e
manteve a prática de exercícios físicos, com caminhadas de 1 h/dia e natação com aulas de 50
min., 3 vezes na semana. Após 8 meses de tratamento, encontrava-se com 71,1 kg e preparando-
se para submeter-se a uma cirurgia plástica.
QUESTÕES:
1. Qual o nutriente que o organismo armazenou, deixando a paciente 45 kg mais pesada que seu
peso ideal? (especificar o composto que foi armazenado)
2. Ingerindo uma dieta de 600 quilocalorias, a paciente tem um déficit energético. De que forma
isso contribui para o emagrecimento da mesma?
3. Observe que a paciente sempre foi orientada a praticar exercícios físicos.
a) Classifique os exercícios indicados em aeróbios ou anaeróbios.
b) Como esses exercícios físicos colaboram para a perda de peso da paciente?
c) Qual o principal substrato para fornecimento de energia nesses exercícios?
d) Caso a paciente viesse a praticar “corridas de 100 metros” obteria o mesmo efeito?
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Obs: Ver Material Adicional sobre Cálculos Nutricionais, no site do Moodle.


4. Tanto para a ocorrência do fato da questão 2 (déficit energético) quanto da questão 3 (gasto
extra de energia com exercícios) um substrato energético é mobilizado de seus depósitos.
Pede-se:
a) Citar o tecido e os locais de armazenamento corpóreo desse composto.
b) Esquematizar a reação envolvida na quebra do mesmo, citando a enzima responsável.
5. Explique como o glicerol, um dos produtos dessa mobilização, pode colaborar para o
suprimento energético da paciente.
6. Qual o primeiro passo para a degradação de um ácido graxo, o outro produto da quebra dos
triacilgliceróis?
7. Imagine a paciente caminhando por 20 min. e sua necessidade de obter energia para a
realização dessa atividade... Quando o ácido graxo ativado entra na mitocôndria é possível
fornecer-lhe essa energia. Indique o papel da carnitina, nesse processo.
8. Explique de que forma, dentro da mitocôndria, é possível obter dos lipídios coenzimas reduzidas
(FADH2 e NADH), que são compostos capazes de gerar ATP, citando:
a) O nome dessa via metabólica cíclica.
b) Os compostos formados ao final de cada volta na via.
c) As vitaminas envolvidas no processo.
9. Um atleta faz corridas de 1500 m enquanto nossa paciente pratica caminhadas. Compare a
degradação de 3 moles de glicose (3x6=18C) pelo atleta e de 1 mol de ácido esteárico (18C)
pela paciente, até Acetil-CoA, citando:
Glicólise aeróbia Beta-oxidação
a) a localização celular principal dos processos:
b) o no. de moles de Acetil-CoA formados:
c) o no. de NADH e/ou FADH2 formados:
d) qual processo é mais energético* ?
10. Em que etapa da degradação de ácidos graxos há gasto de energia e qual o composto rico
em energia é degradado?
11. Para emagrecimento mais rápido, a dieta da paciente poderia ser isenta de carboidratos?
12. Sabendo-se que o processo de degradação de lipídios é estimulado na situação de
hipoglicemia e alta necessidade energética (relação ATP/ADP intracelular baixa), cite qual(is)
hormônio(s) estimula(m) a lipólise e descreva seu(s) modo de ação: enzima-alvo/ modificação
covalente, substrato e produto, local/tecido.

Obs.: O colesterol não é importante para produção de ATP, mas é um lipídio estrutural (componente das
membranas biológicas) e precursor de vários hormônios do tipo esteroídico. Veja material adicional no
site do Moodle

* Notar que cada molécula de Acetil-CoA, quando oxidada pelo Ciclo de Krebs vai gerar 12 ATPs dentro
da célula. Já as coenzimas reduzidas NADH e o FADH2 formarão respectivamente, na Cadeia de
Transporte de Elétrons, 3 e 2 ATPs cada.
9

CORPOS CETÔNICOS
CASO CLÍNICO 1
Identificação:
J.B.M, 25 anos, masculino, branco, bancário.
Queixa e Duração:
Aumento do volume urinário há 4 h. Gosto amargo na boca e sensação de fraqueza há 1 h.
História pregressa da Moléstia Atual
Paciente sabidamente diabético desde os 12 anos de idade. Faz uso de insulina, administrada por
via subcutânea, duas vezes ao dia. Refere que procura seguir as recomendações dietéticas, mas
que não é incomum a transgressão da dieta, principalmente pelos acontecimentos sociais. Relata
que no entardecer do dia esteve em uma lanchonete com amigos, onde ingeriu 4 ou 5 chopes,
comeu pizza e tomou sorvete como sobremesa. Passadas 4 h, começou a urinar intensamente,
precisando levantar várias vezes da cama. Na sequência sentiu um hálito amargo, boca seca e,
segundo seus familiares, quando falava as pessoas sentiam cheiro de acetona, tudo seguido de
uma intensa fraqueza e leve falta de ar. Como já passou por situações semelhantes, de
descompensação diabética, procurou o serviço médico, a fim de ser medicado antes do
agravamento do quadro.
Exame Físico:
Regular estado geral, palidez cutâneo-mucosa. Sinais clínicos de desidratação, ritmo cardíaco
regular (levemente taquicárdico). Respiração tendendo a ofegante, pulsos finos, hálito cetônico
bastante evidente.
Exames Laboratoriais:
Gasometria = acidose metabólica.
Glicemia (não é de jejum) = 457 mg/dL (referência/jejum = 70 a 100 mg/dL)
Corpos cetônicos na urina (cetonúria) = +++ / ++++ (O normal é negativo)
K+ sérico = 4,9 mEq/L (3,5 – 5,0 mEq/L)
Tratamento:
O paciente foi submetido à hidratação intensa e administração de insulina regular, por via
endovenosa com uma dose de ataque de 0,1 U/kg) seguida por administração contínua em
bomba de infusão (0,1 U/kg por hora). Após 3 h de cuidados a glicemia já havia baixado para
185 mg/dL, mas a cetonúria ainda se mantinha em ++ / +++.
CASO CLÍNICO 2
Identificação:
J.L.P., 35 anos, feminina, branca, executiva do ramo de cosméticos.
Queixa e Duração:
Sensação de fraqueza há 12 h. Dor de cabeça intermitente há 8 h. Hálito amargo há 1 dia.
História Pregressa da Moléstia Atual:
A paciente deu entrada no centro endocrinológico de emagrecimento (SPA) há 3 dias onde foi
submetida a uma dieta de 300 kcal/dia. Relata que no primeiro dia nada sentiu; porém, a partir
do segundo dia, notou gosto ruim na boca e estranhamente o apetite diminuiu. Hoje, no terceiro
dia de estadia, o gosto ruim na boca é muito intenso e acompanhado de um hálito próximo ao
cheiro de acetona, e a paciente passou a sentir também fortes dores de cabeça, aliadas a
fraqueza. Procurou o ambulatório médico para esclarecimentos.
Exame Físico:
Bom estado geral, hálito cetônico, ritmos cardíaco/respiratório normais, PA= 100x60 mmHg
Exames Laboratoriais:
Glicemia = 65 mg/dL (Referência/jejum = 70 a 100 mg/dL)
Cetonúria = +++ / ++++
Tratamento:
10

A paciente foi informada que esses sintomas são provenientes da diminuição de ingestão calórica
e que a cetonúria indica que o organismo está respondendo à dieta. Foi-lhe dito que, para resolver
seus sintomas, bastaria uma refeição calórica que, porém, não é lhe indicada já que está sob
regime de emagrecimento. Indicou-se que aguardasse por mais alguns dias até que os sintomas
regredissem.
QUESTÕES:
1. Qual o sinal clínico comum aos dois casos relatados?
2. Há relação entre a glicemia e a presença plasmática de acetona? (compare a situação
fisiológica do Caso 2 e a patológica – diabetes – do Caso 1)
3. Pela deficiência de insulina, o paciente do Caso 1 fica impossibilitado de usar a glicose
sanguínea nas células do músculo, pois a entrada de glicose nessas células é dependente de
insulina. Qual a principal fonte de ATP para a contração muscular, nesse caso?
4. Após alguns dias no SPA, que tipo de reserva corpórea (citar a categoria do nutriente) a
paciente do caso 2 deve estar utilizando para a obtenção de energia (ATP)?
5. Nos Casos 1 e 2, que composto é produzido pela degradação dessa reserva corpórea?
(composto com papel “central” no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios)
6. O estado metabólico (prevalência de vias de síntese ou degradação) depende da razão
insulina/glucagon no sangue. Em relação ao Caso 1, pergunta-se:
a) Como deve estar a razão insulina/glucagon do paciente?
b) Das vias metabólicas já estudadas, quais devem estar ativas nos hepatócitos, em função
desta razão insulina/glucagon? (cap. 19 do livro texto)
7. O cérebro e as hemácias utilizam unicamente glicose como substrato oxidável. O fígado é
capaz de sintetizar glicose a partir de oxaloacetato, pela via da gliconeogênese (pág. 24).
Quando esta via de síntese de glicose é utilizada com intensidade, como fica a concentração
celular de oxaloacetato do fígado (baixa/alta)?
8. Com o nível de oxaloacetato prevalente nestas condições, como deve ficar o consumo de
Acetil-CoA pelo Ciclo de Krebs nos hepatócitos?
9. Qual o destino da Acetil-CoA hepática, nestas condições (ou que compostos são excretados
do fígado) ? (veja também a figura 11)
10. Dos compostos eliminados, quais podem ser aproveitados por tecidos extra-hepáticos?
11. Qual dos compostos é responsável pelo sinal clínico comum aos casos 1 e 2?
12. Nos Casos 1 e 2, a tendência dos pacientes é de perda, manutenção ou ganho de peso?
13. Explique como um indivíduo mantém-se vivo em jejum extremamente prolongado (3 a 4
semanas, desde que hidratado) como nos casos de greve de fome. Cite a fonte de energia
utilizada pelo cérebro, hemácias, músculo e fígado neste jejum extremo.
14.Reveja o caso 1 e correlacione: diabetes, catabolismo e acidose metabólica.

Curiosidade: a “Dieta de emagrecimento do Dr. Atkins” é, uma das mais famosas em todo o mundo. Sua
proposta básica é a de restringir ao máximo a ingestão de carboidratos, liberando a ingestão de proteínas
e gorduras. Uma das características mais perceptíveis dos adeptos da dieta, além de fraqueza muscular,
é o gosto amargo na boca....(você saberia explicar?)
11

Figura 11 – Síntese hepática (a) e aproveitamento pelo cérebro e músculo esquelético e cardíaco (b) dos
corpos cetônicos.
12

GLICONEOGÊNESE
O nitrogênio presente nos compostos biológicos provém de aminoácidos. Alguns exemplos de
moléculas provenientes do metabolismo de aminoácidos são:
Purina purina epinefrina
Glicina  porfirina, Aspartato  pirimidina Tirosina  tiroxina
Glutationa Nicotinamida melanina
Lisina  carnitina Triptofano  serotonina Histidina  histamina
Como não há reserva de aminoácidos em nosso organismo, no estado alimentado os aminoácidos
provenientes da dieta são usados para a síntese proteica; já a quebra de proteínas (proteólise) acontece
normalmente em nosso organismo, e está aumentada no jejum prolongado ou exercício de longa
duração. A proteólise fornece aminoácidos livres que podem ser usados como fonte de energia em nosso
organismo.
A degradação dos aminoácidos – seja da proteólise ou do excedente da alimentação (não
incorporado em proteínas) – começa pela remoção dos grupos amino (NH2), que irão formar uréia (este
tema, cap. 17 do livro texto, será abordado em BS222).
O restante da molécula de aminoácido (seu esqueleto carbônico) tem diferentes destinos, pois o
catabolismo dos 20 diferentes aminoácidos irá convergir na formação de: piruvato, Acetil-CoA, ou
intermediários do Ciclo de Krebs*1como mostra a Figura 12.
Como visto anteriormente, estes metabólitos podem ser oxidados até CO2 e H2O no interior da
mitocôndria – através do Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória, resultando na formação de ATP para a
célula (ex: célula muscular no exercício prolongado).
Porém nas células hepáticas esses metabólitos de aminoácidos são usados para síntese de glicose
(Gliconeogênese), importante para a manutenção da glicemia no jejum prolongado, já que as reservas
de glicogênio hepático se esgotam 8-12 h após a última refeição.
QUESTÕES:
1. A remoção dos grupos amina é o primeiro estágio na degradação de muitos aminoácidos:
a) Qual o nome da reação que “coleta” os grupos NH2 para o aminoácido glutamato?
b) Esquematizar esta reação, envolvendo os aminoácidos: i) Alanina; ii) Aspartato.
2. Usando a Figura 12, listar os destinos dos esqueletos de carbono dos 20 aminoácidos em seu
catabolismo e apontar quais deles podem formar glicose (glicogênicos).
3. Explicar por que os aminoácidos cetogênicos não podem se converter em glicose.
4. Descrever o processo de transporte de oxaloacetato (OAA) para o citosol (Figura 10 desta apostila e
Fig. 14.3 do livro texto).
5. Citar o doador de fosfato de alta energia na reação: OAA  fosfoenolpiruvato e explicar o deslocamento
desta reação no sentido de formação de fosfoenolpiruvato.
6. Comparar as três reações irreversíveis da glicólise com as reações da gliconeogênese que as substituem
quanto a enzimas, reagentes, produtos e coenzimas.
7. Indicar a localização celular das enzimas da via glicolítica e da gliconeogênese.
8. Citar o(s) órgão(s) onde ocorre a gliconeogênese.
9. Qual dos compostos abaixo não pode produzir glicose e por quê?
a) lactato b) -cetoglutarato c) oxaloacetato d) acetil-CoA e) glicerol
10. Em uma dieta pobre em carboidratos e proteínas será mais conveniente se alimentar de ácidos graxos
de número par ou ímpar de carbono? Por quê? (veja a Figura 13).
11. Nosso organismo pode reservar grande quantidade de gordura, na forma de triacilglicerol. Dos ácidos
graxos que compõem o triacilglicerol, a maior parte é saturada e tem número par de carbonos.
Pergunta-se: numa situação de jejum em que a quebra de triacilglicerol é intensa, é possível fazer
gliconeogênese a partir de algum produto da degradação dos triacilgliceróis ou dos ácidos graxos?

*No estado alimentado estes metabólitos (piruvato, Acetil-CoA, intermediários do Ciclo de Krebs) da
ingestão excessiva de proteínas levarão ao acúmulo de citrato e à síntese de lipídios.
13

Figura 12 -
destino
metabólico dos
aminoácidos.

Figura 13 -
Aproveitamento do
Glicerol e de
Propionil-CoA
(provenientes da
quebra dos lipídios)
na Gliconeogênese.

12. Os lipídios contribuem de forma significativa para a síntese de glicose pelo fígado?

Analisando o quadro 3 (ver Figura 20.7 - do livro texto), responda:


13. a) Qual o produto da reação catalisada pela fosfofrutoquinase II (ou 6-fosfofruto-2-quinase), presente
no fígado?
b) De que forma esse regulador alostérico das enzimas fosfofrutoquinase I e da frutose 1,6-bisfosfatase
influencia a velocidade da glicólise e da gliconeogênese no fígado?
c) O efeito do hormônio da fome, ___________, é de ___________ (,) a gliconeogênese hepática e
____________ (,) a glicólise hepática, pois inibe a fosfofrutoquinase II, impedindo a síntese de
frutose 2,6 bisfosfato, regulador alostérico positivo da glicólise.

14. Definir e citar quais são os aminoácidos essenciais para o homem (Quadro 4).
Obs: A importância de uma alimentação rica em proteínas de alto valor nutritivo, i.e. com aminoácidos
variados, reside em necessitarmos de aminoácidos essenciais (veja o Quatro II).
14

15. Nossos 11 aminoácidos não essenciais são sintetizados a partir de produtos de quebra da glicose.
Analise a Figura 12 e as vias de síntese de aminoácidos (cap. 17 do livro texto) e responda: quais são
os compostos precursores dos aminoácidos não essenciais?
16. Comparar o gasto de ATP para a síntese de 1 molécula de glicose, a partir dos precursores: alanina,
lactato e glicerol
QUESTÕES ADICIONAIS
16. Se removermos o fígado de um animal em jejum sua glicemia cai abaixo dos níveis normais, até que
o animal tem convulsões e morre. Explique por quê.
17. De onde o fígado obtém a glicose para manter a glicemia num estado de jejum prolongado, quando
as reservas de glicogênio já se esgotaram (em que condições metabólicas o Ciclo da alanina-glicose
está operante e qual a sua importância?)
18. Esquematizar o Ciclo de Cori (ciclo do lactato-glicose) e explicar sua importância.
19. Citar doenças genéticas causadas por alteração no metabolismo da tirosina e fenilalanina.
20. Quais os compostos (substratos/produtos) comuns a todas as reações catalisadas por
aminotrasferases (ou transaminases)?
Obs.: Veja material sobre Metabolismo do Etanol e gliconeogênese no site do Moodle.

Quadro 3 - Regulação das enzimas da Gliconeogênese pela FRUTOSE 2,6-BISFOSFATO


A regulação da gliconeogênese e da glicólise é feita em diferentes estágios: regulação direta pelo
produto da reação (“feedback”), através de efetores alostéricos e regulação hormonal (modificação
covalente), que relacionam os níveis de carboidratos com o metabolismo de lipídios e com o suprimento
energético da célula (níveis de ATP).
ENZIMA EFETOR ALOSTÉRICO:
Positivo Negativo
Fosfofrutoquinase I (PFK I) ATP e Citrato
Frutose-2,6-bisfosfato e AMP
Frutose-1,6-Bisfosfatase - Frutose-2,6-bisfosfato e AMP

Regulação dos
níveis de:

FRUTOSE 2,6
BISFOSFATO

(no fígado)

Os níveis de frutose 2,6-bisfosfato são controlados por REGULAÇÃO HORMONAL:


i) GLUCAGON induz formação de AMPc
Frutose 2,6 bisfosfatase (que fica ativa e
ii) AMPc ativa a proteína quinase A:
degrada Frutose 2,6-bisfofato)
iii) Proteína quinase A ativada fosforila
Piruvato quinase (que fica inativa)
as seguintes enzimas
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Quadro 4 - AMINOÁCIDOS GLICOGÊNICOS E CETOGÊNICOS


Os aminoácidos podem ser classificados em:
(l) cetogênicos ou glicogênicos, de acordo com seus produtos metabólicos finais.
(2) não-essenciais ou essenciais, dependendo se podem ou não ser sintetizados pelo homem.

N GLICOGÊNICOS GLICOGÊNICOS GLICOGÊNICOS GLICOGÊNICOS


à /CETOGÊNICOS /CETOGÊNICOS
O Alanina E Histidina
S
E Asparagina Tirosina S Metionina Isoleucina
S Aspartato E Valina Lisina *
S Cisteína E Fenilalanina
E Glutamina C Triptofano
N Glutamato I Treonina
C Glicina A
I Prolina I
A Serina CETOGÊNICOS S CETOGÊNICOS
I Arginina Nenhum Leucina
S

* A Lisina, embora seja considerada um aminoácido essencial - já que não há vias conhecidas de
biossíntese da mesma em nosso organismo - não é estrita, pois animais alimentados com dieta sem
Lisina, sobrevivem.

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