Vous êtes sur la page 1sur 23

Tecnologia e Sistemas de Tratamento de Resíduos Sólidos

O PROBLEMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE PHANTOM

Isabela Catozzo
Larissa Sciamanna

Docente: Manuel Fernando Ribeiro Pereira


Ano Letivo 2017/2018
1. Fontes, composições e quantidades.

Segundo o livro base para o projeto, a população da cidade de Phantom


cresce de acordo com a Tabela 1, mostrada a seguir:
Tabela 1: População da cidade de Phantom

Cidade de
Phantom
Ano População
1960 95722
1970 105634
1980 115689
1990 125728
2000 135880
2010 145220

A partir dos dados apresentados, plotou-se o Gráfico 1 apresentado abaixo.

Crescimento da população
150000
140000
130000
y = 995,05x - 1.854.525,91
120000
Habitantes

R² = 0,9999
110000
100000 Série1
90000
Regressão Linear
80000
70000
60000
1940 1960 1980 2000 2020
Anos

Gráfico 1: Crescimento da população na cidade de Phantom


Conforme demonstrado, o crescimento da população tem um
comportamento linear, com R2 muito próximo de 1. Considerando-se que estamos
no ano de 2018, o ano X+1 será 2021. Utilizando-se a equação mostrada no
gráfico, encontrada através da regressão linear, estima-se que no ano de 2021
Phantom terá 156.470 habitantes.
Como não existem dados sobre a cidade de Phantom ou sobre sua região,
quanto à produção de RSU, tomou-se por base os resíduos produzidos em
Portugal de acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente. Alguns dados
encontrados são demonstrados nas tabelas seguintes.
Tabela 2: Resíduos Urbanos produzidos em Portugal (10³ t)
Região 2012 2013 2014 2015 2016
Portugal
4525 4363 4474 4523 4640
Continental
Região Autónoma
114 106 110 110 119
da Madeira
Região Autónoma
143 139 136 132 132
dos Açores
Total 4782 4608 4720 4765 4891

Tabela 3: Resíduos Urbanos per capita produzidos em Portugal


Resíduos urbanos
Anos recolhidos por hab.
(kg/hab.)

2010 516,1
2011 490,4
2012 453,3
2013 439,7
2014 452,9
2015 447,3

Tabela 4: Caracterização física dos Resíduos Urbanos produzidos em Portugal


em 2016
Resíduo Resíduo
Componente
(% em peso) (10³ t)
Papel/ cartão 11,0 538,0
Plástico 11,3 552,7
Vidro 7,1 347,3
Compósitos 4,0 195,6
Têxteis 4,0 195,6
Têxteis
8,0 391,3
sanitários
Metais 1,8 88,0
Madeira 0,7 34,2
Resíduos
0,1 4,9
Perigosos
Outros resíduos 1,6 78,2
Resíduos Verdes 2,5 122,2
Resíduos
2,3 112,5
Volumosos
Resíduos finos 8,5 415,7
Bioresíduos 37,1 1814,5
Total 100,0 4891

Considerando-se que a situação econômica do país vai melhorar até 2021,


aumentando a quantidade per capita de lixo produzida, estima-se que os resíduos
recolhidos por habitante será 470 kg/hab em 2021. Sendo assim, a projeção para
Phantom de quantidade de resíduos produzidos em 2021, através do número de
habitantes estimado, será de 73541 toneladas.
Com todos esses dados, obteve-se a tabela e os gráficos de resíduos para
Phantom em 2021, de acordo com a área residencial, instituição pública e
comercial.

Tabela 5: Caracterização física dos Resíduos Urbanos produzidos em


Phantom em 2021

Resíduo Resíduo Residencial Instituição Comercial


Componente
(% em peso) (10³ t) (10³ t) Pública (10³ t) (10³ t)
Papel/ cartão 11,0 8,1 5,6 0,81 1,6
Plástico 11,3 8,3 5,8 0,83 1,6
Vidro 7,1 5,2 3,6 0,52 1,0
Compósitos 4,0 2,9 2,0 0,29 0,59
Têxteis 4,0 2,9 2,0 0,29 0,59
Têxteis sanitários 8,0 5,9 4,1 0,59 1,2
Metais 1,8 1,3 0,9 0,13 0,26
Madeira 0,7 0,5 0,3 0,05 0,10
Resíduos Perigosos 0,1 0,07 0,05 0,007 0,015
Outros resíduos 1,6 1,2 0,8 0,12 0,23
Resíduos Verdes 2,5 1,8 1,3 0,18 0,37
Resíduos Volumosos 2,3 1,7 1,2 0,17 0,34
Resíduos finos 8,5 6,3 4,4 0,62 1,2
Bioresíduos 37,1 27,3 19,1 2,73 5,5
Total 100,0 73,541 51,5 7,35 14,71

Caracterização física dos Resíduos


Urbanos produzidos em Phantom em
2021 - Residencial
25,000
Resíduos (10³ t)

20,000
15,000
10,000
5,000
0,000

Componentes

Gráfico 2: Caracterização física dos resíduos residenciais produzidos em


Phantom em 2021.
Caracterização física dos Resíduos
Urbanos produzidos em Phantom em
2021 - Instituição Pública
3,000
2,500
Resíduos (10³ t)

2,000
1,500
1,000
0,500
0,000

Componentes

Gráfico 3: Caracterização física dos resíduos da instituição pública produzidos


em Phantom em 2021.

Caracterização física dos Resíduos


Urbanos produzidos em Phantom em
2021 - Comercial
6,000
5,000
Resíduos (10³ t)

4,000
3,000
2,000
1,000
0,000

Componentes

Gráfico 4: Caracterização física dos resíduos comerciais produzidos em Phantom


em 2021.
2. Coleta

A cidade de Phantom necessita comprar novos caminhões para a coleta do


lixo residencial e comercial. A fração do lixo total da cidade que vai para os
dumpsters é de 29,97%, que seria a porcentagem do lixo comercial e
apartamentos menos os resíduos perigosos, que não iriam para eles.
Em cada lugar em que a coleta será realizada, serão disponibilizados três
diferentes dumpsters que terão por intuito coletar o lixo orgânico, o reciclável e o
indiferenciado. Os dumpsters serão disponibilizados em locais de fácil acesso,
como nos primeiros andares de prédios, onde podem ser facilmente levados para
a rua, ou nas esquinas de ruas, possuindo um maior acesso por todos. Já em
ruas de comércio, será disponibilizado a quantidade suficiente para a coleta ser
efetiva.
Através do volume de Resíduos Comerciais produzido, considerando-se os
resíduos da Instituição pública nesse grupo, calculou-se o número de dumpsters
necessário para a coleta dos resíduos orgânicos, recicláveis e indiferenciados.
Para isso, considerou-se que em todos os pontos comerciais a coleta seletiva é
feita 100%, tanto para o lixo reciclável quanto para o orgânico. Considerando que
cada local de coleta terá três dumpsters para a coleta seletiva e tomando a taxa
de utilização do dumpster como 80%, encontraram-se os valores mostrados pela
Tabela 6. Na mesma tabela é mostrado o volume de resíduos residenciais
produzidos por dia, por categoria. Para isso, considerou-se que 60% do lixo
reciclável residencial e 30% do lixo orgânico residencial é separado. O resto do
resíduo reciclável é depositado junto com o indiferenciado. Quanto ao resíduo
orgânico, 60% é depositado junto ao lixo indiferenciado e 10% é utilizado em
sistemas de compostagem caseiras.
Tabela 6: Cálculo do volume de cada tipo de resíduo e número de
dumpsters para os resíduos comerciais

Resíduos Residenciais Resíduos Comerciais (incluindo instituição pública)

Volume (m³) Volume (m³) n° de dumpsters


Recicláveis 303,52 Recicláveis 216,80 118,15
Orgânicos 66,86 Orgânicos 95,51 52,05
Indiferenciados 944,90 Indiferenciados 260,93 142,20

Considerou-se então que iríamos ter 142 lugares de coleta, com três
dumpsters cada. Com uma taxa de apresentação de 90%, teremos então 158
pontos de coleta, ou 474 dumpsters no total.
Quanto ao planejamento sobre o número de caminhões que se necessita
comprar para a coleta do resíduo comercial, deve-se levar em conta o volume que
eles possuem, o preço de cada um, as horas de trabalho, entre outros fatores.
Para o resíduo orgânico, seriam necessárias 30,33 horas para coletar todo o lixo
produzido em um dia. Como os turnos de trabalho não podem ultrapassar 8 horas
por dia, decidiu-se dividir a cidade em duas zonas e coletar-se o lixo através de
dois caminhões. Em um dia, pela manhã, os dois caminhões coletariam o lixo
comercial de metade da cidade e no próximo turno, no mesmo dia, o lixo
comercial seria coletado no restante da cidade. No próximo dia, o lixo orgânico
não seria coletado, já que os dumpsters teriam capacidade de reter o lixo por
esses dois dias.
Para os resíduos recicláveis e indiferenciados, o volume produzido é
consideravelmente maior, portanto não é possível coletar o lixo de dois em dois
dias, já que os dumpsters tem uma capacidade menor. Assim, serão adquiridos
mais 4 caminhões, dois para cada tipo de resíduo. A coleta dos resíduos
recicláveis será feita todos os dias com dois caminhões, em dois turnos de 7,58
horas. Já a coleta dos resíduos indiferenciados se realizará todos os dias, através
de dois turnos com 2 caminhões e um turno com 1, com 7,27 horas cada. Assim,
para a coleta total do lixo dos dumpsters, serão necessários 6 caminhões do tipo
front loader com menor volume disponível e menor custo (caminhão 4 na
planilha), já que com essa quantidade de caminhões o volume não precisa ser
alto.
Para a coleta dos resíduos residenciais, considerou-se que 85% da
população da cidade vive em casas. Considerando-se uma média de 2,5 pessoas
em cada casa (valor encontrado através da quantidade de casas e população do
ano de 2010), estimou-se que existem aproximadamente 53200 casas na cidade.
Existia a possibilidade da população colocar o lixo direto na calçada, onde o
caminhão de lixo conseguiria servir 50 casas por hora, ou Waste wheelers
poderiam ser disponibilizados para todas as casas, onde o caminhão de lixo
conseguiria servir 80 casas por hora.
Realizou-se os cálculos considerando-se os fatores que influenciariam na
escolha do caminhão e na quantidade que deveria ser comprada, de modo a
encontrar a opção mais econômica. Considerando-se apenas o volume dos
caminhões e o volume de resíduos, seria necessário a compra de poucos
veículos. Porém, considerando-se o tempo que cada veículo faz a coleta, a
quantidade de veículos deve ser aumentada. Se waste wheelers fossem
disponibilizados, cada casa contaria com 3 para se realizar a coleta seletiva, em
um total de 159600 Waste wheelers. Dividiu-se a cidade em várias partes e
analisou-se o tempo em que o volume dos contentores seja quase todo ocupado,
considerando-se que o volume de um waste wheeler é de 120L, com uma taxa de
utilização de 80%.
Para o resíduo orgânico, encontrou-se que com waste wheelers, seriam
necessários 3 turnos de 8 horas (sendo 1h para ir e voltar do lugar de
compostagem), com 4 caminhões cada um, coletando durante 8 dias seguidos, a
cada 16 dias. Sem waste wheelers, seriam necessários 3 turnos de 8 horas
(sendo 1h para ir e voltar do lugar de compostagem), com 7 caminhões cada um,
coletando durante 8 dias seguidos, a cada 16 dias. Para o resíduo reciclável, na
presença de waste wheelers, seriam necessários 3 turnos de 8 horas (sendo 1h
para ir e voltar do MRF), com 5 caminhões cada um, coletando durante 7 dias
seguidos, de aproximadamente 16 em 16 dias, tempo para o contentor encher.
Sem waste wheelers, seriam necessários 3 turnos de 8 horas (sendo 1h para ir e
voltar do lugar de compostagem), com 9 caminhões cada um, coletando durante 6
dias seguidos, de aproximadamente 16 em 16 dias. Já para o resíduo
indiferenciado, na presença de waste wheelers seriam necessários 3 turnos de 8
horas (sendo 2h para ir e voltar do disposal site), com 7 caminhões cada um,
durando 6 dias para passar pela cidade toda, trabalhando então continuamente, já
que nesse tempo os contentores irão encher novamente. Sem waste wheeler,
seriam necessários 3 turnos de 8 horas (sendo 2h para ir e voltar do disposal
site), com 9 caminhões cada um, durando 6 dias para passar pela cidade toda.
Para se realizar a escolha dos caminhões e da compra ou não de waste
wheelers, realizou-se os cálculos de custos por ano. Para isso, incluiu-se na conta
o custo dos caminhões necessários em cada caso, os preços de operação, a
mão-de-obra necessária para cada caminhão e o preço dos waste wheelers.
Como os caminhões para a coleta dos resíduos residenciais recicláveis e
orgânicos serão revezados, dividiu-se o preço dos caminhões entre eles.
Considerou-se uma taxa de 5% ao ano para anualizar os custos referentes à
compra dos caminhões e dos waste wheelers, que possuem vida útil de 10 anos.
Assim, encontrou-se os valores mostrados na tabela a seguir.

Tabela 7: Cálculo dos custos com cada tipo de caminhão por ano para a
coleta do resíduo residencial, considerando as quantidades necessárias em cada
caso.

Com waste wheeler Sem waste wheeler


Caminhão 1 Caminhão 2 Caminhão 3 Caminhão 1 Caminhão 2 Caminhão 3
Lixo orgânico € 3.234.042,01 € 3.177.753,00 € 1.556.730,01 € 5.032.471,50 € 4.938.822,00 € 2.097.175,50
Lixo reciclável € 3.583.098,01 € 3.522.201,00 € 1.696.122,01 € 4.857.943,50 € 4.766.598,00 € 2.027.479,50
Lixo
€ 9.733.814,01 € 9.567.529,00 € 4.230.134,01 € 12.072.015,00 € 11.858.220,00 € 4.995.855,00
indiferenciado

Comparando-se os valores encontrados, concluiu-se que o Caminhão 3


tem o melhor custo-benefício e a compra dos waste wheelers colabora com a
diminuição dos custos. Assim, serão comprados 6 caminhões para a coleta do
resíduo reciclável e os mesmos serão utilizados na coleta do resíduo orgânico, já
que é possível intercalar sua utilização. Para o resíduo indiferenciado será
necessário a compra de mais 7 veículos já que serão utilizados todos os dias. O
total de caminhões comprados para a coleta dos resíduos residenciais será então
13 caminhões. O número de pessoas requeridas, considerando-se que o
Caminhão 3 precisa de uma pessoa para operá-lo e que haverá três turnos por
dia, será de, em média, 39 pessoas.
Os waste wheelers que serão comprados tiveram seus preços divididos em
anos. A prefeitura irá arcar com uma pequena porcentagem desses custos e a
população das casas também irá contribuir com uma taxa por mês. Se os waste
wheelers avariarem em menos de 10 anos, os residentes terão que arcar com os
custos.
Para o resíduo comercial, realizou-se as mesmas contas para se ter
conhecimento do custo total referente à compra dos caminhões, ao custo de
operação dos mesmos, à compra dos dumpsters e da mão-de-obra necessária.
Considerou-se também uma taxa de 5% para anualizar os preços da compra de
caminhões e dos dumpsters, que nesse caso possui vida útil de 5 anos.
Encontrou os valores a seguir.
Tabela 8: Cálculo dos custos com cada tipo de caminhão por ano para a
coleta do resíduo comercial, considerando as quantidades necessárias em cada
caso.

Caminhão 4 Caminhão 5
Lixo orgânico € 424.282,68 € 453.613,01
Lixo reciclável € 754.619,45 € 800.330,12
Lixo indiferenciado € 885.299,45 € 937.490,12

Desse modo, como dito anteriormente, os preços para se utilizar o


caminhão 4 foram melhores e ele foi o escolhido.
O custo total para a coleta dos resíduos comerciais, somando-se os valores
destacados na Tabela 8, foi de . Já para a coleta dos
resíduos residenciais, somando-se os valores destacados da Tabela 7, foi de
.
A população que reside em casas será responsável por pagar 75% da
conta referente à coleta de resíduos. Assim, a prefeitura receberá das residências
€/mês, ou seja, cada residência pagará por mês € 8,79. O
restante do custo será pago pela prefeitura. Já o comércio será responsável por
pagar 100% da conta mensal, assim €/mês. Considerando-se
que existem 1000 comercial accounts, cada um será responsável por pagar €
172,02.
O custo por tonelada de resíduo foi calculado dividindo-se o preço da
coleta para os resíduos comerciais e residenciais pela quantidade total de resíduo
correspondente. Desse modo, encontrou-se: para os resíduos
comerciais e para os resíduos residenciais.

3. Reciclagem

Para a realização e simplificação dos cálculos, considerou-se que 60% dos


resíduos recicláveis residenciais serão separados pela população e 100% dos
resíduos recicláveis comerciais (incluindo a instituição pública) serão separados,
considerando que nos estabelecimentos comerciais a coleta seletiva é mais
efetiva. Para essas porcentagens, calculou-se a massa de cada componente do
lixo reciclável que de fato foi separado pela população, obtendo-se a Tabela 9.

Tabela 9: Cálculo da quantidade de resíduos recicláveis separados pela


população

Resíduo total Residencial Instituição Comercial Material que irá


Material
por dia (kg/dia) (kg/dia) pública (kg/dia) (kg/dia) para U.R. (kg/dia)
Papel/
22470,8 9437,7 2247,1 4494,2 16179,0
cartão
Plástico 23083,7 9695,1 2308,3 4616,7 16620,2
Vidro 14503,9 6091,6 1450,4 2900,8 10442,8
Metais 3677,0 1544,4 367,7 735,4 2647,5
TOTAL 63735,5 26768,9 6373,5 12747,1 45889,5
Assim, o total de resíduos que podem ser reciclados é de 45889 kg/dia.
Utilizando as informações contidas no Capítulo 2, notou-se que o custo de coleta
para os materiais recicláveis seria de 154,23 , considerando-se os gastos
totais com esse tipo de resíduo e a quantidade coletada.
Como nem todo material que chega à unidade de recuperação é de fato
recuperado, devido a falta de conhecimento da população ou outros fatores,
estimou-se que 80% do material que chega à unidade consegue ser separado no
seu grupo de destino e vendido para empresas recicladoras. Considerando que o
papel/cartão e o vidro obtidos através da coleta são misturados e que a fração
metal é composta por 60% de alumínio e 40% de aço, calculou-se o ganho que
seria obtido com a venda dos materiais, de acordo com a tabela fornecida no
projeto. Assumiu-se o custo de operação e manutenção como por
tonelada processada e assim calculou-se o lucro para cada material.
Tabela 10: Cálculo do lucro obtido pela venda dos materiais

Resíduos separados Ganho com


Recuperação Custo
Material para reciclagem Ton/dia a venda Lucro
de 80% (kg/dia) (€/dia)
(kg/dia) (€/dia)
Papel/
16179,01 12943,21 12,94 388,30 776,59 -388,30
cartão
Plástico 16620,26 13296,21 13,30 2659,24 797,77 1861,47
Vidro 10442,82 8354,25 8,35 167,09 501,26 -334,17
Metais 2647,47 2117,98 2,12 1567,31 127,08 1440,23
Total 45889,56 36711,65 36,71 - - 2579,23

Com esses cálculos, a quantidade que seria depositada no aterro é


27023,8 kg/dia, correspondente à fração não separada pelas casas e o material
que não é aproveitado na unidade de recuperação.
Como pode ser observado, o custo com a recolha do papel/cartão acaba se
mostrando alto quando comparado com o preço recebido com a sua venda.
Assim, o trabalho dos “The Boy Scouts” é de interesse. Já quanto à coleta do
alumínio pelo “Kiwanis Club” não seria boa para os lucros da cidade, já que esse
material é o mais caro, compensando os prejuízos anteriores. Assim, seria
necessária uma conversa com os dois grupos para a realização de uma
discussão de interesses.
Para o cálculo do custo anual do MRF, utilizou-se a fórmula apresentada
no Capítulo 3. Considerou-se que a planta possui capacidade de tratar 50 ton/dia
de resíduo. Os outros dados encontrados estão apresentados na Tabela 11.
Tabela 11. Dados para o cálculo do custo anual.
Capacidade da
Custo Capital C . Q(produ) D . Q(rejet)
planta O&M (€/ano) L (€/ano) M (€/ano)
(€/ano) (€/ano) (€/ano)
(ton/ano)
18000 € 450.000.000,00 € 991.214,55 € 450.991.214,55 € 928.522,35 € 2.450.741,46 € 972.858,73
Através da fórmula, encontrou-se o custo anual do MRF igual a €
453.486.292,39. Já o custo por tonelada foi de € 27.450,34.
Após os cálculos, elaborou-se um diagrama de blocos que conceitua as
operações unitárias e os processos necessários em uma estação de recuperação
de materiais. O Diagrama obtido é mostrado pela Figura 1.

Figura 1: Diagrama de Blocos do processo

Por fim, foi elaborada uma planta do processo, mostrando como os


equipamentos e as unidades estariam dispostas na fábrica. O resultado pode ser
visto pela Figura 2.

Figura 2: Planta do processo de recuperação de resíduos


4. Compostagem

Os mesmos cálculos anteriores foram feitos para os resíduos orgânicos.


Considerou-se que 30% do lixo orgânico residencial é separado nos Eco-Pontos e
que 10% dele é utilizado em sistemas de compostagem caseira. Já para o lixo
orgânico comercial, considerou-se que 100% é separado nos Eco-Pontos. Com
essas porcentagens, calculou-se a porcentagem total do lixo orgânico e a
quantidade de cada material que é separado nos Eco-Pontos. Segue a Tabela 12
com os devidos dados.

Tabela 12. Cálculo da quantidade de resíduos orgânicos separados pela


população.

Resíduo Instituição Total coletado para


Porcentagem Residencial Comercial
Componente total por pública a compostagem
do lixo total (kg/dia) (kg/dia)
dia (kg/dia) (kg/dia) (kg/dia)
Madeira 1430,0 1% 1001,0 143,0 286,0 729,3
Resíduos
5107,0 3% 3574,9 510,7 1021,4 2604,6
Verdes
Bioresíduos 75788,0 37% 53051,6 7578,8 15157,6 38651,9
TOTAL 82325,0 40% 57627,5 8232,5 16465,0 41985,8

Desse modo, encontrou-se que 40% do resíduo total é orgânico e que


41985,8 kg/dia vão para a compostagem. Com os mesmos cálculos realizados
nos capítulos anteriores, encontrou-se que o custo com a coleta é

Do material que vai para a empresa de compostagem, adotou-se que 80%


forma o composto que será vendido, considerando-se que existem perdas de
massa e que nem todo material pode ser utilizado no processo. Considerando-se
que 1 m³ de composto pode ser vendido por € 52,63 e o custo de operação e
manutenção é de €30 por tonelada processada, calculou-se o custo e o lucro da
empresa. Os dados obtidos estão mostrados na Tabela 13.

Tabela 13: Cálculo do lucro obtido pela venda dos materiais.

Recuperação de Ganho com a


Componente m³/dia Custo (€/dia) Lucro (€/dia)
80% (m³/dia) venda (€/dia)

Madeira 3,04 2,43 127,94 21,87 106,06


Resíduos
26,05 20,84 1.096,63 78,14 1018,49
Verdes
Bioresíduos 133,28 106,63 5.611,72 1159,56 4452,16
Total 162,37 129,89 6.836,29 1259,57 5.576,72

Com todos os dados, calculou-se a quantidade de resíduos que vão para o


aterro, sendo a quantidade de resíduos orgânicos totais menos 80% daquilo que
foi coletado nos Eco-Pontos. Assim, encontrou-se que 48736,42 kg/dia são
resíduos não recuperados e depositados no aterro.
Para o cálculo do custo anual, utilizou-se a fórmula apresentada no
Capítulo 4. Para isso, considerou-se que a planta possui capacidade de tratar 45
ton/dia de resíduo. Segue Tabela 14 com os dados obtidos no cálculo.
Tabela 14: Dados para o cálculo do custo anual.

Custo Capital O&M C Q(produ) D Q(rejet)


L (€/ano) M (€/ano)
(€/ano) (€/ano) (€/ano) (€/ano)
€ 81000000 € 453446,24 € 81453446,24 € 2.007.619,77 € 1.981.012,69 € 1754510,95

Obteve-se um custo anual líquido de € 83.181.350,11 e um custo por


tonelada processada de € 5.503,28.
Após as realizações dos cálculos, projetou-se uma instalação de
compostagem. Para isso, elaborou-se o fluxograma da linha, especificando as
operações unitárias e os processos necessários. O diagrama obtido é mostrado
na Figura 3.

Figura 3: Diagrama de Blocos do processo

O desenho da planta foi então elaborado, incluindo-se alguns dos


equipamentos, indicando como os resíduos orgânicos se movem pela instalação.
O resultado pode ser visto pela Figura 4.
Figura 4: Planta do processo de valorização orgânica

Como a compostagem é um processo aeróbio, necessita uma alimentação


de oxigênio para que a reação aconteça. Assim, é importante ter conhecimento da
quantidade de ar que deve ser alimentado para realizar a compostagem do
resíduo considerado. Para isso, obteve-se na literatura as porcentagens dos
elementos químicos em cada um dos resíduos orgânicos que compõem o RSU,
além da humidade e dados de sólidos voláteis e sólidos voláteis biodegradáveis
para cada material.
A partir da vazão de resíduos que chega na unidade de compostagem e
dos dados citados anteriormente, foi possível obter os coeficientes da composição
química dos materiais, resultando em com massa molar
. O coeficiente estequiométrico do oxigênio foi encontrado
considerando-se a seguinte reação química:

Analisando-se a estequiometria da reação, pôde-se encontrar a quantidade


de mols de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica. Através do
número de mols encontrado e considerando-se , foi possível
encontrar a massa de oxigênio. Já o volume de ar que é preciso alimentar por ano
para oxidar a matéria orgânica que chega à unidade pôde ser encontrado
considerando-se que o ar possui 23% em massa de e que sua massa
específica é . Os dados encontrados, assim como o volume de ar
necessário por ano, estão mostrados na Tabela 15.
Tabela 15: Valores encontrados para a alimentação de ar no processo

Coeficiente N° de mols de Massa de Volume de ar


estequiométrico (mol/ano) (kg/ano) (m³/ano)
O2 22,75 36.897.793,55 1.180.729,394 4.274.443,013

5. Resíduos para energia - Incineração

Uma opção para que a prefeitura não precise realizar um programa de


reciclagem e compostagem separadamente é a instalação de uma unidade de
incineração do lixo, onde além de diminuir o volume mandado ao aterro,
consegue produzir eletricidade através do vapor gerado na queima, que pode ser
vendida posteriormente.
Realizou-se o desenho da instalação da queima de massa a ser usada,
demonstrando os principais componentes. O desenho pode ser visto na Figura 5.

Figura 5: Desenho do processo utilizado pela incineradora


Para o projeto da unidade, não considerou-se a queima dos resíduos
perigosos, já que para estes deve ser realizado um estudo mais aprofundado
sobre seu descarte e tratamento.
Três situações foram consideradas para os cálculos necessários ao
projeto. Considerou-se a queima de todos os resíduos, de todos menos os
orgânicos e de todos menos os orgânicos e recicláveis. Para o cálculo da
alimentação de resíduos na incineradora considerou-se que a planta opera 350
dias por ano. O volume de alimentação foi encontrado a partir das densidades
apresentadas no Capítulo 2, sendo que o volume das cinzas (que são enviadas
ao aterro) foi considerado como sendo 10% deste valor inicial. Quanto ao volume
enviado ao aterro, considerou-se que todo o lixo produzido em 15 dias do ano vai
diretamente ao aterro enquanto nos outros dias ele é alimentado apenas com as
cinzas. Para o cálculo da massa enviada ao aterro, considerou-se a densidade
das cinzas como sendo 1186,5 kg/m³. Os valores obtidos são mostrados na
Tabela 16.

Tabela 16: Cálculos da quantidade de resíduos alimentada na planta e


depositados no aterro

Resíduos totais Resíduos totais menos


Resíduos totais
menos orgânicos orgânicos e recicláveis
Alimentação de
resíduos para queima 71426,66 42612,90 20305,48
(ton/ano)
Alimentação de
resíduos para queima 204,07 121,75 58,01
(ton/dia)
Volume de
alimentação para 668779,98 557351,73 304422,41
queima (m³/ano)
Volume enviado ao
95555,32 79637,0 43504,23
aterro (m³/ano)
Massa enviada ao
113,38 94,49 51,32
aterro (ton/ano)

Com as quantidades de resíduos a serem processadas já estimadas, foi


possível obter a renda derivada da venda da eletricidade. De acordo com a
literatura, foi suposto que a incineradora produz 600 kWh de eletricidade por
tonelada de lixo entregue na instalação, com uma receita de € 0,05 / kWh. A
Tabela 17 mostra os dados obtidos para a quantidade de eletricidade produzida
por ano e a renda de acordo com a quantidade de resíduos.
Tabela 17: Eletricidade produzida e receita com sua venda

Resíduos totais Resíduos totais menos


Resíduos totais
menos orgânicos orgânicos e recicláveis
Eletricidade gerada
42855997,82 25567742,44 12183286,67
(kWh/ano)
Receita com a venda
€ 2.142.799,89 € 1.278.387,12 € 609.164,33
de energia (€/ano)

Para cálculo do custo total anual, utilizou-se a fórmula apresentada no livro


base, dada por:
Custo total (€/ano) = –
Considerando-se o custo capital como sendo € 150.000 / ton de
capacidade diária de projeto, estimou-se a capacidade da planta para cada um
dos casos. O custo de operação (€ 130,00 / tonelada queimada) foi então somado
com o custo capital e esse valor foi anualizado. O custo do descarte do resíduo no
aterro foi considerado como € 120 / ton e o custo para coleta do resíduo foi
calculado considerando-se que 30% do resíduo é comercial e 70% é residencial.
Calculou-se então o custo total e o custo por tonelada de resíduo, sendo os dados
apresentados na Tabela 18.
Tabela 18: Custo por ano e por tonelada.

Resíduos totais menos Resíduos totais menos


Resíduos totais
orgânicos orgânicos e recicláveis
Ton do design
250 150 80
(ton/dia)
Custo de Capital (€) € 37.500.000,00 € 22.500.000,00 € 12.000.000,00
Custo de operação
€ 9.285.466,19 € 5.539.677,53 € 2.639.712,11
(€/ano)
Capital + O&M € 46.785.466,19 € 28.039.677,53 € 14.639.712,11
N (€/ano) € 3.320.203,27 € 1.990.143,50 € 1.039.383,03
D.Qash (€/ano) € 9.889.747,46 € 8.154.993,64 € 4.449.236,29
C.Qprod (€/ano) € 9.272.705,97 € 5.532.064,82 € 2.636.084,58
CUSTO TOTAL ANUAL
€ 20.339.856,82 € 14.398.814,85 € 7.515.539,56
(€/ano)
Custo por tonelada
€ 284,77 € 337,90 € 370,12
(€/ton)

6. Aterro Sanitário

Outra alternativa para o depósito dos resíduos indiferenciados, retirando os


resíduos recicláveis e orgânicos, é a utilização de aterro sem o auxílio de uma
incineradora. Considerando que utilizar um aterro com tempo de vida longo é
mais conveniente do que passar por todo o processo de pesquisa, licitação e
construção duas vezes, os cálculos foram feitos para um aterro que dure 20 anos.
Assim, estimou-se a quantidade de resíduos produzidos em 2031 e 2041, tendo
uma média de resíduos produzidos no total de 20 anos (2021 até 2041). Para
isso, calculou-se a população nos anos de 2031 e 2041 através da equação
apresentada no Gráfico 1.
Considerou-se que a situação econômica do país irá continuar melhorando
ao decorrer dos anos e, assim, a produção de resíduos também aumentará.
Sendo assim, estimou-se que no ano de 2031 Phantom terá 166.420,64
habitantes, recolhendo em torno de 500 kg/hab.ano de resíduos urbanos. Já em
2041, a estimativa é que terá 176.371,14 habitantes, recolhendo em torno de 530
kg/hab.ano de resíduos urbanos.
Com esses dados da população, calculou-se a quantidade de resíduos
indiferenciados que serão recolhidos nos anos de 2031 e 2041 na cidade de
Phantom, conforme demonstra as tabelas a seguir.

Tabela 19: Lixo indiferenciado Phantom 2031

Resíduo Resíduo Resíduo Densidade Volume total Volume total


Componente
(% em peso) (ton/dia) (ton/ano) (kg/m3) (m³/dia) (m³/ano)

Compósitos 4,0 9,1 3328,41 100 91,20 33284,13


Têxteis 4,0 9,1 3328,41 65 140,29 51206,35
Têxteis sanitários 8,0 18,2 6656,83 35 521,08 190195,02
Outros resíduos 1,6 3,6 1331,37 100 36,47 13313,65
Resíduos
2,3 5,2 1913,84 100 52,43
Volumosos 19138,37
Resíduos finos 8,5 19,4 7072,88 150 129,18 47152,51
Total 64,7 23631,73 - 970,66 354290,04

Tabela 20: Lixo indiferenciado Phantom 2041

Resíduo Resíduo Resíduo Densidade Volume total Volume total


Componente
(% em peso) (ton/dia) (ton/dia) (kg/m3) (m³/dia) (m³/ano)

Compósitos 4,0 10,2 3739,07 100 102,44 37390,68


Têxteis 4,0 10,2 3739,07 65 157,60 57524,12
Têxteis sanitários 8,0 20,5 7478,14 35 585,37 213661,04
Outros resíduos 1,6 4,1 1495,63 100 40,97 14956,27
Resíduos
2,3 5,9 2149,96 100 58,90
Volumosos 21499,64
Resíduos finos 8,5 21,8 7945,52 150 145,12 52970,13
Total 72,7 26547,38 - 1090,41 398001,89

Para os cálculos de qual deveria ser a área de um aterro que suportasse


20 anos de resíduos, utilizou-se as estimativas feitas para o ano de 2041 (Tabela
19), pois é o ano que possui maior quantidade de resíduos descartados, existindo
assim uma margem de segurança. Designou-se então a massa e o volume dos
resíduos que seriam aterrados por 20 anos. Assumindo a densidade do lixo
compactado como 593,27 kg/m3, obteve-se o volume de resíduos compactados.
Supondo que seja necessário utilizar terra para cobrir os resíduos em um valor de
20% do volume de resíduos compactados, encontrou-se volume total de materiais
no aterro após 20 anos. A Tabela 21 mostra os valores calculados.
Tabela 21: Quantidade de resíduos no aterro em 20 anos.
Volume resíduos Volume resíduos
Massa resíduos Volume resíduos Volume de terra
compactados compactados +
20 anos (ton) 20 anos (m3) necessário
(m3) terra (m3)
530947,68 7960037,85 894951,17 178990,23 1073941,40
De acordo com os cálculos, seria necessário um espaço de 1073941,4 m3
para alocar os resíduos por um período de 20 anos. Para isso, estimou-se que o
local em que o aterro seria construído deve ter 165 metros de largura, 245 metros
de comprimento e 27 metros de altura, sendo que 20 metros estará abaixo da
superfície e 7 metros acima da superfície. Obteve-se um volume de 1091475 m3
de aterro e uma área de 40425 m2. Para que a profundidade seja alcançada, é
necessário retirar 808500 m3 de terra, sendo ela suficiente para a compactação e
cobertura do aterro. A terra residual pode ser vendida.
O aterro deve ser construído em uma área de fácil acesso para melhor
atender a população da cidade e diminuir os gastos com transporte dos resíduos.
Porém, existem algumas restrições quanto ao local: não deve ser perto da costa
marítima devido a sua profundidade, deve ser construído em terra seca e não
húmida, longe de aeroportos para não haver choques, longe de áreas com
impacto sísmico, áreas instáveis e de falhas. Além disso, deve-se evitar construí-
lo perto de áreas residenciais.
A população pode ser contra a construção do aterro, alegando que causará
mal cheiro, atrairá animais e doenças para as proximidades, ou que traz impacto
ambiental e visual. A maioria das reclamações pode ser ocasionada pelo não-
conhecimento do processo. Desse modo, a empresa pode fazer palestras
explicando o seu funcionamento para a população. Além disso, para contribuir
com a visão de “bem-feitor”, a empresa pode construir pequenos parques,
elaborar campanhas de coleta seletiva para minimizar a quantidade de resíduos
que vai para o aterro, além de implantar a tecnologia de transformação do biogás
em energia elétrica, mostrando para a sociedade os efeitos benéficos da
instalação.
O aterro funciona como um grande Biorreator, produzindo biogás e
lixiviados com o passar do tempo. Os cálculos referentes à produção de biogás no
aterro foram feitos considerando tabelas apresentadas em aula sobre a
porcentagem de cada elemento químico nos materiais, além de sua porcentagem
de humidade. Utilizando a vazão de resíduos do ano de 2041 e calculando o peso
dos materiais em base seca, encontrou-se quantas toneladas por ano de cada
elemento químico iam para o aterro, dividindo-os por suas massas molares e
encontrando o número de mols. Desconsiderando a quantidade de enxofre nos
materiais, encontrou-se os coeficientes a, b, c e d para a fórmula geral
da composição química geral dos materiais descartados. A Tabela 22 mostra os
valores encontrados.

Tabela 22: Cálculos para a definição da composição química geral dos


materiais.
C N S
H (ton/ano) O (ton/ano)
(ton/ano) (ton/ano) (ton/ano)
Toneladas totais
13320,52 1635,37 7062,68 621,93 27,66
(ton/ano)
Mols/ano 1110,04 1635,37 441,42 44,42 0,86
Coeficientes da
25 37 10 1 0
composição química
A partir dos coeficientes da composição química, encontrou-se a massa
molar .
A reação para formação de biogás (formado basicamente por metano,
dióxido de carbono e amônia) a partir da matéria orgânica é dada por:

A estequiometria da reação foi encontrada pelas fórmulas apresentadas.


Sabendo-se então o número de mols de cada gás que é formado a partir de 1 mol
de matéria orgânica, encontrou-se o volume dos gases, considerando-se que 1
mol=22,4L. Dividindo então o volume do gás pela quantidade de gramas existente
em 1 mol de matéria orgânica ( ), foi possível encontrar a
produção de cada um dos gases por quilo de matéria orgânica. Os valores
encontrados são apresentados na Tabela 23.

Tabela 23: Produção dos gases componentes do biogás a partir da matéria


orgânica.

CH4 CO2 NH3


Coeficientes
14,23641 10,751369 1
estequiométricos
Volume (m³) 0,318895 0,2408307 0,0224
Produção
0,625712 0,4725395 0,043952
(m³/kg)

7. Design do Aterro Sanitário

O novo aterro deve ser construído de modo a atender as normas da RCRA.


Para estimar o seu custo total, deve-se levar em conta os custos com o terreno,
com a limpeza do local, construção de cercas, de canalizações para o biogás e
lixiviados, entre vários outros gastos.
Para a construção do aterro é necessário uma área de cerca de 40425 m2,
como mostrado anteriormente. A opção A é utilizar um terreno que se encontra a
1 hora da cidade, com um preço de 12,35 €/m2 e a opção B equivale a um terreno
que se localiza a 30 minutos da cidade, custando 24,71 €/m2. Contudo, deve-se
levar em consideração os preços para se construir estradas que vão até o aterro,
além de pavimenta-las. Para se estimar a distância dos dois terrenos até a
cidade, considerou-se que o caminhão possui uma velocidade de 60 km/h. Sendo
assim, o terreno A se encontra a 60 km da cidade e o B a 30 km. A Tabela 24
mostra os valores encontrados para cada uma das opções.
Tabela 24: Comparação entre a opção A e B

Opção A Opção B

Custo da Terra € 499.473,16 € 998.946,32

Canalizações € 1.997.892,64 € 1.997.892,64

Custo estradas
€ 3.728.227,15 € 1.864.113,58
pavimentadas
TOTAL € 6.225.592,95 € 4.860.952,53

Comparando-se os valores totais dos custos notou-se que a Opção B é


mais econômica, escolhendo-se então o terreno mais próximo à cidade.
O custo anual do aterro pôde ser calculado considerando-se todas as
contribuições para o preço e anualizando os valores para seus tempos de vida,
com juros de 5% a.a. Para realizar a pesagem dos caminhões utilizou-se uma
balança com vida útil de 20 anos, que também teve seu valor anualizado.
Para o encerramento do aterro daqui 20 anos, considerou-se um custo de
24,71 €/m2. Para que este dinheiro estivesse disponível na época correta,
calculou-se quanto dinheiro deveria ser investido por ano através de uma série
uniforme de pagamentos, dada por:

onde VF é o valor futuro (€ 998.946,32), i é o juros estabelecido e n são os anos,


(20 anos). Com a utilização desta formula obteve-se o custo anualizado de €
30.210,72. Para o cálculo dos custos operacionais utilizou-se a vazão de resíduos
obtida no Capítulo 2. O custo por tonelada foi encontrado através da produção de
resíduos do ano de 2041. Os valores encontrados são mostrados na Tabela 25.
Tabela 25: Custo total do aterro e custo por tonelada aterrada.

€ Anualizado

Custo do terreno +
estrada + € 4.860.952,53 € 390.055,40
canalização

Custo da balança € 200.000,00 € 16.048,51

Custos no local € 499.473,16 € 40.079,01


Custos de
€ 998.946,32 € 30.210,72
encerramento
Custos operacionais € 423.514,25 € 33.983,87

Custo total (€/ano) € 510.377,51

Custo por tonelada aterrada (€/ton) € 19,23


8. Conclusões

No decorrer do projeto foi possível avaliar diferentes abordagens que


poderiam ser dadas ao problema dos resíduos urbanos de Phantom. Todas as
opções foram exploradas e tiveram seus custos minuciosamente calculados.
Independente da opção a ser escolhida, os custos com a coleta dos resíduos
devem ser considerados e um aterro sanitário se faz necessário, sendo que o
custo anual para a construção do novo aterro foi somado em cada uma das
opções. Uma opção que não inclui a construção de um novo aterro é a de assinar
um novo contrato com o Trash County Landfill e aterrar todo material por € 80,00/
ton. Porém, considerando que a cidade não vai cumprir a ordem de diminuir em
50% a quantidade de lixo aterrada, deverá pagar €10.000,00/dia sendo que esses
valores foram incluídos no cálculo para essa opção, além dos custos com a
coleta, que continuará sendo de responsabilidade da cidade. Um resumo dos
custos coletados ao decorrer do trabalho é mostrado na Tabela 26.
Tabela 26: Custos para os diferentes destinos do RSU
Custos anuais
Unidade de reciclagem € 453.486.292,39
Unidade de Compostagem € 83.181.350,11
Incineração de todos resíduos € 20.339.856,82
Incineração de resíduos
€ 14.398.814,85
indiferenciados e recicláveis
Incineração de resíduos
€ 7.515.539,56
indiferenciados
Indiferenciados mandados
€ 407.106,31
para o aterro
Todos os resíduos mandados
€ 19.162.177,06
para o TCL

De acordo com as diferentes opções analisadas, várias opções foram


encontradas para a destinação dos diversos tipos de materiais, sendo listadas
abaixo:
Opção 1: Reciclagem + Compostagem + Incineração dos resíduos
indiferenciados;
Opção 2: Reciclagem + Compostagem + Indiferenciados mandados diretamente
para o aterro;
Opção 3: Incineração de todos os resíduos;
Opção 4: Compostagem + Incineração dos resíduos recicláveis e indiferenciados;
Opção 5: Todos os resíduos mandados para o Trash County Landfill.
Os custos relativos a cada uma das opções, fazendo as considerações
citadas anteriormente, estão mostrados na Tabela 27.
Tabela 27: Custos relativos a cada uma das opções apresentadas

Opção1 € 544.693.559,58
Opção 2 € 537.585.126,32
Opção 3 € 20.850.234,33
Opção 4 € 98.090.542,46
Opção 5 € 19.162.177,06

Como pode ser visto, enviar todos os resíduos para o Trash County Landfill
pagando multas diárias seria a opção mais econômica. Porém, considerando-se
que as sociedades evoluem, que os preços para se aterrar o material por uma
empresa terceirizada vão aumentar e que aterrar os resíduos com seus volumes
originais demanda uma área muito maior, escolheu-se a Opção 3 como a mais
viável, que indica a incineração de todos resíduos.
A principal vantagem da incineração do resíduo é a redução do volume de
material que deve ser aterrado. No caso de substâncias tóxicas ou perigosas, um
objetivo ainda mais importante é a eliminação do perigo tóxico associado ao
material. A desvantagem é o impacto ambiental com o ar, devido a queima dos
resíduos liberarem gases e partículas. Para controlar esta liberação, ou grande
parte, é necessário supervisionar periodicamente os filtros dos incineradores e
fazer uso de lavadores de gás para minimizar os gases e o pó gerado através da
combustão. Podem também ocorrer impactos ambientais como vazamento de
líquidos e gases e contaminação dos lençóis freáticos. Para evitar todos estes
impactos é necessário cuidar dos resíduos depositados no aterro e utilizar
tratamentos específicos para os líquidos liberados. Como já citado anteriormente,
as incineradoras possuem sistemas de geração de energia elétrica a partir do
vapor liberado pela queima da matéria. Desse modo, seus impactos negativos
acabam por ser balanceados.
A opção ecologicamente mais correta seria a opção 1, porém apresentou
um custo extremamente elevado em relação aos demais. Se a administração da
cidade tiver como maior objetivo melhorar a sociedade e preservar o ambiente
para as gerações futuras, maneiras de diminuir os custos para a opção em
questão deveriam ser discutidas.

Vous aimerez peut-être aussi