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O Livro de ,

OS EIAS
Autor Pouco se sabe sobre as origens e a forma- a fase final da sua história. A antiga fé israelita, que Oséias des-
ção do autor deste livro, o profeta Oséias, filho de creve magnificamente através de analogias com o amor conjugal
Beeri (1.1). Embora o texto não o afirme diretamen- e paternal (2.14-23; 11.1-4). tornou-se poluída pelos elementos
te, a familiaridade de Oséias com a geografia (415; da religião de fertilidade dos cananeus. Esses cultos de fertilidade
5.1,8; 6.8-9; 9.15; 10.5; 12.11) e a história do reino do Norte de centravam-se especialmente na adoração a Baal, um deus que
Israel (5.13; 7. 7, 11; 8.4,9-14) sugere que ele seja nativo do reino acreditavam ser o doador da chuva e da fertilidade. Os israelitas
do Norte. incorporaram à fé ortodoxa elementos dessa religião de fertilida-
de dos cananeus, especialmente os ritos sexuais, que incluíam
1 Data e Ocasião OLivro de Oséias é um re- prostituição ritual e orgias causadas pela embriaguez (4.10-13).
. flexo do seu ministério profético que abrangeu os A adoração ao Senhor e a adoração a Baal (cuja tradução literal é
~ anos críticos do declínio e da decadência religiosa do "senhor" ou "mestre") se misturaram e chegaram mesmo a iden-
- reino do Norte, de aproximadamente 750 a.e. até al- tificar-se (2.5-13). A corrupção religiosa evidenciava-se não ape-
guns anos antes da queda de Samaria, em 722 a.e. A pregação de nas nessa forma popular e sincrética de religião, algumas vezes
Oséias estava centrada na quebra da aliança de Israel com Deus, chamada de forma "baalizada" da adoração de Javé, mas tam-
pela mistura da adoração pura ao Senhor com a idolatria dos povos bém na vida dos líderes religiosos. Através da corrupção, da ava-
vizinhos (sincretismo religioso), e no juízo iminente. Contudo, a pro- reza e da dureza de coração, eles não apenas negligenciaram a
clamação de Oséias quanto à natureza do amor de Deus soa como instrução do povo na fé verdadeira, mas também toleraram e, em
um dos pontos mais positivos no livro. Para mais informações so- alguns casos, chegaram até a apoiar o sincretismo religioso
bre o casamento e a vida familiar de Oséias, veja adiante "Dificul- (4.4-13; 5.1; 6.9).
dades de Interpretação''.
O reino do Norte de Israel viveu um estado de declínio político ,------- Dificuldades de Interpretação A
e social nos seus anos derradeiros. A prosperidade econômica e a questão de como interpretar os acontecimentos
segurança política que a nação experimentou durante o reinado de pessoais da vida de Oséias, que fazem um paralelo
Jeroboão li (c. 793-753 a.C.) foram seguidas de um período de ~ simbólico à sua mensagem profética, há muito tem-
caos político e social e de declínio religioso sob os seis reis seguin- po tem deixado perplexos os leitores do Livro de Oséias. Os deta-
tes, que reinaram por um período total de vinte e cinco anos (2Rs lhes sobre a vida familiar de Oséias fornecidos nos caps. 1 e 3
15.8-17.41 ). Quatro dentre esses reis foram assassinados por devem ser compreendidos literal ou alegoricamente? Através dos
aqueles que usurparam seus tronos (Zacarias, Salum, Pecaías e tempos sempre houve estudiosos que interpretaram esse deta-
Peca); um tornou-se prisioneiro político (Oséias, 2Rs 17.3-4); e lhes da vida conjugal de Oséias de maneira alegórica, por causa
apenas um foi sucedido por seu filho (Menaém, 2Rs 15.23) da perplexidade moral causada pela ordem do santo Deus para
A pregação de Oséias reflete tanto a calma relativa que o reino Oséias casar-se com uma prostituta. Outros, argumentando que
do Norte experimentou sob Jeroboão li (2.5,8, 13) como o tumulto 1.2 se refere ao futuro, raciocinam que Gômer tenha se tornado
nos assuntos nacionais (7.3-7; 13.10-11) e estrangeiros (7 8-12; uma prostituta somente após o nascimento do primeiro filho de-
12.1 ). A guerra siro-efraimita em particular (735-732 a.C.; 2Rs les. Ainda outros, defendendo uma leitura literal modificada, ar-
15.27-30; 16.5-9; Is 7.1-9) parece permear a mensagem de Oséias gumentam que Gômer não era uma prostituta comum, mas antes
em 5.8-1 O. Orei Peca, de Israel, tinha feito uma aliança com Rezim, uma mulher envolvida com a prostituição cultuai relacionada com
da Síria, para resistir à ação expansionista do reino da Assíria, a religião de fertilidade de Baal. Contudo, o casamento real do
governado por Tiglate-Pileser Ili. Peca atacou então Judá, que se profeta com uma esposa infiel tornaria a analogia do relaciona-
recusou a participar da aliança com a Síria. A Assíria respondeu ao mento do Senhor com Israel mais vívida e essa parece ser a in-
pedido de auxílio de Judá atacando a capital da Síria, Damasco, e tenção do texto.
subjugando sistematicamente o extenso território do reino do De forma semelhante tem-se questionado sobre os filhos de
Norte de Israel. Oséias. Seus nomes, como os dos filhos nascidos de Isaías e da
A indefinição política do reino do Norte entre o Egito e a Assíria profetisa em Is 8.1-4, tem a intenção de ter um significado simbóli-
também se reflete no texto (5.13; 7.11; 8.9-1 O; 9.3; 11.5; 12.1 ). co (cf. Is 7.3; Ez 23). Os nomes dados aos filhos de Oséias (Jezreel,
Essa indefinição teve por conseqüência um ataque posterior por Desfavorecida e Não-Meu-Povo; 1.4,6,9 e notas) ilustram proposi-
parte dos assírios, a prisão do rei Oséias, o cerco à Samaria e final- tadamente a mensagem de Oséias sobre o crescente desconten-
mente a destruição do reino do Norte. Embora esse fim seja espe- tamento de Deus com a desobediência de Israel, mas também
rado por Oséias, a queda de Samaria em 722 a.C. ainda não havia transmitem a mensagem de esperança, renovação, amor e restau-
ocorrido na época da sua profecia (13.16). ração (2.21-23, notas).
O reino do Norte viveu um grande declínio espiritual durante Um problema semelhante surge na relação entre o cap. 1, que
OSÉIAS 1006
apresenta um relato na terceira pessoa sobre o casamento de de e do arrependimento convocam aqueles que pertencem à co-
Oséias com Gômer e o nascimento de seus filhos, e o cap. 3, que munidade da aliança a se arrependerem e a renovarem seu
apresenta um relato na primeira pessoa das instruções de Deus a relacionamento de amor com o Senhor.
Oséias quanto a amar uma mulher infiel. Embora esses capítulos Outro importante tema do livro centraliza-se no significado de
tenham sido mais freqüentemente considerados como um relato "conhecer" o Senhor (2.20; 4.1; 5.4; 6.3,6; 13.4). Parece tratar-se
cronologicamente seqüencial de um único casamento, alguns ar- de um termo técnico para a intimidade, lealdade e obediência. O
gumentam que duas mulheres e dois casamentos diferentes são livro ensina que o verdadeiro conhecimento de Deus não se re-
descritos nesses capítulos. Outros ainda sugerem que os capítulos sume em possuir informações corretas a respeito dele, mas inclui a
não estão em seqüência, mas antes descrevem o mesmo episó- intimidade típica do casamento e da vida em família, intimidade
dio. Por trás desses pontos de vista diferentes estão dificuldades que se evidencia na adoração, no estilo de vida e na lealdade ao
textuais e da tradução do texto hebraico. Por exemplo, a expressão Senhor da aliança. Oséias também adverte que o pecado pode
"outra vez" em 3.1 se encontra entre "disse" e "vai" no hebraico, e iludir o povo, levando-o a pensar que conhece e compreende a
poderia significar ou "O Senhor disse outra vez" ou "O Senhor dis- Deus, quando, na verdade, estão muito distantes dele (8.2)
se: Vai outra vez''. Embora as discussões continuem, o significado Uma polêmica contra o sincretismo religioso (uma mistura
profundo do(s) casamento(s) do profeta como um retrato do rela- de religião verdadeira e falsa) também difunde-se pelo livro
cionamento de Deus com Israel é bastante claro. (2.2-13; 4.10-19; 5.4; 9.1, 1O). Repetidas vezes Oséias aponta
para o pecado do reino do Norte de tentar unir a adoração do Se-
Características e Temas o Livro de nhor da aliança com a religião cananéia e sua deificação do sexo e
Oséias não é sobre Oséias, mas sobre Deus e seu da natureza. A impossibilidade de tal união adverte a Igreja a per-
relacionamento com o povo da aliança, Israel. Deus manecer fiel mesmo em meio a uma cultura que encoraja o com-
enfatiza sua singularidade e soberania (12.9; 13.4) promisso e a aceitação de princípios e crenças incompatíveis
Por causa da sua santidade peculiar (11.9), adorá-lo é a única com a doutrina bíblica. Além disso, a descrição realista de Oséias
resposta apropriada (3.5) e ele não tolera exigências rivais. Como sobre o pecado lembra os crentes da natureza e das conseqüên-
soberano, tudo está sob seu governo, seja a fertilidade (2.8), a cias do pecado humano: incorre em julgamento divino (9.9;
história de Israel (5.14-15) ou as nações (10.10). 13.12); causa graves crises na natureza e na sociedade (4.3) e
Há recorrência de diversos temas por todo o livro, temas que corrompe a personalidade humana. O povo se torna semelhante
continuam a ter relevância religiosa para a comunidade de fé nos àquilo que ama (9.10).
dias de hoje (14.9, nota). Otema da infidelidade à aliança, simboli- A mensagem de Oséias é intensificada pelo efetivo uso que
zado de forma tocante pelo relacionamento de Oséias com sua faz das ilustrações. As metáforas mais intensas e de maior exten-
mulher promíscua, permeia o livro. Intimamente ligado a este, sur- são derivam-se da experiência humana da intimidade. Utilizando a
ge o tema do arrependimento. Oséias chama o povo inconstante figura do casamento humano (caps. 1-3) e da vida em família
de Israel a voltar-se para o Senhor para restabelecer o relaciona- (11.1-4, 1O), Oséias retrata o relacionamento entre Deus e seu
mento íntimo com Deus que já tinham experimentado no período povo. Em outras figuras, Deus é comparado com a traça e com a
do deserto (2. 7, 14, 19-20). Promessas de restauração, como as podridão (5.12), com a chuva serôdia (6.3), com um leão (5.14;
que aparecem em 1.11 e 2.23, serão cumpridas sob a nova aliança 11.10; 13.7-8), com um leopardo (13.7), com uma ursa (13.8) e
através de Jesus Cristo (Rm 5.8; Ef 2.4-1 O). Os temas da infidelida- com um cipreste (14.8).
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Esboço de Oséias
1. Cabeçalho ( 1.1 )
li. A lição tirada da vida familiar de Oséias 3. Chamado ao arrependimento (6.1-3)
(1.2-3.5) B. A acusação de violar a aliança com Deus
A. A esposa e os filhos de Oséias: uma parábola de (6.4-11.11)
julgamento (1.2-2.1 ) 1. Infidelidade e decadência (6.4-7.16)
B. Infidelidade e castigo (2.2-13) 2. Anúncio do julgamento (cap. 8)
C. Reconciliação e restauração (2.14-23) 3. Culpa e castigo (caps. 9-1 O)
D, A redenção da esposa e do povo (cap. 3) 4. O amor infalível de Deus (cap. 11)
Ili. A mensagem profética de Oséias (caps. 4-14) C. A acusação da infidelidade ao Senhor
A. A acusação da falta do conhecimento de Deus (11.12-14.9)
(4.1-6.3) 1. Israel, o infiel (11.12-12.14)
1. A acusação do Senhor contra Israel (cap. 4) 2. Ofim da compaixão (cap. 13)
2. Repreensão contra os sacerdotes e o povo 3. Retomo e promessa de renovação
(cap. 5) (cap. 14)
. - ---- · - -.. ----
1007 OSÉIAS 1, 2
O casamento de Oséias, arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem pelos cavalos,
símbolo da infidelidade de Israel nem pelos cavaleiros.
Pala~ra do .SENHOR, ~ue foi ~irigida a Oséias, f~lho de 8 Depois de haver desmamado a Desfavorecida, concebeu
1 Been, nos dias de ªUz1as, bJotao, e Acaz e dEzeqwas, reis
de Judá, e nos dias de eJeroboão, filho de Joás, rei de Israel.
e deu à luz um filho. 9 Disse o SENHOR a Oséias: Põe-lhe o
nome de 4 Não-Meu-Povo, porque vós não sois meu povo,
2 Quando, pela primeira vez, falou o SENHOR por intermé- nem eu serei vosso Deus.
dio de Oséias, então, o SENHOR lhe disse: J\Tai, toma uma to Todavia, ºo número dos filhos de Israel será como a
mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, por- areia do mar, que se não pode medir, nem contar; Pe aconte-
que ga terra se / prostituiu, desviando-se do SENHOR. cerá que, no lugar onde se lhes dizia: Vós qnão 5 sois meu
3 Foi-se, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim, e ela con- povo, se lhes dirá: Vós 'sois filhos do Deus vivo. 11 sos fi-
cebeu e lhe deu um filho. 4 Disse-lhe o SENHOR: Põe-lhe o lhos de Judá e os filhos de Israel se congregarão, e constitui-
nome de Jezreel, porque, daqui a pouco, hcastigarei, pelo rão sobre si uma só cabeça, e subirão da terra, porque
sangue de Jezreel, a casa de Jeú ie farei cessar o reino da grande será o dia de Jezreel.
casa de Israel. 5 /Naquele dia, quebrarei o arco de Israel no Chamai a vosso irmão 'Meu-Povo e a vossa irmã, 2 Fa-
vale de Jezreel.
6 Tornou ela a conceber e deu à luz uma filha. Disse o
2 vor.

SENHOR a Oséias: Põe-lhe o nome de 2 Desfavorecida, 'porque A infidelidade do povo e a fidelidade de Deus
eu não mais tornarei a favorecer a casa de Israel, 3 para lhe 2 3 Repreendei vossa mãe, 4 repreendei-a, porque ªela não
perdoar. 7 mporém da casa de Judá me compadecerei e os é minha mulher, e eu não sou seu marido, para que ela afaste
salvarei pelo SENHOR, seu Deus, pois nnão os salvarei pelo bas suas prostituições de sua presença e os seus adultérios de

·-CAPiTU~~ 1 t a 2Cr 26. Is 1 1, Am 1 1-b 2Rs 15 ; 7,;;-38 2Cr 27, Mq 1 1 e 2Rs 16 1-20, 2Cr 28 d 2Rs 18-20. 2Rs 29 1-32 33. Mq
1.1 e 2Rs 13 13; 14 23-29, Am 1 1 2/0s 3 1 g Ot 31 16, Jz 2 17, SI 73 27, Jr 2 13, Ez 16 1-59, 23 1-49 1 Adultério esprntual 4 h 2Rs
10.11 i2Rs 15.8-10; 17.6-23; 18.11 5 /2Rs 15.29 6 i2Rs 17.6 2 Lit. Não misericórdia. Hebr. Lo-Ruhamah 30u mas tudo lhe tirarei 7 m 2Rs
19.29-35; Is 30.18; 37.36-37 n SI 44.3-7; [Zc 4.6] 9 4 Hebr.Lo-Ammi 1O o Gn 22.17; 32.12; Jr 33.22 P 1Pe 2.1 O q Rm 9.26 r Is 63.16;
64.8; [Jo 112] 5 Hebr. Lo-Ammi, v. 9 11 s Is 11.11-13; Jr 3.18; 50.4; [Ez 34.23; 37.15-28]
CAPÍTULO 2 1 1 Hebr. Ammi, Os 1.9-1 O2 Hebr. Ruhamah. Os 1.6 2 a Is 50.1 bEz 16.25 3 Ou Contendei com 4 Ou contendei com ela
•1.1 Oséias introduz a sua profecia chamando-se de mensageiro de Deus. Seu •1.9 Não-Meu-Povo. Este é o nome do terceiro filho, assinalando o ponto alto
nome, provavelmente, signifique "ele [Deus] salvou". do castigo divino, quando Deus cancela a antiga fórmula da aliança (Êx 6.7; Lv
Uzias... Jeroboão. Enquanto quatro dos reis de Judá são citados, Uzias (tam- 26.12; Dt 26 17-19) e declara que a aliança não está mais em vigor (v. 1O, notas)
bém chamado de Azarias, 792-740 a.C.). Jotão (750-735 a.C.). Acaz (735-715 nem eu serei vosso Deus. Lit. "não sou o Eu Sou para vós", uma referência ao
a.C.) e Ezequias (715-686 a C.). o único rei do Norte citado é Jeroboão li (c. nome de Deus usado em Êx 3.14.
793-753 a.C.). Talvez o escritor pensasse que os reis do Norte que reinaram entre •1.10--2.1 As profecias crescentemente severas de juízo simbolizadas nos
Jeroboão li e a queda do reino do Norte, em 722 a.C. (quatro deles foram assassi- nomes dos três filhos de Oséias são, agora, dramaticamente invertidas.
nos). não eram dignos de ser mencionados. •1.10 a areia do mar. Uma clara referência à antiga promessa patriarcal de
•1.2 uma mulher de prostituições. Ver a Introdução: Dificuldades de Interpre- inúmeros descendentes (Gn 22.17; 32.12; cf. Gn 13.16; 15.5; 26.24; 2814)
tação. Quanto ao tema da infidelidade conjugal e na aliança, ver a Introdução: Ca-
Vós não sois meu povo. A promessa da restauração a essas pessoas foi
racterísticas e Temas. cumprida, pelo menos em parte, quando os remanescentes do Norte junta-
a terra se prostituiu. A esposa e os filhos de Oséias. juntamente com todos os ram-se ao Sul durante o reinado de Ezequias (2Cr 30.11, 18) e depois do exílio
habitantes da terra, são considerados infiéis. (1 Cr 9.3; Ed 8.35). O Novo Testamento aplica essa promessa à Igreja, o verda-
•1.3 Gômer. O nome dela não tem qualquer significação simbólica, diferente- deiro Israel, composta tanto por judeus quanto por gentios (Rm 9.24-26; 1Pe
mente dos nomes de seus filhos. 2.9-10). Para os apóstolos, o remanescente do Israel étnico era, evidentemen-
lhe. Este pronome é omitido nos vs. 6,8, mas a sua ausência não subentende, ne- te, um modelo para o remanescente das nações: o que se aplicava àqueles aplica-
cessariamente, que Oséias não fosse o pai desses filhos também, visto que o ob- se também a estes.
jeto indireto pode estar implícito. filhos do Deus vivo. Esta expressão ímpar sugere o tipo de relacionamento
•1.4 Jezreel. Lit. "Deus semeia" ou "Deus planta". Este é o nome de um vale íntimo que Deus deseja ter com Israel, onde Deus deseja dar vida (em contraste
belo e fértil, entre as cadeias montanhosas de Samaria e Galiléia (o lugar da vitória com o relacionamento sem vida que Israel tinha com Baal). Em Is 40.18-20;
de Gideão sobre os midianitas, Jz 6.33) e de uma cidade no extremo sul do vale, 44.9-20; 46.5-11, os ídolos sem vida são contrastados com o Deus vivo. Esse
onde Jeú subiu ao poder através da violência (1 Rs 21.1, 2Rs 9; 1O). Esse vale tor- relacionamento vivo é, agora, fornecido em Jesus Cristo IMt 16.16, Rm 9.26).
nou-se o lugar de julgamento em 733 a C (2Rs 15 29) Essa punição através de
•1.11 uma só cabeça. Isso revela quão completa é a reconciliação entre ambos
uma derrota militar sugere o tema da quebra da aliança, visto que reflete as mal-
os reinos e o Senhor. Em última análise, essa reunião tem lugar em Cristo. o Filho
dições registradas em Lv 26.17; Dt 28.25.49-57 Contudo, Jezreel também apa-
de Davi (Mt 1.23; 2.6,15).
rece como sinal de bênção e fertilidade em Os 2.22.
subirão da terra. A restauração de Israel começou com o retorno do exílio na
a casa de Jeú. Jeroboão li era da casa de Jeú, uma dinastia estabelecida atra-
Babilônia. A frase também pode referir-se à ressurreição dentre os mortos (SI
vés da matança em Jezreel (2Rs 9.14-37; cf. 1Rs 19.16-17), que terminou com o
71.20; Is 43.6).
assassinato de Zacarias (2Rs 15.8-1 O).
•1.5 o arco de Israel. A força militar de Israel, simbolizada pelo arco (Gn 49.24; o dia de Jezreel. Ver a nota em 1A
1Sm 2.4; Ez 39.3). foi quebrada pelo exército assírio sob o comando de Tigla- •2.1 irmão ... irmã. Os parentes hostis, Israel e Judá, se reconciliarão
te-Pileser Ili, que conquistou os territórios do Norte de Israel. plenamente, e as horrendas acusações contidas nos nomes Não-Meu-Povo e
•1.6 Desfavorecida. Lit. "ela não recebeu compaixão". Onome da criança sig- Desfavorecida serão revertidas.
nifica a retirada iminente da compaixão que Deus havia demonstrado para com •2.2 Repreendei. Deus apresenta uma causa contra Israel, em que os filhos são
Israel, apesar de sua infidelidade à aliança. os acusadores da sua própria mãe.
•1. 7 me compadecerei. Uma referência ao livramento miraculoso de Jerusa- para que ela afaste. Oarrependimento e a reconciliação são os alvos finais do
lém das mãos da Assíria em 701 a.e. (Is 37.14,33-38; 2Rs 19.32-37). julgamento divino (vs. 9-23).
OSÉIAS 2 1008
entre os seus seios; 3 para que e eu não a deixe despida, e a tas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas solenida-
ponha como no dia em que d nasceu, e a torne semelhante a des. 12 Devastarei a sua vide e a sua figueira, de que ela diz:
um deserto, e a faça como terra seca, e a mate à e sede, 4 e Esta é a paga que me deram os meus amantes; eu, pois, farei
não me compadeça de seus filhos, porque são /filhos de delas um bosque, e as bestas-feras do campo as devorarão.
prostituições. s Pois sua mãe se prostituiu; aquela que os 13 Castigá-la-ei pelos dias dos baalins, nos quais lhes quei·
concebeu houve-se torpemente, porque diz: Irei atrás de mou incenso, e se adornou com as suas arrecadas e com as
meus amantes, 8que me dão o meu pão e a minha água, a suas jóias, e andou atrás de seus amantes, mas de mim se es-
minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas. queceu, diz o SENHOR.
6 Portanto, eis que hcercarei o seu caminho com espinhos; e 14 Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto,
5 levantarei um muro contra ela, para que ela não ache as 1 e lhe falarei ao coração. ts E lhe darei, dali, as suas vinhas e
suas veredas. 7 Ela 6 irá em seguimento de seus amantes, po· ºo vale de Acor por porta de esperança; será ela obsequiosa
rém não os alcançará; buscá-los-á, sem, contudo, os achar; como Pnos dias da sua mocidade e qcomo no dia em que su-
então, dirá: ifrei e tornarei para o meu iprimeiro marido, biu da terra do Egito. 16 Naquele dia, diz o SENHOR, ela me
porque melhor me ia então do que agora. 8 Ela, pois, 1não chamará: 8 Meu marido e já não me chamará: 9 Meu Baal.
soube que eu é que lhe dei o trigo, e o vinho, e o óleo, e lhe 17 rDa sua boca tirarei os nomes dos baalins, e não mais se
multipliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal. lembrará desses nomes. 18 Naquele dia, 5 farei a favor dela
9 Portanto, tornar-me-ei, e reterei, a seu tempo, o meu trigo aliança com as bestas-feras do campo, e com as aves do céu,
e o meu vinho, e arrebatarei a minha lã e o meu linho, que e com os répteis da terra; e 1tirarei desta o arco, e a espada, e
lhe deviam cobrir a nudez. to Agora, mdescobrirei as suas a guerra e farei o meu povo "repousar em segurança. 19 Des·
vergonhas aos olhos dos seus amantes, e ninguém a livrará posar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em
da minha mão. 11 n Farei cessar todo o seu gozo, as suas Fes- justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias;
~~~~~~~~~~~~~
~ 3CJr13.22-26; Ez 16.37-39dEz16.4-7,22eJr14.3; Am 8.11-13 4/Jn 8.41 5 gEz 23.5; Os 2.8, 12 6 hJó 19.8; Lm 3.7,9 5Lit. fecharei
com muro o muro dela 7 iLc 15.17-18 ils 54.5-8; Jr 2 2; 3.1; Ez 16.8; 23.4 ó Oupersegwrá 8 ils 1.3; E~ 16.19 1O m Ez 16.37 11 n Jr
7.34; 16.9; Os 3.4; Am 5 21; 8.1 O 14 7E lhe falarei do meu amor 15 o Js 7.26 PJr 2.1-3; Ez 16.8-14 q Ex 15.1 16 BHebr. /shi 9Lit. Meu
Senhor, Hebr. Baali 17 r Ex 23.13; Js 23.7; SI 16.4 18 s Jó 5.23; Is 11.6-9; Ez 34.25 t Is 2.4; Ez 39.1-1 Ou Lv 26.5; Is 32.18; Jr 23.6; Ez
34.25 20 v [Jr 3133-34]; Os 6.6; 13.4; [Jo 17.3]21 x Is 55.1 O; Zc 8.12; [MI 3.10-11]
•2.3 a deixe despida. Se o arrependimento não acontece, a esposa infiel seus amantes. Nos vs. 7,10,12 esses amantes, provavelmente, sejam sinôni-
(Gômer-lsrael) será exposta publicamente (v. 10) e deixada despida, castigos mos de Baalins. A essência da acusação contra Israel era que a nação se tinha es-
tradicionais para uma adúltera (Ez 16.37-39; Na 3.5-7), embora menos severos quecido do Senhor, a quem ela deveria ter amado (cf. 4.6; 13.4-6). Ver a nota
do que a pena de morte (Dt 22.22) teológica "Sincretismo e Idolatria".
•2.4 filhos de prostituições. O amor e a misericórdia de Deus (1.6) também •2.14 para o deserto. Ali, Israel deverá amar exclusivamente o Senhor (v. 16;
seriam retirados dos filhos, os quais, como a sua mãe, foram acusados de promis- cf. Jr 2.2).
cuidade.
e lhe falarei ao coração. Esta é uma expressão idiomática usada alhures para
•2.5 sua mãe se prostituiu. A mãe infiel (Israel) tinha confiado na religião de cortejar, falar gentilmente e para persuadir com agrados (Gn 34.3; Jz 19.3; Rt
fertilidade dos cananeus e não no Senhor (v. 8) para prover as necessidades da 2.13)
vida.
•2.15 vale de Acor. Lit. "vale da Tribulação". Esta área ficava localizada perto
•2. 7 Ela irá em seguimento ... buscá-los-á. A iniciativa ativa da mulher, a qual de Jericó e foi o lugar do apedrejamento de Acã (Js 7.24-26). Embora associa-
representava todo o Israel, é salientada. do ao pecado e à morte, esse vale seria transformado em uma "porta de espe-
o meu primeiro marido. Operíodo inicial de intimidade é relembrado com sau- rança"
dades (cf. 11.1-4). será ela obsequiosa. Lit. "responderá" ou "reagirá".
•2.8 o trigo, e o vinho ... a prata e o ouro. Estas eram as dádivas agrícolas e •2.16 Meu marido. A palavra hebraica ba'a/ pode significar "mestre" ou "mari-
comerciais do Senhor (Dt 7.13; 11.14; 28.1-12), mas estavam sendo atribuídas a do", além de referir-se à divindade pagã Baal. No futuro, Israel será tão zeloso,
Baal. Em textos descobertos na antiga cidade do Norte da Síria, Ugarite, Baal é que eliminará qualquer coisa associada à adoração com Baal, e a própria palavra
visto como o deus da tempestade e era adorado como o provedor da chuva e fer- ba'a/, em todos os seus sentidos, será evitada (v. 17).
tilidade.
•2.18 farei ... aliança. Tomando o mesmo tema, em tempos posteriores, Jere-
•2.9-13 Portanto. Embora não fosse punida com a morte (v. 3, nota; cf. Ez mias explica que esta aliança conferirá um novo coração (Jr 31.31-34).
16.37-40), a amante infiel e esquecida é severamente castigada através de uma
série de reversões dramáticas, mediante as quais as dádivas de Deus estão sen- com as bestas-feras. OReino de Deus, no futuro, será seguro e pacifico, livre
do retiradas; colheitas fracassadas, exposição aos elementos e o fim das festivi- da ameaça dos animais selvagens (Is 11.6-9) e das invasões (SI 46.9; Is 2.4; Mci
dades. 4.3). Os animais selvagens eram uma ameaça, particularmente depois que
exércitos invasores tinham arrasado a terra. Esta linguagem pode ser figurada,
•2.9 arrebatarei. Ooriginal hebraico indica uma ação poderosa earrebatadora. indicando uma humanidade transformada, com a resultante paz e segurança
•2.11 sáliados. Otenmo hebraico correspondente, shabbat, é derivado do verbo que acompanharão a renovação inaugurada por Cristo no seu primeiro advento
que significa "parar" ou "cessar", fazendo um jogo de palavras sarcástico. e completada por ocasião de sua segunda vinda.
solenidades. Estas solenidades tinham-se tomado ocasiões para o sincretismo •2.19 Desposar-te-ei. O noivado era o passo final no processo do namoro e
religioso, em que era misturado o culto ao Senhor e a Baal. Ver a Introdução: Data envolvia pagar um preço pela noiva ao seu pai. Aqui, as qualidades da justiça,
e Ocasião. juízo, benignidade, amor, misericórdia e fidelidade são uma espécie de preço
•2.12 a paga que me deram os meus amantes. O salário da prostituta, que, pago em troca da noiva, garantindo a permanência do relacionamento.
na realidade, eram dádivas do Senhor (v. 8), seria destruído. justiça. Ajustiça de Deus é expressa tanto em sua retidãu como na salvação que
•2.13 jóias. Nas deusas do paganismo, as jóias enfatizavam as áreas eróticas do ele concede ao seu povo (Os 10.12; Am 5.7).
corpo. juízo. Este vocábulo pode denotar as decisões legais e os relacionamentos
1009 OSÉIAS 2, 3
l SINCRETISMO E IDOLATRIA
Os 2.13
Embora haja um único Deus e uma só e verdadeira fé, como ensina a Bíblia, o mundo apóstata (Rm 1.18-25) tem estado
sempre repleto de religiões. Desde longa data o mundo insiste em praticar o sincretismo (assimilação de crenças e práticas
de uma religião por parte de outra), prática esta que existe ainda hoje. Na verdade, essa prática tem revivido em nosso tempo
por meio de renovadas tentativas de unir todas as religiões e através de persistente amálgama de idéias orientais e ocidentais
que surgem e alcançam popularidade.
A pressão em favor da transigência não é nova. Depois de entrar em Canaã, Israel foi constantemente tentado a absorver,
no culto ao Senhor, o culto aos deuses e deusas cananéias da fertilidade e também a fazer imagens do próprio Senhor -
ambas as práticas proibidas na Lei (Êx 20.3-6). A questão espiritual em pauta era se Israel se lembraria de que o Deus da
aliança lhes era todo-suficiente e de que Deus reivindicava exclusiva lealdade do povo, tornando o culto a outros deuses um
adultério espiritual (Jr 3; Ez 16; Os 2). Nesse teste, a nação foi reprovada com freqüência.
O sincretismo espalhou-se no Império Romano durante os primeiros séculos do Cristianismo. Opoliteísmo era corrente, e
florescia todo tipo de cultos de mistério. Os mestres cristãos da Igreja Primitiva lutaram diligentemente para preservar a fé e
evitar que ela fosse assimilada pelo Gnosticismo, uma espécie de teosofia que não aceitava a Encarnação e a Expiação de
Cristo, uma vez que considerava a raiz do problema do homem a ignorância ao invés do pecado. O Neoplatonismo e o
Maniqueísmo também consideravam a salvação principalmente como uma questão de desprendimento ascético e fuga do
mundo físico. A resistência cristã a esses movimentos foi bem-sucedida, e a formulação clássica da doutrina da Trindade e da
Encarnação, nos Credos, constitui um permanente legado dessas lutas.
As Escrituras condenam toda idolatria como má. Os ídolos são ridicularizados como entidades ilusórias (SI 115.4-7; Is
1
44.9-20), mas, não obstante, escravizam seus cultuadores em cega superstição (Is 44.20). Paulo acrescenta que os demô-
nios operam através dos ídolos, fazendo deles uma ameaça espiritual (1 Co 8.4-6; 10.19-21 ). As advertências bíblicas con-
tra a idolatria (p. ex., 1Co 10.14; 1Jo 5.19-21) devem ser levadas a sério na cultura ocidental pós-cristã, que está disposta
a preencher o vácuo espiritual que o povo sente abraçando o sincretismo religioso, a bruxaria e experimentos com o ocul- :

tismo. 1
_ _ _ _ _ _ _J

20 desposar-te-ei comigo em fidelidade, e vconhecerás ao A longanimidade de Deus


Disse-me o SENHOR: Vai outra vez, ama uma mulher,
SENHOR.
Naquele dia, xeu serei obsequioso, diz o SENHOR,
21
obsequioso aos céus, e estes, à terra; 22 a terra, obsequiosa ao
3 amada / de ªseu amigo e adúltera, como o SENHOR ama
os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses e
trigo, e ao vinho, e ao óleo; e estes, a 1Jezreel. 23 zsemearei amem bolos de passas. 2 Comprei-a, pois, para mim por quin-
Israel para mim na terra ªe compadecer-me-ei da 2 Desfavo- ze peças de prata e um ômer e meio de cevada; 3 e lhe disse:
recida; e ba 3 Não-Meu-Povo direi: Tu és o 4meu povo! Ele btu esperarás por mim muitos dias; não te prostituirás, nem
dirá: Tu és o meu Deus! serás de outro homem; assim também eu esperarei por ti.

A~;; J Lit Deus Semeará 23ZJr31.27; Am 915


Lo-Ammi 4 Hebr. Ammi
ªOs1=6bOs110~; 13.9, Rm 9;5~;6; [Ef-;-11:22]; 1Pe210 2Hebrlo-Ruhamah 3Hebr.

CAPÍTUL03 1 aJr3.20 IDeoutro 3 bDt21.13


mediante os quais a justiça e a retidão são estabelecidas e restauradas !Os 5.11; •2.22 Jezreel. Ver a nota em 1.4.
6.5; 10.4; Am 5.15.24; Mq 6.8). •2.23 As promessas de restauração chegam a um clímax quando Jezreel é
benignidade. Ver a nota em Êx 15.13. redimida lv. 22; cf. 1.4-5). A Desfavorecida recebe a revelação do amor de Deus
11.6), e o Não-Meu-Povo torna-se o povo de Deus 11.9).
misericórdias. Este termo pode referir-se à compaixão, à sensibilidade sincera e
Tu és o meu Deus. Ver Rm 9.23-26; 1Pe 2.9-1 Oacerca do cumprimento dessas
ao amor !Os 1.6; Gn 43.14; Dt 13.17; 2Sm 24.14).
promessas.
•2.20 fidelidade. Esta qualidade inclui as virtudes da confiabilidade, da veracida- •3.1-5 Oséias relata sua reconciliação com a sua esposa, Gômer. como uma
de e da constância nos relacionamentos !SI 88.11; 89.1-2,5,8.24; 92.2; 98.3) e é antecipação da reconciliação de Deus com Israel.
sinônima de "verdade"" em 4.1. Cristo. mediante sua obediência ativa, proveu es-
•3.1 ama ... como o Senhor ama. Opedido aparentemente absurdo de Deus é
sas virtudes da aliança ao seu povo. Pelo Espírito Santo. ele inscreve a sua própria
modelado segundo o seu leal, protetor e generoso amor pela imerecida nação de
natureza no coração de seu povo (2Co 3.3)
Israel.
conhecerás. A essência do relacionamento segundo a nova aliança envolve bolos de passas. Estas delícias, feitas de uvas passas espremidas, estavam
con\'\ece1 in\imamente o Senhor IJr 31.34). Hoje, Cristo é o mediador dessa associadas a ocasiões especiais \2Sm 6.19\ e podem ter sido usadas na
nova aliança e torna obsoleto o relacionamento da antiga aliança IHb 8. 7-13). adoração a Baal como um afrodisíaco (cf. Ct 2.5)
•2.21 serei obsequioso. OSenhor responderá graciosamente aos clamores de •3.2 Comprei-a. Cristo, por semelhante modo, cumpriu esse quadro de amor
Israel, quando este aprender de novo a corresponder aos seus apelos lv. 15, em ação, quando ele redimiu os seus santos do mercado de escravos do pecado.
nota). peças. Ou siclos. Opagamento, mais ou menos a metade em prata e a metade
céus. OSenhor demonstrará que ele, e não o deus da tempestade, Baal, é quem em produtos agrícolas, somava cerca de trinta siclos, e isso era, aproximadamen-
controla os ciclos da natureza. mediante os quais a terra torna-se fértil e produz as te, o preço de um escravo em Êx 21.32. O Novo Testamento ensina que o custo
colheitas que antes eram retidas lv. 9). Ver a Introdução: Data e Ocasião. real da redenção foi o sangue de Cristo l1Pe 118).

J
OSÉIAS 3, 4 1010
4 Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias esem rei, sem isso, tropeçarás Ide dia, e o profeta contigo tropeçará de
ptincipe, sem sacrifício, sem coluna, sem destola sacerdotal ou noite; e destruirei a tua mãe. 6 80 meu povo está sendo des-
•ídolos do lar. s Depois, tomarão os filhos de Israel, e /buscarão truído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdo-
ao SENHOR, seu Deus, e ga Davi, seu rei; e, hnos últimos dias, te, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para
tremendo, se aproximarão do SENHOR e da sua bondade. que não sejas sacerdote diante de mim; hvisto que te esque-
ceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus fi-
Corrupção geral de Israel lhos. 7 Quanto mais estes se multiplicaram, tanto mais contra
Ouvi a palavra do vós, filhos de Israel, porque o mim pecaram; ieu 3 mudarei a 4 sua honra em vergonha.
4 SENHOR
SENHOR,
1
tem ªuma contenda com os habitantes da terra,
porque nela não há verdade, nem amor, nem bconhecimento
8 Alimentam-se do pecado do meu povo 5 e da maldade dele
têm desejo ardente. 9 Por isso, icomo é o povo, assim é o sa-
de Deus. 2 O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar cerdote; castigá-lo-ei pelo seu procedimento e lhe darei o
e adulterar, e há arrombamentos e 2 homicídios sobre homicí· pago das suas obras. 10 1Comerão, mas não se fartarão; entre-
dios. J Por isso, ca terra está de luto, e d todo o que mora nela gar-se-ão à sensualidade, mas não se multiplicarão, porque ao
desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e SENHOR deixaram de adorar.
até os peixes do mar perecem. 11 A sensualidade, o vinho e o mosto mtiram o entendi-
4 Todavia, ninguém contenda, ninguém repreenda; por- mento. 12 O meu povo consulta no seu pedaço de madeira,
que o teu povo •é como os sacerdotes aos quais acusa. s Por e a sua 6 vara lhe dá resposta; porque ºum espírito de prosti-

• 4 cqs 10.3 dÊx 28.4-12; 1Sm 23.9-12 e Gn 3119,34; Jz 17.5; 18.14, 17, [1 Sm 15.23] SI Jr 50.4 g Jr 30~9;
Ez 34.2.4 h [Is 2.2-3]; Jr 31.9
CAPITULO 4 1 a Is 1.18; Os 12.2; Mq 6.2 b Jr 4.22 1 Uma demanda legal 2 2 Lit. sangue tocando sangue 3 e Is 24.4; 33.9; Jr 4.28;
12.4; Am 5.16; 8.8 dSf 1.3 4 e Dt 17.12 SI Jr 15.8; Os 2.2,5 6 gls 5 13 h Ez 22.26 7 il Sm 2.30; MI 2.9 3 Conforme TM, LXX e V;
tradição e_scriba, S e T Eles mudarão 4 Conforme TM, l.XX, S, T e V; tradição escriba minha glória 8 5 Lit. e colocou seu coração na maldade
dele 9 1 Is 24.2; Jr 5.30-31; 2T m 4.3-4 1O 1Lv 26.26; Is 65.13; Mq 6.14; Ag 1.6 11 m Pv 20.1; Is 5.12; 28.7 12 n Jr 2.27 o Is
44.19-20 6 Vara de adivinhador
•3.4 muitos dias. O período de espera até à vinda de Cristo, o grande e último contra outrem, pois os vereditos não seriam respeitados (o povo era "os sacerdo-
rei da dinastia davídica (v 5). tes aos quais acusa", isto é, não respeitava as suas decisões e ensino).
sem rei... ídolos do lar. As instituições fundamentais, ,Políticas e religiosas, de •4.5 tua mãe. Ou seja, a nação de Israel (22,5; Is 50.1 ).
Israel, tanto as legítimas (sacrifícios e estola sacerdotal, Ex 28.31) quanto as ilegí- •4.6 O meu povo. A nação de Israel perderá seu relacionamento de aliança com
timas (colunas sagradas e ídolos do lar, Dt 16.21-22; Zc 10.2) seriam removidos Deus, por falta de conhecimento da aliança (vs. 8, 12).
como castigo. conhecimento. Oconhecimento de Deus é inseparável da lei de Deus (Introdu-
•3.5 Tornarão ... e buscarão. Muitos israelitas se arrependeram com um dese- ção: Características e Temas). Os sacerdotes, que eram os responsáveis por ensi-
jo profundo pela intimidade com Deus, no dia de Pentecostes (At 2.38-41) nar a lei - e seus descendentes - deveriam ser punidos por ignorarem ou se
Davi. Esta referência aponta para Jesus Cristo, o Filho de Davi (1.11, nota; 2Sm esquecerem da lei (vs. 4-10, nota).
7.12-16; Mt 1.1; Rm 1.3)
•4.7 eu mudarei a sua honra. Ou "Eles mudarão a sua glória" (nota textual).
nos últimos dias. Ver a nota em Mq 4.1.
Em última análise, o Senhor é a glória de Israel (Is 60.19; Jr 2.11). Em Romanos
•4.1-19 Neste notável exemplo de um processo jurídico profético contra Israel,
1.23, Paulo condena o pecado de trocar a glória de Deus por algo corruptível.
por violar os termos da aliança, Oséias oferece uma visão panorâmica da causa
vergonha. Estão em foco os ídolos ou os deuses falsos (Dt 32.16-17).
do Senhor contra Israel e então enfoca as conseqüências de sua rejeição do co-
nhecimento de Deus. •4.8 Alimentam-se do pecado do meu povo. Tomado literalmente, os sacerdo-
•4.1 verdade ... conhecimento. Ver as notas em 2.19-20. tes, que comiam porções dos animais sacrificados pelo pecado, encorajavam o
•4.2 perjurar... homicídios. Estes pecados constituíam violações do documen- povo a pecar. Assim, os sacerdotes teriam mais o que comer (lv 626) Figurada-
to fundamental da aliança - o Decálogo (Êx 20.2-17; Dt 5.6-21 ). mente, os sacerdotes ficavam contentes com os pecados do povo.
•4.3 a terra está de luto. Opecado humano resulta em crises dentro da ordem •4.9 como é o povo, assim é o sacerdote. Ninguém é poupado do julgamen-
natural que põem em perigo todos os aspectos da vida (Lv 18.28; Is 244-5) to (cf Is 24 1-3)
•4.4-1 OA atenção muda para os pecados dos sacerdotes, cuja falta de instruir a •4.1 OComerão ... entregar-se-ão à sensualidade. Oalimento não os satisfa-
nação quanto à lei de Deus corrompeu Israel (v. 6; Dt 31.9-13; 33.1 O). ria (v. 8). e o sexo ilícito não produziria a multiplicação da população. Pois tinham
•4.4 ninguém contenda. Ou "Que ninguém faça acusação". De acordo com a abandonado o Senhor, a fonte da vida, a fim de praticarem a prostituição (vs.
lei mosaica, os sacerdotes tinham por tarefa ajuizar legalmente (Dt 17.9-13). 12,18; 2.4; 6.10; 9.1)
Mas, por causa da falta geral de conhecimento e respeito pela lei de Deus em •4.11 tiram o entendimento. Lit. "tiram o coração Ido povo)", ou seja, a capa-
Israel, nos tempos de Oséias, não havia razão para alguém apresentar queixa cidade de as pessoas julgarem e pensarem com clareza (cf. Pv 31.4-5).

Apostasia de Israel e o casamento de Oséias (3.1)


Os estágios do relacionamento de Israel com Deus são representados nas profecias de Jeremias e
Ezequiel, assim como o relacionamento de Oséias com Gômer.

Estágio Profetas de Israel Casamento de Oséias

Noiv~do Í~2 Oséias 1.2


Casamento Ezequiel 16.8-14 Oséias 1.3
\,~, .#•m•'t:1;~~~~a•• 1~,15-34 Oséias a.'\ 1
Jeremias 3.8-1 O; Ezequiel 16.35-52 Oséias 3.3-4 1

· et~ui~f:1u1~;,e3
1011 OSÉIAS 4, 5
tuição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o Repreensão contra sacerdotes e principes
seu Deus. l3 PSacrificam sobre o cimo dos montes e quei- Ouvi isto, ó sacerdotes; escutai, ó casa de Israel; e dai
mam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, dos
choupos e dos terebintos, porque é boa a sua sombra; qpor
5 ouvidos, ó casa do rei, porque este juízo é 1 contra vós
outros, visto que ªfostes um laço em Mispa e rede estendi-
isso, vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulte- da sobre o Tabor. 2 bNa prática de excessos, vos aprofun-
ram. dastes; mas eu castigarei a todos eles. 3 e conheço a Efraim,
14 Não castigarei vossas filhas, que se prostituem, nem e Israel não me está oculto; porque, agora, dte tens prosti-
vossas noras, quando adulteram, porque os homens mesmos tuído, ó Efraim, e Israel está contaminado. 4 2 0 seu proce-
se retiram com as meretrizes e r com as prostitutas cultuais sa- der não lhes permite voltar para o seu Deus, porque eum
crificam, pois o povo que não tem entendimento corre para a espírito de prostituição está no meio deles, e não conhe-
sua perdição. cem ao SENHOR.
IS Ainda que tu, ó Israel, queres prostituir-te, contudo, s ! A soberba de Israel, abertamente, o acusa; Israel e Efra-
não se faça culpado Judá; 5 nem venhais a Gilgal e não subais im cairão por causa da sua iniqüidade, e Judá cairá juntamen-
a tBete-Áven 7 , "nem jureis, dizendo: Vive o SENHOR. 16 Como te com eles. 6 Estes irão com os seus rebanhos e o seu gado gà
vaca rebelde, vse rebelou Israel; será que o SENHOR o apas- procura do SENHOR, porém não o acharão; ele se retirou de-
centa como a um cordeiro em 8 vasta campina? 17 Efraim les. 7 hAleivosamente se houveram contra o SENHOR, porque
está entregue aos ídolos; xé deixá-lo. 18 9Tendo acabado de geraram filhos 3 bastardos; agora, a Festa da Lua Nova os con-
beber, eles se entregam à prostituição; z os seus 1 príncipes sumirá com as suas porções.
2 amam apaixonadamente a desonra. 19 ªO vento os envol- B iTocai a trombeta em Gibeá e em Ramá tocai a rebate!
veu nas suas asas; e benvergonhar-se-ão por causa dos seus !Levantai gritos em 1Bete-Áven! Cuidado, Benjamim!
sacrifícios. 9 Efraim tornar-se-á assolação no dia do castigo; entre as

13 P Is 1.29; 57.5.7; Jr 2.20; Ez 6.13; 20.28 q Am 7.17; [Rm 1.28-32] 14 'Dt 23.18 15 s Os 9.15; 12.11 t 1Rs 12.29; Js 7.2; Os 10.8 u Jr
5.2; 44.26; Am 8.14 7Lit. Casa de Idolatria ou lniqüidade 16 v Jr 3.6; 7.24; 85; Zc 7.11 BLit. um lugar amplo 17 XMt 15.14 18 2 Mq
3.11 oou Rebelião é a bebida deles 1Lit. escudos 2Hebr difícil; uma tradição judaica vergonhosamente amam, "Dá!" 19 ªJr51.1 bis 1.29
CAPÍTULO 5 1 a Os 6.9 1 Ou para 2 bIs 29.15; Os 4.2; 6.9 3 eAm 3.2; 5.12 d Os 4.17 4 e Os 4.12 2 Ou Não dirigem os seus feitos
S /Os 7.1 O 6 g Pv 1.28; Is 1.15; Jr 11 11, Ez 8.18; Mq 3.4; Jo 7.34 7 h Is 48.8; Jr 3.20; Os 6. 7 3 Lit. estranhos 8 i Os 8.1; JI 2.1 f Is
10.30 IJs 7.2
•4.12 o seu pedaço de madeira. Isso pode referir-se ao poste-ídolo ao lado de 1.19), mas também o "espírito de prostituição" (v. 12; 5.4) os estava arrastando à
um santuário cananeu (Dt 16.21; Jz 6.25-32), a alguma outra divindade (Hc ruína.
2.18-19) ou a uma árvore sagrada que os israelitas pensavam que dava oráculos •5.1 sacerdotes ... casa de Israel ... casa do rei. Odestino do reino do Norte es-
(Jz 9.37). tava ligado ao destino de seus líderes. Os sacerdotes tinham a responsabilidade de
vara. Provavelmente, uma vara de adivinhar ou, talvez, uma pequena estátua de ensinar a lei (4.6), e a casa real era quem administrava a justiça.
Astarote. laço. Os líderes tinham apanhado na armadilha seus súditos insensatos.
espírito de prostituição. O adultério espiritual deles é causado por um poder Mispa. Provavelmente, esta seja a Mispa de Benjamim, onde Samuel julgava
inebriante e sedutor que os atrai continuamente ao pecado ("um espírito (1 Sm 7 5-6; 10.17-24), não a Mispa de Gileade (Gn 31.48-49).
estonteante", Is 19.14; "espírito de profundo sono", Is 29.10).
Tabor. Olugar de um famoso monte situado na beira nordeste do vale de Jezreel
•4.14 Não castigarei. Não que Deus se recusasse a castigar, de modo abso- (Jz 4.6). Estes e outros lugares do Norte tinham-se tornado lugares altos do culto
luto, as meretrizes e as adúlteras (visto que o povo inteiro de Israel será julga- pagão a Baal.
do), mas, sim, que ele não permitiria que as mulheres que errassem fossem
•5.3 Efraim. Ver a nota em 4.17.
punidas, enquanto que os homens que as procuravam fossem libertos (cf. Gn
38 24-26) •5.4 espírito de prostituição. Ver a nota em 4.12. Eles não têm um verdadeiro
•4.15-19 O tema das profecias jurídicas contra Israel continua aqui, enquanto "conhecimento de Deus" (4.1,6) e nem podem voltar-se para o Senhor ou arre-
são apresentadas outras acusações de desobediência à aliança (4 1-19, nota) pender-se (cf. Jr 13 23).
•4.15 Gilgal. Este importante santuário israelita, localizado próximo de Jericó, •5.5 acusa. Os pecados do povo testificavam contra eles no processo da aliança
ficava situado do outro lado do rio Jordão, defronte de Baal Peor Desde a época do Senhor, contra o seu povo (cap. 4, nota).
da conquista, Gilgal foi um importante lugar de adoração (Js 4.19-5.12; 1Sm •5.6 com os seus rebanhos ... à procura. OSenhor não será achado através do
10.8; 11.12-15). Mais tarde, na história de Israel, Gilgal passou a ser associado oferecimento de seus sacrifícios rituais (4.13; 1Sm 15.21-23; Is 1.11-17; Mq 6.6-8).
com práticas religiosas perversas e sincretistas (9.15; 12.11, Am 4.4) •5.7 filhos bastardos. Como uma esposa e mãe infiel, Israel dá à luz filhos que
Bete-Áven. Ver nota textual. Este era um apelido de desprezo de Betel ("casa de eram, literal e religiosamente, ilegítimos (4.6,13-14).
Deus"), o importante santuário real (Am 4.4; 5.5; 7.13; 1Rs 12.28-33). Lua Nova. As festas de Israel traziam julgamento contra a nação, ao invés da
Vive o SENHOR. Este juramento ortodoxo (Jz 8.19; Rt 3.13; 1Sm 14 39) foi bênção do Senhor sobre seus ventres e colheitas, diferente do que eles tinham
proibido aqui, porque os israelitas estavam mentindo (v. 2) ou porque se estava imaginado que sucederia (cf. Is 1.13-14).
abusando do mesmo, associando o Senhor com a adoração a Baal. •5.8 Tocai ... Levantai gritos. Estas ordens soam como o grito do vigia para ad-
•4.16 vaca rebelde. Israel estava se rebelando contra todos os esforços do vertir sobre o inimigo (Judá) que se aproxima do Sul (cf. 8.1). A guerra si-
Senhor para cuidar deles (cl. Jr 31.18). ro-efraimita, descrita em 2Rs 16.5-9; 2Cr 28.5-21, parece avultar por detrás
•4.17 Efraim. Visto que a tribo de Efraim era, em muito, a mais numerosa das dessa advertência. Ver a Introdução: Data e Ocasião.
dez tribos do Norte, o reino do Norte de Israel era, algumas vezes, chamado de Gibeá. .. Ramá ... Bete-Áven. Estas cidades de Benjamim formavam uma linha
Efraim (Dt 33.17, nota). reta em direção ao norte, partindo de Jerusalém: Gibeá, a cerca de 5 km; Ramá, a
•4.19 vento ... asas. Provavelmente, um trocadilho com a palavra hebraica que 8 km; e Bete-Áven (Betel), a quase 18 km. Em várias ocasiões, em sua história,
significa "vento" ou "espírito'· esteja aqui em foco. Não somente uma elas tinham sido reivindicadas por um ou outro dos dois reinos, Israel ou Judá
tempestade destrutiva de julgamento divino estava prestes a varrer o povo (Jó (1Rs 1516-22).
r
1

OSÉIAS 5-7 1012


tribos de Israel, tornei conhecido o que se cumprirá. 10 Os conhecer ao SENHOR; !como a alva, a sua vinda é certa; ge ele
príncipes de Judá são como os que mmudam os marcos; der- descerá sobre nós "como a chuva, como chuva serôdia que rega
ramarei, pois, o meu furor sobre eles como água. t t Efraim a terra. 4 Que te farei, ó Efralm? Que te farei, ó Judá? Porque o
está n oprimido e quebrantado pelo castigo, porque foi do seu vosso amor é como a nuvem da manhã e como o orvalho da ma-
agrado andar ºapós a vaidade. 12 Portanto, para Efraim serei drugada, que cedo passa. 5 Por isso, os abati por meio dos pro-
como a traça e para a casa de Judá, Pcomo a podridão. fetas; pela ;palavra da minha boca, os matei; e os 2 meus juízos
13 Quando Efraim viu a sua enfermidade, e Judá, q a sua cha- sairão como a luz. 6 Pois imisericórdia3 quero, e 1não sacrifício,
ga, subiu Efraim rà Assíria e se dirigiu ao rei principal, que o e mo conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.
acudisse; mas ele não poderá curá-los, nem sarar a sua chaga. 7 Mas eles transgrediram a aliança, como 4 Adão; eles se
14 Porque para Efraim 5 sereí como um leão e como um leão- portaram aleivosamente contra mim. 8 ncneade é a cidade
zinho, para a casa de Judá; 1eu, eu mesmo, os despedaçarei e dos que praticam a injustiça, 5 manchada de sangue. 9 Como
ir-me-ei embora; arrebatá-los-ei, e não haverá quem os livre. hordas de salteadores que espreitam alguém, assim é a com-
panhia dos ºsacerdotes, pois Pmatam no caminho para Si-
Con11ersão insincera quém; praticam qabominações. tOVejo uma coisa horrenda
15 Irei e voltarei para o meu lugar, até que 4 se reconheçam na casa de Israel: ali está a 6 prostituição de Efraim; Israel está
culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, contaminado. 11 Também tu, ó Judá, serás ceifado.
cedo me buscarão, dizendo:
ªVinde, e tornemos para o SENHOR, porque bele nos Iniqüidade dos reis e príncipes
Ó despedaçou e e nos sarará; fez a ferida e 1a ligará. 2 d Depois Quando me disponho a mudar a sorte do meu povo e a
de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e
viveremos diante dele. 3 e conheçamos e prossigamos em
7 sarar a Israel, se descobre a iniqüidade de Efraim, como
também a maldade de Samaria, porque ªpraticam a falsidade;
-~~~~~~~~~~~
10 m Dt 19.14; 27.17 11 n Dt 28.33 o Mq 6.16 12 P Pv 12.4 13 q Jr 30 12-15 r2Rs 15.19; Os 7.11; 10.6 14 s SI 7.2; Lm 3.10; Os
13.7-~ t SI 50.22 15 4 Lit. se tornem culpados ou sofram castigo
CAPITULO 6 1 ªIs 1.18; At 10.43 bDt 32.39; Os 5.14 eJr 30.17; Os 14.4 I porá uma atadura 2 dLc 24.46; At 10.40; [1 Co 15.4] 3 eIs
54.13 f2Sm 234 gSI 72.6; JI 2.23 h Jó 29.23 5 i[Jr 23 29] 2 Ou os juízos sobre ti 6 jMt 9.13; 12.7 1Is 1.12-13; [Mq 6.6-8] m [Jo
17.3] 30u fidelidade ou lealdade 7 40ucomo homens 8 nos 12.11 5Ut.calcada 9 ºOs 5.1 PJr 7 9-1 O; Os 4.2 Hz 22.9; 23.27; Os
2.1 O 1O ó Adultério espiritual
CAPÍTULO 7 1 a Ez 23.4-8; Os 5.1
•5.1 Omudam os marcos. As linhas fronteiriças que dividiam a Terra Prometida amor da aliança revelado por Israel e Judá, em contraste com a sua própria fideli-
eram consideradas sagradas para o Senhor (Dt 19.14; 27.17; Jó 24.2; Pv 22.28; dade (v. 3).
23.10). Ver a nota em Nm 27.1-11. •6.5 luz. Como a luz do sol, que se ergue no horizonte para espantar as trevas, a
•5.12 traça ... podridão. Como uma traça ou possivelmente como uma infecção justiça de Deus constante e inevitavelmente se espalha (cf. SI 37.6). desmasca-
(alguns estudiosos sugerem que a palavra hebraica traduzida por "traça" signifi- rando os pecados daqueles que quebraram a aliança.
que "pus"), Deus trará uma decadência desagradável e inexorável sobre o peca- •6.6 mais do que holocaustos. A fidelidade ou lealdade, e não meros ritos, eram
minoso Efraim. requeridas da parte do povo em relação de aliança com Deus (Mq 6.6-8, notas).
•5.13 enfermidade ... chaga. Ao invés de voltar-se para o Senhor, para ele cu- •6. 7-1 OEstes versículos catalogam vários crimes associados a lugares específicos
rar suas misérias, infligidas por um inimigo (cf. Is 1.5-9; Jr 30.12-13). Israel vol- que se tinham tornado infames nos dias de Oséias. Embora os detalhes estejam
tou-se para a Assíria. Os registros históricos assírios falam sobre o tributo pago atualmente perdidos, o registro serve para acusar a nação inteira (v. 10).
pelos reis de Israel. Menaém e Oséias (cf. 2Rs 15.17-20; 17.3). •6. 7 como Adão. Ver a nota textual. Várias interpretações possíveis desta refe-
•5.14 serei como um leão. Mesmo contando com a ajuda da Assíria, Israel é rência têm sido propostas: (a) o primeiro homem, Adão (Gn 3); (b) um lugar iden-
como uma presa indefesa diante do poderoso leão, o Senhor (13.7; Am 1.2; 3.8). tificado com o antigo lugar chamado Tell ed-Damiyeh, no rio Jordão (Js 3.16).
•5.15 voltarei para o meu lugar. Em sua ira, Deus remove sua presença salvífi- paralelo a Gileade e Siquém (vs. 8-9); e (c) a humanidade. Visto que os elementos
ca dentre o seu povo, até que eles se arrependam verdadeiramente (3.5). de uma aliança estavam presentes no relacionamento entre Deus e Adão, a dou-
•6.1-3 Este cântico de arrependimento corresponde à linguagem figurada de trina da aliança de Deus com Adão não depende da interpretação deste texto. Ver
5.11-14, mas parece superficial em seu tom (v. 4) a nota em Gn 3.
•6.1 Vinde. Os sacerdotes podem estar sendo citados aqui. tanto quanto Israel •6.8 Gileade. Esta era uma região montanhosa situada no Norte da Transjordâ-
foi citado em 2. 7. nia. mas esta palavra pode referir-se à cidade de Ramote-Gileade.
praticam a injustiça. Esta noção é usada com freqüência no Livro dos Salmos
tornemos. A chamada para se voltarem para o Senhor é uma das mensagens
para indicar os inimigos dos justos e do Senhor.
centrais do Livro de Oséias (2. 7; 3.5; 5.4, 15). Overdadeiro arrependimento e con-
manchada de sangue. Estas palavras podem aludir aos cinqüenta homens de
versão trazem reconciliação que inclui a cura das feridas (cf. Dt 32.39).
Gileade envolvidos no assassinato de Pecaías (2Rs 15.25).
•6.2 dois dias... terceiro. Isso pode simplesmente denotar um curto período de •6.9 Siquém. Importante centro religioso e político, Siquém ficava situada entre
tempo. Alguns. que vêem essas palavras como uma predição da ressurreição de
o monte Gerizim e o monte Ebal (Dt 27.4, 12-14; Js 8.30; 20. 7; 24.1; Jz 9.6; 1Rs
Cristo, entendem que Paulo alude a este versículo em 1Co 15.4.
121).
viveremos diante dele. Ver SI 16.11. •6.1 Ocoisa horrenda. Esta frase sugere um pecado de natureza religiosa ou o
•6.3 prossigamos em conhecer ao SENHOR. Tal como a chamada para setor- envolvimento de sacerdotes ou profetas em transgressão grosseira (Jr 5.30-31;
narem ao Senhor (v. 1), o convite a adquirirem o verdadeiro conhecimento do Se- 1813-15; 2314)
nhor é central na mensagem de Oséias (2 8.20; 4.1,6; 5.4; 6.6) Ver a Introdução: prostituição. Aqui, uma figura de linguagem comum para infidelidade religiosa
Características e Temas. (nota textual; 7.4 e nota).
como a alva ... como a chuva. Estes símiles comparam a confiabilidade de •6.11 ceifado. Temos aqui uma metáfora relativa ao julgamento por Deus /Jr
Deus com os acontecimentos periódicos da natureza. 51.33; JI 3.13; Mt 13.39-43).
•6.4 a nuvem da manhã ... o orvalho da madrugada. Continuando a usar ima- •7 .1 Efraim ... Samaria. Ambos os termos se referem ao reino do Norte, do qual
gens extraídas da natureza, Deus lamenta a qualidade temporária e transitória do Samaria era a capital (4.17, nota).
1013 OSÉIAS 7, 8
por dentro há ladrões, e por fora / rouba a horda de salteado- 5 entendimento; nchamam o Egito e vão para ºa Assíria.
res. 2 2 Não dizem no seu coração que beu me lembro de toda 12 Quando forem, Psobre eles estenderei a minha rede e
a sua maldade; agora, pois, os seus próprios feitos os cercam; como aves do céu os farei descer; castigá-los-ei, qsegundo o
acham-se diante da minha face. 3 Com a sua malícia, alegram que eles têm ouvido na sua congregação. 13 Ai deles! Por-
ao crei e d com as suas mentiras, aos príncipes. 4 eTodos eles que fugiram de mim; destruição sobre eles, porque se rebe-
são adúlteros: semelhantes ao forno aceso pelo padeiro, que laram contra mim! 'Eu os remiria, mas eles falam mentiras
somente cessa de atiçar o fogo desde que sovou a massa até contra mim. 14 5 Não clamam a mim de coração, mas dão
que seja levedada. s No dia da festa do nosso rei, os príncipes uivos nas suas camas; para o trigo e para 1o vinho se 6 ajun-
se tornaram doentes !com o 3 excitamento do vinho, e ele tam, 7 mas contra mim se rebelam. JS Adestrei e fortaleci os
deu a mão aos escarnecedores. 6 Porque prepararam o cora- seus braços; no entanto, maquinam contra mim. 16 Eles vol-
ção como um forno, enquanto estão de espreita; toda a noite, tam, mas não 8 para o Altíssimo. "Fizeram-se como um arco
dorme 4 o seu furor, mas, pela manhã, arde como labaredas enganoso; caem à espada os seus príncipes, por causa da vin-
de fogo. 7 Todos eles são quentes como um forno e conso- solência da sua língua; este será o seu escárnio xna terra do
mem os seus juízes; todos os seus reis caem; gninguém há, Egito.
entre eles, que me invoque.
8 Efraim h se mistura com os povos e é um pão que não foi O castigo está próximo
virado. 9 1Estrangeiros lhe comem a força, e ele não o sabe; Emboca a 1 trombeta! Ele vem ªcomo a águia contra a
também as cãs já se espalham sobre ele, e ele não o sabe.
10 ! A soberba de Israel, abertamente, o acusa; todavia, 1não
8 casa do SENHOR, porque transgrediram a minha aliança
e se rebelaram contra a minha lei. 2 b A mim, me invocam:
voltam para o SENHOR, seu Deus, nem o buscam em tudo Nosso Deus! cNós, Israel, te conhecemos. 3 Israel rejeitou o
isto. 11 Porque mEtraim é como uma pomba enganada, sem bem; o inimigo o perseguirá. 4 d Eles estabeleceram reis, mas

A--; saqueia 2 ~~;25 7; Jr 14 10; 17 1; Os 813, 9;; A~87 2Não pen-sam que 3 ;Os 1~ ~Mq-;~;[~m
28.1-73Litcalor 64ConformeSeT;TMeVoseupadeiro,lXXEfraim 7g1s64.7 8hSl106.35 9ils1.7;42.25;0s8.7 to/Os
132]- - 4 eJr 9;; 23.10 Sfls

5.5lls913 li mos11.11 nls30.3º0s513;895Litcoração 12PEz12.13nv26.14;Dt28.15;2Rs17.13 13'Êx18.8;Mq6.4


14 sJó 35.9-10; SI 78.36; Jr 3.1 O; Zc 7.5 IJz 9.27; Am 2.8 ô Conforme TM e T; Veles meditaram sobre, lXXeles cortaram-se a si mesmos para
!compare com 1Rs 18.28) 7Conforme TM, Se T; lXX omite mas contra m1mse rebelam, Veles afastaram-se de mim 16 us1 78.57 vs173.9;
Dn 7.25; MI 3.13-14 XDt 28.68; Ez 23.32; Os 8.13; 9.3 BOupara cima
CAPÍTULO 8 1 aDt 28.49; Jr 4.13 1chifre de carneiro, Hebr shophar 2 bSI 7834; Os 5.15; 7.14 CTt 1.16 4 d 1Rs12.20; 2Rs 15.23,25;
Os 13.10-11
• 7.2 Não dizem. Eles enganaram até a si mesmos lcf GI 6.7) Egito ... Assíria. Como uma pomba, Israel voejava de uma nação para outra, em
• 7.3 rei... príncipes. Os líderes reais deveriam ter provido liderança moral, mas, busca de segurança e proteção: Menaém submeteu-se à Assíria e pagou um
em lugar disso, saboreavam o mal e a traição daqueles que estavam ao seu redor pesado tributo l2Rs 15 17-20); Peca formou uma coligação com Damasco da
12Rs 15 8-30) Síria contra a Assíria l2Rs 15.29,37; 16.5); e Oséias mudou sua lealdade da
• 7.4 adúlteros. Eles deixaram o Senhor, a quem estavam ligados pela aliança, e Assíria para o Egito (2Rs 17.3-4)
se uniram a outros deuses e a outros aliados estrangeiros 12.4; 4.12-14; Jr 9.2; • 7.12 a minha rede. A rede de julgamento divino apanharia Israel que voejava.
23 10-14) Ver a Introdução: Características e Temas. •7 .13 remiria. Este termo, extraído da lei comercial, que significa "resgatar" llv
•semelhantes ao forno. As metáforas de um forno, de um padeiro, e de um 27.27-31), também é aplicado ao livramento de Israel da escravidão (13.14; Êx
fogo apresentam um quadro gráfico da autopropagação da paixão, traição e ini- 15.13; Dt 7 8; 9.26; Mq 6.4).
qüidade que infestavam a vida política de Israel durante os seus últimos dias e le-
mentiras. Esta declaração pode referir-se às idéias falsas sobre o Senhor que
varam a uma série de violentos assassinatos de seus reis l2Rs 15.8-30). O
tinham sido assimiladas pela religião de Israel, a palavras de arrependimento sem
assassinato de Peca por Oséias l2Rs 15.30) pode ter sido a ocasião dessas ob-
sinceridade IB.1-3) ou, mais geralmente, a promessas quebradas da aliança.
servações nos vs. 4-7.
•7.5 dia da festa do nosso rei. Uma celebração real tornou-se a ocasião para •7 .14 de coração. Uma reação responsável e leal, conforme é sugerido por
uma bebedeira, que, por sua vez, foi o estímulo para a iniqüidade 11Rs16.9-1 O; Pv uma expressão semelhante usada em um tratado assírio contemporâneo.
31.4-5; Am 6.6). dão uivos nas suas camas. Esta frase pode significar que eles clamaram a
•7.6 prepararam. Os que conspiravam contra o rei, talvez os sacerdotes 16.9). seus deuses sobre os leitos de prostituição no culto da fertilidade. Se "ajuntam" é
•7.7 juízes... reis. Em meio ao desassossego, eles viram quatro reis serem as- substituído por "se retalham" (ver nota textual), essa automutilação era ainda
sassinados, no espaço de vinte anos (2Rs 15.8-30). Nenhum dos líderes invocou outro apelo a deuses pagãos IDt 14.1; 1Rs 18 26-29)
a Deus. •7.16 arco enganoso. Ver SI 78.57.
•7 .8 se mistura com os povos. Uma referência às alianças que Israel fazia, insolência da sua língua. Era dirigida contra Deus e contra os seus profetas (6.5).
mutavelmente, com o Egito, com a Filístia, com a Síria e com a Assíria. Egito. Os egípcios, dentro em breve, zombariam da queda daqueles que só
um pão que não foi virado. Nesta figura simbólica sarcástica da ridícula política intermitentemente solicitavam a sua ajuda
nacional, Israel é comparado a um imprestável pão meio assado, visto ter-se re-
•8.1 trombeta. A chamada urgente 15.8) relata que a Assíria, como uma águia
cusado a voltar-se para o Senhor.
IDt 28.49-50; Is 10.5-6; Jr 4.13; 48.40; Lm 4.19; Hc 1.8), está se aproximando
•7.9 lhe comem a força. Eles empobreceram Efraim cobrando tributo.
rapidamente para administrar o julgamento divino.
ele não o sabe. Esta repetida frase salienta a ignorância de Israel a respeito de
quão politicamente fraco e esgotado tinha-se tornado. A falta de conhecimento a Casa do SENHOR. Esta expressão pode referir-se tanto à terra de Israel quanto
de Deus é, aqui, seguida pela falta de conhecimento de si próprio. ao templo 19.15).
• 7.1 Osoberba. A cegueira de Israel é atribuída à arrogância teimosa que testifi- a minha aliança ... a minha lei. A rebeldia contra os termos da aliança era
ca contra ele 15.5) Voltar-se para o Senhor era a única esperança de Israel 12.7; equivalente à rebelião contra o próprio Deus 14.6; 6.6-7; 7.13; 8.12).
3.5; 5.4; 6.1; Am 4.6-12). •8.2 te conhecemos. Quando o povo de Israel clamava por ajuda, eles
• 7.11 pomba enganada. A pomba era considerada uma ave tola e fácil de apa- alegavam conhecer a Deus, mas seus atos negavam suas palavras 16.1). Ver a
nhar Introdução: Características e Temas.
OSÉIAS 8, 9 1014
não da minha parte; constituíram príncipes, mas eu não o plicou vcidades fortes; mas x eu enviarei fogo contra as suas
soube; da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si, para cidades, fogo que consumirá os seus 6 palácios.
serem destruídos. s O teu 2 bezerro, ó Samaria, 3 é rejeitado; a
minha ira se acende contra eles; e até quando serão eles inca· Israel já antes castigado
pazes da inocência? 6 Porque vem de Israel, fé obra de artífi· ªNão te alegres, ó Israel, não exultes, como os povos-,
ce, não é Deus; mas em pedaços será desfeito o bezerro de
Samaria.
9 porque, com prostituir-te, abandonaste o teu Deus,
amaste b a paga de prostituição em todas as eiras de cereais.
7 Porque gsemeiam ventos e segarão tormentas; não ha· 2 A eira e o lagar não os manterão; e o vinho novo lhes faltará.
verá seara; a erva não dará farinha; e, se a der, hcomê-la·ão 3 cNa terra do SENHOR, não permanecerão; dmas Efraim tor·
os estrangeiros. 8 iJsrael foi devorado; agora, está entre as nará ao Egito e 'na Assíria comerá coisa imunda. 4 Não derra·
nações icomo coisa de que ninguém se agrada, 9 porque su· marão libações de vinho ao SENHOR, !nem os seus gsacrifícios
biram à Assíria; 1o jumento montês anda solitário, mas Efra· lhe serão agradáveis; seu pão será como pão de pranteadores,
im mmercou amores. 10 Todavia, ainda que eles merquem todos os que dele comerem serão imundos; porque o seu pão
socorros entre as nações, n eu os congregarei; 4 já começa· será exclusivamente para eles e não entrará na Casa do
rama ser diminuídos por causa da 5 opressão ºdo rei e dos SENHOR. s Que fareis vós no dia da solenidade e no dia da fes·
príncipes. 11 Porquanto Efraim multiplicou altares para pe· ta do SENHOR? 6 Porque eis que eles se foram por causa da
car, estes lhe foram para pecar. 12 Embora eu lhe escreva Pa destruição, mas o Egito os ceifará, Mênfis os sepultará; as pre·
minha lei em dez mil preceitos, estes seriam tidos como coi· ciosidades da sua prata, h as urtigas as possuirão; espinhos
sa estranha. 13 Amam o sacrifício; por isso, sacrificam, pois crescerão nas suas moradas. 7 ;Chegaram os dias do castigo,
qgostam de carne e a comem, 'mas o SENHOR não os aceita; chegaram os dias da retribuição; Israel o saberá; o seu profeta
sagora, se lembrará da sua iniqüidade e lhes castigará o é ium insensato, 1o homem de espírito é um louco, por causa
pecado; eles voltarão para o Egito. 14 1 Porque Israel se es· da abundância da tua iniqüidade, ó Israel, e o muito do teu
queceu do useu Criador e edificou palácios, e Judá multi· ódio. 8 O profeta é msentinela contra Efraim, ao lado de meu

• 5 es119 1~~ Jr 1327 2~em b~~r~do de ouro 30u te rejeitou .. ó/Is 4019 . 7 8Pv 228 hOs 7.; . 8 i2Rs 176; Jr 5134i Jr 22 28;
25.34 9 !Os 7.11; 12.1; Jr 2.24 m Ez 16.33-34 1O n Ez 16.37; 22.20 oIs 10.8; Ez 26.7; Dn 2.37 4 Ou e sofrerão um pouco por Sou do orá·
cuia ou da profecia 12 P [Dt 4.6·8]; SI 119.18; 147.19·20 13 q Zc 7.6 r Jr 14.1 O; Os 6.6; 9.4; 1Co 4.5 sos 9.9; Am 8.7; Lc 12.2 14 1Dt
32.1~; [Os 2.13; 4.6; 13.6] u1s 29.23 VNm 32.17; 2Rs 18.13XJr17.27 ô Ou cidadelas
CAPITULO 9 1 ªIs 22.12· 13; Os 10.5 bJr 44.17 3 C[Lv 25.23]; Jr 2.7 d Os 7.16; 8 13 'Ez 4.13 4/Jr 6.20 gos 8.13; Am 5 22 6 hls
5.6; 7.23; Os 10.8 7 ils 10.3; Jr 10.15; Mq 7.4; Lc 21.22 /Lm 2 14; [Ez 13.3, 10] IMq 2.11 8 m Jr 6.17; 31.6; Ez 3.17; 33.7
•8.3 o bem. Este termo abrangente descreve todas as bênçãos segundo a fogo. Ver Am 1.4,7, 1O,12, 14.
aliança de Deus com Israel; e pode até referir·se ao "Bom", ou seja, ao próprio •9.1-9 Por causa do julgamento divino contra a sua desobediência à aliança, Is·
Deus {Am 5.14; Mq 68) rael não desfrutaria do fruto da terra (Dt 28.18) nem celebraria as festas agrícolas
•8.4 reis ... príncipes. A independência de Israel de Deus, na esfera política, anuais (Dt 16.1·17 e notas).
ficava aparente na recusa deles de consultarem Deus quanto à sua escolha de •9.1 eiras de cereais. A área plana e aberta, usada para separar a palha do
líderes. Isso os conduziu a uma séria de conspirações e assassinatos violentos trigo e da cevada, era também um lugar onde Israel se prostituía, entregando· se
(7.3-7; 2Rs 15.8·30) Ver a Introdução: Data e Ocasião. a atividades sensuais relacionadas com a adoração de fertilidade de Baal. Ver a
ídolos. Ao fabficar ídolos de prata e ouro, Israel expressava sua rejeição teimosa Introdução: Data e Ocasião.
do bem (v. 5; Ex 20.3·6; 34.17; Lv 19.4). •9.2 lagar. Este dispositivo era usado tanto no preparo do vinho quanto do azeite.
•8.5 bezerro. Como símbolo de fertilidade e força, o touro era adorado com •9.3 terra do SENHOR. Também chamada de "Casa" do Senhor (8.1; 9.15), a
freqüência no antigo Oriente Próximo. No entanto, o bezerro de ouro de Samaria Terra Prometida é propriedade do Senhor e não de Baal - ou nem mesmo de Is·
foi estabelecido, por Jeroboão 1, como um ídolo que representava o Senhor (1 Rs rael llv 25.23 e nota)
12.26·30; cf. Êx 32), e é aqui descrito como o objeto de adoração (10 5, notai
tornará ao Egito. Ver a nota em 8.13.
•8.7 semeiam ventos e segarão tormentas. Este dito proverbial enfatiza a
terrível relação de causa e efeito entre o pecado e a punição (10.13; Jó 4.8; Pv coisa imunda. Outras nações e o alimento que elas produziam eram consi·
11.18; 22.8; GI 6.7·9). derados imundos (Ez 4.13; Am 7.17)
•8.9 subiram à Assíria. Provavelmente, isso seja uma referência à submissão •9.4 pão de pranteadores. Oalimento na casa de pranteadores era considerado
do rei Oséias à Assíria, em sua tentativa de reter a autoridade que ele havia imundo, por causa do contato com um cadáver (Nm 19.11 ·22; Dt 26.14).
adquirido depois de haver assassinado a Peca (7.11; 2Rs 15.30; 173) Ver a Casa do SENHOR. Eles não seriam capazes de santificar seu alimento por meio
Introdução: Data e Ocasião. de sacrifício, enquanto estivessem no exílio.
jumento montês. Usando um trocadilho entre as palavras hebraicas para "ju· •9.5 dia da solenidade ... festa do SENHOR. Uma referência provável à colheita
mento montês" e "Efraim", Oséias condena Efraim (Israel) por ter, teimosamente, anual do outono na Festa dos Tabernáculos (Lv 23.33-43; Dt 16 13· 15).
rejeitado o convívio com o Senhor. •9.6 destruição. As invasões assírias.
•8.1 O eu os congregarei. Esta reunião é para juízo e não para restauração (JI Mênfis os sepultará. Aqui, poeticamente unida ao Egito, esta cidade egípcia
3.2; SI 3 8). era conhecida por seus grandes cemitérios, túmulos e pirâmides.
do rei e dos príncipes. Uma referência ao rei da Assíria (Is 10.8). preciosidades da sua prata ... moradas. As tendas abandonadas e os objetos
•8.11 altares para pecar. Embora tivessem sido erigidos para fazer expiação de valor podem ter sido santuários religiosos e ídolos ou, em geral, sua pro·
pelo pecado, os altares do Norte tornaram·se locais para pecar. priedade pessoal.
•8.13 voltarão para o Egito. Deus os ameaça com o cativeiro, aqui simbolizado •9. 7 profeta é um insensato. Em seu pecado, os israelitas consideram os
pela terra onde Israel antes esteve escravizado (9.3; Êx 1.8-14; Dt 28.68). profetas do Senhor tolos e faladores vãos.
•8.14 palácios... cidades fortes. A confiança de Israel de que edificações e homem de espírito. Usado paralelamente a "profeta", provavelmente, esta seja
fortificações traziam segurança espiritual, política ou militar era engano. outra expressão para "homem de Deus" (1Sm 10.6; 1Rs 18.12; 22.21·28; 2Rs 2.9,16).
1
Deus, laço do passarinheiro em todos os seus caminhos e
1015
Israel semeou malícia e segará destruição
OSÉIAS 9, 10 l
inimizade na casa do seu Deus. 9 n Mui profundamente se Israel é ªvide luxuriante, que dá o fruto; segundo a
corromperam, como nos dias de ºGibeá. O SENHOR se lem-
brará das suas injustiças e castigará os pecados deles.
1O abundância do seu fruto, bassim multiplicou os
altares; quanto melhor a terra, tanto mais belas colunas
to Achei a Israel como uvas no Pdeserto, vi a vossos pais fizeram. 2 O seu coração e é 1 falso; por isso, serão culpados; o
como q as primícias da figueira nova; mas eles foram para SENHOR quebrará os seus altares e deitará abaixo as colunas.
rBaal-Peor, e se 2 consagraram à vergonhosa idolatria, e 5 se 3 Agora, pois, dirão eles: Não temos rei, porque não tememos
tornaram abomináveis como aquilo que amaram. 11 Quanto a ao SENHOR. E o rei, que faria por nós? 4 Falam palavras vãs,
Efraim, a sua glória voará como ave; não haverá nascimento, jurando falsamente, fazendo aliança; por isso, brota o juízo
nem gravidez, nem concepção. 12 Ainda que venham a criar dcomo erva venenosa nos sulcos dos campos.
seus filhos, eu os privarei deles, para que não fique nenhum s Os moradores de Samaria serão atemorizados por causa
homem. 1Ai deles, quando deles me apartar! 13 "Efraim, como do ebezerro 2 de Bete-Áven; o seu povo se lamentará por
planejei, seria como Tiro, plantado num lugar aprazível; mas causa dele, e os 3 sacerdotes idólatras tremerão por causa da
Efraim levará seus filhos ao matador. 14 Dá-lhes, ó SENHOR; que !sua glória, que já se foi. 6 Também o bezerro será levado à
lhes darás? Dá-lhes vum ventre estéril e seios secos. 15 Toda a Assíria como presente ao grei principal; Efraim se cobrirá de
sua malícia se acha em xcngal, porque ali passei a aborrecê-los; vexame, e Israel se envergonhará por causa de seu próprio
por causa da maldade das suas obras, os lançarei fora de minha capricho. 7 O rei de Samaria será como lasca de madeira na
casa; já não os amarei; ztodos os seus príncipes são rebeldes. superfície da água. 8 E hos altos de 4Áven, ipecado de Israel,
16 ªFerido está Efraim, secaram-se as suas raízes; não dará serão destruídos; espinheiros e abrolhos crescerão sobre os
fruto; ainda que gere filhos, eu matarei os mais queridos do seu seus altares; e i aos montes se dirá: Cobri-nos! E aos outeiros:
ventre. 170 meu Deus bos rejeitará, porque não o ouvem; e Caí sobre nós!
candarão errantes entre as nações . 9 Desde os dias de 1Gibeá, pecaste, ó Israel, e nisto perma-

.,dl\.~~~~~
~ 1 Alguém que captura pássaros em uma arapuca ou armadilha 9 n Os 10.9 o Jz 19.22 l O P Jr 2.2 q Is 28.4; Mq 7.1 r Nm 25.3; SI
106.28 s SI 81.12 20u dedicaram 12 t Dt 31.17; Os 7.13 13 u Ez 26-28 14 Vlc 23.29 15 xos 4.15; 12.11z1s1.23; Os 5.2
16 a Os 5.11 17 b 2Rs 17.20; [Zc 10.6] e Lv 26.33
CAPÍTULO 10 1 a Na 2.2 b Jr 2.28; Os 8.11; 12.11 2 e 1Rs 18.21; Sf 1.5; [Mt 6.24] 1 Lit. dividido na lealdade 4 dDt 31.16-17; 2Rs
17.3-4; Am 5.7 5e1Rs 12.28-29; Os 8.5-6; 13.2/0s 9.11 2 Lit. dos bezerros, das imagens 3 sacerdotes pagãos 6 gos 5.13 8 h Os
4.15 i Dt 9.21; 1Rs 13.34 ils 2.19; Lc 23.30; Ap 6.16 4 Lit. /dolatria ou lniqüidade 9 1Os 9.9
louco. A palavra hebraica indica alguém que balbuciava sem sentido ou um doido lho. ironicamente, sublinha a tragédia da falta de fruto de Efraim (Gn 41.52). O
(1Sm21 13-15; 2Rs 9.11; Jr 29.26). nome dessa tribo principal do Norte, com freqüência, é usado para indicar o reino
•9.8 sentinela ... laço do passarinheiro. Os profetas mantinham vigilância do Norte de Israel por inteiro.
sobre Israel (5.8; Jr 6.1; Ez 3.17; 33.1-7). Mas aquele que soava o alarme agora •9.17 O meu Deus. Diferente daqueles que se tinham desviado de Deus, o
se via caçado como um animal e objeto de hostilidade. profeta permanece fiel à aliança.
casa do seu Deus. A Terra Prometida (8.1, nota). errantes. Tendo-se afastado de Deus (713). os israelitas, como Caim, estavam
•9.9 Gibeá. Esta cidade tornou-se infame devido à violação em grupo da destinados a se tornarem errantes sem descanso (Gn 4.12).
concubina do levita e à guerra que se seguiu (Jz 19-21 ). A gravidade dos •10.1 ·8 Nesta seção, diferente das seções anteriores e seguintes, o Senhor não
pecados anteriores de Israel também mostra quão profundamente eles precisam fala, mas fala-se a respeito dele.
de uma completa renovação de sua natureza. •10.1 abundância do seu fruto ... multiplicou os altares. Israel atribui a seus
•9.1 O uvas no deserto. Um achado incomum e delicioso. ídolos o crédito pela sua prosperidade e devota mais recursos ao culto pagão
primícias da figueira. Os primeiros figos que amadurecem nos rebentos do ano sempre que sua prosperidade aumenta.
anterior não somente são muito tenros, mas também bastante incomuns (cf. Is •10.2 Oseu coração é falso. A aliança requeria uma devoção de toda a mente
28.4/. Estas figuras de linguagem salientam quão excepcional e agradável foi o ao Senhor (Dt 6.5); as lealdades divididas de Israel atraíam o castigo previsto nas
relacionamento de aliança inicial do Senhor com Israel. maldições da aliança pronunciadas por Moisés (Dt 29.14-29)
Baal-Peor. Temos aqui uma referência ao adultério sexual e espiritual de Israel no •10.3 Não temos rei. Se o rei ainda está no trono, ou está prestes a ser
deserto (Nm 25 e notas) - um comportamento que agora era repetido pelos deposto, ou já tivesse sido deposto, sem a bênção divina ele é inútil.
contemporâneos do profeta Oséias.
•10.4 Jurando. Os compromissos do rei podiam ser alianças como um vassalo
se tomaram abomináveis. Ao passarem a seguir a Baal, o deus da vergonha,
da Assíria, mas são considerados falsos, porquanto eram ratificadas mediante a
os israelitas tornaram-se, eles mesmos, detestáveis.
invocação de divindades assírias (cf. v. 6). Mais provavelmente, essas obrigações
•9.n glória. Pode ser uma referência do poder político e militar do reino do desconsideradas são aquelas do rei para com o seu povo (ver 2Sm 3.21; 5.3). a
Norte. Mas o contexto sugere que seja sua numerosa população. A bênção sobre principal das quais era manter a justiça.
José e Efraim os tornou frutíferos (Gn 48.16; 49.22-26).
erva venenosa. Ou "alosna'', conforme o termo hebraico é traduzido em Am
não haverá nascimento. A prática da religião da fertilidade gerou uma 6.12.
maldição na fertilidade, não uma bênção (Dt 28.18)
•10.5 Samaria. A capital do reino do Norte.
•9.14 Dá-lhes. Oséias responde com uma oração, pedindo que fosse retirada a
bênção divina da fertilidade (Gn 49.25; Êx 23.26; Dt 28.4, 11 ). O profeta só podia bezerro de Bete-Áv1m. O bezerro e seus sacerdotes (2Rs 23.5; SI 1.4).
concordar com o iusto julgamento divino. provavelmente, não representem alguma divindade estrangeira. Pelo contrário,
•9.15 Gilgal. Ver a nota em 4.15; cf. 12.11. eles exemplificavam uma forma altamente perversa de adoração ao Senhor em
Israel (8.5, nota; 13.2, nota; 1Rs 12.31-33).
os lançarei fora de minha casa. ~atar como isso forma um paralelo com o
banimento dos cananeus por Deus (Ex 23.29-30; 33.2; Js 24.18; Jz 6.9). Ver a se lamentará ... tremerão. Oséias escarnece das emoções devotas que o povo
nota em 8.1. manifesta por um ídolo.
•9.16 Efraim ... fruto. Em hebraico, "Efraim" soa como "fruto", e esse trocadi- •10.8 altos de Áven. Ver a nota textual e 4.13-14.
OSÉIAS 10, 11 1016
neceste. mA peleja contra os filhos da 5 perversidade
não há O amor de Deus Pai. A ingratidão de Israel
de 6 alcançar-te em Gibeá? lO Castigarei o povo na medida do Quando Israel era / menino, eu o amei; e do Egito
meu desejo; "e congregar-se-ão contra eles os povos, quando
eu o punir 7 por causa de sua dupla transgressão. 11 Porque
11 ªchamei o meu bfi!ho. 2 2 0uanto mais eu os chama-
va, tanto mais cse iam 3 da minha presença; sacrificavam a
Efraim era ºuma bezerra domada, que gostava de trilhar; co- baalins e queimavam incenso às imagens de escultura. 3 To-
loquei o jugo sobre a formosura do seu pescoço; 8 atrelei davia, deu ensinei a andar a Efraim; tomei-os nos 4meus bra-
Efraim ao carro. Judá lavrará, Jac6 lhe desfará os torrões. ços, mas não atinaram que eeu os curava. 4 Atraí-os com
12 Então, eu disse: semeai para vós outros em justiça, ceifai scordas humanas, com laços de amor; !fui para eles como
segundo a misericórdia; Parai o campo de pousio; porque é quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas e gme inclinei
tempo de buscar ao SENHOR, até que qele venha, e chova a para dar-lhes de comer.
justiça sobre vós. 13 'Arastes a malícia, colhestes a perversida- s Não voltarão para a terra do Egito, mas o assírio será seu
de; comestes o fruto da mentira, porque confiastes nos vossos rei, porque recusam converter-se. 6 A espada cairá sobre as
carros e na multidão dos vossos valentes. 14 Portanto, entre o suas cidades, e consumirá os seus ferrolhos, e as devorará,
teu povo se levantará tumulto de guerra, e todas as tuas forta· por causa dos seus caprichos. 7 Porque o meu povo é inclina-
lezas serão destruídas, como Salmã destruiu a Bete-Arbel no do ha desviar-se de mim; se é concitado a dirigir-se 6 acima,
dia da guerra; as mães ali foram despedaçadas com seus fi- ninguém o faz.
lhos. 15 Assim vos fará Betel, por causa da vossa grande malí- B ;Como te deixaria, 6 Efraim? Como te entregaria, 6
cia; como passa a alva, assim será o rei de Israel totalmente Israel? Como te faria como a /Admá? Como fazer-te um Ze-
destruído. boim? Meu coração 7 está comovido dentro de mim, as mi-

mJd 20 5Conforme muitos mss Hebr., LXX e V; TM desgoverno ó derrotar-te 10nJr16.16 70u em suas duas moradas 11 °[Jr 50.11, Os
4 16;,Mq 4.13] 8 Litfiz Efraim cqvalgar 12 P Jr 4.3 q Os 6.3 13 r [Já 4.8; Pv 22.8; GI 67-8]
ª
CAPITULO 11 1 Mt 2.15 b Ex 4.22-23 1Ou moço 2 e 2Rs 17.13-15 2 Conforme LXX; T~ e V corno eram chamados, T interpreta como
Eu enviei profetas para um mil deles 3Conforme LXX; TM, Te V deles 3dDt1.31, 32.10-11 e Ex 15.26 4Conforme alguns mss. Hebr., LXX, S
e V; TM tornou-anos seus braços 4/Lv 26.13 gÊx 16.32; SI 78.25 5Lit. cordas de um homem 7 hJr3.6-7; 8.5 ó Ou ao Altíssimo 8 iJr
9.7 iGn 14.8; 19.24-25; Dt 29.23 7Lit. vira-se
Cobri-nos ... Caí sobre nós. Estas palavras falam sobre uma avassaladora llc 15.11-32), Deus, o pai amoroso, proclama sua compaixão para com Israel.
devastação vinda do Senhor. O povo de Israel preferia morrer do que enfrentar Apesar da rebelião, a eleição de Deus não pode ser derrotada. Além do juízo, há
outros julgamentos da parte de Deus. Esta passagem é citada por Jesus em Lc esperança.
23.30 e aludida em Ap 6.16. •11.1 amei. A linguagem de amor é usada para descrever tanto o relacio-
•10.9 Gibeá. Ver a nota em 9.9. namento de pai e filho quanto o relacionamento de aliança entre um suserano e
•10.10 dupla transgressão. Estas palavras podem referir-se ao pecado passa- um vassalo no antigo Oriente Próximo (Dt 6.5; 7.8, 13; 10.15; 23.5)
do em Gibeá, bem como ao pecado presente de Israel, ao seu pecado religioso e do Egito chamei o meu filho. Aqui e no v. 4, a referência é feita à libertação
à sua infidelidade política ou, simplesmente, às transgressões repetidas e divina de Israel da escravidão no Egito IÊx 4 22) Jesus, como o verdadeiro Israel,
contumazes. foi também trazido do Egito de acordo com esta profecia IMt 2.15)
•10.11 Efraim ... Judá. Ambos os reinos estão em vista. •11.2 os chamava ... da minha presença. Ver as notas textuais. O hebraico
bezerra domada ... gostava de trilhar. Uma figura de linguagem positiva da vo- deste verso é difícil de traduzir. O significado pode ser que os pagãos ou seus
cação original de Israel como um animal domado sem mordaça, que debulha os deuses, os baalins, tentaram Israel, provocando a nação a afastar-se do Senhor.
grãos colhidos, livre para comer enquanto trabalha (cf. 11.4; Dt 25.4; Pv 12.1 O; Jr Alternativamente, estes que eram chamados podem ser os profetas, cujas
50.11 ). Jesus também oferece um jugo suave para seus discípulos (Mt 11.28-30) mensagens foram ignoradas, quando Israel foi atrás de outros deuses.
formosura do seu pescoço. Ou seja, um forte pescoço capaz de suportar •11.3 ensinei a andar a Efraim. Provavelmente, uma referência ao cuidado
trabalhos árduos. Israel não cumpriu as expectativas do Senhor. Ojugo suave das amoroso de Deus em guiar Israel pelo deserto até à Terra Prometida.
bênçãos da aliança seria substituído por um jugo pesado das maldições da eu os curava. Deus poupou Israel de um mal durante o período formativo no
aliança, para ensinar-lhes a obediência. deserto IÊx 15 26)
•10.12 misericórdia. Ver a nota em Êx 15.13. Semear o que é correto e bom •11.4 cordas ... laços ... jugo... dar~hes de comer. A metáfora aparentemente
resulta em uma colheita de bênçãos do Senhor. volta a Israel como um animal de carga (10.11), mas aqui Deus mima a criatura.
arai o campo de pousio. Quando uma terra virgem e inativa é arada, •11.5 Não voltarão ... Egito. A palavra hebraica para "não", aqui usada, parece
particularmente ela produz uma colheita abundante. indicar que Israel não retomaria ao Egito (símbolo da escravidão; 8. 13, nota/, mas
chova a justiça. Deus é quem dá a colheita (1 Co 36-7). isso parece conflitar com 8.13; 9.3; 11.11 Alguns interpretam essa frase como
•10.13 Arastes a malícia. Ao invés de cultivar um frutífero relacionamento uma pergunta retórica l"Não voltarão para a terra do Egito?"), enquanto que outros
com Deus, Israel plantou, ceifou e comeu malícia e desonestidade 18.7; GI 6.7-9). emendam a palavra hebraica que significa "não" para que signifique "a ele"
porque confiastes... vossos valantes. A punição que Deus trará (uma derrota Entretanto, há outra interpretação que é indicada pelo contexto da misericórdia
militar) está diretamente relacionada com os pecados de Israel de confiar em seu divina nesta passagem (vs. 4,8). Israel não retornará ao Egito lou se1a. à condição
próprio poder militar e não no Senhor IJr 9.23-24) em que se encontravam antes de Deus chamá-los como seu povo da aliança; Dt
•10.14 Salmã destruiu a Bate-Arbel. Opúblico de Oséias deve ter se lembrado 4.34), mas seria castigado por seus pecados pela Assíria.
deste acontecimento agora desconhecido como particularmente brutal. Salmã tem Egito ... assírio. Ver as notas sobre 8.13; 9.3. Embora merecido, o efeito deste
sido identificado diversamente como Salmaneser Ili da Assíria (859-824 a.C.), Sal- julgamento é moderado no v. 11
maneser V i/27-722 a.C.) e Salamanu, um contemporâneo rei moabita. Bete-Arbel •11.6 suas cidades. Contando com cidades fort1f1cadas, eles estavam
é. normalmente, identificado com o lugar de lrbíd, em Gileade. confiantes em si mesmos 18.14).
•10.15 Betel. Com freQüência. ironicamente chamado de Bete-Áven por Oséias ferrolhos. Alguns estudiosos sugerem que esta palavra hebraica de difícil
14.15, nota; 5.8; 10.5). interpretação refere-se a pessoas, especificamente aos falsos profetas que
•como passa a alva. O tempo da batalha começar. supriam o conselho militar mencionado logo adiante, neste versículo.
•11. 1-11 Em uma linguagem ainda mais terna do que a história do filho pródigo •11.8 Como te deixaria. Deus aqui fala diretamente a Israel. O contraste com
1017 0SÉIAS 11, 12
nhas compaixões, à uma, se acendem. 9 Não executarei o 3 No ventre, pegou e do calcanhar de seu irmão; no vigor
furor da minha ira; não tornarei para destruir a Efraim, 1por- da sua idade, !lutou com Deus; 4 ]utou com o anjo e prevale-
que eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; não ceu; chorou e lhe pediu mercê; em BBetel, achou a Deus, e ali
8 voltarei em ira. " falou Deus conosco. s O SENHOR, o Deus dos Exércitos, o
10 Andarão após o SENHOR; meste bramará como leão, e, SENHOR é ho seu nome; 6 1converte-te a teu Deus, guarda o
bramando, os filhos, tremendo, virão do Ocidente; 11 tre- amor e o juízo e no teu Deus espera sempre. 7 Efraim, 4 mer-
mendo, virão, como passarinhos, os do Egito, e, ncomo pom- cador, Item nas mãos balança enganosa e ama a opressão;
bas, os da terra da Assíria, ºe os farei habitar em suas próprias 8 mas diz: 1Contudo, me tenho enriquecido e adquirido gran-
casas, diz o SENHOR. 12 Efraim me cercou por meio de menti- des bens; em todos esses meus esforços, não acharão em mim
ras, e a casa de Israel, com engano; mas Judá ainda domina iniqüidade alguma, nada que seja pecado. 9 Mas eu sou o
com Deus e é fiel com o 9Santo. SENHOR, teu Deus, desde a terra do Egito; meu ainda te farei
habitar em tendas, como nos dias da festa. 10 n Falei aos profe-
]acó, modelo para o povo de Israel tas e multipliquei as visões; e, 5 pelo ministério dos profetas,
Efraim ªapascenta o vento e persegue o vento leste propus 6 símiles.
12 todo o dia; multiplica mentiras e 1 destruição be faz
2 a!iança com a Assíria, e co azeite se leva ao Egito. 2 dQ
11 Se há em 0 Gileade transgressão, pura 7 vaidade são eles;
se em PGilgal sacrificam bois, os seus altares são como
SENHOR também com Judá tem 3 contenda e castigaráJacó se- montões de pedra nos sulcos dos campos. 12 Jacó qfugiu para
gundo o seu proceder; segundo as suas obras, o recompensará. a terra da Síria, e 'Israel serviu por uma mulher e por ela
~~~~~~~~~~~~~~
~ 9 INm 23.19 80u entrarei numa cidade 10 m Is 31.4; [JI 3.16]; Am 1.2 11 n Is 11 11; 60.8; Os 7.11 o Ez 28.25-26; 34.27-28 12 90u
os santos
CAPÍTULO 12 1 ªJá 15.2-3; Os 8.7 b2Rs 17.4; Os 8.9 eis 30.6 1ruína 20u tratado 2 d Os 4.1; Mq 6.2 3Uma demanda legal 3 eGn
25.26/Gn 32.24-28 4 g [Gn 28 12-19; 35.9-15] 5 h Êx 3.15 6 i Os 14.1; Mq 6.8 7 j Pv 11.1; Am 8.5; Mq 6.11 4 Ou cananeu, Hebr.
chenahan 8 ISI 62.1 O; Os 13.6; Ap 3.17 9 m Lv 23.42 10 n 2Rs 17.13; Jr 7.25 5Lit. pela mão dos 6 Ou parábolas 11 Os 6.8 POs °
9.15 ?futilidade 12 qGn 28.5; Dt 26.5 'Gn 29.20-28
os vs. 5-7 aumenta o impacto desta declaração profundamente pessoal de •12.3 pegou. "Pegou", no hebraico, é a raiz da palavra ':Jacó" (Gn 25.26). sendo
compaixão persistente. traduzido por "usurpar" Gn 27.36.
Admá ... Zeboim. Estas duas cidades da planície. situadas perto da extremidade •12.4 lutou com o anjo. A palavra hebraica aqui traduzida por "lutou" é dada
sul do mar Morto (Gn 10.19; 14.2,8). foram destruídas juntamente com Sodoma como a origem do nome "Israel", em Gn 32.28. Ao buscar tenazmente a bênção
e Gomorra (Gn 19.23-25). tornando-se assim exemplos da ira de Deus (Dt 29.23; divina, Jacó deixou um exemplo positivo para a nação (v. 6).
Jr 49.18). Betel. Olugar onde Deus se revelou a Jacó (Gn 28.12-19; 35.1-15). Ver a nota
•11.9 Santo. A santidade denota a diferença entre Deus e os seres humanos. Os em 4.15.
humanos buscam vingar-se. mas Deus opera a salvação. •12.5 OSENHOR, o Deus dos Exércitos. Uma doxologia, semelhante às do Li-
•11.1 OAndarão após o SENHOR. A restauração, não a destruição, é o alvo do vro de Amós (Am 4.13; 5.8-9; 9.5-6). relembra aqui a Israel que o Deus da aliança
julgamento por Deus do seu povo segundo a aliança. com os patriarcas (Javé) é o Deus dos Exércitos, o comandante dos exércitos de
Israel e o soberano sobre toda a criação (Zc 1.3, nota)
•11.11 Deus modera compassivamente o efeito do julgamento proferido no v. 5.
•12.6 converte-te. Como fez Jacó, que retornou a Betel para cumprir o seu voto
do Egito ... da Assíria. Novamente, o Egito e a Assíria são apresentados como
(Gn 35.1-15), Israel deve retornar ao Senhor.
um par que simboliza o julgamento do povo de Deus por meio do exílio (8.13,
•12.7 mercador. No hebraico temos a palavra "cananeu", que significava, se-
nota; 9.3; 11.5).
cundariamente, "mercador" (nota textual), tão bem conhecidos se tinham torna-
•11.12-12.14 Esta seção acusa Israel de traição e pronuncia julgamento. Te-
do os cananeus como mercadores. O mercador Efraim não era apenas
mas repetidos são a traição passada de Israel (artisticamente vinculada a epi-
desonesto, mas também pagão.
sódios extraídos da vida de Jacó) e a rejeição da palavra do Senhor proferida
•12.9 eu sou o SENHOR, teu Deus ... Egito. Esta declaração é uma auto-
pelos profetas.
apresentação; introduz uma expressão da divina vontade para o povo da aliança
•11.12 cercou. O reino do Norte sitiou o Senhor. (Ex 20 2; Dt 5.6).
Judá ainda domina com Deus. O original hebraico é difícil de traduzir. tendas ... festa. Encontramos aqui uma referência à Festa dos Tabernáculos,
Conforme esta versão, Judá é visto positivamente e contrastado com Efraim (ou quando o povo morava em tendas em memória dos tempos em que Israel vivia
seja, Israel). Mas alguns traduzem esta frase para falar de Judá como ro deserto, depois de deixar o Egito (Lv 23.43). Assim como Israel foi julgado
"desobediente contra Deus", tal como sucedia no caso de Efraim. com quarenta anos de perambulações pelo deserto (Nm 14.33). assim também
•12.1 apascenta. Ver Pv 15.14; Is 44.20. aqui Israel é ameaçado com·o "deserto" do exílio para longe da sua terra.
o vento ... o vento leste. Estas figuras metafóricas de futilidade (Já 15.2; Ec •12.1 O Falei aos profetas. Ninguém podia alegar ignorância como desculpa
1.14) e de destruição (13.15; Jr 18.17) são aplicadas às alianças de Israel com a (6.5; 12.13)
Assíria (5.13; 7.11; 8.9; 14.3; 2Rs 17.3) e com o Egito (7.16, nota; 2Rs 17.4). Tais visões. Uma maneira de Deus conceder revelações aos profetas (Nm 12.6; Já
alianças não eram meramente uma política estrangeira deficiente, mas 33.14-16).
expressões de infidelidade contra o Senhor. símiles. Estas "parábolas" (nota textual) eram figuras de linguagem que transmi-
mentiras. Exemplos de mentiras incluem a oscilação de Israel entre a Assíria e o tiam mensagens divinas (2Sm 12.1-4; SI 78.2; Is 5.1-7; Ez 17.2-10).
Egito (7.11). fazendo este último lançar-se contra a primeira (2Rs 17.3-4). •12.11 Gileade. Esta região, situada a leste do rio Jordão, na fronteira com
azeite. Presentes eram, com freqüência. enviados quando alianças eram Moabe, ao sul, e Basã, ao norte, era um lugar de sacrifícios ilegais, derrama-
estabelecidas. mento de sangue e idolatria. Essa região foi conquistada pela Assíria em
•12.2 contenda. Ver a nota textual. Como em 4.1, o Senhor atua como quei- 734-732 a.e. (2Rs 15.29; Os 6.8).
xoso, juiz e advogado de acusação em uma cena de tribunal, acionando uma Gilgal. Ver a nota em 4.15.
ação judicial segundo a aliança contra o seu povo. Ele exige punição (v. 2). mas montões de pedra nos sulcos. Pedras grandes, atingidas pelo arado do agri-
também reconciliação (v. 6). cultor, eram empilhadas em montões.
Jacó. Ou seja, Israel 110.11; cf. Gn 3228). •12.12 a terra da Síria. Padã-Arã (Gn 28.2,5).
OSÉIAS 12, 13 1018
guardou o gado. 13 Mas so SENHOR, por meio de um profeta, conhecerás outro deus além de mim, porque cnão há
fez subir a Israel do Egito e, por um profeta, foi ele guardado. salvador, senão eu.
14 Efraim mui amargamente 1provocou à ira; portanto, o s dEu Jte conheci no deserto, eem terra 4 muito seca.
SENHOR deixará ficar sobre ele o sangue por ele derramado; ó/Quando tinham pasto, eles se fartaram, e, uma vez fartos,
ue fará cair sobre ele o seu opróbrio. ensoberbeceu-se-lhes o coração; por isso, se esqueceram de
mim. 7 gSou, pois, para eles como leão; como hleopardo, es·
Castigo definitivo preito no caminho. 8 iComo ursa, roubada de seus filhos, eu os
Quando falava Efraim, havia tremor; foi exaltado em atacarei e lhes romperei a envoltura do coração; e, como leão,
13 Israel, mas ele se fez culpado no tocante a Baal e
morreu. 2 Agora, pecam mais e mais, e da sua prata fazem
ali os devorarei, as feras do campo os despedaçarão. 9 5 A tua ruí·
na, ó Israel, vem de ti, e só de mim, 6 0 teu socorro. tojOnde 7
imagens de fundição, ídolos segundo o seu conceito, todos está, agora, o teu rei, para que te salve em todas as tuas cidades?
obra de artífices, e dizem: 1 Sacrificai a eles. Homens até E os teus juízes, dos quais 1disseste: Dá·me rei e príncipes?
2 beijam bezerros! 3 Por isso, serão como nuvem de manhã, 11 moei-te um rei na minha ira e to tirei no meu furor.
como orvalho que cedo passa, ªcomo palha que se lança da 12 n AE iniqüidades de Efraim estão atadas juntas, o seu pe·
eira e como fumaça que sai por uma janela. 4 Todavia, beu cacto está armazenado. 13 °Dores de parturiente lhe virão; ele
sou o SENHOR, teu Deus, desde a terra do Egito; portanto, não é filho insensato, porque é tempo, e não sai à luz, ao abrir-se
......
~
~~~~~
13 SÊx 12.50-51; 13.3; SI 77.20; Is 63.11-12; Mq 6.4 14tEz18.10-13uDn11.18; Mq 6.16
CAPÍTULO 13 2 1 Ou Que aqueles que oferecem sacrifícios humanos beijem os bezerros 2LJm gesto de adoração 3 ªSI 1.4; Is 17.13; Dn
2.35 4 b Is 43.11 e Is 43.11; 45.21-22; [1Tm 2 5] 5 dDt 27; 32.10 e Dt 8.15 3 Importei-me contigo 4 Lit de estiagem 6/Dt 8 12-14;
32.13-15; Jr 57 7 g Lm 3.10; Os 5.14 h Jr 5.6 8 i2Sm 17.8; Pv 17.12 9 5 Lit isto ou ele te destruiu 6 Lit em teu socorro 10 jDt
32.38i1Sm 8.5-6 70u Eu serei 11 m 1Sm 8.7; 10.17-24 12 n Dt 32.34-35; Já 14.17; [Rm 25] 13 Is 13.8; Mq 4.9-10 °
serviu ... guardou. Oséias compara o serviço prestado por Jacó para garantir •13.5 Eu te conheci. Israel aparece aqui em solidariedade coletiva pelo prono-
para si uma esposa de um país estrangeiro com o livramento do povo de Israel, me hebraico no singular, "te". Essa forma do pronome enfatiza a natureza pessoal
por parte de Deus, do Egito. Omesmo verbo hebraico traduzido por "guardou" no do relacionamento de aliança de Deus com o seu povo. Ver a Introdução: Caracte-
v. 12 é traduzido por "guardado" no v. 13. rísticas e Temas; Gn 17.7, nota.
•12.13 profeta ... profeta. O primeiro destes dois profetas referidos é, clara- deserto. Durante as perambulações difíceis pelo deserto, Deus conheceu e esta-
mente, Moisés (Dt 18.15; 34.10-12), e o segundo, mui provavelmente, seja o va preparando o seu povo. Por semelhante modo, Deus usará o exílio do "deserto"
mesmo Moisés. O profeta guardador pode, entretanto, ser um profeta posterior, para regenerar Israel (2.14-16).
tal como Samuel (Jr 15.1) ou Elias (1Rs 19.9-18) •13.6 Este versículo descreve um processo de descida na escala moral e na ado-
•12.14 Efraim ... provocou. Uma vez mais, a fidelidade de Deus à aliança (v 13) ração (Dt32.10-18; Jr2).
é contrastada com a infidelidade de Israel. O Senhor havia sido provocado pela se esqueceram. Esse clímax lamentável faz contraste com os dias anteriores de
adoração a deuses pagãos (Dt 32.21 ). mas. aqui, ainda há implicações de outras conhecimento (vs. 4-5 e notas; cf. Dt 8.11-20).
ofensas. •13. 7-9 Esta espantosa comparação de Deus com anima·1s ferozes que devoram
sangue ... derramado. Esta é uma referência ou ao próprio assassinato (4.2; o rebanho ecoa as maldições da aliança para a desobediência (Lv 26.21-22; Dt
5.2; 6.8) ou, conforme aparece em antigos textos jurídicos. qualquer crime capi- 32.24; Ez 14.21 ). Essas figuras de linguagem retratam a severidade do julgamen-
tal. Este versículo conclui os processos legais, e é paralelo, quanto à estrutura, ao to divino (5.14; Pv 17.12; Jr 5.6).
v. 2, que introduz a seção. A eleição segundo a aliança envolve responsabilidades •13.9 teu socorro. A destruição de Israel é explicada aqui em termos da rebel-
segundo a aliança.
dia da nação contra seu Ajudador. Não há ajuda como a de Deus (Êx 18.4; Dt
•13.1 Aqui começa um aviso do castigo pelos pecados passados (v. 1) e presen- 33.26-29; SI 10.14; 54.4; 115.9-11; 121.2-8; 1465). Opor-se alguém a Deus é
tes (v. 2). convidar a destruição.
Efraim. Ver a nota em 4.17. •13.1 ODá-me rei. Quanto ao pedido de Israel pela monarquia, ver 1Sm 8. Pedir
Baal. Ver 2.7-8,17; 9.10; 11.2. um rei significava que eles tinham rejeitado a Deus como Rei 11 Sm 139-10). O
morreu. Por causa de sua idolatria, o reino do Norte (Efraim) podia ser considera- senso de segurança deles. por terem um rei, era uma ilusão.
do morto em delitos e pecados lcf Ef 2.1). •13.11 Dei ... tirei. Embora descreva uma ação passada, o tempo verbal, no he-
•13.2 Imagens de fundição, ídolos ... bezerros. Oquadro coletivo é de esta- braico. sugere um processo contínuo de dar e tomar. Orei não é especificado. Tal-
tuetas de bezerros, feitas de bronze e recobertos de prata (Êx 32.4,8; 34.17; Lv vez seja uma referência aos assassinatos reais dos tempos de Oséias 134; 7.7;
19.4; Dt 19.161. Os ídolos de bezerros eram de origem cananéia e estavam vincu- 8.4; 10.3; cf. 2Rs 15.8-31, 17.1-6) a um antigo rei como Sau! /que estava v;vD
lados à adoração a Baal, mas os idólatras, provavelmente, os associavam tam- quando um rei foi pedido pela primeira vez) ou mesmo a todos os reis do Norte
bém em sua própria mente com o Senhor 18.5-6; 105 e notas). (todos os vinte que fizeram "o que era mau perante o SENHOR").
beijam. Ver a nota textual. Isso era um ato de devoção, adoração ou apazigua- •13.12 A fim de que não fossem esquecidas ou diminuídas, as transgressões
mento i1Rs 1918). são figuradamente atadas e então guardadas em um lugar seguro, para retribui-
•13.3 nuvem ... orvalho. Ver 6.4. ção futura (7.2; 9.9; Dt 32.34-35; Já 14.17)
•13.4 Ver a nota em 12.9. Efraim. Ver a nota em 4.17.
•Não conhecerás outro deus além de mim. Esta declaração faz contraste •13.13 O apuro de Israel de enfrentar uma condenação certeira é vividamente
com a idolatria referida no v. 2. A afirmação, relembrando a Israel que o relaciona- comparado com aquele de uma mãe e seu filho durante um nascimento malsuce-
mento de aliança com Deus é exclusivo, é lançada na linguagem do primeiro man- dido lcf. 2Rs 19.3). Este complexo quadro verbal compara Israel tanto a uma mãe
damento (Êx 20.2-3; Dt 5.6-7), mas com a idéia adicional de "conhecer" a Deus. (que enfrenta a tristeza e certamente a morte) quanto a um bebê (que. teimosa-
Outros chamados de deuses eram adorados, mas somente o único verdadeiro mente se recusa a ser trazido à luz em segurança).
Deus podia ser "conhecido". Ver a Introdução: Características e Temas. Outras li- filho insensato. Israel é aqui retratado como um feto que deixara de posicio-
gações com os requisitos da aliança encontrados no Decálogo são evidentes na nar-se favoravelmente no útero de sua mãe, para que houvesse o parto. Esta figu-
descrição da idolatria de Israel (vs. 1-2). uma clara violação do segundo manda- ra surpreendente relaciona-se ao tema da falta de reconhecer a Deus
mento (Êx 20.4-6; Dt 5 8-10) (Introdução: Características e Temas).
1019 0SÉIAS 13, 14
da madre. 14 Eu os remirei do 8 poder 9 do inferno e os resga- mais diremos à obra das nossas mãos: tu és o nosso Deus;
tarei da morte; Ponde 1 estão, ó morte, as tuas pragas? 2Qnde epor ti o órfão alcançará misericórdia.
está, ó 3 inferno, 4 a tua destruição? qMeus olhos não vêem 4 Curarei a sua /infidelidade, eu de mim mesmo gos ama-
em mim arrependimento algum. 15 Ainda que ele viceja en- rei, porque a minha ira se apartou deles. 5 Serei para Israel
tre os irmãos, rvirá o vento leste, vento do SENHOR, subindo hcomo orvalho, ele 2florescerá como o !frio e 3 lançará as suas
do deserto, e secará a sua nascente, e estancará a sua fonte; raízes como o cedro do Líbano. 6 4 Estender-se-ão os seus ra-
ele saqueará o tesouro de todas as coisas preciosas. 16 Samaria mos, io seu esplendor será como o da oliveira, e isua fragrân-
5 levará sobre si a sua culpa, porque sse rebelou contra o seu cia, como a do Líbano. 7 10s que se assentam de novo à sua
Deus; cairá à espada, seus filhos serão despedaçados, e as suas sombra voltarão; serão vivificados como o cereal e 5 floresce-
mulheres grávidas 1serão abertas pelo meio. rão como a vide; 6 a sua fama será como a do vinho do Líbano.
8 ó Efraim, que tenho eu com os ídolos? Eu te ouvirei e
Promessas de perdão cuidarei de ti; sou como o cipreste verde; mde mim procede o
ªVolta, ó Israel, para o SENHOR, teu Deus, porque, teu fruto.
14 pelos teus pecados, estás caído. Tende convosco
palavras de arrependimento e convertei-vos ao SENHOR;
2
Apelo.final
dizei-lhe: Perdoa toda iniqüidade, aceita o que é bom e, em 9 Quem é sábio, que entenda estas coisas; quem é pruden-
vez de novilhos, os b sacrifícios 1 dos nossos lábios. 3 A Assíria te, que as saiba, porque nos caminhos do SENHOR são retos, e
já cnão nos salvará, dnão iremos montados em cavalos e não os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão.

e 14 P [1Co15.54-55] q Jr 15.6 BLit. da mão 90u da sepultura, Hebr. Sheo/ I Ou eu serei 20u Eu serei 30u sepultura, Hebr. Sheol 4LXXo teu
aguilhão 15 'Gn 41.6; Jr 4.11-12; Ez 17.1 O; 19.12 16 s2Rs 18.12 12Rs 15.16 51J1.X será desfigurada
CAPITULO 14 1 aOs 12.6; [JI 2.13] 2 b [SI 51.16-17; Os 6.6; Hb 13.15] 1 Lit. e daremos os novilhos, no sentido metafórico de sacriffcios;
IJl.X frutos 3 e Os 7.11; 10.13; 12.1 d [SI 33.17]; Is 31.1 e SI 10.14; 68.5 4/ Jr 14.U [Ef 1.6] 5 h Jó 29.19; Pv 19.12; Is 26.19 2 Ou
brotará 3 Lit. golpeará 6 iSI 52.8; 128.3 iGn 27.27 4 Lit.lrão 7 IDn 4.12 5 Ou brotará ó Lit. a recordação deles 8 m [Jo 15.4) 9 n [SI
111. 7-8; Pv 10.29]; Sf 3.5
•13.14 Eu os remirai ... resgatarei. Ver as natas textuais. Para alguns intérpretes, As palavras hebraicas para "novilhas" (aqui traduzida por "sacriffcios") e "fruta"
a contexto de julgamento, nos vs. 12, 15, indica que estas duas linhas deveriam são semelhantes. Ver Pv 12.14; 13.2; Hb 13.15.
ser traduzidas como perguntas retóricas ("Eu as remirei da poder da inferna? e os •14.3 A Assiria ... cavalos ... Deus. A nação de Israel deve desistir de confiar
resgatarei da morte?") cujas respostas subentendidas seriam "Não!" Com essa em potências políticas estrangeiras (5.13; 7.11; 12.1 ), em sua própria capacidade
interpretação, as duas cláusulas seguintes ("Ó morte ... ó inferna"), então, convo- militar (10.13; cf. SI 33.16-17) e na religião idólatra e sincretista (2.8, 13; 3.1;
cam as armas da morte para destruir Israel. Entretanto, é melhor considerar este 4.12; 8.5-6; 10.5·6; 13.2).
versículo como se prenunciasse a espírita positiva de 14.4-7. Cama tal, este ver-
sículo é uma das grandes afirmações da Antiga Testamento a respeita do poder o órfão alcançará misericórdia. Estas palavras aludem ao tema anterior da
de Deus sobre o última inimiga, a morte (cf. 1Ca 15.55). Se a antiga Israel, dos perda e da restauração da amar, ilustrada pela casamenta de Oséias e pela sua fi-
dias de Oséias, não se valeu da poder divina sabre a morte, a verdadeira Israel es- lha Desfavorecida (1.6; 2.2-4, 14-23). Ver a Introdução: Características e Temas.
piritual (Crista com a sua Igreja) experimenta esta verdade. Otriunfa final de Deus •14.4 Curarei. A promessa da cura começou a ter cumprimenta quando Israel
sabre a último inimiga é garantida pela morte e pela ressurreição de Crista. voltou da exílio na Babilônia, na século VI. Está tendo muito maior cumprimento
Meus olhos não vêem em mim arrependimento algum. A palavra hebraica em Jesus Crista e sua Igreja e será consumada par ocasião de sua segunda vinda.
aqui traduzida par "arrependimento" pode ser também entendida como "lamen- infidelidada. A infidelidade característica de Israel (4.10-12; 5.4; 7.4; 11.7) será
ta". Deus não se "arrependerá" (ou seja, não mudará a sua mente) da seu intuito curada pelo grande Médica, cuja ira agora está aplacada.
de vencer a morte em favor de "Seu povo. da mim mesmo os amarei. Neste cântico de amar, ouvimos novamente falar
•13.15 Ainda que ele viceja. Este é Efraim, cuja nome vem da mesma raiz he- da profunda afeta de Deus par seus eleitas. Esse amar desmerecida é aquilo que
braica que significa "vicejar, frutificar" (9.16, nata). a Nava Testamento chama de graça (Rm 5.15; Ef 2.5,8).
leste, vento do SENHOR. Ver 12.1 e nata. Aqui, esta força destrutiva é um sím- •14.5·7 Nesta seção, resplandecentes com a linguagem da amar, metáforas ví-
bolo da Assíria cama instrumenta da julgamento divina contra Israel (Introdução: vidas, inspiradas pela vida vegetal - um lírio que se abria (Ct 2.1, 16), um cedro
Data e Ocasião; Is 10.5-6). da Líbano profundamente arraigada, florescente e fragrante (SI 92.12; 104.16),
•13.16 Samaria. Capital, bem cama a força impulsionadora da rebeldia da reina uma esplêndida oliveira (SI 52.8; Jr 11.16), uma árvore frondosa que dava sombra
do Norte. (Ct 2.3; Ez 17.22-23), grãos vicejantes (2.8,22), uma vinha luxuriante (10.1; Is
cairá ... despedaçados... abertas. Linguagem figurada que indica destruição 5.1-7) e a fruta da vinha - todas essas coisas pintam uma nação de Israel vigo-
(vs. 3,8, 15), uma estremecedora expressão de dura realidade. rosa, renomada, estável e próspera florescendo sob as cuidados de Deus, que é
•14, 1·3 D profeta fala ao povo exortando-a ao arrependimento, antes de trans- comparada ao orvalha que transmite vida (Dt 33.13).
mitir a promessa divina de bênção (vs. 4-8). •14.B cipreste varda. Como uma árvore renomada coma um símbolo de vida
•14.1 Volta. Esta exortação temática ao arrependimento (2.7; 3.5; 6.1; 7.10; (cf. Gn 3.22; Ap 22.2), Deus dará fruta à infrutífera nação de Efraim (9.16, nata).
12.6) é agora dirigida àqueles que já tinham caída par causa de seus pecadas. •14.9 Ouem é sábio. Este epílogo desafia cada geração a considerar cuidadosa-
•14.2 Tende convosco palavras. Palavras de confissão acompanhadas pela mente as caminhas da Senhor apresentadas na livro (cf. SI 1; 18.21; Pv 10.29).
obediência agradam a Deus, mas não as sacrifícios insinceras (ver 5.6; 6.6; As escolhas que Israel estava enfrentando também são apresentadas ao leitor:
8.11-13). Uma linguagem exata de confissão é sugerida nas vs. 2-3. sabedoria ou insensatez; discipulada ou rebeldia; vida ou morte. Os sábias "esco-
os sacrifícios dos nossos lábios. Ou "fruta de nossas lábias" (ver nata textual). lherão a vida" (Dt 30.19-20).

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