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A SUPREMA GRANDEZA DO CONHECIMENTO DE CRISTO (Fp 3:4-11)

A declaração “mas o que para mim era ganho (lucro), isso eu considerei como perda” por causa
de Cristo resume a mudança dramática que ocorreu na perspectiva (vida) de Paulo, quando
conheceu ao Senhor. Todas “as coisas” estimados por ele como ganho, de repente tornaram-se
“lixo”. Pela graça maravilhosa de Deus, as coisas que erroneamente imaginava lhe dariam
felicidade (vida eterna), foram substituídas por conhecer a Cristo.

“Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as
considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele” (3:8–9a).

A frase forte “mais do que isso” é uma sequência de cinco intraduzíveis partículas gregas
(literalmente, "mas de fato, portanto, pelo menos, mesmo") que enfatiza o contraste entre os
créditos da religião e da justiça própria, que não impressionam a Deus, e os benefícios
incalculáveis de conhecer a Cristo. No versículo 7, Paulo declara que todas aquelas coisas são
“esterco” para ele, se comparadas ao valor da suprema grandeza do conhecimento de Cristo
Jesus.

O termo huperchon (sublime, supremo, excelente, valor que supera) se refere a algo de valor
incomparável. E a palavra conhecer aqui no texto grego não é um verbo, mas um substantivo
“gnose”, que vem de ginosko (verbo), que significa conhecer experimentalmente ou pelo
envolvimento pessoal. O conhecimento insuperável de Cristo que Paulo descreve aqui é muito
mais do que mero conhecimento intelectual dos fatos sobre ele.

O Novo Testamento frequentemente descreve os cristãos como aqueles que conhecem a


Cristo. Em João 10:14 Jesus disse: "Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas e as
minhas ovelhas Me conhecem." Em João 17:3 Ele definiu a vida eterna como conhecê-Lo: "Esta
é a vida eterna, que conheçam a Ti, ó Pai, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem
enviaste". Aos Coríntios, Paulo escreveu:" Porque Deus, que disse: "das trevas resplandeça luz,
Ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na
face de Cristo" (2 Co 4:6); enquanto em Efésios 1:17 ele orou "que o Deus de nosso Senhor
Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê um espírito de sabedoria e de revelação no pleno
conhecimento Dele". Em sua primeira epístola João declarou: "E sabemos que o Filho de Deus
veio e nos deu entendimento para que possamos conhecer o que é verdadeiro, e nós estamos
naquele que é verdadeiro, em Seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna"
(1 Jo 5:20). Todas estas passagens nos ensinam que a salvação envolve um conhecimento
pessoal do Senhor Jesus Cristo, ou seja, relacionamento com Ele.

Os gregos usaram a gnose para descrever conhecimento secreto, oculto, e místico da


divindade. No segundo século, a perigosa heresia do gnosticismo tentou sincretizar o conceito
grego de gnose e a verdade cristã. Como suas idéias pagãs, os gnósticos afirmaram um
conhecimento mais elevado de Deus do que o cristão comum experimentava. Mas Paulo usa a
palavra gnose aqui para descrever a comunhão transcendente com Cristo que todo
verdadeiro cristão tem, ou pelo menos deve ter.

A salvação vem somente através do conhecimento profundo de amor e união íntima com
Jesus Cristo que Deus nos dá pela graça mediante a fé.

Comentando sobre o conhecimento do crente de Cristo, F B Meyer escreveu: Podemos


conhecê-lo pessoalmente, intimamente e face a face. Cristo não vive apenas na eternidade,
nem em meio às nuvens do céu. Ele está perto de nós, conosco, em nós, e conhece todos os
nossos caminhos. Sendo assim, devemos conhece-Lo não como um estranho que vem nos
visitar inesperadamente, ou como um rei terreno a quem não temos acesso. Não, Jesus quer
ser conhecido por nós intimamente, como Seus próprios amigos, a quem Ele confia Sua
intimidade, e com quem compartilha Sua mesa, isto é, tem comunhão.

A expressão “ser achado Nele” expressa a verdade paulina familiar de que os crentes estão em
Cristo, um conceito encontrado mais de 75 vezes em suas epístolas. Os crentes estão
inextricavelmente ligados a Cristo em uma vida de comunhão e amor. "Já estou crucificado
com Cristo", escreveu Paulo aos Gálatas, "e já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim, e
a vida que agora vivo na carne, vivo pela fé no Filho de Deus , que me amou e a Si mesmo se
entregou por mim " (Gl 2:20).

Nesta passagem, o apóstolo também testemunha de alguns benefícios práticos e vitais que
o conhecimento salvador de Cristo nos traz:

1) Justificação (v.9 / 2 Co 5:21 / Rm 5:1)

Ao conhecer a Cristo, Paulo, alegremente trocou sua religiosidade hipócrita e legalista pela
justiça que é pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus mediante a fé. Em outras palavras, a
perspectiva e a posição de Paulo diante de Deus foram mudadas: de culpado para justificado,
de inimigo para amigo, de morto para ressuscitado...

A justiça ou justificação a que Paulo se refere é o coração do Evangelho, a verdade de que os


pecadores arrependidos têm o seu pecado imputado a Cristo e a Sua justiça imputada a eles.
Em 2 Coríntios 5:21, Paulo declarou que “Deus fez com que Ele [Cristo] que não conheceu
pecado, fosse feito pecado por nós, para que Nele nos tornássemos justiça de Deus."

Na cruz, o Pai julgou Jesus como se Ele tivesse cometido pessoalmente cada pecado cometido
por cada pessoa em todos os tempos. Quando um pecador abraça Jesus como Senhor e confia
apenas em Seu sacrifício para ser salvo, Deus trata o pecador como se ele tivesse vivido a vida
sem pecado de Cristo (cf. Is 53 / 1 Pedro 2:24).

2) Poder (v.10a / At 1:8)

O clamor do coração de Paulo era para “conhecer a Cristo mais e mais”. Esse conhecimento
pessoal e inicial de Cristo, se tornou a base de busca ao longo da vida de Paulo de um
conhecimento sempre mais profundo de Seu Salvador.

Especificamente, Paulo desejava experimentar o poder da Sua ressurreição. Ele sabia que não
havia poder na justiça própria ou religiosidade. Ele também sabia que não havia poder em sua
carne para vencer o pecado e servir a Deus (cf. Rm 7:18). Ao ser justificado, Paulo havia
recebido o Espírito Santo, o mesmo que ressuscitou Jesus dentre os mortos e quem nos
concede o poder de Sua ressurreição.

A ressurreição de Jesus foi a maior demonstração do poder de Cristo (cf. Jo 2:19-21; 10:17-18),
revelando Seu poder absoluto sobre os dois reinos, o físico e o espiritual (Cl 2:14-15 / 1 Pe
3:18-20). Por isso, o apóstolo clama pelo poder da ressurreição.

Paulo experimentou o poder da ressurreição de Cristo de duas maneiras. Primeiro, foi esse
poder que o salvou, uma verdade afirmada em Romanos 6:4-5: "Portanto, fomos sepultados
com Ele pelo batismo na morte, para que assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos
pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida”. Porque, se fomos unidos
com Ele na semelhança da Sua morte, certamente seremos também na semelhança da Sua
ressurreição". Na salvação, os crentes são identificados com Cristo em Sua morte e
ressurreição. Mas mais do que isso, (2) era o poder da ressurreição de Cristo, à medida que O
conhecia (relacionamento), que santificava o apóstolo (e santifica todos os crentes) para
derrotar a tentação e o pecado, e levar uma vida santa com ousadia na fé, proclamando
frutuosamente o Evangelho. Paulo, trocou alegremente a sua impotência pelo poder da
ressurreição de Cristo, e pediu para experimentar a sua plenitude. E quanto a você?

3) Comunhão (v.10b)

A salvação que o conhecimento de Cristo trouxe a Paulo, o levou à comunhão. O apóstolo fala
aqui especificamente da comunhão dos seus sofrimentos. Paulo foi conformado à morte Jesus
na salvação (Rm 6:4-5). Mas ele tem algo mais em mente aqui, uma parceria profunda com
Cristo no Seu sofrimento. Quando ele conheceu a Cristo, ganhou um amigo para todos os
momentos, principalmente no sofrimento. Os mais profundos momentos de comunhão
espiritual de Paulo com o Cristo vivo, foram os momentos de intenso sofrimento, como
aqueles na prisão.

Essa abençoada verdade levou Paulo a exclamar: "Portanto, eu tenho prazer nas fraquezas, nas
injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, por causa de Cristo, pois quando sou
fraco, então é que sou forte. Porque o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Co 12:10).

Cristo é nosso misericordioso Sumo Sacerdote, um amigo fiel que sente nossa dor e que se
compadece de nós, porque Ele mesmo enfrentou todas as provações e tentações , porém sem
pecado (Hb. 4:15). Ele é, portanto, suficientemente poderoso para nos ajudar em nossas
fraquezas e lutas (Hb 2:17).

4) Glorificação (v.10c / Rm 8:29)

O outro benefício obtido por Paulo ao conhecer a Cristo era a garantia de sua futura
ressurreição, quando ele iria partilhar a glória de Cristo.

Paulo estava confiante que iria chegar à ressurreição dentre os mortos e receber um corpo
glorificado. A Bíblia diz que no Arrebatamento "nem todos dormiremos, mas todos seremos
transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta;
porque a trombeta soará, e os mortos em Cristo ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados. Para que o que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e o que é mortal
se revista de imortalidade " (1 Co 15:51-53).

Paul odiava “a fraqueza” de sua carne e desejava se livrar dela. Porque ele se viu como
miserável (Rm 7:24), escreveu aos romanos: "Nós mesmos, tendo os primeiros frutos do
Espírito, gememos dentro de nós, esperando ansiosamente nossa adoção de filhos, a redenção
do nosso corpo" (Rm 8:23). A redenção do corpo na ressurreição é outro dos benefícios da
sublimidade do conhecimento de Cristo.

Conclusão

O que os crentes ganham com a sua união com Cristo? O conhecimento de Cristo que nos
salva traz: comunhão com Ele (identificação), justificação (a justiça de Cristo imputada a nós),
poder (o poder de Sua ressurreição) santificação e glorificação (o compartilhar pleno e eterno
da glória de Cristo).
Não me admira, portanto, o fato de Paulo alegremente trocar a religiosidade e insuficiência de
sua carne pelos benefícios da sublimidade do conhecimento de Cristo.

Mateus 19 registra a história de outro homem que se encontrou na mesma encruzilhada que
Paulo. Em resposta à sua pergunta sobre como obter a vida eterna, Jesus disse-lhe para
obedecer à lei. Em resposta, "o jovem disse-lhe: 'Tudo isso tenho feito, o que eu estou ainda
falta?" (Mt 19:20). Ele também descobriu serem insuficientes a religiosidade e a justiça própria
para salvar, mas ao contrário de Paulo, ficou com as coisas que considerava ganho e rejeitou a
Cristo. Paulo, por sua vez, considerou seus ganhos como perda se comparado à sublimidade
do conhecimento de Cristo. Ele preferiu a Cristo. E quanto a nós, com que ficaremos?

Todo mundo está nesta mesma encruzilhada. As pessoas podem se apegar às coisas desta vida
(religião, dinheiro, conhecimento, fama, prazer, auto-afirmação, etc) e seguir o jovem rico para
o caminho largo que leva à destruição eterna. Ou eles podem trocar tudo isso e toda a sua
frustração da carne pelos benefícios da suprema grandeza do conhecimento de Cristo, e como
Paulo seguir o caminho estreito que conduz à vida eterna.

O que você escolherá?

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