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João Cristóvão Página 1 17-10-2010


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Índice

O que é a Sustentabilidade? ____________________________________ Pág. 3

História e Antecendentes _______________________________________ Pág. 4,5.

Os Cinco Axiomas da Sustentabilidade Ambiental _______________ Pág. 6 até


11

Sustentabilidade Económica ___________________________________ Pág. 11

Sustentabilidade Social ________________________________________ Pág. 12

Conclusão ____________________________________________________ Pág. 13

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O que é a sustentabilidade?

A essência do termo sustentável é bastante simples: "aquilo que pode


ser mantido ao longo do tempo". Implicitamente, isto significa que qualquer
sociedade, ou qualquer aspecto de uma sociedade, que seja insustentável,
não pode ser mantido por muito tempo e deixará de funcionar numa
qualquer altura.

É provavelmente seguro assumir que nenhuma sociedade poderá ser


mantida para sempre: os astrónomos garantem-nos que daqui a uns
milhares de milhões de anos o Sol terá aquecido ao ponto em que os
oceanos se evaporarão e a vida no nosso planeta terminará. Desta forma,
sustentabilidade é um termo relativo. Parece então ser razoável tomar como
marco temporal de referência as durações das civilizações anteriores, que
variaram de várias centenas a vários milhares de anos. Sendo assim, uma
sociedade sustentável seria aquela que fosse capaz de se manter durante
muitos séculos no futuro.

No entanto, a palavra sustentável tem sido amplamente usada nos


anos recentes para, de um modo vago e geral, referir apenas as práticas
que têm a reputação de estarem mais de acordo com um meio ambiente
saudável do que outras. Esta palavra é, com frequência, muito
negligentemente usada, de tal maneira que tem levado alguns ecologistas a
aconselhar o abandono do seu uso. Ainda assim, creio que o conceito de
sustentabilidade é essencial para compreender e solucionar o dilema
ecológico das nossas espécies, e que a palavra poderá ser reabilitada se
estivermos dispostos a despender um pequeno esforço para chegarmos a
uma definição clara.

História e antecedentes

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O conceito essencial de sustentabilidade foi incorporado na visão


mundial e nas tradições de muitos povos indígenas; por exemplo, foi um
preceito de Gayanashagowa, ou a Grande Lei da Paz (a constituição dos
Haudenosaunee ou as Seis Nações da Confederação dos Iroquois) que
levava os chefes a avaliar o impacte das suas decisões sobre a sétima
geração futura. O primeiro uso europeu conhecido de sustentabilidade (em
alemão: Nachhaltigkeit) ocorreu em 1712 no livro Sylvicultura Oeconomica
pelo silvicultor e cientista alemão Hannss Carl von Carlowitz. Mais tarde, os
silvicultores franceses e ingleses adoptaram a prática de plantar árvores
como um caminho para a "silvicultura de rendimento contínuo".

O termo começou a ser mais difundido depois de 1987, quando o


Relatório Brundtland da Comissão Mundial de Ambiente e Desenvolvimento
definiu desenvolvimento sustentável como sendo o desenvolvimento que
"satisfaz as necessidades da geração actual sem comprometer a
capacidade das gerações futuras para satisfazer as suas próprias
necessidades". Esta definição de sustentabilidade teve a capacidade de, na
época, ser muito influente, sendo ainda amplamente usada; não obstante
foi criticada por não identificar de uma forma explícita a insustentabilidade
do uso de recursos não-renováveis, nem o problema do crescimento da
população.

Ainda nos anos oitenta, o oncologista sueco Dr. Karl-Henrik Robèrt


reuniu os principais cientistas suecos para estabelecerem um consenso
sobre as exigências de uma sociedade sustentável. Em 1989 ele formulou
este consenso baseado em quatro condições para a sustentabilidade que
por sua vez configurou a base do estabelecimento para uma organização, O
Passo Natural (The Natural Step). Subsequentemente, as principais 60
corporações suecas e 56 municipalidades, assim como muitas empresas de
outros países, empenharam-se no cumprimento das condições da O Passo
Natural. As quatro condições são as seguintes:

• Para que uma sociedade seja sustentável, as funções da natureza e a


diversidade não deverão estar sistematicamente sujeitas a
concentrações crescentes de substâncias extraídas da crosta
terrestre.

• Para que uma sociedade seja sustentável, as funções da natureza e a


diversidade não deverão estar sistematicamente sujeitas a
concentrações crescentes de substâncias produzidas pela sociedade.

• Para que uma sociedade seja sustentável, as funções da natureza e a


diversidade não deverão ser sistematicamente empobrecidas através
de deslocamento físico, da sobre-exploração, ou de outras formas
de manipulação do ecossistema.

• Numa sociedade sustentável, as pessoas não deverão estar sujeitas a


condições que sistematicamente debilitam a capacidade de
satisfazerem as suas necessidades.

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Sentindo a necessidade de contabilizar ou criar um procedimento com o


qual fosse possível medir a sustentabilidade, em 1992 o ecologista
canadiano William Rees introduziu o conceito da Pegada Ecológica, definido
como a área de terra e água que hipoteticamente uma população humana
necessitaria para obter os recursos exigidos à sua própria sustentação e
para absorver os seus desperdícios, em função da tecnologia em uso. O que
se infere desta definição é o reconhecimento de que, para a humanidade
alcançar a sustentabilidade, a pegada da totalidade da população mundial
deve ser inferior à área total terra/água da Terra (aquela pegada é
actualmente calculada pela Footprint Network como sendo
aproximadamente 23% maior do que o planeta pode regenerar, concluindo-
se que a espécie humana está a operar de um modo insustentável).

Num trabalho publicado em 1994 (e revisto em 1998), o professor


catedrático de física Albert A. Bartlett formulou as 17 Leis da
Sustentabilidade, procurando clarificar o significado de sustentabilidade em
termos de população e consumo de recursos. As críticas de Bartlett ao uso
descuidado deste termo, e a sua rigorosa demonstração das implicações de
crescimento continuado, foram importantes influências no presente esforço
do autor para definir o que é genuinamente sustentável.

Uma pesquisa histórica verdadeiramente exaustiva do uso dos termos


sustentável e sustentabilidade não é viável. Uma procura na amazon.com
da palavra sustentabilidade (17/Janeiro/2007) resultou em quase 25 mil
possibilidades de pesquisa – provavelmente, correspondendo a vários
milhares de títulos distintos que contêm a palavra. Sustentável obteve 62
mil resultados, incluindo livros em liderança sustentável, comunidades,
energia, desenho, construção, negócios, desenvolvimento, planeamento
urbano, turismo, etc. Uma procura de artigos de revista no Google Scholar
resultou em mais de 538 mil resultados, indicando milhares de artigos
escolares ou referências que continham a palavra sustentabilidade nos seus
títulos. Porém, o meu assumido conhecimento pouco exaustivo em
literatura sobre o tema, (sustentado, entre outras fontes, por dois livros que
fazem uma avaliação da história do conceito de sustentabilidade) sugere
que muito, se não a maioria deste imenso corpo de publicações repete ou
baseia-se nas várias definições e condições descritas atrás.

Os Cinco Axiomas da Sustentabilidade Ambiental

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(Axioma de Tainter): Qualquer sociedade que use continuamente


recursos críticos de modo insustentável, entrará em colapso.

Excepção: Uma sociedade pode evitar o colapso encontrando


recursos de substituição.

Limite à excepção: Num mundo finito, o número de possíveis


substituições é também finito.

Discussão: Mencionei este axioma de Joseph Tainter, autor do estudo


clássico, The Collapse of Complex Societies que demonstra que o colapso é
frequente, se não o destino universal das sociedades complexas, e
argumenta que o colapso está directamente relacionado com a diminuição
do retorno do esforço despendido para suportar o crescente nível de
complexidade das sociedades com a energia colhida do meio ambiente. O
livro de Jared Diamond, Collapse: How Societies Choose to Fail or Succeed
apresenta o argumento que o colapso é o destino comum das sociedades
que ignoram os constrangimentos dos recursos.

Este axioma define sustentabilidade pelas consequências de sua


ausência, isto é, o colapso. Tainter define colapso como uma redução na
complexidade social – isto é, uma contracção da sociedade em termos da
sua dimensão populacional, da sofisticação tecnológica, da taxa de
consumo das pessoas, e da diversidade das actividades sociais
especializadas. Com frequência ao longo da História, o colapso significou um
declínio precipitado na população provocada por caos social, guerra,
doença, ou escassez. Porém, o colapso também pode ocorrer de um modo
mais gradual durante um período de várias décadas ou mesmo vários
séculos. Também existe a possibilidade teórica de uma sociedade poder
escolher entrar em colapso (isto é, reduzir a sua complexidade) tanto de
forma controlada como gradual.

Enquanto puder ser argumentado que uma sociedade pode escolher


mudar ao invés de entrar em colapso, as únicas escolhas que poderiam
afectar substantivamente o resultado dessa decisão seria deixar de usar,
insustentavelmente, recursos críticos ou encontrar recursos alternativos.

Uma sociedade que use recursos sustentavelmente pode entrar em


colapso por outras razões, algumas das quais poderão estar fora do controlo
da sociedade (como sejam o resultado de um desastre natural violento, ou
ser conquistada por outra sociedade mais agressiva e mais preparada
militarmente, para nomear apenas duas de muitas possibilidades), assim
não se pode dizer que uma sociedade sustentável está imune ao colapso, a
menos que sejam previstas muitas mais condições para a sustentabilidade.
Este primeiro axioma focaliza-se no consumo dos recursos porque isso é
decisivo, quantificável, e, em princípio, um factor determinante no controlo
da sobrevivência a longo prazo de uma sociedade.

A questão do que constitui um uso sustentável ou insustentável dos


recursos é tratada nos axiomas 3 e 4.

Os recursos críticos são os considerados essenciais para a

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manutenção da vida e das funções sociais básicas – incluindo (mas não


necessariamente limitado a) a água e os recursos necessários para a
produção de comida, e energia utilizável.

A Excepção e o Limite à excepção coloca o argumento comum dos


economistas do livre-mercado, que defende que os recursos são
infinitamente substituíveis, e que portanto as sociedades modernas
baseadas no mercado nunca sofrerão um colapso originado pelo
esgotamento, mesmo que a sua taxa de consumo continue a crescer.
Nalguns exemplos, os recursos substitutos podem ser prontamente
disponíveis, e serem até quantitativamente superiores, como foi o caso
quando, em meados do século XIX, o querosene do petróleo substituiu o
óleo de baleia como combustível para candeeiros. Noutros casos, os
substitutos são inferiores em qualidade (como é o caso das areias
betuminosas como substituto do petróleo convencional, dado que as areias
betuminosas são energicamente menos concentradas, requerem uma maior
incorporação de energia para o seu processamento, e produzem mais
emissões de CO 2 ). Com o passar do tempo, as sociedades tenderão,
primeiramente a esgotar os substitutos de maior quantidade e de mais fácil
captação, depois aqueles que são equivalentes, e posteriormente as
sociedades terão de confiar cada vez mais nos substitutos de inferior
quantidade e qualidade, para repor recursos esgotados – a menos que
sejam asseguradas taxas de consumo muito reduzidas e normalmente
inaceitáveis (ver axiomas 2 e 4).

2. (O Axioma de Bartlett): o crescimento populacional e/ou o


crescimento das taxas de consumo dos recursos não é sustentável.

Discussão: Mencionei este axioma de Albert A. Bartlett por ser a


sua Primeira Lei da Sustentabilidade, que foi reproduzida
literalmente (achei que seria impossível qualquer melhoria).

O mundo viu a população humana crescer durante muitas décadas, pelo


que este crescimento foi obviamente sustentado até ao presente. Como
podemos ter a certeza de que este crescimento não poderá ser sustentado
num futuro indefinido? Podemos usar uma simples aritmética para
demonstrar que, mesmo se considerarmos pequenas taxas de crescimento,
se esse crescimento for continuado, então a dimensão populacional e as
taxas de consumo aumentam de uma forma absurda e claramente
insuportável. Por exemplo: uma simples taxa de crescimento de 1% da
população humana actual (inferior à actual taxa de crescimento) resultaria
numa duplicação da população em cada 70 anos. Assim, em 2075 a Terra
albergaria 13 mil milhões de humanos; em 2145, 26 mil milhões ; e assim
por diante. Antes do ano 3050, haveria um ser humano por metro quadrado
da superfície da Terra (incluindo as montanhas e os desertos).

3. Para ser sustentável, o uso dos recursos renováveis deve


seguir uma taxa que deverá ser inferior ou igual à taxa de
reposição.

Discussão: Os recursos renováveis são esgotáveis. As florestas podem


ser sobre-exploradas, o que resulta em paisagens estéreis e escassez de

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madeira (como aconteceu em muitas zonas da Europa nos últimos séculos),


e os peixes podem ser sobre-capturados, o que resulta na extinção, ou
quase extinção, de muitas espécies (como está a acontecer nos dias de hoje
a nível global).

Este axioma foi mencionado (com algumas variantes) por muitos


economistas e ecologistas, e é a base da "silvicultura de rendimento
sustentado" e da gestão dos recursos pesqueiros de "máximo rendimento
sustentável". Continuam os esforços para refinar este princípio essencial de
sustentabilidade.

O termo "taxa de reposição natural" requer alguma discussão. O


primeiro indício de que a taxa de captura é superior à taxa de reposição
natural, é o declínio da reservas dos recursos de base. Porém, um recurso
pode estar em declínio por diferentes razões das provocadas por sobre-
captura; por exemplo, uma floresta que não seja tratada pode ser dizimada
pela doença. Não obstante, se um recurso estiver em declínio, para que se
consiga atingir o ponto de sustentabilidade, é requerido que a taxa de
captura seja reduzida, independentemente da causa do declínio do recurso.
Por vezes, para que o recurso tenha tempo suficiente para recuperar, as
capturas deverão diminuir drasticamente numa taxa muito superior à taxa
do declínio do recurso. Este foi o caso relacionado com o comercio da baleia
e de espécies de peixes que foram sobre-capturadas até ao ponto próximo
do esgotamento, o que requereu uma moratória interditando por completo a
sua captura para o restabelecimento da população – as espécies não
conseguem recuperar quando a população reprodutora restante é muito
pequena.

4. Para ser sustentável, o uso de recursos não-renováveis tem de


evoluir a uma taxa em declínio, e a taxa de declínio deve ser maior
ou igual à taxa de esgotamento (depletion rate).

Taxa de esgotamento é a quantidade extraída durante um dado


intervalo de tempo (normalmente um ano) como uma percentagem da
quantidade deixada para extracção. Fórmula: (quantidade extraída) /
(quantidade ainda por extrair).

Discussão: Nenhuma continuada taxa de consumo de qualquer


recurso não-renovável é sustentável. Porém, se a taxa de consumo estiver
em declínio a uma taxa superior ou igual à taxa de esgotamento, então
estamos perante uma situação sustentável, em que a dependência da
sociedade do recurso será reduzida ao mínimo antes do recurso ser
esgotado.

Foi Albert A. Bartlett quem, num artigo de 1986, primeiramente expôs


este princípio numa forma mais abrangente e matematicamente rigorosa,
"Disponibilidade Sustentada: Um programa de gestão dos recursos não-
renováveis" . O resumo do artigo diz:

Se a taxa de extracção diminuir numa fracção fixa por unidade de tempo, a


taxa de extracção aproximar-se-á de zero, mas o total integrado do recurso
extraído entre t=0 e t=infinito permanecerá finito. Se escolhemos uma taxa
de declínio da taxa de extracção do recurso tal que o total integrado de toda

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a extracção futura iguale a dimensão actual do recurso remanescente,


então temos um programa que permitirá que em quantidades declinantes o
recurso esteja disponível para sempre.

Com a redução anual da taxa de extracção de um determinado


recurso não-renovável de acordo com a sua taxa de depleção anual, chega-
se ao mesmo resultado, exigindo a sua explicação apenas uma aritmética
simples e termos comuns.

As estimativas da "quantidade deixada para extracção", mencionada


no axioma, são controversas para todos os recursos não-renováveis. Se,
numa atitude muito pouco realista, considerarmos as estimativas mais
optimistas, elas tenderiam a impor à taxa de esgotamento uma tendência
descendente, arruinando os esforços no sentido de se atingir a
sustentabilidade através de um protocolo do esgotamento do recurso.
Podemos, ainda assim, afirmar que no futuro, as pessoas desenvolverão
processos que permitirão uma extracção mais completa dos recursos não-
renováveis, ou seja, uma extracção de quantias adicionais do recurso que
de outra maneira seriam deixadas no solo, tornando-se então
economicamente viáveis em resultado do aumento dos preços desses
recursos, e em resultado das melhorias das tecnologias de extracção.
Também é provável que as técnicas de prospecção melhorem, levando a
descobertas adicionais de recursos. Por outro lado, as estimativas realistas
apontam para que as quantidades ultimamente descobertas deverão ser
superiores às quantidades actualmente disponíveis para extracção, com a
actual tecnologia e aos preços actuais. Porém, não será realista pensar que
no futuro as pessoas poderão extrair economicamente todo um
determinado recurso, ou que os limites do declínio das margens de lucro,
relativas ao processo de extracção, não se aplicarão nunca. Além disso, se a
taxa de descoberta estiver actualmente em declínio, é provavelmente
irrealista pensar que no futuro, essas mesmas taxas, aumentarão
substancialmente. Com base no exposto, podemos afirmar que, para
qualquer recurso não-renovável, será prudente aceitar as estimativas mais
conservadoras da "quantidade deixada para extracção".

O axioma 4 condensa as 7ª e 8ª Leis da Sustentabilidade de Bartlett.


É também a base do Protocolo do Esgotamento do Petróleo, sugerido
primeiramente em 1996 pelo geólogo petrolífero Colin J. Campbell, e o
assunto de um recente livro do presente autor. O objectivo do Protocolo do
Esgotamento do Petróleo é reduzir o consumo mundial de petróleo para
evitar as prováveis crises resultantes do declínio do fornecimento –
incluindo o colapso económico e as guerras por recursos. Nos termos do
Protocolo do Esgotamento do Petróleo, os países importadores de petróleo
reduziriam as suas importações de acordo com a taxa de esgotamento do
petróleo mundial (segundo cálculos de Campbell, será de 2,5% ao ano); os
países produtores reduziriam a suas produções segundo as suas taxas de
esgotamento nacionais.

5. A sustentabilidade requer que as substâncias introduzidas no


ambiente pela actividade humana sejam minimizadas e tornadas
inofensivas para as funções da biosfera.

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Nos casos em que a poluição ameaça a viabilidade dos ecossistemas,


em virtude da extracção e do consumo dos recursos não-renováveis, sendo
que se tem assistido ultimamente, e desde algum tempo, a uma ampliação
destas taxas, temos então a necessidade de estabelecer uma redução das
taxas de extracção e de consumo desses recursos a uma taxa superior à
taxa de esgotamento.

Discussão: Se os axiomas 2 e 4 forem implementados, então, em


resultado disso, a poluição deveria ser minimizada. Não obstante, estas
condições não são suficientes em todos os casos para que se evitem
potenciais impactes devidos a colapsos induzidos.

É possível que uma sociedade gere poluição grave devido ao uso


pouco inteligente dos recursos renováveis (como foi o uso de agentes
nefastos utilizados no processos de curtição de peles durante séculos ou
milénios), e tais impactes devem ser evitados. Da mesma maneira, e
especialmente onde existe grande concentração populacional, os
desperdícios biológicos podem colocar sérios problemas ambientais; tais
desperdícios devem ser adequadamente transformados em composto
orgânico para reutilização.

As formas mais sérias de poluição no mundo moderno surgem da extracção,


do processamento e do consumo de recursos não-renováveis. Se (como foi
referido no axioma 4) o consumo dos recursos não-renováveis diminuir, a
poluição também deverá diminuir. Assim, e teoricamente, se uma sociedade
seguir as propostas do Axioma 4, a probabilidade de no futuro surgirem
problemas de poluição, será menor.

No entanto, na situação actual, em que já há algum tempo se verifica


o crescimento da extracção e do consumo de recursos não-renováveis,
resultando em níveis de poluição que ameaçam as funções básicas da
biosfera, são exigidas medidas extraordinárias. Esta é, evidentemente, a
situação que diz respeito às concentrações atmosféricas de gases de efeito
de estufa, especialmente em relação à queima do recurso não-renovável
que é o carvão; também é o caso que tem a ver com a poluição
petroquímica de imitação hormonal que inibe a reprodução de muitas
espécies vertebradas. No entanto, e relativamente ao primeiro exemplo,
reduzir apenas o consumo de carvão de acordo com a taxa de esgotamento
global do carvão não bastaria para evitar uma catástrofe climática. A taxa
de esgotamento do carvão é baixa, os impactes climáticos das emissões da
combustão do carvão estão a acumular rapidamente, e as reduções anuais
destas emissões têm de acontecer a taxas altas se se pretender evitar
consequências ameaçadoras para os ecossistemas. De forma semelhante,
no caso da poluição petroquímica, reduzir a dispersão de plásticos e outros
materiais petroquímicos no ambiente, de acordo com a taxa anual de
esgotamento de petróleo e gás natural, não seria suficiente para evitar os
danos ambientais que potencialmente conduz ao colapso dos ecossistemas
e das sociedades humanas.

No caso em que a redução das emissões ou de outros poluentes pode


ser obtida sem uma redução do consumo dos recursos não-renováveis, por
exemplo, usando tecnologia que permita capturar as substâncias poluentes
e isolar essas substancias sem métodos agressivos para o ambiente, ou que

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pode ser obtida reduzindo a produção de certas substâncias químicas


industriais, então para alcançar a sustentabilidade é preciso apenas que se
dê uma redução do consumo dos tais recursos à taxa de depleção. Porém, a
sociedade deverá ser suficientemente céptica e cautelosa em relação à
defesa das capacidades tecnológicas, não testadas, de sequestrar com
segurança substâncias poluentes durante períodos de tempo muito longos.

Estes axiomas relacionam-se com a sustentabilidade


ambiental, que acaba por ser a mais importante visto que os
recursos naturais escasseiam cada vez mais, porém, é importante
falar de outros dois tipos de sustentabilidade bastante
importantes, a Económica e Social, que passo a referir.

Sustentabilidade Económica
É o resultado de atividades económicas ou mesmo de serviços
públicos, baseadas em regras do mercado global e com princípios básicos
da economia financeira que geram "lucros" na iniciativa privada e "embolso
financeiro" nos serviços públicos.

Resumo deste desnvolvimento económico em dois exemplos:

• Iniciativa Privada: Para que haja sustentabilidade económica que


uma determinada empresa, o total de suas vendas, necessariamente
deve ser inferior (percentagens variáveis) ao total de todos os custos.

• Poder Público: Para que


um poder público, seja a
nível municipal, estadual
ou nacional, tenha
sustentabilidade
económica, a soma de
todos os gastos
(despesas) deve ser,
necessariamente inferior
ao total de todas as
receitas.

Sustentabilidade
Social

Nunca se falou tanto em sustentabilidade e em meio ambiente como


nos dias de hoje. E é mesmo importante que as pessoas compreendam que
a importância de se conservar os recursos naturais e levar uma vida mais

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condizente com a capacidade de produção e renovação dos recursos


planetários é nossa única chance de continuarmos ainda por um longo
tempo por aqui. Contudo, o que muitos esquecem é de que nada adianta
um meio ambiente cuidado e vigiado; bem como empreendimentos
voltados para a preservação ambiental e para a sustentabilidade, se não
forem observadas a manutenção e o oferecimento das condições mais
básicas de vida para as populações inseridas no contexto desse mesmo
meio ambiente.

Para isso, a necessidade de ampliar-se a sustentabilidade ambiental


para que alcançasse também as pessoas; deu surgimento ao termo
sustentabilidade social. Sim, porque da mesma forma que é necessário
preservar os recursos ambientais de uma determinada região; é necessário
que as pessoas que nela vivem o façam de forma completa e satisfatória.
Desta forma, os habitantes locais serão muito mais facilmente permeáveis
às ideias conservacionistas e se dedicarão com muito mais afinco a
conservação e a evolução de comportamentos e tradições mais
responsáveis em relação ao meio ambiente que as cerca. Pois onde há
miséria; carências de toda espécie; pobreza extrema e a falta das mais
básicas condições de vida; é impossível exigir-se, ou sequer sonhar, que as
pessoas envolvidas nesse mar de carências se preocupem com a
preservação do que quer que seja. Afinal de contas; ninguém pode se
preocupar com o perigo de extinção do pássaro “negro de quatro olhos”;
enquanto morre de fome a míngua e o pássaro dá um “caldo gostoso”.

Por isso, todo o planejamento para tornar um determinado


empreendimento sustentável deve, antes de qualquer coisa, levar em
consideração a aplicação da sustentabilidade social. Perceber a importância
desse fator e desse imperativo, é a diferença entre o sucesso e o fracasso
de quaisquer políticas ambientais que se deseje implantar. E compreender o
quão difícil é preocupar-se com o ambiente e com a conservação da
natureza enquanto se morre de fome; caminha-se no esgoto e bebe-se da
água mais poluída possível; é a chave para o sucesso desses projectos.
Assim, a sustentabilidade social deve preceder qualquer outra prática.

Conclusão

spero que este trabalho tenha contido em si aproximadamente


aquilo que realmente é a Sustentabilidade do nosso planeta. E tenha
explicado bem como funciona todo este processo de sustentabilidade do
nosso planeta, tanto a nível

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• Ambiental;
• Económico;
• Social;

Este trabalho falou-nos também sobre uma excelente maneira de ver


a sustentabilidade de uma forma muito bem suportada com os cinco
axiomas da sustentabilidade ambiental, pois os recursos no planeta terra
cada vez são menores e a população cada vez cresce mais, principalmente
nos países em desenvolvimento.

Fico então com esta conclusão sobre este trabalho de


Sustentabilidade no nosso planeta, espero que tenha uma boa apreciação
por parte do elemento avaliador, neste caso a professora Isabel Carreira e
que tenha elucidado ou até mesmo sensibilizado sobre o problema que se
pode tornar sustentar o nosso planeta em equilíbrio.

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