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Sinop - MT
Novembro de 2017
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
Sinop - MT
Novembro de 2017
Micro revestimento asfáltico a frio
História
Em fins de 1960 e início de 1970 os alemães começaram, a partir da lama asfáltica, a
pesquisar uma maneira de obter aplicações mais espessas para corrigir as depressões nos
sulcos formados pelos veículos, sem destruir as caríssimas faixas de sinalização das
autobahns. Quando os tecnologistas alemães usaram agregados altamente selecionados,
asfalto e adicionaram polímeros especiais e emulsificadores, conseguiram um produto
que permanecia estável mesmo quando aplicado em camadas com espessuras de
múltiplas partículas. O resultado foi o micro revestimento.
Conceito
O micro revestimento é um revestimento betuminoso modificado por polímeros, de
espessuras delgadas, constituídos de elementos minerais (agregados) de dimensões
reduzidas, de elevada superfície específica, necessitando de relativo teor de ligante
asfáltico (aglutinante) para o envolvimento de todas as partículas minerais, resultando
um composto de alta resistência ao desgaste por abrasão, de baixa permeabilidade e
antiderrapante.
É utilizado para a proteção, impermeabilização e rejuvenescimento superficial e estético
dos pavimentos asfálticos em início de desgaste pela ação do tráfego e envelhecimento
(oxidação do betume) pelo intemperismo climático, provocando fissuras e perda de
materiais da camada asfáltica existente, quando se torna necessário uma conservação
mais atuante e onerosa (início de buracos) através de serviços de tapa buracos e
remendos, comprometendo sensivelmente a estética do pavimento.
Utilização
Vantagens
Preço: Entre as técnicas de recape, o micro revestimento se destaca quando é avaliado
seu custo benefício, pois, se comparado ao concreto asfáltico convencional ou CBUQ,
seu custo será na média 1/3 do valor, com desempenho, relativo à funcionalidade, às
vezes, superior ao do CBUQ.
Gabarito: Um dos grandes problemas nas cidades é o gabarito definido. Neste caso, o
micro revestimento leva uma grande vantagem sobre o CBUQ, pois as espessuras giram
em torno de 12 a 15mm, enquanto que o CBUQ necessita de no mínimo
25mm, provocando várias correções complementares da via recapada como:
Sarjetas; Bocas de lobo; Poço de visita; Rebaixamento para acesso de garagens; Rampas
para deficientes, etc.
Rapidez: O micro revestimento tem um volume de produção maior o CBUQ.
Desempenho: pela sua granulometria e pelo tipo de emulsão, tem uma capacidade
muito maior de revitalização do substrato comprometido, pois conseguimos através de
adequações na fluidez da mistura na primeira camada, uma mistura que penetre nas
trincas proporcionando um bloqueio eficiente, evitando a infiltração de água. Tem ainda
uma capacidade muito grande de aderência no substrato proporcionando um corpo
monolítico com superfície assumindo altas deformações sem ruptura.
Textura de superfície (segurança): Pela sua especificação, o micro revestimento
proporciona uma textura com aderência que atende aos ensaios previstos na norma.
Materiais
Emulsão Asfáltica:
Agregados:
Aditivo Liquido:
Água:
Utilização
Espessura
No micro revestimento o tamanho maior do agregado não é parâmetro determinante das
taxas de aplicação / espessura das camadas. Agregado tendendo a granulometria grossa
deve ser aplicado em camada mais espessa, caso contrário não haverá suficiente imersão
da fração de agregado maior dentro da argamassa, causando desprendimento do mesmo
pela borracha da caixa espalhadora ou rejeição pelo tráfego.
6 a 20 mm por camada para aplicações regulares
38 mm para operações de preenchimento de trilhas de rodas
Consumo
O consumo de micro revestimento para corrigir a trilha de roda é fornecido na Tabela,
em função da profundidade do sulco.
Transporte e Armazenamento
O equipamento para transporte e estocagem de materiais compreende as seguintes
unidades:
a) depósito apropriado para estocagem de agregados;
b) tanque para armazenamento de emulsão asfáltica;
c) tanque de depósito para água ou caminhão-pipa;
d) pá-carregadeira;
e) caminhão basculante.
Ensaios e controle
Testes no agregado:
Equivalente de areia: Limite: Superior a 60%
Azul de metileno: Limite: Máximo 7,0 mg/g
Testes na Emulsão asfáltica:
Viscosidade Saybolt Furol, 25°C: Limites: Mínimo 20, Máximo 100
Penetração, 100 g, 5s, 25°C, 0,1mm: Limites: Mínimo 50, Máximo 100
Ponto de amolecimento, °C: Limites: Mínimo 55
Recuperação elástica, 20cm, 25°C, %: SBS Limites: Mínimo 75, SBR Limites: Mínimo
60
Testes na Mistura:
W.S.T. (Wet Stripping test for Cured Slurry Seal Mixes) - Adesão por molhagem:
Limites Mínimo 90%
Mix Time - tempo de mistura: Limites Mínimo 180 s
W.T.A.T. (Wet Track Abrasion Test) - Perda por abrasão em meio aquoso: Limites (1
hora de imersão): Máximo 538 g/m²
L.W.T. (Loaded Wheel Tester and Sand Adhesion) - Excesso de asfalto por efeito de
roda e adesão de areia: Limites: Máximo 538 g/m²
Mixture Systems by Modified Cohesion Tester measurement of Set and Cure
Characteristics - Ensaio mecânico para a Determinação dos Tempos de Ruptura e Cura:
Ruptura em 30 min. Mínimo 12 Kg-cm, Abertura ao tráfego em 60 min. Mínimo 20 Kg-
cm
Testes no campo:
Ensaio de infravermelho no resíduo asfáltico para determinação do teor de polímero.
Moldes
Controle da Largura e Alinhamentos
Controle de Acabamento da Superfície
Processo de execução
Condições Gerais
Não é permitida a execução dos serviços em dias de chuva. Deve-se evitar a aplicação
do micro revestimento asfáltico a frio quando a temperatura ambiente for inferior a 10
ºC ou superior a 40 ºC. Sob estas condições, o projeto da mistura e a execução dos
trabalhos devem ser reavaliados.
Preparo da Superfície
A superfície deve apresentar-se limpa, isenta de pó ou outras substâncias prejudiciais.
Eventuais defeitos existentes devem ser adequadamente reparados previamente à
aplicação da mistura. A pintura de ligação
geralmente não é necessária, mas deve ser exigida se a superfície a ser recoberta estiver
extremamente desgastada ou fissurada, ou for de concreto de cimento Portland. A
pintura deve estar curada antes da aplicação do micro revestimento e deve constar no
projeto. Quando ocorrem trincas de origem não estrutural,
deve-se executar a selagem das trincas, antes da aplicação do micro revestimento
asfáltico. A aplicação de micro revestimento em duas camadas pode ser realizada
quando especificada em projeto.
Aplicação da Mistura
O caminhão-usina é colocado em posição perfeitamente centrada, em relação à meia
pista. De acordo com o traço projetado e aprovado, e com as tabelas de calibração,
abrem-se todas as comportas de alimentação dos agregados, emulsão asfáltica, água e
fíler, se requerido, iniciando o funcionamento do pugmill, até produzir quantidade de
mistura suficiente à alimentação de toda a área interna da caixa distribuidora. Com
velocidade uniforme, a mais reduzida possível, é dada a partida do “caminhão-usina” e
iniciada a aplicação da mistura. Em condições normais, a operação se processa com
bastante simplicidade. A maior preocupação requerida consiste em observar a
consistência da mistura, abrindo ou fechando a alimentação da água, de modo a obter
uma consistência homogênea e manter a caixa distribuidora uniformemente carregada
de mistura. As possíveis falhas de execução, tais como: escassez ou excesso de mistura
e irregularidade na emenda de faixas; devem ser corrigidas imediatamente após a
execução. A escassez é corrigida com adição de mistura e, os excessos com a retirada
por meio de rodos de madeira ou de borracha. Após estas correções, a superfície áspera
deixada é alisada com a passagem suave de qualquer tecido espesso, umedecido com a
própria mistura ou com emulsão.
Abertura ao Tráfego
O tráfego somente é liberado após a conformação final da superfície e, quando o micro
revestimento apresentar coesão suficiente para evitar arrancamento superficial de
agregados. O tempo médio necessário para liberação ao tráfego é de uma hora e trinta
minutos. O tráfego liberado deve
ter controle de operação por um período mínimo de 24 horas.
Equipamentos
Equipamento de Limpeza
Vassouras mecânicas Caminhão-pipa
2.Tratamento Superficial
O tratamento superficial é um revestimento flexível de pequena espessura, executado
por espalhamento sucessivo de ligante betuminoso e agregado.
O agregado é colocado uniformemente, sobre o material asfáltico, constituindo uma
camada e submetido à operação de compressão e acabamento.
Quando a pintura correspondente a uma camada de agregado e é aplicada sobre essa
camada, diz-se que o tratamento superficial é de penetração direta. Quando a pintura
correspondente a uma camada de agregado é aplicada sob essa camada, diz-se que o
tratamento superficial é de penetração invertida.
Os tratamentos superficiais podem ser:
Tratamento Superficial Simples (TSS): Uma aplicação de ligante betuminoso coberto
por uma camada de agregado mineral (miúdo), submetido à compressão e acabamento.
Tratamento Superficial Duplo (TSD): Duas aplicações de ligante betuminoso cobertas
cada uma por agregado mineral (graúdo e miúdo). Após cada camada, os agregados são
submetidos à compressão.
Tratamento Superficial Triplo (TST): Três aplicações de ligante betuminoso cobertas
cada uma por agregado mineral, (graúdo, médio e miúdo). Após cada camada, os
agregados são submetidos à compressão.
As quantidades de materiais (agregado mineral e ligante betuminoso) por m², para
execução do tratamento devem ser determinadas em laboratório, norteadas por
especificação particular da própria obra ou geral do órgão contratante e devidamente
ajustadas no campo.
Propriedades do Tratamento Superficial:
Proporcionar uma camada de rolamento de pequena espessura, porém de alta
resistência contra desgaste;
Impermeabilizar o pavimento;
Proteger a infraestrutura do pavimento;
Proporcionar um revestimento antiderrapante;
Proporcionar um revestimento de alta flexibilidade que possa acompanhar
deformações relativamente grandes da infraestrutura ;
Devido à sua flexibilidade, é praticamente inexistente o trincamento por fadiga;
Rejuvenescimento de revestimentos asfálticos envelhecidos;
Alcatrões:
01 ensaio de flutuação (ASTM-D 139);
01 ensaio de viscosidade “Engler” (ASTM-D 1665) para o estabelecimento da
relação temperatura x viscosidade para cada 100 t;
01 ensaio de destilação (ASTM-D 20) para cada 100 t;
Emulsões asfálticas:
01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004);
01 ensaio de resíduo por evaporação (ABNT NBR-6568);
01 ensaio de peneiramento (DNER-ME 005);
01 ensaio de desemusibilidade (DNER-ME 063) para cada 100 t;
01 curva de viscosidade x temperatura quando a emulsão utilizada for a RR-2C.
Agregados:
02 análises granulométricas para cada jornada de trabalho (DNER-ME 083) com
amostras coletadas de uma maneira aleatória;
01 ensaio de desgaste Los Angeles, por mês, ou quando houver variação da
natureza do material;
01 ensaio de densidade, para cada 900 m³;
01 ensaio de adesividade, para todo carregamento de ligante betuminoso que
chegar à obra sempre que houver variação da natureza do material (DNER-ME
078).
Manejo ambiental:
Os cuidados com a preservação do meio ambiente nos serviços de execução de
revestimentos do tipo tratamento superficial simples envolvem a obtenção e
aplicação de agregado pétreo e o estoque e aplicação de ligante betuminoso.
A aceitação dos agregados somente ocorrerá após a aprovação da licença
ambientar para a exploração da pedreira.
A exploração da pedreira será planejada adequadamente a fim de minimizar a
recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos.
Os depósitos de ligantes betuminosos serão instalados em locais afastados dos
cursos d’água.
As áreas afetadas pelas operações de construção/execução deverão ser
recuperadas, mediante a remoção de tanques e a limpeza do canteiro de obras.
Asfalto espuma
A reciclagem asfáltica consiste na reutilização total dos materiais existentes em
pavimentos danificados no processo de reabilitação da estrada, sem que haja a
necessidade de importar novos agregados. Uma das grandes vantagens é justamente
reaproveitar 100% do material e ainda poder reforça-lo com agentes estabilizadores tais
como cal, cimento, emulsão ou espuma de asfalto.
A restauração da pavimentação asfáltica com espuma de asfalto é uma alternativa de
reciclagem para pavimentos deteriorados. Formada em um processo em que pequenas
quantidades de água são adicionadas à Emulsão Asfáltica de Petróleo (EAP), a espuma
é acrescentada ao material fresado do pavimento antigo, que é misturado também a
outros materiais como agentes rejuvenescedores e ligantes. A mistura reciclada pode ser
feita em usina, mas normalmente é realizada no próprio local da obra por máquinas
fresadoras-recicladoras.
Antes da restauração, o pavimento deve passar por avaliação funcional e estrutural. Na
avaliação funcional, verifica-se a condição da superfície (por meio de levantamento e
análise de áreas trincadas, deformações e irregularidades). Na avaliação estrutural, é
verificada a condição do pavimento para suportar cargas (por meio de levantamentos
não destrutivos).
RECICLAGEM A FRIO IN SITU
O método mais comum e amplamente utilizado em todo o mundo é a Reciclagem a
Frio In Situ (no local). Este processo requer a utilização de um equipamento específico,
a Recicladora de Asfalto, que possui um cilindro especial para corte e trituração não
somente da camada asfáltica como também para a camada de base granular abaixo. O
cilindro é dotado de dentes de corte especiais composto por aço e ponta de tungstênio de
alta resistência. Desta forma, o pavimento danificado é cortado, triturado e, com o giro
contínuo em sentido ascendente do cilindro, o material é misturado e homogeneizado.
Tudo executado em uma passada única da Recicladora, assegurando altíssimos índices
de produtividade.
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
Os equipamentos que fazem parte do processo de execução da reciclagem a frio in
situ compõem o que é chamado de trem de reciclagem (ou comboio de reciclagem).
Estes equipamentos são os rolos compactadores, a motoniveladora e o espargidor de
cimento. A frente da recicladora, um caminhão pipa abastece de forma contínua a
máquina, sendo empurrada pela mesma através de uma barra especial.
VANTAGENS DA TÉCNICA
· Ótima mistura dos materiais, utilizando novos agregados ou agentes
estabilizadores;
· Pode ser executado durante períodos de tempo incertos, com sol ou chuva (desde
que não seja em excesso);
APLICAÇÕES
1. Vias não pavimentadas:
Para manter uma qualidade mínima de rodagem é preciso realizar a manutenção dos
agregados que a cobrem e também o seu nivelamento. A utilização da Recicladora
mistura novamente o material existente, tornando o mesmo mais homogêneo, podendo
ser adicionado britas e outros materiais para que haja uma melhor trafegabilidade.
2. Vias com finas camadas de asfalto:
O asfalto sofre um processo natural de envelhecimento que resulta em sua destruição
gradativa. O pavimento degradado pode ser reabilitado reciclando uma camada fina,
embora o mais comum seja a remoção da camada através da fresagem e a pavimentação
de uma nova camada.
http://www.brasquimica.com.br/informacoes-
tecnicas/prg_pub_det.cfm/microrrevestimento-asfaltico-a-frio
Conservação de pavimentos – parte 2 - Eng° Pery C. G. de Castro Setembro/2009
http://www.feng.pucrs.br/professores/pery/Conservacao_do_Pavimento/Curso_Conserv
acao_do_Pavimento_PARTE_2.pdf
http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/impressao_artigo/2219
http://infraestruturaurbana17.pini.com.br/solucoes-tecnicas/22/restauracao-de-
pavimento-com-espuma-de-asfalto-mistura-reciclada-275138-1.aspx
http://asfaltodequalidade.blogspot.com.br/2015/07/rodovias-pavimentadas-e-nao.html
http://asfaltodequalidade.blogspot.com.br/2012/12/recicladoras-de-asfalto.html
http://asfaltodequalidade.blogspot.com.br/2014/02/o-que-e-reciclagem-de-asfalto.html
https://www.ciber.com.br/pt/noticias-e-eventos/artigos-de-
imprensa/pressreleasesdetailpage.45634.php
http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/normas/especificacao-de-servicos-
es/dnit169_2014-es.pdf