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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFG

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTRUTURAS DE AÇO II
2018.2

LIGAÇÕES PARAFUSADAS

Humberto Laranjeira de Souza Filho


Engenheiro Civil
• Ligações de grandes partes da estrutura;

• Montagem de campo: agilidade, locais com carência de energia,


não requer mão de obra especializada, permite desmontagem;

• Melhor resposta às tensões de fadiga.

Neto (2017)
• Melhor planejamento: pré-montagem, previsão antecipada de
parafusos na obra;

• Critérios dimensionais mais complexos: verificação de áreas


líquidas, esmagamento.

Neto (2017)
Tipos: Componentes:

• Parafuso sextavado rosca parcial:

• Parafuso sextavado rosca inteira: Arruela

Partes do parafuso:

Rosca (~0,85Ø nom.)


Cabeça

Fuste (Ø nominal) Porca


PARAFUSOS DE BAIXO CARBONO

• São formados com liga de aço-carbono de baixo teor de carbono


com especificação mais utilizada a ASTM A307;

• Compostos por cabeça e porca sextavada, com rosca parcial ou


não ao longo do corpo do parafuso.

CBCA (2017)
PARAFUSOS DE BAIXO CARBONO

• Instalação feita sem especificação de torque de montagem


(aperto);

• Ligações do tipo contato (parafusos solicitado à tração,


cisalhamento, ou ambos simultaneamente);

CBCA (2017)
PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA

• São formados com liga de aço tratados termicamente e suas


especificações mais usuais são ASTM A325 (aço-carbono
temperado) e ASTM A490;

• Para sua montagem deve ser especificado torque de montagem


(protensão) e cuidados especiais com o acabamento das
superfícies das partes ligadas e arruelas.
PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA

Força de
Protensão

CBCA (2017)
PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA

• A montagem com protensão evita o


deslizamento entre as partes
conectadas;

• Maior mobilização da força de


atrito, o que gera maior resistência
ao deslizamento.

CBCA (2017)
PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA

• Transmissão de esforços de cisalhamento efetuada por atrito


(pressão aplicada às partes ligadas – ligações por atrito) ou por
contato do corpo do parafuso com as paredes do furo (ligações
por contato);

• Deve-se permitir o contato direto entre as partes parafusadas


para total desenvolvimento das partes parafusadas.
PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA

• Ligações por contato: recomendada para carregamentos


predominantemente estáticos, de forma que em um eventual
deslizamento entre as partes ligadas a vida útil dos parafusos e
da ligação não seja afetada, muito menos o comportamento
global da estrutura;

• Ligações por atrito: recomendada para carregamentos


dinâmicos e em casos onde não se permite qualquer
deslizamento entre as partes ligadas.
PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA

• De maneira geral, o comprimento do parafuso deve ser tal, que


após a instalação, sua extremidade coincida ou ultrapasse a
superfície da face externa da porca;

CBCA (2017)
PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA
• Furação de chapas: Os furos são feitos a fim de interligar as
peças através dos conectores e seu processo mais econômico é
realizado através de puncionamento, assim para uma dada
espessura de chapa t temos:

t ≤ d + 3 mm

• Onde d é o diâmetro nominal do conector.


• Em chapas grossas os furos podem ser feitos com broca ou
puncionamento possuindo diâmetro reduzido de 3 mm e
alargados por brocas posteriormente.

• Quando executada por punção parte do material da chapa é


danificada dessa forma é considerada para o calculo da seção
liquida da chapa furada um diâmetro fictício igual ao diâmetro
do furo d’ acrescido de 2 mm, logo:

diâmetro fictício = d’ + 2 mm = d + 3,5 mm


• Tipos de furos: Afim de tornar a montagem das peças mais
fáceis os furos devem possuir folgas de acordo com seu tipo,
que podem ser:
• Espaçamento de conectores: Para furos padrão a NBR 8800
especifica espaçamentos mínimos e máximos.

• Espaçamentos mínimos: Valores de a em função do diâmetro


nominal do parafuso (d).

Fontes (2014)
• Espaçamentos máximos: Tem por objetivo impedir a entrada de
água ou impurezas nas interfaces. Seus valores são em função
da espessura da chapa mais fina (t), dessa forma será dado por:

 24t ( < 300 mm ) se o elemento for pintado ou não possuir risco


de corrosão.
 14t ( < 180 mm ) se o elemento não for pintado, possua risco de
corrosão e sejam executados com aços resistentes a corrosão.

• A distancia máxima que um conector deve possuir ate a borda


da chapa deve ser 12t ≥ 150 mm.
Para que se possa dimensionar os conectores no ELU é
preciso conhecer o comportamento das rupturas da
ligação, que podem ser:

• Colapso no conector
• Colapso por rasgamento da chapa ou ovalização do
furo
• Colapso por tração da chapa
Modalidade de ruptura:
Roteiro de dimensionamento e verificações:

Dimensionamento a corte dos conectores


Dimensionamento a rasgamento e pressão de apoio da chapa
Dimensionamento a tração dos conectores
Dimensionamento a tração e corte simultâneos
Verificação da resistência ao deslizamento em ligações por
atrito
Verificação da resistência das chapas e elementos de ligação
Dimensionamento a corte dos conectores: A verificação da resistência de
projeto de conectores é verificada pela relação abaixo e é calculada
através da tensão de ruptura do aço submetido ao cisalhamento que
tem valor aproximado de 0,6fu onde fu representa a tensão de
ruptura a tração do aço do conector.

Rnv
a 2
Onde:
a 2 = 1,35 para solicitações oriundas de combinações normais de
Rnv = Resistência nominal para um plano de corte
ações
Os valores de Rnv para os diversos tipos de parafusos são dados
abaixo:

Parafusos em geral e barras rosqueadas:


Rnv  (0,7 Ag )( 0,6 fu )  0, 40 Agfu
Parafusos de alta resistência (A325,A490) com rosca fora do
plano do corte:
Rnv  0,5 Agfu
Parafusos de alta resistência em ligações por atrito: Deve-se
verificar também a resistência ao deslizamento da ligação.

Conectores longos: Devido a perda de eficiência proveniente da


flexão do conector o calculo deve ser feito com tensões
reduzidas empiricamente desconsiderando a flexão do fuste do
conector
Dimensionamento a rasgamento e pressão de apoio da chapa:
Considerando furo padrão a resistência ao rasgamento da
chapa entre os conectores ou um conector e a borda e a
resistência à pressão de apoio entre o fuste do conector e a
parede do furo é dada pela relação:

Rn a 2
Onde:

 Rn  2,4dtfu (pressão de apoio do contato entre


conector-chapa)

 𝑅𝑛 = 1,2𝑎𝑡𝑓𝑢 (rasgamento – usar menor valor de ‘a’)


Onde:
a = distancia entre a borda do furo e a extremidade da chapa medida na
direção da força solicitante para resistência ao rasgamento entre um furo
extremo e a borda da chapa.
a = distancia entre a borda do furo e a borda do furo consecutivo, medida na
direção da força solicitante para determinação da resistência ao
rasgamento da chapa entre furos; igual a (s – d’), onde s é o espaçamento
entre os centros dos furos e d’ o diâmetro do furo.
d = diâmetro nominal do conector.
t = espessura da chapa.
resistência à ruptura por tração do aço da chapa.

Nas situações onde a deformação da ligação é proveniente de ovalização do


furo e for aceitável para as cargas em ELS, podem ser usadas as equações
abaixo:

Rn  3,0dtfu e Rn  1,5atfu
Os valores de a 2 de acordo com a NBR 8800 é dado pela tabela
abaixo:
Dimensionamento a tração dos conectores: A verificação da
resistência de cálculo à tração dos conectores é dado pela
relação que segue:
Rnt a 2
Onde:
Rnt = Resistência nominal à tração
a 2 = 1,35 para solicitações oriundas de combinações normais de ações

Para parafusos e barras rosqueadas com diâmetro nominal maior


ou igual a 12 mm Rnt pode ser determinado pela expressão em
função da área bruta do fuste:
Rnt  0,75 Agfu
Dimensionamento a tração e corte simultâneos (formula de interação):
Quando da ocorrência de esforços simultâneo de tração e
cisalhamento pode-se utilizar a equação que segue:
2 2
 Vd   Td 
      1,0
 Rnv a 2   Rnt a 2 
Onde:

Vd = Esforço de corte de projeto nos parafusos


Td = Esforço de tração de projeto nos parafusos
Rnt  0,75 Agfu
Rnv  (0,7 Ag )( 0,6 fu )  0, 40 Agfu e Rnv  0,5 Agfu para parafusos em
geral e parafusos de alta resistência (A325, A490) respectivamente.
Verificação da resistência ao deslizamento em ligações por atrito:
Nas ligações por atrito para que se possa evitar os
deslocamentos relativos entre as chapas conectadas deve-se
garantir que a força atuante seja menor que a máxima força de
atrito atuante nas chapas, assim podemos definir uma máxima
força de atrito como segue.

Fat , max  Fc  P


Onde: P = força de protensão inicial no parafuso e µ = coeficiente
de atrito.
Verificação da resistência ao deslizamento em ligações por atrito:
A NBR880 determina em caso de deslizamento quando
considerado um ELU que a resistência a um parafuso pro plano
de deslizamento é dada por:
Rv  0,80PCh
Onde:
P = Força mínima de protensão.
Ch = Fator de redução dependendo do tipo de furo, para furo
padrão Ch = 1.
µ = em geral 0,35 para as superfícies laminadas, limpas, sem óleo,
graxa ou pintura (Classe A). Para superfícies galvanizadas a
quente com sua rugosidade aumentada manualmente através
de escova de aço (Classe C).
Caso haja alem da força de tração longitudinal F uma força de
tração perpendicular T, a força de compressão Fc é reduzida e a
resistência ao deslizamento Rv deverá ser multiplicada pelo fator
que segue:

T
1
0,80 P

Desse modo a resistência ao deslizamento Rv deve ser maior que a


força cisalhante na ligação proveniente da combinações rara
mais desfavorável de carregamento no ELU.
Em situações em que o deslizamento e um ELU a resistência pode
ser determinada de acordo com a NBR8800 por:

1,13ChFTbns  Ft , Sd 
Ff , Rd   1  
e  1,13 FTb 
Onde:
FTb  É a forca de protensão mínima por parafuso
Ft , Sd  É a força de tração solicitante de calculo no parafuso que
produz a força de protensão.
Verificação da resistência das chapas e elementos de ligação:

Nas chapas com ligação submetidas a tração sua resistência pode


ser verificadas com o menor dos valores apresentados nas
equações que seguem abaixo:
An, effu
Ruptura da seção com furos: Rdt 
a 2

Onde:
a 2 1,35 para esforço normal proveniente de combinação
normal de ações
fu  tenção resistente a tração do aço
An , ef Área liquida efetiva
Verificação da resistência das chapas e elementos de ligação:

Agfy
Escoamento da seção bruta: Rdt 
a1
Onde:
a1  1,10 para esforço normal proveniente de combinação
normal de ações
𝐴𝑔 = Área bruta
fy  Tensão de escoamento a tração do aço
Considerando elementos de ligação submetidos a esforço de compressão e
possuindo pequena esbeltez a resistência associada ao estado limite de
escoamento pode ser encontrada como segue:
Rd  AgFy / a1
Caso contrario deve-se verificar o elemento á flambagem.

Chapas de ligação e peças pertencentes a região de ligação submetidas a


esforços cisalhantes devem ser dimensionadas considerando a resistência
ao escoamento da seção bruta:
Rd  Ag (0,60 fy ) / a1
E também da ruptura da seção liquida:

Rd  An(0,60 fu ) / a 2
Onde:
a1 1,10 para esforço normal proveniente de combinação normal de ações
a 2 1,35 para esforço normal proveniente de combinação normal de ações
Os elementos de ligação devem ser dimensionados também de
modo a evitar o cisalhamento de bloco no perímetro definido
pelos furos, como mostra figura abaixo:
CISALHAMENTO DE BLOCO

1 1
𝑅𝑑 = (0,60𝑓𝑢 𝐴𝑛𝑣 + 𝐶𝑡𝑠 𝑓𝑢 𝐴𝑛𝑡 ) ≤ (0,60𝑓𝑦 𝐴𝑔𝑣 + 𝐶𝑡𝑠 𝑓𝑢 𝐴𝑛𝑡 )
𝛾𝑎2 𝛾𝑎2

𝐴𝑛𝑣 e 𝐴𝑔𝑣 - Área líquida e bruta cisalhada


𝐴𝑛𝑡 - Área líquida tracionada
𝐶𝑡𝑠 = 1,0 para tensões de tração uniformes na área líquida tracionada
𝐶𝑡𝑠 = 0,5 para tensões de tração não uniformes na área líquida tracionada
Combinações de conectores:

A atuação em conjunto dos conectores diferentes é diretamente


influenciado pela rigidez de cada tipo de ligação envolvido.
Assim nas construções previamente executadas ou novas nas
ligações por atrito os conectores de alta resistência podem ser
considerados trabalhando um conjuntos com outros.

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